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#PT não quer aliança com PMDB
lovacedon · 7 years
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PT não quer aliança com PMDB
Brasília. A presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), divulgou um texto em suas redes sociais na segunda-feira (6), no qual defende a decisão da direção do partido que restringe a política de alianças petista às legendas e grupos de esquerda. O texto é uma reação à entrevista ao jornal “O Estado de S. Paulo” do presidente estadual do PT de São Paulo e pré-candidato ao governo paulista Luiz Marinho, para quem a proibição deve ser revista.
“O PT tem sua aliança política com o povo brasileiro, suas lutas e conquistas. A aliança eleitoral para eleger Lula em 2018 tem de ser construída com setores progressistas da sociedade e com a centro-esquerda, baseada na reconstrução do Estado e na revogação dos retrocessos implementados por esse governo golpista”, diz Gleisi.
A senadora inclui no leque de alianças indesejadas as forças que apoiaram a reforma trabalhista, a emenda do teto, a revisão do sistema de exploração do pré-sal e as privatizações do governo Michel Temer.
Na prática, a entrevista de Marinho desencadeou o debate interno no PT sobre a política de alianças a ser adotada no ano que vem. No entorno de Lula, a opinião corrente é que Marinho apenas verbalizou o que boa parte do partido já pensa, mas foi precipitado.
A Democracia Socialista (DS), corrente de esquerda que integra a Mensagem, publicou uma nota na qual reforça a decisão tomada pelo 6º Congresso Nacional do PT.
“A política de alianças, incluindo as coalizões eleitorais, deve aglutinar quem partilhe de uma perspectiva anti-imperialista, antimonopolista, antilatifundiária e radicalmente democrática. Aponta para um governo encabeçado pelo PT, com Lula presidente,com partidos, correntes e personalidades que estabeleçam compromisso programático dessa natureza”, diz a resolução.
A corrente aborda ainda a decisão do PT de Alagoas de voltar a integrar o governo de Renan Filho (PMDB). “Em Alagoas, assim como em outros Estados, é preciso reconstruir o PT com independência de classe, ao lado dos movimentos sindicais e populares, com programa e alianças de esquerda”, diz a DS. Além de Alagoas, o PT negocia alianças com o PMDB em ao menos outros cinco Estados: Minas Gerais, Ceará, Piauí, Sergipe e Paraná (berço eleitoral de Gleisi).
Diante repercussão interna da entrevista, o próprio Marinho divulgou uma nota explicando sua posição. Segundo ele, a candidatura de Lula não vai precisar de alianças fora do campo da esquerda, descarta uma coligação com o PMDB em São Paulo mas reitera que existem exceções entre as lideranças peemedebistas, como o senador Roberto Requião (PMDB-PR), que se posicionou contra o impeachment da presidente cassada Dilma Rousseff e faz oposição ao governo Temer.
Segundo Gleisi, o debate sobre política de alianças é livre no PT e o martelo será batido no momento adequado. 
Senado
Desejo. Para fortalecer a bancada federal do PT na Câmara dos Deputados, Lula adoraria ver o vereador paulistano Eduardo Suplicy como candidato a deputado. Porém, o vereador quer disputar o Senado.
Meireles
Vice-presidente. Após ter descartado, na semana passada, a possibilidade de ser candidato à vice-presidência da República, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou na segunda-feira que não tem “obsessão em ser presidente”. “Eu não tenho como alguns políticos um desejo específico, uma obsessão de ser presidente. Fui convidado duas vezes para ser vice. Não tenho nenhum problema em relação a isso”, declarou Meirelles após ser questionado se gostaria de ser candidato à Presidência. A declaração foi dada durante entrevista à rádio Band News FM. “Se o cavalo passar encilhado, o senhor monta”, comentou o apresentador Ricardo Boechat. 
Rusgas
Resposta. O deputado federal Orlando Silva (PCdoB) respondeu com ironia às críticas feitas pelo líder do PT no Senado, Lindbergh Farias (RJ), à decisão da sigla sobre lançamento da pré-candidatura da deputada Manuela D'ávila à Presidência.
Frase. “Quando encontrar meu amigo Lindbergh vou perguntar: Por que não te calas?”, brincou Orlando Silva.
Motivo. Lindbergh afirmou que o PCdoB comete erro ao lançar um candidato em um momento em que o ex-presidente Lula é alvo de ataques.
Seriedade. Apesar do tom de brincadeira, Orlando Silva afirmou que “não cabe tutela” na relação entre PT e PC do B.
PT não quer aliança com PMDB
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matheuspichonelli · 8 years
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A metralhadora e os bobos da República da Odebrecht
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Mal deu tempo de curar a ressaca. Na quarta-feira de cinzas, rescaldo do carnaval, o empreiteiro Marcelo Odebrecht falou ao Tribunal Superior Eleitoral como testemunha da ação por suposto abuso de poder político e econômico na campanha de 2014.
A ação pede a cassação da chapa de Dilma Rousseff e Michel Temer, que revalidava a aliança vitoriosa do PT e do PMDB no pleito.
Menos de um ano atrás, o ex-presidente José Sarney, em conversa gravada com o então aliado Sergio Machado, ex-presidente da Transpetro e também investigado na Lava Jato, chamava a delação dos executivos da empreiteira, Marcelo Odebrecht entre eles, de “metralhadora ponto 100”.
A natureza da artilharia não deixou dúvidas à profecia: inúmeros alvos foram alvejados. Todos se escondiam, ou tentavam se esconder, em uma cortina de narrativas. Uma delas dizia ter sido ejetada do poder para que os inimigos pudessem se refastelar num grande acordo nacional, com Supremo, com tudo – o que não era (só) mentira. O outro, até outro dia, botava gasolina na fúria das ruas para emplacar um slogan como alternativa ao atoleiro. Um desses slogans dizia que a culpa não era deles, pois votaram no salvador oposicionista vítima de uma quadrilha.
Quem já foi a um show de mágica já se deparou com um sentimento contraditório ao ver o apresentador transformar um lenço em uma bengala ou tirar moedas, cartas e dromedários atrás de nossas orelhas. Uma parte de nós quer o encanto; a outra vê o truque.
A narrativa política se alimenta dos primeiros. Não basta inventar slogans; é preciso confiar na disposição do público em confiar na conversa. A troca, no fim das contas, é uma soma de ganha-ganha: o espectador fica com o encanto e o mágico segue trapaceando sem que alguém coloque os olhos onde os olhos podem alcançar, compreender - e melar - a magia.
A vantagem de viver em uma época em que conhecimento não é monopólio de poucos estudiosos ou de meia dúzia de assinantes de jornais ou revistas – um serviço, ademais, caros para o padrão local – é ter acesso aos instrumentos que desdigam ensinamentos sem base, ou com base parcial, na realidade. Basta lançar as palavras leite e manga no buscador para ter à disposição uma lista de informações desconstrutivas a respeito da lenda que, durante anos, impediu o ataque dos escravos às mangueiras do sinhô.
Noves fora a formação de guetos virtuais onde se compartilha o que quer com base em nossas predisposições e convicções, as revelações disponíveis para compreender o funcionamento das instituições políticas e econômicas permitiu a uma multidão observar o truque por um outro ângulo além daquele reservado à plateia.
Ajuda o fato de haver mais de um mágico disputando a preferência do eleitor, em geral alguém disposto a confiar em quem lhe pareça mais atento a suas agruras – o desemprego, a insegurança, o empobrecimento, medos conflagrados pela percepção de que os esforços são corrompidos pelo ralo da corrupção.
Quando foi dada a largada para a eleição de 2014, agentes da Polícia Federal já demonstravam o estrago que a Lava Jato seria capaz de fazer com os grupos políticos que começavam a se engalfinhar em público. A metralhadora ponto cem deixaria sem roupa os discursos moralizantes, e a estratégia adotada para que o público não reparasse nos balaços do próprio figurino era apontar o estrago no vestuário alheio.
Assim chegamos até aqui.
O grupo derrotado foi à Justiça contra a chapa vitoriosa. A chapa vitoriosa rompeu. O vice chegou ao poder com a ajuda e a conveniência do grupo derrotado. Compôs a nova aliança com a velha distribuição de cargos – ontem mesmo um representante do grupo oposicionista que queria implodir o governo ejetado foi escolhido como novo chanceler. Segue o jogo.
É injusto dizer que, nessa seara, todos são iguais – os programas e as bases políticas não o são. Mas há muito em comum entre eles. Menos do que gostariam e mais do que seus eleitores, entre o fanatismo e o medo da orfandade, gostariam de saber.
Dando nome aos tiros de calibre cem: um ex-executivo da Odebrecht revelou, na mesma ação no TSE movida pelo PSDB, o repasse de R$ 9 milhões em caixa dois em 2014 a aliados do então candidato tucano Aécio Neves a pedido dele, presidente da sigla. Outros R$ 15 milhões foram repassados, segundo Marcelo Odebrecht, o herdeiro da empresa, de forma legal.
O mesmo herdeiro disse ter jantado com o então vice-presidente Michel Temer, candidato à reeleição, em sua residência oficial, e decidiu contribuir também com a campanha de aliados peemedebistas. Parte do dinheiro foi para a campanha de Paulo Skaf (PMDB), um dos líderes do impeachment que colocou o aliado na Presidência, ao governo de São Paulo. A novidade é que a definição de fronteiras entre interesses privados e partidários, motor da roda eleitoral desde que o mundo é mundo, era definida em uma residência oficial – portanto, pública. Segue o jogo.
Segundo o herdeiro, cerca de R$ 120 milhões destinados pelo grupo à chapa Dilma-Temer em 2014 foram por meio de caixa 2. Um dos truques, segundo a apuração, consistia até mesmo em fazer dinheiro sujo virar dinheiro limpo por meio de doação de cervejaria.
Odebrecht disse ainda que se encontrou várias vezes com a então presidenta Dilma Rousseff, mas que as contribuições eram acertadas com seu ministro da Fazenda, Guido Mantega. Ela, garante, não desconhecia a estratégia. Suspeita-se que parte da contribuição foi destinada ao pagamento do marqueteiro João Santana, que produziu peças reais e fictícias em 2010 e 2014 (fazia até prato sumir na mesa do trabalhador que votasse na adversária Marina Silva) e chegou a ser preso na operação.
(Um parêntesis: em 2005, quando outro tesoureiro, Duda Mendonça, relevou à CPI dos Correios como eram realizados os pagamentos pelos serviços prestados na campanha, um grupo de parlamentares petistas caiu no choro; parte deles fundou ou migrou para outros partidos. O PT perdia ali alguns de seus melhores quadros, mas estenderia os laços com os aliados que, anos mais tarde, seriam peças-chave do impeachment).
No mesmo depoimento, Odebrecht disse ter feito papel de “bobo da corte” do governo, mas apenas um medida provisória que beneficiou o setor petroquímico, ainda na gestão Lula, rendeu a balela de R$ 2 bilhões a uma empresa o grupo. O retorno do capital investido tem também seu passe de mágica.
Há muitas revelações e pontos ainda desconexos a virem por aí. Um deles é por que José Yunes, ex-assessor e melhor amigo do presidente, que provavelmente não vai ao banheiro sem anuência de Temer, decidiu entregar a cabeça do ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) em uma bandeja em entrevistas e depoimentos na semana passada. E por que o emissário até agora desconhecido precisou ir até o escritório de Yunes para pegar um pacote misterioso se estava tão perto do escritório do doleiro Lúcio Funaro, a origem do documento, em São Paulo.
O esclarecimento de pontos obscuros serão o maior teste para nossas certezas partidárias arraigadas sobre o funcionamento do sistema político, definidas até aqui pelo (abuso de) poder econômico, um poder, no fim, distribuído entre amigos de diferentes colorações e minimizado com base em uma crença, quase infantil, de que um cordão sanitário serve para separar uns de outros na fila para levantar recursos com grupos privados. Suruba é suruba, dizia o poeta.
É o tiro de calibre cem de que falava José Sarney, o oráculo da velha nova República. Ele, como todos à frente e atrás do palco, de bobo não tem nada.
Uma alternativa é debater a questão em sua estrutura (por que temos tantos partidos? qual o preço para montar coalizão? por que campanhas políticas são tão caras? por que votamos no rosto candidato e não no projeto?). Outra é seguir acreditando em truque, em salvadores bonitos, limpinhos e cheirosos que de salvadores, limpinhos e cheirosos não têm nada, e dar ao cinismo e ao discurso barato o louro dos vitoriosos.
Foto: modelo de produto à venda no Mercado Livre
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Bolo Pantagruélico…. Uma Admiração À 75 Difusão De O Caderneta Desde Pantagruel Food With A
A recurso é afável. Destinado a formar brigadeiro você débito adir em algo bruxedo o mundo inteiro os ingredientes, abaixo de papá dentre leite bem como licor que podem estar adicionados exclusivamente no cabal. Ex-aluno homeopatia ganha R$ 1,5 milhar vendendo doces (veja aqui). Derreta chocolate e acrescente nata de leite bem como a castanha a caju. Desta maneira, se deseja receber algum vendendo algodão afável, saiba que boa é provável, chega acolitar as dicas anteriormente, a fim de nunca se abrandar bem como experienciar grana com o objetivo de agressão incipiente, porque a humanidade os coisas exigem isto. Um recurso brasilense que mede a aperto interna da aptidão, menos cavar - aferição compulsória destinado a atalhar a morte do assíduo - inicia a obter mundo: É ovo de Colombo. Coloque todo mundo os ingredientes dentro de qualquer bruxaria grossa, misturando primeiro a ir ao archote, dissolvendo bem amido com milho a fim de que jamais crie caroços”. 8. Bolo de pote a mousse dentre chocolate : se você é amador desde receitas com sobremesas com mousse a chocolate, acompanha se amar por isso bolo com jarro com o objetivo de absorver com abrigar, já que acolá de agudamente agradável, é afável, arrais a realizar bem como com firmeza irá agradar a o mundo inteiro os gostos. Historicamente, a alíquota a êxito dos investimentos a venture capital a empresas é capataz à dos excessivamente, por causa de os empresários sabem em grau superior a cerca de tal como efetuar e realizar acordo permitir certo”, diz Gary Dushnitsky, educador da aprendizado a coisas London Business School e entendedor no questão. Assim sendo pensemos de outra maneira digamos depois que existe 3 hipóteses possíveis destinado a isto acidente excretor: a- trata-se dentre um capítulo desprezível em qual lugar Lula, em instante a arrebatamento, que inibe a ponderação, deixou desarvorar em grau superior esta; b- presidente isto abaladiço sobre a aptidão a Michel Cismar acometer consigo a mais de outra maneira a superior assunto deste benefício que detrás a decesso do Dr. Ulysses transformou-se num descomunal balcão e também c- Lula contém anúncios dentre que a Contrato Arca de Pandora (a que pilhou Arruda) tem fundamentos que invalidariam a candidatura Arrecear. Porque eles bom além disso conhecidos por itens com artifício infantil, eles ainda abrange que abarcar a acusação com comércio grande nesta afastamento, e a comum dos profissionais a arte negativa utilize mercadorias Crayola. Alor este disponibilizando gratuitamente isso ebook que possui os 7 segredos que as empreendedoras a sucesso estão fazendo com o objetivo de conquistar dinheiro com doces. 14. Brigadeiro desde coco : pode até análise que a é alguma recurso a beijinho, por tornar-se adocicado branco bem como com coco.
Fui bem adequado com experienciar uma arranjo a ganhar dinheiro para a alimentação da semana, bem como no momento em que cheguei na residência dessa amante, fiquei encantada com as embalagens de doces espalhadas caçoada banco. A experiência dos profissionais dentro de outra empresa desde doces contribui destinado a com mais perfeição atividade do assunto. É braça dentre Doces com o objetivo de eventos, em grau superior nomeadamente os Brigadeiros Gourmet. Maneira a apresto: coloque papá de leite, chantilly bem como açúcar na maleita e avental até abonar cremoso. http://www.harald.com.br/dica/36 , a contenda principal no meio de bom e também ancião brigadeiro clássico bem como brigadeiro gourmet é a modo desde preparo e também os seus ingredientes. espaço dos bebês é bem especifico bem como possui enfrentando algo grande falta de artigos no mercado, a contar de a limpeza único deles até os mantimento saudáveis. Foi dessa forma que vi uma reportagem na TELEVISÃO sobre empreendedorismo comezinho com doces gourmet, fazendo brigadeiro a fim de vender. Porém sequer essencial ileso flores: para conduzir e também concatenar alianças eleitorais que mantenham no abundância, PT aliou-se ao que existe desde também cansado na administração brasileira a datar de toda vez, os partidos descaradamente corruptos bem como fisiológicos ( PMDB é mais alto, entretanto não é incomparável claramente) que negativa incólume achado moderno, entretanto que hoje desempenham atitude fundamental, na indicador dentro de bom redutos conservadores. Com o objetivo de alcançar acaso nas vendas é acurado obter uma coisa que agrade as cidadãos, de outro modo quer seja, que na hora que elas veem fiquem com apetite a ganhar, de que jeito algodão adocicado, que encanta as bambinos e também também os adultos. Vou acontecer a este lugar 2 exemplos dentre receitas com finalidade de enchimento. Governo chim possuem forte agonia com a confiança alimentício e ora atestar alimentação a fim de a cidadãos”, diga Marcos Molina, comandante do Marfrig, frigorífico que detém a marca Cereal. Limite profissionalizar bem como acontecer a seus fregueses produto dentre atributo. Você escolhe 2 sabores desde brigadeiros belgas bem como cinco confeitos gourmets e a gente ficamos por duas horas no seu acontecimento servindo superior brigadeiro. Dessa forma se possui certa consumo fixa a 4000, terá que acusar 4000 + esforço da compra correspondente + os impostos e também ademais gastos com alienação proporcionais. Se as encomendas são feitas assim que bola web, evidencie direção eletrônico da sua estabelecimento, feito adverso, nunca se esqueça do domicílio aspecto e também do aparelho de contacto Com maneira sucinta é abreviado abandonar evidente que artigo que é vendido e também quem lhe desigualdade, de que jeito tele atenção, doces exclusivos, acessão com batismo, no meio de alheios. Porém é um caso consumado, Doces fit gourmet , além disso afastado da municipalidade de Bom Paulo bem como realmente do administração do Aparato, que este no jogo e também a calma do Governo Dilma, a famosa governabilidade. Nos redutos com José Serra e Aécio Neves, PT, com Fernando Haddad bem como Patrus Ananias, desenvolveu alguma estratégia interior e também desde alongado aforamento. Em cima de uma arranjo, coloque leite concreto, papa com leite, chocolate esburacado e xarope com glucose. Pretende formar brigadeiros distintos, porém privação inventiva bem como necessita aprender novos sabores. Visto que criar trufas com finalidade de ceder bem como adquirir muito algum? Porém enorme artimanha dessa receita, é acastelar os ingredientes antes na bruxaria, e também somente em seguida com a humanidade adequadamente misturados, carregar ao agitação.
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lovacedon · 6 years
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PGR quer continuar a investigar senadores do MDB, ministro do TCU e Mantega
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu ao ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), a prorrogação por 60 dias das investigações sobre um suposto esquema de pagamentos milionários do grupo J&F a parlamentares do MDB.
O pedido diz respeito a um inquérito que investiga os senadores do MDB Dário Berger (SC), Eduardo Braga (AM), Eunício Oliveira (CE), Jader Barbalho (PA), Renan Calheiros (AL) e Valdir Raupp (RO), além do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Vital do Rêgo e os ex-ministros Helder Barbalho (MDB-PA) e Guido Mantega (PT-SP). O inquérito apura suspeitas de prática dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro por essas autoridades.
As suspeitas foram levantadas nas delações premiadas do executivo Ricardo Saud, da J&F, e do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado.
Raquel Dodge destacou que Sérgio Machado, em sua delação premiada, narrou "ter chegado ao seu conhecimento que o Grupo JBS faria doações à bancada do Senado do PMDB no montante aproximado de R$ 40.000.000,00 (quarenta milhões de reais), a pedido do Partido dos Trabalhadores - PT, para as eleições do ano de 2014".
Saud, por sua vez, afirmou que houve pagamento de R$ 46 milhões a senadores do MDB a pedido do PT, ressaltou a procuradora-geral da República. A suspeita é a de que, embora muitas doações tenham sido realizadas de forma oficial, se trataria na verdade de vantagem indevida, uma vez que dirigentes petistas estariam comprando o apoio de peemedebistas para as eleições de 2014 como forma de assegurar a aliança entre os dois partidos.
As acusações também foram reforçadas pelo empresário Joesley Batista, que disse em depoimento que se reuniu com Guido Mantega em julho de 2014, quando o então ministro da Fazenda lhe teria pedido para transferir R$ 40 milhões para senadores da bancada do MDB.
Os políticos negam irregularidades.
Viabilidade
Na avaliação da procuradora-geral da República, o "conjunto de elementos probatórios até agora arrecadados revelam a absoluta viabilidade da investigação em curso". "A interrupção prematura desta apuração impedirá, de plano, o exaurimento de hipótese investigativa em exame", observou Raquel Dodge.
A procuradora mencionou uma série de providências que ainda não foram realizadas, como os depoimentos de Ricardo Saud e Sérgio Machado, a análise de doações eleitorais feitas pelo grupo J&F ao diretório nacional do MDB e repassadas a diretórios estaduais, o exame da documentação apresentada pelos colaboradores e uma pesquisa sobre os quadros societários de empresas que teriam sido utilizadas pelo grupo J&F para intermediação dos repasses.
"Assim, a Procuradoria-Geral da República requer a prorrogação do prazo para a conclusão do inquérito por 60 (sessenta) dias, considerada a existência de diligências pendentes e necessárias ao deslinde das investigações, indicadas na presente manifestação, sem prejuízo de outras reputadas úteis", escreveu Raquel Dodge.
PGR quer continuar a investigar senadores do MDB, ministro do TCU e Mantega
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lovacedon · 6 years
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'Temer não vai ter influência na sua própria sucessão', diz cientista político
O presidente Michel Temer precisa aceitar que, para conseguir terminar o mandato, deve se retirar do processo eleitoral. A análise é do cientista político e professor de filosofia da Unicamp, Marcos Nobre. "Tem que aceitar que é Sarney, que não vai ter nenhuma influência na sua própria sucessão", declarou.
Para ele, a greve dos caminhoneiros é o segundo capítulo dos protestos de 2013 com uma diferença: "É pelos 46 centavos, sim". Nobre diz que o sistema político não entendeu até agora o que aconteceu nas manifestações ocorridas há cinco anos. Abaixo, os principais trechos da entrevista:
A greve dos caminhoneiros tem relação com as manifestações de junho de 2013?
Em 2013 não tinha recessão, mas tinha uma desconexão clara entre o sistema político e a sociedade. Agora, em 2018, é como um segundo momento de 2013, com uma revolta que é, finalmente, econômica. É pelos 46 centavos, sim. Prometeram mundos e fundos (no impeachment) e as coisas pioraram. Então, a falta de perspectiva e de legitimidade do sistema político produz um apelo. O protesto dos caminhoneiros só conseguiu se manter porque teve apoio social. E daí entrou todo tipo de gente…
E os pedidos de intervenção militar?
O sistema político não conseguiu entender até agora o que aconteceu em 2013. À medida que vai se fechando, vai se abrindo caminho para a extrema direita, porque ela aparece como o novo, como o que é contra o sistema. É de se esperar que uma parcela da população seja atraída por esse autoritarismo. O que não é de se esperar é que se torne majoritária. Então, a democracia só corre perigo se o mundo político continuar nesse processo de blindagem contra a sociedade. 
A eleição pode mudar isso?
Não, esse é o problema. Essa eleição não veio para resolver a reconexão do sistema político com a sociedade, veio para resolver quem vai fazer a transição para o novo modelo. E a chance de dar errado é alta. A disputa está armada para excluir os candidatos que estão liderando a intenção de votos. No caso do Lula, porque está preso, ou no caso da Marina e do Bolsonaro, porque não têm recurso, palanque, aliança. 
Qual o peso dessa greve para o governo Temer?
A sociedade está dizendo: sabemos que seu governo está em coma, cabe ao senhor (Temer) decidir se vamos desligar os aparelhos ou não. Ou seja, não completar o mandato. O governo Temer fez um acordo fantasma, o Rodrigo Maia fez uma "patetada" legislativa e o Eunício Oliveira se retirou, no auge da crise. Em algum momento, esse sistema político vai ter que fazer acordo de estabilidade mínima para Temer chegar ao final do mandato. Vão ter que emprestar coordenação política, quadros. Mas sem mostrar isso, senão perdem votos. 
Como seria esse acordo?
O primeiro ponto importante é que Temer precisa se retirar do processo eleitoral. Tem que aceitar que é Sarney, que não vai ter nenhuma influência na sua própria sucessão. Dois: Temer tem que se retirar do processo legislativo. Ele é uma das maiores fontes de instabilidade e quer ser relevante, aí acaba atrapalhando as alianças na centro-direita. Terceiro: ele precisa aceitar uma intervenção do sistema político.
Qual vai ser o legado de Temer e quem vai fazer essa defesa?
Ninguém. É igual 1989, que ninguém podia defender o governo Sarney. Na época, o PMDB (hoje MDB) cometeu o erro de lançar um candidato que dizia que seu governo não era o seu governo. Quanto ele teve? 4%. E ele se chamava Ulysses Guimarães, não Henrique Meirelles. A questão é: em que momento esse governo vai se retirar do processo eleitoral, para que a centro-direita se organize? Em todas as eleições, a essa altura, todos os palanques já estavam montados. A centro-direita só tem chance se tiver candidatura única. Senão, esquece, nem segundo turno.
Mas o MDB ainda é o maior partido brasileiro...
Ah, sim, são coisas diferentes. O MDB só não pode aparecer como parceiro do governo Temer, senão acaba com a vida dos prefeitos, deputados estaduais, vereadores. Vão ter que grudar no candidato ao governo ou ao Planalto. Vai ser a fita isolante. 
O que o sr. chama de peemedebização do poder acabou?
O peemedebismo não tem a ver com o partido MDB (ou o antigo PMDB). Todas as vezes que usei a expressão no livro (Imobilismo em Movimento, de 2013) disse que criei a expressão em homenagem ao partido, que é líder da venda de apoio parlamentar. A lógica é a seguinte: há dois polos com capacidade de coordenar o governo, no caso foram PT e PSDB, e no meio, o peemedebismo (hoje emedebismo). Você pode continuar com o mesmo modelo, mas muda a sigla. 
Quem são os candidatos e partidos que seguem essa linha?
O DEM e o PP, com Rodrigo Maia e Ciro Nogueira, são os grandes candidatos. A questão é a seguinte: eles são grandes, mas os outros não necessariamente vão acompanhar. PR, PRB, PTB, enfim, se for somando as bancadas, dá muito voto e não necessariamente eles vão aceitar a liderança (do PP e do DEM). A aposta do Maia é que, se eles conseguirem refundar a Arena (partido que dava sustentação do governo militar, hoje extinto), podem ser líderes do cartel de venda de apoio parlamentar e ter esses partidos como satélites. É o que o MDB tinha, nesse negócio de ocupar espaço no governo, trocar cargos por legislação. Não necessariamente essa nova liderança tem a mesma expertise.
'Temer não vai ter influência na sua própria sucessão', diz cientista político
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lovacedon · 7 years
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Bolsonaro quer campo de refugiados em Roraima
Depois de adotar um discurso mais atraente ao mercado, com propostas de cunho liberal, o pré-candidato do PSL à Presidência, deputado federal Jair Bolsonaro, retomou temas polêmicos. Em entrevista ao Estado, ele defendeu a construção de campos de refugiados para venezuelanos que chegam ao Brasil. “Já temos problemas demais aqui”, disse ele, que falou em um quiosque no Posto 4 da Barra da Tijuca, próximo a sua casa, no Rio. Mesmo filiado a um partido com poucos recursos, Bolsonaro, que lidera pesquisas de intenção de voto em cenários sem a presença do ex-presidente Luiz Inácio da Silva, disse que está “muito satisfeito” com a estimativa de que poderá gastar até R$ 3 milhões na campanha ao Planalto.
Antes de escolher o PSL, sabia que nenhum partido médio e grande iria me aceitar e me preparei para fazer campanha com R$ 1 milhão para gastar em 45 dias. É mais do que suficiente. Do montante total de recursos do PSL, me caberão cerca de R$ 3 milhões. Estou muito satisfeito com o que possa ter via fundo partidário.
O senhor filiou-se a um partido pequeno, com pouco tempo de televisão e poucos recursos. Como pretende fazer campanha?
Eu não tenho obsessão para chegar lá. Quem vai decidir se eu vou estar lá ou não vai ser o povo brasileiro. Se eu for fazer a mesma coisa que os outros, procurar alianças, recursos, e com as alianças vier o tempo de televisão, eu estarei me igualando aos demais pré-candidatos.
Caso vença a eleição, como o senhor pretende governar em minoria no Congresso?
Eu serei o único pré-candidato que, quando começarem as eleições, já terei todo o ministério apresentado. Eu não vou esperar acabarem as eleições, como todo mundo faz, a futura vitória nas urnas, e depois ir para os porões do Jaburu juntar com as pessoas conhecidas de sempre do Legislativo, para lotear o governo. Para fazer a mesma coisa, estou fora.
Haveria algum grupo de partidos que seriam seus aliados preferenciais?
Não tenho. Ninguém chegou para tentar negociar comigo nada. Nenhum partido. Eles sabem que o que eles querem negociar eles não terão de mim, como ministério. Esses dias, eu conversei com o astronauta Marcos Pontes (tenente-coronel da Força Aérea Brasileira, hoje na reserva) a gente teve uma conversa de uns 40 minutos em Brasília. Ele quer, no futuro, dado a sua vida pregressa, formado pelo ITA, sua vida da Nasa, a experiência que ele tem em Ciência e Tecnologia e Inovação, queria participar do governo futuro. Não é como ministro, participar do governo, apenas. E eu abri as portas do governo para ele. Eu falei, olha, se eu chegar lá, possivelmente você será lembrado como ministro. Se eu perguntar para o grande povo quem é o nosso ministro da Ciência e Tecnologia, 99% não sabe. Eu não vou falar o nome dele para você, que você sabe. Mas tenho certeza que se perguntar para ele sobre Lei da Gravidade e gravidez ele acha que é a mesma coisa. Nós não podemos ter esse tipo de gente que pode ser muito bom em outro ministério. Mas não podemos ocupar um ministério estratégico como esse como pessoas que são incompetentes. Eu sou incompetente para ser médico, eu sou incontinente para ser ministro da economia, não tenho aptidão para isso. Talvez, o Ministério da Defesa. Agora você não pode continuar loteando os ministérios para gente que não tem qualquer intimidade com aquilo que deveria ser feito.
O senhor já tem quais nomes definidos para ministro?
Não vou falar em ministro, mas o Paulo Guedes é um excelente nome para Fazenda e Planejamento, que vai ser um ministério só. O Ministério da Defesa já conversei e acertei, quem vai indicar o quatro estrelas vai ser o general Augusto Heleno. Eu tenho conversado com setores do agronegócio. O futuro ministro da Agricultura e Meio Ambiente, que vai ser um ministério só, (quem indicará) vão ser as entidades produtoras (rurais) do Brasil.
O MDB, ex-PMDB, esteve em quase todos os governos desde a redemocratização. Teria espaço no seu governo?
Esse espaço que está na tua cabeça, não. Eu tenho um grupo, que está chegando a 40 deputados federais, todos devem ser reeleitos. Por que Roraima, por exemplo, está fadado ao fracasso? Por causa da política ambiental indigenista. Como atender à demanda para que esses bens sejam explorados agregando algum valor para atender às bancadas desses Estados? E assim a gente vai ponteando o Brasil todo. Comigo não existirá Ministério das Cidades. Por que tem que ter Ministério das Cidades se você pode o pegar dinheiro diretamente do governo e dar para o prefeito fazer obra no município? Só aí você economiza 4% que é a taxa que a Caixa Econômica fica para si.
E o PSDB, teria algum lugar?
Falei para você que estamos negociando individualmente. Se algum partido quiser se aliar a nós, será bem vindo. Agora, a bandeira que nós temos, a questão do desarmamento, o PSDB não vai topar, acho difícil. O PSDB atrapalhou a redução da maioridade penal na votação da Câmara. Aceitou para determinados tipos de crime. A política externa nossa está sendo feita pelo viés ideológico, será que o PSDB topa isso? Será que o PSDB tem simpatia com o Foro de São Paulo? A questão da violência, nós temos que dar carta branca para o policial não morrer mais ainda. Após uma operação, o policial tem que ser condecorado e não processado. O PSDB topará fazer isso aí? Acredito que seria muito difícil.
Se a inviabilização de Lula se confirmar na disputa, quem é o seu principal adversário?
É igual quando você tem um time de futebol, a gente entra em campo para ser campeão. A gente não pode entrar em campo preocupado em ser rebaixado.  Então, não tô preocupado se é o Lula, se é a Marina, seja quem for. Como não temos obsessão, como não fazemos acordo com o diabo como Dilma falou que fazia, como deve ter feito, para ganhar a eleição, a gente está tranquilo. Eu sou diferente de todos eles juntos. Hoje, parece que o polemicamente correto virou uma doença no meio da classe política. Eles não se posicionam no tocante a nada. Se perguntar sobre aborto eles não dizem, como eu definido. Até a questão LGBT que falam tanto, eu tenho a minha posição, que é o material escolar que eu sou contra. No resto, vão ser felizes.
O que o senhor acha do movimento LGBT?
É uma minoria que ganha dinheiro em cima disso. Agora, a maioria dos homossexuais vota em mim hoje em dia, acredite se quiser.
Como sabe disso?
O pessoal conversa comigo.
E pensa em propor leis para esse segmento?
Se eu der um tiro em você só porque você é torcedora de um time de futebol, além de responder pelo crime de homicídio, eu tenho que ter uma circunstância agravante: motivo fútil. Você briga com o cara porque é homossexual. Você vai responder por lesão corporal e mais um agravante, por (a vítima) ser homossexual. É isso, mais nada que isso.
E a questão dos direitos humanos?
Esse pessoal que defende direitos humanos de marginais, em grande parte, vive de dinheiro de ONGs. Não terá um centavo para ONG que defenda o direito de marginais. O marginal para mim é um bandido que só tem um direito para mim: o de não ter direito e ponto final.
Mas acha que os direitos humanos seriam só voltados para marginais?
Hoje em dia é isso que é verbalizado para qualquer um aqui. Se você perguntar para qualquer um que passa no calçadão eles vão te responder isso aí. Geralmente eles têm advogados, têm gente que os aconselham como proceder, e estão sempre do lado da bandidagem, nunca do lado do agente da lei.
No seu governo como seria a pasta dos Direitos Humanos?
Atender às vítimas da violência e ponto final.
A intervenção no Rio pode tirar o seu discurso de campanha?
Não estou preocupado com isso. Eu quero mais é que dê certo. Eu votei favorável. Agora, está na cara que ele (o presidente Michel Temer) segue, que o governo tem seguido algumas bandeiras minhas. Eles mudam porque o que a massa do povo quer é efetividade. Não é essa historinha de dar outra chance, audiência de custódia, política de desencarceramento. “Ó os presídios estão cheios, eles vivem muito mal acomodados”. O pessoal está enjoado disso aí. A cadeia é um local extremamente democrático, vai para lá quem fez muita besteira.
O senhor vai atuar para a criação de uma bancada da metralhadora, mesmo?
O que eu falei foi que as bancadas de segurança, que é conhecida pela bancada da bala, vai aumentar e muito. Que a violência é o que tá cabeça de todo mundo como o primeiro assunto a se buscar uma solução para ele.
O senhor tem assumido um pensamento liberal em assuntos econômicos. Contudo, historicamente,  o senhor sempre defendeu um Estado mais intervencionista, nacionalista. O que mudou?
Bem, só os hipócritas não evoluem. Outra coisa, eu tenho formação militar, fiquei 16 anos no exército brasileiro. Naquela época, você tinha que ter as estatais, você não tinha outra maneira de fazer o Brasil crescer. Agora, as estatais naquela época eram muito melhor administradas do que eram hoje. Tinham muitos coronéis nas estatais. Existia corrupção? Sim, mas não nesse nível que é hoje. Hoje, as estatais são foco de corrupção, infelizmente. A partir desse princípio, buscando a produtividade a transparência, hoje mesmo conversei com o Paulo Guedes, esse assunto eu nem toco mais com ele, acho que no primeiro ano, dá para um terço das estatais serem privatizadas ou extintas.
Quais seriam extintas?
Em especial, as quase 50 feitas pelo PT. Nós vamos acabar com o criadouro do mosquito da dengue e lá é o criadouro de militantes, apadrinhados políticos. Estatais que não produzem nada.
E como estão sendo esses encontros com o Paulo Guedes?
Duas vezes por mês. Logicamente, que vão se aprofundar esses encontros.
Como se deu a sua aproximação com o Paulo Guedes?
Ele aconteceu, como acontece com o seu namorado, aconteceu. Ele estava auxiliando o Luciano Huck e depois chegaram à conclusão que não deu certo e ele ficou aquela namorada bonita dando sopa na praça e foi feito, através de terceiros, uma aproximação entre eu e ele. O primeiro encontro durou quatro horas e tivemos uma média de sete encontros de lá para cá e estamos às mil maravilhas.
O senhor elogia o presidente Donald Trump (Estados Unidos) como um modelo. Recentemente, ele adotou uma política unilateral sobre as importações de aço, que pode afetar diretamente milhares de empregos no Brasil. O que senhor acha disso? Governar unilateralmente é o melhor caminho?
Ele está partindo para o bilateralismo, essa é a intenção dele. Gostaria também de fazer a mesma coisa, acho que fica muito mais livre, porque nós temos o que oferecer para o mundo. A política do Trump eu vejo com bons olhos, apesar de não ser economista e, pelo que vejo do Paulo Guedes, muita coisa dá para aproveitar.
E essa questão do muro no México? Como vê propostas assim?
Ele (Trump) quer cérebros lá dentro. Os Estados Unidos, pelo que eu entendo, são uma fábrica de cérebros. E não pode, no meu entender – no lugar dele eu faria a mesma coisa – aceitar à vontade tudo quanto é tipo de gente. Porque junto com gente boa entra quem não presta. Olha a nossa querida Roraima, Boa Vista e Pacaraima. Eu estive lá. Hoje em dia calculam que Boa Vista tem em torno de 40 mil venezuelanos. E olha só, a ditadura, quando começa a tomar forma, a elite é a primeira a sair. Essa foi pra Miami. A parte mais intermediária, grande parte foi para o Chile. E agora os mais pobres estão vindo para o Brasil. Nós já temos problemas demais aqui. Se vamos incorporar aquele exército que recebe Bolsa Família, quem vai pagar isso aí? Vamos aumentar impostos?
E qual a solução?
Primeiro, via Parlamento, revogar essa lei de imigração aí. Outra, fazer campo de refugiados. Outra: em vez de esperar passar o vexame do (Nicolás) Maduro expulsar os nossos embaixadores, já era para ter chamado há muito tempo e tomado outras decisões econômicas contra a Venezuela.
Recentemente o senhor esteve na China. O que o senhor pensa da relação bilateral com a China, que é comunista e uma superpotência?
Eu não estive na China, estive em Taiwan. Eu sei que Taiwan faz parte... eu não vou entrar nesse mérito, se é ou não é. Fazer comércio com a China, sim, sem problema nenhum. Agora, a China está comprando o mundo. E quando eu falo o mundo, entenda o Brasil. Vou baixar o nível da resposta aqui, vamos lá no nível feijão com arroz. Uma coisa é eu comprar toda a semana uma galinha do teu galinheiro. A outra é eu comprar o teu galinheiro. Até os ovos que você tinha para você, você não vai ter mais, vai ter que negociar comigo. Todos os países do mundo, nessa parte específica, quando se fala em agricultura, busca segurança alimentar. O Brasil, talvez, pelo que eu sei, é um dos países que está entregando isso para os chineses. Ou seja, além do nosso subsolo, começam agora as negociações, e estão avançadas, para vender terrar agricultáveis para os chineses. Nós não podemos abrir mão da nossa soberania e da nossa segurança alimentar, até porque eles têm meios de conseguir uma produtividade maior do que nós. Vão matar o nosso homem do campo.
Como o senhor viu o fuzilamento de brasileiros envolvidos com tráfico de drogas (na Indonésia)?
Alguém quer levar drogas para a Ásia hoje em dia? Eles ficaram livres do problema. Eles sabem que a lei é essa lá, tanto é que lá é vendida mais cara a droga. Conseguiram o que buscavam. Eu mesmo, quando teve o caso lá do Marcelo Archer, era o Ban Ki-Moon, se não me engano, (na verdade era Joko Widodo), eu fiz um documento e o cumprimentei pela decisão.
O senhor apoiaria que fosse assim no Brasil?
A nossa Constituição veda pena de morte aqui. Só uma nova Assembleia Nacional Constituinte pode buscar isso. Só não buscarei isso por um motivo simples: não vai ser aprovado. Então, eu não vou lutar por algo que não vai ser aprovado. Agora, pretendo lutar por prisão perpétua.
O senhor seria a extrema-direita no País?
O que é extrema-direita? Isso é terrorismo, eu sou terrorista? Extrema no mundo todo é terrorista. Estão tentando me associar a terroristas. Eu sou de direita. Mas extrema-direita, jamais.
Por quê?
Os caras querem me rotular como terrorista, como um elemento que não tem diálogo, que quer tudo na pancada, isso que eles querem.
Qual a estratégia para as eleições, para atingir um público mais amplo?
A gente continua fazendo a mesma coisa. Mas tem um detalhe, quem cerra comigo não deixa de continuar do meu lado. É diferente dos demais. Estou há três anos rodando o Brasil. Quando dou uma palestra, o cara acredita no que eu falo, é simples. Inclusive uso a máxima bíblica, João 8:32, "conhecereis a verdade e a verdade vos libertará". Não tem como nós dois casados não vivermos na verdade, na mentira, mais cedo ou mais tarde, vai acabar nosso casamento. Assim é uma liderança política.
Bolsonaro quer campo de refugiados em Roraima
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lovacedon · 7 years
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Por 2018, Temer quer agenda social
O Palácio do Planalto e a cúpula do PMDB têm uma estratégia pronta para tentar viabilizar a candidatura do presidente Michel Temer à reeleição, em 2018, apesar da aprovação ainda estar na casa de um dígito. O plano é ancorado em pilares que incluem não só a melhoria de indicadores econômicos, mas também o reforço da agenda social. Na lista das medidas que serão anunciadas, nos próximos dias, está a prorrogação do limite de R$ 1,5 milhão para o financiamento da casa própria com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
A sete meses do prazo para os partidos escolherem os candidatos, Temer faz de tudo para agradar à classe média e vai reembalar programas sociais da era petista, dirigidos às camadas mais pobres. Até abril o governo concederá novo reajuste ao Bolsa Família. A ideia é dar aumento real, acima da inflação.
O pacote de bondades a ser divulgado antes do início da campanha inclui mais subsídios para beneficiários do Minha Casa Minha Vida e uma nova versão do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), para qualificar quem está no mercado de trabalho.
A candidatura de Temer depende, porém, da reversão de seus baixíssimos índices de popularidade e da construção de ampla aliança de centro para sustentar essa empreitada ao lado do PMDB, dono do maior tempo de TV no horário eleitoral. Para tanto, a meta do Planalto é que o presidente chegue ao início de abril com índice de aprovação de no mínimo 15%, praticamente o triplo do que tem hoje. Na semana passada, pesquisa da CNI/Ibope mostrou que o aval a Temer subiu de 3%, em setembro, para 6%, em dezembro, mas seu desempenho continua aquém das expectativas.
Sem herdeiros no PMDB, Temer entra em 2018, último ano de seu mandato, como um sobrevivente de escândalos políticos e com uma base aliada bem menor do que quando assumiu o governo, no rastro do impeachment da petista Dilma Rousseff.
Sua prioridade é emplacar, em fevereiro, a reforma da Previdência, considerada essencial para o ajuste das contas públicas. Apesar da prática da distribuição de cargos e liberação de verbas, o Planalto ainda não tem os 308 votos necessários para aprovar a proposta na Câmara.
A possível entrada do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD), no páreo presidencial não empolga o governo, mas o apoio a ele continua no radar, caso Temer não decole ou fique impedido de concorrer por problemas de saúde. Neste ano, o peemedebista passou por duas cirurgias urológicas e um procedimento para desobstruir artérias coronárias. Meirelles é um dos 15 ministros que têm interesse em disputar as eleições. Ele pode migrar para o PMDB, caso seja escolhido como candidato.
'Caio de pé'
É na campanha que Temer pretende vender a marca de "governo reformista", mesmo com os sucessivos desgastes enfrentados na política e os reveses na economia, como o fechamento de 12,3 mil vagas formais de emprego, em novembro, e a ampliação do déficit fiscal para R$ 159 bilhões.
No ano em que as delações do empresário Joesley Batista e de outros executivos da J&F à Lava Jato quase derrubaram o governo, o presidente também tornou-se refém do Centrão - bloco formado por partidos médios, como PP, PR, PTB e PSD - para conseguir sobreviver à crise.
Em maio, após vir à tona o depoimento de Joesley, Temer foi aconselhado a renunciar, mas resistiu. "Eu não caio de joelhos. Caio de pé", afirmou à época. Em junho, uma votação apertada o salvou de ter o mandato cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que julgava acusações de abuso do poder político e econômico contra a chapa encabeçada por Dilma, de quem era vice. Temer ainda conseguiu barrar na Câmara as duas denúncias apresentadas contra ele pelo ex-procurador-geral Rodrigo Janot.
Preocupado com os estragos em sua imagem, o presidente manteve conversas reservadas com o publicitário Nizan Guanaes, que lhe sugeriu o mote "O Brasil voltou" para destacar conquistas da gestão do PMDB, em comparação com números da era Dilma. Sendo ou não candidato, ele quer deixar o legado das reformas, embora essa agenda provoque desconfiança, por causa do receio da perda de direitos.
No Planalto, o diagnóstico é de que, se no fim do primeiro trimestre a população começar a sentir o efeito da recuperação econômica, e Temer ultrapassar o dígito solitário nas pesquisas, o nome para empunhar a bandeira da centro-direita pode ser o dele. "O governo é como cobra: mesmo morto, mete medo", disse o deputado Heráclito Fortes (PSB-PI).
Até agora, no entanto, a maioria dos partidos aliados, alvejados pela Lava Jato, resiste a essa alternativa. Nos bastidores, muitos argumentam que é preciso uma fisionomia nova para quebrar a polarização entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ).
A adesão do PMDB ao projeto do governador Geraldo Alckmin (SP), pré-candidato do PSDB à Presidência, é hoje vista como remota. Fiador do governo, o PSDB deixou a coalizão no início deste mês, após uma guerra interna. No espectro de centro, corre por fora o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que entrou em confronto com o PMDB e o Planalto. Maia jura que é candidato à reeleição, mas o DEM quer lançá-lo à sucessão de Temer.
"Se a eleição tiver Lula, será uma coisa; se não tiver, será outra", comentou o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, referindo-se ao julgamento do ex-presidente pelo Tribunal Regional Federal da 4.ª Região, em 24 de janeiro.
Defensor de Maia, o deputado Efraim Filho (PB), líder do DEM, disse que a centro-direita vai errar se permitir a pulverização de candidatos e que as pessoas buscam resultados de gestão. "A sociedade não quer blablablá e pouco importa se a bandeira será vermelha, amarela, azul ou laranja", insistiu ele. "Não podemos incorrer no mesmo equívoco da esquerda, que se dividiu. As pessoas querem resultados de gestão."
Foi a imagem de gestor, sem faixa presidencial, que Temer quis transmitir na foto oficial tirada no início de maio, antes das delações da JBS, mas que só ganhou as paredes do Planalto há um mês e meio. Até pouco tempo atrás, ele via a iniciativa como um culto à personalidade. Agora, gosta da foto. 
Por 2018, Temer quer agenda social
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lovacedon · 7 years
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'Não vou ser mais radical', afirma Lula
Na primeira entrevista coletiva à chamada grande imprensa depois de vários anos, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira, 20, que não quer mais ser visto como um "radical". O petista, que pode ser impedido pela Justiça de concorrer à Presidência em 2018, defendeu alianças estaduais do PT com partidos que votaram a favor do impeachment da presidente cassada Dilma Rousseff, disse que pretende dialogar com empresários "que ainda pensam no Brasil" e prometeu pacificar o País caso seja eleito pela terceira vez.
"Eu não vou ser mais radical. Estão dizendo que estou mais radical. Não tenho cara de radical nem o radicalismo fica bem em mim. Estou é mais sabido", disse Lula, que recebeu 12 jornalistas para um café da manhã na sede do Instituto Lula. Segundo ele próprio, fazia "muito tempo" desde o último encontro Para "matar a saudade", Lula respondeu aos repórteres durante duas horas e meia.
Uma semana depois de o Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4) marcar para o dia 24 de janeiro o julgamento que pode deixá-lo inelegível, o ex-presidente tentou demonstrar bom humor "Eu não posso estar mal humorado porque sou corintiano e estou em primeiro lugar em todas as pesquisas."
Em ao menos oito vezes ao longo da conversa Lula reiterou que é inocente e desafiou a Lava Jato a apresentar provas de que é dono do triplex no Guarujá. Ele disse ainda que não tem medo de ser preso, mas vai usar todos os recursos judiciais para garantir o direito de ser candidato. "Não quero passar para a história como um inocente condenado", afirmou o petista. "A única chance que tenho é pedir provas. Não é possível que alguém seja dono de uma coisa que não é dono", completou.
Condenado a 9 anos e 6 meses por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, Lula voltou a criticar a Lava Jato e disse não ter medo de ser preso. "Eu não penso. Não penso porque acho que preso só pode ir quem cometeu um crime."
‘Empresários’
Crítico à onda de ódio que, segundo ele, tomou conta do debate político, Lula prometeu pacificar o País. "Estou convencido de que é possível ganhar as eleições e juntar um grupo de pessoas sérias neste País. Está cada vez mais difícil, mas é possível juntar empresários que ainda pensam neste País", afirmou.
O ex-presidente também demonstrou pragmatismo ao falar das alianças que pretende fazer para garantir a governabilidade, caso volte ao Planalto. "Se você não tem (maioria) sozinho nem com seus aliados você tem que compor com quem está lá. E pode fazer acordos programáticos, não tem que fazer acordo toma lá dá cá", disse Lula, citando como exemplo positivo a aliança com o PMDB do presidente Michel Temer.
Enquanto boa parte da base petista defende a aliança do partido apenas com legendas do campo da esquerda, Lula disse que a realidade local pode impor ao PT coligações pontuais com partidos que apoiaram o impeachment. "Acho que não deve se aliar com partido que apoiou o impeachment, mas essa coisa é muito teórica porque temos que saber a realidade de cada Estado. Como é que o (Fernando) Pimentel vai abrir mão lá em Minas do PMDB que defende ele o tempo inteiro. Então temos que ir caso por caso."
‘Traição’
O figurino "paz e amor", no entanto, ficou por aí. Questionado se perdoa os ex-aliados que ajudaram a derrubar Dilma, Lula demonstrou estar magoado, especialmente com o ministro das Comunicações, Gilberto Kassab, presidente do PSD, partido que ocupou dois ministérios no governo do PT.
"Eu sinceramente não posso aceitar que a Dilma tenha dado a força que deu para o Kassab e ele traí-la da forma mais vergonhosa como traiu. Não é nem o fato de trair. É o fato de não entregar uma carta para a Dilma. É o fato da mentira", disse Lula.
Porém, segundo o ex-presidente, a mágoa se restringe a alguns integrantes da "alta direção" desses partidos. "Com estes caras não há porque fazer alianças. Mas o partido pode mudar a direção", afirmou.
Além de grandes jornais brasileiros e estrangeiros, o encontro reuniu jornalistas de blogs e sites de esquerda. No final, Lula voltou a defender a regulação da mídia por meio de uma proposta elaborada pelo Executivo e aprovada pelo Congresso.
'Não vou ser mais radical', afirma Lula
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lovacedon · 7 years
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Rogério Marinho defende aliança com PMDB em 2018
Enquanto a maior parte dos parlamentares do Congresso Nacional foge de temas polêmicos que podem colocar em risco suas reeleições, o deputado tucano Rogério Marinho (PSDB-RN) age de forma diferente e assume as missões do Palácio do Planalto de relatar algumas das alterações legislativas impopulares do presidente Michel Temer. Aos 54 anos, em seu terceiro mandato em Brasília, relatou por exemplo a reforma trabalhista e a revisão dos planos de saúde, cuja fase final de tramitação foi adiada duas vezes.
No momento em que o futuro da relação dos tucanos com o Planalto está sendo discutido, ele defende o apoio da bancada à reforma da Previdência e a formação de uma candidatura única de centro liderada pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e apoiada pelo Planalto. "A centro-direita ainda não está ocupada. De um lado há o Bolsonaro (deputado federal pelo PSC no Rio de Janeiro) e de outro o Lula (ex-presidente da República). A ocupação será feita a partir da consolidação de uma candidatura unificada, até com apoio de outros partidos da base." Sobre a reforma da Previdência, diz: "O momento agora é de apoiar a agenda que nós propusemos ao governo federal. Eu mesmo vou votar a favor. A maioria entende que o apoio independe de posição no governo."
Para Marinho, defender a reforma da Previdência não representa uma dificuldade como para muitos de seus correligionários. Ele relatou a reforma trabalhista, que provocou a ira dos sindicalistas ao extinguir o imposto sindical obrigatório, ideia da qual Marinho não cedeu. Enfrentou em razão disso cerca de 10 mil pessoas, segundo seus cálculos, em protesto na porta de sua casa em Natal.
Já seu relatório sobre planos de saúde o transformou em adversário de entidades de defesa do consumidor. O texto, ainda passível de mudanças, está na comissão especial que discute a revisão das regras dos planos de saúde. "Tanto na reforma trabalhista quanto nos planos da saúde estamos legislando em favor da sociedade, não há nenhuma amarra a esse ou àquele seguimento", alega.
Ele propôs, entre outros pontos, limitar multas aplicadas às seguradoras e alterar o Estatuto do Idoso, autorizando os reajustes nas mensalidades dos planos médicos após os 60 anos de idade. Na reforma trabalhista, pegou um texto que mexia em quatro artigos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e entregou um que alterou mais de uma centena deles.
Agora, candidata-se a relatar a Medida Provisória 808/17, que Temer publicou e enviou ao Congresso para mudanças na reforma, o que desagradou ao tucano. Marinho promete trabalhar para deixar a nova lei incólume. "Uma lei dessa magnitude vai ter suas dores do parto", diz sobre um possível desequilíbrio na relação entre empregador e empregado.
A despeito disso, admitiu ao Estadão/Broadcast Político, com certo desconforto, já ter burlado a legislação do trabalho. "Todo mundo no ramo teve que trabalhar com a informalidade", afirma. Foi num negócio nos anos 80 de fornecimento de coco verde (água de coco), cultura com ampla produção no Nordeste. Contratava sem carteira assinada catadores que se arriscavam a trepar nos coqueiros plantados nos arredores de Natal para retirar o fruto, transportado até revendedores no Sudeste. "Era o típico trabalho intermitente, que na época não tinha cobertura Você quer se livrar do problema o quanto antes, não se sente confortável em manter o vínculo porque ele pode ser virar contra você." O deputado considera que a rigidez da "vaca sagrada de alguns", como se referiu à CLT, impôs que ele empreendesse na clandestinidade.
Ele também é integrante de outras comissões polêmicas, como a do Estatuto da Família e a da Escola Sem Partido. "Todo adolescente utópico sonha que o socialismo vai libertar o mundo. Até meus 22 anos tive uma militância à esquerda", revela o economista formado na antiga Faculdade Unificada para o Ensino das Ciências, ex-professor de História e Matemática na rede estadual e hoje sócio de uma consultoria em Educação e no ramo imobiliário.
Marinho é neto do ex-deputado e advogado Djalma Marinho (UDN, Arena e PDS), que presidiu a Comissão de Constituição e Justiça no regime militar. Ingressou na vida partidária em 1993, filiado ao PSB da ex-governadora Wilma de Faria (morta em junho).
Assessorou o atual prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves (PDT), e foi secretário de Desenvolvimento Econômico no governo Rosalba Ciarlini (DEM). Por causa de uma aliança fracassada do PSB com o PT da senadora Fátima Bezerra, migrou para o PSDB em 2009 e, no racha tucano, alinhou-se ao governismo do senador Aécio Neves (MG).
Com aval do Palácio do Planalto, foi indicado pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), com quem possui afinidades ideológicas, para as duas relatorias - a da trabalhista a seu pedido, segundo colegas de partido. Marinho acha que pesou na escolha o fato de ter presidido a Frente Parlamentar Mista em Defesa do Comércio, Serviços e Empreendedorismo. "Todo mundo sabe que sou um cara conservador na área dos costumes, e liberal na economia, com muita nitidez", afirma o parlamentar católico.
Plano de voo
As relatorias serviram de trampolim para que Marinho deixasse o anonimato do baixo clero no plenário. Rodou o País em debates, audiências públicas e também convescotes e homenagens. Visitou a Sociedade Rural, em São Paulo, foi condecorado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e palestrou no Congresso do Movimento Brasil Livre (MBL).
Entre os colegas de bancada, corre a versão de que deseja assumir a liderança do PSDB. Ele tentará a reeleição em 2018 e acha que não corre risco de prejuízo nas urnas por ser visto algoz de sindicalistas e idosos. Marinho quer mais: "Não estou na vida pública para marcar passo".
'Não sou palaciano'
Nas duas denúncias contra Temer, ajudou a livrar o presidente. Conta que esteve com Temer "três ou quatro vezes" e foi parabenizado pelo trabalho de relator, mas que não possui intimidade com o peemedebista: "Não sou um palaciano". Apesar disso, possui apadrinhados em cargos de representações federais no Estado, como um diretor na Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e outro no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), recentemente afastado do posto por suspeita de corrupção.
Inquéritos
O parlamentar é investigado em três inquéritos criminais no Supremo Tribunal Federal, mas alega não se preocupar com acusações antigas que não o tornaram réu. Em suas campanhas, o deputado costuma receber contribuições de empresários e companhias do ramo da construção civil.
Em 2014, constam entre suas doações declaradas repasses de dinheiro da empreiteira Odebrecht, do banco BTG Pactual, do Café Três Corações, da Ale Combustíveis e da Guararapes Confecções (Lojas Riachuelo), cujo dono Flavio Rocha tem proximidade com Marinho e participa de debates com ele.
Recentemente, Rocha foi denunciado pelo Ministério Público por calúnia e injúria contra a procuradora regional do Trabalho Ileana Mousinho. Ela movera uma ação cobrando indenização coletiva de R$ 37,7 milhões da empresa, por irregularidades em confecções terceirizadas que prestam serviço na cadeia de produção da Guararapes. Marinho classificou a ação do MP como um "atentado" contra o emprego.
Rogério Marinho defende aliança com PMDB em 2018
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lovacedon · 7 years
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Base aliada vê cenário ainda incerto para aliança
Embora o Planalto defenda uma candidatura única à Presidência em 2018, a maioria das siglas da base aliada vê um cenário ainda incerto e evita se comprometer com nomes colocados como possíveis candidatos. Há dirigentes que falam em candidatura própria e até em apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), caso ele seja candidato.
No cenário atual, os partidos de centro trabalham entre os cotados com os nomes do governador Geraldo Alckmin (PSDB) e do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD). O escolhido, porém, dependerá do cenário político e econômico do próximo ano. Em entrevista na quarta-feira, 29, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou que a ideia é construir uma candidatura única entre os partidos da atual base de sustentação do governo Temer para "representar esse legado".
Como mostrou o jornal O Estado de S. Paulo no sábado, dia 25, o presidente Michel Temer articula a construção de uma ampla frente de centro-direita para ajudar na aprovação de pautas econômicas, principalmente da reforma da Previdência, e mantê-la unida até a disputa eleitoral de 2018.
Essa frente teria de fazer a defesa do legado de Temer. "Tudo vai depender de como a economia estará, como o 'Fora, Temer' ficará no próximo ano", disse o presidente nacional do DEM, senador Agripino Maia (RN).
"Pode ser Alckmin, pode ser Meirelles. Mas não está descartada também uma candidatura própria nossa", afirmou o líder do PP na Câmara, Arthur Lira (AL). Ele diz que, atualmente, a sigla tem "pouca chance" de apoiar Lula, embora o presidente da legenda, senador Ciro Nogueira (PI), tenha declarado voto no ex-presidente.
"(Lula) Foi o melhor presidente para este País, principalmente para o Piauí e para o Nordeste", disse Nogueira em entrevista à TV Meio Norte, na semana passada. "Lula é o meu candidato a presidente."
Interlocutores do ex-deputado Valdemar Costa Neto, que comanda o PR, dizem que ele trabalha para que a legenda feche aliança com Lula. "O PR não descarta apoiar o Lula", disse o líder do partido na Câmara, José Rocha (BA).
Integrantes da cúpula do PRB dizem que o nome que mais anima o partido hoje é o de Meirelles, mas, ao mesmo tempo, o partido não quer romper pontes com Alckmin.
A indefinição existe, inclusive, no PSD, partido de Meirelles. A prioridade do presidente licenciado da legenda, o ministro Gilberto Kassab (Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações), é se eleger em uma chapa majoritária em São Paulo ao lado do senador José Serra (PSDB). O tucano é apontado como possível candidato à sucessão de Alckmin.
O presidente nacional do PMDB, senador Romero Jucá (RR), avalia que Alckmin e Meirelles são dois nomes viáveis para serem o candidato do centro.
O PTB foi o único dos partidos até agora que diz já ter fechado apoio a um nome. "Estamos com Alckmin", disse o 1.º vice-presidente nacional da legenda, deputado Benito Gama (BA).
Base aliada vê cenário ainda incerto para aliança
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lovacedon · 7 years
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Meirelles quer o apoio de Temer
Brasília. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, fez um cálculo político estratégico nas últimas semanas e decidiu investir de forma mais incisiva em busca do apoio de Michel Temer e Rodrigo Maia à sua candidatura em 2018. Espremido pela disputa entre o PMDB do presidente da República e o DEM do chefe da Câmara – que procuram um nome para as eleições do próximo ano –, Meirelles avalia que precisa se consolidar como a opção de centro-direita aclamada por Maia, ao mesmo tempo em que faz a defesa do legado de Temer.
A recente influência do presidente da Câmara na redistribuição de cargos no governo mirava a articulação de uma aliança entre PMDB, DEM e partidos do centrão, como PR, PP e PSD, para as eleições de 2018. O objetivo era bem claro: isolar Geraldo Alckmin, provável candidato do PSDB à Presidência.
Filiado ao PSD, Meirelles resolveu se antecipar para encabeçar essa possível chapa e estabeleceu um piso de 5% das intenções de voto nas pesquisas de março como gatilho para se lançar na corrida ao Planalto – hoje ele tem 2%.
Caso não chegue a esse patamar no mês em que os ministros que concorrerão às eleições precisam deixar os cargos no governo, Meirelles pode desistir.
Reuniões. Segundo o jornal “Folha de S.Paulo”, a operação desencadeada pelo ministro já contou com reuniões reservadas com Maia e uma sinalização direta a Temer de sua disposição em ser o candidato governista. O presidente disse a seus principais assessores que gosta da ideia de Meirelles, visto que o ministro afirmou que, desde já, defenderá o governo do peemedebista.
Sem o compromisso do presidente do PSD, Gilberto Kassab, com seu projeto presidencial – Kassab quer ser vice de José Serra (PSDB) em uma eventual candidatura do tucano ao governo de São Paulo –, Meirelles poderia migrar para o DEM ou até para o PMDB e, assim, liderar a chapa governista.
Maia, por sua vez, também flerta com a ideia de ser ele próprio o candidato de centro-direita em 2018 e, por isso, ainda não se compromete com o ministro.
Esforço. Meirelles sabe que precisará fazer um grande esforço se quiser alcançar 5% nas pesquisas até março. Sua imagem está ligada a uma agenda impopular, protagonizada pelo ajuste fiscal e pela reforma da Previdência, as principais bandeiras do governo Temer.
Meirelles quer também investir no eleitorado evangélico para crescer nas intenções de voto. Segundo a coluna “Painel”, da “Folha”, ele contratou uma empresa para fazer a gestão de suas redes sociais e está pagando a firma como pessoa física.
Segundo o jornal, dirigentes do PT apostam que Geraldo Alckmin (PSDB) não representará o “centro” na eleição presidencial sozinho. Avaliam que a base aliada de Temer apresentará um segundo nome, como Henrique Meirelles.
Temer avalia
Ressalva. O ministro Eliseu Padilha disse nesta quarta-feira (29) que Temer “não tem pretensão” de disputar a reeleição em 2018, “mas, sim, de cumprir bem o seu mandato”. Depois, afirmou: “Por enquanto”.
Meirelles quer o apoio de Temer
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lovacedon · 7 years
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Temer negocia frente de siglas para disputa de 2018
O presidente Michel Temer começa a desenhar a estratégia para seu último ano de governo e para as eleições de 2018. A ideia é construir uma ampla frente de centro-direita para enfrentar a batalha pela aprovação da reforma da Previdência e de outras pautas econômicas e mantê-la unida até a disputa eleitoral de outubro.
Com mais da metade do tempo de TV, esta frente incluiria PMDB, PSDB, DEM, PR, PRB, PP e PSD e seria capaz de fazer a defesa do legado de Temer além de se contrapor e até isolar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, líder nas pesquisas.
Segundo auxiliares de Temer, caso a estratégia prospere o nome será escolhido no ano que vem. Os preferidos do presidente são o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB). O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), pode ser o escolhido, mas precisa se reaproximar do PMDB e de Temer. A candidatura do próprio presidente não está descartada, apesar dos apenas 3% de aprovação nas pesquisas. Ele próprio se coloca como o "último da fila".
Quem vier a ser o escolhido terá de defender a gestão Temer, iniciada em 2016, após o impeachment de Dilma Rousseff. O Planalto avalia hoje que os índices econômicos estarão mais favoráveis no próximo ano e que o governo terá um capital eleitoral positivo.
A tarefa de Temer é de difícil execução e consiste em, antes de mais nada, aprovar uma pauta econômica no Congresso que permita acelerar a geração de empregos. Com o vento a favor e a caneta nas mãos, o presidente espera reduzir a influência da ala do PSDB que defende o desembarque do governo e manter a coesão da frente até as eleições.
A estratégia do Planalto se divide em três frentes que se complementam. No front político, Temer faz questão de deixar a discussão de nomes em aberto. Aliados comparam a ação do presidente com a política "de raiz" praticada pelo velho PSD de Juscelino Kubitschek, que teve ministros em todos governos entre 1945 e 1965, e citam despistes e salamaleques feitos pelas raposas do PMDB como exemplo da habilidade do presidente e seus homens de confiança.
Escolha. Pelo roteiro traçado pelo presidente, a escolha do nome seria entre abril e junho do ano que vem. Auxiliares de Temer apostam que, se as estratégias no Congresso e na economia funcionarem, a manutenção da aliança será natural. Com os sete principais partidos o candidato do governo teria mais de 6 minutos dos 12,5 minutos de cada bloco do horário eleitoral. Já Lula, isolado, teria apenas 1,5 minuto do PT.
Temer quer aprovar no Congresso Nacional as emendas constitucionais da reforma da Previdência e a simplificação tributária, além das medidas provisórias que criam o novo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), alteram as normas para exploração mineral e adiam o aumento de contribuição previdenciária do funcionalismo.
Além disso, o governo deve agilizar as votações de projetos de lei que agradam a setores importantes do Congresso como os que reduzem a multa sobre o FGTS, permitem a participação de estrangeiros em empresas aéreas, modernizam as regras para o setor de telecomunicações, autorizam a venda de terras para estrangeiros, agilizam os procedimentos de licenciamento ambiental e alteram as agências reguladoras.
Outro front é o econômico. Na pauta do governo estão os leilões para exploração de petróleo e gás e distribuição de energia elétrica e o acompanhamento da implementação das novas leis trabalhistas. Em conversas com Temer, empresários garantiram que com estas medidas a criação de empregos vai acelerar em 2018.
O dono da Riachuelo, Flávio Rocha, falou na criação de 4 mil postos intermitentes e 8 mil temporários e representantes da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) estimaram 100 mil novas vagas no setor.
Os empregos, no entanto, estão condicionados às pautas no Congresso, especialmente à reforma da Previdência. "Ou a reforma vem ou a crise volta", disse o economista Marcos Lisboa, do Insper, a Temer na semana passada. 
Temer negocia frente de siglas para disputa de 2018
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lovacedon · 7 years
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PT e ala do PMDB costuram aliança em MG à espera de Lula
A candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Palácio do Planalto será determinante para os rumos da aliança entre o PT e o PMDB em Minas. A continuidade da dobradinha será tema de almoço desta sexta-feira (10) entre o governador Fernando Pimentel (PT), que deve se candidatar à reeleição, e a bancada federal peemedebista. Os deputados chegaram a escrever uma carta ao presidente nacional do PMDB pedindo “autonomia” para se aliar ao PT em Minas. A ala peemedebista que defende a continuidade da aliança é capitaneada pelo presidente da Assembleia, Adalclever Lopes, e pelo vice-presidente da Câmara Federal, Fábio Ramalho, que endossam a carta.
De acordo com lideranças partidárias ouvidas pela reportagem, será “eleitoralmente inviável”, caso Lula consiga se candidatar, o PMDB ficar fora da chapa petista, como deve ocorrer no plano nacional. Por conta disso, a maior parte dos deputados estaduais e federais do PMDB tem pressionado o partido para que a aliança com o PT continue em 2018 no Estado.
O encontro desta sexta também servirá para pressionar e mostrar força diante do grupo do vice-governador Antônio Andrade (PMDB) – que defende uma candidatura própria do PMDB e está rompido com Pimentel. A ideia da ala aliada ao governador é chegar à convenção estadual do partido, em março, com maioria para aprovar a dobradinha com o PT.
O racha no PMDB mineiro tem se agravado nos últimos meses. Apesar da pressão de Antônio Andrade pela ruptura, deputados estaduais e federais temem que o fim da aliança com o PT prejudique os resultados nas urnas no ano que vem.
“O PT tem uma capilaridade muito grande no interior, é um partido com a cabeça e a cauda longas. Lula está estimulando que ex-prefeitos do interior se lancem como candidatos, e isso vai gerar uma chapa muito forte. Se o PMDB ficar de fora, será um risco enorme”, argumenta um interlocutor peemedebista. “Temos 14 deputados estaduais. Sem o PT, conseguiremos reeleger apenas metade disso”, conclui.
“Se Lula for candidato, realmente vai ser inevitável que o PMDB se junte ao PT. As pesquisas mostram isso. Mas, se Lula não conseguir se candidatar, a coisa muda totalmente. Haddad ou Jacques Wagner não possuem a mesma expressividade, então, talvez, não valeria a pena (se coligar ao PT)”, garante um deputado federal que pediu para não ser identificado.
“Mas nada que for definido neste almoço pode ser levado em consideração. Só vai servir para demonstrar força em jornal, o que não muda em nada os votos dos delegados regionais do partido, que são quem decide na convenção”, diz, ainda, o parlamentar em anonimato.
Para Fabinho Ramalho, cotado para ser vice de Pimentel, a aliança já está certa: “Vamos fechar com o PT, não tem outro jeito. Não queremos um suicídio eleitoral”. A proximidade dele com a executiva nacional do PMDB e com o presidente Michel Temer é ponto crucial para o endosso da chapa, na avaliação da cúpula petista.
Do outro lado, a aposta de Antônio Andrade é aguardar pelo menos até março e, assim, avaliar o cenário eleitoral. A assessoria do vice-governador, contudo, nega que ele faça esse planejamento.
Dianteira
Números. Pesquisa Ibope do fim de outubro mostra Lula em primeiro lugar em todos os cenários. Na pesquisa estimulada, em que os nomes são apresentados aos eleitores, o petista teria 35%.
  Toninho pode mudar de partido
Caso seja derrotado na queda de braço com o grupo aliado ao governador Fernando Pimentel (PT), o vice-governador de Minas, Antônio Andrade (PMDB), poderá migrar para outro partido e levar também o deputado federal Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), nome favorito de Andrade para disputar o governo de Minas.
“Já há conversas com o PPS e outras legendas para abrigar o Pacheco. É uma ideia que agrada às outras legendas, até porque ele representa uma coisa que o eleitorado busca, que é a renovação, um nome novo”, diz um interlocutor.
Pacheco, inclusive, tem se distanciado de lideranças do PMDB mineiro. “Ele foi convidado para o almoço com o Pimentel, mas não sei dizer se vai. Ele nunca vai a nada, nunca vai a reuniões”, diz o vice-presidente da Câmara e coordenador da bancada mineira na Casa, Fabinho Ramalho. “Está distante demais”, conclui.
Deputado federal em primeiro mandato, Rodrigo Pacheco é presidente da Comissão de Constituição e Justiça, uma das mais importantes da Câmara, e tem tido atuação elogiada em Brasília. Em 2016, surpreendeu ao conquistar o terceiro lugar na disputa pela Prefeitura de Belo Horizonte.
  Grupos buscam apoio da cúpula
As duas alas do PMDB mineiro tentam conseguir apoio da executiva nacional do partido para seus planos eleitorais. Na última terça-feira (7), o vice-governador de Minas, Antônio Andrade, se reuniu com o presidente nacional do PMDB, Romero Jucá (RR), na tentativa de convencer o senador da necessidade de ter nome próprio em Minas. Jucá teria dito que isso era “o mais lógico”, “Já que o PMDB não vai subir no palanque do PT para o governo federal em 2018”. Petistas e peemedebistas ligados a Adalclever Lopes, no entanto, negam que Jucá tenha se posicionado dessa maneira.
O vice-presidente da Câmara Federal, Fabinho Ramalho (PMDB), afirma que o posicionamento da executiva é fortalecer as chapas. “A nacional quer o que for melhor para o partido, ou seja, quer a situação que possibilite o maior número de deputados eleitos. Quer que a bancada seja grande”, afirma.
“Na verdade, o (Romero) Jucá já confirmou que cada Estado vai decidir suas próprias alianças e candidaturas. Tanto que já há alianças entre o PMDB e o PT em diversos Estados. Aqui também será assim”, concluiu o coordenador da bancada mineira na Câmara.
PT e ala do PMDB costuram aliança em MG à espera de Lula
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lovacedon · 7 years
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Doria admite ser vice de Alckmin e volta a defender aliança de centro
O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), admitiu a possibilidade de ser candidato a vice-presidente da República em uma chapa encabeçada pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), em 2018. Em entrevista exibida na madrugada desta segunda-feira, 6, no programa "Canal Livre", da TV Bandeirantes, o tucano declarou que "tudo é possível" e voltou a defender que só uma aliança partidária de centro encabeçada pelo PSDB seria capaz de derrotar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) no ano que vem.
Apesar de dizer que não se apresenta como candidato à eleição presidencial de 2018, Doria afirmou que está conversando sobre a disputa com Alckmin. "Hoje tudo é possível. No diálogo, tudo é possível, ainda mais com Geraldo Alckmin", disse o prefeito, quando perguntado se aceitaria ser vice do governador. "Tem que ter o entendimento e sobre a mesa avaliar o que é melhor para o PSDB e o que é melhor para o Brasil."
Após críticas de que estava abandonando a cidade para viajar pelo País e se projetar nacionalmente, Doria afirmou que já recuou. "Eu entendi o recado, nós já mudamos, reduzimos o número de viagens, foco na cidade", afirmou. "Quanto à decisão de ser ou não ser (candidato), não é uma decisão minha, é uma decisão da população."
Convidado por outros partidos para se filiar e conseguir ser indicado como candidato a presidente, Doria afastou a possibilidade de sair do PSDB. "Não é minha índole", afirmou. Ele não descartou ainda a possibilidade de ser candidato a governador na disputa pela sucessão de Geraldo Alckmin, apesar de dizer que sequer encampa a ideia.
Aliança de centro. O tucano reconheceu que Lula e Bolsonaro, atuais líderes nas pesquisas eleitorais, são nomes fortes para a disputa presidencial, o que representa um risco para o País. Para Doria, Lula é o candidato da extrema esquerda e Bolsonaro, da extrema direita. "O que eu defendo hoje é que o PSDB possa ter uma candidatura pacificadora, aglutinadora e principalmente que as forças de centro estejam unidas. Caso contrário teremos um segundo turno da eleição disputado por Bolsonaro e Lula", disse o prefeito. "O Lula, se você não tiver muita força e muita tenacidade, você sucumbe diante dele. Ele engole você. O Bolsonaro não é diferente, com outro estilo, com outro jeito", afirmou.
Para compor essa aliança, ele defendeu a inclusão do PMDB, apesar de todo o desgaste do presidente Michel Temer. "A meu ver, com todo o desgaste circunstancial, (o PMDB) deve fazer parte sim dessa frente ampla", disse, citando também DEM, PP, PPS, PRB e PR como possíveis aliados.
Doria acredita que Lula será candidato a presidente, mesmo diante do risco de o petista ser condenado em segunda instância. "E, mesmo que isso não ocorra, continuará sendo candidato, mesmo com Jaques Wagner (ex-governador da Bahia), Fernando Haddad (ex-prefeito de São Paulo) ou quem quer que seja, será o Lula." Doria disse ainda que "adoraria" enfrentar o ex-presidente na disputa. "O Lula me teme e ele sabe que ele me teme."
Perguntado sobre outros nomes que tentam se viabilizar, Doria disse não acreditar que o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, será candidato e afirmou que o apresentador de televisão Luciano Huck não tem suporte partidário para a disputa
Candidato único. O prefeito da capital paulista defendeu, na entrevista, que o PSDB defina seu candidato ao Planalto na convenção nacional que realizará no dia 9 de dezembro como uma "demonstração de equilíbrio" e capacidade para liderar o debate eleitoral em 2018. "Com prévias ou sem prévias." Como plano de governo, o tucano disse que o partido precisa se concentrar em propostas para gerar empregos para a classe mais pobre.
Discordando do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que, em artigo publicado neste domingo defendeu o desembarque do PSDB do governo Temer, Doria disse que o partido precisa manter seus ministros no governo e seguir alinhado à política econômica "Se era pra sair, já deveríamos ter saído", declarou.
Farinata. O prefeito confirmou que sua gestão abandonou a ideia de implantar a farinata - composto produzido a partir de alimentos próximos ao vencimento - na merenda de escolas municipais e no atendimento à população em situação de rua. Ele reconheceu que o governo "errou" na condução do programa, apesar da "qualidade" do produto. "Encerramos esse processo, não vamos ter mais a farinata." Ele afirmou que a Prefeitura vai anunciar nesta semana o incremento de frutas, verduras, arroz, feijão e proteínas na merenda escolar e no atendimento à população de rua
Doria admite ser vice de Alckmin e volta a defender aliança de centro
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lovacedon · 7 years
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'Tenho convicção de que o governador será reeleito', diz Reginaldo
Qual é a opinião do senhor sobre as propostas de reforma política que estão tramitando na Câmara? Se a Câmara tivesse aprovado o distritão, a gente iria piorar o sistema político brasileiro, pois o distritão impede a participação das chamadas minorias. Nós temos um Parlamento com baixa legitimidade. Essa reforma não vai retirar essa baixa legitimidade, ou seja, nós precisamos de fato, rever o modelo para que a sociedade brasileira se sinta representada. E para isso eu defendo que o Parlamento brasileiro deveria ter um modelo de paridade. Eu acho que chegou a hora de o Parlamento permitir a composição de 50% de homens e 50% de mulheres. E mais ainda: teria que ter recorte racial, recorte geracional – só assim a sociedade olharia para o Parlamento e se sentiria mais representada. Hoje o Parlamento tem quase 30 partidos, às vezes tem legenda que tem um parlamentar, e ele faz encaminhamentos de liderança. É um absurdo. Ele é líder dele próprio, então eu acho que isso não representa a sociedade. Sobre a nova denúncia que chega contra o presidente Michel Temer à Câmara, nós vimos que o presidente da Casa dava declarações mais cuidadosas em relação a ela. Agora, ela já admite que vai colocar a denúncia em análise em outubro. Na opinião do senhor, qual será a diferença da análise da segunda denúncia se comparada com a primeira? Eu tenho muita desconfiança. Acho que o Rodrigo Maia está jogando, por interesses partidários, não por interesse do país. Ele está descontente porque tem um avanço da bancada do PMDB na busca de novos parlamentares, e ele está descontente com essa ação do PMDB. O Rodrigo Maia busca ampliar a performance do DEM nas eleições do 2018. Portanto, é mais um jogo de cena do que uma preocupação com o país. Essa legislatura é hipócrita, machista, dissimulada, cheia de contradições. Eu acho muito pouco provável que os membros dessa legislatura honrem a sua representatividade e deem prosseguimento às investigações do Temer. O senhor acredita que o governador Fernando Pimentel poderá concorrer às eleições de 2018, diante da operação Acrônimo? Tenho convicção de que o governador Fernando Pimentel será reeleito. Ele pegou um Estado com o déficit de R$ 7,2 bilhões, com milhares de obras inacabadas, na maior crise econômica do país. Ele governa nesse cenário, e, com muita criatividade e com muito trabalho, o Estado está funcionando – é lógico, dentro das limitações financeiras. Portanto, o mineiro começa a perceber essa virtude do governador Fernando Pimentel na gestão da crise. Governar com recursos, com crescimento econômico é muito simples. Os tucanos governaram Minas por 12 anos, com forte crescimento de arrecadação. Sem crescimento econômico não tem milagre. O senhor disse que tem convicção de que o governador Fernando Pimentel vai ser reeleito. Mas, diante das dificuldades que ele tem enfrentado, inclusive para honrar a folha de pagamento com o servidor público, o senhor acha que isso pode de alguma maneira dificultar a reeleição? Volto a repetir: o cidadão mineiro compreende e percebe a crise nacional e compreende também que, sem outra política econômica que retome o crescimento, é impossível resolver o problema fiscal dos Estados e dos municípios. Mas isso pode influenciar? Sempre influencia, lógico. Mas, também o cidadão mineiro sabe que o Estado está funcionando. Não é atraso, é um escalonamento dentro do próprio mês. Então, a partir de uma realidade difícil, o governador tem buscado com muito trabalho, com muito dinamismo e até com criatividade encontrar alternativas para garantir o pagamento dos servidores. Estas alternativas que o governador tem apresentado, como por exemplo, a lei dos fundos, os depósitos judiciais, parecem não estar resolvendo o problema. O que mais pode ser feito para esse problema ser solucionado? Pimentel lançou um programa de refinanciamento das dívidas, que eu acho que está indo muito bem e vai ajudar. Mas volto a repetir: seja o PT, o PSDB, o governador Pimentel ou outro governador que por acaso possa vencer as eleições, sem a retomada do crescimento econômico, Minas terá muita dificuldade. Sem uma nova política federativa é impossível. Seja quem for que ganhar a Presidência da República em 2018, ele precisa fortalecer os municípios e os Estados. A União é que tem o menor papel e concentra hoje 70% da competência tributária. E fica distante da realidade dos municípios. Sim. Hoje, 70% da competência tributária é da União, e 60% da arrecadação fica com ela, 14%, com os municípios, e 26%, com os Estados. A União é devedora dos Estados e dos municípios, numa casa de R$ 800 bilhões, sendo que R$ 600 bilhões pertence aos Estados. Eu defendo o ressarcimento da Lei Kandir como um acordo, um pacto para salvar o próprio pacto federativo, e esse encontro de contas seria apenas discricionário. Por que discricionário? Os Estados devem a união seiscentos e tantos bilhões e tem seiscentos e tantos bilhões de reais para receber, então é só discricionário. Deputado, e tem uma previsão de quando pode ocorrer isso? Pela arrogância do atual governo, não. Eles não reconhecem a obrigação de fazer o ressarcimento porque entendem que foi de responsabilidade do Parlamento a não regulamentação da Lei Kandir. Apresentei uma emenda constitucional para revogar a Lei Kandir. Por que eu quero revogar a Lei Kandir? Porque esse princípio de não tributar o setor primário exportador é uma doutrina dos países industrializados, é uma doutrina imperialista de países que exportam valor agregado em detrimento das economias primárias exportadoras. Quem está nos ouvindo pode dizer o seguinte: olha, ela quer tributar o setor primário, então vai dificultar o Brasil de vender seus produtos lá fora. Não é verdade: tanto o minério quanto a arrouba de boi quanto a saca de café são preços internacionais. Quero revogar a Lei Kandir, já que a União não reconhece o tamanho do prejuízo que está causando aos Estados. O senhor se apresentou recentemente como pré-candidato ao Senado, mas sabemos que as costuras para isso são amplas. O senhor mantém a pré-candidatura ao Senado ou abriria mão dela, por exemplo, para o PMDB em função de uma aliança para a reeleição do governador Pimentel? A prioridade é a reeleição do governador Pimentel. Mas as esquerdas e o próprio partido sonham com uma vaga no Senado, e é mais importante para Minas. O Estado precisa de um novo senador, um senador militante, que goste verdadeiramente de Minas e que vai atuar a favor dos interesses de Minas Gerais. Hoje eu diria que temos o senador Anastasia que trabalha e dedica-se a Minas Gerais, mas vamos ser sinceros, com todo respeito: os outros dois senadores “não estão nem aí” para Minas e nem para política mineira. Nós precisamos de fato construir uma candidatura ao Senado que seja realmente voltada para os interesses de Minas e que milite por Minas Gerais. Mas o senhor mantém a pré-candidatura? Sim, eu estou à disposição do partido, falei isso ao governador Fernando Pimentel. Tenho disposição de disputar a vaga ao Senado, entendendo que o Senado não é o ponto de partida, a candidatura é o ponto de chegada. O ponto de partida é construir as alianças para garantir a reeleição do governador Fernando Pimentel, esse é o foco principal. 
'Tenho convicção de que o governador será reeleito', diz Reginaldo
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lovacedon · 7 years
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A trajetória de um ‘bon vivant’
A festa de inauguração de uma concessionária de motos uberabense, em 1984, foi um sucesso. Entre artistas locais e personalidades da região, estavam presentes, ali, os recém-namorados Ricardo Saud, dono da revendedora, e Suzana Maria Rodrigues da Cunha. Ele, de família humilde, pai lanterninha e mãe dona de casa, e ela, filha do respeitado médico e principal liderança política de Uberaba na época, o doutor João Gilberto Rodrigues da Cunha. Não demorou que se casassem, pouco tempo depois da festa, mas o que renderia uma história digna de um romance clichê acabou servindo como roteiro para o envolvimento de Saud no esquema de pagamento de propinas a políticos através da empresa J&F.
Bem apessoado, de boa fala e bajulador, Ricardo Saud, hoje com 55 anos, tinha facilidade na hora de se enturmar com os poderosos do Triângulo Mineiro. Com a ajuda do sogro, dono de hospitais e clínicas privadas na cidade, o empresário conseguiu o título de cônsul do Paraguai em Uberaba. A história é inusitada: o sogro de Saud, João Gilberto Rodrigues da Cunha, era, além de médico, empresário no ramo agropecuário. O sucesso no setor lhe rendeu amizade valorosa com o então ditador do Paraguai, Alfredo Stroessner, entusiasta de zebus e proprietário de terras na região. Daí para o título de cônsul para o genro foi um pulo.
“Ele sempre teve essa facilidade de dizer o que a outra pessoa quer ouvir. Rendia um papo bom, você se tornava amigo rápido. Para agradar, era impecável”, conta um político uberabense que, hoje, se declara ex-aliado de Saud. “Quando era cônsul, fazia promessas absurdas a todos. Que ia trazer produtos baratos, ia arranjar emprego no Paraguai para familiares da pessoa. Ele sempre foi assim”, completa.
Não demorou para, dali, iniciar ele próprio uma carreira na política. Começou com um convite do ex-prefeito de Uberaba Wagner do Nascimento. Atuando no gabinete como assessor de Nascimento, Ricardo Saud auxiliava no relacionamento do Executivo com a Câmara Municipal e empresários da região.
Entre um contato e outro, se tornou íntimo de Marcelo Palmério, dono de empresas de mineração e reflorestamento, além de reitor da Universidade de Uberaba (Uniube). “Aos poucos ele se tornou o homem de confiança do Palmério, que na época já era uma liderança forte por ser rico e sempre financiar políticos. Então, o ‘Ricardinho’, como o chamávamos, cresceu como nunca, com a influência do Palmério”, conta um parlamentar oriundo do Triângulo. “Uberaba é terra de donos”, conclui o político.
Nomeado diretor da Uniube, Saud passou a ser mais poderoso do que nunca. Por indicação de Palmério, foi levado por Raul Belém para atuar no governo estadual de Itamar Franco. Seus inimigos o acusam de ter falsificado um diploma de graduação para assumir o cargo. Saud se formou no ensino superior apenas em 2007, quando concluiu um curso de administração agrária na Uniube.
Segundo Henrique Hargreaves, ex-braço direito de Itamar, quando Saud foi chefe de gabinete de Belém, não era exigido nenhum tipo de graduação para o cargo. “O chefe de gabinete era indicado pelo secretário e o salário era por cargo. Todos que exerciam esse papel recebiam o mesmo salário”, explica Hargreaves.
Depois do governo Itamar, Saud retornou, em 2001, à Uberaba para chefiar e coordenar a campanha de Anderson Adauto à prefeitura. Vitorioso nas urnas, Saud se tornou secretário de Desenvolvimento Econômico. O cargo lhe propiciava o que fazia de melhor: se relacionar com empresários e políticos poderosos.
Aos poucos, Saud se construía politicamente. Controlando vereadores e indicando doações eleitorais, acabou colocado como presidente do PP municipal de Uberaba. O poder político lhe subiu tão alto que, em 2008, às vésperas da eleição municipal, rompeu com o antigo aliado Anderson Adauto. “Ele queria ter mais participação na prefeitura, inclusive tentou ensaiar uma candidatura própria, mas logo foi descartado. Ele sempre se mostrou ambicioso”, conta um político da região.
Após o rompimento, Saud se aliou e coordenou a campanha do tucano Fahim Sawan. Perdeu para o ex-chefe Adauto no primeiro turno. Mas, das relações feitas na secretaria municipal, surgiu nova oportunidade no mundo privado: uma sociedade no agronegócio com a empresa Ourofino, especializada em fertilizantes.
Com ligações importantes no ramo, não demorou para Saud voltar a se destacar. Mantinha boa relação com a bancada ruralista do Congresso e, em especial, com o então presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Wagner Rossi.
Casório
Visto. Saud se casou novamente, em maio deste ano, com a paulista Eloá Jacinto. O casamento foi “acelerado” pelo empresário com o intuito de facilitar a obtenção de um visto de entrada nos Estados Unidos.
  Operação Patmos foi o começo do fim
Ricardo Saud foi preso pela primeira vez no dia 18 de maio deste ano, durante deflagração da operação Patmos, da Polícia Federal. Ele foi flagrado pela corporação se encontrando com assessores políticos para entregar repasses de propina do grupo J&F.
Depois de um mês preso, foi enviado à prisão domiciliar até a semana retrasada, quando novas gravações envolvendo ele e Joesley Batista, proprietário da J&F, foram entregues à Procuradoria Geral da República (PGR).
Atualmente, está preso por determinação do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), na Penitenciária da Papuda, em Brasília. Ele é suspeito, junto a Joesley Batista, de ter mentido e omitido informações no acordo de delação premiada firmado por ambos com a PGR, que já pediu a rescisão do compromisso.
Inicialmente, a prisão era temporária, mas, na última quinta-feira, a pedido da PGR, Fachin autorizou a conversão da prisão para preventiva por tempo indeterminado.
  Pagamento irregular custou cargo na diretoria da Casemg
Em 1999, quando ocupava cargo de Diretor Operacional da Companhia de Armazéns e Silos do Estado de Minas Gerais (Casemg) – por influência do reitor da Universidade de Uberaba (Uniube) Marcelo Palmério –, Ricardo Saud acabou se envolvendo em sua primeira polêmica no mundo público.
Ele, junto a toda a diretoria da estatal mineira, foi demitido por conta de pagamentos irregulares antecipados a funcionários do órgão. Uma espécie de 14º salário estava sendo pago a quase 300 funcionários da empresa.
A denúncia custou não apenas o emprego de Saud na companhia, como também complicou as relações entre o então governador Itamar Franco e o secretário de Estado de Agricultura, Raul Belém, outro nome vinculado a Palmério.
Ramificações
Família. A irmã de Ricardo Saud, Vanessa, ocupava cargo na Prefeitura de Uberaba até outubro de 2016, quando foi exonerada. Hoje, ela é presidente do PRB de Uberaba e atua, desde janeiro, como assessora do vereador Alan Carlos (PEN). A reportagem tentou contato com Vanessa no PRB mas, no telefone que consta no site do partido, a pessoa que atendeu disse que não se tratava da agremiação política.
  Vitória petista foi salto na carreira
A vitória de Dilma Rousseff (PT) à Presidência da República em 2010 foi a turbinada final na carreira do “bon vivant” uberabense. Com Wagner Rossi nomeado ministro da Agricultura, Saud foi alçado aos posto de um dos mais próximos assessores do chefe da pasta. Influente e recheado de contatos, se tornou o alvo número um de lobistas do setor agropecuário.
Nestas investidas, ainda durante a campanha de Dilma, conheceu o empresário Joesley Batista, dono do grupo J&F e um dos “campeões nacionais” do governo petista. Saud, logo após a vitória do PT nas urnas, foi convidado a integrar a J&F para, mais uma vez, fazer o que sabe: se relacionar e convencer.
Em 2012, após costurar aliança junto ao atual vice-governador Antônio Andrade (PMDB), Saud retornou a Uberaba para participar da coordenação de campanha de Paulo Piau (PMDB), vitorioso nas urnas e atual prefeito.
Piau e Saud, no entanto, romperam no ano passado. O motivo da separação política foi um suposto atraso em repasses da administração municipal a aliados de Saud. Apesar disso, Piau manteve indicados por Saud em seu secretariado. Piau foi procurado pela reportagem na sexta-feira. Ele não atendeu as ligações para seu celular nem foi encontrado na prefeitura.
A trajetória de um ‘bon vivant’
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