Tumgik
#aberta a temporada dos plots. taca o like
maledictuslupus · 1 year
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quando TITAN passa sob as estrelas, há quem poderia jurar que LUPUS sussurra seu nome, mas talvez seja apenas o mar deslizando na areia, contando seus segredos. se ouvir com atenção, se escuta que ele é OBSERVADOR e, sem julgamentos, um tanto INQUIETO. no continente, juram que se parece com KIERON MOORE, você sabe do que estão falando? 
ABOUT
A colcha de retalho de suas memórias prejudica, e muito, sua capacidade de andar por entre os 'seus' de maneira confortável. Cada olhar, cada toque, inspira um receio que beira a paranoia; duvidando até mesmo do sorriso estendido depois de uma gentileza. Titan nota a forma como os lábios curvam em cada sílaba e como os olhos estreitam diante do sol refletido nas pedras, da mão escolhida para segurar a porta ou do primeiro pé colocado para fora do estabelecimento. E não ajuda muito a sensibilidade do olfato, capturando contra vontade as notas sublimes dos perfumes por onde passa. Não, não chega a ser uma coisa potente, digna dos filmes... Mas chega lá, aumentando conforme aqueles arrepios no pescoço transformam a pele suave e suada em montículos concentrados. Associando pessoas e odores, dando mais emoção ao que deveria ser simples.
Combinando a incongruência do próprio ser entre os demais, sua presença o intriga. Quer desaparecer e se fazer parte da paisagem, mas todos o notam. Aquele olhar de canto de olho, a mãe puxando a criança para mais perto; Titan retorna com um aperto dos lábios e um resmungo baixo. Um som na linha tênue de um rosnado, suspirando cansado porque é centésima vez naquele dia que repete o gesto e contabiliza mais uma repetição do mantra: Auribus teneo lupum¹. Ignorando, continuando a carregar sacos e caixas, esforçando-se para manter os poucos empregos que consegue se candidatar. A força bruta trabalha ao seu favor, assim como a disciplina, abrindo o leque daquelas tarefas que ninguém aparentemente quer fazer. Titan faz o transporte de mercadoria, ajuda na arrumação das lojas, ganha a confiança para ficar com a chave para realizar o serviço à noite.
E ajuda... Ajuda a manter a inquietação nos níveis aceitáveis, prendendo à terra quando a cabeça se enche de marulhos e sal. De enxergar um mundo de reflexos e estender a mão para enxergá-la enfeitada de algas. Por vezes se perde em pensamentos, entretido nesses fragmentos, sendo flagrado e acusado de prestar atenção demais; surgindo aí a fama de soltar perguntas sem pé nem cabeça. Inventando na velocidade da mente fragmentada, confiando na imaginação que já viu dias melhores. A angústia o acompanha a cada passo, puxando a pele mesmo quando sobe no transporte e volta para casa.
De poucas palavras, mas não mudo. Estoico, mas não frio. Como encaixar? Como participar? Titan caminhava pela orla, avançava a linha das árvores e enxergava um futuro escondido numa moita. Os sons baixinhos do animal selvagem ferido, choramingo pela pata torcida por conta de alguma armadilha mal posicionada. Ele enfrentou, entrou na área de perigo, e foi recebido por... reconhecimento? Uma natureza reconhecendo sua semelhante? Uma maior e mais temida mostrando que não tinha por onde fugir? Titan não achou a resposta para aquela pergunta, mas encontrou a solução para os problemas de todos da ilha. Durante a manhã e à tarde ajudava na clínica veterinária, à tardezinha e à noite passava calado nas suas tarefas braçais e mecânicas.
E, por um tempo, pareceu funcionar... Por ora, a inquietação apenas arranhava a superfície... Mas... Por quanto tempo mais?
APÓS A FESTA DO MAR / LES REVÊS
Alguma coisa aconteceu durante aquela cerimônia. Algo tão inexplicável quanto extraordinário. O tarka sentia que abria os olhos pela primeira vez, surpreendendo-se com a cor e os sons e a textura. Um novo mundo se abrindo para alguém que parecia ter anos de experiências. E por mais que olhasse adiante, tentasse enxergar a familiaridade, o significado não vinha. Não rompia a superfície, não queria sair da água. O instinto de correr para o fundo frio continuava em seu peito, o chamado do mar arranhando a pela, mas... Algo estava diferente. Quando Lupus baixou a cabeça para aceitar a coroa de flores, algo novo brotava do contato. Um véu pesado cobrindo o corpo inteiro e se moldando tão perfeitamente, tão delicadamente, que só podia ser verdade. Lupus deu espaço para Titan reinar, Titan permitia Lupus contribuir. Uma mistura de memórias, uma cooperação quase perfeita. Um pouco daquele que tinha esquecido quando ainda tinha dentes e olhos negros, um pouco do que via nos olhos curiosos de quem o enxergava. Era isso, meus caros, o Lupus agora se finge é domesticado. (resumindo: bem-vindxs a era mais sociável).
TRIVIA
Não sabe ler nem escrever, com exceção do próprio nome. Tem domínio rústico sobre os números para não ser enganado na hora do pagamento.
Recebe por diárias ou conforme acordo verbal, não tendo carteira assinada. Sua autonomia combina com a selvageria da alma, garantindo a liberdade que tanto o conforta.
Mora numa casa pequena em Vesper. Um lugarzinho meio abandonado, meio rústico demais. Não tem energia elétrica ou água corrente, o que em nada o irrita. Tem um pequeno cultivo na parte de trás da casa.
Possui uma bicicleta, pagamento por um conserto numa fazenda, e cuida dela com carinho. É o único bem pessoal que preza, tirando o colar que nunca tira do pescoço.
Não é incomum vê-lo dando mais atenção aos animais do que os seres humanos. Quanto mais selvagem, maior o seu comprometimento.
INFOS EXTRAS
tarka — chegada em saint abbon de fleury: há menos de 1 mês idade: não determinada ( aparenta entre 23 a 28 anos) ocupação: faz-tudo (carregador) moradia: vesper
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