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Aquela tinha sido a primeira vez em que uma conversa com Katherine não terminava em brigas ou confusões, mas não era agora, a primeira vez em que os lábios dela estavam nos seus, então Theo sabia que não poderia comemorar muito cedo, mas estava disposto a esquecer tudo por um instante e aproveitar o momento, afinal, fora pego de surpresa com os lábios dela nos seus, o que só podia comprovar o que já suspeitava, Katherine também o desejava e por enquanto, aquilo bastava. À medida que seus lábios se encontram, uma corrente elétrica percorre seu corpo, envolvendo-o em um abraço ardente que o transporta para um lugar além do tempo e do espaço. O beijo era calmo desta vez, embora ainda pudesse sentir a urgência característica dos beijos anteriores quais haviam trocado, beija-la era sempre como se fosse a primeira vez, como se nunca tivesse experimentado tais lábios anteriormente e ardesse pela sensação que sabia conhecer, mas que parecia tão desconhecida para ele. Theo estava completamente entregue ao momento, admitir que sentia ciumes de Kath não fora algo fácil para ele, agora ele sabia, ela teria aquela vantagem contra ele, mas já não se importava, não ali, não quando podia literalmente sentir todos os murros, tanto os seus, quanto os dela, serem destruídos. - Kath... - Ele sussurrou o nome dela quando seus lábios se afastaram por um segundo, não para chamar sua atenção ou algo parecido, mas de maneira involuntária, como uma suplica, uma reza, uma dividade. Para Theodore, cada toque dos lábios dela era como uma sinfonia celestial, uma explosão de sentimentos que o fazia se sentir vivo como nunca antes. Sua mente se tornava um turbilhão de pensamentos, enquanto o calor do beijo envolvia o seu ser. De maneira possessiva, ele a segurou em seus braços, prendendo-a contra seu corpo, incapaz de se separar dela, quebrou o beijo que trocavam para descer até o seu pescoço e depositar seus lábios ali, o cheiro dela era viciante, o gosto da pele dela em seus lábios era, agora ele sabia, sua droga favorita e ali ele entendeu uma verdade sobre seus sentimentos por aquela garota que jamais poderia revelar, nem mesmo para si próprio.
A garota o fitou por alguns instantes, um pouco incrédula com o temperamento do rapaz. Sabia que para ele era muito mais lucrativo ficar no passado, mas ouvi-lo dizer que os ajudariam a voltar foi um alívio. No fundo, Kath sabia que precisaria da ajuda de todos para retornarem e consertarem a linha temporal, que cada vez mais abria ramificações de possíveis futuros diferentes, como sua relação com Theo.
— Que bom que percebeu que não podemos ficar. Cada hora, cada minuto nesse tempo está alterando a realidade. — Disse por fim, evidenciando em seu tom o quão séria estava sendo. Ousou encará-lo por poucos segundos após se pronunciar, sendo pega de surpresa com a resposta dele sobre não a odiar. Revirou os olhos tão profundamente que quase conseguiu avisar o próprio cérebro dourado. — Eu sei que não me odeia, na verdade, você é apaixonado por mim. — O tom de Katherine era monótono, indiferente, como se explicasse algo óbvio porém como toques de incredulidade no que dizia.
Ainda incrédula, Kath suprimiu a vontade de revirar os olhos novamente com a brincadeira dele, bufando contrariada em resposta. Mas, sendo contagiada pelo sorriso e risadas do rapaz, seus lábios se abriram em um pequeno sorriso que se tornou uma risada baixa, a contragosto. — Sim, devo ter. Só um pouquinho assim, como outras coisas. — Foi a vez de Kath juntar o polegar o indicador em direção à Theo, soltando assim uma gargalhada pela própria resposta.
Seu rosto mais uma vez retornou à expressão séria e atenta ao observá-lo também se tornar sério com o assunto. Seus olhos buscavam o rosto de Theodore, prestando atenção em cada linha de expressão que fazia ao respondê-la. Por um momento, tentou pensar no que ele dizia em seu lugar, sobre como não daria tempo de mudar de curso. Por mais que fosse lógico, Katherine sabia que nem sempre as coisas deveriam ser lógicas, como o fato de estar bebendo vinho barato ao lado de Theodore Clarke, com vinte e cinco anos outra vez, e coração acelerado todas as vezes em que ele sorria.
— Não precisa abandonar, Theo. Basta apenas mudar de curso... Ou tentar uma especialidade em algo que você goste genuinamente. — O tom de Kath era baixo e compreensivo, como se quisesse ser entendida da melhor forma. Suas orbes buscaram a dele enquanto o via expressar confusão e gaguejar diante a resposta. Não sabia o que se passava na cabeça dele, mas na dela, uma voz enjoada não parava de repetir como era adorável. — Ok, futebol... Como Administrador, você pode gerir um clube, uma loja especializada. Mas se não é bem o que pensou, que tal algo para ser preparador ou treinador no futuro?
O clima tranquilo, obviamente, morreu com a provocação de Theo sobre o beijo que havia dado em Jawie durante a festa. Obviamente, ele ria da expressão de pura incredulidade no rosto da garota, aumentando ainda mais a raiva que parcialmente se dissipou ao ouvi-lo admitir que estava com ciúme dela. Theodore Clarke com ciúme de Katherine Lewis? A Nerd? Mal teve tempo de processar tudo que ouvia antes de tornar sua atenção a ele, orbes escuras fixadas a orbes escuras. De repente, sentiu-se sufocada, como se não houvesse ar entre os dois.
Ao ouvi-lo admitir que não somente sentiu ciúme de Kath, como nunca querer brigar com ela, a achá-la linda e se arrepender de ter dito aquelas ofensas à ela, os olhos escuros de Katherine se arregalaram em surpresa, enquanto o coração pulsava freneticamente e tudo em que prestava atenção era o como estavam próximos, o calor do corpo dele emanando para o dela, o toque suave em seu cabelo.
Antes que desse por si, Katherine levou ambas as mãos até o rosto de Theodore, o segurando com delicadeza, as pontas dos dedos roçando em sua barba. Fechou os olhos com a carícia em seu rosto, sentindo-se derreter sob o toque, sob o perfume, sob as respirações de ambos que se misturavam. Ao ouvi-lo, Kath não perdeu tempo ou o respondeu, apenas o puxou, apoiando suas mãos no pescoço de Theo, e terminando de cortar os poucos centímetros que os separavam.
Os lábios tocaram os dele tão levemente como uma brisa, antes de entreabri-los com os próprios, roubando-lhe um selar demorado e arrastado. Não percebeu quando suspirou, totalmente entregue no calor e perfumes de Theo, os dedos gentilmente o acariciando a pele e terminando por fim de colar ambos os lábios, iniciando um beijo lento, diferente dos que haviam trocado na festa.
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Parado em frente a porta do dormitório, Theodore respirou fundo antes de dar três batidas na madeira. Ele sabia que Kath provavelmente estaria brava com o seu sumiço, não se falavam desde que havia visitado a casa dos seus pais, de fato, até esperou que ela fosse procura-lo quando percebesse que ele não estava indo aos treinos ou às aulas, mas isto não aconteceu, o que só evidenciava que talvez ela estivesse mais irritada com o Clarke do que ele queria pensar. Mas precisava vê-la, precisava falar com ela, principalmente depois de das últimas revelações, não soube como se portar ao saber o que aquele ser desprezível tinha feito com ela, não sabia nem mesmo se ela o iria querer por perto, mas agora que estavam de volta, agora colocariam, mais um vez todas as cartas sobre a mesa. - Kath! - Ele chamou quando ninguém atendeu do outro lado. - Eu sei que está aí e preciso conversar com você. - Theo olhou para o relógio em seu pulso, não era tão tarde, não tinha como ela estar dormindo. - Olha, pensei em pedir uma pizza e eu trouxe vinho. - Agora olhava para a garrafa em sua mão. - Não sei se você vai gostar desse, o meu conhecimento para vinhos é péssimo, mas você tinha dito que tomaria vinho comigo qualquer dia desses. - Sua voz era uma oitava mais alta, esperando que a moça fosse ceder, mas aproximou-se um pouco mais da fresta da porta e falou mais baixinho. - Kath, abre aí, vai, por favor.
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Assentiu rapidamente diante do que Lara havia proposto, assim poderia de fato investigar alguma coisa. Theo não tinha muito, mas tinha algo dentro de si que despertava sua curiosidade a respeito das coisas que estavam acontecendo. - Certo, eu topo. - Disse imediatamente. - Onde você quer se encontrar para começar a investigar? - Ajeitou o capacete de futebol em sua mão, franzindo o cenho por conta do sol - Precisa ser um local seguro, você sabe, com toda essa segurança e tudo mais...
Lara assentiu, concordando com a proposta de Theo. Ela podia sentir a urgência em suas palavras, a necessidade de agir rapidamente diante da situação cada vez mais complicada em que se encontravam. — Sim, Theo, eu recebi alguns itens estranhos também. — Respondeu ela, lembrando-se das mensagens misteriosas e dos objetos estranhos que apareceram assim que retornaram. — Acho que é uma boa ideia juntar nossos recursos e investigar juntos. Quanto mais informações tivermos, melhor seremos capazes de entender o que está acontecendo. — Ela olhou em volta, verificando se estavam sozinhos antes de continuar. — Vamos nos encontrar mais tarde, em algum lugar discreto, e compartilhar o que descobrimos. Talvez possamos desvendar esse mistério juntos e descobrir como podemos impedir que as coisas piorem.
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Precisava admitir, de todas as reações possíveis a suas falas, aquela definitivamente não era a que esperava vinda de Kath. Seus olhos saltaram das têmporas enquanto ela se aproximava e grudava o corpo próximo ao seu enquanto envolvia o seu pescoço. - Ahn... O que você ta fazendo? - Perguntou ainda confuso com toda a situação. A verdade é que nunca virá Kath como um interesse em potencial, na época da faculdade toda a relação que tinham baseava-se basicamente em negócios e nada mais, no entanto ela sempre teve algo que chamou sua atenção de um modo que nunca pode explicar para si mesmo, talvez estivesse relacionado ao fato de ter sido sempre ignorado por ela na época ou algo assim. No entanto lá estava ela, agindo completamente diferente do que esperado para alguém como Kath. Sua mão correu até a cintura dela de forma automática enquanto tentava acompanhar o seu passo com um sorriso de incredulidade nos lábios. E então as próximas palavras dela chamaram sua atenção e quando deu por si ela estava se afastando deixando-o ainda mais confuso do que estava no começo de tudo aquilo. Theodore segurou a mão dela antes que sua dupla pudesse se afastar completamente, um de seus braços a envolveram, puxando-a de volta para si no exato momento em que a musica trocava de um pop chiclete para algo mais lento. - Dança comigo? - Perguntou se forma irônica sabendo que ela não tinha realmente para onde fugir. - Você não achou mesmo que ficar próxima de mim ia afetar a minha popularidade, não é? - Disse quando seus lábios estavam próximos do ouvido dela, finalizando em uma risadinha. - Isso aqui é a faculdade, Katherine, é serio que não sabe como as coisas aqui funcionam? - Girou a garota no ar e puxou-a de volta para si no meio da musica. - A unica coisa que estão pensando agora é em quanto tempo você vai acabar parando na minha cama, talvez estejam fazendo apostas agora mesmo. - Olhou em volta pelo salão, como um convite para a garota fazer o mesmo. - Se quiser continuar brincando eu topo... Mas é melhor não esquecer que neste jogo em questão eu sempre vou estar a um passo na sua frente. - Riu baixinho de forma convencida. - E eu sei o quanto você odeia perder...
— Como é que é?
A primeira reação de Katherine foi a incredulidade. Ele estava acusando-a de acabar com a reputação dele? De Theodore? A garota respirou fundo antes de reagir da maneira que gostaria, revirando os olhos, sacudindo as mãos ou só o empurrando para longe dela. Por que é que ele continuava perturbando tanto a paz de Katherine? Seria o fato dela não deixá-lo entrar em suas saias?
Ainda respirando fundo para não bufar de raiva, Kath se recompôs em um suspiro, entreabrindo os lábios em um sorriso travesso. Na batida da música que começava a tocar pela festa, e que Kath reconheceu sendo Piece Of Me da Britney Spears, lentamente aproximou-se do rapaz até estar quase colada ao corpo ao dele, levando os braços a seus ombros e abraçando seu pescoço, praticamente grudando ambos os corpos.
Ainda sustentando o sorriso ladino e fixando seu olhar ao dele, Kath lentamente sussurrou a letra da música de forma provocante, deixando o corpo dançar na batida, roçando ambos os corpos.
— I'm still an exception and you want a piece of me. — Ousou sussurrar a frase quase que nos lábios do rapaz, continuando: — A nerd aqui está acabando com sua reputação, Theodore? Mas que pena.
Antes que reagisse à investida que, ela mesma admitiria ter sido abusada demais até para si mesma, afastou-se dele soltando uma gargalhada alta.
— Veja sua imagem indo por ralo abaixo agora.
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Ali estava a Katherine que conhecia, por um momento Theo chegou até mesmo a esquecer de toda a questão com a viagem no tempo, era como se estivesse tendo algum tipo de memoria do seu passado. Aquela era exatamente o tipo de relação morde e assopra que teve com Katherine nos tempos da faculdade e levando em consideração as piadas sobre o tamanho do seu documento, não parecia que nenhum dos dois tinha amadurecido o suficiente para deixar estes dias para trás. Era inacreditável pensar que alguns minutos atrás a mesma garota havia lhe emprestado uma pomada para o tapa que havia levado no rosto e como ele tinha o poder de tirar a mais nova do sério, não que aquilo fosse muito difícil, é claro. Theo lançou a Katherine o seu sorriso mais presunçoso e cafajeste, os insultos dela não faziam nem cocegas nele, embora jamais confessasse que eles mexeram um pouco com o seu ego. Havia lidado com todo tipo de mulher sua vida inteira e conseqüentemente já teve de lidar com insultos piores. - Desculpa, eu não consegui ouvir uma palavra do que você disse estando tão próxima assim... - Sussurrou de volta, mantendo a aproximação iniciada por ela, pressionando seu corpo contra o de Katherine de modo em que ela acabasse encurralada entre seu ele e a estante de livros atrás de suas costas. - Sabe, eu nunca tinha reparado em você na faculdade, mas preciso dizer que até que é gostosinha... Theo levou a mão até uma mecha solta do cabelo de Kath, brincando com ela entre seus dedos antes de coloca-la atrás da orelha dela. -Mas eu acho melhor deixar uma coisa bem clara aqui... Nerd. - Riu baixinho, ainda sussurrando as palavras que proferia dos lábios. - Eu sou Theodore Clark e se eu decido que eu quero algo, então eu vou lá e pego. - Theo pegou a mão de Kath delicadamente, estendendo a palma e colocando ali a pomada que ela havia lhe dado. - Acontece que eu nunca quis você então é melhor baixar a bolinha... Quero dizer, você até pode ser a Katherine fodona que dobrou diplomatas e presidentes, mas esse aqui é o meu reino e advinha só quem está reinando de novo... - Sorriu, afastando-se aos poucos. - Eu tenho o seu numero, eu te procuro quando precisar dos seus serviços. - Piscou, afastando-se da sessão e consequentemente da garota, mas então parou, olhando para ela de longe. - E você tem o meu, me procura se quiser parar de ser esquisita e viver de verdade.
O ar saiu dos pulmões da garota em arfar, ela não podia acreditar que estava ouvindo tal coisa! Do Theodore! Sua mente pensou rapidamente em mil e uma formas de reagir, até mesmo de socar aquela cara prepotente do rapaz, mas decidiu engolir toda a irritação e reagiu da forma contrária, em uma gargalhada.
Por mais forçada que fosse, Kath deu tudo de si para soar convincente o suficiente, até mesmo verificando rapidamente se a bibliotecária havia ouvido do seu riso. Não queria ser expulsa da biblioteca, isso sim seria algo pior.
— Alguém já te disse que quem tem um ego tão grande, está tentando compensar outras partes? — Insinuou ainda em meio a risadas, antes de se recompor em um suspiro e continuar. — Um cara que autointitula suas péssimas cantadas como mágica? Olha para mim, Theodore, acha mesmo que eu cairia nessa?
O sorriso presunçoso e característico de Katherine estampou seu rosto, enquanto afastava as mãos do rapaz de seus ombros e dava um passo a frente, se aproximando, quase colando ambos os corpos e continuar em um sussurro, como se contasse um segredo.
— Aqui vai minha resposta, Theo: eu gosto de homens, não de garotos. — Katherine não se dirigia ao rapaz usando seu apelido, sempre mantendo a formalidade, mas dessa vez preferiu chamá-lo como os outros, para dar ênfase no que dizia. O sorriso se tornou ladino, irônico, antes de continuar em um tom indiferente, levantando as sobrancelhas. — Agradeço a preocupação, mas deixa que da minha vida, cuido eu.
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Theo não participou do sorteio da primeira rodada de verdade ou desafio. Estava ocupado demais na piscina com alguns dos seus amigos do futebol americano apostando com o dinheiro do papai quem conseguiria completar dez voltas sem perder o folego. Nunca fora muito bom com natação, destacando-se mais no futebol, mas agora podia usar as vantagens de ter um corpo dez anos mais novo para tirar dinheiro dos trouxas que ousaram competir contra ele. Quando chegou a sala, completamente encharcado e usando somente a calça de grife com a qual viera para a festa e sem a minima ideia de onde seu blazer, camisa e sapatos foram parar. Observou a roda de pessoas conhecidos com curiosidade enquanto alguns desafios já rolavam. Theo passou por Vincent, seu melhor amigo, e balançou os cabelos molhados na direção dele como forma de brincadeira, caminhando para um canto da sala e cruzando os braços em seguida, dando agora uma boa olhada nos outros participantes. Aleatoriamente seu olhar parou sobre Kath, o que ela estava fazendo ali entre eles? Questionou-se, revirando os olhos de forma quase involuntária. Agora até mesmo vê-la causava uma reação de de frustração mesclada a irritação no rapaz, algo que nunca aconteceu antes, mas que aparentemente era uma coisa nova entre eles, se provocavam e brigavam e nunca estavam em paz um com o outro, um novo tipo de relação para uma nova realidade.
Não soube dizer se foi algum reflexo ou se ela de repente o pegou encarando-a, mas tratou rapidamente de desviar o olhar para um outro ponto da sala, sentido-se um pouco envergonhado por pensar que ela poderia te-lo flagrado desta maneira. Não entendia muito bem qual era a de Kath, mas também não andava entendo muito bem qual era a sua, ao menos não quando o assunto era ela. Havia chegado a vez de Jacob girar a garrafa e todos desviaram a atenção para o objeto enquanto ele girava no chão. Theodore nunca acreditou muito em destino, mas pegou-se pensando nele por um instante. Se existisse essa besteira de destino, então será que ele sempre esteve predestinado a voltar aquele período do tempo? Com aquelas pessoas , com aquela... Garota?! Todos vibraram e riram quando o gargalo da garrafa parou em Katherine, mas surpresa mesmo fora o questionamento da verdade o desafio proposto por Jacob, Kath deveria dizer três coisas boas sobre ele ou beija-lo na frente de todos. O desconforto dela enquanto pensava era visível, todos queriam saber qual seria sua decisão e não pode acreditar em si mesmo quando se pegou ansioso e impaciente por uma resposta, no entanto, não precisou esperar por muito mais tempo, pois ao se levantar de onde estava aparentemente uma decisão já havia sido tomada. Sério. Kath?! Você realmente não consegue pensar em três coisas boas para dizer sobre mim? Pensou, surpreendo-se novamente ao perceber a frustração tomar conta de si enquanto ela caminhava a passos fortes em sua direção. Os olhos de Theodore acompanhavam Katherine enquanto ela caminhava até ele com um misto de surpresa e incredulidade, ela com certeza devia estar aprontando alguma coisa, pois tinha certeza que ela iria preferir escovar os dentes com shampoo de cachorro a beija-lo na frente de todos. De repente, algo estranho aconteceu. Sentiu uma estranha onde de nervosismo percorrer por seu corpo, mas o que diabos estava acontecendo? Porque estava nervoso? Não queria beijar Kath, nunca a viu dessa forma, nunca sentiu qualquer atração por aquela garota mimada, correto? Correto?! Não ousou dizer uma palavra quando ela estava próxima o suficiente e o mandou ficar em silencio. No segundo seguinte Kath tinha colado seus lábios nos dele, iniciando um beijo entre eles. Aquele não era um beijo normal, podia sentir toda a raiva da garota passando dos seus lábios e chegando aos dele. Os braços dela estavam envoltos em seu pescoço e ela o beijava com uma agressividade tipica da rivalidade que tinham um com outro, mesmo assim ele deixou que ela tomasse o controle inicial, entreabrindo seus lábios para que a língua dela buscasse pela sua, o beijo era forte, intenso, mas beirava o desconforto. Foi ali que algo de repente mudou para Theodore. Algo que não soube explicar, mas quando deu por si uma de suas mãos já repousava sobre a cintura dela enquanto passou a retribuir o beijo com desejo, um desejo que não sabia que existia até então, mas que estava ali e precisava com urgência. Theo entendeu de repente que assim como todas as outras vezes em que se encontravam, estavam travando uma batalha, desta vez uma batalha entre a aparente raiva dela em beija-lo e o seu desejo recém descoberto de tê-la para si. Também como em todas as outras vezes, principalmente desta vez, aquela era uma batalha da qual não estava disposto a perder
Verdade: Quais são os 3 pontos positivos que você consegue pensar sobre o Theo?
ou
Desafio: Eu tenho um amigo muito legal, inteligente, gato pra caramba, infelizmente hétero, mas ele é um puta bom jogador de futebol e ele tava querendo ficar contigo. Te desafio a beijar o Theo.
/Jacob
Há alguns poucos momentos na vida de Katherine que ela questiona o motivo pelo qual topou ou topa fazer algo. Poderia acrescentar nessa lista alguns acontecimentos do passado, alguns do possível futuro que já teve, e outros que sabia que iria se arrepender no presente. E, sentar-se junto aos demais colegas em uma roda de Verdade ou Desafio, definitivamente, estava competindo no topo de decisões mais idiotas já tomadas. Não é que Katherine não gostasse de um desafio, de uma brincadeira saudável, de algo para a entreter durante uma festa que ela tinha certeza que não existiu e não deveria existir.
Listando as coisas que poderiam afetar seu futuro brilhante, o desafio proposto por Jacob tinha tudo para alterar a linha do tempo. Iria alterar a linha do tempo, com toda a certeza. Durante o tempo na faculdade, o real é não o retorno, Katherine mantinha distância dos populares, ficava reclusa em seu mundinho e fazia seu comércio clandestino. Theodore era um desses jogadores populares que comprava seus textos, um negócio lucrativo para todo mundo.
Mas, retornar ao passado estava mexendo com a cabeça de Katherine. Na verdade, a faceta Kath estava mais forte, culpem os hormônios, e sua antiga impulsividade estava dando as caras. A Katherine estava odiando cada segundo. A relação com Theo mudou drasticamente de bons negócios para uma irritação acima do normal, e a garota não saberia listar três coisas positivas sobre ele. Tudo que ela pensava era o quão irritante, arrogante e prepotente ele era o tempo inteiro, além de um grande cafajeste que se meteu e meteria em qualquer rabo de saia do campus, mesmo tendo a chance de mudar seu passado.
Sem conseguir pensar em uma outra saída e motivada inteiramente pela adrenalina do desafio, os hormônios jovens e a impulsividade antiga, Kath levantou-se da roda resmungando alto o quanto ela odiava estar ali, dirigindo-se a Theodore a passos rápidos e firmes no chão, como se quisesse conter sua raiva ao pisar fundo nos saltos. O olhar da garota era tão afiado quanto uma espada samurai, pronta para matar qualquer um que ousasse falar qualquer coisa sobre sua decisão e ações.
— Calado. — Foi tudo que vociferou para Theodore, antes de cortar os centímetros que os separavam em fração de segundos, apoiando ambas as mãos em seu pescoço e o puxando em direção a seu próprio corpo.
As mãos de Kath puxaram-no de forma bruta, até que seus lábios tocassem os dele, em um misto de puro ódio e adrenalina. Fechando os olhos fortemente, Katherine inclinou-se o suficiente para angular ambos os lábios e iniciar o ósculo, refletindo sua raiva ao agressivamente tomar a dominância do beijo.
@imperfekt — casino-pool-party by coraline
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As próximas palavras de Katherine o pegaram de guarda baixa, nunca antes vira aquele mulher tão entregue diante de si, como se todas as paredes construídas por ela ao longo do tempo em que se enfrentavam de repente não existissem mais. Aquilo era assustadoramente emocionante, era novo e desafiador, mas era bom, tê-la em seus braços era bom, sentir o cheiro dela, olhar em seus olhos e sentir-se completo de alguma forma aquilo era bom e precioso e se questionava todo o tempo se conseguiria ser para aquela mulher o homem que ela precisava que ele fosse, magoa-la era de fato a ultima coisa que queria e ainda assim, mesmo com todos aqueles pensamentos, ele ainda sorria, totalmente entregue ao momento de intimidade que compartilhavam ali. - Você sempre foi minha, Katherine.- Disse, olhando-a nos olhos, não contendo o impulso de beija-la delicadamente nos lábios - Me desculpe por ter sido um idiota com você e por todas as coisas horríveis que eu te disse, eu falei sério no estacionamento quando disse que isso jamais vai acontecer de novo, eu não quero mais brigar. Ele a beijou novamente, completamente hipnotizado pela sensação de formigamento que os beijinhos que dava nela provocavam em seus lábios. Theo segurou as mãos de Kath então ele a guiou em direção a sua cama, onde se sentou sobre a mesma e puxou a moça para o seu colo, aninhando-a ali em seus braços, como se pudesse protege-la de tudo e todos, fechados em seu própria barreira de proteção.
- Nunca fui bom com esse tipo de coisa. Eu machuquei pessoas boas que não mereciam ser machucadas, mas eu não quero fazer o mesmo com você. - Theo encarou. - Eu posso parecer um garoto, mas sou um homem agora, não sou a pessoa que fez essas coisas. - Ele acariciava a coxa dela, onde sua mão repousava ao ter Katherine em seu colo. - Não sei exatamente o que estou sentindo, mas sei que estar aqui com você preenche um vazio que eu senti por toda minha vida, um vazio que eu entendo agora, precisei voltar até esse momento para poder preencher e se tiver um pouquinho de paciência comigo prometo que posso tentar... Como foi que você disse? Amadurecer. - Riu, beijando-a nos lábios mais uma vez.
Em uma fração de segundos, todo o turbilhão de sensações e emoções que perpassavam por sua mente e corpo cessaram. Era como se Theodore fosse a fonte e a resolução de tudo que sentia. De repente, as lágrimas fizeram sentido, tudo fez sentido. Desde a volta no tempo, Kath se sentia flutuando sobre o espaço, perdida entre o que queria fazer e o que deveria fazer. Não sabia os motivos, por mais que quisesse muito, do porque tinha retornado. Mas nos braços de Theo, pela primeira vez em muito tempo, se sentiu retornar, fincar os pés no chão.
Ele era o motivo mas também o propósito daquela confusão toda. O calor, o cheiro dele, o toque em sua pele. Katherine finalmente se sentiu vista e tocada, ancorada por algo muito mais forte que si mesma. Mais forte que sua mente, sua teimosia. Theodore Clarke parecia muito mais do que um nome em sua língua, era como uma resposta que a muito tempo estava esperando.
— Theo… — Sussurrou no abraço, se permitindo ser vista tão vulnerável como era a dez anos atrás. As lágrimas ainda escorriam por seu rosto, mas seu corpo parecia dominado por ele de tal forma que não tinha mais controle. Ao se separarem, mesmo que minimamente, as orbes escuras dela encontraram as dele, e tudo que ela conseguia ver era um reflexo. Reflexo do que sentia, reflexo do próprio coração acelerado ao dele. E naquele instante, Katherine conseguiu perceber que pertencia a ele mais do que gostaria e conseguia imaginar.
— Eu sei, eu sei… — O respondeu em um sussurro, seu rosto em um misto de lágrimas e algo que não conseguia nomear. Se sentia um cachorrinho perdido retornando ao lar. — Perdão, perdão por tudo… eu não sei o que deu em mim. Eu quero você, eu quero você de verdade. Estou disposta a ser sua, eu quero ser sua. Eu quero você, só você.
A confissão era algo inédito, saiu tão naturalmente quanto suas mãos delicadamente o tomavam o rosto, o acariciando com tanta gentileza, não tinha outra vontade a não ser toca-lo de corpo e alma, como sentia que ele estava fazendo consigo.
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Mas que merda estava acontecendo ali e como Jawie de repente estava parado sobre sua porta filmando o primeiro momento intimo que tinha com sua... Com Katherine?! Estava a ponto de socar o rapaz quando mais uma vez Kath se pós entre eles, separando-os. Theo sabia que conseguiria se manter segurando a camisa de Jawie por mais tempo, mas preferiu não desobedecer Kath e solta-lo, nem mesmo a vozinha de bebê que ela fazia fora suficiente para faze-lo se acalmar, mas tentaria, por ela, é claro. Saber que Jawie era ex namorado de Katherine não era bom para o seu ciume, vê-los juntos em qualquer futura ocasião agora não seria um evento do qual gostaria de ganhar uma cadeira vip. Esperava que ela pudesse resolver a situação e manda-lo embora, mas ao invés disso, aquele garoto tinha resolvido abrir a boca mais uma vez. Gostosa? Espera ai, Jawie tinha mesmo chamado sua namorada de gostosa na frente dele? Gostosa? - Jawie! - Berrou o nome do rapaz. - Seu filho de uma puta, do que foi que você chamou ela? - Theo viu vermelho, os olhos saltaram das têmporas e ele estava pronto para acabar com o outro de uma vez por todas. - É melhor você sair agora do meu quarto ou eu juro que eu mato você!
Katherine tinha algumas opções a sua frente para conter a vergonha do desafio proposto por Jawie. Não era adepta a apelidos fofos, não era muito romântica, mas conseguia confessar a si mesma que tinha gostado de ter sido carinhosa com Theodore, só nunca falaria em voz alta. Ao invés de continuar com os apelidos carinhosos e a voz fofa, decidiu se entregar a ele, tornando a beija-lo mais ferozmente que antes.
O calor entre eles estava pouco a pouco a sufocando, as mãos hábeis de Theo em seu corpo a provocando arrepios e suspiros, os olhos fechados fortemente, contendo como conseguia a vontade sussurrar o nome do maior de forma desesperada. Não conseguiu, por fim, conter o gemido abafado que escapou por ambos os lábios, ao ser apertada em uma área tão sensível.
Estava prestes a arrancar a própria blusa quando notou uma mudança brusca no corpo que a tocava, assim como uma voz distante. Katherine estava mais preocupada com o que faziam do que com alguém falando por perto, até que reconheceu a voz e quem proferia, e não era por perto e sim no próprio quarto em que estavam. Deu um pulo sobre a cama, as roupas desalinhadas, os cabelos bagunçados e os lábios levemente inchados, mas nada se comparava aos grandes olhos arregalados não somente pelo susto mas por constatar que estava sendo filmada naquela situação tão comprometedora.
Antes que pudesse intervir, Theodore se afastou da garota e foi de encontro ao convidado indesejado, o segurando pela blusa. Um flashback da festa perpassou pelos olhos de Kath, se lembrando perfeitamente das ameaças e de como Theo havia ficado enfurecido com Jawie. Naquele momento, tudo se repetia a sua frente.
Levantou-se praticamente correndo da cama, se colocando como conseguiu entre ambos os corpos dos rapazes, um de olhar mortal e outro exibindo um sorriso cínico e provocativo.
— Ei, ei, meninos! Sem briga, por favor! Onde estão os modos dos mocinhos, hein? É feio brigar e é feio provocar o coleguinha! — Seu tom era tudo, menos Katherine. Soava docemente, como se estivesse falando com duas crianças pequenas que brigavam por um brinquedo. Rapidamente corou as bochechas com raiva pela situação toda, se virando para Jawie enquanto continuava. — O que está pensando, bebê? Não pode fazer esse tipo de coisa, é um na-na-não!
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A escutou com atenção, pensando a respeito do que ela falava e tudo se encaixava. Theodore entendia o que estava acontecendo, e com pesar, suspirou ao entender que as coisas não seriam como ele queria, mas sim como quem os enviou de volta aquela realidade precisava que fosse. - Isso foi um aviso. - Disse convicto. - Um aviso de que não devo ignorar o que esta acontecendo e eu já entendi, não vou mais ignorar, vocês podem contar comigo se é que eu posso fazer algo para ajudar. - Theo ouviu em silencio, um sorriso estampado nos lábios, um sorriso que tentou esconder abaixando a cabela e encarando o chão entre suas pernas. Ao menos agora tinha a certeza, saída dos lábios da própria Katherine, que ela não o odiava como sempre pensou. - Obrigado! - Foi o que conseguiu dizer, voltando sua atenção a ela. - Se serve de alguma coisa, eu também não odeio você, confesso que não sei o que eu sinto, mas não é ódio. Theo esbarrou os ombros nos dela mais uma vez, rindo enquanto inclinava sua cabeça próxima ao ombro dela, olhando-a de cima. - Foi uma brincadeira. - Disse, mais risonho do que gostaria, sabendo que talvez o álcool do vinho que tomavam já estivesse fazendo efeito. - Não seja chata, é claro que eu não acho que tem fetiche em me bater. - Mas então ele riu um pouco mais, ajeitando a sua postura. - Talvez só um pouquinho assim... - Juntou o indicador e o polegar. Então ficou sério de repente com a próxima fala dela, e entendia que mais uma vez, Katherine tinha razão a respeito do que dizia, estudar demandava dedicação, mas como ter dedicação por algo que você detestava? - Porque estamos no ultimo ano, eu não posso e nem sei se deixariam que eu abandonasse a faculdade assim. - Aquele era um pensamento familiar e recorrente, de repente não sabia se quem falava era o homem ou o jovem, talvez uma mistura dos dois. Quando Kath o perguntou sobre o que ele gostava, de repente ele a encarou, pego um tanto quanto de surpresa, questionando-se porque de repente sentira a resposta para aquela pergunta na ponta da sua língua, ele mordeu imediatamente. - F-futebol. - Disse simplesmente, virando a cara para o lado oposto ao dela.
Theo riu sem humor diante do mal temperamento de Katherine diante de sua pergunta, ele não tinha a intenção de provoca-la, mas parecia exatamente o que tinha feito, ele a encarou novamente, no fundo dos olhos e simplesmente disse. - Sim. Eu senti ciumes quando você beijou ele. - Admitiu, um tanto quanto contrariado. - Não me pergunte porque, mas é isto, eu senti ciumes quando vi vocês dois daquela forma... Por isso eu estava pronto para dar uma surra no Jawie. - Arriscou olha-la diretamente nos olhos depois de sua confissão, seu ombro agora tocava o dela e não havia qualquer espaço entre eles. - Eu nunca quis brigar com você e nunca quis dizer aquelas coisas horríveis... - Theo levou sua mão até uma mecha do cabelo dela, colocando-a atrás da orelha. - Eu não te acho nenhum pouco sem graça, Katherine. - Admitiu. - Você é linda... E se eu soubesse que as coisas que eu te disse te levariam direto para os braços do Jawie eu nunca teria dito. - Seus dedos, que haviam colocado a mecha do cabelo dela para trás, agora faziam um caminho pela bochecha alheia enquanto seu rosto estava a sentimetros dos dela. - Eu vou beijar você agora, pode me parar se não quiser...
Katherine se calou por alguns segundos, enquanto as engrenagens de seu cérebro rodavam incessantemente. Até soltou uma risada com a resposta do rapaz, pois lá no fundo, Kath sabia que Theo gostava de ser o centro das atenções, ou de receber holofotes em alguns aspectos. Não poderia o julgar, já que no futuro, ela tinha tido sua própria cota de holofotes. Não que gostasse, mas entendia o sentimento. O problema ali era exatamente o que Theodore dizia: quem iria se beneficiar ou se prejudicar de uma mudança tão drástica na linha temporal? Provavelmente o capitão do time.
— Particularmente não entendo sobre o último jogo, eu não ligava para esportes naquela época. Mas, também me questiono: se é uma grande mudança na linha temporal, por que fizeram? O que motivou a mudança? Isso me faz questionar se outros aspectos do passado mudarão tanto para terem tanto impacto no futuro. — Fitou o semblante preocupado dele, estalando a língua ao ouvi-lo questionar sobre o apoio de forma incrédula e o respondendo quase que de imediato. — Claro que apoio, Theodore. Eu não te odeio, se é isso que acha. Posso não te conhecer totalmente e sim, te chamar um grande arrogante com síndrome de estrelismo, mas não te odeio. Também quero que as coisas deem certo para você. E se eu puder ajudar, ficarei muito feliz.
Acabou deixando escapar um sorriso com o que disse, desviando o olhar para o chão em sua frente. Desde quando estava tão mole com Theo? O questionamento a deixou pensativa, enquanto sua pulsação acelerava ao chegar em uma resposta que não estava preparada para aceitar. Sua atenção retornou para ele no mesmo instante em que o rapaz a empurrava e ria, brincando ao responder de forma provocativa sobre o tapa. Kath sentiu quando a ruga de irritação se formou entre suas sobrancelhas, e o respondeu quase de imediato.
— Sério? Theodore! — Não pode conter a reação imediata de seu corpo ao corar as bochechas. Só não sabia ao certo se era pelo toque dele em seu corpo ou se era da provocação, que até poderia ter um fundo de verdade. — De onde tirou essa história de fetiche? Argh, não brinco mais então!
O observou atentamente ao admitir que não gostava da graduação imposta, e nesse instante, Kath viu vermelho. A raiva subiu por suas veias ao descobrir que o rapaz cursava algo que não gostava apenas para agradar o pai narcisista. Os lábios se secaram automaticamente, e rapidamente tornou a umedece-los com o vinho que Theo a entregava.
— Ninguém merece fazer algo que não gosta para agradar alguém. — Começou em um tom delicado, sem querer atacá-lo mas demonstrando desconforto com sua situação. — Estudar envolve gostar. Não é só fazer algo por fazer. Exige dedicação e exige vontade. — Kath deixou a garrafa no chão, entre ambos, antes de continuar. — Seu pai me parece o típico rico que controla tudo ao redor com dinheiro, e vou te dizer honestamente, odeio gente desse tipo mas conheço alguns. Se não é o que você gosta e já sabe que ele continua um injusto no futuro, por que não muda? — Suas orbes escuras se fixaram nas dele, enquanto tentava transmitir de modo honesto, mas levemente arrogante. Naquele instante, a garota mimada era ela. — Tão bom quanto eu, hm… Acho que não. Mas acho que você pode ser genuinamente bom, do seu próprio jeito, se fizer algo que realmente gosta. O que você gosta, Theo?
A pergunta era sincera e franca, Katherine naquele instante queria apenas conhecê-lo melhor, ajudá-lo a encontrar um caminho que fosse realmente bom e sem amarras. Ainda sentia a irritação com o pai de Theo se dissipar quando desviou o olhar, algo naquela história tinha descido mal à Kath. Se ela dedicasse dois segundo no pensamento, saberia o motivo. Após terminar sua explicação sobre o relacionamento com Jawie, tornou a pegar a garrafa e beber alguns goles antes de engasgar com a pergunta do rapaz. Rapidamente tossiu para passar a sensação, antes de o responder em um tom totalmente irritado que combinava perfeitamente com a expressão em seu rosto e a forma com que gesticulava.
— Ciúme? Em você? Você sentiria ciúme de mim, Theodore? — Soou de forma indiferente, dando de ombros como a se resposta fosse simples. — Eu o beijei porque você, literalmente, insinuou que sou frígida e que ninguém tem interesse em mim. Quis provar o contrário, por mais que eu seja sem graça, algumas pessoas podem sentir atração por mim. E de frígida eu não tenho nem a sombra. — A última frase saiu mais como um sussurro contrariado, enquanto Kath revirava os olhos com aquela pergunta. Sério, Theodore com ciúme dela? Não conseguia enxergar esse cenário.
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O barulho do tapa que recebera de Katherine ecoou por todo o campo de futebol. Theodore podia jurar que todos que estavam ao redor deles em um raio de um quilometro, ou mais puderam ouvir, e minha nossa, como Kath batia forte, aquele não tinha sido o primeiro tapa que levara de uma mulher, mas com certeza era o que mais marcaria, literalmente, sabia que a marca dos dedos dela ficariam em seu rosto por semanas. Ele cerrou os olhos e levou a mão ao rosto de forma involuntária ao sentir o impacto, e ele ardia. Precisou respirar fundo para conter a raiva que o consumia naquele instante, quem aquela... Garota pensava que era para fazer aquilo com ele, com seu rosto?! Quando abriu os olhos novamente, pode ver Katherine dar a ele o dedo do meio enquanto lhe virava as costas, caminhando para longe. Queria ir atrás e gritar com ela, queria questiona-la sobre o motivo de toda e qualquer interação entre eles acabar de maneira tão catastrófica, mas sabia e entendia que tinha grande parcela de culpa no que tinha acabado de acontecer, sabia que a levou ao seu limite, embora Katherine não fizesse a menor ideia de que já havia levado-o ao seu a muito tempo. Não perdeu mais tempo olhando para ela, tratou imediatamente de colocar seu capacete, ninguém veria o seu rosto daquela maneira, ninguém o veria mais perto dela, aquilo tinha chegado ao seu ápice e aquele era o fim do que quer que tinham acontecido entre eles, não perderia mais tempo com ela, não pensaria mais nela, nem se quer cruzaria o caminho dela, Katherine que fosse para o inferno, pensou totalmente irritado, mesmo sabendo que ela provavelmente o encontraria por lá. "Theodore!" Seu treinador voltou a grita-lo ao fundo "Volte aqui agora!" Deu uma boa olhada no seu time, alguns o observavam tentando ao máximo não rir da sua cara. Garota insuportável, egocêntrica e arrogante! Cuspiu as palavras em sua mente. "Theodore, o treino ainda não acabou!" Esbravejou o treinador. Theo começou a caminhar a contragosto em direção ao seus colegas de time, mas então parou, e no ápice de sua frustração retirou o capacete de novo da cabeça e o arremessou com toda a força contra o gramado. - Foda-se! - Berrou, levando as mãos a cintura enquanto observava o capacete inerte contra a grama por alguns segundos, antes de apanha-lo novamente e deixar o campo, derrotado, sob os berros de seu treinador.
Um barulho seco e alto ecoou pelo campo atrás dos jovens. Alto e claro, pele contra pele, força contra algo inerte. Katherine estaria mentindo se não admitisse que estava nutrindo uma vontade absurda de bater em Theodore. Bater, chutar, empurrar, mas ela já tinha o avaliado rapidamente com o olhar e concluído que o único local vulnerável dele, naquele momento, era o belo rosto. Maldito uniforme de treino. A verdade é que o rapaz parecia a personificação de todos os anseios, confusões e frustrações de Kath.
Mas, obviamente, não somente por ser a versão humana e ambulante de toda a confusão emocional dela, que Theodore merecia, ao ver da garota, um tapa ou um chute nas partes de baixo. Nas últimas 24 horas ele havia a humilhado o suficiente para uma vida inteira. Por mais que parecesse a doce Kath, quem falava ali era Katherine Lewis. E Katherine Lewis nunca abaixava a cabeça para alguém, principalmente se esse alguém for um homem narcisista como Theo.
E ela não esperou qualquer reação vinda dele após desferir o tapa contra seu rosto. Simplesmente expôs, do modo mais infantil que pudesse, o dedo do meio em direção a ele, antes de virar as costas e começar a caminhar para longe de Theodore. Sua mente somente pensava um misto de muitos palavrões e acusações de narcisismo, falo-centrismo e desrespeito.
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Theodore riu da comparação feita por Kath, era estranho que parecesse que ela poderia de alguma forma ler sua mente. Nunca pensou em si mesmo como alguém previsível, mas ali estava Kath, gabaritando em todas as coisas que parecia conhecer sobre ele. - Bom, não quero parecer essa criança... - Começou, em um tom divertido. - Nem que sou o centro das atenções de alguma forma, embora eu admita que adoro mesmo ser.. - Riu. - Mas soaria muito egoísta da minha parte se dissesse que sim?! Pensa comigo, a quem mais afetaria essa mudança se não a mim? Vencer esse jogo não é tão importante para ninguém como é para mim e de repente um evento que não estava na linha temporal inicial acontece agora colocando exatamente a unica coisa que eu quero em risco... - Teorizou por um momento, sentindo-se péssimo pela sensação de que era uma mosca recém captura na teia de confusões que era toda aquela situação, sentia-se impotente diante dos recentes fatos, pronto para ser comigo por uma aranha enorme, mas de repente, ouvir as palavras de incentivo de Katherine o trouxeram de volta aquele momento. Ouvia tudo com atenção, incapaz de encara-la enquanto focava em um ponto qualquer de suas mãos entrelaçadas não podendo acreditar que aquelas palavras vinham diretamente de alguém que achou ser no momento, sua maior inimiga. - Você me apoia? - Perguntou com sinceridade e um pouco de incredulidade na voz. - Puxa, obrigado por isso. Theodore riu com Katherine naquele instante, embora seu tom estivesse propositalmente mais baixo que o dela, ouvi-la rir era estranhamente reconfortante. Ele a olhou enquanto parecia distraída, reparando em suas covinhas no rosto e em como aquele detalhe a deixava ainda mais... Linda. O que estava acontecendo com ele e porque era ela a pessoa que o fazia se sentir daquela forma? Aquilo era muito novo para ele, nunca estivera neste tipo de relação com uma mulher antes. Theo tocou os ombros dela, empurrando-a um pouco de forma proposital quando ela o bateu. - Qual o seu fetiche em me bater hein? - Questionou, brincalhão. Theo tomou mais um gole do vinho que estava anteriormente na mão de Kath enquanto a ouvia falar sobre ajuda-lo com os estudos. - Eu odeio administração, Kath. - Admitiu, antes de passar a garrafa de volta para a mão dela. - Eu só estudei essa porcaria porque meu pai insistiu, ele disse que era porque eu assumiria a droga da empresa, mas adivinhe, dez anos se passaram e eu ainda sou o capacho que ele faz questão de humilhar todos os dias. - Deu de ombros, um tanto frustrado, algo que passou no momento em que ele a encarou novamente. - Eu não sei, acha que eu posso ser tão bom quanto você e me formar por mim mesmo desta vez? - Questionou, imaginando a ideia por um momento. Feliz por ter quebrado qualquer tipo de contato com ela naquele momento e vê-la responder ao seu questionamento, prestou mais atenção no que ela dizia que o normal, caramba, agora estava tudo explicado, ela e Jawie namoraram no passado, saberia disso se no passado tivesse parado para olhar mais de dois minutos para ela. Algo dentro de si relaxou diante da afirmação de que eles não passavam de amigos agora, mas então, algo pipocou em sua mente naquele instante e precisava questiona-la, principalmente agora que estava de guarda baixa, nunca se sabia se aquela poderia ser a ultima chance de dividir um momento com uma Kath mais calma, de guarda baixa. - Mas se você não sente mais nada pelo Jawie, então porque beijou ele no verdade ou desafio? Foi para me causar ciumes?
— E agora você parece um garoto mimado que pega a bola quando não brincam como você quer. — Não conteve a provocação que veio instantaneamente ao observar a expressão contrariada de Theo. Entretanto, novamente se calou e deixou com que o maior desabafasse consigo, aproveitando a oportunidade e proximidade para notar cada linha de expressão que nascia em seu rosto, evidenciando preocupação, reflexão, dúvida e algo que Kath não conseguia nomear com facilidade. Diria vergonha, mas não era o termo correto, a seu ver. Acabou soltando um suspiro baixo e quase imperceptível, sentindo uma súbita vontade de tocar o rosto de outrem e desfazer a expressão confusa. — Acha que a mudança no time foi proposital? Como se quisessem te atingir de alguma forma? — A pergunta saiu de forma genuína, se formando como uma engrenagem na mente dela. — Não entendo de futebol, Theodore, mas entendo de trabalho duro e dedicação. Seu corpo sabe, seu corpo entende, se chama memória muscular e o passado não existe mais. Você é o jogador bom, não sua sombra de dez anos antes. Tenho certeza de que tem se dedicado inteiramente aos treinos, e isso logo vai ser retribuído ao ver seu desempenho melhorar. Não sei te dizer se ficaremos muito tempo nessa linha, se voltaremos, se tudo não passa de um sonho. Mas se é importante para você, para o seu futuro, saiba que te apoio totalmente.
A brincadeira de Theo a tirou totalmente da expressão preocupada e conselheira anterior, a fazendo soltar uma risada baixa e balançar a cabeça enquanto ria. Ainda em um tom animado mas incrédulo, o respondeu rapidamente — Por Deus! Em inglês? Theodore! — Não se conteve e deixou um leve tapa no ombro do maior, enquanto continuava rindo, só não sabia mais ao certo sobre o que ria, da piada ou do breve contato que teve com o rapaz.
— Não ligo de dividir o vinho, mas fazer seus trabalhos... Sinceramente, acho que deveria tentar levar os estudos mais a sério. Eu posso te ajudar, se quiser. — O convite saiu quase que instantaneamente, enquanto seu rosto retornava às feições sérias, o sorriso morrendo gradualmente. Algo no assunto a pegou desprevenida, como se a ideia de cortar laços com Theodore fosse impensável. Seu olhar baixou novamente para o colo, enquanto sentia o rapaz se aproximar mais, colando os corpos o suficiente para criar um pequeno toque entre eles. Katherine estremeceu.
— Obrigada. — Agradeceu pelo dito do segredo e levantou o olhar, o encarando por breves segundos. Os olhos de Theodore desceram para os lábios da garota, acelerando seu batimento cardíaco no mesmo instante. Kath conseguia sentir a pulsação em suas têmporas, o rosto arder pelo rubor e os lábios se entreabrirem, enquanto seus olhos também desciam pelo rosto do maior e encaravam fixamente seus lábios, sendo puxada para mais próxima dele como se fossem imãs. Ao vê-lo mordê-los, Katherine desviou o olhar tão rápido que sequer conseguiu digerir o motivo de sua boca secar e a respiração se tornar fraca.
Agradeceu mentalmente a pergunta e novamente levou sua atenção a ele, piscando contrariada algumas vezes antes de o responder em um tom baixo e sincero, formando um bico tão contrariado quanto, nos lábios. — Acho que não se lembra, mas bem, eu e o Jawie namoramos no passado. Na verdade, no ano de 2013. — Soltou uma risada baixa mas sem humor ao se recordar que estavam em 2013 de novo. — Na verdade, éramos para estar namorando nesse exato momento. Mas terminamos no final do ano, e agora retornamos no tempo com sentimentos bem diferentes. Não estou mais apaixonada por ele, mas ainda o considero um amigo, apesar de não termos cultivado a amizade depois do término. É que foi difícil superar o fato de que ele me traiu, com outro. E outras coisas que aconteceram depois do término.
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Ok, precisava admitir, as palavras de Katherine o acertaram em cheio, estava tão preocupado com os recentes eventos que quase tinha esquecido do momento em que tiveram na festa de Cora, e como acabou estragando tudo entre eles. É claro que se arrependeu do que havia dito no momento que as palavras saíram de seus lábios, mesmo que aquele tivesse sido uma reação a ação dela de afasta-lo depois do beijo que haviam trocado no banheiro. A verdade é que Theodore sempre fora assim, um bicho acuado que ataca quando se sente ameaçado, e ele sabia disso, e obviamente colocava alguma parcela de culpa na forma negligente como fora criado por seus pais. A verdade absoluta é que as palavras de Kath doeram tanto porque estavam carregadas de uma verdade que Theodore não poderia negar. Até acordar aquela manhã estava pouco se lixando para teorias e conspirações e apenas vivendo o momento, mas agora que essa nova realidade parecia completamente ameaçada de modo que nem mesmo ele poderia ignorar, precisava ser honesto consigo mesmo e admitir que a unica pessoa em quem pensou em todo o momento fora em si próprio e o que precisaria fazer para manter as coisas exatamente como estavam. Sua expressão vacilou por um segundo enquanto encarava a garota no meio das acusações que ela proferia em sua direção, cerrou a mandíbula e encarou o chão por um segundo antes de voltar a olha-la nos olhos. - Você já acabou? Ótimo! - O sorriso presunçoso então brotou mais uma vez em seus lábios. Theo cruzou os braços e lançou a Kath um olhar gélido. - O que? O que você quer que eu responda? Que você está errada, que não sabe de nada ao meu respeito e blá,blá,blá? Eu não posso porque além de insuportável, você também é muito perspicaz, Katherine. - Riu, girando o capacete de treino em sua mão e franzindo o cenho por conta do sol. - Eu sei que você está bem chateada por ontem e eu devo ser a sua pessoa menos favorita neste momento, mas... - Aproximou-se dela para sussurrar a próxima sentença em seu ouvido. - A salvação, nesse caso, não é individual, se um nós se ferrar, todos nós vamos nos ferrar, então é bom pensar rápido e usar esse seu cérebro de nerd para alguma coisa e tirar a gente dessa ao invés de perder o seu tempo numa briguinha sem sentido comigo só porque não consegue esconder o fato de que está sexualmente frustrada porque me odeia mas secretamente ta morrendo de vontade de dormir comigo.
Katherine tentou. Ela realmente tentou ignorar tudo que tinha acontecido na noite anterior, os desafios, a discussão, os beijos e as palavras de Theodore. Ela realmente tentou, mas vê-lo ali, na sua frente, se dirigir à ela como se nada tivesse acontecido, como se a confusão emocional que ele havia deixado ela não estivesse a corroendo por dentro. Com certeza ele fazia esse tipo de joguinho com outras, mas não iria deixar fazer com ela. Porém, no momento, eles tinham algo muito mais importante em jogo do que a atração que tinham com comum. Certo?
Errado. Ao ouvi-lo se dirigir à Jawie daquela forma, o sangue de Kath ferveu em suas veias. Ela não queria brigar, ela não queria discutir mais. A garota cruzou os braços em uma tentativa de controlar a própria impulsividade e irritação mas já era tarde demais.
— Sinceramente? No que o Jawie se difere de você? Vocês dois querem ficar nesse inferno de passado! Você não conhece o Jawie, você não sabe quem ele é, não te cabe nenhum julgamento! — E, ali, ao ouvi-lo constatar que tinha deixado sua faceta escapar por alguns segundos ao chamá-lo pelo apelido, Katherine não conteve mais a emoção conflitante que tinha por Theodore, uma mistura de raiva e algo que não sabia colocar em palavras. — E é uma linha que jamais cruzarei, Theodore. Mas não sei se reparou, tenho coisas muito mais importantes para me preocupar do que com você e sobre como eu te chamo. Você está preocupado? Jura?
Kath acabou soltando os próprios braços, a impulsividade e a raiva eram fortes demais para conseguir conter. Rapidamente levantou o dedo indicador direito, em riste, enquanto apontava para ele e continuava em um tom mais agressivo, com a raiva explícita em cada palavra.
— Eu vou te dizer com o que você se preocupa: com você. Você só sabe pensar em você, não está nem aí com o que vai acontecer com o Jawie ou com qualquer um aqui! Você só se importa se isso tudo vai atrapalhar sua vidinha e seu joguinho de correr atrás de uma bola! Então, sério, Theodore, — Fez questão de frisar o nome dele em sua língua, antes de continuar. — Continue vivendo sua vidinha supérflua correndo atrás de uma bola e de toda mulher que respira perto de você. Quem ou o quê fez isso conosco, com toda a certeza, não espera nenhuma outra atitude vinda de você.
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Theodore deu de ombros diante do questionamento de Katherine, como se não se importasse se o treinador de fato fizesse o que prometeu, mas algo em sua postura o fez lembrar de um garoto contrariado que não conseguia o que queria. Ele a encarou por um momento, a frustração em cada palavra proferida. - Ele é o técnico, então ele pode fazer o que quiser, não é isso o que me incomoda. - Mordeu a língua por um instante, reflexivo em seu silencio antes de continuar. - Tenho a sensação de que quem quer que tenha feito isso não quer que eu esqueça que não estou nessa realidade para brincar de ter dezessete outra vez. - As próximas palavras de Katherine chamaram sua atenção, porque de fato, mesmo com todos os problemas que enfrentará no passado, ele era mesmo um ótimo jogador. - A verdade é que eu não jogo futebol há mais de dez anos, posso ser bom, mas estou enferrujado, estou usando os treinos para tentar me colocar de volta no jogo, mas eu não sei, não sei se sou tão bom quanto fui no passado e isso me assusta porque eu sei que não vou ficar nessa realidade para sempre, e preciso ganhar o ultimo jogo da temporada, porque sei que ganhar esse jogado vai mudar meu futuro para melhor. - confessou, sentindo-se de repente minusculo diante dos seus medos. A olhou a tempo de vê-la corar diante de seu elogio, e não pode deixar de sorrir diante da sua reação, era tão engraçado observar os muros dela sendo destruídos de forma tão leve. Não entendia como Kath poderia se achar tão desinteressante naquele corpo, quando tudo nela era bonito, seus olhos negros, seu sorriso, os lábios carnudos... Foco, Theo, o que ela estava dizendo mesmo? - O que? É claro que não, nunca leu a bíblia? Ela está em inglês. - Brincou, rindo junto com ela, algo que reparou ter feito demais em tão poucos minutos ao lado de Katherine. - Não se preocupe, não vamos ficar muito por aqui, logo vamos voltar pra casa e nunca mais vai precisar dividir um vinho comigo ou fazer os meus trabalhos. - Disse, mas no fundo de seu peito, uma dorzinha se fez presente, algo que ele entendeu como sendo uma especie de tristeza, mas havia decidido ignora-la por enquanto, pois Kath não conseguiu negar o que tinha lhe dito, ela lhe achava mesmo bonito e isso o fez se aproximar mais dela, encostando seu joelho nos dela e virando o tronco de modo que pudesse encara-la de frente agora. - Eu vou guardar o seu segredo. - Disse, olhando-a nos olhos e então desviando para seus lábios tão convidativos. Theo mordeu os próprios lábios por um momento, pensando que aquele seria o momento perfeito para fazer o que queria e beija-la, sentir o gosto do vinho em sua língua mesclar com o seu gosto agora tão conhecido por ele, mas respirou fundo, balançando a cabeça para espantar o pensamento e buscar outro que pudesse fazer com que eles continuassem falando. - Então, você e o Jawie na festa da Cora, o que ta rolando? - Perguntou curioso, tentando esconder a pontada de ciumes no seu tom.
Katherine era muitas coisas, e ela até mesmo diria que é muitas coisas controversas, mas nunca injusta. E no instante em que Theodore a contou sobre a mudança no time, a garota sentiu o gosto amargo da injustiça e da raiva em seus lábios. Talvez, essa mudança na linha temporal não fosse tão significativa, afinal pelo que ele lhe contava, o técnico deveria ser bom. Mas… algo ali não a cheirava bem. Nem descia bem.
— E ele pode fazer isso? De verdade? — Estreitou os olhos como se reprovasse tal ato, seu rosto se tornando a figura séria de sempre por alguns instantes. — Não gosto disso. Não gosto dessa alteração. Isso me deixa pensando o que mais vai mudar nessa linha? — Kath já estava pensando em outras figuras e outros momentos que poderiam ter mudado e que teriam total impacto na vida de ambos, como esse. — Confesso que não entendo muito de futebol, mas sempre disseram que você é o melhor. Não deixe que ele entre em sua mente, você é melhor do que foi no passado. Tenho certeza de que se dará bem nos testes e continuará capitão. E se não…
Ali estava, Katherine de semblante sério e olhar afiado. Não era uma ameaça para Theodore no momento, mas seria para o treinador que estava o deixando frustado daquele jeito. Por alguns segundos, a nuvem do puro ódio nublou seus pensamentos de uma forma em que não notou, honestamente, o que a fez reagir daquele jeito. Mas ali estava, a máscara de ataque, uma forte vontade de proteger o jogador de quem estivesse o atrapalhando.
E do mesmo modo em que se formou sua casca gélida, sentiu-a derreter tão rapidamente quanto a construiu. Theodore tinha tocado em um assunto sensível que quase nunca deixava transparecer, seu grande complexo de inferioridade. As bochechas arderam e se tornaram rubras no mesmo instante em que o ouvia elogia-la. O contato visual com ele, a medida em que ele a elogiava, era sufocante demais. Algo em seu peito se apertou e se transformou em um frio na barriga. Definitivamente, ele a enlouqueceria.
— Ah-ah… Hm… obrigada? — Não sabia porque estava gaguejando ou porque a garrafa em suas mãos parecia tremer. Seu rosto se abriu em um sorriso tímido, quase nunca visto na mulher, mas que direcionou ao chão a sua frente. Não iria, não iria sorrir para ele daquele jeito… Optou por continuar sua fala animada, era uma ótima maneira de dispersar qualquer sentimento ou nervoso que crescia entre os dois. — Um livro em latim? Eu sou a bíblia?
Não aguentou a própria piada sem graça e em instantes estava gargalhando, como se o nervoso anterior não tivesse ocorrido. O peso em seus ombros relaxou no minuto em que começou a rir, se tornando fácil ficar ao lado dele, mesmo que se sentisse sufocada pela risada dele. Theodore já havia rido com ela daquele jeito antes? Katherine diria que não, mas também não mentiria dizendo que não gostou. Vê-lo sorrir tornou as malditas borboletas no estômago mais fácies de digerir.
— Acho que é o mínimo de luxo para qualquer um. Sinto falta deles, e da minha casa. — A garota soltou um suspiro frustrado, formando um leve bico nos lábios antes de voltar a observa-lo rir por alguns instantes. Seus dedos foram tocados gentilmente por ele, a medida em que o rapaz tomava a garrafa de suas mãos. Katherine mordeu a própria língua para não estremecer com o breve contato, juraria que sentiu algo se dissipar em si mesma com o calor de Theo tão próximo, mas nunca afirmaria tal coisa. É, definitivamente, ele iria enlouquecer Katherine Lewis.
— Ei! Eu não disse isso! — Tarde demais para se defender, pensou consigo mesma. O próprio pensamento a fez soltar uma risada baixa, balançando os fios de cabelo enquanto ria. — Por favor, não conte a ninguém! Me sinto tão… boba, agora.
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- Teoricamente sim. - Respondeu ao questionamento dela, e continuou. - UCLA rebaixou o Edward e contratou o Simon Towley, o antigo treinador dos Trojans para assumir a temporada este ano. - Encarava o chão a sua frente enquanto contava a Kath a respeito dos últimos eventos. - E o cara basicamente já chegou dizendo que teremos que fazer novas audições para os nossos postos, ou seja, até que eu prove que sou bom, não sou mais capitão de nada. - Disse, em um tom frustrado enquanto deixava escapar um suspiro dos lábios. - Eu sei que em dois mil e quatorze passei a maioria dos meus dias nesse lugar bêbado demais para dar a minima para qualquer coisa, mas tenho certeza absoluta de que Simon nunca foi o nosso treinador, isso é novo, Kath. - Desabafou por fim, deixando evidente a preocupação estampada em seu semblante. Theodore não pode deixar de balançar sua cabeça positivamente como que para confirmar a sentença dela, sim, gostava daquela realidade, ali ele não era um fracassado, tinha um destaque, uma importância, não era apenas mais um na multidão, diferentemente da pessoa que havia se tornado dez anos depois. A encarou seriamente quando a ouviu falar que ela não compartilhava do mesmo sentimento, e entendia. Katherine se tornou alguém importante, era de se compreender que ela preferisse seu futuro, mas precisava descordar de algumas coisas. - Você é linda, Katherine. - Disse por fim, olhando-a nos olhos. - Eu acho que o problema é que nunca prestaram atenção em você da maneira que deveriam... - Theodore sentiu suas bochechas corarem diante do que havia acabado de dizer, então apertou os olhos com força, quebrando qualquer contato com ela e virando o pescoço para o outro lado. Droga, Theodore, o que está fazendo? Questionou-se, passando uma mãos mãos sobre a nuca e esfregando o local com mais força que o normal. Felizmente, Kath quebrou a tensão do momento continuando a falar e ele voltou sua atenção para ela quando pensou estar seguro de seus pensamentos confusos, rindo junto com Kath, algo que pensou jamais ser possível. - Eu não saberia explicar, mas se puder tentar, sempre que eu olho para você eu penso que é um livro aberto, mas está completamente escrito em latim, e eu nunca entendi latim, faz algum sentido para você? - Riu um pouco mais, cruzando os braços em volta das pernas, um sinal claro de que estava se sentindo mais confortável ali do que imaginava. - Pijamas de seda, hun? Eu entendi, você fez o seu nome, pijamas de seda são o minimo do luxo que você merece por isso. Precisava admitir, ouvi-la chamar pela abreviação de seu nome lhe causava uma sensação estranha da qual ainda não conseguia dar um nome, então apenas sorriu, pois se recordou que quando ela o fez um dia antes e lhe pontou isto, acabou com as mãos dela em seu rosto de uma maneira muito diferente da que preferia. Mas não pode ignorar quando ela disse que seu rosto era bonito, tanto que a risada que deu em seguida saiu um pouco mais alta que o normal. Theodore a observou tomar mais uma grande quantidade de vinho, antes de pegar a garrafa para si, tocando seus dedos propositalmente somente para sentir o calor que emanava deles e entranhava diretamente em sua pele. - Então quer dizer que você me acha mesmo bonitinho, hun? - Questionou, antes de levar a garrafa aos lábios e tomar ele mesmo um gole maior da bebida.
A expressão otimista de Katherine se desfez em um momento com o comentário do rapaz. Algo em seu tom, o modo como falou ou expressou fisicamente, algo ali a incomodou de imediato. Não sabia ao certo o motivo ou o porquê, apenas sentiu. E sentiu até demais para seu gosto.
— Como assim…? Aconteceu alguma coisa? Te tiraram do time? — Conforme falava, seu tom foi ficando cada vez mais apreensivo. Ao notar que o sentimento confuso estava dando sinais em sua expressão, a garota pigarreou limpando a garganta. — Você gostava dessa realidade, não é? Então é válido ficar preocupado com o que está acontecendo ou querer ficar. Mas eu… eu não gosto dessa realidade. Aqui eu sempre fui a patinho feio, a nerd, a sem graça… O futuro me sorriu mais.
Sua confissão saiu quase em um sussurro, e suspirando profundamente, imitou o rapaz e balançou a cabeça em negação. Não queria tocar naquele assunto, muito menos com Theodore. Sabia que o rapaz sempre teve essa visão dela, enquanto jovens, e Kath não gostaria que permanecesse. Desviou o olhar assim que cruzou com o dele, sentindo as bochechas arderem levemente. Droga de corpo jovem.
— Você diz que não acha que será capaz de me conhecer inteiramente, algum dia, mas imaginava sobre minha compulsão por vinhos? — Por fim, Kath deixou de lado as sensações e reações estranhas e sorriu, ousando soltar uma risada baixa ao deixar seu tom em uma brincadeira. — O estresse é real, e o vinho também. Mas esqueça qualquer elegância, gosto de beber na minha casa, no meu conforto e pijamas de seda.
Katherine suspirou de modo sonhador, recordando-se de bons tempos futuros. Deixou que o rapaz pegasse a garrafa de suas mãos, e concordou com a cabeça, antes de se aproximar ainda mais dele e tomar novamente o vinho para si.
— Não vou te bater mais, Theo. — Sabia que usar o apelido o causaria estranheza, e de fato usou para que chamasse sua atenção. De repente, Kath se arrependeu de ter dito que não era igual as jovens universitárias… Sentia-se estranhamente fora de si. Deveria estar ficando louca. — Até perguntaria qual reputação você tem, mas… não farei mais isso com seu rostinho bonito.
A confissão saiu tão naturalmente que até mesmo Katherine estranhou o que disse. Seus olhos se arregalaram ao que novamente se encontravam aos dele, e imediatamente tornou a beber do vinho, em grandes goles.
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Apertou os olhos por um instante, colocando a mão sobre a cabeça como se de repente estivesse se lembrando de quem ela estava falando. - Harper, é claro. - Tentou puxar na memoria a respeito da garota, embora não estivesse fazendo um grande esforço pra isto. O beijo que tinha dado de forma impulsiva na bochecha de Kath se deu pelo fato de que estava empolgado demais pela resposta positiva da garota, mas também porque era interessante demais vê-la reagir tão negativamente a sua aproximação. - Ei, calma ai, eu só estava sendo amigável. - Deu de ombros. - Eu sei que você é imune a minha magica ou algo assim e tudo bem, eu não ligo, mas então eu pensei... - Cruzou os braços também como se tentasse reorganizar seus pensamentos. - Talvez você não esteja afim de caras... - Esperou por um momento observando a expressão de Kath na esperança que isso lhe desse alguma resposta. - ... Ou talvez você tenha passado a faculdade inteira afim de outra pessoa... Quer saber? Eu não ligo. - Balançou a mão no ar como se expulsasse o pensamento e a ouviu com atenção enquanto ela falava sobre ter a vida de volta. - Meu deus, mas que vida? A que você volta pra casa depois de um dia inteiro de trabalho e enche a cara de vinho caro enquanto faz carinho nos seus três gatos siameses? - Riu, colocando a mão sobre os ombros da garota e sacudindo levemente. - Olha a sua volta, você tem a oportunidade de fazer coisas que nunca fez e ta resmungando sobre voltar pra casa?!
— Harper, a menina que faz gastronomia, que vende brigadeiro. — Respondeu automaticamente, acrescentando o nome de Vincent em sua lista.
Suspirou profundamente, pensando seriamente no que estava se metendo novamente. Não que se importasse em voltar ao comum normal da Kath ingênua e trabalhadora, mas voltar ao passado estava mexendo totalmente com sua cabeça. Era uma mulher de 35 anos no corpo de 25, os traumas e as lembranças ainda estavam ali, e ela sabia exatamente como esse ano seria, ou foi.
Kath saiu de seus devaneios ao sentir o beijo em sua bochecha, franzindo o cenho fortemente e o encarando com um grande vinco entre suas sobrancelhas.
— Ei! Mas que abuso é esse? — Instantaneamente cruzou os braços sobre o peito, continuando em um tom irritado. — Não somos amigos e não fomos no passado. Nossa relação é comercial. Não é porque estou aceitando tudo novamente que estou disposta a ser uma versão melhor de mim mesma. Não estou feliz com essa situação, eu quero minha vida de volta.
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Quando avistou Kath de longe, não pensou em todas as coisas que os separavam, mas na unica coisa que os unia, o fato de estarem juntos naquilo, em circunstancias normais, depois do que passaram na festa da noite anterior, não teria se aproximado ou falado com ela, sabia que as coisas que havia dito antes de deixa-la sozinha naquele banheiro foram pesadas e sabia também que a unica coisa que não faria ela se afastar depois que se aproximou era também o que os mantinha juntos, a viagem temporal e todas as suas consequências. Se Kath estava brava com ele, não demonstrou, ela parecia tão nervosa e preocupada com o tudo o que estava acontecendo quando ele. - É obvio que não vão levar ele a sério, é o Jawie! - Respondeu como se aquilo fosse obvio, afinal não fora o próprio Jawie que estava semanas atrás vestido de gênio falando por ai que adivinharia o futuro das pessoas?! - Espera ai, você me chamou de Theo? - Cortou sua linha de raciocínio no momento em que a ouviu chamar pela abreviação do seu nome, Kath nunca o chamava assim. - Pensei que essa fosse uma linha que jamais cruzaria, Katherine. - A situação era séria, mas não poderia deixar que aquele momento passasse batido de nenhuma maneira. - Enfim, é claro que eu não estou preocupado com o Jawie, eu estou preocupado com o que podem fazer com ele e consequentemente comigo se eu for pego farejando pistas por ai que nem a porra do Scooby Doo.
Após ouvir todo o discurso de Jawie e o consequente do reitor, Katherine reuniu seus presentes inusitados sobre a mesa em que estudava e decidiu que iria começar a seguir seu instinto, seja lá o que ele estivesse lhe dizendo. Estava dando um soco no escuro, sabia disso, mas tinha que tentar algo. A loucura da viagem no tempo estava afetando tudo ao redor e ela, sinceramente, já não sabia mais o que aconteceria no dia seguinte.
Tomou a decisão de ir até o laboratório de física, onde estabeleceu ser seu pontapé inicial. Claro que, mesmo antes de receber as fotos, a garota já havia se debruçado sobre livros de física quântica o suficiente para enlouquecerem alguém de humanas. Mas Katherine sempre foi boa em tudo, e sabia que em algum lugar, seu gosto por números e física ainda estava presente.
Desta forma, saiu da biblioteca o mais rapidamente possível, deixando o prédio de seu curso e caminhando pelo campus. Andou por dois minutos até sentir que estava perdida. A verdade é que quase não saía do perímetro de seu curso e eletivas. Não frequentava a área onde o laboratório de física se encontrava e constatar esse fato a irritou no segundo em que tomou ciência.
No entanto, em sua caminhada confusa, tinha se aproximado, sem querer, do campo em que o time de futebol americano da faculdade treinava. Estava tão absorta em seus próprios pensamentos que mal notou os gritos e os apitos ao fundo, até que alguém se dirigiu diretamente à ela.
Levantou seu olhar a tempo de ver que era Theodore se aproximando a passos rápidos. Se pudesse confessar algo, diria que estava evitando esse encontro o máximo possível, sem tempo para desperdiçar com qualquer que seja a situação entre eles.
Naturalmente, revirou os olhos, pronta para o cortar no meio de seu caminho quando se surpreendeu com a abordagem de Theo. Katherine piscou alguns vezes, tentando assimilar o que ouvia. Estava sim preocupada com Jawie, o que tinha ouvido foi o motor principal para que começasse a procurar respostas mais na prática do que na teoria, mas ouvir o tom preocupado no mesmo rapaz que havia ameaçado Jawie na noite anterior? Essa sim foi uma surpresa.
— Também ouvi. Acho que a faculdade inteira ouviu, mas algo me diz que não o levarão a sério. — Kath suspirou, suas feições impassíveis se desfazendo em uma expressão desconfiada. — Tem alguma coisa errada, Theo. Tenho certeza absoluta que herpes simples não causa alucinações. E o que ele disse não são alucinações. Mas… espera aí. Você, preocupado com o Jawie? Não era você que tinha ameaçado ele ontem mesmo?
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