Tumgik
#ELE SÓ PUXOU ABRAÇOU E LARGOU OK
tiascar · 3 years
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Aprovada?
━━━━━━━━++𝐚𝐝𝐫𝐢𝐧𝐞𝐭𝐭𝐞¡| ❝Vovó sempre disse que papai precisa de alguém para casar. Se não for para casar, você não é bem-vinda.❞ シ
❝Para namorar com Adrien, não tinha que passar apenas pela aprovação de seus pais. Além deles, tinha a prova de fogo: ser aprovada por uma seletora sem papas na língua de oito anos, sua filha Emilie, que não facilitava para nenhuma pretendente.❞
único; é você quem vai se casar com meu papai?
Adrien Agreste já havia apresentado Marinette para toda a sua família, menos para uma pessoa (e, para ele, uma – se não a mais – importante).
Por isso, naquela noite, estava nervoso. Todos já haviam aprovado a mestiça de olhos índigo como uma nova membra na família Agreste, a não ser ela.
— Papai, quando sua namorada vai chegar?
Adrien soltou um suspiro. Limpou a mão manchada por molho de tomate no avental e olhou para o arco da cozinha. Emilie Agreste-Tsurugi estava com seu melhor vestidinho florido, com o cabelo preso em um rabo de cavalo alto e uma cara de curiosa que era notada há metros.
Com seus oito anos de idade, Emilie - ou Ems, como preferia - era filha de seu primeiro relacionamento, que nunca chegou a um matrimonio. Haviam se separado logo quando ela fizera um ano, e Adrien havia ganhado a guarda da menina por ter uma residência mais fixa do que a esgrimista Kagami Tsurugi, que participava de diversos torneios e precisava se locomover quase sempre para atender os requerimentos dos mesmos, o que não a fazia uma mãe ausente. Tentava estar sempre na vida de Emilie, e tinha ainda um bom relacionamento com o ex-noivo.
— Ainda falta uma hora. Ela vai chegar as oito.
— Mas... papai, já são sete e cinquenta e cinco.
— O que?! — Adrien virou o corpo. Pisou na farinha ali derrubada, e o pé deslizou. Emilie colocou a mão sobre a boca, com os olhos esbugalhados e prendendo uma risada quando o pai caiu com um estrondo audível na cozinha, virando uma vasilha de alface sobre os cabelos loiros. — Porrrrr...caria!
— O relógio da cozinha 'tá atrasado, papai! Você mesmo me disse.
— É... eu me esqueci disso. O bom é que já tá tudo pronto, eu só preciso... tomar um banho e...
Adrien saltou ao ouvir a campainha soar. Levantou-se em um pulo e grunhiu.
— EU ABRO, EU ABRO!
Emilie saiu gritante pela sala, os cabelos voando enquanto as sapatilhas batiam contra o chão brilhante. Adrien logo correu atrás, esquecendo-se do avental sujo e do estado deplorável em que estava. Encontrou Emilie já na porta, errando tanto a senha do alarme que em menos de duas tentativas a polícia seria chamada.
Pegou-a no colo.
— Já disse, o alarme não é para crianças. — Olhou-a, um tanto bravo, mas a careta foi-se pelos ares quando Emilie rolou os olhos e deu a língua. Cristo, era aquela a educação que ele dera para ela?!
Não teve tempo de pensar, a campainha soou novamente. Ele prontamente digitou a senha, destravando a porta e girando a maçaneta. Quando abriu a porta, seu maxilar quase fora ao chão: Marinette Dupain-Cheng estava mais bela do que nunca, algo que ele pensou ser impossível.
O corpo estava escondido em um vestido carmesim, e os saltos pretos davam-na centímetros de uma altura falsa que ela nunca teria sem eles, porém, ainda continuava baixa perto de si. Os lábios em um tonzinho de rosa-bebe brilhavam sob a luz do corredor seleto. O cabelo estava preso em uma trança lateral que dominava a parte esquerda da clavícula exposta, caindo como uvas em um cacho. Mantinha um sorriso deliciosamente doce.
— Oi.
Ela soou, adoravelmente educada como sempre. Não era atoa que tinha uma ótima reputação como funcionaria, sempre respeitosa e prestativa.
— Oi... — Um sorriso bobo adornou os lábios do Agreste, que nada soube dizer a não ser aquilo. Fitava-a com uma admiração que era quase palpável. Poderia olha-la durante toda a noite.
Se não fosse por Emilie.
— Então você é a Marinette? — A garota tombou o rosto para o lado. Adrien olhou-a.
— Ems! — Repreendeu-a, com uma careta.
— Deixa ela, Adrien... — Marinette olhou para a garota. Era linda, com cabelos loiros e os olhos que eram uma mistura tendenciosa entre um verde escuro e um âmbar, quase oscilando em um degrade vertical. — Sim, você deve ser a Emilie, certo?
— Sim, Emilie Agreste-Tsurugi! — O orgulho no tom de voz era gracioso e bonitinho. — Papai fala muito sobre você!
— Espero que só fale coisas boas. — Marinette sorriu para ele. — Posso entrar?
Somente naquele momento Adrien percebeu que tinha deixado a namorada em potencial parada na porta por mais de cinco minutos por puro devaneio. O rosto adotou um tom escarlate que iluminou o rosto cor-de-pêssego.
— Claro, eu... não sei porque... ah... — Adrien sacolejou a cabeça, e a única coisa que viu fora um borrão verde passando em sua frente até cair no piso. Abaixou o rosto, reconhecendo um dos alfaces temperados que iriam compor uma salada. — Olhou para Marinette. — Isso... estava no meu cabelo até agora?
A mestiça não poupou uma risadinha.
— Sim.
— E nenhuma das duas me avisou por que...?
— O verde do alface estava realçando seus olhos e combinando com o seu cabelo, papai. — Emilie respondeu, antes mesmo que Marinette pudesse pensar em algo.
— Concordo com ela. — Marinette soltou, com um sorrisinho. Adrien grunhiu, colocando Emilie em pé antes de dar espaço para que ela entrasse. — Obrigada.
— De nada. — Puxou-a delicadamente, deixando um selinho nos lábios gordinhos.
— Está cheirando a molho de tomate e temperos.
— Fui eu quem cozinhou hoje. — Soltou um suspiro. — E... perdi o horário. Não percebi o relógio atrasado, quando Ems foi falar comigo eu tinha terminado de tirar um dos pratos do forno e...
— Ok, garotão, não precisa ficar se explicando. — Marinette riu, enquanto tirava o avental que ele vestia, vendo a camiseta preta ainda pior que aquele pano em que o rosto de Emilie estava estampado com um "eu amo o papai!" dentro de um coração vermelho. — O que acha de ir tomar um banho?
— Eu ainda nem montei a mesa... — Adrien choramingou, encostando a testa junto a dela. — Temos aqui o motivo porque nem mesmo consegui me casar. Eu sou um desastre.
Marinette meneou a cabeça, roçando a ponta do nariz ao dele.
— Eu e Emilie podemos fazer isso, só me dizer onde estão os pratos. Enquanto isso, você toma banho e se arruma.
— Mas... foi eu quem te convidei, eu devia arrumar tudo e fazer isso o melhor jantar de apresentação do mundo, mas acabei transformando em um desastre e... — Foi calado quando ela juntou os lábios aos dele, em um selo casto.
— Shhh, está tudo ótimo, eu estou adorando, e vou ficar feliz em te ajudar, tudo bem? Agora... onde ficam os pratos?
Adrien soltou um sorriso.
— No armário da sala de jantar. Monte como quiser, deve ter tudo o que precisa lá. A governanta disse ter tudo, pelo menos.
— Certo, agora vai tirar esse cheiro. Está me deixando com fome.
Adrien rolou os olhos, caminhou até Emilie, avisando-a que tomaria um banho e que está deveria ajudar Marinette com a mesa. Saiu em disparada para o quarto, deixando ambas sozinhas na sala. A mestiça olhou para a garota, que a fitava com um sorriso curioso.
— Vamos... montar a mesa?
Emilie assentiu.
Caminharam juntas para a sala de jantar. Começaram a organização juntas, sem muita conversa. Ambas pareciam tímidas.
— Então... é você quem vai se casar com meu papai?
Marinette sentiu a saliva descer rasgando por sua garganta. Olhou para Emilie com um meio sorriso, as mãos tremeram por um momento e ela quase derrubou o prato de louça cara que segurava.
— Eu... hã... casar é um termo forte demais...
— Vovó sempre disse que papai precisa de alguém para casar. Se não for para casar, você não é bem-vinda.
Marinette piscou, aturdida, e com vontade de rir. Segurou-se.
— Uh... então... pode ser que eu queira casar com seu pai... em um futuro... próximo. — De uns sete anos, completou em mente. — isso... é uma resposta suficiente?
Emilie franziu o cenho.
— E você pretende me dar irmãozinhos?
Ok, agora sim sua mente entrara no mais puro colapso, e ela só soube sorrir como uma palhaça.
— Uhh... não é uma... pergunta... — Marinette largou o prato sobre a mesa, ajeitando-o com minuciosidade, tentando distrair a mente da complexibilidade daquela questão. — ... muito... hã... uma questão... feita... muito cedo?
— Pffff... — Emilie rolou os olhos. — Eu já tenho quase nove anos! Logo vou estar velha demais para podermos brincar!
Marinette acabou mordendo o lábio inferior. Saia com Adrien há mais ou menos dois meses, tampouco haviam tido tempo suficiente para transar, imagina para pensar em filhos?!
— Uhhh bem... eu e seu pai temos que discutir isso ainda, mas... pode ficar tranquila que vou por isso em pauta logo. — Marinette acabou rindo. — Quer... fazer outra pergunta?
— Você gosta do papai? De verdade?
Marinette a encarou, e sorriu abertamente.
— Eu... não gosto do seu pai... — Emilie cruzou os braços. — Eu... eu amo ele. — Logo viu um sorriso no rosto da loirinha. — Ele... é a melhor pessoa que eu já conheci. De verdade, eu... amo ele demais, não tem como descrever.
— Hmmm, devo me preocupar que você ama alguém mais do que eu?
Ambas giraram o rosto ao ouvirem a voz de Adrien. Viram o loiro entrando pela cozinha, já banhado e cheirando a mesma colônia de sempre. Os fios loiros estavam úmidos, um tanto bagunçados. O torso coberto por uma camisa jeans com botões e uma calça em preto, combinando com os tênis da Adidas. Arregaçou as mangas ao se aproximar, fazendo com que Marinette o olhasse com ainda mais afinco.
Era um provocador de merda.
— Estava falando sobre você mesmo. — Marinette sorriu. — Está melhor, mas sinto falta do alface.
Adrien rolou os olhos antes de se aproximar.
— Vamos jantar, já enrolei vocês demais.
[...]
O jantar tinha sido perfeito, e Marinette estava surpresa por Adrien saber cozinhar. Nunca em sua vida ela imaginaria que ele tinha tal talento para cozinha, o que a surpreendera. Não deixado nada queimado ou fora do ponto, aquilo era algo extremamente exemplar.
— Parece que alguém foi aprovada pela Ems... — Sorriu, quando Adrien abraçou-a por trás, enfurnando o rosto na curva do pescoço da menor. — ... e, Cristo, que perfume bom...
— É o novo da coleção da empresa. Está... fantastic. — Girou o corpo, encarando-o. — Você tem uma filha encantadora e que se importa horrores contigo.
— Por que diz isso?
— Ela me perguntou se sou 'pra casar, e que caso eu não fosse, eu não era bem-vinda.
Adrien sentiu o rosto esquentar.
— Porra... — Soltou, com um revirar de olhos. — Hm, talvez tenha sido uma péssima ideia deixa-la aqui sozinha?
— Não, ela é um amor, até perguntou se tenho intenção de dar a ela um irmão.
O aloirado acabou rindo, envergonhado.
— Me desculpa... pela língua solta da Ems... eu não sabia que ela iria fazer essas perguntas.
Marinette envolveu o pescoço do loiro com os braços.
— Não precisa pedir desculpas, ela é um amor, de verdade. — Abiu um enorme sorriso. — Você tem uma filha incrível.
— E ela vai ter uma madrasta ainda mais incrível...
Marinette arregalou os olhos, Adrien também.
— Digo... não agora... bem... só se você quiser e...
— Agora sei de quem Emilie puxou a língua solta.
Adrien tombou o rosto para trás. Sentiu o corpo arrepiar-se quando Marinette depositou um beijinho em seu pescoço.
— Marin?
— Sabe... eu amei o jantar, de verdade, mas... agora que ele terminou, e Ems foi dormir... — Ela puxou o rosto dele. — Poderíamos... assistir um filme na Netflix.
Adrien acabou rindo.
— Assanhada... — Resmungou, ao lado da orelha dela antes de depositar um tapa estalado na banda direita da bunda arrebitada da mestiça.
— C-Culpa sua... — Riu. — Agora vamos logo pro teu quarto... quero te mostrar minha lingerie nova.
O sorriso dele ficou ainda mais largo, com uma pitada de malicia.
— Ainda bem que eu deixei um espaço 'pra sobremesa.
Ciciou, ao puxa-la em direção ao quarto. Marinette lambiscou o lábio.
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