Tumgik
#afogando-se
one-half-guy · 11 months
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Just realized that: If mobians live mostly in islands while humans live almost exclusively in the continents... So Blaze's world having no continents would mean there are no humans in there? Is that it?
Okay... I-i... I get... I get it... I get it now... It makes sense now... It's making me rethink my opinion in this structure to Blaze's world... Idk why, is not like they could care any less about show us Blaze's world...
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l0stinspacewithy0u · 3 months
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Eu gritei por socorro, mas o grito ecoou nas paredes e ninguém foi capaz de ouvir.
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susie-dreemurr · 5 months
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KILLUA CORTA OS TENTÁCULOS KRL
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comendsees · 7 months
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͏ᅟᅟ͏ ͏ ͏ᅟᅟ͏ ͏ ͏ᅟᅟ͏ ͏ ͏ᅟᅟ͏ ͏ 𝐢t’s a bad idea, right? — enzo vogrincic
͏ᅟᅟ͏ ͏ ͏ᅟᅟ͏ ͏ ͏ᅟᅟ͏ ͏ ͏ᅟᅟ͏ ͏ ͏ᅟᅟ͏ ͏ ͏ᅟᅟ͏ ͏ 𝐰ord count — 1,749 ͏ᅟᅟ͏
͏ ͏ᅟᅟ͏ ͏ ͏ᅟᅟ͏ ͏ ͏ᅟᅟ͏ ͏ ͏ᅟᅟ͏ ͏ ͏ ͏ᅟᅟ͏ ͏ ͏𝐭w — voltar com ex.
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Se você soubesse que namorar ( e eventualmente terminar ) com o mais novo namoradinho da América Latina Enzo Vogrincic lhe daria tanta dor de cabeça, você não teria nem cogitado aceitar o pedido feito por ele anos atrás, antes da fama.
Quando descobriu que seu recém ex namorado havia se tornado um astro de cinema da noite para o dia, a primeira coisa que fez foi privar suas redes sociais. Ser atormentada por seus próprios pensamentos já lhe deixava maluca, não precisava de centenas de loucas fanaticas te perturbando online.
Depois de um tempo apenas vendo vídeos e fotos antigas de quando ainda eram um casal, você se forçou a parar e deixar o celular de lado. O uruguaio não merecia o tempo que você havia passado e ainda passava pensando nele. Você e Enzo terminaram após uma discussão no aniversário de uma amiga em comum, onde, na ocasião, você o encontrou beijando outra mulher no banheiro. Ele tentou se explicar com inúmeras desculpas e você se recusou a ouvir qualquer uma delas, então, ele terminou com você. Como se ele tivesse razão para isso, você pensou.
“Filho da puta.” Deixou a ideia escapar em voz alta, suspirando em seguida, se virou para afundar o rosto no travesseiro.
Relembrar tudo isso sempre lhe fazia ter vontade de passar o dia inteiro afogando suas mágoas em sorvete e vendo filmes horríveis, mas infelizmente, hoje não seria possível.
Na semana anterior, suas amigas haviam a convidado para uma festa enorme e você prometeu que iria. Se tentasse desmarcar agora, elas provavelmente iriam te arrastar até lá, você querendo ou não.
Virou a cabeça, apoiando a lateral do rosto no travesseiro para olhar o horário no relógio que ficava na cabeceira da cama, quase vinte horas. Juntou todas as poucas forças que lhe restavam e levantou da cama.
Você dedicou a hora seguinte a se arrumar e se preparar para quando suas amigas viessem lhe buscar. Lavou o cabelo, fez skin care, tirou o vestido de festa mais bonito que tinha do armário.
Fazer esse tipo de coisa sempre te ajudou a clarear a mente e deixar os pensamentos ruins de lado. Você sabia que Enzo não valia mais nenhum segundo do seu tempo, então porque ficar se lamentando por ele, que com certeza já havia superado? Não era justo você se privar de se divertir e ter outros romances por causa dele quando ele provavelmente já estava com alguma outra qualquer.
Mas de qualquer forma, não importava mais.
Quando você se deu conta, estava entrando num carro junto com mais quatro pessoas, aquelas que pertenciam ao seu grupo de amigas. Elas lhe explicaram que essa festa havia começado muito mais cedo, porém decidiram ir a noite pelo fato de que acharam que seria mais divertido e ninguém ia julgá-las por estar bebendo às duas da tarde. Parecia uma justificativa muito boa, já que você também odiava que viessem questionar suas ações como se você não fosse uma mulher adulta perfeitamente capaz de cuidar de si mesma.
Enzo costumava fazer isso o tempo inteiro, cuidar de você como se fosse uma criança burrinha. Era irritante, você pensa. Tudo nele era irritante. Você mesmo não sabe como aguentava ele o dia inteiro agora.
Ao chegar no local e sair do carro, as luzes de led da fachada da casa quase te cegaram. Era uma casa desnecessariamente grande com um design moderno até demais num condomínio residencial, ao seu ver, poderia ter sido pior.
Enquanto ia até a porta, você observou suas amigas acenando de longe ou falando com as pessoas ao redor, que, diga-se de passagem, eram muitas. A música alta dificultava muito seu entendimento do que estava sendo dito, então você passou apenas a acenar e sorrir educadamente para qualquer rosto conhecido.
Se dirigiu ao bar que havia sido montado na parte de trás da casa para pegar um drink com duas de suas amigas, visto que as outras duas haviam ido atrás de alguns amigos que já estavam lá. Acabou por deixar elas pedirem por você, pouco se importando com o que seria. A música alta e as pessoas conversando ao seu redor estava lhe deixando maluca aos poucos e você queria um lugar com um pouco menos de barulho.
Então foi exatamente isso que você fez: pegou sua bebida, disse a suas amigas que ia procurar o banheiro e saiu andando.
Caminhou no meio das pessoas por algum tempo, com o braço estendido segurando seu copo para evitar derramar a bebida em alguém, até que achou uma escada. Haviam algumas pessoas sentadas nos primeiros degraus, bebendo e conversando, mas você não se deu ao trabalho de ver quem eram, apenas se aproximou para subir os lances de escada sem pressa alguma quando alguém agarrou seu tornozelo.
“Ei, não vai falar comigo não?” Quem mais seria se não o diabo em pessoa, que também atendia por Matias Recalt?
Ao se virar para encará-lo, você pode observar que ele continuava o mesmo de sempre: meio mal vestido e com cara de pivete.
O argentino acenou com a mão para que você se sentasse em um degrau da escada ao lado dele, e você foi, sem muita escolha.
“Se vestiu no escuro de novo?” Perguntou quase gritando no ouvido do amigo devido a música alta do ambiente. Matias fez uma careta e lhe deu um soco de leve no ombro.
“Voltou com seu namoradinho?” Ele gritou de volta, imitando sua expressão ao fazer a pergunta anterior para ele. Você bufou, revirando os olhos. “Vai se foder!” tentou responder num tom irritado, mas acabou rindo ao fim da frase, se levantando e fazendo menção de subir as escadas.
“Me arruma uma amiga sua que eu vou!” O Recalt respondeu em voz alta e você conseguiu ouvi-lo rir enquanto subia as escadas.
Você conheceu Matias no ano anterior, através de Enzo, mas o término de vocês não afetou a amizade que você tinha com ele. Gostava muito de Matias, embora ele parecesse se esforçar ao máximo para te tirar do sério às vezes.
Do topo da escada, você podia ver a varanda do segundo andar, as portas de vidro estavam abertas e a área estava consideravelmente vazia, com apenas algumas pessoas fumando ou conversando apoiadas na sacada.
Você fez menção de dar um passo à frente, mas não foi capaz de chegar ao seu objetivo, visto que seu braço foi puxado por alguém que lhe arrastou para um corredor à sua direita.
“Nena, porque você não atende mais minhas ligações? Está chateada comigo?” Enzo perguntou quando chegaram ao fim do corredor, com a voz manhosa de quem sabia que havia feito algo errado e não queria admitir. Vogrincic parecia ligeiramente diferente do que você se lembrava, tinha deixado o cabelo crescer, você também percebeu que ele usava um perfume diferente, mas nada que você desgostasse. Estava tão lindo agora quanto no dia que te traiu e terminou com você.
Você estava de costas para a porta do banheiro e o corredor não se estendia para os lados, ou seja: Como Enzo estava na sua frente, você estava tecnicamente encurralada.
O cabelo do rapaz estava desalinhado e ele cheirava a whisky, então também não foi muito difícil assumir que ele estava bêbado.
“Você sabe muito bem o que você fez.” Respondeu, curta e grossa. “Me deixa passar.” Você deu um passo a frente, tentando sair dali simplesmente contornando Enzo no corredor, mas ele a impediu.
“Corázon, por favor… Eu te amo tanto, não fala comigo assim.. Eu não sei viver sem você.” Ele estendeu as mãos, segurando seus braços com uma ternura descomunal e você pode ver seus olhos lacrimejaram enquanto ele te olhava com a cabeça meio baixa.
Você congelou no lugar, sem conseguir impedi-lo de encostar em você. Você tinha se convencido de que já havia superado e estava pronta para seguir em frente com a sua vida, mas ter aquele homem, que poderia ter a garota que ele quisesse aos seus pés, praticamente às lágrimas implorando para que você não o deixasse, mexeu um pouco com a sua linha de raciocínio.
“Enzo, não, para com isso. Por favor.” Você tentou não vacilar no meio da fala. Por mais que você quisesse simplesmente puxar ele pela camisa e beijá-lo agora mesmo, ele ainda era um babaca. Isso era uma péssima ideia, ele poderia simplesmente repetir o feito de tempos atrás que causou o término de vocês, além do fato de que suas amigas lhe matariam se soubessem que você está simplesmente pensando em abandonar todos os seus princípios porque seu ex voltou correndo para você.
“Oh, meu Deus..Eu sinto muito, eu sinto tanto, mais tanto, mi vida..” Ele segurou suas mãos juntas, acariciando os dedos. Enzo mordeu os lábios, aparentando estar nervoso. “Eu.. Eu sei que errei com você, mas eu me arrependo! Aquilo não significou nada para mim, por favor, eu não sei viver sem você, eu faço o que você quiser, mas me perdoe, mi reina.. Por favor..” O uruguaio apoiou a palma de sua mão no rosto dele, e você não pôde deixar de acariciar a bochecha alheia com a ponta dos dedos. Você tentou se lembrar de tudo que suas amigas lhe disseram, ele não é o último homem do mundo, você com certeza vai achar um muito melhor, que seja fiel a você… o Vogrincic lhe arrancou de dentro de sua própria cabeça quando segurou seu pulso e beijou a palma de sua mão.
Okay, foda-se. Enzo Vogrincic é o último homem do mundo e ele é seu e de mais ninguém.
Usou a mão livre para empurrá-lo na direção da parede do corredor, o prendendo ali, e então o puxou pela gola da camiseta para um beijo, que ele retribuiu entusiasmadamente.
Queria poder ficar ali para sempre. Havia esquecido o tanto que o desgraçado beijava bem, como seus lábios eram macios, como as mãos dele na sua cintura te deixavam completamente maluca..
Se beijaram até a falta de ar obrigasse vocês a se afastarem. Deu uma boa olhada no rosto de Enzo, vendo seu batom manchado no rosto do rapaz, os olhinhos brilhantes e meio desorientados.
“Eu vou acabar com você se sonhar em me trair de novo.” Sussurrou para ele, ao que o rapaz balançou a cabeça em concordância.
“Sua casa, amor?” Ele perguntou em voz baixa, passando um braço pela sua cintura.
Ah, o que suas amigas vão dizer sobre isso? Pode ficar para depois.
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͏ᅟᅟ͏ ͏ ͏ᅟᅟ͏ ͏ ͏ᅟᅟ͏ ͏ ͏ᅟᅟ͏ ͏ ͏ᅟᅟ͏ ͏ ͏ᅟᅟ͏ ͏ 𝐰riter’s note: Comecei essa ontem e terminei hoje, trabalha y trabalha 🫡 KKKKK Espero que gostem. 🫶
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quebraram · 6 months
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Foram tantas lágrimas colocadas para fora que eu senti o meu coração chorando e se esvaziando, da mesma forma que as águas da praia recuam quando está prestes a acontecer um tsunami. E aconteceu... Essa gigantesca onda de dor e tristeza veio devastando tudo dentro de mim, estou me afogando nas minhas próprias lágrimas e nos meus próprios sentimentos. Estou devastado por fora e por dentro, ruindo como um castelinho de areia.
— O meu nome é solidão. Quebraram.
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cartasdenoah · 8 months
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Querida Julie.. Tem tempos que não te escrevo, tem tempo que não tenho compartilhado sobre minha vida. Eu reencontrei alguém. Você a conhece tão bem quanto eu conheço e sabe que eu não estaria em mãos melhores do que as quais eu estou. Julie, sinto meu coração estar sendo curado pedacinho por pedacinho, sinto que a terra em que eu piso é forte e sólido. Não me sinto mais pisando em areias movediças. Não sinto estar me afogando em águas turbulentas, não sinto que meu amor está a deriva em meio a tempestade. Julie, olhe para mim, eu que me considerei a vida inteira não merecedor de amor, estou segurando o coração dela em minhas mãos e sinto como se fosse a pedra mais preciosa deste mundo e talvez seja. Se eu parar para falar dela, você com toda certeza dirá que estou apaixonado demais para concluir isso tudo, mas, eu sinto que passei todos os anos da minha vida esperando para viver este momento, esperando parar viver o nós, novamente, e pode acreditar, eu esperaria mais mil anos se fosse necessário. Depois de tantos anos, tantas pessoas, tantos relacionamento tóxicos em que ambos passamos, nos reencontramos, no lugar certo, no momento certo e na hora certa. Eu disse "sim", anjo, eu disse sim! Eu mergulhei de cabeça, eu me joguei sem pensar e sinto meu coração estar sendo abraçado, sinto meus medos estarem sendo acalmados, sinto tudo, eu estou sentindo tudo! E como é maravilhoso sentir. Julie, voltarei a te escrever, porque eu juro, estou sendo a melhor versão de mim, minha mãe estaria orgulhosa de ver o quanto eu estou vivendo isto, até porque, eu também estou. Estou feliz, eu estou bem. E isso, não há dinheiro, bens, diplomas, que pague.
Carta de Noah para Julie.
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casos ilícitos
Matías Recalt x f!Reader
Cap 15
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Sou egoísta, eu sei. Mas não quero mais ver você com ele. Sou egoísta, eu sei. Eu te disse, mas sei que você nunca escuta. Espero que você possa entender o estado em que fico, enquanto ele está tocando sua pele. Ele está exatamente onde eu deveria estar, você está me fazendo sangrar.
Pov Matías que vocês tanto aguardaram.
Avisos: ciúmes, possessividade, linguagem imprópria, smut.
Palavras: 8,2 k
Os sonhos de Matías ainda eram assombrados pela fatídica cena do dia em que tudo deu errado, e ele te perdeu. E o pior de tudo, por um erro estupido pelo qual ele se arrepende de todo o coração amargamente. Ele se odeia pelo modo como tudo acabou entre os dois. O modo que você saiu pela porta aos prantos com Fran, assustada, agitada, e procurando conforto nos braços de um amigo. E o grande e terrível desapontamento estampado em seu olhar quando se tratava dele.
Assim que você some de vista indo embora, o que ele teme que seja a última vez que você fosse voltar ali, tudo começa a se dissolver na cabeça dele, até que tudo o que sobrem sejam borrões, e ruídos dos acontecimentos seguintes.
Os garotos o questionando a respeito do que havia acontecido, se vocês realmente terminaram, se o que eles escutaram era verdade, e se ele havia te traído com Malena. E depois dele só conseguir balbuciar meias palavras, contando o que ele tinha feito, é recebido com um julgamento duro e forte por parte deles, quase tão forte quanto o soco que recebe de Enzo pelo desaforo de magoar uma amiga querida do grupo.
Ele sabe que merece tudo isso. O desapontamento, e decepção dos amigos são evidentes e machucavam, mas não tanto quanto te perder foi.
A cada minuto que passava, ele só se tornava cada vez mais consciente em como havia arruinado algo bom, para ficar com alguém de quem ele nem gostava mais, apenas por um desejo bobo de se vingar de você, por ter achado que você estava com outro cara.
Ele não te merecia, e para ser sincero, nunca mereceu. E mesmo escutando isso em alto, e bom tom em esporros altos vindo de Enzo que estava irritado, e os outros garotos desgostosos, ele sabe que mesmo assim, ele ainda não estava pronto para desistir de você.
Ele deveria ter te contado a verdade. Você o teria odiado pelo que ele fez, mas com sorte, e muita conversa, teriam se resolvido, e ele teria te convencido de que você era e sempre seria a única pessoa que ele queria.
Matías ainda se lembrava de quando você disse que o amava, e por tudo que era mais sagrado, o que ele mais queria era te dizer isso de volta. Mas como poderia? Como ele poderia dizer que te amava, se tudo em que ele não conseguia parar de pensar era no segredo que escondia de você?
Pode ter demorado pra ele perceber como realmente se sentia, mas depois de te ver em um vestido de noiva deslumbrante, e com uma de suas primas mais novas nos braços, tudo o que ele desejava e ansiava no mundo, era que um dia você realizasse o sonho da maternidade e matrimônio com ele ao seu lado te dando apoio. E depois que você disse as importantes três palavras primeiro, foi quando uma chave girou na cabeça dele, e ele finalmente conseguiu dar um nome ao sentimento que vinha queimando no peito dele sempre que te via
Ele te amava. Mas não poderia te contar, pois ainda não era merecedor de você.
E enquanto passava dias no quarto, se afogando em autopiedade e se afastando dos amigos para clarear a mente, e pensar em uma solução, ele sabia que tinha que mudar isso.
Ele iria melhorar por você, e se tornaria a pessoa que você merecia.
——
O tempo é um bom remédio para um coração partido, e Matías esperava que isso fosse aliado dele em melhorar as coisas. Mas nada disso aconteceu.
Nas próximas semanas, ele usa todo o esforço em tentar conseguir o seu perdão. Fosse te mandando flores, bilhetes, e alguns poemas que ele sabia que você gostava de ler em seus livros grossos na biblioteca do campus. Mas infelizmente, ele não havia obtido respostas suas, e nem notícias de como você estava.
Ele sentia sua falta. Vocês eram como duas metades de um todo, e perder esse vínculo era como perder o ar que ele respirava.
Mas ele não podia perder a esperança se quisesse te ter de volta, e usava toda essa persistência para conseguir sobreviver, e passar os próximos dois meses em um ritmo agonizante de otimismo cego, e entusiasta de te reconquistar.
Mas por mais que ele estivesse tentando se convencer de que te daria o seu tempo para se curar, e que iria te procurar somente quando você estivesse pronta para recebê-lo, ele joga todas essas palavras ao vento no momento em que te vê na apresentação de trabalhos no anfiteatro da universidade. Quando disseram que a sala dele teria que assistir a apresentação de uma turma abaixo, ele nem prestou atenção no aviso. Muito focado pensando em você, e no que mais ele poderia recorrer para conseguir se desculpar.
O que foi um erro, pois se ele soubesse, ele teria feito mais. Teria te trazido um presente, teria se preparado melhor, e pensado com clareza em como iria te abordar e no que iria dizer. Mas não adiantava reclamar, ele teve dois meses para pensar no que iria te falar, e sem nenhuma alternativa, ele fez o que prometeu a si mesmo que não iria fazer:
Te encurralou, e te obrigou a falar com ele.
Você não queria conversar com ele no começo, o dando um tratamento de silêncio. Mas era óbvio que a atração ainda estava ali. Fossem os olhares hipnotizantes que trocaram quando se viram de novo, ou o modo que ele não conseguia parar de te medir de cima a baixo em sua saia escandalosamente curta e sexy.
E mesmo depois de serem interrompidos, e ele sentir a chance de te explicar as coisas, escorrendo pelos dedos, ele fica mais tranquilo quando finalmente consegue te encurralar de novo, e ambos se encontram enclausurados em uma sala de aula mais afastada.
Os dois. Sozinhos. Juntos.
Ele ainda está chateado por você ter fugido dele, mas entende o seu lado. Ele te conta como não dormiu com Malena e nem com ninguém desde que te conheceu, e é verdade. Explica como não te contou por medo de te perder, e abrir mão do que vocês tinham. E quando você diz que ele escolheu a Malena, e que ela sempre seria a escolha dele, ele tem vontade de se estapear, assim como você tinha feito anteriormente, pelo simples fato dele ser o causador desses pensamentos incorretos passarem por sua cabeça.
Você era a escolha dele. E sempre seria. Sem sombra de dúvidas.
Após mais alguns minutos, com você atirando farpas na direção dele, e despejando sua raiva sobre ele, não demora muito para que todo o ódio que você sentia extravasasse, e se transformasse em um excitação e luxúria sem tamanho. E por mais que fosse precipitado, ele queria muito isso. A intimidade e sintonia dos corpos, o seu calor contra a pele dele, o seu cheiro invadindo o seu espaço, e sua boceta molhada só por tê-lo por perto. Os gemidos que você soltava o levavam à loucura, mas quando foram interrompidos mais uma vez por sua professora, ele praguejou mentalmente querendo matar ela, e já começando a pensar que a implicância da mais velha com ele era pessoal .
E antes que ele perceba, ou possa fazer algo para impedir, você já está saindo pela porta o deixando mais uma vez. Ele até te espera sair da sala daquela velha rabugenta, mas depois de pensar um pouco, ele acha melhor ir embora, e te deixar em paz por enquanto, ou poderia acabar mal para os dois.
——
Após o ocorrido, sem ter nada que ele pudesse fazer, ele se encontrava tendo uma noite miserável em seu apartamento, sozinho e solitário. E para ser sincero, tem sido assim desde que você partiu.
Ele não come muito, o que já não fazia antes, mas agora parecia que havia ficado ainda pior com a sua ausência. Era uma benção e ao mesmo tempo uma maldição o modo como ele te via em todos os lugares. Mas quando ele foi para a cozinha uma noite, vasculhou em um dos armários para pegar qualquer coisa para forrar o estômago, e se deparou com um chocolate extremamente doce e caramelizado, ele perdeu a fome no mesmo instante.
Era o seu chocolate favorito. Ele até tinha esquecido em como sempre deixava alguns armazenados na cozinha caso você viesse, e quisesse comer algum doce, pois já tinha se tornado algo natural pra ele cuidar de você. E ver aquela barra embrulhada, só trouxe à tona o lembrete escancarado em como um dia você esteve ali, mas agora, não iria estar mais.
Depois disso, ele foi perdendo o apetite pouco a pouco. O cabelo está mais comprido, pois ele ainda se lembrava de como você o preferia mais assim, e iria usar todas as cartadas possíveis que tinha para te agradar. Ou ao menos, é disso que ele se convence para não se sentir mais péssimo, e admitir a si mesmo que depois que você se foi, ele não tinha vontade de fazer até as tarefas mais simples, como comer, e cortar a droga do cabelo.
Esta noite, por exemplo, ele está na sala fazendo vários nadas e mapeando a TV em busca de algo para assistir. E quando encontra, ele mexe no telefone com o filme passando ao fundo, e entra mais uma vez nos contatos e redes sociais, buscando pelo seu nome, e se deparando mais uma vez com o fato de que ainda está bloqueado em tudo.
Foi idiotice pensar que depois do encontro dos dois, você poderia ter se sensibilizado um pouco e desejado se abrir com ele. Aparentemente, isso não iria acontecer tão cedo.
Então imagine a surpresa que ele teve, quando mais tarde, já no final do filme, o seu nome aparece brilhando na tela do telefone dele, e ele mesmo com as mãos trêmulas consegue atender, ansioso para saber se você finalmente iria querer conversar e se acertar com ele. Mas quando ele atende, e descobre rapidamente que não era isso, o mesmo tenta não se decepcionar muito quando escuta a sua voz bêbada, sabendo que nada de bom poderia vir disso.
A raiva começa a se tornar presente, não pelos insultos dirigidos a ele, e sim só de pensar no perigo no qual você se colocou ao ficar tão alterada assim longe de casa, tarde da noite, e sozinha. E antes que possa pensar em mais alguma coisa, ele pega as chaves do carro para ir te encontrar, e te defender caso precise. Mas bem neste instante, Fran entra na sala, fazendo barulho enquanto se acomoda no sofá ao lado dele:
- Rghh!!!, ela está aí não está? - Ele escuta você questionando, com uma irritação aparente no seu tom de voz. Você devia estar se referindo a Malena, e ele está pronto pra te falar que você está errada, pois ele não a viu desde que ela apareceu na porta dele aquele dia sem ser chamada, e ele não pretendia de maneira alguma mudar isso. Mas ele não tem tempo para se defender quando você continua - Não vou mais atrapalhar a shua noite, bom proveiito seu otárioh. - E com isso você desliga mal humorada.
-Quem era? - Pergunta Fran, se esticando mais no estofado, pra ficar confortável.
- Ela - Matias responde simplesmente, sabendo que não precisava dizer mais nada, pois só tinha uma pessoa no mundo que poderia deixá-lo tão abalado com uma simples ligação com menos de um minuto de duração.
E assim, ele pega o casaco, e sai com as chaves na mão a caminho de sua casa, deixando o amigo desconcertado no apartamento, e dessa vez, ele promete a si mesmo que iriam tentar ter uma conversa sensata, e se acertar.
— —
Nada saiu como ele esperava, e dizer que a noite teve uma tremenda reviravolta, é no mínimo um eufemismo. Em um momento você estava o chamando de chato e de cuzão, e no outro, ele estava posicionado atrás de você, para tirar sua roupa.
Matías não sabia como havia acabado nesta situação, mas o que ele sabia, é que não iria reclamar nenhum pouco. Pois por mais que as circunstâncias não fossem as mais adequadas, ao menos ele estava ao seu lado, sem que você quisesse se esquivar o tempo todo da presença dele.
Ele sentia as pontas dos dedos formigando conforme descia o zíper de seu vestido, e o tecido caía aos seus pés, expondo a pele lisa e já tão conhecida, o entregando a visão espetacular de suas costas, seus ombros, e seu pescoço fino agora descoberto pelas madeixas que ele puxou para frente, o deixando sem fôlego. O olhar dele te percorre com avidez, completo de sede e saudades, querendo absorver cada pedaço que pode de sua pessoa.
E então ele vê. É singelo, mas está ali.
O seu pescoço, lindo e perfeito está marcado. E mesmo estando um pouco escuro, ele sabe reconhecer que é um chupão que está em sua pele.
“Que porra tinha acontecido?” É a primeira coisa que passa pela cabeça dele quando nota o hematoma, ainda desacreditado, e tentando não ficar furioso com você pela descoberta.
Ele sabe que não adianta perguntar nada pra você neste estado, e também não quer estragar os poucos momentos que têm para ficarem juntos, então mesmo a contragosto, ele deixa isso prá lá. Mas só por enquanto. Na próxima manhã você deveria dar algumas explicações a ele.
Mais tarde quando você já está posta a cama, prestes a dormir, e deixa escapar algumas palavras, o coração dele se aperta com o seu pensamento sobre a breve relação que tiveram e compartilharam:
“Não foi mentira” - É o que ele tem vontade de gritar na sua cara, alto o bastante até que você finalmente entenda.
Ele te omitiu fatos a respeito de Malena, e sabe que errou, mas em momento algum isso deveria apagar o que tiveram no passado. O companheirismo que tinham um com o outro, as piadas internas, o nervosismo quando ele conheceu sua família, ou quando se apresentaram como um casal pela primeira vez. Eram recordações que ele queria guardar com carinho, e não deveriam ser manchados pelo erro estúpido que ele cometeu.
Soltando um suspiro frustrado, ele se sente desolado, perdido e extremamente confuso em como deve prosseguir nesta situação. Ele sabia que deveria ir embora, e te deixar em paz para descansar e ficar sozinha. Afinal, ele já fez o que tinha de fazer: te deixar em casa e em segurança.
Mas ele não conseguia. Você estava tão serena, relaxada e em paz em seu sono, com um estado de espírito tão diferente do que tinha ultimamente toda vez que o encontrava, que ele se via incapaz de ser altruísta o bastante para deixar isso escapar dele novamente. Você estava tão indefesa, vulnerável e entregue, como se confiasse o bastante nele para baixar suas defesas em sua presença.
Ele não poderia ir embora. Não mais, não quando essa era a única oportunidade que ele tinha de passar os próximos minutos tão próximos de você. E com esse pensamento egocêntrico, ele engole em seco e toma coragem de finalmente tirar os sapatos, guardar o celular em seu criado mudo, e se acomodar ao seu lado na cama com o maior cuidado para não te despertar do sono tranquilo.
Com o corpo já acomodado no colchão e debaixo dos cobertores, ele não tem ousadia o bastante para tentar se aproximar, ou tentar te trazer para perto dele de alguma forma, mesmo que fosse um gesto sem segundas intenções, apenas no intuito de querer sentir o seu toque. Mas por um milagre, ele não precisa fazer nada, pois assim que você reconhece o calor do corpo dele emanando perto do seu, você não perde tempo em se aproximar, e se aninhar no conforto do abraço dele.
Você posiciona sua cabeça logo abaixo do queixo dele, com o nariz escondido na dobra do pescoço masculino, e solta um suspiro satisfeito quando inspira o cheiro familiar do rapaz. Depois você se encolhe mais em sua figura, se jogando mais contra o corpo quente na beirada da cama, em um ato óbvio, ainda que inconsciente, de que queria contato. E ele, sendo incapaz de te negar algo, logo cede, e passa o braço por cima de você, serpenteando a sua cintura com carinho, e juntando ainda mais os dois.
É tão íntimo, tão envolvente, que por poucos minutos, se ele fechasse os olhos, ele poderia fingir que essa noite havia se desenrolado de uma maneira muito diferente. Por poucos minutos, ele poderia fingir que vocês não estavam brigados, e que essa era simplesmente mais uma noite na qual ele te levou pra sair, e ambos estavam indo dormir depois de um dia muito cansativo.
Ele insiste que não vai se aproveitar e ficar ali por mais tempo do que o realmente necessário para matar a saudade. Afinal, seria apenas alguns minutos, e depois ele iria se dirigir até o sofá onde planejava passar o resto da noite. Mas quando você ronrona no peito dele, como uma gatinha manhosa, e ele sente o cheiro do seu cabelo emanando até a ponta do nariz, ele não consegue aguentar mais, e se entrega ao sono, deixando os olhos cansados se fecharem, e retribui o gesto, abaixando as próprias defesas enquanto está ao seu lado.
E pela primeira vez em muito tempo, mesmo que ele não soubesse, era a única noite em que ambos dormiam tranquilos em uma paz invejável por qualquer um.
Tudo isso, pelo fato de simplesmente estarem em casa, ou mais conhecido como: Nos braços um do outro.
——
Na manhã seguinte, Matias se recusa a abrir os olhos conforme sente os primeiros raios de sol entrando pela fresta da janela que esqueceu de fechar completamente na noite passada. E antes que ele possa soltar um resmungo em protesto pelas luzes indesejadas, ele é interrompido quando sente algo sendo pressionando contra ele, ou melhor, pressionando contra uma área muito específica dele.
Aparentemente, de alguma forma durante a noite, ambos acabaram em uma posição um pouco comprometedora. Em uma posição que ele sabia que se você estivesse acordada, não perderia um segundo em se desvencilhar e por alguma distância entre os dois corpos.
Você estava de costas para ele agora, e diferente da noite passada em que estavam de frentes abraçados, agora nesta nova posição, por mais que ele não conseguisse ver o seu rosto, ele conseguia ver outra coisa muito melhor. O seu traseiro estava fortemente pressionado contra o corpo dele, em uma ereção matinal que ele só se dera conta neste instante. E mesmo você usando um pijama de ursinhos velho e desbotado, não tirava o fato de que ele era extremamente curto e revelador, ainda mais quando você se mexia em seu sono, e fazia o favor de friccionar sua bunda avantajada contra o pau dele. E o pior, você parecia estar gostando.
-Hmmm… - Você murmura, empinando o traseiro e se esfregando nele.
-Porra - Ele sussurra baixo, e morde os lábios para conter um gemido, quando arqueia o quadril e roça em seu corpo para aliviar a sensação.
Ele quer te tocar, te livrar desse pijama fino e te explorar para descobrir se você está tão molhada quanto ele imagina que está. E por um momento, ele realmente considera fazer isso. Te acordar com a boca dele em você, e te dar um orgasmo para ver se assim você ficaria um pouco mais bem humorada com a presença dele em sua cama. Mas assim que ele leva a mão para te trazer para mais perto, o seu cabelo se espalha mais pelo travesseiro, e ele encara de novo as marcas em seu pescoço.
A raiva começa a aparecer novamente, e ele sabe que vai precisar ser cauteloso se quiser que você lhe conte o que aconteceu noite passada. Te fazer gozar, e te fazer admitir que ainda o quer, não é um bom começo.
Então incapaz de continuar suportando essa tortura por mais tempo, ele é rápido em se afastar e se levantar da cama antes que cometa algo do qual possa se arrepender mais tarde. Ele é grato por ter mantido as calças na noite passada, caso contrário, ele poderia até ter gozado nas próprias roupas devido aos movimentos, e o que a abstinência já estava começando a afetar em seu corpo.
Ele queria sexo. Mas só o queria se fosse com você, simples assim.
Ele veste os sapatos, pega o telefone e se dirige para o banheiro, tentando se recompor e depois vai para a cozinha, pensando em te preparar um café para quando você acordasse, o que ele esperava que não demorasse muito, pois ele queria respostas.
Ele não conseguiu parar de pensar nisso pela próxima meia hora, enquanto preparava tudo. Quem era o cara que deixou essas marcas? Você gostava dele? Ou foi algo casual? Mas independente do que fosse ele não gostava da ideia de você com outra pessoa que não fosse ele.
É agonizante, só de imaginar a mera possibilidade de você ter seguido em frente. Isso não poderia ter acontecido, certo? Ele não gostava de se gabar (ok, talvez um pouco) mas ele sabia que você era louca por ele, e o mesmo poderia jurar que sentiu indícios de ciúmes de sua parte quando pensou que ele estava com Malena em casa na noite passada . Então isso deveria significar alguma coisa.
Você poderia estar brava, mas assim como ele, você também não gostava da ideia dele com outro alguém.
Ainda perdido em pensamentos, ele escuta quando a porta do quarto se abre, e passos começam a soar pelo corredor, conforme você vai se aproximando da cozinha.
A mesa já está posta, e ele nem percebe que está prendendo a respiração até que você finalmente entre no cômodo e ele te veja. Você ainda está em seu pijama provocativamente curto, e de pé descalços. Seus olhos estão fundos apesar da boa noite de sono, e seu rosto está em uma boa expressão neutra.
Você não parece surpresa em encontrá-lo ali. E ele se pergunta o quanto você consegue se lembrar da noite passada.
Você continua caminhando e se senta na mesa começando a se servir do café que ele fez. E por mais que não tenha lhe dado um bom dia, ou dito qualquer coisa, pelo menos ainda não o expulsou de sua casa.
Um resmungo de dor sai de seus lábios e ele já sabe que provavelmente é por causa da ressaca que está começando a aparecer, então já é rápido em te estender um remédio e um copo d’água. E você ainda hesitante se deve ou não aceitar a ajuda dele, concorda e agarra o copo.
-Não tomou o remédio que eu te deixei no criado mudo? -Ele questiona, te vendo engolir rapidamente a pílula.
-Tomei, mas minha cabeça ainda tá doendo pra caramba - Você fala, voltando a pousar o copo na mesa, e levando as mãos a testa tentando conter as marteladas em seu cérebro.
-Come alguma coisa, pra ver se melhora - Ele diz, te estendendo algumas torradas, e outros acompanhamentos.
-Obrigado - Você fala, sendo gentil com ele pela primeira vez . E com um aceno de cabeça dos dois, vocês se entendem e concordam em ter uma breve trégua pelo menos por enquanto.
Se era porque sua raiva tinha diminuído, porque você estava com fome, ou simplesmente com muita dor para argumentar contra ele, o mesmo não saberia dizer.
Ele se senta ao lado oposto da mesa, e ambos começam a comer em um silêncio um pouco constrangedor. Nenhum dos dois sabia direito o que falar, ou como começar uma conversa. Era ridículo e triste pensar que antes você era a pessoa para quem ele corria para compartilhar as coisas, e agora, vocês nem ao menos podiam falar algumas palavras sem que tudo ficasse estranho entre os dois.
Realmente patético.
-Você veio. - Ele te escuta dizendo, parecendo um pouco melhor, e continuando a comer, mas se recusando a olhar para ele.
-Eu fiquei preocupado - Ele admite sem vergonha alguma - Você estava muito bêbada, e achei melhor ficar para ver se você ficaria bem.
Ele vê a vontade que você tem de querer retrucar no mesmo minuto, dizendo que você não precisava de cuidados, e que poderia se virar muito bem sozinha. Mas por algum motivo, você não o faz. E assim, o silêncio permanece por mais alguns minutos até que você o quebra novamente, mas dessa vez procurando o olhar dele:
- A gente dormiu junto? - Você pergunta tentando manter a expressão neutra, mas não conseguindo evitar a vermelhidão que começa a se espalhar por seu rosto.
Ele tem vontade de rir com o quão tímida você ainda era capaz de ficar perto dele. Afinal, não é como se há meia hora atrás você estivesse praticamente o masturbando em seu sono, com o seu bumbum provocando a ereção dele.
-Se você quer saber se dormimos na mesma cama, então a resposta é sim. - Ele responde, dando mais um gole no café preto, e não se importando com a sua indignação com a simplicidade dele de tocar no assunto como se estivessem falando de algo trivial como o tempo - Mas a gente não transou - Ele te garante em seguida, e te tranquiliza, até que você solta um suspiro aliviada - É eu sei, tenta não ficar muito decepcionada com isso, nós ainda podemos recuperar o tempo perdido mais tarde. - Ele brinca, mas pela sua cara, você não parece ter achado muita graça.
E neste momento, ele sabe que está entrando em um território perigoso.
-Eu acho melhor você ir embora - Ele te escuta dizer, e assim o momento pelo qual ele tanto temia havia chegado mais cedo do que ele gostaria - Eu não deveria ter te ligado, foi um erro, e não vai mais se repetir - Você conclui decidida, sem hesitação alguma.
Ele sabe que o tempo dele está acabando, e o mesmo não quer ir embora de sua casa mais confuso do que quando entrou. Vocês não conversaram nada sobre o que verdadeiramente importava, ou sobre o que queriam realmente dizer um ao outro. Ele está tenso, mas sabe que precisaria tirar isso do peito mais cedo ou mais tarde, e após vencer o debate interno que estava tendo consigo mesmo, ele finalmente decide perguntar o que tanto estava o pertubando:
-O que aconteceu noite passada? - Ele questiona, cruzando os braços e se escorando mais na cadeira, esperando sua resposta, mostrando que não iria sair do lugar até que você o respondesse.
- O que? - Você diz, pega de surpresa, e não entendendo direito o porquê do interesse repentino dele nisso. - Eu bebi um pouco a mais do que faço normalmente, só isso, não vou mais te perturbar de novo - Se justifica, pensando que ele estava bravo por conta da ligação tão tardia.
Ele franze o rosto com isso:
-Você fez bem em me ligar, não deveria se colocar nessa situação, é perigoso - Ele te aponta os fatos, e você revira os olhos com o sermão - Mas não tô falando disso, eu só tô dizendo porque você parecia ter se divertido muito ontem a noite - Ele retruca ríspido, e rangendo os dentes conforme cada palavra sai de sua boca.
Você fica confusa com a reação do garoto, e quando o mesmo percebe a sua falta de entendimento, ele faz o favor de descer o olhar bem lentamente por toda a extensão de seu pescoço para que você compreenda o motivo do aborrecimento do tal. E ele acha que é bem sucedido quando você segue o gesto, esbugalhando os olhos e levando a mão rapidamente ao pescoço para cobrir a marca, finalmente se dando conta. Mas já é tarde demais, ele já havia visto muito bem as manchas hoje de manhã quando acordou ao seu lado.
-Quem é ele? - Matías pergunta com a voz dura - Quem é o idiota que fez isso!? - Ele pergunta de novo, perdendo a paciência, e começando a se levantar para se aproximar de seu assento.
- Não é da sua conta. - Você retruca firme, e se levantando também para conseguir por alguma distância entre os dois.
Mas é impedida quando ele faz um movimento mais rápido, e consegue se pôr a sua frente e te encurralar, te prensando contra a parede e te deixando presa. Ele chega mais perto, levando as mãos até seu rosto, e juntando ambas as faces até que seus narizes estejam encostando um no outro:
-Só vou perguntar uma vez - Matías avisa com a expressão intimidadora - Você tá saindo com alguém? - Ele pergunta em um sussurro, e aumentando o aperto em seu rosto, mas sem realmente te machucar no processo, apenas querendo te mostrar que ele não está blefando.
Mas infelizmente, isso não é o bastante para te fazer cooperar, e desse modo você continua com sua teimosia e arrogância com o rapaz, não cedendo ou contando o que havia acontecido.
-Não te interessa. - Você responde se recusando a desviar o olhar do dele, e o dar o que ele queria.
E neste momento, ele sabe que independente do que tivesse acontecido, tinha sido algo mais do que atração sexual. Se não tivesse sido nada demais, e apenas uma ficada com um cara aleatório, você teria falado, ou pior, teria jogado na cara dele como tinha aproveitado a noite na companhia de outra pessoa. Mas você não era assim, você não era de ficar sem compromisso, e aparentemente, a pessoa em questão valia muito a pena para você estar até agora escondendo a identidade, ou fatos sobre ele.
Matías estava prestes a perder a cabeça com isso:
- Você vai avisar esse cara que você não está disponível, e que ele pode ir procurar outra, entendeu? - Ele pergunta e ordena ao mesmo tempo, provocando uma explosão de raiva em você como consequência.
-Para com isso! Você não manda em mim, e a gente não tá mais junto, lembra? - Você retruca, começando a se debater, e tentando empurrá-lo para longe, o que você não consegue, pois ele se recusa a se mover.
-Você trepou com ele? - Recalt pergunta com raiva e possessividade, enquanto já espera por mais uma afronta sua.
Mas é surpreendido quando nota o modo como você começa a pressionar suas coxas uma contra a outra, em um desconforto usual que você tinha quando estava começando a ficar excitada. E mesmo com a sua cara se contorcendo em uma óbvia irritação, ele já tinha percebido que uma parte sua estava gostando disso. Estava se deliciando com a reação ciumenta e obsessiva dele com sua pessoa, e o mesmo já estava começando a reconhecer os sinais sutis que o seu corpo apresentava.
Você tinha parado de se debater, e estava mais tranquila sobre a proximidade dele. E o modo como pressionava os seus seios no peito dele disfarçadamente estavam só comprovam isso. Suas bochechas estão coradas, e antes o que ele achava que era por causa da raiva, agora já não tinha mais tanta certeza. Ele sabia que de alguma forma, essa briga idiota tinha conseguido acordar um resquício de desejo em você, e ele iria tirar o melhor proveito possível disso.
- Sim - Você responde hesitante a pergunta dele, e o mesmo não acredita nenhum pouco.
-Você tá mentindo - Matías diz - Se você tivesse ocupada montando no pau de outro cara, não teria ligado ontem a noite pra mim como uma putinha carente - Ele se inclina mais para poder sussurrar lentamente em seu ouvido - Era o que você queria não é? Que eu te fodesse com força - Ele provoca, e com a sua falta de resposta, o mesmo desce o olhar até seus lábios com desejo e deposita um beijo casto em seu queixo, descendo até o pescoço, onde começa a distribuir pequenos selinhos molhados na pele - Até vestiu algo especial, só pra me agradar - Ele se gaba, e te abocanha de surpresa com os dentes, o que com certeza iria deixar marcas mais tarde.
-Você é um idiota. - Você consegue dizer, antes de se entregar totalmente ao prazer, e fechar os olhos para aproveitar o momento. Logo em seguida, você inclina o pescoço para o lado, o dando mais acesso para te usar como quisesse, e começa a correr os dedos pelos fios castanhos e sedosos do garoto o encorajando.
-Pode ser - Ele concorda, ainda explorando sua pele sensível - Mas ainda assim sua boceta me adora - Ele diz com convicção, te agarrando pelas coxas, e você responde o gesto entrelaçando as pernas na cintura do garoto o acompanhando.
E antes que percebam, no minuto seguinte ele está te posicionando acima da mesa da cozinha, sem se importar com qualquer uma das coisas que caem no chão no processo, enquanto se põe entre suas pernas, e junta os lábios nos seus em um beijo avassalador, repleto de luxúria, mas acima de tudo, saudades. As mãos dele se movem para sua cintura, te apertando com força, enquanto as suas permanecem nos fios castanhos, o guiando e o devorando com tudo o que possuía.
Matías sentia como se tivesse finalmente saído do purgatório do qual estivera nos últimos meses. Finalmente te tendo desse jeito, e podendo saciar a necessidade de sua presença. Mas não era o suficiente, não ainda. E com isso em mente, quando suas respirações ficam ofegantes, e são obrigados a se separarem para conseguirem mais fôlego, ele rapidamente se põe de joelhos na frente da mesa ficando no meio de suas pernas, e levando as mãos até a parte interna de suas coxas, com os dedos se aproximando de sua intimidade já úmida.
-Me fala o que você quer. - Ele sussurra, brincando com a barra do short de seu pijama, já sabendo que você não usava nada por baixo.
-Você, eu quero você Matías, por favor - Você implora, tentando não pensar no quão desesperada está parecendo, mas não se importando com nada, contanto que isso significasse que a boca dele logo estaria em uso contra seu corpo.
- Deixa eu te tirar desse pijaminha minúsculo primeiro -Ele diz, começando a deslizar o short para baixo - Pra mim poder dar uma olhada nessa boceta linda que você está guardando só para mim. - Ele continua, com a possessividade ainda presente, e as palavras te enviando um choque por todo o seu sistema. Ele não espera que você diga nada ou retruque, e imediatamente vai para a bainha do seu short e o abaixando pelas suas pernas com sua ajuda, expondo mais de suas coxas nuas e intimidade pulsante.
- Porra - Ele diz, com a voz baixa e rouca de excitação - Olha só para você, uma coisinha tão bonita, não é? - Ele diz, com a respiração contra o seu núcleo, e a voz quente te causando sensações além das imagináveis.
- Você está toda molhada, pra mim não é? - Ele pergunta suavemente, e calmo - Quer que eu te toque, não é? - Questiona te provocando.
Você só consegue soltar pequenos sons em concordância, e outros barulhos estranhos que lhe escapam entre os dentes, incapaz de pronunciar qualquer coisa corretamente. Mas ele não desiste, querendo ouvir verbalmente a sua aceitação - Você gosta disso, não é? Você gosta de ser minha garota? - Ele pergunta, e começa a te explorar com a boca, em um contato ardente com a pele macia de suas coxas.
- Sim - Você sussurra, não pensando direito no significado de suas palavras, mas sabendo que elas eram verdadeiras.
Ele mal hesita, antes de estender a mão, e finalmente tocar os seus lábios externos com os dedos, e sua boca se espalhar contra sua boceta necessitada. Você se contorce com a sensação, e franze as sobrancelhas quando ele gentilmente te aperta nos lugares certos, e começa a sugar sua intimidade, e o nariz desliza e esfrega em seu ponto sensível.
- Tão molhada - Ele sussurra, investindo mais contra você - Tudo pra mim. - Ele se gaba, dando tudo de si para o seu prazer, e estufando o peito em saber que é ele quem está causando tais reações em seu corpo. Só ele poderia te tocar assim, mais ninguém, e quanto mais rápido você entendesse isso, melhor.
-Me fala - Matías sussurra com o nariz em seu clítoris - Me fala qual a sensação.- Ele ordena.
-É- é tão bom - Você admite, jogando a cabeça para trás, e arqueando mais os quadris contra o rosto dele.
Com isso ele te dá o que você quer, e mesmo não conseguindo ver, ele consegue imaginar perfeitamente quando sua boca se abre em um perfeito “O” , e os seus olhos se reviram para trás enquanto ele te estimula perfeitamente, te fazendo finalmente gozar na boca dele. Ele está muito ocupado te acariciando com os dedos para frente, e para trás em um ritmo rápido e profundo, mas ainda assim consegue sentir os seus espasmos contra a língua, e o líquido viscoso de sua excitação o inundando.
Em sua cabeça, você não consegue nem se sentir culpada por ceder tão fácil aos encantos do rapaz, muito sobrecarregada pela sensação de finalmente chegar ao orgasmo.
Ele se sente orgulhoso por conseguir te levar ao limite assim, e sente quando você enrijece as pernas contra ele, tremendo incontrolavelmente e se contorcendo em seu êxtase. Ele desacelera um pouco os movimentos, mas continua te chupando e te fazendo aguentar tudo o que ele tem pra te dar. E depois de alguns minutos te sussurrando elogios, e coisas que te fazem corar com facilidade, adicionado ao fato de que você ainda estava sensível, ele consegue te fazer chegar a um segundo orgasmo com a boca.
Ele sente a sua respiração pesada, e o seu peito arfando com o esforço enquanto você grita, com lágrimas ardendo em seus olhos pela superestimulação dele em seu íntimo.
-Ma-Matías- Você choraminga, puxando os fios castanhos com certa brusquidão, e o avisando que não iria aguentar mais dessa tortura por muito tempo. Você só não sabia se estava pedindo por uma pausa, ou se estava o apressando para que entrasse logo em você.
-Shhh - Ele murmura, retirando os dedos e deixando você relaxar um pouco - Tá tudo bem, eu estou com você - Ele diz, enquanto se levanta, e entrelaça os braços ao redor de sua cintura, te firmando e te segurando enquanto você tenta acalmar sua respiração a normalidade. O mesmo apoia a cabeça em seu ombro, enquanto afaga suas costas e passa as mãos por seus cabelos, te dando carinho e cuidados.
Ele quer rir, e comentar como você não havia mudado, e ainda ficava completamente manhosa e carente depois do sexo, faminta por cuidados posteriores que ele gostava de te dar. Mas ele não queria acabar com o clima, então se controla. Você murmura em satisfação com os toques leves dele, e entrelaça os próprios braços ao redor da cintura do rapaz, o pegando de surpresa e o prendendo a você.
Por poucos minutos vocês poderiam fingir que estava tudo bem, e esquecer do resto. Uma espécie de acordo que nenhum dos dois sabiam quanto tempo iria durar, mas que ainda assim poderia ser desfrutado com a maior pacificidade do mundo.
Ele ainda está com a cabeça apoiada em seu ombro, quando o telefone do mesmo começa a tocar, e sendo esquecido na bancada da cozinha. Ele está relutante em se afastar e ir pegar o aparelho, então deixa que o mesmo continue a soar pelos próximos segundos até ir para a caixa postal. Por sorte, você ainda está presa na nuvem pós-orgasmo, não se importando o bastante para reclamar do barulho irritante.
Mas infelizmente o toque incômodo reinicia, e com um revirar de olhos, ele se desvencilha de seus braços, pronto para xingar quem quer que fosse o estraga prazeres da vez. Mas antes que ele tenha chance de fazer isso, a ligação é encerrada na hora que ele vai atender, sendo recebido apenas pelo nome do Fran se apagando, junto com uma mensagem preocupada do garoto perguntando onde o mesmo estava.
Ele responde a mensagem rapidamente com alguma desculpa, e volta rapidamente para a prioridade dele. Você.
-Era só o Fran, querendo saber onde eu estava - Ele diz, voltando a se aproximar de você.
-E o que você respondeu? - Questiona ainda se recuperando.
-Que com sorte, mais tarde vou estar dentro de você. - Ele brinca, mas você não o acompanha. Aparentemente, ainda não estavam neste estágio de intimidade ainda, independente do que havia acabado de acontecer. E a ligação, foi um bom lembrete para te fazer voltar a forma fria e distante em que se encontrava antes.- Desculpe, foi uma brincadeira. - Ele diz tentando reverter a situação - Ele sabe que eu estava vindo aqui ontem, e eu só disse que estava bem e que voltaria pra casa mais tarde. - Se justifica, e estende os braços para voltar a te abraçar.
-Não. - Você diz, o impedindo e descendo da mesa, enquanto levantando os shorts- É melhor você ir agora, Isso não devia ter acontecido. - Proclama com a voz ainda rouca dos gemidos altos, implorando e gritando pelo nome do rapaz.
-Você parecia estar gostando. - Ele zomba, com os dedos ainda molhados com a sua excitação, e com seu gosto na boca.
-Isso foi tudo foi um erro - Você diz, revirando os olhos em agonia - Você não deveria estar aqui, e eu não deveria ter te ligado - Admite em um suspiro desanimada - Mas eu estava bêbada, e não posso mudar o que fiz - Se afastando mais ainda, você caminha até a porta de saída da sala e continua - O que eu sei, é que agora estou lúcida e não quero mais te ver, então vai embora. - Você fala, abrindo a mesma, e o convidando a se retirar. E neste instante, ele pode jurar que nunca se sentiu tão pequeno.
Ele quer retrucar, e apontar como você não estava bêbada quando o abraçou agora pouco, ou quando ele te deu o melhor oral de sua vida. E ele está prestes a fazer isso quando é interrompido mais uma vez pelo toque do aparelho soando alto pelo lugar. Ele não tem escolha a não ser ir embora em total descontentamento para não te irritar, e novamente com uma ereção entre as pernas.
- Eu só…- Ele começa a dizer enquanto sai pela porta, mas é cortado no meio da frase assim que bota os pés para fora, sendo recebido apenas pelo bater alto da madeira que se choca contra o batente, e por pouco o acertando no rosto que agora estava perplexo.
Matías deixa os ombros caírem em desânimo, e vai embora para casa, caminhando pensativo pelo corredor, e se dirigindo ao elevador. Ele tenta não pensar em como suas palavras o machucaram profundamente, ao refletir em como você falou com tanta naturalidade que tudo o que havia acontecido, havia ocorrido apenas em um momento de fraqueza por conta da bebida.
Você não o queria lá, e deixou isso bem claro. Talvez ele ainda fosse útil quando estivesse entre suas pernas, mas não em seu coração. Ele podia tentar se enganar e dizer a si mesmo para não perder as esperanças, mas estava ficando cada vez mais difícil prosseguir assim.
Alguns dias depois, Matias ainda está cético e frustrado enquanto caminha mal humorado pelo campus até a próxima aula a qual ele está pouquíssimo interessado em assistir. Seus passos são duros e a expressão fechada e franzida em aborrecimento. Ele ainda estava chateado pela forma como saiu de sua casa, pois você nem ao menos o procurou depois daquilo. Aparentemente, ele só valia o esforço de suas ligações quando você estava bêbada e alterada o bastante para querer encontrá-lo.
Enquanto está se afogando em sua própria mágoa, algo o faz parar e o dá a sensação de que hoje ele deveria pegar um caminho diferente do que pega todos os dias. É como se fosse um instinto, ou uma intuição que estivesse o chamando e mandando ele ir por ali. Talvez ele estivesse enganado, e fosse apenas a preguiça o despistando e o guiando para casa discretamente. Independente do motivo, ele só segue, se importando cada vez menos com a aula que o aguardava.
E que bom que ele foi.
Pois assim que ele se afasta dos domínios da faculdade, ele passa em frente de um parque e para imediatamente com o que encontra a frente dele.
Você está ali, tão perto e ao mesmo tempo tão longe que ele sabe que não vai conseguir prestar atenção em mais nada até te ter de novo.
Desse modo, ele desiste da aula entediante e segue em sua direção, ainda não sabendo o que vai te dizer, mas sabendo que vai se arrepender se não tentar.
Enquanto ele se aproxima, ele não consegue deixar de pensar em como a cena à frente dele não poderia ser descrita como nada a menos do que uma completa obra de arte. Você está parecendo totalmente despreocupada, em seus shorts jeans curtos, e sua regata colada aos seios. Seus cabelos estão soltos ao vento, e um sorriso enorme adorna o seu rosto, enquanto fazem os seus olhos se fecharem em uma alegria genuína, e suas bochechas corarem devido a sua animação.
Ele acha que nunca te viu tão bonita, linda, ou maravilhosa quanto agora, e talvez seja somente porque ele não sabia o quanto estava sentindo falta do seu sorriso. Seguindo em frente, ele engole em seco e pensa em como tudo estava caminhando bem, e o destino decidiu trazê-lo até aqui, até você. Em como tudo estava perfeito para se encontrarem novamente.
Mas rapidamente ele muda de pensamento quando avista um cara se aproximando ao seu lado.
Matías fica tenso na mesma hora ao ver um desconhecido entrando em seu espaço pessoal, mas fica ainda mais tenso, ao ver como você não parece desconfortável com isso. Muito pelo contrário, parece até mesmo estar gostando da companhia dele. E após constatar isso, Matías de alguma forma sabe que só poderia ter sido esse cara quem te deu os vergões roxos em sua pele.
Ele só não entendia o porquê. Esse cara na opinião de Matías era totalmente maçante, sem graça, e jamais faria o seu tipo. Afinal, desde quando você gostava de loiros? Ainda mais os de sorrisos açucarados. Um desperdício total de tempo.
Uma parte dele sabia que ele só estava usando tudo o que podia para negar o fato de que obviamente você se sentiria atraída pelo garoto, pois mesmo a contragosto, Matías tinha que admitir que ele era a própria imagem de um príncipe encantado em pessoa. Tão perfeito que não poderia ser real. Mas Matías não precisava conhecê-lo para saber que já o odeia. Odeia a forma com que os cabelos loiros do rapaz se espalham pelo rosto, fazendo com que você leve a mão até ele, e o arrume com ternura, e cuidado, empurrando para o lado. Odeia como você encara o garoto vidrado no olhar dele, e odeia, com todas as forças as mãos do rapaz que agora estavam em seus quadris te puxando para mais perto.
Muito, muito perto.
E quando pensa que esse desdém pelo rapaz não poderia piorar, ele é surpreendido com uma cena nojenta, e nauseante bem a frente de seus olhos.
O garoto se inclina, e então começa a te beijar e te devorar com os lábios imundos dele, enquanto você retribuí o gesto entrelaçando os braços em volta do pescoço do mesmo.
Na mesma hora, ele apressa os passos para chegar logo até os dois e acabar com isso, mas é impedido por um carro chegando, o fazendo ter que esperar o sinal fechar e ele poder atravessar a rua. Enquanto isso, Matías consegue ver quando vocês se separam do breve beijo, e em seguida, você sussurrando algo no ouvido do rapaz. Algo que o dá mais liberdade, e faz tudo ficar mais obsceno quando o garoto pousa as mãos em seu traseiro, apalpando a área com vontade.
“Desgraçado.” Matías pensa, finalmente atravessando a rua e se aproximando dos dois como um cão raivoso.
Infelizmente, nenhum dos dois parece notar a presença dele chegando, distraídos demais olhando um para o outro com coração nos olhos, para acabar com o que estavam fazendo.
- Você é perfeita - O loiro idiota diz, com a testa grudada na sua, e roçando os lábios nos seus.
- Você é mais - Ele escuta a sua voz dizer com afeto, antes de aninhar o rosto no pescoço do garoto.
Matias tem vontade de vomitar com a cena. Porque você está com toda essa intimidade com esse cara? Quem é ele? Porque drogas você está o encorajando, e não afastando as mãos desse loiro abusado e de farmácia de você?
Se vocês fazem toda essa demonstração de afeto em público, ele não queria nem imaginar o que fazem quando estão sozinhos. Ou o que já não fizeram. Não que isso fosse acontecer mais, pois ele não iria deixar. Jamais. Isso já tinha ido muito longe.
O que ele sabe, é que em um instante ele está observando os dois no maior chamego, e no seguinte, ele está empurrando o loiro usurpador de cara no chão, e acertando um soco com toda a força que consegue na cara dele:
-Eu vou te matar, seu filho da puta - Matías diz, desferindo mais um soco no aspirante a modelo, e escutando um grito alto seu ao fundo.
No fim das contas, hoje não seria o dia em que vocês fariam as pazes. Mas Matías faria com que cada soco na cara desse idiota valesse a pena o esporro que ele levaria seu depois.
Afinal, ninguém tocava no que era dele.
Decidi postar de surpresa hoje ! Não vou dizer que foi um dos melhores capítulos que escrevi, mas até que gostei. Escrever tem sido difícil pra mim ultimamente, mas espero que tenham gostado 💖
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xexyromero · 6 months
Note
xexy sua linda me encontro extremamente chateada pq meu quase namorado terminou o nosso rolo da maneira mais seca e babaca possível (eu q tive q mandar msg pedindo p gnt se resolver) ent se vc pudesse fazer um headcanon dos meninos do cast ajudando a leitora a superar um término eu ficaria mto feliz 🙏
obg por td xexy vc eh a diva q alimenta esse fandom
wn: ai meu amor eu sinto muito que você passou por isso :( é ruim demias a gente ter que assumir pelos outros. espero que você esteja melhor, com outro rolo muito mais legal. um beijão <3
meninos do cast x leitora superando um término.
fem!reader headcanon
tw: término!
enzo:
vai te abraçar envolvendo seu corpo todinho nos braços dele, com muito cuidado, sussurrando palavras de conforto no estilo "você vai ficar bem" seguida de um sincero "eu prometo."
se coloca no lugar de ouvinte - pede que você desabafe e abra seu coração com ele.
claro, isso regado à uma deliciosa garrafa de vinho uruguaio que ele comprou especialmente para esse momento.
apesar de se chatear com a forma que você foi tratada, fica calado, concordando de leve com a cabeça.
limpa todas as suas lágrimas, mas não impede você de chorar em momento nenhum. quer que você fique a vontade. seus sentimentos são válidos.
agus:
chega de mansinho, com um abraço de urso e os olhos mais tristes que os seus. não aguenta te ver chorando e nem magoada.
fica PUTO com seu ex. de verdade. no nível de "se eu encontrar ele na rua, coitado."
(no off, se encontra ele na rua mesmo, não vai fazer nada - só olhar com a cara bem feia e te tirar de perto).
não larga do seu lado por nada no mundo - só se você pedir, né, claro. para ele a presença nesse momento é muito importante. não quer que você se sinta sozinha.
tenta te tirar de casa pra algum rolê leve - seja uma praia, uma cafeteria, um cinema. quer te ajudar a distrair, nem que seja um pouquinho.
fran:
é o primeiro a aparecer na sua casa assim que você diz que terminaram - não por interesse, mas por carinho. fica muito preocupado com você.
já chega na sua casa ligando a televisão no seu seriado favorito e traz consigo algumas guloseimas deliciosas pra vocês comerem e assistirem juntos.
te estimula a se cuidar, vestir uma roupa bonita, se maquiar. faz questão de frisar o quanto você é linda e o quanto se merece.
vai te escutar fazendo muita careta, injuriado com a forma que você foi tratada. bufa e suspira, mas tenta não tecer comentários. sabe que é a última coisa que você precisa no momento.
te enche de beijinhos, carinhos e naturalmente te faz rir, sem esforço.
matí:
contra todas as expectativas, matí é a pessoa mais gentil da face da terra com você assim que conta que terminou.
não vai esfregar nada na sua cara, nem fazer nenhum comentário desnecessário - pergunta se você precisa de ajuda, se ele pode ir te visitar, ficar um pouco junto.
tenta te distrair fazendo gracinha, brincando, implicando, mas sempre com muito tato pra não te magoar mais ainda.
vai na sua vibe - se você quiser sair pra beber e esquecer, sai com você e toma cuidado pra que não acabe bebendo demais. se quer ficar em casa afogando as mágoas em sorvete, vai fazer questão de deixar o ombro livre para você chorar.
é um amor e só sai de perto de você quando você finalmente adormece.
kuku:
apesar de ficar chateado com a situação, kuku é aquele homem mais velho vivido que sabe que você vai ficar bem e faz questão de deixar isso claro pra você. é só um momento ruim, não é uma vida ruim.
conversa com você contando as delisuões amorosas que ele mesmo já passou, as vezes que quebrou a cara, que foi traído, na esperança que alivie de alguma forma.
é de uma gentileza que só dele - vai te abraçar muito, com cuidado e com carinho.
faz questão de verificar as coisas na sua casa - lava a louça acumulada, dá um jeitinho na sala, passa uma vassourinha no seu quarto. vai te ajudar em coisas que tem medo que não consiga fazer sozinha nesse primeiro momento.
faz parte do grupo junto com as suas amigas mais próximas pra ficar dando notícias sobre você.
pipe:
pipe não sabe lidar contigo chorando ou muito magoada - ele fica totalmente sem saber o que dizer ou o que fazer. não é acostumado a ver uma pessoa tão forte como você se chatear tanto.
já que não sabe como agir, decide que o melhor a fazer é de ouvir em todos os sentidos - tanto de ser uma orelha amiga como de te cuidar a partir do que você pede.
te dá apoio de toda forma possível. quer ligar? ele segura sua mão. quer chorar? ele vai atrás dos lencinhos. quer beijar? ele oferece os próprios lábios.
é brincadeira. mas, se você quiser, é verdade.
oferece cozinhar sua comida favorita só pra te ver mais animada e feliz.
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projetovelhopoema · 27 days
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As dores que colecionamos ao longo da vida não desaparecem, elas se assentam em algum lugar profundo se tornando cicatrizes que apenas nós mesmos podemos ver. Na escuridão da noite, quando o silêncio é o único som que ecoa em minha mente, essas cicatrizes se manifestam, me lembrando das vezes em que confiei, amei, me entreguei e fui deixado à deriva, quase me afogando nos meus próprios sentimentos, no meu próprio sangue vindo das minhas feridas. Eu me lembro de cada momento, de cada sorriso trocado, de cada promessa feita como se o mundo fosse, de repente, um lugar mais leve... Mas foram apenas uma ilusão. As pessoas são sempre previsíveis, descartam quem as amam como se não fossem nada, só para terem o pé de viverem presos em um personagem sofrido. Vivem de máscaras, se alimentando do drama que elas mesmas criam, ignorando as marcas que deixam em outros corações, em outras almas. As cicatrizes estão aqui, são evidências silenciosas de todas as vezes em que acreditei em promessas vazias, de todas as vezes em que me deixei enganar pelo brilho passageiro de um amor ou amizade que nunca foram reais. E como sempre, era só uma questão de tempo para que mais uma vez tudo isso se tornasse mais algumas cicatrizes na minha alma e mais dores dilacerantes. Elas são parte de mim desde que me entendi como uma pessoa e eu aprendi a aceitá-las, não como derrotas, mas como lembretes de que sobrevivi. Porque no fim, é isso que somos: sobreviventes das nossas próprias histórias, carregando as cicatrizes como troféus de batalhas que ninguém mais pode ver. E assim sigo, um pouco mais marcado, um pouco mais quebrado, um pouco mais frio, mas também um pouco mais sábio. Aprendendo que por mais dolorosa que seja a cicatriz, ela é também um sinal de que a ferida se fechou, que o tempo passou e que apesar de tudo, eu ainda estou aqui, sobrevivendo.
— Diego em Relicário dos poetas.
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dramaticadora · 1 month
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Chega!
de tentar ajudar as pessoas, de tentar salvar ou dar o braço para quem está se afogando. é preciso entender que as vezes, as pessoas estão ali porque elas chegaram até lá pelas decisões que tomaram, pelas pessoas que machucaram ou pelas promessas não realizadas, chega de encontrar missões que beneficiam o outro, antes das suas tarefas, chega de se ver como tão pouco a ponto de deixar você para amanhã e dar tudo de si por quem realmente importa, você!
Carta para mim.
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meuemvoce · 9 days
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A nicotina preenche os meus pulmões no intuído de me deixar mais calma. não funciona. a velha dor de cabeça acompanhada pelos meus olhos vermelhos mostram o tanto que o vazio me corrói. já se passaram dias e parece que foram anos. tudo bem, já esperava isso, mas pelo menos você poderia ter tido um adeus definitivo e não ter deixado esse silêncio entre nós. era rotina engolir o choro pelos cantos e fingir que estava tudo bem quando tudo o que mais queria era desaparecer, mas hoje me permito chorar tudo o que guardo dentro de mim. ainda espero alguma mudança em um futuro próximo, espero que o tempo amenize aquilo que não tenho mais controle e que esperança renasça me dizendo que dessa vez será diferente. a espera se torna cansativa mais é a única coisa que tenho no momento para agarrar e não tentar desistir. desistir de mim.
De trago em trago em uma tentativa inútil de me manter firme, vejo que falho constantemente em cada bituca de cigarro que se encontra no chão, sei que tentar lutar comigo mesma é uma grande perda de tempo porque o meu lado mais obscuro sempre acaba ganhando, mas não custava nada tentar, nem que fosse pela vigésima vez. ainda consigo sentir um pouco da sua presença aonde quer que eu vá, consigo sentir as lembranças querendo aparecer quando me encontro em meio ao silêncio por puro tédio e quando me sinto só. quando seguro a fumaça dentro dos peito por alguns segundos tenho a mesma sensação de estar me afogando e não conseguindo respirar, a mesma sensação do sufoco em um choro quando fazia a questão de segurar. hoje não seguro mais. deixo simplesmente o tsunami me atingir.
Sei que levará um tempo pra compreender os desvios que o destino fez para não chegar até você, irei quebrar a cabeça constantemente pra entender do porque as coisas tem que ser do jeito que são sem poder reclamar apenas uma vez, mas talvez seja melhor assim, enfrentar a dor de uma despedida silenciosa e seguir em frente com tentativa inútil de sorrir e dizer que está tudo bem e que aceitei a vida como ela é. irei tentar seguir em paz na certeza de que dei e fiz o meu melhor para dar certo, esqueci até de mim pra fazer você ficar e sei que existem coisas que devemos deixar pra trás por mais que seja doloroso, vou tentar dia após dia viver uma vida sem você e enquanto ele não chega de trago em trago te trago no peito.
Elle Alber
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idollete · 6 months
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Sla, eu fico pensando como os boys reagiram se eles realmente machucassem a loba durante o sexo… As vezes eu penso que o Matias não fosse perceber até depois de um tempo e que o pipe imploraria por perdão se afogando em lágrimas
não só o pipe, mas o esteban também chora muito! os dois ficam super afetados com o acontecido e percebem na mesma hora. é bem provável que eles fiquem semanas sem te tocar de novo, por puro medo
outro que também percebe na hora é o pardella e ele para tudo que tá fazendo, te aninha no peito dele enquanto pede desculpas e pergunta o que você precisa, onde dói e o quanto dói. imagino o mesmo pro fernando, esses dois são muito cuidadosos, te pegam no colo, levam pra banheira e te dão banho como se você fosse feita de porcelana. no dia seguinte, vão ter uma conversa séria contigo sobre a possibilidade de colocarem alguns limites na cama
não sei se o matías não perceberia, só se ele estivesse chapado (e honestamente eu não gosto mto de pensar no cenário em que um homem te machuca e nem se toca), mas acho que ele fica muito na bad depois. fica receoso de abordar o assunto contigo, é claro que cuida de ti, só que fica um tico distante, sabe? é provável que ele chore, só não na tua frente
simón e enzo ficam decepcionados com eles mesmos, acabam ficando com um ar mais sério também, repensam todas as atitudes que tiveram e se já te machucaram antes. ficam até um tiquinho paranóicos com isso, porém acho que lidam com mais "leveza" e uma certa rapidez, depois de muuuuuuito diálogo contigo
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ldh0000 · 2 months
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jaemin cschaceiro (pq eu sou cachaceuara) ao som de evidembcias
pq ontem fui num bireco e encontrei meu ex e fui embora ao som de matilia sofredonça
alias ax q ainda to meiao bebadba
💌 ≡ primeiro de tudo, minha amiga, beber numa terça feira é pra quem tá mt fodido, te desejo melhoras e digo. melhore. SOFRER POR EX??????? QUE PORRA É ESSA BIBI???
Jaemin carregava sua long neck pra tudo quanto é canto daquele barzinho. Tinha terminado com você há meras duas semanas, mas tava sentindo as consequências dos atos impensados dele.
Ele jurava que não te amava mais! Que tava te enganando e enganando a si mesmo estando numa relação contigo, mas... por que se sente tão vazio? Por que se sente como se estivesse incompleto? Como se toda a felicidade dele tivesse sido sugada de uma vez só. Porque fez a maior besteira da vida dele. Mas era covarde demais pra assumir e voltar.
Isso até te ver. Porra, tão linda! Mas é claro que te encontraria ali, desde quando deixa de curtir em um barzinho com música boa, bebida e amigos?
Você não parecia ter notado ele, afogando a enxurrada de emoções que assolava o pobre coração daquele homem carente na cerveja. Estava com uns amigos, cantava as músicas, bebia, e, de vez em quando, se levantava pra dançar. Em momento algum percebeu Jaemin.
“Vai falar com ela, seu animal! Aproveita que ela tá aqui.��� Jeno incentiva, empurrando o ombro do amigo, que continua negando.
“Neno, ela deve me odiar.” ele funga, entornando o restante da... nona, décima, garrafa de cerveja.
“Eu não me surpreenderia...” o Lee opina, revirando os olhos. A fala do garoto pouco mais velho deixa Jaemin em estado de choque, logo voltando a chorar. “Ah, mas é um bebezão. Se liga! É a tua mulher, cara! Ela tá ali toda linda, toda solta, cheio de homem aqui querendo dar uns beijo. Vai deixar mesmo? Vai deixar ela ali sozinha, mesmo sabendo que você é completamente apaixonado nela e ela em você?” ele dá um pescotapa no amigo.
Jaemin se vira, te vendo dançar “evidências”, até então sozinha, mas quando um desconhecido se aproxima, querendo dançar contigo, ele é rápido. Larga a bebida com Jeno e vai, cambaleando, até você.
“Amor!” ele te chama alto o suficiente para que o homem ouça. Você se vira e deixa um sorriso mínimo escapar. “Pode deixar que ela tá comigo, irmão.” diz com a voz grossa, afastando o homem e pegando na tua cintura.
“O que foi isso agora?” você enlaça os braços no pescoço do ex-namorado.
“Eu sei que tô meio bêbado e... desculpa por isso.” o Na ri envergonhado, te fazendo sorrir junto. E, merda, como ele sentia falta desse sorriso pra ele. “Eu quero pedir... perdão. Eu fui um babaca contigo, 'cê não merecia aquilo. Eu só tava confuso porque toda vez que eu chegava em casa 'cê tava dormindo. A gente mal trocava um beijo, mal se falava, eu achei que o relacionamento tava esfriando, aí-”
Você o corta com um beijo. Jaemin bêbado e nervoso não uma boa combinação. Ele começa a falar rápido e não junta coisa com coisa e... você já tava louca pra beijar seu homem de novo. Precisava daquilo como precisava de oxigênio.
As mãos dele apertam sua cintura um pouco mais forte e você puxa os cabelos da nuca dele. O beijo com gosto de cerveja era algo que você sentia falta. No meio das danças e flertes descarados que trocavam nas festas, ele sempre te puxava pra um cantinho pra te beijar gostoso e com mais “privacidade”. Pegada na cintura, na bunda, na coxa, quando ele levantava sua perna pra se encaixar e se esfregar gostosinho ali. Fica molhada só de pensar nisso.
“Esquece isso, Nana. 'Cê nunca perdeu sua mulher, huh?” você deixa um beijinho no canto da boca dele, o fazendo sorrir. “Eu te perdoo. Agora eu só quero que você use essa boca pra me beijar, tá? Beijar sua mulher daquele jeitinho que só você faz...” você esfrega o nariz na lateral do pescoço dele, que se arrepia todinho.
“Porra, eu te amo... te amo muito, amor...” sussurra contra os teus lábios, antes de morder o teu inferior.
“Eu te amo ainda mais...”
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renegava · 19 days
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A.C.D.V
Mais um dia se encerra. Rapidamente adormeço pelo cansaço. Poderia ter sido um fim de expediente, Mas é o cansaço de estar entorpecida Sem uso de narcóticos. Lutando para chegar à superfície Sem estar se afogando. Sentindo-se sufocado Quando as vias aéreas estão limpas. Tudo é tão confuso... É tudo tão turvo... Em um mundo que não faz sentido, Nada te entretém.
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eitacaralhoo · 3 months
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Não sei ao certo como estou me sentindo,
São dias difíceis, nublados e tristes, me sinto navegando em águas turbulentas e sinto que estou me afogando, queria te contar o quanto estou magoada com você, o quanto me machucou e a cada vez que eu penso em ti, em nós, me bate uma tristeza que me leva para o fundo do poço, tenho tentado me manter firme e seguir em frente, porém, você deixou um buraco enorme em meu coração, e não acredito que ele irá se fechar, e eu quero gritar com você, mas você se foi, e não se despediu, pq você não gostava de mim, você nunca me amou, eu era apenas um passa tempo, e meu tempo chegou ao fim.
- Airam
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imninahchan · 9 months
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⠀⠀ ⠀⠀⠀⠀ ning yizhuo interpreta CIRCE
𓂃 ഒ ָ࣪ 𝐀𝐕𝐈𝐒𝐎𝐒: AKRASIA ato I, literatura sáfica, narrativa épica, grécia antiga, fantasia, mitologia grega, misandria, ação, harém, literatura erótica (sexo sem proteção, oral fem, sex pollen?, scissorring, a leitora é mais ativa, EEUSEIQUEVOCÊSSÃOTUDOPASSIVONASMASPFVMEDAUMACHANCEVIDASATIVASIMPORTAM, dirty talk).
Tô muito animada pra essa série, eu sou louca por mitologia grega. Tomei a liberdade de completar os mitos a serem expostos no decorrer dos capítulos com a minha própria interpretação criativa, para poder amarrar o enredo. Porém, não deixo de citar as minhas fontes (para esse ato I) sendo a Odisseia, a obra contemporânea Circe e O livro das Mitologias;
Acho que esse é o texto mais rico que eu já produzi, não só porque me levou tempo e pesquisa. Se você gosta da minha escrita como um todo, leia mesmo que não curta literatura sáfica, é só pular qualquer parte sexual que fica safe.
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⠀⠀ ⠀⠀ ⠀ ⓞⓑⓡⓘⓖⓐⓓⓐ ⓟⓞⓡ ⓛⓔⓡ
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───── ⸙.
⠀⠀ ⠀⠀ ⠀⠀ ⠀ ATO I ⠀⠀ ⠀⠀ o mito de circe
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ESTA CANÇÃO COMEÇA E TERMINA NUMA TEMPESTADE. O raio que corta a imensidão noturna clareia tudo ao redor em vão, pois não há uma porção firme à vista para naufragar os restos do barco.
A trilha incandescente desenha pelo céu, semelhante a uma erva daninha, com seus ramas desaguando de canto em canto, e tomando mais e mais espaço até se perder no horizonte. Gigante, o vazio aberto faz parecer que está presenciando a fúria de um célebre titã, colossal e temido. O clarão que se estabelece pelo momento é capaz de cegar os olhos, construir a fantasia de um eterno vácuo sem cor ou forma.
E o som que sucede o fervor visual te faz tapar os ouvidos, encolhendo a postura. Jura, pelo resto de sanidade que ainda lhe resta, o compasso das ondas chocando-se contra o casco de madeira até muda de curso, como se a frequência reverberante fosse a potência que rege os mares.
O corpo tomba, para o caminho oposto em que a embarcação simplória é jogada. Bate com o peito na borda, os braços são jogados para fora, quase toca a água salgada com a ponta dos dedos. Senta-se sobre o estrado, afogando a pele da cintura para baixo no pequeno oceano que se forma dentro do barco. O supremo do mar não tem motivos para estar te atacando assim, pensa, o irmão dele, sim, pode estar enfurecendo o cosmos para te impedir de atracar em segurança. Quer a sua morte, nenhum rastro do seu cadáver quando a carcaça de madeira despontar em uma ilhota qualquer. Ninguém saberá nem a cor dos seus olhos.
— Nêmesis! — esforça-se para bradar mais alto que o repercutir das ondas quebrando.
Levanta-se num único impulso. Mal se alinha sobre os próprios pés, cambaleia conforme a embarcação nada por cima da maré, até se escorar no mastro. Abaixa o olhar.
— Nêmesis... — o título divino ecoa, agora, com mais fraqueza, tal qual um sussurro em segredo. Cerra os olhos. — Eu louvo a Nêmesis dos olhos brilhantes, filha de Nyx de capa escura...
Ó, grande deusa e rainha, Celebro-vos, a vingadora dos oprimidos, Que observais, que garantis que todo mal seja punido. Imparcial e inflexível, distribuidora da recompensa certa, Escutai meu lamento.
— Injustiça atormenta minhʼalma — confessa. — Sejais o corte da minha lâmina quando eu cruzar o destino de meu inimigo. Não deixeis que o sopro de vida opoente seja mais eterno que o meu. E eu vos prometo: será a minha alma pela dele.
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QUANDO CIRCE NASCEU o nome para o que ela viria a se tornar ainda não existia. Chamaram-na, então, de ninfa, confiando que seria como a mãe, antes de si, e as tias e as centenas primas. Modesto título, cujos poderes são tão singelos que mal podem assegurar-lhes a eternidade. Conversam com peixes e balançam-se em árvores, brincando com as gotas de chuva ou o sal das ondas na palma da mão. “Ninfa”, eles a chamaram, não apenas como em fada, mas em noiva.
Sua mãe Perseis era uma delas, uma náiade, filha do grande titã Oceanos e guardiã das fontes e águas doce. Belíssima, de ofuscar os olhos ao focar em outra coisa senão o brilho de sua pele feérica. Captura a atenção de Hélio, numa de suas visitas aos salões do primogênito dos titãs. Não havia nada igual Perseis.
Oceanos tinha uma aparência abatida, de olhos fundos na cara e uma barba branca beirando o colo. Seu palácio, entretanto, era um exímio refúgio situado nas profundezas das rochas terrestres. A estrutura se levantava em arcos altos, os pisos de pedra reluziam como a derme de bronze no corpo de Hélio. Pelos corredores amplos, era possível ouvir a dança das ondas, liderando a um infinito caminhar em que não se sabia o começo ou fim do leito rochoso. Nas margens, floresciam rosas acinzentadas, em cachoeiras dʼágua onde se banham as ninfas. Rindo, cantando e distribuindo as taças douradas entre si. Ali, se destacava Perseis. Não havia nada igual Perseis.
— E quanto àquela? — Hélio sempre se apaixonava por coisas belas, era seu defeito. Ele acreditava que a ordem natural do mundo era agradá-lo aos olhos.
Oceanos já conhecia o caráter do titã do sol, o brilho dourado em todos os netos que corriam de um canto ao outro pelos salões não o deixava esquecer.
— É minha filha Perseis — responde, num suspiro cansado. — Ela é tua, se desejar.
Hélio a encontrou no outro dia. Perseis sabia que ele viria, era frágil mas astuta, a mente feito uma enguia de dentes pontiagudos. Sabia que a glória não estava nos bastardos mortais e quedas nas margens dos rios. Pois quando estiveram frente a frente negociou, “uma troca?”, ele perguntou, poderia tê-la em seus lençóis apenas através do matrimônio. Teria o encanto de outras flores nos jardins que se espalham pela terra, mas nenhuma delas jamais reinaria em seus salões.
No dia de seu nascimento, Circe foi banhada e envolvida pela tia — uma das centenas.
— Uma menina — anunciou.
Hélio não se importava com as meninas. Suas filhas nasciam doces e brilhantes como o primeiro lagar de azeitonas. E mesmo quando olhou para o bebê emaranhado na colcha, sem reconhecer seu esplendor jovem, manteve sua fé.
Circe não era nada como Perseis.
— Ela terá um casamento digno — o titã acariciou a pele recém-nascida, feito uma bênção.
— O quão digno? — Perseis soou preocupada.
— Um príncipe, talvez.
— Um mortal?
— Com o rosto cheio dessa forma... Não sei se podemos pedir por muito.
A decepção estava clara na face de Perseis.
— Ela vai se casar com um filho de Zeus, com certeza — ela ainda insistiu, gostando de imaginar-se em banquetes no Olimpo, sentada à direita da rainha Hera.
Circe cresceu rápido — ou perdeu a noção do tempo enquanto cuidava dos irmãos. Os pés descalços correndo pelos corredores escuros do palácio do pai, sem um nome pelos primeiros quinze anos de vida. “KIRKE”, a chamaram, a princípio, para repreender quando olhavam nos profundos olhos amarelados e o choro estridente como uma águia que se senta ao canto do trono de Zeus.
O palácio de Hélio era vizinho a Oceanos, enterrado nas rochas da terra. As paredes pareciam não ter fim, extraídas de obsidiana polida. O titã do sol escolheu a dedo, gostava como a pedra refletia sua luz, superfícies lisas pegavam fogo quando ele passava. Mas não pensou na escuridão que deixaria assim que partisse.
Circe viveu na noite. As vistas demoram a se acostumar com o clarão que as rodas da carruagem celestial do pai descia dos céus. Bem-vindo de volta, papai, clamava, porém era recebida em silêncio.
Aos poucos, se acostumou a não falar tanto. Não retribuir, não repreender, não se opor. Não questionava por que não reluzia na água feito as outras náiades, ou tinha os cabelos castanhos e sedosos, por mais que os escovasse com os pentes de marfim. Na época de se casar, também não argumentou contra o matrimônio com um príncipe de uma cidade qualquer. Até hoje, ela não se lembra do nome exato.
Para classificá-lo, poderia usar um termo que fosse do horrendo ao desprezível, com tranquilidade. Sua boca tinha gosto salgado, e o som de sua voz martelava profundo na cabeça da jovem toda vez que abria a boca para dizer algo. Circe não se agradou da cama, da casa, das restrições, dos apelidos enfadonhos que recebia nas noites em que o álcool o tomava o juízo. Então, ela o matou.
Rebelde, insensata, má, foram algumas das palavras que ouviu de sua mãe ao ser devolvida nos salões do palácio. Era incompreensível para Perseis como sua filha havia retornado para casa sem uma moeda de ouro ou um herdeiro para recorrer um trono. Os cochichos sobre ervas e misturas de água quente não faziam sentido, de onde a prole de uma náiade saberia dosar veneno no cálice de vinho de alguém?
Hélio não sabia o que fazer, consumido pela decepção que tanto esforçou-se para afugentar, embora tenha visto nos olhos daquele bebê o destino miserável que o aguardava. Não queria ouvir quando os sussurros contavam sobre o terror daquele banquete em que o príncipe fora transformado em um besouro azul e pisoteado pela esposa de olhos amarelos.
Só que escutou quando Zeus murmurou em seu ouvido uma solução.
— Se odiais tanto a presença de um filho sem honra, exilai-o longe de suas preocupações.
O castigo pareceu justo. Sozinha, em exílio, Circe não seria a aberração do palácio do titã do sol. Não sentiria mais o gosto salgado dos beijos, as mãos ásperas que um dia já envolveram seu corpo. Seria somente ela e aquilo a que deu o nome de magia. E todo homem que aportasse em cais teria o mesmo fim que o primeiro.
Mas o corpo que amanheceu em sua praia não pertencia a nenhum homem.
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OS SEUS OLHOS SE ABREM DEVAGAR, a visão turva impede que reconheça perfeitamente o ambiente em que está, mas as curvas sem foco à sua frente não negam que se encontra sobre o teto de alguém, em um cômodo bem iluminado e decorado. Pisca as pálpebras, apetecendo, agora, com a pontada que sente se desprender quase que de dentro do cérebro.
Zonza, sente a cabeça pesada. Recosta na parede atrás de si. Os músculos, inicialmente, dormentes te dão a impressão de que está nas nuvens, flutuando. Até que a realidade bate e mais dores se somam ao desconforto. As pernas latejam, mas a pele está emaranhada em um tecido suave e escorregadio. Os braços doem, formigando, e só se dá conta do porquê de tamanho incômodo quando olha para os lados e percebe os punhos erguidos no ar por um pedaço de pano amarrado ao dossel de madeira da cama.
A primeira reação, claro, é se soltar. Luta contra a própria dor para puxar os punhos em direção ao corpo deitado para afrouxar as amarras, força ao máximo que o estado debilitado permite, ouvindo o estalo da madeira. Porém, é em vão.
Franze o cenho. Não deveria ser tão difícil para você conseguir se libertar assim, até que o ressoar de risadinhas doces ecoam pelo cômodo e levam os seus olhos para a beirada da cama, aos seus pés.
Vê a forma que as cabecinhas formam montanhas com seus cabelos esverdeados. Os olhinhos curiosos se erguendo do “esconderijo” para espiar a movimentação que se dá sobre a cama. Murmuram entre si, sorrindo. Ninfas, você soube na hora. Mas elas servem a alguém, quem era sua senhora?
— Saiam, saiam! — a resposta surge com o chegar de outra mulher ao recinto. Ela balança as mãos, causando um alvoroço entre todas as criaturas que estavam escondidas debaixo dos móveis para descobrir mais sobre o estranho que aportou naquela manhã.
As ninfas choramingam, passando por cima das mesas, jogando as peças de cerâmica no chão, mas não desrespeitam a ordem. Deixam todas o quarto, fechando a porta ao saírem.
— Perdoa pela confusão — a mulher diz, com um sorriso —, elas estão morrendo de curiosidade.
Você a assiste se aproximar mais. Acompanha como caminha em paz ao móvel à sua direita para despejar um pouco do líquido da jarra para o cálice. Se vira com o objeto em mãos, te oferecendo.
— Onde estou? — é o que a pergunta.
— Na minha casa — ela responde. — Bebe.
— Me solte — pede, ignorando completamente a oferta. — Com certeza, não estou no lugar onde deveria estar. — Torna a face para o próprio corpo estirado sobre o tecido e não reconhece a roupa que está vestindo. — O que fizeste com as minhas coisas? Onde estão minhas coisas?
— As ninfas te acomodaram — justifica. — A roupa molhada não te faria bem, e não havia mais nada contigo quando te encontramos na praia. Vamos, bebe.
— Mentira! — roga, virando-se para ela mais uma vez. O cálice está a milímetros dos seus lábios, mas não cede. — Eu trazia uma bolsa comigo, em meu barco, e quero de volta.
A mulher parece se controlar para não perder a paciência, respira fundo. Senta-se no cantinho da cama.
— Escuta — começa —, se estavas em alguma embarcação no caminho para cá, os destroços estão no fundo do oceano. Não havia mais nada além de ti.
Você escuta, mas claramente não digere.
— E se não queria perder sua bolsa — ela continua —, deveria tê-la segurado com mais força.
Argh, você grunhe, não conformada com o que ouve. Os braços doloridos voltam a ser flexionados, conforme tenta escapar mais uma vez.
— N��o gaste tanto esforço — ela te aconselha —, não vai se soltar.
— O quê... — murmura, impaciente. Te aflige a forma com que puxa com o máximo de força que possui e mesmo assim o tecido nem fraqueja. — On... Onde estou? Que lugar é esse? Não te pedi para que me trouxesse para cá!
— Por que é tão ingrata? — levemente se irrita. Hum, resmunga, erguendo-se para largar o cálice de volta no móvel onde estava. — Está me fazendo arrepender de ter sido tão boa...
— Boa?! — repete, incrédula. — Me mantém presa à tua cama!
— Porque não confio em ti.
— Pois eu não confio em ti.
Ela pende a cabeça pro lado, te observando com pouco crédito. Se inclina, de surpresa, apoiando as mãos nos cantos do seu corpo debilitado para estar pertinho do seu rosto quando diz “certo, quer sair?”
— Espero muito que seja uma guerreira habilidosa e não uma filha de pescador qualquer, porque aí pode conseguir caminhar para fora deste palácio antes que os lobos te peguem. — O tom na voz dela é de pura gozação, como se menosprezasse até o ar que você inala nas quatro paredes do domínio dela. — E que os deuses te protejam para que não seja devorada pelos leões no caminho à praia e possa morrer de exaustão nadando sem rumo pelo oceano.
A ameaça em si não te assusta, o que desperta o seu alarde é a descrição singular. Na mente, as pecinhas desse quebra-cabeça vão se unindo para formular uma resposta para as suas perguntas.
Se lembra da fúria que enfrentou naquela tempestade a mar aberto, sem saber se sobreviveria e onde os destroços do naufrágio iriam parar. No entanto, as suas preces parecem ter sido ouvidas, pois Nêmesis te trouxe para a casa de uma das mulheres mais fascinantes da qual já ouviu falar.
Se lembra do eco da canção nas noites de festa, a lira ao fundo acompanhando a voz que recitava os versos sobre a lenda de uma jovem rebelde, insensata e má. Em exílio em uma ilha, à espreita de nobres cavalheiros que aportassem em seu cais. Embebedando cada um em seus banquetes de recepção e transformando-os em criaturas variadas para cultivar seu zoológico pessoal.
É, você a conhece muito bem. Deveria ter se tocado assim que colocou os olhos no olhar profundo e amarelado como uma águia.
— Esta é Eéia — anuncia o nome da ilha. — Tu és Circe — um sorriso ameaça crescer nos lábios da mulher —, a primeira bruxa.
Circe endireita a postura, não sabendo bem como receber esse título.
— Então é assim que me conhecem... Interessante — murmura, de queixo erguido.
— Cantam canções sobre ti, seus feitos.
— Hm, é mesmo?
— Circe dos olhos de águia. Algumas aldeias te veneram.
— Me bajular não vai fazer com que eu te solte.
Você meneia o rosto para o lado contrário, sem graça depois que suas intenções são desmascaradas. Porém, é obrigada a encará-la novamente mais quando ela te segura pelo queixo, “é minha vez de fazer as perguntas agora.”
— Qual teu nome? Da onde vens?
As suas palavras são engolidas, não emite um som em resposta sequer. E Circe espera, de bom grado, olhando no fundo dos seus olhos em busca de uma pista qualquer, mas não encontra nada.
— Além de ingrata, é muito egoísta — te diz —, como pode saber tanto sobre mim quando não sei nada sobre ti? — Sorri, soltando teu rosto. — Se não vai falar, te aconselho a beber — torna a atenção para o cálice cheio —, até que eu me decida o que fazer contigo, não quero que morra desidratada.
Se inclina, com aquele mesmo tom gozador de antes. “Sabe, é a primeira vez que isso me acontece” , ela conta, “normalmente, eu convido os marinheiros para um banquete e os amaldiçoo, eu odeio marinheiros. Mas tu não és um marinheiro como os outros... Então, pode ser que eu demore um tempo até me decidir.”
E ela não tem pressa. Os dias se somam, pela manhã as ninfas adentram o quarto para te alimentar e saem logo em seguida, silenciosas, porém risonhas. Não vê ou escuta a bruxa, como se ela nem existisse ou fosse a dona daquele palácio. O que compõe a sinfonia para os seus ouvidos é o som dos animais de pequeno porte que invadem pela janela, feito os macaquinhos e os pássaros, e o rugido dos leões. À noite, por vezes, o que julga ser uma união das vozes doces das ninfas te mantém acordada. Os gemidos prolongados, longe de choramingar por dor, mas por prazer.
Não demora a compreender que para Circe, você não tem valor algum. Com o tempo, não tem dúvidas, as servas deixaram de te trazer o cálice de kykeon com uma mistura fortificada com cevada e morrerá de fome. E se não tem valor nenhum à bruxa, talvez seja melhor mostrar para a bruxa que ela tem valor para ti.
— Diga a tua senhora que estou pronta para falar com ela — é o que orienta as ninfas numa manhã.
Circe manda organizar um pequeno festim. Você recebe uma túnica nova e um par de sandálias de couro. É banhada, vestida, o cinto lhe molda a cintura. Quando sai do quarto pela primeira vez, a decoração do lado de fora não se diferencia muito do que via no confinamento. Peças de cerâmica espatifadas pelo chão, cortinas rasgadas pelos animais, as formosas ninfas penduradas nas pilastras, olhando-te com sorrisos bobos nos lábios vermelhinhos.
Atravessa o pátio até o grande salão, sentindo-se pequena entre as feras deitadas sobre o mosaico imenso. Circe está deitada num divã, puxando as uvas do cacho e rindo. Traja uma túnica com detalhes em vermelho e dourado, unida no ombro esquerdo pelo broche de cabeça de leão. As tochas e as velas ajudam a lua a iluminar o ambiente. Ao canto, o som da lira se mistura aos demais instrumentos de sopro e o som da ninfa que cantarola com um coelho no colo.
— Ah, aí está ela! — O sorriso de Circe aumenta ao te ver. Apanha a taça na mesinha de apoio cheia de frutas e o ergue no ar, como se brindasse sozinha, antes de beber um gole.
As servas te acomodam à mesinha redonda em frente ao divã, sentada sobre as almofadas e os lençóis estirados. Um cálice te é oferecido, adoçam o vinho com mel para que a bebida forte desça mais facilmente pela garganta seca. Prova do peixe frito, controlando a própria fome para não parecer ingrata pela sopa que recebia todos os dias.
Os aperitivos parecem se multiplicar nas mesinhas espalhadas pela área coberta, chamativos. Mas você precisa manter a cabeça em foco.
— Espero que perdoe meu silêncio — faz com que a voz sobressaia de leve por cima da música, do canto em coral e do som dos passos dançados no pátio.
Circe espia brevemente na sua direção, com um sorriso pequeno.
— No teu lugar, eu também temeria.
Você leva uma unidade do cacho de uvas à boca, sentando-se aos pés do divã.
— Mas não preciso temer-te agora, preciso?
A bruxa lhe oferece mais um olhar, dessa vez com o sorriso mais largo.
— Pareço com alguém que deve temer?
É a sua vez de sorrir, desviando a atenção para o festejo que as ninfas realizam entre si.
— Não estava em meus planos atracar em tuas terras — admite a ela —, mas estou contente que assim o fiz. Tens me alimentado e por isso sou grata.
— Sou benevolente demais, é um defeito meu.
— E muito inteligente, eu suponho. Especialmente porque vai aceitar a minha oferta.
Ela aperta o cenho, não te leva a sério.
— Oh, tem uma oferta pra mim? — o tom divertido não te intimida.
— Estava certa ao duvidar de uma mulher que naufraga sozinha na tua praia — começa, em sua própria defesa. — Eu não sou filha de um pescador, ou de um comerciante qualquer. Eu naufraguei na tua ilha porque estava fugindo.
Agora, ela se interessa, “e do que estava fugindo?”
— Do meu destino — a sua resposta não é a mais precisa de todas, porém é suficiente. — Uma grande tempestade assombrava o mar naquela noite, eu, de fato, pensei que não fosse sobreviver. Mas eu rezei para que aquele não fosse meu último suspiro, e as minhas preces me trouxeram para cá, para que eu possa concluir a minha missão.
— E que tipo de missão é essa?
Você desce o olhar para o cálice em mãos. À medida que o vinha desaparece, a pintura de um guerreiro empunhando a espada surge no fundo da taça. Vingança.
— Irei subir até o topo da morada dos deuses e castigar Zeus por toda tormenta que trouxe à minha vida.
Talvez fosse a ousadia de subir o monte sem ao menos dispor de um veículo de locomoção, e possivelmente o nome sagrado dito com tamanho desprezo, Zeus, que faz Circe rir como se tivesse ouvido a piada mais bem contada no palco de uma peça.
— Quer se vingar de Zeus?! — claramente não leva seus planos a sério. — Ah, querida, não tem nem uma adaga de bolso para a viagem. Eu posso envenenar-te com esse cálice que segura e tu não conseguirias se defender. E fala de matar Zeus?! O Deus dos Deuses?
Você finaliza o vinho, para mostrar que nem a ameaça da boca pra fora dela te faz temer.
— Não tenho uma espada comigo agora, é verdade. — A olha. — Mas você me dará uma.
Circe apoia o cotovelo no descanso do divã, para chegar mais perto de ti.
— Sinto que as canções que cantaram-te eram enganosas — rebate, com a voz afiada —, pois não sou nenhum mestre da forja. Eu não crio coisas, querida, eu as transformo.
E você não se deixa intimidar.
— Não, não terá que criar nada — argumenta. — A espada que empunharei até o Olimpo será feita pelo próprio ferreiro dos deuses.
— Hefesto? — ela duvida mais uma vez. — E ele já está ciente dessa loucura?
— Ele estará, assim que chegarmos ao Submundo.
O som da risada divertida da bruxa se destaca entre a orquestra. Circe joga a cabeça para trás, manejando a taça em mãos. Recupera o fôlego sem pressa, cruelmente debruçada na comicidade para te penetrar o mínimo de juízo.
Para você, entretanto, não existe uma frase racional sequer que possa te fazer desistir do plano que elaborou meticulosamente em todos esses dias de confinamento. Enquanto as ninfas te alimentavam, tratavam as feridas superficiais que o naufrágio deixou, e os animais passeavam pela sua cama, a mente entrelaçava um percurso ousado desde de Eéia até a região da Tessália. Todas as cidades em que iria passar, com quem iria conversar e quem iria matar pelo caminho.
O riso que recebe agora é só um prelúdio para o choro incessante que despertará no panteão.
— Quando Hefesto me construir a espada, eu te entregarei o metal — você prossegue, inabalada —, e caberá a ti transformá-lo.
“Te confiarei o meu sangue, pois somente um deus pode matar outro deus”, fala, “para que abençoe a espada, e faças dela uma matadora de deuses.”
O sorriso de Circe diminui aos poucos, és uma semideusa, murmura, se familiarizando melhor com a situação que lida.
— Oh, entendo agora... — o indicador circula pela beirada da taça. — Este é um impasse familiar? Por isso quer vingança... Mas, se tratando de família, temo que devo me retirar, pois já tenho impasses desse tipo por conta própria.
Você não se dá por vencida facilmente.
— Pense em tudo que conquistará — apela. — Depois que eu matar Zeus, e eu o matarei — frisa —, quem estará sob o comando do Olimpo, uma vez que eu não disponho de nenhum interesse de poder?
— A Rainha, certamente.
— Não quando o rei dela cairá pelas minhas mãos. — Você se apruma de joelhos, mais pertinho do corpo estirado no divã. — Pode ter muito mais do que a Ilha. Uma mulher tão poderosa quanto tu não deveria estar exilada e solitária.
— Não estou sozinha.
— Eles cantam canções sobre ti, Circe. Sobre teu poder, tua grandeza. Não imagina quantas garotas por aí queriam poder gozar dos mesmos encantos que prega para se protegerem dos homens do mundo.
Apoia-se com a palma no descanso do estofado para se posicionar atrás dela. A boca ao pé do ouvido, feito uma tentação. “Poderia ser adorada como uma deusa, e responder às preces que te rogam.”
“Não tem que se contentar com os marinheiros que aportam uma vez a cada lua cheia, ou às vezes nem mesmo atracam... Não nasceste para viver nessa ilha, por mais que tenha se acostumado a chamá-la de lar. Está aqui porque te colocaram aqui. Zeus te colocou aqui.”
— Meu pai me colocou aqui — ela retruca, cuspindo cada palavra após terem tocado em sua ferida ainda aberta.
— Porque ele ouviu Zeus — você corrige mais uma vez. — Hélio teria feito diferente se não fosse pela influência daquele que chamaram de Deus dos Deuses.
— Você não conhece meu pai.
— Mas conheço Zeus.
“Eu sei do que ele é capaz”, completa. “Eu vivi a sua fúria, se eu não tenho mais uma casa para qual retornar é por sua culpa. Ele já nos causou mal demais”, aproxima-se do outro ouvido, para sussurrar: é hora de fazê-lo pagar.
Circe mantém a postura. Os olhos de águia, antes tão caçadores, agora fogem do seu olhar. Beberica do vinho em mãos, murmurando um “vou pensar com misericórdia”, tentando trazer de volta o mesmo tom gozador que já usou previamente contigo.
— Levem-na para celebrar! — orienta as servas, com aceno das mãos.
— Eu não celebro — você contradiz, em vão, pois as mãozinhas finas das ninfas te tocam os ombros e guiam para fora da área coberta.
É levada até o pátio, no centro do mosaico. Aos seus pés, o desenho que se forma com pedrinhas coloridas ilustra a cena de uma batalha sanguinária, a lâmina reluzente é erguida à mão de uma mulher. Dizem, nos cânticos, que o mosaico encantado no palácio da primeira bruxa revela aos olhos desatentos dos homens que ela embriaga o futuro que os aguarda.
Guerra, sangue, destruição. As faces assustadas e o mar de cabeças rolando não te aflige.
À sua volta os corpos belos e mal vestidos da ninfas rondam-te como presas. Cabelos extensos, passando da cintura e quase no joelho. O brilho da pele feérica cintila sob o banho da lua, somam-se ao ecoar dos instrumentos de sopro, ao tambor, e as vozes tão melosas quanto o mel que adoçou teu vinho.
Se cobrem com o véu, para valsarem ao seu rodar em sincronia. De repente, está com a visão totalmente monopolizada por elas. Aquilo que dizem sobre as ninfas, sua capacidade de hipnotizar quem quer que almejem, aqui pode provar da procedência. Talvez seja o efeito do álcool que ingeriu, é uma boa explicação senão o misticismo daquelas criaturas da floresta, quando a visão fica turva, perdendo o foco de supetão e voltando ao normal.
Sente o som dos tambores batendo no seu coração, o corpo pesar. Esquenta a pele, como se a temperatura ambiente tivesse ido às alturas em um verão mais árido que o normal. Cambaleia, perde a noção de equilíbrio. As vozes cantam no fundo do seu ouvido, parecem moldar o caminho incorreto que as suas sandálias traçam.
Olha ao redor, em busca de algo que faça sentido, e só enxerga a insanidade. Os sorrisos imorais, o mover depravado de corpo em corpo. Os rostinhos falsamente inocentes abraçados às árvores do jardim. Corpos se eriçando feito bestas, unhas pontiagudas como garras de caça. Olhos brilhando na escuridão que se guarda nos limites do refúgio infame da bruxa.
Mas um olhar se destaca entre o mar de lascividade. Grandes, profundos, amarelados. Estreitos nas pontas como uma águia.
Você pisa em falso, vai de encontro ao chão para ser recebida pelo conforto de almofadas e mantas, e descansa a nuca no pelo de um leão. O par de mãos que sobe pelas suas canelas não se importa com o limite que a sua túnica estabelece. Toque quente, queima junto à sua pele, arrepia até o último fio de cabelo. E aqueles olhos ferventes... Aqueles malditos olhos de cigana oblíqua e dissimulada. Olhos de quem percebe tudo, tudo sem dizer nada.
— Circe — chama o nome dela, segurando em seus ombros, como se evocasse um demônio. — Não me tente, bruxa.
— É isso que achas que estou fazendo? — O sorriso ladino se espalha pela boca como verme. A ponta do nariz roça na sua, respiração soprando contra o seu rosto.
Ardilosa, ela se acomoda sobre o seu colo, permite que o calor entre as pernas te aqueça o ventre por cima da fina camada de tecido que ainda lhes cobre a nudez. Os longos cabelos negros recaem para o canto, conforme se inclina, “nunca conheci nenhuma mulher além das ninfas”, ela conta, “me deixe experimentar você.”
É o feitiço em efeito, só pode ser, pois se doa sem pensar muito nas consequências. A última vez que vê o rosto dela é quando já está se aproximando no meio das suas pernas, com um sorriso libidinoso e os quadris eriçados, de quatro sobre o chão.
Encara a lua cheia no céu noturno. A imensidão vazia às bordas só não te captura a atenção porque o baixo ventre se remexe em prazer. Sente o carinho dos dedos te circulando, escorregando entre as dobrinhas conforme se molha mais e mais. O nariz se esfrega no seu monte de vênus, sensual, inebriando-se no seu cheiro antes de te provar o sabor. Quando a boca vem, você se agarra aos lençóis ao seu redor.
Pode ouvir os sons das ninfas, jura, uma orquestra erótica se fortificando ao pé do seu ouvido como se quisesse te levar à loucura. Desce as mãos pelo próprio corpo, toca os fios escorridos da moça e os toma na palma. Feito a guiasse, mantém o controle da carícia que recebe. Os olhos se fecham, um suspiro longo deixando o seu peito ao se entregar mais e mais. Desde que saiu de casa, empurrando aquele barco simples pela areia até a praia, de todos os possíveis cenários que protagonizaria em seu futuro, nenhum deles envolvia estar aqui onde está, com quem está, fazendo o que faz agora. E não é como se arrependesse, entenda.
Encontra-se à beira, quase derramando, mas não permite-se entregar ao deleite. A ergue pelos cabelos, bruta na maneira de manejá-la de volta aos teus braços. É fácil romper o broche de cabeça de leão na altura dos ombros alheios, maior ainda é a facilidade para desfazer as amarras da túnica que ela usa.
Num movimento único, a coloca sob ti, tão habilidosa com a arte de mover-se que arranca um daqueles sorrisinhos debochados que ela tem. A separa as pernas e se posiciona de modo que possam ficar bem encaixadinhas. A conexão é tão úmida, o seu desejo se misturando ao dela quando se encontram dessa forma. Deixa que a perna dela descanse no seu ombro, movendo os seus quadris contra o corpo feminino.
Circe leva a mão à sua cintura, aperta. Puxa o seu cinto, desfaz a cobertura que a túnica promove somente para poder arrastar as unhas da sua barriga às costelas. E você grunhe, ardendo não só pelo carinho arisco, mas pela ousadia de quem tecnicamente está sob seu controle.
— Má — a sua voz soa mais baixa, num murmuro como se não quisesse que ninguém além dela escutasse. — Pensei que fosse boa, esse era o seu defeito, não era?
Ela se delicia com as palavras, com o tom aveludado. Eu sou quem eu quero ser.
Amar Circe foi uma das melhores coisas que já fez, não só pela experiência nova e erótica, mas também pela conexão que se estabelece ao fazer dela sua primeira companheira. Deita ao canto dela, ao fim, quase se perde com o olhar pelo desenho do corpo nu, de lado com a cabeça sobre os lençóis macios. Os cabelos negros recaem em cascata, são jogados para trás e limpam o rosto corado, os olhos brilhantes.
Ela encolhe de leve a postura, o ombrinho tocando a bochecha.
— Eu vou contigo — diz.
Você apenas sorri, num suspiro que mistura o cansaço e o alívio.
— Mas, se me trair... — ela ameaça.
— Não vou te trair — garante. — Pareço com alguém que deves temer?
Tomam a noite para si, para o ócio. Com o nascer da manhã, porém, devem de partir. Faltam quatro dias para o fim do verão, e se querem uma passagem para o Submundo, estão com o tempo contado.
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