Tumgik
tiascar · 3 years
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Ba!bies!
Em que Adrien - sem querer - encontra uma pesquisa sobre sintomas de gravidez no histórico de seu laptop, agora cabe a Marinette convence-lo que foi tudo um mal entendido.
único; no, no!
ADRIEN NÃO CHECAVA seu histórico de navegação com frequência. Normalmente, ele o deixava cheio e também nunca limpava. O motivo era achar desnecessário.
Mas naquela quarta, ele precisou abrir o histórico.
Como professor, Adrien estava acostumado  passar uma infinidade de trabalhos. Ele dava aula para todo o ensino fundamental II de um escola local, explicando física para alunos do quinto ao nono ano. Também, em outro colégio, lecionava para o ensino médio. Ele gostava daquela rotina,  não era todos dia que dava aula. Normalmente, seu horário era terça, quarta e quinta.
Naquela quarta em especial ele estava montando o trabalho que passaria no dia seguinte. Precisou abrir o histórico para buscar o link de uma imagem que colocara em um dos trabalhos. Tudo teria continuado normalmente se ele não tivesse descido um pouco o olhar e focado em uma busca recente.
Logo abaixo duas pesquisas que ele fizera no começo da noite, estava uma premissa de busca que chamou sua atenção: primeiros sintomas de gravidez. Ele clicou, sendo levado direto para a página do Google com uma lista de sintomas. Ele franziu o cenho por um momento.
A única pessoa que havia usado o laptop antes dele havia sido Marinette. Segundo ela, precisava checar algo no Google e seu celular estava carregando. Adrien deixou-a na bancada da cozinha com o laptop enquanto fora tomar um banho.
Lembrar disso fê-lo arregalar os olhos por um instante.
No segundo seguinte, terminar o trabalho já não era lá prioridade para o momento. Adrien saiu em disparada para o quarto, onde Marinette estava terminando um par de croquis para o dia seguinte.
A Dupain-Cheng tomou um susto quando foi abraçada de surpresa pelo maior por trás. Não esperava uma chegada tão repentina do noivo.
— Adrien! — Ela girou o corpo, esbaforida. — Que susto! O que aconteceu?
— O que aconteceu?! Marin, você está grávida! Eu não posso estar mais feliz!
— Quê?!
Marinette franziu o cenho quando Adrien puxou-a novamente para um abraço apertado. Do que Adrien estava falando?! Ele estava ficando maluco?!
Afastou-o com delicadeza. Ela olhou-o com certa curiosidade novamente.
— Adrien... eu não sei de onde você tirou essa conclusão, mas eu não estou grávida.
O Agreste ficou confuso por um minuto.
— Não?
— Não. — Ela riu baixinho. — Por que pensou isso?
Adrien sorriu amarelo, um tanto envergonhado levando os dígitos até a nuca. Coçou-a, desviando o olhar por um momento.
— É que... eu estava olhando o histórico para achar um link e...
Marinette entendeu tudo naquele momento. Negou com a cabeça e se sentou na ponta da cama juntamente a ele. Sorriu.
— Uma amiga minha acha que está grávida, eu procurei os sintomas para dizer 'pra ela. Foi isso.
— Ahhh, entendi. — Adrien soltou uma risadinha. — Acho que... eu me precipitei um pouco.
— Pelo lado bom, você não saiu desesperado em busca de roupas de crianças e afins.
— Esse seria o segundo passo.
Eles trocaram uma risada e então se deitaram na cama. Encararam o teto.
— Mas... então... você quer um bebê?
Marinette virou o rosto para olha-lo. Adrien assentiu e então focou o olhar nela. Sorriu, de maneira doce.
— Se você quiser, bem, quando você quiser também... eu bem que... gostaria de ser pai.
— É uma grande responsabilidade.
— Eu sei. — Ele deu de ombros. — Mas acho que estou pronto. Você?
— Eu sempre quis um bebê com você. — Marinette confessou com uma risadinha. — Imagina se vier com esses seus olhos verdes? Eu acho que não vai existir alguém mais rendida do que eu.
Adrien soltou uma gargalhada.
— Se tiver essas tuas bochechas eu não vou conseguir parar de apertar. — Adrien, então tocou a ponta do nariz da Cheng. — Elas são fofas como você.
— Quanto galanteio...
— Você sabe que isso é o meu mais puro amor por você, princesa.
Marinette sorriu quando ele piscou para ela. Devagar, aproximou o rosto do dele. Encostou os lábios delicados do dele, movimentando com certo deleite em uma carícia nem tão planejada. Adrien fechou os olhos se deixando levar pelo momento. Logo, moveu a boca em conjunto a dela, com ainda mais delicadeza. Encaixaram logo as bocas, iniciando um beijo terrivelmente lento e um tanto prazeroso, regado por amor.
Amor.
Uma palavra que resumia tudo o que sentiam um pelo outro.
Não demorou para aprofundarem o ósculo, separando-se por um momento quando o ar se fez falta. Ofegantes, se sentaram na cama. Trocaram um olhar rápido enquanto respiravam profundamente. Adrien, então, tomou novamente a liberdade de aproximar os lábios dos dela. Iniciou outro beijo, roubando-a o folego novamente.
E então novamente.
Novamente...
Separaram-se e trocaram outro olhar. Marinette acabou sorrindo um tanto sacana.
— Não vai terminar o trabalho? Pensei que fosse passar para os alunos amanhã...
Adrien estalou a língua.
— Talvez eu possa terminar isso depois... — Ele roçou a ponta do nariz ao dela. — Acho que talvez eu tenha um trabalho mais interessante agora, não acha?
Marinette assentiu. Envolvendo o pescoço do Agreste com os braços e beijando-o novamente ao ficar de joelhos sobre o colchão da cama. Sentiu as mãos quentes do outro em sua cintura. Sorriu ao afastar-se dele.
— É... um trabalho de biologia, eu diria. Quem sabe não podemos unir gametas?
Adrien soltou uma risada.
— Me parece uma boa ideia.
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tiascar · 3 years
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Apaixonadrien
Adrien Agreste era tão apaixonado por Marinette Dupain-Cheng que seus amigos o apelidaram carinhosamente de 'apaixonadrien'. Adrien gostava do apelido, mas nunca pensou que chegaria em Marinette e ela ficaria curiosa sobre a origem.
único; apaixonado.
— Por que te chamam de Apaixonadrien?
A pergunta de Marinette saiu repentina pelos lábios pequenos e delicados da mulher. Adrien – que estava ao seu lado na bancada do laboratório – quase derrubou a mistura recém-feita por toda a tampa.
— Hã?
Ele soltou, olhando-a. Não era possível que ela soubesse daquilo. Não quando ele tomava o cuidado para que ela nunca ouvisse aquele apelido. Ele sempre se divertia com os garotos, tirando sarro com aquele apelido, mas perto dela ele sabia que era perigo.
Perigo porque ficaria fácil para ela descobrir que aquele apelido fazia relação a ela.
Ele não queria que ela descobrisse.
Perder a amizade de Marinette – sua primeira amiga de colégio após longos anos estudando em casa – parecia uma catástrofe em sua mente. Ele gostava tanto dela que preferia mil vezes te-la como amiga, suportando os sentimentos apaixonados, do que te-la afastada de si por saber que ele gostava dela e não querer machucar seu pobre coração.
— Eu... — Ela bateu um tanto ansiosa a ponta da lapiseira contra o caderno onde fazia pequenas anotações para o futuro relatório que entregaria. — ...ouvi falando e... fiquei curiosa. Não precisa responder caso... você fique desconfortável ou...
— Não... — Ele riu, tentando disfarçar o nervosismo. — Tudo bem, é que... eu não esperava essa questão repentina. Eu... bem... é que eu estou gostando de uma pessoa.
Adrien murmurou enquanto se certificação de deixar a reação já dentro do tubo de ensaio fechada em seu devido lugar. Estava organizando a bancada1, afinal, a aula acabaria em menos de dez minutos.
Para a felicidade de ambos, já haviam terminado a lição do dia. Era só montar um relatório para entrega na aula seguinte. A professora tirava algumas dúvidas na frente.
Eles, no momento, não tinham dúvidas, não aquelas referentes a matéria.
— Você está? — Ela pareceu surpresa. Adrien a olhou, anuindo como forma de resposta. — Isso... uau... eu estou um tanto sem palavras.
— É estranho demais?
— Não! — Ela riu, mas deu de ombros ao fim da sentença. — É que... você quase... não fala sobre namoros. Eu pensei que estivesse... focado em outras coisas, deixando os assuntos do coração de lado.
Adrien riu, tanto pela resposta dela como por ter achado fofo ela classificar aquilo como assuntos do coração.
— Assuntos do coração? Que maneira poética de caracterizar o amor.
— Eu diria que um tanto boba também. — A Dupain-Cheng apoiou os cotovelos na bancada. Encarou-o. — A garota que tem seu amor certamente é uma garota de sorte. Você é incrível.
— Eu sei! — Adrien a olhou, um sorriso de canto ao apoiar a palma esquerda na mesa. — Mas... ela não me nota. Será que existe um jeito de fazer ela perceber?
— Bem, você deveria chegar nela.
— Tipo... como? Me de direções.
— Eu... não sei. — Marinette riu. — Talvez... chamando ela 'pra sair, declarando seu amor, se ela tiver uma sacada, você pode brincar de Romeu.
Adrien e ela riram juntos dessa vez. Ele desviou o olhar para os materiais ajeitados sobre a bancada.
— A sua sacada é muito alta, não acho que você vai conseguir me ouvir.
A frase dita por ele fez o coração dela se acelerar por um momento. Marinette franziu o cenho.
— Como?
O sinal soando alto fez Adrien rir, olhando-a ao jogar a alça da mochila sobre o ombro.
— Bem, eu preciso ir agora. — Ele sorriu. Aproveitando-se do modo que ela estava atonita, deu-a um beijo delicado na testa. — Te vejo depois.
Adrien saiu andando. Mesmo que estivesse mantendo uma postura decidida, por dentro ele estava – sem dúvidas – em uma espécie de pré-nervosismo. O coração batia forte no peito, ele estava literalmente em frêmitos. Céus! Ele havia se declarado!
Com todas as letras e expressões. Marinette agora sabia que ele era apaixonado por ela! Não estava nos planos, não pensou que aquilo aconteceria tão cedo, agora... oh... o que ele faria?!
E se... ela parasse de falar com ele?
E se... ela resolvesse que fosse melhor se afastarem? Tirarem um tempo para ver se aquele amor era plausível?
E se...
E se...
Adrien não conseguiu voltar aos pensamentos. Sentiu o braço sendo segurado e – ao parar e virar o corpo – sentiu outro colidindo ao dele, ao mesmo tempo que uma boca pequena e delicada uniu-se a dele.
Por um momento, Adrien precisou raciocinar o que acontecia. Ele viu os olhos azuis, as mãos delicadas, a boca doce e formosa. Deixou-se levar, fechando os olhos e correspondendo o beijo amoroso que Marinette o oferecia no momento. Guiou uma das mãos a nuca da mestiça, aceitando de bom grado a passagem oferecida pela boca dela.
Moveu a língua com delicadeza, em um enlace charmoso e gostoso. Era como se Marinette soubesse exatamente como mante-lo sob seu domínio naquele beijo. Quando faltou-se o ar, Adrien e ela trocaram um olhar.
— Quer sair comigo?
Por algum motivo não planejado, ambos soltaram a frase ao mesmo tempo. Acabaram rindo, as bochechas avermelhadas de timidez.
— Podemos ir no parque de diversões que abriu perto da praça.
Adrien murmurou segurando a mão dela.
— É... uma ótima ideia. — Marinette sorriu. — Mas... eu vou poder te chamar de Apaixonadrien no percurso?
Adrien riu, dando-a um beijo na ponta do nariz.
— Claro princesa, até porque... — Ele sorriu. — ... eu sou completamente apaixonadrien por você.
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tiascar · 3 years
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Sleepy Kitty
Em que Marinette tinha um novo vício, daqueles que seus amigos nunca poderiam saber.
único; with me
Marinette, antes, orgulhava-se em dizer que seu único vício era roer as unhas em momentos de nervosismo.
Porque - agora - ela não poderia dizer que aquele era seu único vício.
Bem, pelo menos desde que Chat Noir entrara sorrateiramente em sua vida com aquele sorriso tão estúpido que a deixava com um sorriso enorme no rosto.
Sim, ela queria adicionar pequenos defeitos no gatuno para poder sentir raiva por ele te-la dado um vício novo, mas sabia que tudo pelo qual tentava rotula-lo em sua mente era mentira. Chat Noir não tinha um sorriso estúpido, mas sim um sorriso gracioso que trazia paz. Sua voz não era chata, era gostosa de se ouvir. Seu jeito era o contrário de sem graça, e por isso não conseguia expulsa-lo de sua vida.
Afinal, de alguma forma, Chat Noir a trazia paz.
E era por isso que ela não conseguia mais dormir sem a presença dele.
Chat Noir tinha braços que a deixavam muito a vontade, sempre a envolviam de maneira aconchegante. Suas mãos sempre faziam delicados movimentos no topo de sua cabeça, fazendo o sono vir com facilidade a medida que suas respirações se entravam em sintonia. Era bom, era doce, era algo muitíssimo cômodo ao ponto de virar um vício.
Um vício que ela não conseguia abandonar.
Até mesmo porque ela sabia que - no fundo - ela não gostaria de largar.
- Eu pensei que fosse dormir cedo hoje, princesa.
A voz dele a fez voltar ao momento, desviando o olhar para o canto do quarto, e do canto para o relógio na parede. Era meia noite, a lua brilhava no céu junto com estrelas cintilantes. O dia seguinte seria cheio: teria uma apresentação na faculdade e precisava ter uma boa noite de sono se quisesse se sentir completamente pronta para aquilo.
Porém, como ela poderia dormir se - quando fechava os olhos - se sentia vazia? Como poderia dormir se - ao virar o corpo na cama - sentia falta de alguém ali?
Era impossível.
- Eu precisava...
- E não está na cama ainda? - Ele se aproximou, encostando-se na escrivaninha. Marinette recolheu os pés, apoiando-os sobre a cadeira giratória e abraçando os joelhos cobertos pela calça de pano fino. - Sem sono? Insegura?
Ela desviou o olhar.
- Não consigo dormir.
- Por que?
De um modo gracioso e lento, ela ergueu o olhar. Piscou ao umedecer os lábios e então revelou em uma confissão quase silenciosa, mas esperando que ele ouvisse.
Ela precisava que ele ouvisse.
- Porque não consigo dormir sem seus braços ao redor de mim.
Ela se ocupou encarando as unhas para não ver a reação do maior. Perdeu o sorriso que ele dera, algo bonito demais para ser esquecido por alguém, ao mesmo tempo que cruzara os braços.
- Se apegou a mim?
Ela ergueu o olhar.
- Não tenho culpa se você tem um bom cafune...
Uma risada pela parte acabou acarretando outra dela, que somente parou para soltar um bocejo. Chat sorriu, maravilhado pela visão tão delicada que era Marinette em seu pijama rosa com os cabelos soltos e a ponta do nariz rosada pelo ar frio que entrava pela janela.
Então, surpreendeu-a ao se aproximar e puxa-la para seu colo. A surpresa, porém, não foi suficiente para faze-la afasta-lo.
Muito pelo contrário.
- Hora de dormir, princesa.
Ele murmurou, e ela passou os braços com preguiça ao redor do pescoço dele. Sentiu o cheiro tão cítrico e agradável que o corpo dele exalava, algo que parecia tão conhecido e trazia paz de espírito.
- Vai ficar comigo, não é?
Ela murmurou de maneira baixa quando ele a deitou na cama, ajeitando a coberta. Chat Noir sorriu.
- Você sabe que sim, princesa. - Ele se ajeitou ao lado dela. Sentiu-se tremendamente feliz quando ela passou os braços ao redor de seu corpo, trazeno-o para perto e afundando o rosto na curvatura de seu pescoço. - Eu sou seu ursinho, agora.
- Prefiro que seja meu gatinho.
A frase arrancou-o outro sorriso manhoso é contente. Ela dizia de um modo tão bonito e baixinho, com o sono já dando indícios de que logo, logo a tomaria dele. Chat, então, envolveu-a com os braços e a trouxe para perto, deixando as mãos mergulharem no amontoado de fios que compunham o cabelo tão macio que ela tinha.
Começou um delicado cafune.
- Eu sempre fui seu gatinho...
Marinette assentiu.
- Promete que vai ser para sempre?
Ele meneou a cabeça em consentimento. Depositou um beijo sobre a testa dela, o cheiro doce e aprazível que a pele dela possuía adentrando suas narinas e o deixando inebriado. Ela era tão linda, tão charmosa.
Ele estava, sem dúvidas, apaixonado.
- Sim, princesa, promessa de gato.
- Espero que cumpra... eu não sei ficar sem você.
Ela confessou com a voz pesada pelo sono. Chat Noir não conteve um sorriso.
- E nem eu sem você, princesa.
A confissão dela foi suficiente para deixar o coração do Noir quentinho, que percebeu-a logo pegando no sono. Acabou ficando ali, junto a ela, porque assim como ela, ele também sentia uma paz enorme quando tinha-a em seus braços.
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tiascar · 3 years
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Regalia
━━━━━━━━ ❝𝘌𝘳𝘢 𝘶𝘮𝘢 𝘳𝘦𝘨𝘢𝘭𝘪𝘢 𝘴𝘦𝘳 𝘢𝘮𝘪𝘨𝘰 𝘥𝘦 𝘓𝘢𝘥𝘺𝘣𝘶𝘨, 𝘱𝘳𝘪𝘯𝘤𝘪𝘱𝘢𝘭𝘮𝘦𝘯𝘵𝘦 𝘲𝘶𝘢𝘯𝘥𝘰 𝘦𝘭𝘢 𝘥𝘦𝘪𝘹𝘢𝘷𝘢-𝘰 𝘮𝘰𝘳𝘥𝘦-𝘭𝘢 𝘦𝘮 𝘯𝘰𝘮𝘦 𝘥𝘢 𝘢𝘳𝘵𝘦.❞
único; pedido estranho
— Se vocês dois querem que peguemos a nota máxima, é melhor que aprendam a morder!
Chloe Bourgeois havia – sem dó ou piedade de ouvidos reclamões – gritado com toda a força de seus pulmões perfeitos no dia anterior – com o bônus de usar um megafone. Adrien sentiu a cabeça latejar, Marinette o mesmo.
Teatro com Chloe Bourgeois era uma merda. A loira era uma tirana ditadora que mandava e desmandava, não aceitava nem o mínimo erro. Marinette sabia que estava fodida, Adrien idem. Não queriam ter caído no grupo de teatro naquele bendito festival de halloween, mas ali estavam.
Ele também não queria ser o vampiro da peça.
Adrien Agreste não era um exímio garoto para esse papel. Ele nunca havia assistido filmes com vampiros, nunca teve interesse na história dos considerados demônios e também nunca tinha tido contato com pescoços. Tinha dezenove, e o máximo que havia feito fora troca de beijos. Poucos beijos, se fosse ser sincero.
Nunca havia mudado de nível.
— Você está aéreo, gatinho. — Um par de dedos estalou na frente de seu rosto. Desviou o olhar para Ladybug. — Está tudo bem?
Chat Noir deu de ombros com uma vontadezinha de fazer um bico e reclamar da vida. Não o fez, mas deu sinais claros que algo o deixava tenso.
— Não é nada.
Ladybug rolou os olhos, surpreendeu-o ao puxar-lhe a mão, abraçando-a com a dela. Sorriu, doce, enquanto encarava os olhos esverdeados do maior. Suspirou.
— Pode me contar tudo, sabe disso, não é?
Aquela demonstração de carinho deixou-o molinho. Ele sorriu, tímido.
— É que... eu preciso de ajuda, mas...
— Mas...?
— É uma ajuda estranha.
As bochechas do herói tornaram-se rosadinhas. Ladybug arqueou uma das sobrancelhas.
— ... o que quer dizer?
— Eu... — O herói amuou-se todo, envergonhadinho. — Eu estou participando de uma peça de teatro e...
— Quer que eu passe as falas com você?
— Quero que me empreste seu pescoço para que eu morda.
Ele falou tão baixinho que ela pensou não ter ouvido.
— Você... o que?
— Eu... eu quero morder teu pescoço! Mas... só como treino! — Ele suspirou. — Eu não sei fazer isso! Envergonho minha parceira de cena toda hora e a responsável quer minha cabeça na forca! Eu vou destruir a cena! Eu... eu...
Os lábios juntaram-se em um beicinho. Ladybug acabou rindo antes de usar os polegares para massagear as bochechas elásticas e infladas de Chat Noir. Sorriu amiga, assentindo.
— Eu te ajudo com isso, gatinho.
Viu um brilhinho especial nos olhos verdes do gatuno.
— Sério? — Ela assentiu. — Cristo, LB! Eu amo você!
Ladybug suspirou exasperada quando o herói envolveu sua cintura com os braços parrudos, puxando-a perto e girando-a no ar. Ela riu, graciosa e então encarou-o.
— Não me põe no chão, me põe contra a parede.
O gatuno arregalou os olhos.
— C-Como?
Ela rolou os olhos azuis.
— Sou muito menor que você. Se quer treinar sem ter que ficar abaixando toda hora terá que me colocar contra a parede.
Chat piscou, então assentiu.
— Certo. — Murmurou.
Caminhou com ela em direção a uma das paredes do prédio abandonado. Felizmente, a pequena construção não terminada tinha cimento suficientemente duro e resistente para ser usado como parede. Encostou-a ali, e então a olhou.
— O que eu faço agora?
— Agora você morde.
Chat Noir assentiu, e empurrou o cabelo dela com uma das mãos. O pescoço não estava exposto – graças ao uniforme – e isso pareceu uma vantagem. Não deixaria marcas e não correria o risco de machucá-la sem querer.
Hesitou quando aproximou a boca do pescoço dela, soltou o ar pelas narinas fazendo-a se arrepiar, mas logo se afastou. Soltou um muxoxo e adotou um biquinho. Quis chorar.
— O que foi? — Ela o indagou. Chat suspirou.
— E se... eu te machucar?
Ladybug estalou a língua.
— Não vai acontecer.
— Mas... eu posso te morder com força ou...
— Confia em mim. — Ela o ofertou uma piscadela. — Vai dar tudo certo. Só... vai.
Chat mordiscou o beiço antes de aproximar-se novamente. A boca ficando tentadoramente próxima quando ele a abriu devagarinho, encaixando com uma delicadeza tremenda. Ladybug arfou quando a mordiscada veio, mesmo que contida. O herói se afastou.
— Como fui?
Ela suspirou.
— Não me pareceu muito real. — Acabou sendo sincera. — Você faz isso muito travado, olha seu ombro! Deixa... deixa eu tentar... tudo bem?
Chat assentiu. Ladybug fitou-o com um sorriso doce e então abaixou minimamente o zíper do uniforme alheio, algo que o pegou de surpresa, mas fora somente o suficiente para que a gola do uniforme ficasse ainda mais maleável para poder mordê-lo. Umedeceu os lábios, aproximou-se e então respirou fundo.
O herói sentiu o corpo bambear pelo arzinho que ela soltou pertinho de sua nuca.
— Tudo bem? — O sacolejinho dele a fez encará-lo.
— Tudo... tudo certo.
Sim, tudo certo. Ele estava quase desmaiando, mas tudo estava ótimo, ótimo e certo.
Ela sorriu.
Então, a boca encaixou-se ali de modo gostoso. Chat tremeu quando os lábios sugaram sua pele antes de sentir os dentes branquinhos da heroína em sua pele, largando uma mordiscada lenta e um pouquinho dolorosa. Não mentiria, sentiu um prazerzinho pelo modo que ela o mordia.
E enfim se afastou.
— Entendeu?
— A-Acho que sim...
— Tenta em mim, agora.
Chat Noir anuiu, coradinho, antes de aproximar a boca do pescoço alheio. Estava um tanto aéreo, ao ponto que não percebeu desengonçado que os lábios atacaram o pescocinho coberto da garota, tascando uma mordiscada daquelas, ardida, até mesmo dolorida.
E que a fez gemer baixinho.
— Ai, LB!
Temeroso que pudesse tê-la machucado, afastou a boca da pele da garota. Encarou-a com certo receio, uma angustiazinha no olhar verde e preocupado. Ela sorriu – agora – desengonçada.
— Faz de novo.
— Uh?
— Você quer treinar, não é? — Ele assentiu. — Ótimo, pode fazer de novo. Meu pescoço hoje é nosso pescoço.
A piada o fez rir, meneando a cabeça.
— Te machuquei?
— Não, foi bom e... — Ela suspirou. — Só... faz de novo.
Ok, Ladybug queria mais mordidinhas e ele precisava treinar. Era uma troca de favores justas, sim? É, era. Ele resolveu pensar assim.
Por isso, não negou e nem se opôs. Mordeu-a de novo, de novo, e de novo. Foi entre a quarta e quinta mordiscada que seu quadril fora bordoado por uma rebolada gostosa partindo da heroína, que se roçou nele de modo impensado. Ele se separou dela somente para encará-la, afoito.
— Lady...?
Ela meneou a cabeça.
— Eu deixei você me morder, será que você deixa eu te beijar?
A proposta – repentina – fê-lo arregalar os olhos, mas ele não soube negar. Beijos? Ele não recusava, os dela então!
Assentiu e teve os lábios capturado em um beijo faminto, carregado por indescritível volúpia. Colocou-a ainda mais contra a parede cimentada, aprofundando aquele beijo deleitoso. Separou-se em busca de ar, antes de repetirem o beijo.
[...]
— Não acredito que Nadja conseguiu essas fotos antes de mim!
Alya chiou irritada ao se juntar aos amigos. Marinette – que estava ao lado de Adrien, vermelhenta de vergonha – encarou-a com graça.
— Que fotos?
— Essa. — A morena virou o smartphone, exibindo as imagens de Ladybug e Chat Noir no dia anterior, aos beijos, abraços e chamegos no alto de um prédio. Não estavam totalmente visíveis, mas o que aparecia já era suficiente pra provar que – de fato – eram os heróis. Marinette arregalou os olhos, assim como Adrien, que pareceu interessado. — Parece que Ladynoir não é um delírio coletivo.
Marinette riu, um tanto nervosa.
— Realmente...
— Eles têm muita química.
Adrien murmurou com naturalidade. Alya riu baixinho.
— Não tanto como você e Marinette vão ter na cena da peça. — Ofertou-os uma piscadela antes de se levantar. — Alya saindo!
Marinette ficou ainda mais vermelha, e Adrien riu baixinho. Ela se virou e o encarou.
— Não liga, Alya as vezes é desvairada e...
Adrien parou de prestar atenção no momento exato que seus olhos se focaram no pescoço da garota. Percebeu uma marca visível, e quando percebeu, sua mão já empurrava os fios azuis para o lado. Marinette ficou estática.
— O que aconteceu aqui? —Tocou, o arroxeado doeu um tico. Ele elevou os ombros.
— Eu... uh... um amigo... pediu minha ajuda. — Ela deu de ombros.
— Hmmm... — Ele mordiscou o lábio com um sorriso de canto. Enfiou as mãos no bolso do casaco que vestia, ouvindo o sinal soar por todo o pátio. — Amigo de sorte...
— S-Sim...
Ele riu.
— Ainda bem que ele sou eu, bugaboo. — Deu de ombros com uma risadinha. Marinette arregalou os olhos, um tanto surpresa. — Ou eu estaria morrendo de inveja nesse momento.
Confessou com graça, e Marinette parecia em transe. Viu Mendeleiev saindo da sala dos professores e puxou a mão de Marinette, entrelaçou-a a dele.
— Vamos, antes que fiquemos para fora da sala.
— Pelo menos a sala do teatro está vazia e você poderia treinar mais mordidinhas.
Adrien riu.
— Mas eu prefiro um lugar mas privativo, onde eu possa te morder toda sem riscos de sermos atrapalhados, agora que você me deixou expert em mordidas.
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tiascar · 3 years
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Dear Glasses
Em que Marinette vive pegando os óculos de Adrien, mesmo sabendo o quanto isso o irrita.
único; our.
— Ei!
Adrien soltou de um modo reclamão em uma quase repreenda quando Marinette levou a mão até a alça de óculos. Franziu o cenho.
Não era novidade os óculos para ele. A hipermetropia já vinha dando sinais desde os dezesseis anos. Aos vinte e seis, os óculos eram seus melhores amigos principalmente de noite. Ele já estava acostumado.
Como professor de matemática, até mesmo gostava do apetrecho, afinal, muitas vezes protegia seus olhos do pó de giz que saia do quadro negro, contudo, passava minutos dando sermões e dizendo para os alunos que não deveriam emprestar os óculos óculos amigos para usarem, pois era prejudicial a visão. Dava-o um tanto nos nervos ver aqueles que pegavam o óculos do outro somente para fazer qualquer gracinha.
E o problema era chegar em casa e ter que ligar com a mesma situação.
— O que foi?
Marinette murmurou. Já estavam na cama, era onze da noite e Adrien queria checar se a atividade que daria no dia seguinte estava salva no drive pessoal para que pudesse pedir para a secretária do colégio imprimir antes de sua aula. O problema era que ele não conseguiria enxergar nada sem os óculos.
— Você sabe que essas horas eu quase fico sem ver nada no celular se não usar os óculos, certo?
Ele disse, sério. Marinette deu de ombros, segurando o apetrecho em mãos.
— Então desligue o celular, oras.
Adrien estalou a língua, mas obserou-a ainda sério levando os óculos a face antes de usar o próprio celular, colocando na câmera. Com paciência, esperou-a tirar uma penca de fotos com sorrisos e caretas.
Voltou a estalar a língua quando ela tirou o acessório.
— Pronto?
Marinette o olhou com um revirar de olhos, entregando-o o apetrecho.
— Sim, querido.
Adrien rolou os olhos.
— Sabe que não gosto nada disso, certo? Isso vai acabar fazendo mal 'pra tua vista e vai reclamar quando precisar usar óculos de verdade.
— Ah, deixa disso. Eu só tirei umas fotos, pronto. Já devolvi.
— Não é sobre você usar ou não. — Adrien bufou. — É que...
— Faz mal, eu sei. Você me diz isso toda vez.
— E você nunca aprende. Vive fazendo de pirraça, não é?
Ela negou, piscando para ele.
— É que eu me sinto chique com óculos, principalmente os teus.
Adrien perdeu o jeito pelo modo que ela mordeu o lábio infero com um jeitinho manhoso e até mesmo provocante. Negou com a cabeça, deixando os óculos na mesinha de canto e desligou o celular.
— Você é terrível.
Ele murmurou, negando com a cabeça. Marinette se deitou, puxando-o. Adrien riu quando ela se aninhou nele, puxando ainda mais o cobertor.
Sorriu.
— Sou mesmo, agora poderia parar de falar? Está frio, quero mimos e chamegos...
Ele riu.
— Claro, princesa, como quiser...
E, rendido daquele modo, Adrien aninhou ainda mais a ela. Certo, Marinette o deixava irritado as vezes, mas como ele podia não se apaixonar ou continuar bravo com ela sendo tão adorável?!
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tiascar · 3 years
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Sextape
Marinette estava sóbria quando a mais recente carta de despejo chegou, estava sóbria quando Adrien apareceu em casa sem boas noticias, somente com uma câmera que ganhou na faculdade.
Também, estava sóbria quando teve uma belíssima ideia e levou-o para o quarto, implorando para usasse a câmera e gravasse tudo o que acontecesse ali como forma de recordação.
Só não estava muito sóbria quando usou o laptop três noites após o acontecido.
único; gimme more!
Uma nova carta havia chego pelo correio. Marinette já a tinha em mãos, sabia o conteúdo, mas abriu-a mesmo assim.
A mesma frustração da ultima semana tomou conta de seu corpinho bonito, o que a fez se jogar emburrada no sofá. O pijama de seda subiu, ela não se importou. Passou a mão sobre o rosto e largou a carta no chão. Fitou o teto.
Despejo, despejo, despejo...
Como um mantra, a maldita palavra fazia um vai e vem em sua mente. Não pensava em nada que não fosse aquilo. Seria – junto a Adrien – despejada do bendito apartamento que dividiam há quase quatro anos. Quando tudo chegou aquele ponto? Ela não sabia, mas era certo que as coisas nunca estiveram realmente boas para os dois. Não eram formados ainda, tinham vinte e dois anos e empregos que não pagavam muito bem.
Eram dois malditos fodidos e sabiam muito bem daquilo.
Suas histórias eram parecidas, não tanto, mas suficientemente para que pudessem fazer um páreo. A diferença era o modo que desenrolaram os fatos, e como as coisas desandaram para cada um.
Marinette havia saído de casa por vontade própria, Adrien havia fugido como um garoto ousado. Enquanto Sabine e Tom – dois anjos em Terra, na opinião do Agreste – apoiavam com toda a certeza os planos de sua garotinha em viver sozinha com independência, Gabriel Agreste não se portava do mesmo modo quando o assunto era seu filho.
Gabriel Agreste era um homem frio, porem ainda mantinha certo prezo pelo loiro, contudo, seu prezo era uma verdadeira obsessão. O Agreste não suportava a ideia de ter o filho longe de suas garras, não após ter perdido a esposa e culpar-se diariamente por isso ter acontecido. Ainda achava que poderia tê-la salvado, e não queria que o mesmo acontecesse com Adrien. Era por isso que manteve o garoto envolto por bolhas superprotetivas desde os oito anos de idade: estudo em casa, pouco contato social e sempre – sempre – sendo acompanhado por alguém quando era preciso. Adrien ainda o acompanhava quando era preciso em diversos eventos que – particularmente – o Agreste mais novo odiava comparecer, mas era levado da mesma forma. Cresceu com empresários baba-ovo enchendo-o a cabeça com diversas ideias manipulativas para que – quando provavelmente assumisse o lugar do pai – fizesse acordos e qualquer outra coisa que pudesse facilitá-los com negócios. Adrien sempre prometeu ajudá-los – com um sorriso doce e falso – para ficar livre, mesmo que sempre fosse a mesma coisa.
Aos dezoito, o loiro resolver sair de tudo aquilo. Não queria ser designer, muito menos empresário, tampouco administrador. Não tinha nada contra aquelas carreiras, mas não era – não mesmo – para ele. Ele queria algo que gostasse, não uma porra que o fizesse infeliz. Foi por isso que juntou poucas peças de roupa em uma mochila e saiu as escondidas no meio da noite para a casa da única amiga que conhecera naquele meio tempo – afinal, a empresa do pai ficava razoavelmente próxima a padaria dos pais da garota e ele sempre escapava para lá quando ninguém via.
Marinette era uma mestiça jeitosa que conhecera aos dezesseis. Ficaram amigos por ela sempre o atender e servir de ouvinte para seus dramas de privilegiado. Seus pais logo tornaram-se amigos do loiro e quando ele percebeu, era mais da família do que os próprios primos da garota. Não pensou duas vezes antes de aparecer lá no meio da noite, inventando que o pai havia o colocado para fora de casa quando ele não quis ir para a faculdade proposta pelo homem. Sabine e Tom ficaram indignados e ofereceram-se para conversar com Gabriel, Adrien negou. Disse que preferia que aquilo ficasse no passado, que não tinha intenção de voltar depois de tanta privação e que queria uma vida nova e sem as amarras do pai. Nunca pensou que seria tão compreendido, nem que receberia tantos conselhos como recebeu – e todos de bom grado. Dois meses depois, Marinette – que desde o principio sabia da fuga do loiro, e fingiu surpresa ao vê-lo ali mesmo recebendo uma mensagem do Agreste cinco minutos antes – e ele estavam morando juntos naquele apartamento mediano perto do centro. Ele com dezenove e ela faltando um mês para atingir a mesma idade que ele. O começo – não negavam – foi farra, festas e uma comemoração intensa com os amigos dela que logo tornaram-se dele também.
Adrien não falava com Gabriel desde que saíra de casa e recebera um ultimato por parte da secretaria que ele resumia como "se não voltar em três dias, não precisa mais voltar ou pedir por alguma parte quando rolar um inventario após minha morte". Não pisava mais na mansão, e sempre transferia de volta o dinheiro que Gabriel jogava em sua conta. Ele não queria depender do pai, não queria nada de Gabriel, nem mesmo afeto. Quando precisou de algo, nunca teve.
Marinette o entendia, mas estalava a língua em desagrado toda vez que Adrien reclamava ter euros demais na conta. Falava que ele poderia dar o dinheiro para quem estivesse precisando, tipo... ela, que trabalhava em meio período em uma lanchonete local e lutava diariamente contra o desejo de mandar ao inferno todos os caminhoneiros que olhavam sua bunda e a chamavam de gostosa quando atendia-os na mesa.
As coisas complicaram quando terminaram o ano sabático que utilizaram juntos e caíram de cabeça na faculdade. Adrien em fotografia, Marinette em moda. Estudavam relativamente certo, trabalhavam com uma distância enorme. O dinheiro não era muito, mas com o tempo, as coisa oscilavam entre uma gritante melhora e uma grande merda fodida. Em alguns momentos, pareciam um casal quando se juntavam com uma pizza no sofá. Em outros, batiam portas e gritavam como inimigos. Marinette nunca negou aos amigos que transavam, mas mantinha aquilo a sete chaves. Adrien e ela eram como companheiros de casa, solidão e sexo.
E gostavam de como desenrolavam as coisas. Sem neura ou pressão social. Somente eles, desejo e tudo o que pudessem enquadrar ali.
— Marin?
Adrien murmurou ao abrir a porta, suspirando cansado. Mal esperou para começar a desatar os botões da blusa social enquanto respirava fundo. Marinette sentiu o cheiro do perfume misturado e rolou os olhos, sentando no sofá. Aquele misto incomum de perfumes – com uma dose de suor e sexo – deixavam-na ciente de que – pelo lado bom – Adrien havia ganho dinheiro.
— Pelo seu cheiro...
— Não ganhei mais do que quatrocentos. — Soltou todo o ar ao largar a camiseta sobre o sofá e ir até a cozinha. Marinette mordiscou o lábio.
Adrien havia aproveitado de sua beleza para um trabalho atrativo. Adrien trabalhava em uma boate local como instrutor sexual e adestrador para iniciantes em BDSM. Sabia que havia mulheres que sonhavam com um cara bonito agindo como dominador, e ele gostava de usar sua infame beleza para deixá-las sedentas e conseguir alguns bons euros por poucos minutos.
— Achei que...
— As coisas eram mais fáceis quando Cinquenta Tons de Cinza era consumido feito água. — Murmurou, buscando um copo no armário. Dirigiu-se a pia, enchendo-o com uma boa dose d'água. — Agora... o movimento não é igual. Claro, tem mulheres que viraram clientes, mas... não é a mesma coisa. Também tem toda a crise, essas coisas pesam. Tenho que fazer reajustes e...
— Deus, está falando como um especialista em negócios.
— Obrigado por não usar a palavra empresário.
O sorriso do Agreste era irônico, Marinette rolou os olhos e voltou para o estado inicial: deitada, largada, e com o pijama elevado e exibindo a popa da bunda branquinha. Adrien apoiou-se no balcão. Era divino e venusino o modo que Marinette ficava ali, estacionada no sofá, encarando o teto e divagando. Talvez ele prestasse muita atenção nela. Talvez ele só realmente gostasse dela.
Suspirou, retirando a mochila que mantinha as costas e colocando sobre a mesa antes de retirar a camiseta. Marinette girou o corpo, debruçando sobre o braço do sofá de modo a observá-lo.
— Você parece tão pornográfico usando só essa calça... — Ela mordiscou o lábio. Ele riu, enquanto abria a mochila. Os olhos da Cheng brilharam. — O que trouxe?
— Seus cupcakes favoritos. — Adrien tirou a embalagem bem feita da bolsa. Marinette levantou como uma moleca, correndo em direção ao balcão. Os olhos brilhavam e ela encarou o embrulho por instantes antes de abri-lo e abocanhar um dos docinhos cobertos por uma dose exagerada de chantilly. Os lábios ficaram onustos pelo creme em excesso, sujando toda a boca bonitinha com aquele adorável formato de coração. Adrien mordiscou o beiço ínfero, com um menear de cabeça.
— Não acredito que foi até a padaria dos meus pais buscar por isso!
— O que posso fazer? Gosto de te ver feliz.
Marinette sentiu o corpo fraquejar quando o polegar do Agreste acariciou seu queixo tentando limpar o chantilly, e colocou a língua para fora quando o polegar dele esfregou em seus lábios. Elevou o olhar para ele ao deslizar o polegar do loiro pelos lábios, chupando o dedo dele com extrema malicia, retirando o chantilly que o recobria. Quando Adrien puxou o digito com delicadeza, ela não tardou em contornar os beicinhos com a língua, sorrindo.
— Tarada.
Adrien ciciou com diversão, ela apoiou os braços no balcão.
— Você gosta de mim assim... pelo menos diz que dou gostosinho com meu jeito safado.
Adrien riu, e não discordou.
— Ganhei uma câmera nova em um sorteio da faculdade. — Murmurou ao voltar o olhar para a mochila. Retirou a Nikon requintada do fundo da mochila. Marinette não entendia o suficiente, mas pela aparência, sabia ser algo caro e que só um burguês tinha dinheiro para comprar. Adrien parecia apaixonado. — Ela é uma belezinha, mas não vou ficar.
Marinette franziu o cenho.
— Por que?
Adrien fez uma careta irônica antes de largá-la sobre o balcão. Puxou o celular do bolso da calça e passou instantes brincando com os dedos sobre a tela até vira-la para que Marinette pudesse enxergar o motivo. O corretor da casa havia enviado uma mensagem para Adrien com o mesmo conteúdo da casa. A palavra despejo estava explicita, e voltou a mente da mestiça, que suspirou.
— Não sei porque todo esse alarde! Só... temos três meses de atraso...
— Isso é sete mil euros.
Marinette estalou a língua e tocou a câmera.
— Mesmo que você venda sua bonequinha ai não vai ser o suficiente. Vai ganhar uns três mil só.
— Podemos dar isso e depois ver o resto.
Marinette suspirou. Não gostava de ver Adrien se desfazendo de algo para que dessem um jeito em algum problema. Havia feito aquilo com o computador caro que não conseguira devolver ao pai no ultimo ano quando ela fora despedida do pequeno supermercado que ela trabalhava como caixa. Ela já havia feito o mesmo por ele livrando-se da Smart TV que ganhara dos pais quando a bolsa de Adrien atrasou e eles quase foram despejados pela primeira vez.
— Ei... princesa... — Adrien elevou o rosto dela quando percebeu o olhar tristonho e angustiado. Ofertou-a um sorriso. — Está tudo bem...
— Não está! — Marinette ralhou. — Adrien, não podemos viver assim! Você não pode! Olha... eu sei que as coisas estão complicadas, mas... você pode ir para outro apartamento mais barato e eu morar com meus pais, as contas vão ficar mais fáceis e...
Adrien meneou a cabeça. Era simples: ele não se via mais vivendo sem ela. Era impossível imaginar acordar e não a ouvir cantando algo no chuveiro, ou não tomar algum esporro por não seguir a risca alguma receita dela e acabar com uma gororoba amarga e azeda ao terminar de cozinhar. Marinette fazia parte dele, e ele não queria separar-se dela. Não quando parecia não ser preciso. Se um dia ela quisesse, se precisasse ele entenderia, mas naquele momento? Eles poderiam dar um jeito.
— Não. — Murmurou, irredutível. — Sempre demos um jeito, não vai ser dessa vez que algo vai dar errado. — Respirou fundo, antes de sair andando. — Vou tomar um banho.
Marinette não quis continuar a discussão. Adrien era mimado e cabeça oca, ela sempre soube. Outro momento abordaria aquilo de novo. Voltou para o sofá, com perninhas de índio e um olhar focado nas duas grandes janelas frontais do apartamento. A noite já tinha caído o céu era colorido por um forte tom de azul escuro pontilhado pelo luzir das estrelas.
Ouviu o barulho do chuveiro, e mordiscou o próprio lábio. Repentinamente, teve uma ideia. Não sabia de onde veio, mas deitou-se no sofá e tomou instantes para fantasiar. A mente impudica tomando imagens antigas e dando novas formas. Saltou do sofá e correu ao balcão. Pegou a câmera e caminhou até o banheiro. O chuveiro já havia cessado, e ela deu leves batidas.
— 'Tá destrancada.
Usou do aviso como uma permissão para que pudesse entrar. Empurrou a porta com suavidade, encontrando Adrien apoiado a pia com parte do maxilar coberto pela espuma de barbear. Encostou-se no batente, mordendo os lábios.
— Sabe...
Adrien desviou o olhar para ela e rolou os olhos.
— Cuidado com a câmera, você vai derrubar.
Marinette fez uma careta.
— Você quem deveria prestar atenção no que está fazendo 'pra não acabar cortando a jugular. — Deu a língua e Adrien riu, voltando o olhar para o espelho. — Não vou conseguir chegar no telefone a tempo caso você se corte feio, eu não suporto sangue.
Adrien estalou a língua e esperou terminar de deslizar a lâmina por uma parte do rosto antes de olhá-la.
— Vê todo mês e não suporta?
As bochechas dela adotaram um tom rosado.
— É diferente! E... — Bufou, contrariada. — Não vim aqui falar sobre meu período, tudo bem? Vim falar de... outras coisas...
— Que coisas, Marin?
Ela encostou a cabeça na madeira que formava o batente. Brincou com os botões da câmera automática, mexendo o corpo de modo descontraído.
— Percebeu como minhas pernas estão brilhantes e lisinhas? — Comentou, como quem não desejava algo. — E te garanto que não é apenas elas que estão assim...
Adrien soltou um sorrisinho, mas não desviou o olhar.
— E sua ideia é que eu veja se fez tudo certinho?
Marinette rolou os olhos.
— Na verdade... eu estava pensando em usarmos a câmera essa noite para... termos uma lembrança dessa casa... — Elevou os olhos com uma pitada de malicia estampada no azul. Sorriu, devassa. — ...já que seremos provavelmente despejados, precisamos de uma recordação do que passamos aqui...
Adrien virou o corpo para encará-la enquanto puxava uma toalha de rosto no canto da
— O que está sugerindo?
Ela voltou a fingir brincar com a câmera.
— Não sei... um vídeo, talvez...
Adrien apoiou a mão no balcão, sorriu de canto e então estalou a língua.
— Está propondo uma sextape?
— É esse o nome que se dá a duas pessoas que gravam uma cena de pornô amador? Achei, sexy e chique.
Adrien acabou rindo ao se aproximar dela.
— Não vai ser algo tão amador... — Adrien tomou-a a câmera e deixou-a sobre o balcão seco. Colocou-a contra o batente, sentindo o cheiro do perfume alheio. Encarou-a. — Sou estudante de fotografia, meu bem. Não vou fazer nada no nível amador.
Marinette riu, envolvendo os ombros do loiro com os braços.
— Mas você toparia?
— O que? Filmar você pedinte enquanto vou fundo em você? — Ele estalou a língua e fingiu pensar. — Como eu poderia negar?
— Você poderia dizer não e me deixar tristonha.
Adrien negou.
— Eu gosto de te fazer chorar de outro modo. — Ele sorriu. — E vou adorar filmar isso e ter gravado como você chora por mim.
¸.*☆*.¸
Adrien se considerava um cara dócil, e ele confiava bastante em si para poder autodeclarar-se assim. Ele também se considerava um cara legal, simpático e com um par de atrativos que não se restringiam somente ao físico. Não era – tão – convencido (Marinette afirmava o contrário), mas se gabava de alguns poucos atributos como jeito – e porte – elegante refinado graças a aulas de etiqueta por anos consecutivos.
Na cama, no entanto, ele se considerava eclético.
Ele era o que queriam que fosse, não tinha preferencias, apesar de quase sempre estar no controle e ter descoberto que parte da clientela gostava quando ele era rude ao invés de um poço de fofura – apesar que poucas exceções gostavam quando ele era gentil. Adrien não se opunha a ser o dominador rude das fantasias alheias, não quando ele estava sendo pago para adestrar do modo que queriam, ou para treinar como pediam.
Com Marinette, tudo se diferenciava. Ele nunca sabia o que ela iria querer. Em momentos, gostava quando ele a pegava com vontade e em outros preferia que fosse um verdadeiro açúcar na hora da transa. Naquela noite, ele não sabia o que esperar.
Mas sofreu um pouco mais em antecipação quando viu a calcinha cor-de-rosa que ela usava sob o short de malha fininha, que ia de leste a oeste grudada nos quadris dançantes, vibrando enquanto ela se desfazia descaradamente em sua frente da blusa do conjunto. Adrien logo teve-a nos braços, filmando tudo e tomando cuidado para não pegar o rosto, já que fora o único pedido dela.
Não sabia o motivo, mas Marinette queria que ele filmasse somente sua boca e o resto do corpo. Não o rosto completo.
Respirou fundo quando Marinette se ajoelhou. A franja caiu sobre os olhos azuis, tomando conta do rostinho formidável. Adrien percebeu quando ela desfez o nó que mantinha a toalha no lugar antes de deixá-la cair sobre a cama, então, teve a visão graciosa de Marinette Dupain-Cheng segurando seu pau com as mãos de fada que tinha.
E gemeu baixinho, filmando-a com toda a delicadeza para que o rosto não aparecesse.
— Chupa do modo que você disse que iria chupar, meu bem. Mostra que tua boquinha é bem treinada.
Uma risadinha escapou pelos lábios dela, junto a um sorrisinho que ela dera antes de levar a ponta rosadinha aos lábios. Deixou-a escorregar para dentro da boca, a língua banhando o membro grosso com saliva. Ela logo tirou antes que encostasse no fundo da garganta sensível. Lambeu-o, de modo safado e erótico. Adrien precisou morder os lábios enquanto apoiava uma das mãos sobre o colchão. Marinette era incrivelmente gostosa e parecia uma ninfeta quando o lambia descaradamente.
Ele gostava daquilo.
Não negaria.
— Ah... — Gemeu, sem medir o tom de voz quando ela voltou a tê-lo entre os lábios rosinhas. Então, ela começou com os movimentos. A boca descendo o máximo por sua extensão antes de voltar a cabeça gotejante, a mão esquerda bombeando a parte que ficava para fora dos beiços carnudos.
Marinette trabalhava bem com a boca. Adrien nunca havia duvidado das habilidades dela – não quando ele era um dos que mais servia de cobaia para seus treinos – e se considerava um homem feliz por tê-la daquele modo quando ela estava safada. Também, não podia negar que ela ficava uma graça de joelhos chupando-o.
— Assim... — Murmurou, com um resfolego quando ela aumentou a intensidade dos movimentos. Colocou a câmera em um canto da cama – tomando o máximo de cuidado com o ângulo – e levou a mão agora livre para os fios tão certinhos do cabelo dela. — Deixa que eu mando agora, princesa. Me doa tua boquinha 'pra eu fazer o que eu quiser com ela.
Marinette anuiu em uma permissão silenciosa e Adrien sorveu o lábio inferior antes de girar o quadril. Meteu fundo na boquinha receptiva, com um cuidado tremendo para não fazer a própria bonequinha se engasgar. Tinha um prezo tremendo pela Dupain-Cheng, e por mais que a achasse adorável com um par de bochechas rosas e xingando-o quando ia fundo demais e tocava em sua garganta, sabia que aquele não era um momento para isso.
Era um momento para foderem em um nível acima do normal.
— Vai, chupa como a putinha que você é... — Murmurou, jogando o quadril contra os lábios rosinhas. — Mostra 'pra mim como você gosta do meu pau enterrado nessa tua boquinha melindrosa.
Marinette sentiu-se sem folego por um instante antes de voltar a deixar a língua percorrer o membro do loiro, ao mesmo tempo que deixava-o dar suas investidas fundas. Encarou-a com olhos brilhantes quando teve o rosto levantado, a câmera somente focando no membro duro de Adrien que ela envolvia com uma das mãos e a boca com lábios inchados enquanto ele segurava os cabelos da nuca alheia. Adrien encarou-a com tremenda admiração, além de um fogo no olhar.
Ela era – sem dúvidas – terrível, e não no jeito ruim.
— Vou gozar... — Não mentia, estava perto do próprio limite. A cabeça rósea do membro escorria o pré-gozo. — Quer seu leitinho na cara ou na boquinha, meu amor?
— Leitinho sempre faz bem 'pra minha pele.
Adrien não impediu que uma risadinha saísse por seus lábios. Elevou-a ainda mais, endireitando a postura da garota. Puxou-a para frente, e com a ajuda dela, ajeitou o membro entre os seios redondos e pálidos da mestiça. Antes mesmo de deixá-la se mover, ele tomou instantes para acariciar os bicos clarinhos que eram contornados pela aureola rosinha. Puxou-os, arrancando um gemido arrastado do fundo da garganta da Cheng.
— Me mostra como você é francesa... — Segurou-a pelo maxilar de modo delicado. Encarou-a. — ...mas manda bem numa espanhola.
Marinette sentiu-se quente. O cerne de seu ventre contorcia-se e ela sentia a calcinha encharcada. Sim, Adrien provocava-a daquele modo sabendo dos efeitos que tinha em seu corpo. Fazia de graça, e com vontade. Ela não negava que gostava, que isso não apenas a satisfazia como a fazia pedir por mais em pensamento.
Por isso, levou as mãos aos seios. Deixou que comprimissem ainda mais o membro do Agreste antes de movimentar o corpo, massageando o falo do rapaz usando os próprios seios como apoio. Adrien jogou o rosto para trás, deixando que gemidinhos saíssem por sua boca. Marinette assistia de camarote o modo que o deixava.
— Você não sabe como 'tô ficando molhadinha só de te ouvir gemer assim...
— Ahhh... — Adrien abaixou o olhar. — Tenho certeza... — Suspirou. — ... que vai me deixar descobrir assim que terminar isso...
— Só se você quiser...
Novamente, Adrien riu baixinho e ela voltou a atenção aos movimentos. Ele se sentia cada vez mais próximo do orgasmo, o ultimato sendo o momento que ela abaixou o rosto, deixando a ponta da língua acariciá-lo no prepúcio. Sentiu-se em seu máximo e não enrolou mais. Gozou, o liquido viscoso jorrando pela ponta de seu membro, indo direto a face e ao pescoço da Cheng, escorrendo pelas bochechas e parte delineando o buço, caindo com lentidão aos lábios. Ela em pura luxuria abaixou o rosto, deixando que a boca lambesse o que ficara ao redor do membro do loiro antes de lamber os beiços e limpar o rosto com as mãos.
Marinette usou do momento que Adrien tomara para se recuperar como uma vantagem para si. Montou em seu colo, a virilha bem posicionada na dele, sentindo o membro do loiro contra sua calcinha. Deixou que as mãos envolvessem o pescoço do Agreste e moveu a cintura, fingindo cavalgar.
Ele ofegou.
— Parece que não é bem eu a putinha ofegante agora, não é?
Provocou-o, sem medo de brincar com fogo e se queimar. Encarou o par de olhos esmeraldas enquanto rebolava de modo lento, sentindo o membro do maior endurecendo novamente. Assustou-se quando um par de tapas fora depositado ao mesmo tempo sobre as bandas branquelas da bundinha farta e empinada, o que arrancou um gemido de sua garganta e ocasionou em marcas instantâneas, vermelhas e suportavelmente doloridas.
— Ah, mas com certeza vai ser quando eu te jogar nessa cama, garota.
Adrien deixou uma das mãos firmarem-se na cinturinha alheia, puxando o maxilar dela e beijando-a com fome, um desejo desenfreado dando gosto ao ato. Marinette não percebeu quando a mão que antes mantinha seu maxilar firme dedilhou seu corpo, somente conseguiu gemer quando sentiu os dedos sob sua calcinha, em seu íntimo. Travou os joelhos na cintura dele, impedida de fechar as pernas pela posição que estavam. Suspirou sobre os lábios do maior, e ele a fitou com tremenda cafajestagem no olhar.
— Que molhadela...
— Não provoca...
Ela chiou, manhosa. Adrien riu.
Surpreendeu-a ao girar o corpo, jogando-a na cama de modo contido e ficando por cima.
— Brincou comigo até agora e acha que não vou fazer o mesmo? Ajoelhou-se na cama, tomando a câmera em mãos. — Está enganada.
— Mas eu quero tanto você...
— E eu quero ter certeza que está prontinha 'pra mim... — Adrien mantinha a câmera sobre o corpo dela. Filmava com clareza os seios que tanto era de seu agrado, o modo que balançavam quando ela respirava. Sorriu safado, deixando que a palma livre deslizasse por toda a barriga exposta da Dupain-Cheng, arrancando movimentos vagarosos do corpo molinho dela sobre a cama, que gemia baixinho quando ele esfregava o joelho contra o sexo coberto dela. — Não acha que devo sempre me precaver?
— Eu acho que você deveria parar de enrolar e meter gostoso em mim logo!
O choramingo dela o fez rir enquanto abaixava a calcinha pequena. Tomou instantes para observá-la. Rosinha, delicada como uma pequena flor e soltando o néctar que ele gostava de provar. Deus... como ele gostava daquele néctar divino! Fez questão de filmar o quão molhadinha ela estava.
— Fica tranquila, eu só preciso de cinco minutos e dois dedos. — Ele piscou. — A não ser que prefira minha boca jantando sua bocetinha.
— Eu prefiro qualquer coisa que me faça ter você em mim logo...
— Quanta necessidade, meu amor... — Adrien deixou que a mão livre se fixasse no maxilar dela. Acariciou o queixo delicadinho e então resvalou o indicador e o médio para dentro da boca dela. — Chupa.
Marinette seguiu a ordem, deixando a língua brincar com os dígitos de Adrien enquanto era admirada com total atenção pelo homem. Adrien não fazia questão de esconder o deleite que sentia por tê-la tão rendidinha, e ela ficava coradinha por receber tanta atenção. Quando puxou os dedos, Adrien foi agraciado por um estalo audível e os dígitos pingando a saliva dela.
— Agora seja uma boa garota e abre bem essas pernas 'pra mim. — Murmurou.
Marinette obedeceu, e Adrien sorriu. Estava abertinha para seu deleite pessoal, e contorceu-se quando ele meteu os dois dedos de uma só vez dentro da boceta apertadinha dela. Foi apertado de modo gostoso pelas paredes internas da garota ao adentrar o intimo tão quentinho, mantendo o polegar no clitóris pulsante.
— Ah...
Ela gemeu, tomando cuidado para não dizer o nome do loiro.
— Essa tua jogadinha de quadril me deixa louco. — Ciciou quando ela rebolou. — Joga vai, joga essa sua bocetinha nos meus dedos. Deixa eles irem fundo em você...
— Gatinho... — Ela jogou em resposta ao apelido de princesa. O loiro sorriu.
— Dá teu máximo pro teu gatinho, amor.
Movia os dedos com uma intensidade moderada e oscilante, indo de estocadas fortes para as lentas. Marinette ficava cada vez mais sem folego, soltando pequenas lufadas de ar a cada folga mínima que ele dava entre um movimento e outro. Adrien não perdia o ritmo, e era quase sufocante para ela tentar prender pequenos gemidos. Liberou-os, deixando que ele se deliciasse de sua voz pedinte.
Estava sequiosa por mais, de modo que o desejo que sentia parecia nunca querer aviar. O orgasmo se aproximou logo – forte, como Adrien previa e buscava – e percebeu que ela estava perto quando dobrou os joelhos e usou-o para apertar seu quadril de modo a choramingar por mais movimentos e agrados.
Desfez-se rapidamente, o gozo escorrendo pelos dedos do Agreste. Ele não poupou um sorrisinho pelo modo que a deixou: estupefata, ofegando e molinha pelas sensações sentidas. Levou os dedos ao centro da cama antes de levá-lo aos lábios. Chupou-o de modo descarado, sem filmar o rosto.
Somente filmou os próprios lábios e como se deliciava com o melzinho da mestiça, chupando o dedo e logo lambendo os beiços em um tremendo deleite.
— Queria cair de boca em você... — Deu-a um tapa generoso no lado esquerdo da bunda, Marinette gemeu manhosinha. — Você é gostosa 'pra caralho, garota.
— Eu quero você em mim...
Adrien acabou sorrindo ainda mais.
Esticou o braço e pegou a camisinha sob o travesseiro. Entregou-a, e Marinette não perdeu tempo em envolver o membro do Agreste com o látex. Deitou-se, então, sacolejando o corpo enquanto ele se ajeitava sobre o colchão. Teve o corpo puxado, e logo o quadril estava sobre as coxas grossas de Adrien. Resfolegou quando ele a acariciou novamente em seu íntimo. Marinette o fitou, cheia de graça.
— Você está tão duro...
— Só por você, princesa... só por você.
As palavras saíram de modo natural enquanto ele guiava o membro até a entradinha estreita protegida pelos grandes lábios do sexo alheio. Provocou-a ao forçá-la ali, sem realmente querer deslizar para dentro dela. Arrancou um gemidinho suave dos lábios dela e então deslizou o comecinho de seu membro para dentro dela.
— Eu te quero por inteiro...
Marinette reclamou, Adrien levou a mão para o maxilar dela. Apertou, comedido.
— Peça.
— Adrien...
— Pede.
Ela suspirou.
— Eu quero você, por favor...
— Você já me tem...
— Eu quero você indo fundo em mim, socando seu pau em mim... por favor...
Ele sorriu vulpino e deixou que a mão repousasse no pescoço dela, o polegar acariciando a tez e apertando com suavidade, deixando-a um pouco sem folego.
— Você fica uma graça implorando pelo meu pau.
— Você deveria parar de ser mau e atender meu pedido...
Ele meneou a cabeça em negação.
— Me acha mau? — Ela assentiu, com melindra. — É porque não sabe como planejo te deixar sem sentar direito por uns três dias quando eu der um jeito nessa sua bundinha, bebê, mas isso... — Puxou o corpo dela, arrancando um gemido arrastado dos lábios dulcificados da menor. — ... é história 'pra outra foda, meu bem...
— Adrien... — Gemeu quando ele se moveu com lentidão, de um modo melódico, harmonioso.
— Nessa... Ladybug... — O apelido saiu sem que ele percebesse. — Eu só quero ouvir você gemendo meu nome, e faça isso bem... senão eu vou parar e você vai terminar sozinha com seus dedinhos, ouviu? — Ela assentiu. — Ótimo. Espero que tenha tomado muita água meu bem, porque vou te fazer acordar os vizinhos.
¸.*☆*.¸
Aquela ultima foda havia sido a três dias e Marinette se pegava pensando nela todos os dias. Quando Adrien não estava, ela fazia questão de rever a gravação, e achara adorável o apelido que ele a dera.
Ladybug... ela poderia se acostumar...
E ele poderia fazê-la gozar mais vezes...
Riu com o pensamento antes de bebericar outro gole do vinho com uma careta. Não gostava, achava amargo, mas era o que tinha na geladeira. Sabia que era pouco tolerante ao álcool e como aquilo fazia mal, sabia que se arrependeria na manhã seguinte, mas a segunda carta de despejo havia chego e ela não estava com vontade de pensar naquilo.
Beber não era a solução, mas ela queria sentir o gosto de algo que a fizesse criticar mais do que a carta e o maldito corretor calvo que ela passara a odiar.
— Besta. — Xingou-o novamente e se levantou. Correu a tropiques para o quarto. Adrien ainda não havia chego. Estava fazendo uma espécie de trabalho extra numa boate como barman junto com um amigo e ela não quis ir para tomar alguns de seus drinques.
Se jogou na cadeira giratória disposta a assistir o vídeo novamente, mas preferiu checar o Facebook primeiro e ver qual a prima que estava gravida e bem sucedida naquele mês. Não conseguiu nem mesmo abrir a pagina da rede social, um pequeno anuncio chamou sua atenção quando abriu a página inicial.
Miraculous O lugar onde sua intimidade vale uma boa quantia de euros, além de te garantir total sigilo. Crie sua conta agora e comece a ganhar com vídeos! Somente para maiores de dezoito anos.
Abriu, e ficou maravilhada. A proposta parecia simples: vídeos íntimos que seriam "alugados" e não poderiam ser baixados, além de que cada porn-star do site poderia receber pedidos de vídeos e receber por cada um que fizesse. Leu o relato de uma – conhecida como Rena Rouge – que ganhou dois mil euros por um vídeo de trinta segundos no chuveiro com o parceiro.
Leu as regras, tudo era muito sigiloso, a equipe por trás era séria e parecia confiável. Ela abriu a pasta do computador, observou o vídeo e abriu a página do site.
Eles precisavam de dinheiro, parecia uma boa ideia...
Adrien tinha a dado permissão de fazer o que quisesse com o vídeo...
E se...
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tiascar · 3 years
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Motel
Adrien só queria fazer uma surpresa para Marinette quando completaram seis meses de namoro, mas tudo deu errado quando ambos apareceram em vários sites de fofoca após Adrien - sem querer - colocar fogo na cortina do motel com velas aromáticas.
único; por fogo - no literal.
Seis meses de namoro era uma marca boa para se comemorar. Principalmente quando eles eram seis meses de namoro com Marinette Dupain-Cheng.
Somente Adrien sabia o quanto de tempo ele levou para conseguir o posto de namorado. O tanto que ele - na psique de sua alma dramática - sofreu para conseguir chegar até ali. E em sua concepção, o sofrimento havia sido grande.
Passou seis anos em tentativas, pensou em desistir, até mesmo chegou a namorar outras pessoas, mas a paixão avassaladora não abandonou seu espirito.
Contudo, o ditado de dar tempo ao tempo era valido e acabou sendo isso o fator motriz para desencadear o relacionamento.
Adrien e Marinette se aproximaram mais depois dos vinte anos de idade. Viviam com o mesmo círculo de amigos, tinham gostos parecidos e outros fatores que os unira ainda mais. Quando perceberam, a amizade fluiu para um algo a mais.
O pedido de namoro veio no aniversario de vinte e um dela, com direito a um buquê de flores clichê e bombons. Marinette fingiu não aceitar, Adrien ficou que só faltou chorar, mas um beiço ficou em seu rosto quando ela acabou rindo da reação do outro.
E então, ela aceitou com um brilho indescritível no olhar.
Desde aquele dia, Adrien afirmava com facilidade e certeza que aqueles foram seus meses mais felizes. Ele estava enamorado, ser correspondido deixava tudo ainda mais belo. Marinette era – sem dúvidas – incrível.
Ele se sentia nada menos do que sortudo.
Para comemorar os aniversários de namoro, eles sempre trocavam presentes: um ursinho, um chaveiro, chocolates e até mesmo bilhetinhos eram válidos.
Todavia, seis meses era algo muito abrangente para não ter uma comemoração especial.
Por isso Adrien planejou aquilo: uma noite confortável em um motel cinco estrelas com direito a hidromassagem e o que ela quisesse, depois de um jantar. Foi algo que ele colocou na mente que faria, e quando Adrien cismava com algo, ele ia até o fim.
Mas nem tudo que reluz é ouro, e nem toda ideia de Adrien acabava bem.
No começo, tudo pareceu muito bom. O jantar fora incrível, Marinette pareceu animada com a ideia de irem para o motel e Adrien estava ainda mais animado do que ela, com tamanha esperança.
Chegaram aos beijos e amassos, Marinette decidiu que preferia tomar um banho antes de qualquer coisa. Adrien ficou sozinho no quarto, olhando os arredores. Aproveitou o tempo para tirar a roupa, ficando somente com uma toalha enrolada na cintura.
Foi quando ele descobriu as benditas velas aromáticas.
Adrien ficou encantado com a variedade de cores. Acendeu duas sobre a cômoda, no momento exato que viu a chama queimar a vela, ouviu Marinette, que voltou para o quarto enrolada em um roupão.
Nenhum deles perdeu tempo.
Trocaram beijos e amassos, mãos bobas que corriam pelos corpos. Pararam na cama em poucos momentos, as roupas abandonadas e espalhadas pelo quarto, assim como o roupão e a toalha.
Adrien estava por cima quando Marinette chamou-o de um modo um tanto exasperado.
Mas ele não ligou muito. Pensou que ela estava daquele modo por ele estar fazendo um bom trabalho naquele momento.
Não era por isso.
O loiro percebeu quando um cheiro de queimado adentrou suas narinas.
Foi quando ele percebeu a cortina que estava queimando junto com as velas, fazendo com que todo o quarto começasse a ficar cheio de fumaça.
Os minutos seguintes foram uma bagunça: Adrien estava tentando apagar o fogo da cortina, mas tudo o que acontecia era o reverso: a chama somente aumentava. Ele começou a entrar em desespero, chegando ao pânico quando a chama alcançou a ponta da colcha sobre a cama.
Adrien – então – começou a realmente passar mal.
E tanto ele como Marinette só tiveram tempo de enrolar uma toalha no corpo antes de – junto com os outros que estavam em outros quartos – tiverem de evacuar o local.
Obviamente, a situação inusitada não ficaria alheia ou exclusa dos noticiais e paginas online. Não era sempre que alguém conseguia por fogo no motel – no literal – e ainda com velas aromáticas.
Além da multa paga ao estabelecimento, Adrien – agora – precisava lidar com as inúmeras fotos vazadas online.
— Da próxima vez que formos sair, pelo amor de tudo que for sagrado, me faça pesquisar se tem ou não risco de incêndio no planejamento.
Marinette murmurou de um modo debochado. Felizmente eles haviam chego em casa depois do desastre que havia sido aquela comemoração. Os cabelos ainda estavam molhados, e a única coisa que envolvia seu corpo era a toalha.
Adrien não sabia se ria ou se sentia alivio por – pelo menos – estar vivo.
— Poderia ter sido pior, a gente poderia não estar vivo.
— Adrien, eu não 'tô viva. — A Dupain-Cheng deixou que as mãos fixassem em sua cintura. — Eu morri de vergonha na primeira foto.
O Agreste rolou os olhos com preguiça.
— Ah, elas não ficaram tão ruins.
— Meu cabelo nem secou, Adrien! — A Dupain-Cheng choramingou ao se jogar no sofá. — Por sorte consegui recuperar minha bolsa e a sua carteira, ou eu teria que tirar todos os documentos novamente.
— Pelo menos nos divertimos... ai!
Adrien reclamou quando uma almofada o acertou de modo certeiro.
— Para de procurar motivo bom nisso.
Marinette adotou um bico resmungão, aquilo acabou fazendo o Agreste rir. Com tamanha malandragem, o maior se aproximou dela, que estava largada no canto oposto do sofá da sala.
Beijou-a a bochecha, e teve o rosto afastado pela mão dela.
— Princesa...
— Nem vem que eu 'tô puta contigo.
Adrien riu, uma risada gostosa e um tanto gananciosa. Marinette puxou o lábio ínfero com os dentes, tentando não se sentir afetada por aquele sonzinho deveras gracioso.
— Ei, eu só quero pedir desculpas, você sabe que eu não planejei isso.
— Uhum.
A boca do maior resvalou pelo pescoço alheio, com pequenos beijinhos espaçados.
— Coração...
Marinette sentiu um rápido arrepio percorrendo sua espinha, perdeu o folego por um momento, principalmente por Adrien ter sugado com delicadeza sua pele, deixando uma marca nem tão forte graças ao pequeno chupão.
Ela respirou fundo.
— O que foi?
— Deixa eu me desculpar...
— E como você vai fazer isso?
Adrien estalou a língua antes de encará-la.
— Vem descobrir.
Adrien saiu andando em direção ao corredor, mas não sem antes soltar a toalha perto do batente da porta. Marinette encarou o caminho feito por ele, pensando se era – ou não – uma boa.
Bem, as coisas já haviam dado suficientemente errado por uma noite. Que mal teria de aproveitar o que ainda restava?
Com esse pensamento, Marinette fez o caminho percorrido por Adrien.
Chegou no quarto, abandonando a toalha na porta. Olhou aos arredores, surpreendendo-se quando a porta foi fechada e a luz apagada. Um par de mãos fixaram-se em seguida em sua cintura, Marinette tombou o rosto para trás, deixando que a parte traseira da cabeça se encostasse no peito do maior.
— Por um momento eu pensei que não fosse vir...
— Eu não perderia a oportunidade. — A menor resfolegou quando a boca do Agreste percorreu o lábio contrario daquele já beijado de seu pescoço, tombando o rosto para a esquerda e liberando mais espaço para que ele mostrasse todos os seus atributos com a língua. — Não vai acender as luzes?
— Acho que isso de iluminação já nos deu muito trabalho hoje, por isso... pensei em fazermos algo só com o que entrar pela janela aberta... — O tom do maior saiu baixo e rouco. — O que acha, princesa?
— É uma... uma boa ideia...
Marinette rebolou involuntariamente quando as mãos do Agreste chegaram em seus seios, envolvendo-os com as palmas. O ventre contraiu por um momento quando as mãos admiráveis do maior os apertou, com tamanha robustez.
Ela arfou.
— Adrien...
O gemido saiu baixinho, em uma lufada de ar. O corpo começou a parecer muitíssimo difícil de permanecer em pé, principalmente com ele ali. Suas mãos brincavam com as mamas medianas, beliscando os bicos vez ou outra.
Adrien gostava deles durinhos.
Ela também gostava.
A voz dela alterou-se momentaneamente em um ganidinho sôfrego quando a palma esquerda de Adrien se enfurnou entre suas coxas. Os dígitos começaram uma massagem lenta e sutil que caminhou pela virilha, logo chegando a fenda ali localizada. Marinette rolou os olhos, o peito pareceu pesar quando ele a tocou ali de um modo sublime e até mesmo majestoso.
Ainda distribuindo selares por todo o pescoço exposto da mestiça.
— Você 'tá ficando molhadinha de novo 'pra mim, princesa... — A voz rouca contra a orelha alheia fê-la contrair-se, as pernas pareceram ser feitas de gelatina quando ele levou dois dedos para a entrada da Dupain-Cheng.
— Você gosta quando eu fico assim...
Marinette respondeu, entre pequenos suspiros. Adrien riu.
— Aprecio muito.
Um resmungo reclamão saiu pela boca dela quando Adrien puxou a própria mão, mas teve o corpo girado com tamanha rapidez. A boca faminta do maior não tardou em encontrar a dela, tragando-a para perto, puxando os lábios alheios e provando da boca da Dupain-Cheng.
Caminhou empurrando-a contra a cama. Marinette sentou-se ali, e logo Adrien fugiu de seu campo de visão pouco aparente pela falta de luz. O que vinha da janela não era lá muito, mas quando ela se ajeitou na cama, teve a visão perfeita do loiro que se ajoelhou em sua frente.
Fechou os olhos, tombando o rosto para trás quando a boca de Adrien traçou beijos na altura de sua coxa, percorrendo toda a pele, mas trocando de coxa antes de chegar no espaço onde ela mais necessitava de beijos e carinhos.
— Ah...
Rolou os olhos ao ter uma das pernas elevadas. Adrien apoiou a esquerda sobre seu ombro antes de puxar o quadril da mestiça. Encaixou a boca ali, entre as coxas grossas da mulher, deslizando a língua molhada por toda a extensão da virilha alheia, chegando certeiro entre os grandes lábios.
Marinette – sem dó – agarrou o lençol quando ele a chupou, fazendo-a arfar.
— Adrien... oh... caralho...
Firmou o calcanhar nas costas do loiro quando a língua afagou seu clitóris com tamanha destreza, deixando a mão livre agarrar os fios loiros do Agreste em questão. Um gemido escapuliu pelos lábios quando ele a puxou mais para perto, devorando-a com a boca.
Se Adrien desejava se redimir, ele estava no caminho certo.
Marinette jogou o corpo para trás, deitando-se na cama. Adrien ergueu o corpo, elevando ambas as pernas da mulher e apoiando-as contra o peito.
Ela sorriu, e mesmo com a baixa iluminação, Adrien ficou ainda mais apaixonado pela figura de cabelos desgrenhados que estava espatifada na cama, com o peito subindo e descendo com tamanha rapidez.
Aproveitou-se por já estar com a camisinha, puxando o quadril alheio. Elevou-o, e sua estatura favoreceu que seu membro entrasse pelo canal apertado da Dupain-Cheng de um modo forte, chocando a própria virilha a dela.
Marinette gemeu, assim como ele.
— Estar dentro de você é um paraíso, porra...
Adrien soltou. Marinette riu baixinho.
— Então não pare tão cedo...
— Não pretendo mesmo. — Ele sorriu. — Vamos fazer esse quarto ficar mais quente do que aquele do motel, e nem vamos precisar de velas para isso.
[...]
Duas da manhã, Adrien e Marinette estavam deitados sobre a cama do maior, ainda com as luzes apagadas, abraçados e ofegantes.
— Feliz seis meses de namoro...
Ele murmurou, deixando que a canhota acariciasse os fios do cabelo da mestiça. Marinette riu baixinho.
— Seis meses e um dia.
— Quanto mais tempo contigo melhor.
Marinette sorriu sentindo as bochechas esquentarem. Aproximou-se ainda mais do loiro, depositando beijinhos pela clavícula alheia. Adrien suspirou, as mãos massageavam com cuidado a cintura da menor, sentindo a maciez da tez alheia.
Foram tirados do momento quando celular de Adrien vibrou sobre a escrivaninha. Ele puxou. Viu ser um áudio de Nathalie, com o cenho franzido, apertou no play.
— Adrien?! Que merda foi essa hoje?! Fogo num motel!? Você poderia ter morrido e matado sua namorada junto! Inclusive, como ela está? Seu pai está uma fera e...
Adrien rolou os olhos, desligando o celular e guardando-o no fundo da gaveta da mesa de cabeceira. Marinette o encarou.
— Não vai responder? — Ele negou. — Por que?
— Porque quero aproveitar esse dia somente com você. Depois eu respondo o resto, não são importantes no momento.
Marinette não poupou um sorriso.
— Eu amo você...
— Eu também te amo, princesa... — Ele roçou a ponta do nariz contra a dela. — Agora... podemos falar sobre filhos?
Ela arregalou os olhos.
— Fi-Filhos?
— Sim... — Ele deu de ombros. — Precisamos de um hamster.
— Eu sempre quis um hamster...
— Eu também! — Adrien abriu um sorriso. — E o nome dele pode ser...
Adrien sussurrou na orelha dela, atraindo risadas da menor.
— Eu gostei, podemos adotá-lo amanhã.
— Uma ótima ideia.
Adrien deu-a um beijinho, mas então ela o parou. Encarou-o curiosa.
— Você não vai por fogo nele por engano, não é?
— MARINETTE!
Adrien fechou a cara, emburrado, e ela gargalhou.
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tiascar · 3 years
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Em que Adrien, o guarda-real, se apaixona perdidamente por uma mera camponesa.
único;; fascinação
A primeira vez que eu a vi, eu estava machucado.
Toda a tropa da guarda-real havia sido ferida naquele combate, por ironia - ou sorte - eu havia despistado um par de inimigos ao entrar na floresta, mas meus ferimentos ardiam e queimavam como fogo. Foi graças ao destino que ela me achou, encostado em uma árvore, dolorido.
Marinette Dupain-Cheng me levou para dentro da pequena casa em que morava, não fez muitas perguntas, não me fez contar nada, apenas cuidou de mim sem pedir algo em troca, uma coisa rara quando se encontra com um guarda tão próximo da família real. Eu já estava acostumado com bajuladores, pessoas que pediam que eu falasse com o rei pelo mínimo que faziam por mim, mas ela...
Ela não pareceu ligar para isso.
Marinette me tratou como uma pessoa normal, por isso eu me senti em débito. Duas semanas depois, recuperado, voltei à pequena cabana que ela vivia, delicadas como ela, com uma cesta de guloseimas que uma criada me ajudou a fazer.
Foi assim, então, que viramos amigos.
Mas Marinette não imaginava que eu estava perdidamente apaixonado por ela.
A paixão veio com as visitas. Marinette me encantava com suas palavras bonitas, toques ternos e toda a amabilidade que nunca havia visto em outra pessoa. Seu jeito inocente e até mesmo infantil parecia fazê-la única no mundo. Para mim, ela era como o paraíso, ela me trazia paz, por isso eu sempre a visitava.
Ela era como meu pequeno ponto de luz na escuridão, ela tirava toda a seriedade que eu precisava manter diariamente para liderar o batalhão. Marinette me fazia sentir vivo.
E cheirava deliciosamente a flores.
- Eu não sabia que gostava de torta de maçã.
Ela murmurou, seu jeito doce e deveras contente atraiu minha atenção. Estávamos na grama, uma toalha ali estendida, algumas guloseimas estavam posicionadas de um modo até mesmo harmônico. Marinette me olhava, os olho brilhantes me arrancaram um suspiro.
- Você cozinha muito bem, creio ser difícil não gostar de algo que você faça.
- Acredite, meus suspiros são horríveis. Eles nunca crescem, ficam apenas claras molengas com açúcar numa forma.
Seu jeito mimado de falar me arrancou uma gargalhada. Deus, ela era tão graciosa.
Como um pecador como eu havia me aproximado de um anjo como ela?!
- Marinette... - Estendi minha mão. Ela me encarou logo, e não desviou quando deixei meu polegar correr pelo maxilar tão macio. Ela ergueu o olhar, belíssimo e encantador. - ... como pode ser tão bela?
Suas bochechas tornaram-se rubras, um tom incomparável de vermelho que combinava com seus trejeitos de boneca. Sua boquinha se abriu, ela parecia sem jeito e sem palavras.
Eu gostava de deixá-la sem palavras.
- Fica desconfortável quando te elogio?
- Fico sem jeito...
- Por que? Deveria ser acostumada com elogios, você é graciosa.
Marinette soltou uma risadinha.
- Minha graciosidade me trouxe desconfortos, Adrien.
- Você nunca me contou sobre isso, sobre sua vida, motivos pelo qual vive por aqui.
Minha curiosidade era indubitável. Ela era uma pequena incógnita, parecia querer esconder cicatrizes de um passado com uma camada densa de boa intenção e vontade de doar amor, isso me intrigava de certa forma.
Uma parte minha desejava saber tudo o que eu podia sobre ela.
- Minha beleza... - Marinette suspirou. - ...me fez ser obrigada a sair do castelo onde eu vivia como criada. A princesa não aceitava a minha presença. Precisei fugir quando... colocaram os guardas atrás de mim. A princesa me acusou de adoece-la com uma erva, o rei considerou um atentado, tudo por um medo de que o príncipe arrumasse uma amante.
Assenti.
- Significa então que não é daqui?
Ela negou.
- Tenho medo de ser encontrada. - Um suspiro partiu os lábios dela, o olhar tornou-se melancólico. - Não tenho como me defender e não quero assumir algo que não cometi.
- Entendo... - Senti a delicadeza da pele alheia em meus dedos, sorri. - ... mas sabe que não está mais sozinha pelas redondezas, certo?
- Sei... - Ela voltou seu olhar para mim. - Hã... Adrien...
- Huh?
- Eu... vou ser abusada caso eu te peça algo?
Acabei franzindo o cenho. Era isso?
Parte de mim, frustrou-se por um momento, contudo disfarcei a frustração pela maneira como fui treinado.
- Se for algo a respeito de favores ou...
Minha frase pareceu deixá-la ofendida.
- Não, não! Eu nunca te pediria algo do tipo. - Marinette desviou o olhar, suas mãos apertando a toalha, escorregando pelo pano ao segura-la. - É... outra coisa.
Minha curiosidade aumentou ainda mais.
- Diga.
- Você... - Seu olhar desconcertante voltou para mim. - ... você me daria um beijo?
Pisquei, um tanto atônito pela pergunta. Meu coração acelerado me tirou as palavras. O pedido era inesperado, e ela parecia tão envergonhada que suas bochechas poderiam entrar em chamas pela coloração adotada.
- B-Bem, esqueça... saiu... saiu sem querer...
Marinette tentou se levantar, um tanto estabanada. Era algo que eu havia descoberto com o tempo: Marinette ficava sem jeito e desconcertada sempre que nervosa, os pés pequenos tropeçavam no ar, ela se desequilibrava.
Aquilo não tardou em acontecer, seu corpo tombou e ela caiu sobre mim. Suas mãos se apoiaram na grama, seu rosto a centímetros do meu ao ponto de me fazer sentir a respiração ofegante que escapava quase sem permissão pelas narinas pequenas da outra.
- Ainda quer o beijo?
A frase saiu lenta por meus lábios, Marinette ainda corava violentamente, mas assentiu. Ergui meu rosto, minimamente encostando nossos lábios.
Observei-a fechar os olhos lentamente, movendo os lábios em um roçar suave.
Não demorei para puxá-la mais para perto, buscando passagem e mais contato. Ela ajeitou o próprio corpo, ficando sobre mim enquanto tentava desajeitadamente copiar meus movimentos.
Minhas mãos pararam em sua cintura, a destra subiu até a nuca. Marinette resfolegou quando nos separamos em busca de ar antes de focar o olhar demasiadamente contente no meu.
Eu ainda sentia a doçura dos lábios de mel dela nos meus, e esperava que aquela sensação se prolongasse.
- I-Isso foi muito bom...
Seu tom era delicado e surpreso. Ri baixinho.
- E você é tão divina, garota... - Voltei a encara-la. - Caramba... acho que estou perdidamente apaixonado por você.
- Seria inoportuno... dizer que penso o mesmo? Digo... acho que estou... apaixonada... por você.
Neguei. A confissão me deixou com uma aura imensa de felicidade, toquei-a na bochecha.
- Eu fico feliz em saber disso, muito feliz...
- E... será que... poderíamos fazer isso de novo?
Tombei o rosto para o lado.
- Isso o que, coração?
Suas bochechas inflaram, acabei rindo.
- Você sabe... o beijo.
Assenti, rendido pela personificação de paixão que era a mulher em minha frente. Acabei me sentando, mantendo-a em meu colo.
- Sempre que você quiser, meu bem. - Deixei a ponta do meu nariz roçar ao dela. - Eu estou sempre à sua disposição.
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tiascar · 3 years
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Shakespeare
Em que Ladybug pega - sem querer - Chat Noir recitando Shakespeare enquanto a espera para começarem a patrulha, tornando-se repentinamente interessada sobre seus motivos para tal.
único; Romeu
— Então… é fã de Shakespeare?
Ladybug murmurou de um modo repentino, algo que atraiu a atenção do gatuno mascarado que estava sentado no telhado. Com uma expressão um tanto surpresa, Chat Noir olhou-a, virando o rosto ao ouvir a voz tão conhecida.
Prontamente, ele ergueu-se. Caminhou com passos certeiros até ela. Como de costume, puxou-a a destra, depositando um delicado selar sobre as costas das mãos da heroína. Ladybug sorriu, encarando-o com olhos brilhantes.
— Boa Noite, My Lady. Você está mais radiante que a lua hoje. — O aloirado ofertou-lhe uma piscadela. O coração dela tornou-se quentinho pelo apelido tão gostoso de se ouvir. — E… eu gosto de literatura, gosto de Shakespeare, mas essa não é minha favorita. Estou recitando Romeu e Julieta porque vou participar de uma peça.
Ladybug assentiu, ficando ao lado dele. Caminharam até um ponto do telhado, onde acabaram se sentando, lado a lado.
— Não vou nem mesmo tentar adivinhar seu personagem, Romeu.
Chat Noir soltou uma risadinha. O olhar automaticamente desviou-se para as mãos, inquietas. Um sorriso tímido adornou os lábios do maior.
— Não sei se mereço o papel, My Lady.
— O que está dizendo?
— Eu… — O gatuno deixou os ombros desabaram ao soltar um suspiro. Olhou-a de relance, as mãos dançando no colo. — Às vezes parece que… esse papel só foi me dado pelo meu nome, entende? Não porque… eu realmente o mereço. Isso me deixa irritado e chateado. Me faz… duvidar se sou realmente bom ou se… bem, você sabe.
Ladybug percebeu-o amuar-se, o sorriso tristonho que o rosto dele adotara afetou-a de um modo direto. Ela puxou-lhe o rosto quando ele o virou, o coração saltitando no peito.
— Chat… você é incrível, não se desmereça. Se conseguiu esse papel tão importante, é porque você é capaz de representá-lo, não acha? Ser o Romeu em uma peça não é para qualquer um.
Chat assentiu, um sorriso agora tímido moldava os lábios do rapaz, cuja aura parecia brilhar.
— Eu sei, também… tenho medo de decepcionar a garota que irá ser Julieta. Sabe, My Lady, ela é tão… — Chat soltou um suspiro doce. — ...fantástica!
Ladybug assentiu.
— O que a faz tão especial, gatinho? Você parece se importar muito com ela.
Ele desviou o olhar. Apoiou as mãos no chão, encarando o céu por um momento. O azul escuro lembrava os cabelos dela, e as estrelas pareciam com o brilho sempre tão belo que aqueles olhos mantinham.
— Ela… ela é incrível, My Lady. O sorriso dela, o modo que ela sempre está disposta a ajudar o próximo, a maneira que ela age, além daquele sorriso tão… delicado. Fora que… ela faz tudo tão bem, tenho medo de decepcioná-la, tenho medo que tudo dê errado. — Chat voltou a ficar cabisbaixo. — Não quero que tudo dê errado para ela por minha causa, foi ideia dela interpretar Shakespeare.
— Nada vai dar errado, Chat. Você vai se sair bem, mas precisa relaxar. Tirar esse peso dos ombros. Você é incrível, sabe disso não é?
— Gosto de ouvir você dizendo isso.
Ladybug riu, como uma pequena melodia para os ouvidos do outro.
— Então, acredite em mim. Vai dar tudo incrivelmente certo. Olhe, não ache que estou dizendo isso porque sou sua amiga, mas porque realmente é o que penso. Você é esforçado, se dedica ao máximo em tudo, dá o melhor de si. Certamente, vai ser um Romeu espetacular. — Ela se levantou. Estendeu a mão para o outro. — O que acha de tomarmos um sorvete após a patrulha? Para você relaxar, se distrair um pouco.
Chat Noir assentiu, aceitando a mão estendida. Ergueu o corpo em um pulo, depositando outro beijo nas costas da mão da mulher.
— Sua companhia é sempre irrecusável, My Lady. — Ele puxou o bastão metálico que estava no cinto. — Nos vemos em meia hora, na Torre?
Ela assentiu.
— Cuidado na patrulha, gatinho.
Chat Noir sorriu ao caminhar até a beirada do local. Fitou-a e lançou uma piscadela para ela.
— Eu sou cuidadoso, My Lady.
Ainda com o sorriso ladino, Chat saltou, usando o bastão como apoio para se locomover. Ladybug cruzou os braços, observando-o com um doce sorriso no rosto.
— Você nunca me decepcionaria, minou. — Ela murmurou, baixinho. — É o melhor Romeu que eu poderia ter, Chaton.
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tiascar · 3 years
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Encomendas
Adrien estava viciado em compras online desde o início da pandemia e isso já estava esgotando a paciência da Dupain-Cheng pelo tanto de besteiras que chegavam no apartamento que dividiam.
Porém a ultima encomenda fora algo mais que especial.
único;; caixinhas
━━ DESDE O COMEÇO da quarentena, Adrien estava viciado em gastar nas lojinhas onlines.
Aproveitando os infinitos cupons de frete grátis, o Agreste em questão enchia o carrinho virtual com coisas que – ao ver de Marinette – eram bobeira.
Adrien gostava de comprar tudo o que via pela frente e achasse interessante, mesmo que o item pudesse ser muitíssimo vagabundo e estragar no dia seguinte, fora roupas, pantufas e uma penca de pijamas que pareciam fantasias.
Marinette não aguentava mais pegar encomendas.
E ela ao menos poderia se recusar, principalmente por não saber exatamente quando as compras chegaram. Eram como pacotes surpresas que o porteiro do prédio apenas discava o número do telefone do apartamento e anunciava a chegada.
Naquela sexta, aquilo aconteceu de novo.
O simpático porteiro havia telefonado para o apartamento. Marinette teve que usar as escadas pelo elevador interditado. Adrien insistiu que buscasse, por estar ocupado com o almoço.
Marinette desceu a muito contragosto, e mantinha a mesma careta quando voltou para o apartamento.
— Toma.
Ela largou sobre o balcão. Já havia higienizado a embalagem com o pequeno frasco borrifador que deixava na entrada do apartamento e que estava repleto de álcool 70%. Adrien desviou o olhar rapidamente da panela para ela.
— Quanta animação.
— É que não aguento mais tantas encomendas, Adrien! — Ela bufou ao se sentar na bancada. — Desse jeito vamos poder transformar nosso apartamento em uma loja de armarinhos logo, logo.
Adrien acabou rindo.
— Um pensamento empreendedor, eu gostei. — Ele a ofertou uma piscadela. Tampou as panelas e então lavou as mãos. Aproximou-se do balcão. — Por que você não abre?
Marinette franziu o cenho.
— Porque é seu.
— Mas… dessa vez eu quero que você abra. É algo que você vai gostar.
— Adrien. — Ela adotou um tom sério. — O que você comprou?
— Abra e descubra.
Marinette franziu o cenho, puxando a caixa. Com cuidado, tirou as fitas que prendiam o papelão antes de abrir a caixa. Ficou surpresa por ter uma caixa menor dentro dela.
— Adrien…
— Termina de abrir.
Marinette suspirou e abriu a outra caixa. Arregalou os olhos ao colocar a mão dentro, sentindo um tecido aveludado contra a derme. Puxou-a, exasperada.
O coração saltou ao ver a caixinha vermelha, levantou o olhar para o Agreste que sorria.
— Ainda não terminou de abrir… vou te ajudar. — Adrien deixou que a mão erguesse a tampa aveludada. Marinette perdeu o fôlego ao ver o anel brilhante que residia ali. — Preciso dizer que essa foi minha melhor encomenda…
Adrien sorriu e então olhou-a com tamanha felicidade, quase indescritível.
— … ela é mais especial que as outras… é um pedido...
Marinette puxou o lábio inferior, os olhos marejando pelos sentimentos que começaram a transbordar em si. O coração estava acelerado, o fôlego parecia se esvair.
Sentiu o coração beirar a garganta quando Adrien segurou-a a mão, acariciando seus dedos com os próprios.
— … quer casar comigo, Marin?
Marinette perdeu o fôlego por um momento. Não sabia direito o que dizer, sua reação imediata foi empurrar a caixinha para o lado, puxando o Agreste para um beijo inesperado por ele.
O loiro sorriu ao sentir os lábios dela contra os dele, o modo delicado que se moviam, o jeito que trocavam amor naquele gesto tão dócil. Ele a amava, e sabia que ela também o amava.
Aquele sentimento era mútuo, por isso seu sorriso era enorme quando se separaram.
— Sim… — Marinette murmurou. — … eu quero me casar contigo.
— Vai aceitar minhas tralhas?
Ela riu, meneando a cabeça.
— Você sabe que sim.
Ele sorriu.
— Então… acho que agora somos noivos… — Adrien segurou o anel antes de desliza-lo pelo dedo dela. — … e você poderia criar uma conta no site para me deixar usar seus cupons de frete grátis.
O dito por ele arrancou uma gargalhada gostosa da boca dela, que negou com a cabeça enquanto descia da banqueta. Adrien realmente não perdia o momento.
— Você é tão bobo.
Ele segurou-a a mão com delicadeza.
— Mas você me ama assim, não é?
A Dupain-Cheng contornou o balcão para depositar outro selar nos lábios do Agreste.
— Com certeza, chaton. — Ela o encarou. — Como planejou tudo isso?
Adrien fez uma careta deveras inteligente.
— Sua mãe me ajudou, e o porteiro me confiou que faria o melhor para parecer uma encomenda de verdade. Acho que funcionou, não é?
Ela assentiu.
— Você é maravilhoso, Adrien… O melhor noivo do mundo. Eu te amo tanto…
Aquilo arrancou um sorriso contente do outro.
— Eu também te amo, e você… — Adrien tocou a ponta do nariz dela. — … é o amor da minha vida todinha.
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tiascar · 3 years
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O Beijo de Natal
Em que Adrien Agreste convida Marinette Dupain-Cheng para ver a aproximação de Júpiter e Saturno no telhado de sua casa.
único;; aquele love
[Adrien] Hey, você poderia vir aqui hoje? Seria legal vermos os astros juntos (:
Marinette encarou o celular. Ela já havia respondido. Estava sim disposta a ver os astros com Adrien, achava incrivelmente estúpido o modo que os minutos passavam lentamente.
Estava animada, ansiosa. O evento em si já era espetacular, bonito e algo propício a ser admirado, mas sabia que parte de sua animação somava-se à vontade de passar um tempo com Adrien.
Mesmo vendo-se com frequência, Marinette e Adrien não passavam tanto tempo juntos como no passado. Era difícil conciliar a faculdade com o dia-a-dia, os fins de semestre eram corridos e exaustivos. Muitas provas, trabalhos, preocupações e pouco tempo para aproveitarem.
Quando o relógio marcou as seis da tarde, Marinette saiu feliz em direção a rua. Moravam duas quadras de diferença, e ela ainda fez uma pequena pausa para comprar chocolate. Provavelmente, ficariam conversando ali por algumas horas, e não achava que existia opção melhor do que comer chocolate enquanto jogavam papo fora com tagarelices.
— Hey, Adrien!
Marinette murmurou ao encontrá-lo sentado nos degraus em frente a porta. Ele se levantou, com um largo sorriso. Correu até ela.
— Marin! — Ela sorriu, sendo envolta em um abraço gostoso. Sorriu. Ela amava que o modo que o corpo dele abraçava o dela naquelas pequenas demonstrações de amor, o modo que era tão significativo para si. — Pensei que não fosse vir!
— Você sabe que eu não te deixaria na mão!
Adrien acabou rindo.
— Eu sei, mas isso não me deixa menos nervoso. Vem, vamos subir.
Ele a puxou pela mão. Ela mal teve tempo de cumprimentar Emilie pelo modo que Adrien parecia esbaforido. Com muita agilidade, chegaram nos fundos. Uma grandiosa escada prateada estava ali, levava aos telhados e era segura.
Marinette subiu na frente, Adrien havia prometido estar logo atrás de si e que iria segurá-la se algo acontecesse. Felizmente, chegaram ao topo sem muita dificuldade e sem machucados.
— Uau…
Marinette ficou surpresa por encontrar o telhado muitíssimo ajeitado, com uma toalha já posta, uma colcha e duas almofadas. O fato do telhado não ser deveras íngreme facilitava eles poderem se ajeitar por ali.
— Você gostou? — Adrien parecia repentinamente tímido. — Eu… não sabia o que colocar. Não queria que ficássemos sentados no telhado, poderia sujar nossas roupas e… também não sei se pode ficar frio e…
— Está incrível! — Marinette se aproximou com passos delicados, tomando cuidado para não escorregar. Sentou-se sobre a toalha esticada com olhos brilhantes. — Obrigada! Eu trouxe chocolates!
O Agreste se aproximou dela, sentando-se bem ao lado da Dupain-Cheng com o coração acelerado. O sorriso que ela ofertava era genuíno, bonito e admirável. Desconcertou-o, de certo modo.
— Eu trouxe refrigerante. — Ele puxou a sacola escondida entre os travesseiros. — Pensei em vinho, mas… você sabe, um tombo daqui…
Marinette acabou rindo, somente por imaginar a cena.
— É… não seria nada bom. — Ela deu de ombros. — Chocolate e refrigerante está ótimo 'pra mim.
Ele ficou feliz. Saber que estava agradando-a deixava o Agreste satisfeito. Entregou a ela uma das latinhas de refrigerante, ficando com outra para si, assim como ela lhe entregou uma das barras idênticas de chocolate. Se acomodaram ali, abrindo os alimentos e fitaram o céu que começava a escurecer.
Não havia sinal de nuvens, aquilo era um bom ponto a favor.
— Ali! — Adrien, após alguns minutos, pareceu uma criança animada falando. Apontou com o indicador, quase derrubando um pouco da bebida no moletom que usava. — Olha!
— Adrien! Não aponta! — Marinette acabou rindo. — Minha vó diz que apontar coisas no céu podem dar verrugas.
O loiro rolou os olhos com uma risadinha.
— Eu só quero que você preste atenção no beijo de Natal, Marin! É um evento único e lindo!
— Eu estou vendo, calma. — Ela não continha as risadinhas que saiam sem parar por sua boca.— Mas você não deveria ficar tão agitado! Imagina se você cai?
— Bom… não é tão alto e… ai!
Adrien reclamou ao levar um peteleco dolorido na nuca.
— Você morre, sossega! — Ela encarou-o séria. — Ou vou ter que te deixar preso comigo, hein?
Adrien mordiscou o lábio inferior, acabou puxando a mão da Dupain-Cheng. Com muito cuidado, de um modo amoroso, entrelaçou os dedos aos dela, abrindo um sorriso, relaxando a postura e suavizando a expressão.
Seus olhos verdes eram amáveis, atingindo o cerne da alma dela.
— Eu não me importaria em ficar preso contigo, principalmente se for no teu abraço.
Marinette puxou o lábio inferior, acabando por assustar o maior ao puxá-lo para perto. Ajeitou-o em seu colo, com parte do corpo entre suas pernas e o rosto sobre seu colo. Olhou-o.
— Vejamos, você quem quis.
— Hmmm, que cômodo. — Adrien ajeitou-se, vendo-a repousar a nuca na almofada. Ele sorriu. — Você está linda hoje, e fica ainda mais bonita sob a luz da noite.
Marinette negou com uma risada.
— Você está sendo galante?
— Eu gosto de exaltar o que eu acho bonito.
A frase deixou-a coradinha. Ela não era boa para lidar com elogios, principalmente com aqueles vindos dele.
— Você também está bonito hoje. — Ela murmurou, empurrando com a ponta dos dedos a franja que caía sobre os olhos do Agreste. — Seus olhos brilham quando você está animado. É gracioso.
— Eu estava mais animado para ver você. — Ele foi sincero. Marinette percebeu a honestidade nas íris esverdeadas. — Gosto de passar o tempo com você.
— Eu também gosto de passar meu tempo com você… — Marinette trouxe o rosto dele para perto. — Estava com saudades…
— Eu também…
Com uma aproximação lenta, roçaram os lábios em um selar delicado, dotado de sentimento, mas vagaroso. Tinham tempo, tinham todo o tempo do mundo naquela noite. Suas agendas estavam livres, os celulares desligados.
Tudo parecia perfeito.
E foi com aquela mesma vagarosidade que transformaram o selar em um beijo muito bem vindo, que começara calmo, mas ganhou afobação de acordo com a aceleração dos movimentos que os lábios faziam. Marinette permitiu que a língua faminta do Agreste adentrasse a dela, com ânsia, desejo.
Afundou as palmas no cabelo da nuca alheia, forçando o rosto dele contra o dela. Separaram-se somente pela falta de fôlego, trocando um sorriso.
Assustaram-se ao ouvirem palmas.
— Que cena de filme!
A voz de Chloe arrancou risada de ambos. Olharam para o lado, vendo a loira ao lado de Alya e Nino.
— Estávamos passando por perto e sua mãe nos convidou para entrar. — Nino ainda estava na escada. — Não pensávamos que vocês estavam no maior love ai.
— Pelo menos, essa cena vai para o álbum de casamento. — Alya balançou o celular. Marinette rolou os olhos, ajeitando-se ali junto a Adrien.
— Bem, vocês querem ficar? — Marinette deu de ombros. — Vamos conversar, estou com saudades de todos juntos.
Os três se entreolharam.
— Se não formos atrapalhar.
— Relaxa, eu vou dormir aqui hoje. — Marinette soltou, Adrien franziu o cenho e ela riu. — Se Adrien deixar.
— Você sabe que eu sempre deixo.
Ela sorriu, segurando a mão dele.
Os outros três deram de ombros, resolvendo aceitar a oferta. Enquanto ajeitavam-se ali, Adrien cuidadosamente aproximou-se da Dupain-Cheng, sussurrando no ouvido dela, por fim.
— Esse foi o melhor beijo de Natal que eu poderia ganhar…
— Mas ainda não é Natal.
Ele estalou a língua graças a resposta inteligente dela.
— Então o que acha de continuarmos trocando beijos até lá, hein?
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tiascar · 3 years
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Beijar é tão bom!
A vida de modelo impunha varias coisas, ser filho de Gabriel Agreste acrescentava o dobro de tais coisas nas listas do que Adrien deveria fazer, porém tudo ficava mais leve quando Marinette estava ali com seu jeitinho incrível e disposta a distribuir beijinhos para melhorar seu dia, mesmo que isso fosse borrar seu batom.
único; beijo, beijinho, beijão!
Gabriel Agreste gostava de quebrar os padrões e tabloides não só de Paris como de todo o mundo da moda internacional.
E Adrien muitas vezes ajudava - explicitamente - o pai. Ele certamente não ligava tanto para algumas das ideias do pai, desde que no fim da sessão ele estivesse com os euros na conta bancária e liberado para curtir o resto do dia com a companhia que quisesse, ou estudando feito um condenado todos aqueles assuntos de física que necessita saber para sua graduação.
Ele já estava acostumado com as ideias surpreendentes do pai, que mais serviam como um botão certeiramente feito para proporcionar explosões catastróficas e revolucionárias no mundo da moda. Havia parado de se surpreender no dia que o pai o enfiou em uma espécie de saia masculina, com um par de óculos pin up style e saltos de quase dez centímetros. Havia sido uma sessão especial, uma versão inversa onde a modelo feminina - no caso, Lila e sua personalidade forte baseada em mentiras - havia se vestido "como um homem" e ele "como uma mulher" seguindo o estereótipo padronizado como forma de crítica - e ele achou que ficara muito mais sexy com aquela roupitcha do que Lila forçando a bunda para a câmera.
Por isso, não se surpreendeu naquela manhã, quando a equipe de maquiadoras esfregou uma batom vermelho da Kylie Cosmetics em sua boca.
O engraçado de tudo aquilo era que ele estava vestido em preto, como o ator principal de Matrix. Estava sexy naquela cor, o sobretudo escuro recobria o corpo e adicionava mistério ao seu rosto, a blusa social junto à calça deixavam sua feição ainda mais propícia ao pecado. Os lábios vermelhos entravam em contraste com todo o negrume de seu estilo.
Olhou-se novamente no espelho enorme que estava em seu camarim. Pelo que descobriu olhando em uma pasta largada ali para que olhasse- caso quisesse - era uma parceria com aquela marca de cosméticos, e nada melhor que o modelo mais querido - e sexy - da França para conseguir mostrar ao mundo que os batons de Kylie Jenner serviam para qualquer pessoa, não importando nem gênero, nem tamanhos, nem qualquer outra coisa, assim como as roupas da Agreste.
Gabriel Agreste, dessa vez, havia apostado na dualidade, não deixando-se restringir ao sexo, biológica e socialmente falando. As roupas daquela coleção valiam para qualquer que fosse seu gênero. De um modo a agradar a todos, as cores possuíam uma variedade surpreendente, e os moldes de todas as peças conseguiam ser surpreendentemente favoráveis para qualquer sexo e tamanho.
Inovador e surpreendente, Gabriel adorava aquilo.
- Adrien? - Uma das assistentes colocou a cabeça dentro do camarim com um pingo de receio de pegar o filho de seu patrão sem roupas. - Estamos precisando de você agora.
- Estou indo. - Adrien murmurou.
A mulher assentiu e saiu, deixando a porta um pouco aberta com uma clara intenção de mostrá-lo que precisavam dele rapidamente ali. Ele tomou os últimos instantes para se analisar no espelho, ajeitou o sobretudo e saiu em direção ao estúdio devidamente preparado.
A correria presente ali era algo que ele já sabia que presenciaria. Araras que iam de um lado para outro, enormes pontos de luz que pareciam cegar quem olhasse para tais. Refletores e câmeras cujos cliques ecoavam pelo enorme cômodo. Uma equipe enorme para algumas fotos.
De longe, avistou seu pai ao telefone. Ao lado dele, Marinette Dupain-Cheng - sua nova aprendiz e uma quase pupila - parecia atenta aos arredores. Seus olhares se cruzaram, e ele sorriu casualmente para a garota, que parecia tão bela mesmo estando tão normal.
Não usava mais do que uma camiseta soltinha e acinzentada, combinada com uma calça preta e um casaco amarrado devidamente na cintura. Uma das maiores diferenças da Marinette daquele momento e a dos dias anteriores era que seus belos fios azulados estavam soltos, apenas uma parte da franja estava presa atrás da cabeça em um pequeno coque tão frouxo que mal segurava aquele cabelo sedoso.
Adrien sentiu uma exorbitante vontade de ir até ela, e dar beijinhos pela pele pálida. Não o fez.
Seu pai ainda não sabia da espécie de "relacionamento" em que estavam, bem, ele esperava que ninguém da empresa soubesse. Não queria expor Marinette a burburinhos ou qualquer outra coisa, por isso, estavam levando aquilo com o máximo de sigilo possível.
Soltou um suspiro, o único que conseguiu escapar antes de ser puxado e engolido pelo monte de corpos que falavam simultaneamente e o empurravam o centro de um fundo branco, enquanto faziam as diversas coisas possíveis: ajeitavam o cabelo, retocavam o pó de arroz - ele quase entrou em crise de espirros quando um dos profissionais empurrou o outro, fazendo com que a mulher enfiasse o pincel enfestado pelo pó dentro de seu nariz - ajeitavam a roupa, e quase o engoliam por inteiro.
Ficou feliz quando se afastaram ao ouvirem os gritos de Vincent para que começassem logo.
Fez uma, duas, três poses, mas nada agradava o fotógrafo, que havia até mesmo deitado no chão a procura de um ângulo.
Após minutos, o homem percebeu que o problema não estava no ângulo, mas sim, em Adrien.
Aquele bendito batom estava certinho demais.
- Marinette, vem cá. - Chamou a garota, que atendeu prontamente largando o caderninho onde anotava as principais instruções passadas por Gabriel Agreste em um canto. - Dê umas beijocas no seu namorado e borre esse batom vermelho, se não essas fotos não ficarão nada boas.
Adrien e Marinette travaram com aquela afirmação. Trocaram um olhar quase imperceptível, e Marinette pigarreou.
- Não... não somos namorados...
Vincent revirou os olhos.
- Como não? O vídeo vazado do almoxarifado já confirmou tudo. Todos já sabem. Nem façam essas carinhas. - Deu-os um sorriso 'pra lá de perverso. - Agora, Marinette, ajude o Adrien com esses beijos, ou prefere que eu peça para outra?
- Não! - Disparou, e olhou para trás. Gabriel Agreste observava a cena, seu rosto imparcial como sempre.
Por momentos, pensou se o vídeo do almoxarifado já havia chego nele, e pensou como beijaria Adrien naquele momento.
Seu tempo esgotou-se quando a canhota de Adrien girou sua cintura esguia, puxando seu corpo pequenino contra o dele. Sentiu o peito malhado contra seus seios, e logo a boca do Agreste contra a sua. O beijo havia começado daquele jeito em sua mera opinião. Se Adrien estava fazendo aquilo apenas por irritação pelo vídeo ou para que o fotógrafo ficasse quieto, ela não sabia, mas sabia que era um verdadeiro beijo molha-calcinhas.
Quando ele soltou seus lábios - deixando-a com o mínimo de fôlego possível - começou a distribuir selares por todo o seu rosto branquinho, dando um pouco de cor - e marcas de seus lábios bonitos - para o rosto já tão vivo da garota. Beijou a testa, a bochecha, sob os olhos, o cantinho da boca e surpreendeu ao beijar seu pescoço, tascando uma mordidinha que arrancou um suspiro da boca dela.
Para, enfim terminar, depositou um selar nas costas de sua mão.
- Muito obrigado pela ajuda, princesa. Estou grato por não ter me deixado cair nas mãos de um dragão.
Marinette prendeu uma gargalhada no fundo da garganta.
- De nada. - As maçãs do rosto fino e delicado ficaram rosadas, e ela se afastou.
Ficou ao lado de Gabriel Agreste novamente, e de lá, observou a animação de Vincent - que mais parecia ter achado a Monalisa que inspirava Da Vinci no Adrien com os lábios inchados, pintados por vermelho e borrados pelo beijo lascivo que havia trocado há pouco com aquela aprendiz.
O sorriso fofo dançou nos lábios enquanto mordiscava a ponta da caneta azul que carregava para a anotações, enquanto observava o loiro com olhos de água.
Algo que não passou despercebido por Gabriel Agreste.
- Bom trabalho. - O Agreste mais velho comentou, sem desviar o olhar para ela. Marinette, por sua vez, o olhou curiosa.
- Hã?
- Fez um bom trabalho ali, ajudando Vincent com... o que ele precisava. - Gabriel pigarreou. - E... também fez um bom trabalhando conseguindo a atenção e o afeto de Adrien. É um bom rapaz, e não digo só porque é meu filho. Se quiserem namorar, saiba que tem minha aprovação.
Um brilho surgiu nos olhos dela.
- Então... não teria problemas comigo namorando seu filho?!
Marinette pensou que explodiria em felicidade quando ele meneou a cabeça.
- Apenas... não usem mais o almoxarifado para suas necessidades carnais.
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tiascar · 3 years
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Coffee Break
Marinette e Adrien sempre estudavam juntos na mesma cafeteria após a faculdade, mas era peculiar o modo que ele sempre errava o nome dela ao pegar os cafés.
Contudo, um dia, ela resolveu perguntar o porquê.
único;; motivo
Marinette tinha total certeza que Adrien sabia seu nome, mas não lhe era conhecido o motivo pelo qual ele sempre errava ao buscar os cafés durante as sessões de estudo na pequena e cômoda cafeteria em que passavam as tardes estudando.
Adrien foi o primeiro amigo que Marinette fizera ao mudar-se para a capital com o intuito de formar-se em Moda. Não frequentavam o mesmo curso, mas viviam se esbarrando pelos corredores. Quando acabaram juntos em um grupo de interclasse, acabaram ficando verdadeiramente próximos. Tinham gostos semelhantes, apreciavam algumas coisas idênticas, o assunto rendia, fluía.
E foi daquele modo que a amizade se desenvolveu. De encontros esporádicos para semanalmente, de semanalmente para diariamente para estudarem juntos. Na mente de ambos, os pequenos encontros de estudo eram uma forma boa para se concentrarem, podendo fazer pequenas pausas para uma troca de ideia. Mesmo não cursando física, Marinette gostava da paixão que Adrien usava para expressar as variáveis que estudava, até como ele assemelhava-se a poesia falando sobre valores de x. Ele sorria, as bochechas e os olhos ganhavam vida. Adrien era – sem dúvidas – incrivelmente apaixonado pelo que estudava.
Surpreendia-a que uma cabeça tão boa para números parecia não guardar seu nome.
Ela pensava naquilo pelo fato absurdo de Adrien sempre errar seu nome, todas as vezes que ele buscava um café para ele. Todas as vertentes possíveis já haviam aparecido: Marlene, Marilene, Marta, Marina, Mariane, Mariana, e ainda outros que ela já havia se esquecido. Marinette não sabia se ele fazia de pirraça, se era seu jeito ou apenas uma brincadeira que ela não havia entendido ainda.
No começo, acreditou que era coincidência. Com o passar dos dias, fingiu não ligar, mas dava-o sutis avisos de que aquele não era seu nome. Escrevia Marinette no topo do caderno e perguntava para ele se a letra estava bonita, sempre frisava que seu nome possuía dois "t" para chamar a atenção do maior e perguntava apelidos que poderiam combinar com Marinette.
Adrien sempre respondia a todos com cordialidade, bom humor e amistosidade, mas sempre – sempre – errava seu nome na hora de pedir os cafés.
Mas naquele dia Marinette estava disposta a descobrir o motivo.
Limpou a garganta quando Adrien deslizou a embalagem do café dela pela mesa. O de sempre, com leite e chantilly, enquanto ele optava sempre por café, leite e canela. Marinette tomou a coragem necessária, puxando o lábio ínfero para recuperar as energias e enfim poder falar.
— Adrien... por que você sempre erra meu nome?
O loiro parou de beber o próprio café para olhá-la.
— Como assim? Você não se chama Marinette?
Ela assentiu.
— Exato, mas você sempre pede meu café com o nome errado.
Adrien pareceu pensar por um momento.
— Mas está escrito Marinette ai.
— Não est... — Marinette virou o copo para encará-lo. Surpreendentemente, daquela vez, estava escrito Marinette de um modo correto, com todas as letras. Ela o encarou, parecendo confusa. — Ué...
Percebeu-o fingir estar sério, mas falhar e soltar uma gargalhada gostosa quando cuspindo sem querer uma pequena dose sobre o casaco que usava. Ela ficou perdida, mas mal percebera quando começou a acompanhá-lo nas risadas, parecendo estupidamente não o acompanhar pela euforia do rapaz.
— Desculpe... — Adrien suspirou ao parar de rir. — Era uma brincadeira. Queria ver quando você notaria. Bem, no começo, realmente escreveram errado e eu não percebi, depois... eu fui errando de proposito para ver sua reação.
— Olha... eu seriamente pensei que ou você estava querendo tirar uma com minha cara ou estava com algum problema de memória.
Ambos soltaram uma gargalhada amiga e amistosa. Adrien, então, deu de ombros.
— Bom, agora que você tem certeza que sei o seu nome, você poderia me passar o seu numero correto de celular. — O Agreste murmurou, com o canto esquerdo do lábio subindo em uma espécie doce de meio sorriso. — A senhora que utiliza o número que você me passou não é muito amistosa. Ela me chamou de golpista.
— Oh, céus! — A Dupain-Cheng precisou ajeitar-se na cadeira para não cair e controlar as risadas. — Eu com certeza te passei meu numero antigo! Eu acabei passando ele para minha mãe antes de vir para cá.
— Parece que eu comecei com o pé esquerdo com sua mãe, então. — O loiro fingiu um muxoxo. — Se um dia me assumir como namorado, tenho certeza que não vou ser bem aceito.
— Para com isso, certeza que mamãe vai te amar! — Marinette deslizou a mão pela mesa, segurando a dele com repleta ternura. Apertou-a, delicadamente acariciando a derme. — Foi por isso que não me ligou depois do encontro que tivemos na semana passada?
— Em minha defesa... eu liguei. — Adrien ergueu o rosto com certa manha. — Mas acabou que não fui bem sucedido.
— Então... acho que só temos uma opção...
Ele tombou o rosto para o lado.
— E qual seria?
— Guardarmos esses livros e repetirmos a ultima saída. — Ela o ofertou uma pequena piscadela. — Dai você pode me dizer por uma chamada, com meu numero certo dessa vez, como você se divertiu.
Adrien estalou a língua, de certo modo muito contente, ao mesmo tempo que um tantinho soberbo.
— Bem, eu prefiro te dizer isso pessoalmente... — Ele aproximou o rosto do dela. Roubou um selinho delicado e repentino antes de voltar a ajeitar o corpo no banco. — ... contudo, essa proposta que você fez é muito boa para que eu recuse.
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tiascar · 3 years
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Aprovada?
━━━━━━━━++𝐚𝐝𝐫𝐢𝐧𝐞𝐭𝐭𝐞¡| ❝Vovó sempre disse que papai precisa de alguém para casar. Se não for para casar, você não é bem-vinda.❞ シ
❝Para namorar com Adrien, não tinha que passar apenas pela aprovação de seus pais. Além deles, tinha a prova de fogo: ser aprovada por uma seletora sem papas na língua de oito anos, sua filha Emilie, que não facilitava para nenhuma pretendente.❞
único; é você quem vai se casar com meu papai?
Adrien Agreste já havia apresentado Marinette para toda a sua família, menos para uma pessoa (e, para ele, uma – se não a mais – importante).
Por isso, naquela noite, estava nervoso. Todos já haviam aprovado a mestiça de olhos índigo como uma nova membra na família Agreste, a não ser ela.
— Papai, quando sua namorada vai chegar?
Adrien soltou um suspiro. Limpou a mão manchada por molho de tomate no avental e olhou para o arco da cozinha. Emilie Agreste-Tsurugi estava com seu melhor vestidinho florido, com o cabelo preso em um rabo de cavalo alto e uma cara de curiosa que era notada há metros.
Com seus oito anos de idade, Emilie - ou Ems, como preferia - era filha de seu primeiro relacionamento, que nunca chegou a um matrimonio. Haviam se separado logo quando ela fizera um ano, e Adrien havia ganhado a guarda da menina por ter uma residência mais fixa do que a esgrimista Kagami Tsurugi, que participava de diversos torneios e precisava se locomover quase sempre para atender os requerimentos dos mesmos, o que não a fazia uma mãe ausente. Tentava estar sempre na vida de Emilie, e tinha ainda um bom relacionamento com o ex-noivo.
— Ainda falta uma hora. Ela vai chegar as oito.
— Mas... papai, já são sete e cinquenta e cinco.
— O que?! — Adrien virou o corpo. Pisou na farinha ali derrubada, e o pé deslizou. Emilie colocou a mão sobre a boca, com os olhos esbugalhados e prendendo uma risada quando o pai caiu com um estrondo audível na cozinha, virando uma vasilha de alface sobre os cabelos loiros. — Porrrrr...caria!
— O relógio da cozinha 'tá atrasado, papai! Você mesmo me disse.
— É... eu me esqueci disso. O bom é que já tá tudo pronto, eu só preciso... tomar um banho e...
Adrien saltou ao ouvir a campainha soar. Levantou-se em um pulo e grunhiu.
— EU ABRO, EU ABRO!
Emilie saiu gritante pela sala, os cabelos voando enquanto as sapatilhas batiam contra o chão brilhante. Adrien logo correu atrás, esquecendo-se do avental sujo e do estado deplorável em que estava. Encontrou Emilie já na porta, errando tanto a senha do alarme que em menos de duas tentativas a polícia seria chamada.
Pegou-a no colo.
— Já disse, o alarme não é para crianças. — Olhou-a, um tanto bravo, mas a careta foi-se pelos ares quando Emilie rolou os olhos e deu a língua. Cristo, era aquela a educação que ele dera para ela?!
Não teve tempo de pensar, a campainha soou novamente. Ele prontamente digitou a senha, destravando a porta e girando a maçaneta. Quando abriu a porta, seu maxilar quase fora ao chão: Marinette Dupain-Cheng estava mais bela do que nunca, algo que ele pensou ser impossível.
O corpo estava escondido em um vestido carmesim, e os saltos pretos davam-na centímetros de uma altura falsa que ela nunca teria sem eles, porém, ainda continuava baixa perto de si. Os lábios em um tonzinho de rosa-bebe brilhavam sob a luz do corredor seleto. O cabelo estava preso em uma trança lateral que dominava a parte esquerda da clavícula exposta, caindo como uvas em um cacho. Mantinha um sorriso deliciosamente doce.
— Oi.
Ela soou, adoravelmente educada como sempre. Não era atoa que tinha uma ótima reputação como funcionaria, sempre respeitosa e prestativa.
— Oi... — Um sorriso bobo adornou os lábios do Agreste, que nada soube dizer a não ser aquilo. Fitava-a com uma admiração que era quase palpável. Poderia olha-la durante toda a noite.
Se não fosse por Emilie.
— Então você é a Marinette? — A garota tombou o rosto para o lado. Adrien olhou-a.
— Ems! — Repreendeu-a, com uma careta.
— Deixa ela, Adrien... — Marinette olhou para a garota. Era linda, com cabelos loiros e os olhos que eram uma mistura tendenciosa entre um verde escuro e um âmbar, quase oscilando em um degrade vertical. — Sim, você deve ser a Emilie, certo?
— Sim, Emilie Agreste-Tsurugi! — O orgulho no tom de voz era gracioso e bonitinho. — Papai fala muito sobre você!
— Espero que só fale coisas boas. — Marinette sorriu para ele. — Posso entrar?
Somente naquele momento Adrien percebeu que tinha deixado a namorada em potencial parada na porta por mais de cinco minutos por puro devaneio. O rosto adotou um tom escarlate que iluminou o rosto cor-de-pêssego.
— Claro, eu... não sei porque... ah... — Adrien sacolejou a cabeça, e a única coisa que viu fora um borrão verde passando em sua frente até cair no piso. Abaixou o rosto, reconhecendo um dos alfaces temperados que iriam compor uma salada. — Olhou para Marinette. — Isso... estava no meu cabelo até agora?
A mestiça não poupou uma risadinha.
— Sim.
— E nenhuma das duas me avisou por que...?
— O verde do alface estava realçando seus olhos e combinando com o seu cabelo, papai. — Emilie respondeu, antes mesmo que Marinette pudesse pensar em algo.
— Concordo com ela. — Marinette soltou, com um sorrisinho. Adrien grunhiu, colocando Emilie em pé antes de dar espaço para que ela entrasse. — Obrigada.
— De nada. — Puxou-a delicadamente, deixando um selinho nos lábios gordinhos.
— Está cheirando a molho de tomate e temperos.
— Fui eu quem cozinhou hoje. — Soltou um suspiro. — E... perdi o horário. Não percebi o relógio atrasado, quando Ems foi falar comigo eu tinha terminado de tirar um dos pratos do forno e...
— Ok, garotão, não precisa ficar se explicando. — Marinette riu, enquanto tirava o avental que ele vestia, vendo a camiseta preta ainda pior que aquele pano em que o rosto de Emilie estava estampado com um "eu amo o papai!" dentro de um coração vermelho. — O que acha de ir tomar um banho?
— Eu ainda nem montei a mesa... — Adrien choramingou, encostando a testa junto a dela. — Temos aqui o motivo porque nem mesmo consegui me casar. Eu sou um desastre.
Marinette meneou a cabeça, roçando a ponta do nariz ao dele.
— Eu e Emilie podemos fazer isso, só me dizer onde estão os pratos. Enquanto isso, você toma banho e se arruma.
— Mas... foi eu quem te convidei, eu devia arrumar tudo e fazer isso o melhor jantar de apresentação do mundo, mas acabei transformando em um desastre e... — Foi calado quando ela juntou os lábios aos dele, em um selo casto.
— Shhh, está tudo ótimo, eu estou adorando, e vou ficar feliz em te ajudar, tudo bem? Agora... onde ficam os pratos?
Adrien soltou um sorriso.
— No armário da sala de jantar. Monte como quiser, deve ter tudo o que precisa lá. A governanta disse ter tudo, pelo menos.
— Certo, agora vai tirar esse cheiro. Está me deixando com fome.
Adrien rolou os olhos, caminhou até Emilie, avisando-a que tomaria um banho e que está deveria ajudar Marinette com a mesa. Saiu em disparada para o quarto, deixando ambas sozinhas na sala. A mestiça olhou para a garota, que a fitava com um sorriso curioso.
— Vamos... montar a mesa?
Emilie assentiu.
Caminharam juntas para a sala de jantar. Começaram a organização juntas, sem muita conversa. Ambas pareciam tímidas.
— Então... é você quem vai se casar com meu papai?
Marinette sentiu a saliva descer rasgando por sua garganta. Olhou para Emilie com um meio sorriso, as mãos tremeram por um momento e ela quase derrubou o prato de louça cara que segurava.
— Eu... hã... casar é um termo forte demais...
— Vovó sempre disse que papai precisa de alguém para casar. Se não for para casar, você não é bem-vinda.
Marinette piscou, aturdida, e com vontade de rir. Segurou-se.
— Uh... então... pode ser que eu queira casar com seu pai... em um futuro... próximo. — De uns sete anos, completou em mente. — isso... é uma resposta suficiente?
Emilie franziu o cenho.
— E você pretende me dar irmãozinhos?
Ok, agora sim sua mente entrara no mais puro colapso, e ela só soube sorrir como uma palhaça.
— Uhh... não é uma... pergunta... — Marinette largou o prato sobre a mesa, ajeitando-o com minuciosidade, tentando distrair a mente da complexibilidade daquela questão. — ... muito... hã... uma questão... feita... muito cedo?
— Pffff... — Emilie rolou os olhos. — Eu já tenho quase nove anos! Logo vou estar velha demais para podermos brincar!
Marinette acabou mordendo o lábio inferior. Saia com Adrien há mais ou menos dois meses, tampouco haviam tido tempo suficiente para transar, imagina para pensar em filhos?!
— Uhhh bem... eu e seu pai temos que discutir isso ainda, mas... pode ficar tranquila que vou por isso em pauta logo. — Marinette acabou rindo. — Quer... fazer outra pergunta?
— Você gosta do papai? De verdade?
Marinette a encarou, e sorriu abertamente.
— Eu... não gosto do seu pai... — Emilie cruzou os braços. — Eu... eu amo ele. — Logo viu um sorriso no rosto da loirinha. — Ele... é a melhor pessoa que eu já conheci. De verdade, eu... amo ele demais, não tem como descrever.
— Hmmm, devo me preocupar que você ama alguém mais do que eu?
Ambas giraram o rosto ao ouvirem a voz de Adrien. Viram o loiro entrando pela cozinha, já banhado e cheirando a mesma colônia de sempre. Os fios loiros estavam úmidos, um tanto bagunçados. O torso coberto por uma camisa jeans com botões e uma calça em preto, combinando com os tênis da Adidas. Arregaçou as mangas ao se aproximar, fazendo com que Marinette o olhasse com ainda mais afinco.
Era um provocador de merda.
— Estava falando sobre você mesmo. — Marinette sorriu. — Está melhor, mas sinto falta do alface.
Adrien rolou os olhos antes de se aproximar.
— Vamos jantar, já enrolei vocês demais.
[...]
O jantar tinha sido perfeito, e Marinette estava surpresa por Adrien saber cozinhar. Nunca em sua vida ela imaginaria que ele tinha tal talento para cozinha, o que a surpreendera. Não deixado nada queimado ou fora do ponto, aquilo era algo extremamente exemplar.
— Parece que alguém foi aprovada pela Ems... — Sorriu, quando Adrien abraçou-a por trás, enfurnando o rosto na curva do pescoço da menor. — ... e, Cristo, que perfume bom...
— É o novo da coleção da empresa. Está... fantastic. — Girou o corpo, encarando-o. — Você tem uma filha encantadora e que se importa horrores contigo.
— Por que diz isso?
— Ela me perguntou se sou 'pra casar, e que caso eu não fosse, eu não era bem-vinda.
Adrien sentiu o rosto esquentar.
— Porra... — Soltou, com um revirar de olhos. — Hm, talvez tenha sido uma péssima ideia deixa-la aqui sozinha?
— Não, ela é um amor, até perguntou se tenho intenção de dar a ela um irmão.
O aloirado acabou rindo, envergonhado.
— Me desculpa... pela língua solta da Ems... eu não sabia que ela iria fazer essas perguntas.
Marinette envolveu o pescoço do loiro com os braços.
— Não precisa pedir desculpas, ela é um amor, de verdade. — Abiu um enorme sorriso. — Você tem uma filha incrível.
— E ela vai ter uma madrasta ainda mais incrível...
Marinette arregalou os olhos, Adrien também.
— Digo... não agora... bem... só se você quiser e...
— Agora sei de quem Emilie puxou a língua solta.
Adrien tombou o rosto para trás. Sentiu o corpo arrepiar-se quando Marinette depositou um beijinho em seu pescoço.
— Marin?
— Sabe... eu amei o jantar, de verdade, mas... agora que ele terminou, e Ems foi dormir... — Ela puxou o rosto dele. — Poderíamos... assistir um filme na Netflix.
Adrien acabou rindo.
— Assanhada... — Resmungou, ao lado da orelha dela antes de depositar um tapa estalado na banda direita da bunda arrebitada da mestiça.
— C-Culpa sua... — Riu. — Agora vamos logo pro teu quarto... quero te mostrar minha lingerie nova.
O sorriso dele ficou ainda mais largo, com uma pitada de malicia.
— Ainda bem que eu deixei um espaço 'pra sobremesa.
Ciciou, ao puxa-la em direção ao quarto. Marinette lambiscou o lábio.
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tiascar · 3 years
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Play with...
Em que Chat Noir se sente trocado por um jogo.
único; life.
Chat Noir se sentia deveras trocado desde o começo da semana.
Por um motivo que – em sua opinião — era fútil.
Marinette havia trocado por um simples jogo que baixara no laptop para relaxar. Os efeitos da quarentena quase a fazia subir pelas paredes, ela queria relaxar de algum modo. Achar o jogo em uma conta abandonada foi como uma pequena luz para os dias um tanto monótonos.
Não que achasse Chat chato – como ele falava ao ficar deveras chateado como um bebê ranzinza – ou desgastante, ela o amava, mas também queria outras distrações além de sessões de amassos e beijinhos no sofá.
Mas o fato era que Chat estava deveras incomodado por ela não lhe dar mais tanta atenção, além de ficar deveras manhoso quando ia dormir e ela preferia ficar no laptop. Sim, admitia ser carente e como um gato de espírito não gostava de dividir a atenção de Marinette daquele modo.
Por isso, mantinha um beicinho na ponta do sofá. Marinette estava ao seu lado, o olhar concentrado na tela da televisão. O laptop estava apoiado na mesinha de centro enquanto a tela de carregamento do jogo aparecia em seus clássicos tons de verde e branco. Um balde de pipoca estava ao lado, mas nem mesmo a comida fazia Chat deixar seu bendito – e adorável – momento ranzinza.
— Está com essa carinha desde que me sentei contigo, minou. O que aconteceu?
O gatuno estalou a língua, cruzando os braços. Ergueu as sobrancelhas em uma careta desleixada, dando – por fim – de ombros com o mesmo biquinho de antes.
— Não é nada.
— Gatinho… — Marinette tentou tocar-lhe o maxilar, contudo Chat desviou de um modo arisco de seus toques. Ela, então, ficou um tanto defensiva pelo negar do maior, franzindo o cenho. — Chat? O que foi?
O aloirado bufou.
— Já disse, nada. Vai jogar.
A frase do outro foi o estopim para Marinette entender o que estava acontecendo. Ela tentou, mas não conseguiu reprimir uma risadinha. Assustou Chat ao girar o corpo com rapidez, sentando-se no colo dele antes que ele pudesse negar.
O loiro ficou muitíssimo cômodo para tirá-la dali.
— Está com ciúmes do The Sims?
A frase pelos lábios dela pareceu estúpida. Com um grunhido soberbo, Chat cruzou os braços e fez um biquinho.
— Tsc, é óbvio que não.
— Ah, que belezinha! — Marinette deixou as mãos irem de encontro as bochechas do namorado, apertando como duas grandes e fofas massas. — Você ciumentinho assim me deixa até boba.
— Já disse que não 'tô com ciúmes!
— Você 'tá sim! — Ela riu, baixinho. — Chat, acha que vou te trocar pelo jogo?
— Você não vai, você já trocou.
O loiro tentou soar brincalhão, mas não deu certo. A frase saiu mais como uma reclamação com uma pitada de melindra. Marinette não teve uma reação melhor do que sorrir, erguendo com a ponta dos dedos o queixo do outro.
Plantou, então, um gostoso beijo nos lábios do Noir.
— Meu amor, eu nunca vou te trocar. — Chat ficou encantado pelo modo sublime e amável que as palavras saiam pela boca pequena e rosada da Cheng. — Você é insubstituível e impossível de ser trocado, coloca isso na sua cabeça tudo bem?
O gatuno suspirou.
— Você não me dá atenção…
— Eu dou toda a atenção do mundo 'pra você, não seja egoísta. — Marinette, então, foi quem adotou um beiço manhoso. — Se continuar assim, como vai ser quando tivermos nossos nenéns? Vai ficar com ciúmes?
O Noir deixou o canto dos lábios subirem em um meio sorriso travesso.
— Então você está pensando em bebês, Marin?
As mãos dele tornaram-se mansas ao segurar a cintura alheia, mantendo-a firme em seu colo, temendo que ela pudesse tombar. Marinette deixou os joelhos apoiarem no sofá.
— Obviamente, por isso estou jogando. Quero ter uma prévia de como serão nossos bebês.
Chat Noir soltou uma risadinha.
— E eu faço direito meus nenéns? — Marinette assentiu, mordiscando o lábio inferior. — Melhor que ao vivo?
Marinette fingiu pensar.
— Talvez? Podemos tirar a prova.
O Noir assentiu com um menear de cabeça.
Puxou-a ainda mais para perto, as mãos espalmando ambas os lados da bunda da Dupain-Cheng. Ela saltou, um tanto surpresa, contudo correspondeu ao beijo que ele a ofertou. Deixou que as línguas se encontrassem, tomando um ritmo calmo, até mesmo lento e prazeroso.
Separaram-se pela falta de ar, trocaram um olhar junto a um par de sorrisos.
— Sabe, talvez devamos levar esse lance de bebês a sério… — Marinette murmurou, piscando para o loiro. Chat riu, negando com a cabeça.
— Bem… eu não tenho nada contra. — Ele a girou. Marinette sorriu perversa quando teve o corpo depositado no sofá. O loiro apoiou com as mãos no estofado, ficando por cima. — Vou gostar de provar que o Chat do teu jogo não se compara comigo…
— Você é melhor?
— Sabe que sim…
Marinette lambeu os beiços. Surpreendeu-o ao puxá-lo pela gola da camiseta, trazendo-o para perto.
— Então… me prova, sou sua bonequinha hoje. Tem total domínio para me controlar, chaton.
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tiascar · 3 years
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NAKED; Capítulo 3 - Apreciável
— Olá, my lady.
A voz suave do gatuno fez um arrepio cortante passar pela espinha da heroína. Ela girou o corpo, tremendamente afetada. Sentiu-se ainda mais nervosa do que quando saiu de casa.
Principalmente com um olhar tão simpático que ele mantinha.
— C-Chat... boa... boa noite...
Aquilo era novidade. Gaguejar perto dele parecia ironia suficiente da vida. Engoliu em seco, principalmente quando ele se aproximou. As mãos atrás das costas de um modo inocente, os lábios esboçando um sorriso.
Até porque ele sabia o motivo pelo qual ela estava nervosa. Tinha total ciência que ele era o causador daquilo.
E ele estava começando a ter prazer em vê-la desconcertada.
— Gaguejos? Está nervosa perto de mim? Por que? — Caminhou o suficiente para enquadrá-la em uma das bordas do telhado alto em que estavam. — Você nunca foi assim...
— É que... é que...
— Admite que não para de pensar em mim.
Nunca. A negação veio forte no pensamento.
— Não paro, sinto cada vez mais vergonha alheia quando lembro da sua ceninha...
A risada do loiro veio alta.
— Você pode mentir muito bem, Marinette... — Encarou-a de certa forma doce enquanto apoiada o corpo na borda protetora daquela superfície alta. Franziu o cenho, desafiante enquanto a presunção dominava seu interior. Ele não tinha medo de brincar com o perigo que era atazaná-la. — Mas isso não é o suficiente para me engambelar...
— Marinette? Do que está...
— Shhh, eu te descobri... — Os olhos verdolengos brilharam sob a luz da lua. — Não adianta mais mentir.
— Como...
— Eu te explico outra hora, agora temos pendencias que eu quero liquidar.
A boca da menor abriu, o maxilar caindo um pouco quando a realidade a atingiu.
— A-Aqui?
— E agora... — Chat deixou que o corpo forte grudasse ao dela, abaixando o rosto para unir a testa a dela. — Se você quiser, claro. Eu posso ir embora e...
— Não se atreva!
Ela rosnou como uma ordem e ele riu.
— Mas você nunca me quis...
A provocação implícita a fez ferver em certa raivinha. Afastou-se, somente para ser puxada de volta e ter os lábios delicados unidos aos do maior em um beijo clamante, dotado por desejo reprimido. Viu-se novamente contra concreto, as mãos dedilharam a nuca do loiro antes de aprofundarem nos fios loiros. Chat Noir dominava o beijo com volúpia, enamorado pela sensação de tê-la em seus braços e rendida daquele modo.
— Chat...
O nome rolou sôfrego pelos lábios da mestiça excitada quando ele abandonou a boquinha carnuda dela para dar atenção ao pescoço pálido. Mordiscou, lambiscou e chupou o que o colarinho do collant deixava exposto, para então encará-la. Sorriu, maroto.
— O que?
— Eu não quero preliminares... eu preciso de você em mim...
— Mas eu queria tanto te chupar e ter você escorrendo na minha boca... — O maior sorriu, descarado. Ladybug suspirou ao ter ambos os lados da bunda segurados pelas mãos grandes do loiro. Sentia-se sem folego, desesperada por mais.
— Eu te dou outra oportunidade...
— Só uma?
— Se fizer bem hoje, dou quantas você quiser.
— Que proposta tentadora... — Ele sorriu, e girou-a em um movimento rápido. Colocou-a debruçada sobre o parapeito e estalou a língua. — ... eu seria louco se recusasse, não é?
Ela suspirou, o coração batendo descompassadamente no peito carregado pelo anseio.
— Sim...
Fechou os olhos, delirante, quando sentiu o zíper localizado na parte traseira do uniforme sendo deslizado por toda as costas, o ar geladinho indo contra a pele, logo tendo a bunda descoberta pelo pano pouco maleável – mas confortável – que compunha o uniforme. Não percebeu quando deitou ainda mais o corpo, jogando a cintura e impulsionando o quadril.
Chat achou aquilo incrível, e admirou enquanto deslizava o guizo do próprio uniforme. Arrancou uma das luvas para não a machucar e buscou o preservativo escondido no bolso traseiro do uniforme. Desenrolou pelo membro, usando a canhota para bombeá-lo por algumas vezes, ao mesmo tempo que a mão livre tocou o sexo da menor, os dedos acariciando a derme lisa e delicada antes de chegar no clitóris pulsante.
Ele sorriu, ela estava molhada e ele aproveitar-se-ia daquela lubrificação natural.
Ladybug apoiou com firmeza e segurança as mãos sobre o concreto, apertando a borda quando sentiu a pontinha do membro alheio em sua entrada estreita. Felizmente, não era mais virgem, ou teria doido 'pra caralho quando ele se socou dento dela sem o mínimo de piedade.
— Puta merda... — Ele murmurejou, soltando um suspiro pelo modo que sentia cômodo ao estar dentro dela. Deixou que a mão livre da luva puxassem os lacinhos que prendiam o cabelo dela, envolvendo os fios com a mão em seguida. Segurou-os com firmeza, elevando o rosto dela enquanto ainda mantinha o corpo inerte. — Gostosa do caralho...
— Sua... — Ela mordiscou o próprio lábio ao prender um suspirinho. — Só sua...
— Ótimo que saiba disso, princesa... — Movimentou-se pela primeira vez, com um movimento firme e duro. Não a ofereceu qualquer brecha para que pudesse atrapalhar sua frase. Movimentou-se de novo. — ...porque eu não estou a fim de ativar meu modo caçador para deixar seus antigos pretendentes cientes que você é minha.
— Sua, é?
— É, minha... — Usou de ainda mais força na outra estocada, arrancando um gemido do fundo da garganta dela. — Você mesma se intitulou assim...
— Não me arrependo...
— Eu sei que não, e vou te dar ainda mais motivos para não se arrepender.
Ela não viu o sorriso safado e convencido que ele deu, mas ela não precisava ver para ter certeza que tal estava adornando o rosto do homem que lhe puxou os cabelos para invadi-la com ainda mais dureza. Rebolou em resposta, com um gemidinho descarado ao ter o pescoço mordido e tomado por uma trilha de beijos molhados enquanto ele investia pesadamente sobre si.
Sem a mínima vontade de parar.
Assim como ela.
[...]
Chat Noir não quis revelá-la sua identidade, e tal a deixou irada, principalmente por ele ter um ponto irrefutável.
Ele havia descoberto por mérito próprio. Por pura vontade, sem ajuda, sem pistas. Não era justo que ele contasse de mão beijada, ela poderia descobrir. Era inteligente, dotada de sagacidade.
Tinha chegado a vez dela de brincar de investigadora, ele apenas ficaria sentado assistindo, talvez dizendo se estava quente ou frio.
Aquilo estava tirando-a de orbita, mas ela fingia que tudo estava bem por fora. Descobrir a identidade daquele que a visitava frequentemente não era prioridade como se formar ou exaltar a capacidade de seus amigos. Ela não estava desesperada para conseguir aquela informação, de qualquer forma.
Por isso, naquela manhã, ela estava calma sentada em um dos auditórios da faculdade. Ao seu lado, Nino e Alya trocavam algumas palavras enquanto esperavam que a apresentação começasse. Era um dos trabalhos mais importantes do semestre para Adrien, que contaria pontos para a sua graduação. Os mais durões professores do curso de física estavam sentados em uma bancada frontal, com seus laptops caros e muita concentração para julgá-lo. Adrien falaria sobre física quântica.
E como o belo inteligente que era, já tinha a matéria dominada na ponta da língua. Treinou por semanas, preparou tudo do melhor modo possível e chamou seus amigos para presenciar aquele momento importante. Marinette ficou feliz quando Chloe tomou um assento logo ao seu lado direito, com um sorriso brilhante de quem estava feliz por ter saído a tempo da aula de estatísticas do curso de administração.
Não demorou para que Adrien tomasse a frente no palco do auditório. Todos de sua turma estavam ali. Das três apresentações do dia, ele faria a última. Sorria como o modelo que era, exibindo os dentes retos que combinavam com a camiseta social branca. Marinette sentiu o coração falhar uma batida por ele estar de óculos.
Ela tinha uma pequena e humilde tara em Adrien Agreste usando óculos, por isso remexeu-se desconfortável na cadeira, principalmente quando em um momento o olhar do loiro focou-se no dela.
Mas, repentinamente, seu olhar decaiu dos olhos do Agreste para o maxilar. Um corte supérfluo e quase imperceptível marcava o maxilar, e logo embaixo um delicado chupão quase totalmente escondido pela camiseta social. Ela franziu o cenho.
Lembrava-se da noite anterior. Chat Noir em seu quarto, reclamando sobre o bendito corte na bochecha que fizera ao barbear-se devido ao nervosismo com algo que aconteceria no dia seguinte e como ela se ofereceu para deixá-lo menos nervoso usando sua boca em todos os cantos do corpo do maior.
Mas... não era possível. Seria muita coincidência.
Seria muita sorte...
Então, o celular vibrou no bolso minutos antes de Adrien iniciar sua apresentação. Ela puxou o eletrônico, checando a notificação repentina.
[Gatinho <33 // 11:32] Se continuar babando assim, vai me desconcentrar ;)
Um arrepio passou por seu corpo, e ela o encarou. Adrien não fez nada além de ofertá-la uma piscadela antes de colocar o slide montado em tela-cheia no telão ali presente.
Já sabendo que teriam muito o que acertar depois.
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tiascar · 3 years
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NAKED; Capítulo 2 - Formidável
Adrien não sabia se portar ao ouvir comentários sobre o vídeo vazado.
Por mais que sempre falassem a respeito de Chat Noir, ele sabia que era o mesmo de falarem sobre ele. O exposto no vídeo era – de um jeito ou de outro – ele.
Por isso, sempre ficava incomodado, até mesmo deslocado quando alguém puxava o celular e mostrava o vídeo para fazer alguma constatação. O rosto corava com alguns elogios, ele realmente não sabia se portar.
E queria esconder o rosto a cada vez que Alya trazia o assunto de volta na rodinha de amigos, principalmente nos intervalos da faculdade.
— Ladybug tem sorte. — A morena comentou. — O gatinho mascarado esconde uma verdadeira surpresa dentro daquele uniforme de couro. Não acha, Mari?
O olhar da mestiça desfocou-se do amontoado de folhas presas ao fichário em sua frente. Aquilo naturalmente atraiu a atenção do Agreste.
Fazia poucos dias que descobrira que Marinette Dupain-Cheng e Ladybug eram as mesmas pessoas e sentia-se acanhado para contá-la sobre isso. Tinha medo que ela pedisse a ele o Miraculous, ou perdesse a confiança que depositava nele – mesmo que tivesse descoberto de um modo ingênuo, sem realmente estar buscando isso – além disso, temia que qualquer aproximação a fizesse pensar que somente gostava dela por ser Ladybug.
Sendo que há meses percebera que nutria um intenso sentimento pela garota que – antigamente – usava marias-chiquinhas todos os dias.
Por isso, visitava-a há semanas, com conversas casuais e rotineiras. Marinette sempre o atendia com muita cordialidade, mesmo que desde o fatídico vídeo ela não o olhasse mais do mesmo modo. Ele sabia porque, a mensagem de Ladybug deixava claro. Uma mensagem de algo que nunca saiu do âmbito virtual, afinal, Ladybug ainda parecia tímida demais para outro passo que não fosse algumas mensagens fora do habitual.
Mas, naquele momento, ele sentiu uma repentina vontade de saber qual era a opinião da Dupain-Cheng a respeito do vídeo. Por isso, deixou de prestar atenção no livro em suas mãos.
— Nem mesmo é tudo isso.
Ela murmurou com direito a um menear de ombros. Adrien mordiscou o lábio ínfero.
— Concordo. — Nino brincou, de modo a irritar a namorada. Alya olhou-o feio.
— Você sabe que eu prefiro você, amor... — Ela acabou tocando o queixo do Lahiffe com certa manha. — Mas preciso também elogiar outras maravilhas do mundo. E... como assim, Marinette?
— Ele tem um bom instrumento, mas... e se não souber usar? Não adianta de nada ter algo daquele tipo e não saber usar.
— E se souber?
Adrien não percebeu ter pronunciado alto até os olhares recaírem em si. Marinette pareceu sem jeito.
— Be-Bem... ai... eu posso rever meus pensamentos, mas no momento... é igual aquela boneca bonita na prateleira da loja que você leva por achar bonito, mas encosta por não ter tanta utilidade.
A frase fizera-o rir baixo.
Talvez ele pudesse mostrá-la sua certa utilidade.
[...]
Marinette estava prestes a dormir naquela noite quando batidas na janela chamaram sua atenção.
Ela não hesitou em abrir. Sabia quem era. As visitas do Noir passaram a ser rotina, principalmente de noite. Ela ainda não sabia como agir sem lembrar daquele vídeo e como a satisfez por semanas – e agora nem tanto, afinal, o medo de começar algo e ser pega no ato pelo gatuno era grande – e olhar para Chat era ter em mente a preciosidade que ficava presa no material de couro.
— Boa noite, princesa.
O tom dele parecia um tanto diferente. Ela franziu a sobrancelha.
— O que foi?
— Nada... — Ele deu de ombros. — Só vim conversar. Ser útil.
A escolha da palavra em questão pegou-a de surpresa.
— U-Útil?
— É, eu ouvi boatos que eu não estava sendo útil, ou melhor... — Ele a encarou ao encostar-se na cama dela. — Boatos que eu não era tudo isso que especulavam e... sabe eu sempre fui do time que acha que não precisamos provar nada 'pra ninguém, mas... não sei... deu uma vontade de abrir uma exceção...
Marinette lambeu os lábios com certa graça.
— Abrir uma exceção... 'pra quem?
Chat Noir se aproximou de modo terrível. Marinette logo se viu contra a parede, e não desejou lutar contra. Algo naquela aura sexy do gatuno a fez querer desistir de qualquer pensamento sobre o quão imoral seria ela tentar algo com ele, mesmo que seu coração batesse forte ao ver Adrien. Ela não queria brincar com ele.
Mas ele brincava com ela daquele modo, com tais aproximações...
Com a respiração quente contra a dela e mãos bailando por sua cintura esguia.
— 'Pra você neném... — Ele a enquadrou de jeito, sem vergonha ao grudá-la na parede e usar o próprio corpo para mantê-la ali. Posicionou uma de suas coxas entre as pernas dela, e então a olhou. Pediu permissão, algo que fora concedido quando ela rebolou. — Não é você quem tem duvidas se sei ou não usar meu instrumento?
Marinette corou.
— Eu... eu...
— Seja sincera com o seu gatinho...
— Talvez eu só não quisesse inflar teu ego dizendo que o vídeo ficou bom...
— Só o vídeo é bom? Não acha que tenho algo ainda melhor?
— Eu nunca vi para poder me posicionar... — Ela elevou o rosto, os braços envolvendo o pescoço do maior. — e eu só acredito vendo.
Chat meneou a cabeça. Levou uma das mãos ao guizo do uniforme, desatando a roupa o suficiente para poder puxar a mão delicada de Marinette e colocá-la em seu torso. Desceu-a até passá-la sob o tecido, aprofundando pela cueca e ajudando-a a envolver o membro ali presente.
— Acho que sentindo deve ser melhor 'pra ocasião em que estamos, não acha princesa?
Marinette fechou os olhos e mordiscou o próprio lábio. Caramba, ele era grande como no vídeo, também era grosso. Ela não duvidava que causaria um estrago em si...
— Seria melhor senti-lo em mim... dentro de mim, se possível...
— Uhhh, que desejo repentino... — Ele puxou a mão dela com delicadeza. — Mas eu não quero realizá-lo agora, eu estou em desvantagem aqui.
Ela o encarou.
— Como assim?
— Você me viu batendo uma e ainda me analisou na cara dura. Acho que eu posso requisitar o mesmo, não é?
Marinette piscou.
— O que quer dizer com isso?
— Quero dizer que... — Ele puxou a mão dela, deslizou pela camisola até encontrar a calcinha delicada. Expulsou-a para o lado com os dígitos e esfregou os dedos de Marinette ali, algo que a fez suspirar baixo. — ...quero ver você se masturbando 'pra mim, princesa, mas ao vivo e de modo formidável, afinal, não quero que alguém na internet acabe vendo algo que quero, no momento, como uma visão exclusiva minha.
Marinette o encarou quase sem ação, mas acabou sorrindo.
— Por que ao invés disso você não me analisa direto com a boca, hein?
— Sua proposta é tão convidativa... — Ele estalou a língua. — Acho que não posso recusá-la, seria uma desfeita não te mostrar que tenho ainda mais habilidades do que somente embaixo... mesmo que no fundo eu fosse adorar ver você deitada se tocando...
Ela ficou repentinamente sem folego quando ele a fitou, o rosto extremamente próximo ao dela. Quebrou o contato visual ao beijá-lo de modo abrupto e quente, tomando os lábios do gatuno para si. Ele aprofundou o beijo de modo sagaz, arrancando suspiros da garota ao deixar que a mão esquerda a tocasse entre as pernas. Explorou-a com calma por instantes, adulando a pele macia e bem-cuidada.
Sentiu-a aproximando as coxas quando o indicador massageou o pontinho pulsante escondido entre os lábios carnudinhos da boceta da menor, assim como percebia que ela estava ficando molhada pelas suas caricias.
Quando se separou dela, se ajoelhou e a encarou. Estava prestes a abaixar a calcinha pequena que ela usava quando o anel bipou, algo que arrancou gemidos frustrados de ambas as partes. Ele se levantou, estalou a língua, mas então sorriu.
— Volto amanhã para liquidarmos nossas pendencias, princesa. — Ele a encarou, ofertando-a um outro beijo ainda mais quente antes de voltar a olhá-la. — Espero que esteja pronta 'pra receber um oral que vai te deixar com as pernas bambas e depois gemer meu nome enquanto eu te faço minha naquela cama quando eu chegar.
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