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#biancasantana
pequenozumbi-blog1 · 5 years
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Título: Quando Me Descobri Negra
Autora: Bianca Santana
Ilustração: Mateu Velasco
Ano: 2015
Gênero: Biografias e Memórias
Páginas: 96
Coleção: QUEM LÊ SABE POR QUÊ
País: Brasil
Idioma: Português
Editora: SESI-SP
“Tenho 30 anos, mas sou negra há dez. Antes, era morena.” É com essa afirmação que Bianca Santana inicia uma série de relatos sobre experiências pessoais ou ouvidas de outras mulheres e homens negros. E o foco principal é o nosso racismo velado e enraizado de cada dia. Bianca Santana, através da experiência de si, consegue expor e exprimir como é a relação da população negra que vive e sofre com o racismo desde a infância e como isso os afeta até os dias de hoje.
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afrobrasilidade · 5 years
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Crítica “Quando me descobri negra” Bianca Santana
Ao comprar o livro achava que era uma ficção, sem ler as “orelhas” muito menos comentários, queria começar o livro sem qualquer tipo de intervenção de segundos na minha cabeça. Logo na primeira página Bianca já coloca o leitor em seu devido lugar, praticamente sentado ao seu lado ouvindo histórias pessoais. Rico em sentimentos, o leitor sente o poder das palavras da autora e o peso que elas têm, tanto para ela, quanto para quem lê. O livro é divido em três partes: relatos pessoais da autora, em situações de racismo (de todos os tipos); relatos de pessoas que a autora conversou exclusivamente para escrever o livro e relatar outros racismos; crônicas que a própria autora escreveu baseadas em situações próprias misturadas com ficção de sua mente.
Os relatos em geral são curtos, porém a história que contam são densas e o leitor consegue sentir o peso que elas têm para os autores. Não é um livro que “vitimiza” os negros, mas sim um convite para o leitor colocar a mão na consciência e perceber que qualquer coisa mal dita ou em situações erradas, pode acarretar uma grande ofensa à alguém. Por conta de situações “pequenas” e de comentários insignificantes para alguns, Bianca escreveu um livro pra colocar o leitor em seu lugar e sentir que o racismo está em toda parte.
Em alguns relatos a autora conta um pouco sobre sua infância, tinha um certo preconceito com ela mesma, se achando “morena” todas as vezes que diziam que ela era negra “era possível ser racista com cinco anos de idade”. Conta como era sua relação com seu cabelo, pois quando era menor suas amigas tinham o cabelo liso, caídos para baixo, enquanto o seu era crespo e crescia somente para cima. Contou também sua relação com a morte de seu pai quando ela tinha apenas 17 anos de idade, seu pai ganhava dinheiro ilegal mas sempre a apoiou, sempre dizia que seu cabelo era lindo, nunca fazia ela esquecer de suas raízes negras de modo que ela tivesse sempre orgulho de ser negra, apesar das coisas que ela tinha que ouvir mundo afora.
Tanto os relatos de Bianca, quanto os outros têm pelo menos 2 relacionando o período da infância, também conscientiza os pais pois mostra a importância de empoderar e se orgulhar das raízes negras de uma criança desde cedo. Sendo assim, menos crianças se sentirão menores ou terão racismo de si mesmas uma vez que não foi ensinado(a) a ignorar a opinião alheia sobre sua cor de pele ou o tipo de seu cabelo. Somos lindas(os) de qualquer jeito independente de cor, raça, tamanho ou tipo de cabelo, o que não é lindo é ser preconceituoso, exatamente o que quer “pregar” Bianca, neste livro recheado de lições para a sociedade.
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hdmabuse · 5 years
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Seu Vermelho, liderança do Quilombo Rio dos Macacos, aos 89 anos, foi assassinado brutalmente, com machadadas, na noite de ontem, segunda-feira, 25/11. Há 50 anos ele participava da luta para proteger o direito de sua comunidade viver nas terras preservadas por seus ancestrais.
— Bianca Santana (@biancasantana) November 26, 2019
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pequenozumbi-blog1 · 5 years
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                                     Quando Me Descobri Negra
“Quando Me Descobri Negra” de Bianca Santa, é uma aula. De leitura fácil e que chama atenção, a obra é uma aula de consciência e de auto descoberta e eventualmente, aceitação.
Dividido em três partes, o livro está repleto de pequenos relatos, contados por Bianca que provocam e cutucam feridas envolvendo toda a questão da autoestima e da aceitação da negritude, principalmente aqui no Brasil, cenário onde todos os relatos ocorrem
DO QUE VIVI
São histórias que a própria autora viveu e conta, com toda paixão mas também com  dor os relatos passados por ela desde a infância. Nessa primeira parte do livro, são citados episódios sobre seus cabelos crespos, propostas para “ARRUMAR” os cabelos através de um alisamento, e a dificuldade que tinha para soltar o crespo que tinha em si. “Deduções” de que era uma funcionária, e não uma simples cliente em um restaurante...  Uma frase que é icônica deste livro é: “Tenho 30 anos, mas sou negra há dez. Antes era morena”. Essa frase simboliza bem como é crescer sendo uma negra. A palavra negra por si só já era evitada.
Ela conta: “Eu fui branqueada em casa, na escola, no cursinho e na universidade [...] Ainda em busca de identidade, afirmo com alegria que sou negra há dez anos”. É uma parte muito importante, pois é um grito de Bianca Santana, que durante muito tempo foi sufocada e silenciada de certa forma pelo racismo diário e comum que podem passar despercebidos para aqueles que o praticam… Mas para os que sofrem, apenas lhe restam marcas e feridas que demoram muito para parar de doer.
        2.  DO QUE OUVI
Já esses, são relatos de terceiros, que passaram pelas mesmas coisas, e às vezes piores que os relatos da própria Bianca, relatados através da autora. Mais preconceito, mortes, medo.”No país onde justiça ter cor, preto bandido não merece julgamento. Só caixão ou cadeia. E mesmo que faça tudo direito, tem sempre o risco de não voltar pra casa. Resistência seguida de morte.” Evidencia ainda mais como o racismo afeta a população negra desde o nascimento. Afeta psico e fisicamente. Seja com a própria pessoa, com seus irmãos, amigos, ou filhos. Não são casos específicos e isolados. É uma realidade para todos que sofrem diariamente. Para os que não, talvez passe despercebido.
        3. DO QUE PARI
Nesse trecho, Bianca faz uma mistura daquilo que ela viveu, com histórias que ela já ouviu. Adicionou um pouco de imaginação e crítica, e literalmente deu luz à esses novos relatos. E relatos que escancaram ainda mais tudo acima que ja foi discutido e relatado. Enquanto uma moça negra se envolve com um rapaz alemão, é obrigada a ouvir “É que uma mulata bonita assim como você consegue fazer um bom dinheiro com alemão, não é?” A dor de se considerar negra, enquanto outros insistem: “Você não é negra, você é MORENA”.
Enfim, segue aqui a minha dica: Leia “Quando me Descobri Negra”
Pra você negra, você negro: É uma grande obra que vai abraçar você, por mais que cutuque algumas feridas que se aprendeu a esquecer. Se descobrir negro é um processo que começa desde a infância. É preciso enfrentar tudo que te falaram sobre sua negritude, todas as vezes que você sentiu vontade de alisar o cabelo, ou por pressão social ou por falta de auto aceitação... as vezes que não ficou confortável em dizer: “Sou negro.”, que sentiu um tratamento diferente por desconhecidos, mesmo sem saber o porque.
Pra você branca, você branco: Leia… leia para entender o que são os pequenos racismos diários, que entram na cabeça da pessoa, que abafam e reprimem tanto a identidade, quanto a autoestima da pessoa. É um livro importante para todos. Minto. É mais que importante… é uma obra necessária.
Além do grande trabalho de Mateu Velasco, com suas belíssimas ilustrações, a forma de relatar de Bianca, como dito anteriormente, é um GRITO, mas de uma forma completamente pessoal e íntima que te coloca dentro de uma espécie de confessionário. Mas ao invés de pecados próprios, são pecados dos outros que são contados.
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afrobrasilidade · 5 years
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Documento “Quando me descobri negra” Bianca Santana
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Livro: “Quando me descobri negra” Autora: Bianca Santana Ilustrador: Mateu Velasco Editora: SESI-SP Ano de lançamento: 2015 País de origem: Brasil Número de páginas: 96
Foto tirada dia 07 de abril de 2019
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