Tumgik
#eu podia ter assado o de chocolate
kinslayersadvocate · 1 year
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Por que colocam erva doce na mistura para bolo de fubá??? E nem avisam na embalagem! Eu passei a tarde toda ansiosa por esse bolo, e pra quê?
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silhuetismo · 3 years
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como eu disse mais cedo, eu estou cheia de saudades da amizade da katniss e do finnick. por isso, tava relendo os meus rascunhos e as minhas wip (histórias em andamento), e quis compartilhar esse blurb deles.
essa história meio que faz parte do universo de crashing down, mas pode ser que não faça também... eu ainda não decidi. de qualquer forma, está aqui. e eu, mais uma vez não revisei antes de postar, então desculpem os erros.
word count (wd): 781 palavras
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— Ei, ei! Finnick! — Ela gritou quando o garoto passou por ela sem sequer notar sua presença. — Agora você também tá fugindo de mim?
— Veja só se não é a nossa noiva em fuga.
— Da onde você tirou essa história de noiva? Meu relacionamento mais duradouro é essa jaqueta aqui.
— Você é muito literal pro meu gosto, Everdeen.
Katniss revirou os olhos, apertando sua bolsa e a mochila contra o seu corpo. Não entrava na sua cabeça o porquê das pessoas acharem que ela tinha uma relação com Peeta quando obviamente não era esse o caso.
— Você sabe que uma flecha no seu olho te deixaria bem menos atraente, né?
Ele riu.
— Você é hilária, Kat! Você sabe que não tem nada no mundo que me deixe menos atraente. — Ele a abraçou e ela retribuiu sem pestanejar. Finnick e a leveza que ele trazia a tudo faziam falta e, para ser honesta, nessa última semana isso era tudo o que ela necessitava.
— Você parou de atender as minhas ligações. — Foi a vez dele revirar os olhos.
— Eu não atendi duas ligações suas porque eu tava no bico, você não deixou uma mensagem na caixa postal e de repente eu fundei o clubinho "eu odeio a Katniss Everdeen"?
— Eu não disse isso! Além do mais, esse clubinho nem tá disponível, o Peeta já fundou ele. Você teria de, no mínimo, arranjar outro nome.
Ele sorriu para ela.
— Talvez ele deixe eu ser vice presidente. O único problema é que eu amo você, então vou ter um pouco de trabalho convencendo ele.
Ela o empurrou com o ombro e Finn a trouxe para perto, ciente de que Katniss precisava desse conforto. Não que ela jamais fosse admitir em voz alta.
—  Vem, entra. Você tá com cara de quem precisa de um chocolate quente.
No apartamento, Katniss colocou as suas coisas no chão ao lado do sofá, tirou sua jaqueta e seguiu Finnick até a cozinha. 
— Mas e aí, cadê ele? 
— Deve estar chegando aí. Ele tinha um trabalho pra apresentar ou alguma coisa assim. 
Enquanto Finn pegava o leite e o chocolate, Katniss abriu o armário para pegar a xícara e separar os condimentos. Odiava a ideia de ficar sentada deixando alguém fazer qualquer coisa para ela. 
— Você tá puto comigo, Finnick? 
Ele olhou de soslaio para ela, que estava ao seu lado apoiada no balcão ao lado do fogão. 
— Eu acho que não tenho direito de estar assim nem assado com você, Kat, numa boa. Mas se você quiser minha opinião totalmente imparcial sobre tudo o que aconteceu… cara, você pisou na bola. 
Katniss se apoiou no balcão, com vontade de afundar ali.
— Eu sei, eu sei… Eu só… entrei em pânico, eu acho. 
Finn riu. 
— Imagina ele. 
Katniss deu um soco no braço de Finnick, incapaz de rir. Ela nunca iria se perdoar pelo que havia feito e teria um débito com Peeta pelo resto da vida. 
— Finn… — ela grunhiu. 
— Tá tudo bem, Kat. Você não pode ficar se afogando em culpa agora, porque isso só vai te machucar. Aconteceu e passou. Agora você tem de pensar em como resolver isso, se é isso o que você quer fazer. 
— Bacana, mas como que eu resolvo isso? 
— Se eu tivesse a resposta pra essa pergunta, eu vendia pra você. — Ele disse, estalando um beijo na bochecha dela. Ela o empurrou, mas havia um abrindo um resquício de sorriso em seus lábios.
— É ótimo poder contar com os seus conselhos, seu mercenário.
Finnick desligou o fogo e despejou o conteúdo da panela em suas xícaras, permitindo que Katniss encontrasse algum consolo no cheiro de chocolate derretido. 
— Mas escuta. Sábado nós vamos sair depois daquele jogo de futebol, tá a fim de ir? 
— Vocês vão aonde? 
— Vamos assistir ao jogo no Cato, o que eu sei que não é a tua praia, e depois vamos fazer uma resenha no bar da Sae. Eu avisei a Madge hoje à tarde. 
— Acho que sim. Eu te mando mensagem depois pra confirmar, pode ser?
— Combinado. — Ele disse, piscando pra ela e dando uma golada no conteúdo de sua caneca. 
Pelos próximos 30 minutos, eles ficaram sentados no sofá com a televisão desligada falando sobre as aulas, as competições de natação de Finnick e o date ruim que ele teve com um cara do 3° período. Tudo o que ele podia fazer para tirar a mente dela dela elefante que estaria na sala em breve. Mas Finn era grato por poder colocar para fora todas as coisas coisas estava guardando e poder reclamar sem qualquer preocupação.
Katniss era grata por ter ele.
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imi-spring · 4 years
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Chapter 1 - A filha de ninguém
A família Matthews não era uma das famílias mais famosas no mundo dos bruxos. Eles eram as últimas pessoas que se esperava se meterem em algum tipo de escândalo nacional, já que apenas não gostavam de chamar atenção. 
Sr. Matthews trabalhava no ministério da magia, era um homem alto e magro e bem sério de aparência. A barba cheia era ruiva assim como a cor do seu cabelo e era difícil encontrá-lo usando qualquer roupa que não fosse um conjunto formal de colete e casaco, usual da época de 1770 ou um dos coletes de lã que a Sra. Matthews fazia para ele. Ela passava a maior parte do tempo em casa cuidando do seu bebê e costurando tudo que lhe vinha na cabeça. O filho dos dois, Mike era bem elétrico para uma criança de dois anos e sempre estava se empoleirando nos móveis da casa.
Os Matthew tinham tudo que precisavam, mas não ostentavam nada. Moravam em uma casa de três quartos afastada da cidade e a maioria da mobília havia sido feita pelo Sr. Matthews quando se mudaram para aquele imóvel 3 anos atrás. 
Os dois adultos não eram muito próximo de suas famílias, por isso não costumavam ter muita companhia. A família de Elizabeth Matthew era toda de trouxas e não entendiam muito bem como toda a coisa de magia funcionava (e nem quiseram tentar entender). Já da parte do marido, Alexander, era difícil achar um parente que estivesse vivo ou ainda morando na Grã-Bretanha, já que a maioria havia lutado na guerra e os que sobreviveram acabaram se dispersando pelo resto do mundo. 
O dia em que essa história começa, era uma Véspera de Natal como todas as outras. Pelo menos era o que a família pensava até que o final do dia chegasse. A neve caía do lado de fora enquanto Alex se arrumava para descer, tinha acabado de acordar, um dos raros dias no ano em que podia acordar mais tarde e ele mal tinha aproveitado, já que o cheiro da comida no andar debaixo estava fazendo sua barriga roncar de fome. 
O homem vestiu um dos coletes de Natal que tinha algumas renas na parte da frente, penteou o cabelo para trás e desceu os degraus desviando dos jarros de barro que ficavam ali amontoados, já que a maioria deles não estava terminado, mais um dos hobbies de Eliza que haviam sido deixados de lado. Logo que passou pela porta foi atingido por um pedaço de e maçã, bem no rosto, vindo da direção em que o cadeirão do filho ficava. Ele sorri e segura a fruta na mão, colocando-a na boca em seguida. 
“Bom dia para você também” ele diz após acabar de mastigar. Agora conseguia distinguir os cheiros com mais precisão. Suas sobremesas favoritas estavam em cima da bancada e conseguia ver o peru sendo assado no forno logo ao lado. A maioria da cozinha tinha aparatos trouxas já que Eliza jurava que eram mais fáceis de usar. “Podia ter me chamado para te ajudar”. 
Alex abre o armário em cima da pia e pega um copo que enche com a água da pia antes de colocar na boca. A Sra. Matthew vira para ele segurando uma colher suja com o que provavelmente era chocolate. “Se eu deixasse você me ajudar aqui na cozinha a gente ia acabar não tendo jantar.” Ela brincou antes de colocar a colher na boca. O marido não era um dos melhores cozinheiros.
Alguns anos atrás Elizabeth havia deixado o marido encarregado de fazer o jantar enquanto ela comprava algumas coisas na cidade. Quando ela voltou para casa teve que refazer todos os pratos, porque nada tinha ficado com gosto de comida. Desde então decidira que ficaria encarregada de fazer as refeições. 
“Pode ser, mas eu podia ter te ajudado com o Michael.” Ele completa depois de deixar o copo dentro da pia, que praticamente segundos depois começa a se lavar sozinho. Sr. Matthew pega o filho no colo ao ver que ele já tinha acabado de comer e beija o rosto da esposa antes de sair da cozinha colocando o mais novo no chão o deixando ir brincar.
  A televisão na sala estava ligada e passava algum tipo de jornal para trouxas, apenas coisas que não interessavam Alexander, que acabou decidindo abaixar o som para ficar apenas como um barulho de fundo. O ruivo sentou no sofá e pegou o jornal em cima da mesa, algumas imagens se moviam repetidamente mostrando imagens do jogo de quadribol que ocorrera dias atrás. Brasil contra Austrália. Ele não era muito de se importar com essas coisas de esportes em geral, então simplesmente pulou essas páginas indo para onde lhe interessava. 
Uma foto do ministro da Magia e sua esposa, chamou sua atenção, fazendo-o prestar atenção no artigo.
“ ASSUME O POSTO DE MINISTRO INTERINO, THOMAS ROWLEY, APÓS MORTE DE ESPOSA E FILHA DE PORTEUS KNATCHBULL”
Nesta segunda feira (23), Knatchbull foi colocado de licença por tempo indeterminado para que possa lamentar a perda da esposa e sua filha. Ainda grávida, A família Knatchbull procurou o Hospital St. Mungus para Doenças e Acidentes Mágicos, pelo período da tarde. A esposa do Ministro alegava estar tendo uma reação alérgica a uma poção para neutralizar a dor do parto. 
Mais tarde foi declarada morta pelos médicos do hospital. A causa da morte não foi divulgada, mas fontes anônimas afirmam que a poção estava envenenada e rapidamente invadiu o organismo da bruxa, que não resistiu. Os médicos tentaram salvar o bebê, mas não conseguiram ajudá-lo a tempo. 
O som de algo quebrando na cozinha o distraíu da leitura, fazendo com que levantasse e se apressasse para a cozinha, jogando o jornal aberto bem na foto da família do Ministro. Sra. Knatchbull sorria para a câmera enquanto o marido posava ao seu lado enquanto era nomeado Ministro. 
A foto havia sido tirada no ano anterior, após a morte de Maximillian Crowdy, ex-Ministro, eleito durante os anos 70. A morte de Crowdy estava sendo ainda investigada após o homem aparecer em seu escritório já sem vida. 
Alexander empurrou a porta da cozinha e se deparou com um prato em pedaços logo ao lado da bancada da cozinha. A esposa do outro lado da cozinha procurava sua varinha dentro das dobras do vestido. Sr. Matthews agitou uma das mãos e o prato voltou para a mesa, inteiro. 
“Eu ia fazer isso” Eliza resmungou com um bico e tirou a mão do bolso do vestido. Por trabalhar no ministério, o homem havia adquirido a habilidade de conjurar alguns feitiços sem precisar da varinha, enquanto isso a esposa precisava sempre da varinha. “Você está com uma cara esquisita, aconteceu alguma coisa?” Ela pergunta ao olhar a expressão do ruivo.
“ Quem fez as poções que você tomou enquanto estava grávida?” Alex ainda estava tentando processar a notícia, não entendia quem envenenaria uma mulher grávida. A esposa tinha um talento especial com poções, então sabia que poderia responder as questões que ele tinha na cabeça com mais precisão.
“Eu mesma, deixei tudo pronto antes de chegar o dia. Por que ?” Ela estranha a pergunta, e volta a guardar algumas louças dentro do armário. Seu vestido azul bebê estava um pouco sujo de farinha, já que ela insistia em não usar nenhum avental. De acordo com ela - “Eu que vou lavar as roupas depois, não preciso ficar me preocupando em deixá-la limpa”. 
“Curiosidade, o Profeta Diário lançou uma notícia bem….” Ele pausa, tentando achar um adjetivo que descrevesse a matéria. Acabou desistindo da frase e prosseguiu falando sobre o que tinha lido, conforme se sentava em uma das cadeiras que estavam ali. “ Que tipo de veneno poderiam ter colocado em um poção dessas ?” 
“Um pouco de cicuta já seria suficiente para causar uma coisa desse nível. Você sabe como essas pessoas costumam ter muitos inimigos.“ Eliza se senta à frente do marido e segura sua mão pensando que o único motivo pelo qual ele estava incomodado com tudo isso era porque teria problemas no trabalho. “Vai ficar tudo bem, querido, logo ele volta a trabalhar”.
No momento que ela para de falar, Michael entra na cozinha, correndo e pede colo para o pai, que logo o coloca sentado em suas pernas. Os dois silenciosamente resolveram que era melhor mudar o assunto e passaram a dar atenção ao mais novo. 
O resto da noite passou rapidamente, comeram a ceia e trocaram alguns presentes. Não demorou muito para que Elizabeth se levantasse para ir arrumar a mesa e colocar as coisas para lavar. Alexander pega Michael no colo para tentar fazê-lo dormir. 
Há alguns metros dali, no final da rua, um ser encapuzado dobrava a esquina as pressas segurando um cobertor branco. As luzes da rua se apagaram de repente, conforme o ser se aproximava da casa da família Matthew. A campainha da casa soou, assustando o casal que não esperava por nenhuma visita a esse horário da noite. 
Eliza se dirigiu a porta, secando as mãos na saia do vestido. Abriu a porta enquanto o mais velho a observava alguns metros atrás curioso para saber quem era. Assim que ela sente a brisa gelada, cruza os braços, tentando se proteger do frio, ela olha em volta, procurando a pessoa, mas seu olhar se dirige para baixo quando percebe algo se movendo próximo aos seus pés. 
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avoltadaspanelas · 5 years
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a nossa crítica mistério ao BrunchVilla Porto: o bom, o mau e o óptimo!
– Boa noite, queria dois copos de vinho tinto reserva, por favor.
Foi assim que começou a nossa primeira conversa no BrunchVilla Porto. Depois de entregarmos os bilhetes à porta e de darmos uma volta pelo espaço completamente cheio – como dois visitantes anónimos (que, na realidade, é aquilo que mais somos!) –, resolvemos começar com um copo de vinho Adega Mãe para nos inspirar na escolha da comida que nós próprios tínhamos combinado com todos os restaurantes presentes, sempre escondidos atrás de um telefonema feito sem ID de chamada.
Mas, aquilo que tinha tudo para ser um pedido banal rapidamente se transformou no mais surreal momento da noite. Especialmente, quando a minha querida Mulher Mistério resolveu perguntar:
– Então e o Casal Mistério anda por aí?
Em vez ajustar os óculos com um ar enigmático e dar a conversa por terminada em jeito de mistério, o simpático elemento da organização do BrunchVilla Porto resolveu arriscar, sem saber quem nós éramos:
– Agora não. Já andaram, mas agora não.
 Como tínhamos acabado de chegar, a minha querida Mulher Mistério sentiu-se empolgada para continuar a aprofundar o tema:
– Ai foi?! Já cá estiveram? Então e o senhor conhece-os?
Pergunta irresistível para qualquer alma arrojada…
– Eu? Sim, por acaso conheço.
E, com um inconfundível sorriso de vitória estampado no rosto, continuou…
– Estive com eles no ano passado.
A partir daqui, foi o descalabro. A minha querida Mulher Mistério entusiasmou-se e não desistiu de o bombardear com perguntas.
– E como é que eles são? 
– Muito simpáticos, afáveis. Nada presunçosos.
Da minha parte, eu só posso agradecer o tão amável retrato da minha própria pessoa. Já a minha querida Mulher Mistério só lamentou o facto de ele não ter sido mais conciso. Teria preferido qualquer coisa do género:
– Está a ver a Sara Sampaio? Igual à Mulher Mistério!
É assim a nossa relação com a DOT Global, a fantástica empresa que decidiu acreditar que o BrunchVilla podia ser mais do que uma ideia absolutamente tresloucada de duas vozes mistério escondidas atrás de um telefonema anónimo. Aquilo que começou como uma simples ideia, em pouco mais de um ano, transformou-se num evento que já passou pelas duas maiores cidades do país e já juntou cerca de 6 mil pessoas à volta dos melhores restaurantes de brunch de Lisboa e Porto.
É para nós delicioso poder passar ao lado dos elementos da DOT como dois visitantes normalíssimos sendo atendidos como qualquer cliente normal. É essa a génese do Casal Mistério. E é isso que nos leva ao ponto mais importante desta crítica mistério.
O serviço 
Eu já aqui escrevi várias vezes que um serviço simpático salva uma refeição, mas nada salva um serviço antipático. E é por isso que fico tão feliz como o Cantinflas quando entro no BrunchVilla e, entre bem mais de 3.000 pessoas, num evento que dura 12 horas por dia, sou recebido por toda a gente com um enorme sorriso na cara, desde o rapaz da entrada às senhoras da limpeza. Nunca estive num sítio, onde a simpatia e o acolhimento fossem tão grandes. Onde se notasse claramente o entusiasmo e o prazer no que estavam a fazer.
Em Lisboa, no ano passado, já tinha adorado o serviço no BrunchVilla. Mas, este ano, no Porto, senti-me verdadeiramente em casa. É claro que houve problemas. É claro que estive em filas. É claro que passei por vários momentos de espera. É claro que o serviço, por vezes, demora mais do que nos restaurantes. Mas ninguém – pelo menos, eu não – espera entrar numa feira de brunch e ser servido como se estivesse num restaurante de luxo. Aqui são servidos milhares de menus de brunch e brinner por dia, aqui estão seis cozinhas a funcionar em simultâneo para preparar a comida no momento, acabadinha de fazer, aqui há quase 2 mil pessoas no espaço de cada 24 horas. E é tudo isso que torna o ambiente do BrunchVilla único.
O ambiente  
Além do espaço maravilhoso decorado com dezenas de vasinhos da Aromáticas Vivas – uma casa senhorial deslumbrante, contruída no século XVIII, em cima do rio Douro, com uma vista colossal para Gaia – o que mais me deixa maravilhado no BrunchVilla é que este é um evento de família.
Ao longo dos dois dias, recebemos no Cais Novo cerca de 500 crianças. Bebés de colo, miúdos pequenos, rapazes e raparigas adolescentes, tivemos de tudo. E tudo correu maravilhosamente. Enquanto lá estive, vi crianças a correrem, mães a amamentarem, miúdos e animadoras da Hora das Crianças a brincarem com balões, centenas de pais a comerem descansados em família, num ambiente tranquilo e agradável. 
Mesmo com mais um dia de chuva pesada no Porto (parece que já faz parte da tradição do BrunchVilla) o evento encheu, tendo esgotado metade dos horários ao longo de dois dias e chegado muito perto disso na outra metade. 
No sábado, fizemos a nossa primeira visita mistério, incógnitos no meio da multidão, durante o brinner. Chegámos às 18h e saímos às 20h. A música do DJ estava perfeita e agradável e havia várias pessoas que se dividiam entre petiscos, cervejas, vinhos e menus de brinner.
O brinner 
Depois do vinho, nós optámos por experimentar vários elementos de vários restaurantes. Primeiro, começámos com uns petiscos leves: uma fantástica degustação de azeites oferecida pela Oliveira da Serra a todos os visitantes; um bom edamame (€3), do Garden Porto Café, que vinha bem temperado e com uma consistência firme; um muitíssimo surpreendente húmus de pimento assado (da Miss Pavlova), que tem um toque fumado delicioso (€2,50) e uma tomada caseira (também da Miss) que foi uma surpresa: o sabor do tomate não é demasiado intenso e ajuda a abrir o apetite.
Ajuda tanto que, quando fui ter com o nosso "velho conhecido" para lhe pedir mais um copo de vinho com o ar menos presunçoso possível, fiz um pequeno desvio pelo caminho até ao cantinho do fumeiro e do queijo para pedir um prato misto (€10). E para testar um bocadinho mais o serviço, pedi à simpática senhora do Minho Fumeiro se podia acrescentar um bocadinho de alheira ao prato misto. 
– Claro que sim, sem problema.
Segundo teste...
– E um bocadinho de queijo?
– De qual?
– De todos, pode ser?
Preparado para ser mandado de volta para o sítio de onde tinha vindo, comecei a recuar a medo. Mas, para minha surpresa...
– Você quer um bocadinho de tudo, não é?
Com algum receio, assumi: – Isso seria perfeito! Pode ser?
– Eu percebo, é tudo tão bom! 
E, virando-se para a colega do lado, anunciou:
– Dá aqui um misto especial a este senhor que ele está cheio de fome!
Um misto especial é uma pequena pirâmide de todos os deliciosos enchidos e fumados (a alheira e o chouriço preto eram um sonho) disponíveis mais um bocadinho de queijo (só para provar). Tudo isto pelo preço do prato misto normal (€10 – o especial não existia na lista), sem hesitar um segundo em fazer a vontade àquele pequeno devorador ambulante.
Como a nossa missão era provar o máximo possível, ainda consegui convencer a minha querida Mulher Mistério a pedir um menu de brinner. Depois de muita negociação, a Miss Dieta lá acedeu a pedir um brinner – mas só o vegan e saudável, trazido pelo Nola Kitchen (€15). Ainda a tentei convencer a acrescentar também um menu do Diplomata ou da Miss Pavlova, mas não tive sorte. E a verdade é que já conhecemos de cor e salteado os pratos de ambos.
Ficámos só pelo Nola e não ficámos nada mal. A salada de arroz negro e kale era fresca e saborosa, o guacamole estava fantástico e vinha acompanhado por uns palitos de vegetais frescos (se tivessem vindo mais uns, não teria recusado, mas eu não sou exemplo para ninguém), um bom húmus e uma mousse de chocolate vegan que estava simplesmente deliciosa. Eu, que não sou grande adepto de doces saudáveis, fiquei rendido tanto à textura cremosa da mousse como ao sabor fantástico do cacau. Para acompanhar o café da Dolce Gusto, ainda consegui pedir uma energy ball fantástica (€2,50) e uma Água das Pedras oferecida que, perante este exagero, cai sempre bem.
O brunch
No domingo, ainda a recuperar do exagero de comida da véspera, fomos a rebolar ao brunch, para a sessão das 14h. Com uma chuvada monumental na rua, achei que ia encontrar um BrunchVilla vazio. Estava cheio. Ainda mais cheio do que na sessão da véspera que estava quase esgotada. Ainda assim, e como cheguei 20 minutos depois do início da sessão, não esperei nada à porta. Mal cheguei, mostrei logo o bilhete (sim, nós compramos bilhete para o nosso próprio evento...) e entrei. Havia ainda algumas filas, tanto para pagar como à espera do pedido.
Para tentar variar de restaurantes, e como não conseguia ir a todos, optei por ir para a fila do Noshi e do Garden. No fundo, só não consegui provar nada do Diplomata e do Camélia, o que me deixou à beira da depressão, mas isso resolve-se já com uma nova ida ao Porto para a semana.
Como a caixa era a mesma dos dois restaurantes, esperei só uma vez. E foram apenas seis minutos. Paguei, o Multibanco falhou duas vezes antes de aceitar o meu pagamento (não sei se por falta de rede ou por falta de saldo) e dirigi-me à cozinha do Garden. Como percebi que havia algumas pessoas à espera que lhes entregassem os pedidos (é o problema da comida feita na hora, mas parece-me bastante melhor esperar uns minutos do que ter tudo pronto desde a véspera), entreguei um talão à senhora que me atendeu e, enquanto o pedido era preparado, fui para a fila do Noshi para entregar o outro talão.
A simpática senhora que me recebeu na caixa (e com quem provavelmente tinha falado anonimamente uns dias antes para combinar a ementa) pediu desculpa porque tinha uma falha no menu base: a sopa de legumes tinha acabado. Estava a vir mais sopa do próprio restaurante, mas ainda podia demorar um bocadinho. E por isso, para que eu não esperasse muito, ofereceu-se para trocar a sopa por um mini-croissant com rúcula, queijo creme e salmão fumado ou por uns nachos com chimichurri de couve portuguesa (ambos no valor de €3,50 mas que ficariam por conta da sopa). Fiz o meu ar mais pesaroso, de quem estava destroçado com tamanha desilusão, enquanto por dentro dava saltos de alegria: entre um mini-croissant com salmão fumado e rúcula e uma sopa de legumes, nunca tive qualquer dúvida sobre o que torna um homem feliz.
A espera pelos menus foi o tempo que demorei a ir buscar duas magníficas cervejas artesanais da SuperBock Selecção 1927. Quando voltei, tinha os tabuleiros à minha espera. Demoraram uns cinco a dez minutos para prepararem os pedidos? Demoraram. Mas nunca consegui ir a um restaurante onde não esperasse pelos pedidos. E aqui sempre ocupei o meu tempo a ir buscar as bebidas e a provar a degustação de receitas biológicas que o Lidl ofereceu a todos os visitantes. 
Começámos pelo menu do Garden: trazia um iogurte grego com granola caseira e morango; um óptimo ovo Royal Garden com a clara bem consistente e a gema super cremosa, que vinha servido por cima de uma fatia de pão coberta por uma suave pasta de abacate esmagado e umas finas fatias de salmão fumado – a mistura para mim é perfeita –; um taco vegetariano com grão e um brigadeiro que deixei para comer depois do menu do Noshi.
E que menu era esse? Um bao que podia ser ligeiramente mais fofinho e que vinha com uma muitíssimo saborosa combinação de frango, rúcula, cebola marinada, pedaços de amendoim crocantes e molho asiático; um ovo estrelado com molho de ostra, malagueta e salsa bem picante, servido por cima de uma cama de rúcula; uma fatia de pão artesanal de fermentação natural para molhar na gema do ovo (hmmm); e ainda um pudim de chia com açaí cremoso, iogurte grego, granola e mel que estava do outro mundo. Isto já seria suficiente para alimentar duas almas famintas, mas... – há sempre um "mas" nas minhas histórias – ainda faltavam três mini-panquecas com mel, coco e um creme de chocolate sem açúcar.
E porque é que faltavam?
Porque, quando fiz o pedido, a massa das panquecas não estava pronta e por isso a senhora perguntou-me se não me importava de as ir buscar depois de terminar o resto do menu. Mais uma vez, aquilo que para uns pode ser uma falha imperdoável, para mim até me deu jeito: em vez de levar tudo para a mesa ao mesmo tempo, consegui comer calmamente o pudim de chia, o ovo e o bao e só depois ir buscar as panquecas quentinhas e acabadas de fazer num momento em que já não estava ninguém ao balcão. Melhor ainda: mais uma vez muito simpática, a senhora ainda se ofereceu para levar as minhas panquecas à mesa para eu não ter de movimentar este meu corpo já com uma certa idade. É claro que fiz questão de ficar e aproveitar para ver o cuidado e atenção com que as panquecas são preparadas.
Ah, é verdade: estavam deliciosas. A massa é leve, ligeiramente granulada e muito mais saborosa do que a simples massa de farinha. E o creme de chocolate é fabuloso!
Antes de sair, ainda passei pela Garfa, a fantástica padaria biológica do Porto que faz um dos mais saborosos pães do país, para levar pão para os desgraçados dos Mini-Misteriosos que ficaram, tristes e abandonados, em Lisboa, obrigados pela mãe tirana a estudar para os testes que começam esta semana. A minha querida Mulher Mistério também foi buscar uns sumos de fruta ao Cantinho da Fruta (e dos sumos, claro!) para as suas crias, enquanto babava a olhar para os gelados da Amorefrato, aos quais resistiu estoicamente. Dieta, a quanto obrigada!
E o que a minha querida Ela suspirou à frente desta pavlova da Miss Pavlova?
À chegada a casa, tinha uma surpresa à minha espera: não feita pelos meus queridos Filhos Mistério, que estavam arrasados com o destino de estudo, mas preparada por uma incrível leitora do blog que mora no Porto. Como soube que o BrunchVilla ia para a sua cidade, a Sofia fez questão de, não só ir ao evento, como também de pedir à organização para nos entregar uma caixa cheia de magníficos brigadeiros. E outra com macarons. E outra com biscoitos. E outra com bolachas de chocolate. Tudo feito por si para a Arcádia. 
Com leitores destes, que mais é que um Casal Mistério precisa?
 O bom 
A deliciosa comida, tanto dos restaurantes, como dos cantinhos
O mau
A espera em alguns períodos mais cheios
O óptimo
O incrível ambiente familiar e a imbatível simpatia de todo o serviço
 Um óptimo BrunchVilla para si onde quer que o próximo seja,
Ele
 Nota: Todas as despesas das visitas efetuadas pelo Casal Mistério a restaurantes, bares e hotéis são 100% suportadas pelo próprio Casal Mistério. Só assim é possível fazer uma crítica absolutamente isenta e imparcial. Se bem que esta crítica pode ser tendenciosa uma vez que foi feita pelos próprios organizadores do evento ;)
 fotos: casal mistério
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arimhope-blog · 7 years
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7:09 da manhã
Todos pensam que foi por causa da neve. E de certa forma, eu suponho que isso seja verdade. Eu acordei essa manhã para encontrar um fino cobertor branco cobrindo nosso jardim. Não chega a um centímetro, mas nessa parte de Oregon, uma leve poeira faz tudo parar enquanto o único limpador de neve da região se ocupa limpando as estradas. É água molhada que cai do céu – e caí e caí – e não é do tipo congelado. É neve o bastante para cancelar as aulas. Meu irmão menor, Teddy, solta um grito de guerra quando o rádio de mamãe anuncia o feriado. “Dia de neve!” ele grita. “Pai, vamos fazer um boneco de neve.” Meu pai sorri e bate em seu cachimbo. Ele começou a fumar um recentemente como parte de seu papel em Father Knows Best¹ que ele começou. Ele também usa uma gravata borboleta. Eu nunca sei com certeza se isso tudo é de alfaiate ou sardônico – O jeito de papai de anunciar que ele costumava ser um punk mas agora é um professor de inglês do ensino médio, ou se por se tornar professor isso realmente transformou meu pai em um genuíno ser do passado. Mas eu gosto do cheiro do tabaco de seu cachimbo. É doce e suave, e me lembra do inverno e de lenha. “Você pode fazer uma tentativa corajosa,” Papai diz a Teddy. “Mas mal está grudando nas estradas. Talvez você deva considerar uma ameba de neve.” Eu posso perceber que papai está feliz. Quase um centímetro de neve significa que todas as escolas da área estão fechadas, incluindo meu ensino médio e o ensino fundamental onde papai trabalha, então é um dia inesperado de folga para ele, também. Minha mãe, que trabalha numa agencia de viagens na cidade, desliga o radio e se serve de uma segunda xícara de café. “Bem, se vocês vão ficar na folga hoje, de jeito nenhum vou trabalhar. Simplesmente não é certo.” Ela pega o telefone para avisar que não vai. Quando ela termina, ela olha para nós. “Eu devo fazer o café da manhã?” Papai e eu gargalhamos ao mesmo tempo. Mamãe faz o cereal e torradas. Papai é o cozinheiro da família. Fingindo não nos ouvir, ela busca no armário uma caixa de Bisquick.² “Por favor. O quão difícil pode ser? Quem quer panqueca?” “Eu quero!Eu quero!” Teddy grita. “Podemos colocar gotas de chocolate nelas?” “Não vejo porque não,” Mamãe responde. “Woo hoo!” Teddy grita, acenando seus braços no ar. “Você tem energia demais a essa hora da manhã,” eu provoco. Eu viro para mamãe. “Talvez você não devesse deixar Teddy beber tanto café.” “Eu troquei o café dele por descafeínado,” mamãe responde. “Ele é só naturalmente exuberante.” “Desde que você não troque o meu por descafeínado,” eu digo. “Isso seria abuso infantil,” papai diz. Mamãe me entrega uma caneca e o jornal. “Tem uma boa foto do seu jovem aqui,” ela diz. “Verdade? Uma foto?” “Yep. É o máximo que vimos dele esse verão,” mamãe diz, me dando um olhar lateral com sua sobrancelha arqueada, sua versão do olhar que enxerga a alma. “Eu sei,” eu digo, e então sem querer, eu suspiro. A banda de Adam, Shooting Star, está ficando famosa, o que é uma ótima coisa – na maior parte do tempo. “Ah, fama, desperdiçada na juventude,” papai diz, mas ele está sorrindo. Eu sei que ele está excitado por Adam. Até mesmo orgulhoso. Eu passo as folhas do jornal até o a sessão de calendário. Tem uma pequena nota sobre Shooting Star, com uma foto ainda menos dos quatro, perto de um grande articulo sobre o Bikini é uma enorme foto da cantora da banda: a diva punk-rock Brooke Veja. A parte sobre eles basicamente diz que a banca local Shooting Star vai abrir o show do Bikini em Portland na turnê nacional do Bikini. Não menciona a notícia para-mim-ainda-maior que ontem a noite Shooting Star tocou em um clube em Seattle e, de acordo com a mensagem que Adam me mandou a meia noite, esgotou os ingressos. “Você vai hoje a noite?” Papai pergunta. “Eu estava planejando. Depende se eles vão fechar o estado todo por causa da neve.” “Uma nevasca está se aproximando,” papai diz, apontando para um único floco de neve flutuando até a terra. “Eu também deveria ensaiar com um pianista da faculdade que a professora Christie encontrou.” A professora Christie, uma professora aposentada da universidade que tem trabalhado comigo pelos últimos anos, está sempre procurando por vitimas para tocar comigo. “Mantendo você afiada para que você possa mostrar aqueles esnobes da Juilliard³ como se faz,” ela diz. Eu não entrei em Juilliard ainda, mas minha audição foi muito boa. A peça de Bacj e o Shostakovich tinham sido tocadas por mim como nunca antes, como se meus dedos fossem uma simples extensão das cordas e do braço. Quando terminei de tocar, ofegando, minhas pernas tremendo por ficarem pressionadas juntas com tanta força, um juiz aplaudiu um pouco, o que eu suponho, não acontece com muita freqüência. Enquanto eu o arrastava pra longe, o mesmo juiz me disse que fazia um longo tempo desde que a escola tinha “visto uma garota de Oregon.” Professora Christie assumiu que isso significa uma aceitação garantida. Eu não tenho tanta certeza de que isso seja verdade. E não tinha 100% de certeza de que eu queria que fosse verdade. Como a meteórica ascensão do Shooting Star, minha admissão a Juilliard – se acontecer – irá criar certas complicações, ou, mais precisamente, iria se combinar com as complicações que já tem aparecido nos últimos meses. “Eu preciso de mais café. Mais alguém?” mamãe pergunta, perambulando perto de mim com um antigo coador. Eu cheio o café, o rico, e preto café oleoso e assado que preferimos. Só o cheiro me anima. “Estou pensando em voltar para cama,” eu digo. “Meu violoncelo está na escola, então não posso nem praticar.” “Não pode praticar? Por 24 horas? Fique parada, meu coração despedaçado,” mamãe diz. Embora ela tenha adquirido um gosto por música clássica nos últimos anos – “é como aprender a apreciar um queijo fedido” – ela nem sempre foi uma audiência cheia de deleite para muitas das minhas maratonas de ensaio. Eu escuto uma batida e um boom vindo do andar de cima. Teddy está na sua bateria. Costumava pertencer a papai. Quando ele tocava bateria em uma banda grande-na-nossa-cidade, desconhecia-em-todos-os-outros-lugares, quando ele trabalhava numa gravadora. Papai sorri ao ouvir o barulho de Teddy, e vendo isso, eu sinto uma familiar dor. Eu sei que é bobo, mas sempre me perguntei se papai está desapontado por eu não me tornar uma roqueira. Eu queria. Então, na terceira série, eu me deparei com o violoncelo na aula de música – ele parecia quase humano para mim. Parecia que se você o tocasse, ele te contaria segredos, então eu comecei a tocar. Faz quase 10 anos agora e eu nunca parei. “E lá se foi a ideia de voltar a dormir,” mamãe grita por cima do barulho de Teddy. “Quem diria, a neve já está derretendo.” Papai diz, sobrando seu cachimbo. Eu vou para porta de trás e espio para a rua. Um raio de sol passa pelas nuvens, e eu posso ouvir o barulho do gelo derretendo. Eu fecho a porta e volto para a mesa. “Eu acho que o condado exagerou,” eu digo. “Talvez. Mas não podem “descancelar” a escola.O cavalo já está fora do celeiro, e eu já me dei o dia de folga,” mamãe diz. “De fato. Mas poderíamos aproveitar essa inesperada folga e ir a algum lugar,” papai diz. “Ir dar uma volta. Visitar Henry e Willow.” Henry e Willow são uns antigos amigos de mamãe e papai que também tem um filho e decidiram começar a se comportar como adultos. Eles vivem numa antiga fazenda. Henry faz coisas para web do celeiro que eles converteram num escritório e Willow trabalha em um hospital ali perto. Eles tem uma filhinha. Essa é a verdadeira razão para mamãe e papai quererem ir lá. Teddy tendo acabado de fazer 8 anos e eu tendo 17 significa que já passamos da idade de ter aquele cheiro de talco que faz os adultos derreterem. “Podemos parar na BookBarn na volta,” mamãe diz, como se fosse para me animar. BookBarn é uma gigante loja de livros usados. Na parte de trás eles mantém umas partituras de 25 cents que ninguém parece comprar a não ser eu. Eu tenho uma pilha delas debaixo da cama. Uma coleção de partituras clássicos não é o tipo de coisa que você anuncia. Eu mostrei elas para Adam, mas foi apenas depois de estar juntos por 5 meses. Eu esperei que ele risse. Ele é um cara tão legal com suas jeans com pregas, e uma camiseta preta, e suas tatuagens sutis. Ele não é o tipo de cara que iria acabar com alguém como eu. E foi por isso que quando o vi pela primeira vez me observando no estúdio de música dois anos atrás, eu estive tão convencida de que ele estava gozando comigo e me escondi dele. De qualquer forma, ele não riu. Acabou que ele tinha uma coleção empoeirada de partituras de punkrock debaixo da cama dele. “Também podemos parar no vovó e na vovô para jantar,” papai diz, já pegando o telefone. “Vamos de trazer de volta com bastante tempo para você ir a Portland,” ele adiciona enquanto disca. “Estou dentro,” eu digo. Não é o BookBarn, nem o fato de que Adam está em turnê, ou que minha melhor amiga, Kim, está ocupada fazendo coisas para o anuário. Não é nem porque meu violoncelo está na escola ou de que eu podia ficar em casa e ver TV ou dormir. Eu prefiro sair com minha família. Essa é outra coisa que você não anuncia sobre si mesmo, mas que Adam entende também. “Teddy,” papai chama. “Se vista. Vamos sair numa aventura.” Teddy termina seu solo de bateria com uma batida nos pratos. Um momento depois ele está entrando na cozinha vestido, como se tivesse colocado suas roupas enquanto descia os degraus de madeira da escada da nossa casa vitoriana. “School´s out for summer...” ele canta. “Alice Cooper?” papai pergunta. “Não temos padrões? Pelo menos cante algo dos Ramones.” “Sem escola para sempre,” Teddy canta sobre os protestos de papai. “Sempre otimista,” eu digo. Mamãe ri. Ela coloca um prato de panquecas na mesa da cozinha. “Coma, família.” ¹ Father Knows Best é um seriado de televisão estadunidense. ² Massa pré-assada ³ Melhor universidade de música dos EUA.
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