𝐓𝐀𝐒𝐊 𝟎𝟎𝟏 —— 𝖎𝖓𝖙𝖊𝖗𝖗𝖔𝖌𝖆𝖙𝖔𝖗𝖎𝖔
Uma semana se passou desde o início das aulas e a ausência de Marco Polo era cada vez mais gritante. Os membros e futuros da Adam já estavam se preparando para ter que encobrir isso até descobrir o que aconteceu de verdade... Até que não precisaram mais. Vinte e uma notificações entregues na porta da mansão resolveram a questão por eles, ao menos temporariamente.
𝐈𝐍𝐅𝐎𝐒 𝐈𝐂
Uma semana passou rápido com o tanto de coisa que os universitários tinham para fazer. É claro que a questão de Marco Polo ficava cada vez mais preocupante conforme os dias foram passando, mas todo mundo tinha seus afazeres e por enquanto não precisavam pensar na presidência. Só por enquanto. Afinal, o Fortunato podia aparecer no domingo como se nada tivesse acontecido, com uma história doida e uma teoria nova mirabolante.
Todas essas esperanças caíram por terra na segunda-feira. O processo deveria começar aquela semana, a segunda semana de aula, era o protocolo. Onde ele estava? Será que tinham que acionar o alto escalão da sociedade? Muitos eram contra: podiam resolver problemas internos sem sair correndo e chorando para os ex-membros. Se não eram capazes de solucionar conflitos próprios, então por qual motivo estavam lá, certo? Era melhor deixar aquela história baixo por enquanto. Pelo menos até eles conseguirem contato com Polo.
Depois de voltarem da UNIBO naquela segunda-feira do dia 13 de setembro, cada um em seu respectivo horário, os membros tiveram um susto. Haviam vinte e uma notificações da delegacia de Bolonha para cada um deles. Estavam sendo intimados para prestar depoimento na polícia civil. A carta não dava mais explicações, mas se intimava todos eles, só podia ter um tópico, o único que os unia - Marco Polo.
Uma reunião noturna e informal foi feita antes disso acontecer. Se isso fosse mesmo sobre Polo, o que fariam? O que falariam? A verdade! O Fortunato disse que faria um curso de verão e nunca mais os respondeu, nem voltou. E então eles decidiram, uns mais que outros, por não contar sobre o incidente do fliperama. Foi irrelevante porque ele não apareceu, de qualquer forma. E precisavam se proteger, afinal, eram um grupo... Uma sociedade.
Nos horários e datas marcados, todos se encaminharam para a delegacia. Um a um, todos tiveram que responder ao interrogatório seguinte:
Primeiro diga seu nome completo, sua idade e o que você faz da vida.
Ok, obrigado sr/srta. Você está aqui porque estamos investigando o desaparecimento de Marco Polo Fortunato. A família registrou um B.O de pessoa desaparecida há duas semanas. É do nosso conhecimento que você é uma das pessoas que mais tinha contato com ele no pensionato onde morava, por isso está aqui. Agora me diga, qual era a natureza da sua relação com o sr. Fortunato?
Qual foi a última vez que conversou pessoalmente com o sr. Fortunato?
E virtualmente?
Nos últimos meses antes das férias, você percebeu algo de anormal no comportamento dele? Ele te contou alguma coisa que possa ser relevante para encontrá-lo?
Ele costumava a sumir dessa forma? Já desapareceu antes?
O sr. Fortunato deixou uma lista com vinte e um nomes e o seu era um deles. Tem alguma ideia de por que ele faria isso?
Sabe se o sr. Fortunato teria motivos para sumir? Ou se alguém gostaria que ele sumisse? Ele tinha inimigos desavenças?
Tudo bem. Bom, a partir desse momento o/a sr/sra fica ciente de que Marco Polo Fortunato está oficialmente desaparecido. Por favor, se tiver algum contato com ele, não hesite em nos comunicar ou comunicar à família. Está dispensado/a.
Essas perguntas aqui são fundamentais, mas vocês podem adicionar mais, inventar outras, fiquem à vontade, soltem suas asas!
Vocês podem escolher o dia que seu personagem prestou depoimento, mas aconteceu entre os dias 14, 15 e 1 de setembro de 2021.
Ainda, vocês podem interagir ou postar POVs dos seus personagens recebendo a intimação, na reunião que aconteceu e qualquer momento antes ou depois do depoimento.
𝐈𝐍𝐅𝐎𝐒 𝐎𝐎𝐂
DATA IC: eles receberam a intimação dia 13/09/2021, segunda-feira, quando chegaram na mansão e os interrogatórios aconteceram nos próximos dias, mas por favor não façam nenhuma inter posterior ao dia 1/09/2021!!!!
DATA OOC: vocês podem postar a task e interagir sobre os acontecimentos dela 24/01 a 30/01.
A tag para vocês postarem a task é G&G:INTERROGATORIO, também não esqueçam de taggear a central no post!
Não esqueçam de seguir e taggear o @gngstarters para os starters abertos e starter-calls sobre o assunto.
Essa é uma task obrigatória, não fazê-la vai acarretar no activity check automático e posterior unfollow, caso não seja postada em 24h.
Qualquer dúvida ou sugestão, mandem ask, privado ou me chamem no discord.
SE DIVIRTAM!!!!
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segunda-feira, manhã de treze de setembro de 2021
you float like a feather
in a beautiful world
i wish i was special
you're so fucking special
segundas-feiras eram dias que venus buscava começar com motivação e meditação. acreditava que aquele primeiro dia da semana anunciava como seria os seus próximos sete dias, portanto fazia o possível para que ele acontecesse da melhor forma. a maior parte das vezes aquilo acontecia e vee tinha um bom resto de semana, jagger acreditava que aquilo tinha a ver com a grande manifestação de boas energias que fazia. podia não ter tido uma semana anterior muito pacífica, porém agora iniciava-se um novo ciclo e tudo ficaria bem. marco polo provavelmente apareceria nas próximas horas — ela havia manifestado aquele desejo fortemente nas duas últimas meditações matinais — e a vida seguiria como sempre.
entretanto, uma mensagem de texto de seu irmão caçula, saturn, chegou logo que venus saiu de sua ducha matinal e era como um prenúncio que aquele dia não teria um curso positivo. “a jupiter está surtada, preciso que volte para casa agora” dizia saturn e uma imagem de um meme foi enviada pelo pré-adolescente em seguida, vee arqueou as sobrancelhas e riu. acreditou tratar-se de algum drama de contenda dos gêmeos devido ao mau-humor de jupiter, porém minutos depois a notificação de ligação de vídeo surgiu na tela do celular da jagger mais velha. definitivamente não era uma briga qualquer se saturn estava a telefonando tão cedo, o garoto não era alguém matinal. ❝ ━━ bom dia, carinha!❞ cumprimentou venus com um pequeno sorriso doce nos lábios, saturn sequer se deu o trabalho de responder a saudação alheia. ❝ ━━ jupiter está louca, ela está louca! decidiu que depois do nosso aniversário vai fazer, sozinha, um intercâmbio de um ano para o estados unidos! sozinha! um intercâmbio de um ano para o estados unidos! ela é uma comunista anti-capitalista e vai para o lar dos porcos imperialistas? ela não está batendo bem, vee! eu sei que não! eu acho que ela está brava porque estou passando tempo demais com a minha namorada e dei alguns bolos nela, mas não querer que eu vá junto é maldade! você lembra quando a gente era bebê? quando eu fiquei doente daquela vez que ela foi passar uns dias na casa do vovô mick? isso é maldade, ela não pode fazer isso comigo!❞ o garoto proferiu as palavras sem sequer pausar para um respirou, causando certo choque de venus que não estava acostumada a lidar com um adp tão grande de seu irmão. além disso, todas aquelas informações eram no mínimo chocantes. jupiter estava considerando um intercâmbio de um ano aos treze anos, além disso seria um ano nos estados unidos. jupiter odiava o estados unidos, sempre os chamava de yankees porcos capitalistas. além disso, saturn tinha uma namorada. uma namorada! venus sentou-se em sua cama buscando recuperar-se do choque antes de tentar acalmar os nervos do irmão mais novo.
após uma longa conversa, que exigiu demasiada paciência de venus, ficou combinado entre os irmãos que vee tentaria descobrir o que diabos estava acontecendo com jupiter e saturn mandaria um relatório diário das atitudes da irmã gêmea durante o resto da semana. saturn também deveria enviar detalhes sobre seu namoro e sua namorada, afinal, vee precisava aprová-la. com este problema resolvido, jagger gastou o resto de sua manhã se dedicando a si mesma. depositou algumas boas horas em sua imagem, por fim considerou-se impecável e finalmente dirigiu-se a faculdade. aquela seria uma boa semana, manifestou venus mentalmente.
terça-feira, tarde de catorze de setembro de 2021
but i’m a creep
i’m a weirdo
what the hell am i doin’ here?
i don’t belong here
❝ ━━ venus, as oficiais estão te aguardando.❞ a voz grave de um dos policiais presentes na delegacia trouxe venus de volta a realidade. toda aquela experiência parecia um sonho, pesadelo ou alucinação. jagger já havia estado naquele local antes, aguardando a chegada de romeo para conversar com a delegada rossi e assegurar que venus não confrontaria mais policiais em protestos. conhecia parte dos policiais da delegacia e guardas da cidade, não era muito querida por parte deles, mas entre os “meliantes” que eles apreendiam, vee era a favorita. se levantou do desconfortável banco da sala de espera e lançou um rápido olhar para a entrada da delegacia esperando que lawrence aparecesse esbaforido e lhe olhasse com sua desaprovação quase paternal. laurie não a salvaria dessa vez.
ao adentrar na sala de depoimentos, vee reconheceu a figura de sara rossi imediatamente. era comum que rossi lhe lançasse um olhar impaciente, de quem já não suportava mais vê-la, porém daquela vez era diferente. jagger conseguia notar certa preocupação no semblante mais velha. ❝ ━━ boa tarde, delegada rossi.❞ cumprimentou venus antes de sentar-se na fria cadeira designada a si. uma grande lufada de ar adentrou os pulmões de vee, estava fazendo exatamente como havia combinado com petra. manter a calma era essencial para aquela situação, venus não iria mentir — apenas omitir, mas ela não havia feito nada de errado. chorar não seria bom para sua imagem, portanto deveria manter o controle de suas emoções. petra mentia como uma atriz indicada ao oscar e venus seguiria sagradamente suas ordens. ❝ ━━ boa tarde, venus. essa é a oficial pugliesi e hoje precisamos que você responda algumas perguntas, podemos começar?❞ anunciou rossi e venus assentiu positivamente em resposta. ❝ ━━ primeiramente diga seu nome completo, sua idade e o que você faz da vida.❞ a loira umedeceu os lábios antes de cumprir a ordem dada. ❝ ━━ meu nome é venus alessia colonna di marchetti jagger, tenho 21 anos e sou estudante de moda na unibo. também trabalho meio período no brechó obsoleto.❞ apresentou-se sem muita dificuldade, não havia chances de vee se enrolar com suas palavras. ❝ ━━ ok, obrigado srta. você está aqui porque estamos investigando o desaparecimento de marco polo fortunato. a família registrou um b.o de pessoa desaparecida há duas semanas. é do nosso conhecimento que você é uma das pessoas que mais tinha contato com ele no pensionato onde morava, por isso está aqui. agora me diga, qual era a natureza da sua relação com o sr. fortunato?❞ a loira levou um tempo para absorver toda aquela nova informação jogada em cima de si. duas semanas. haviam duas semanas que polo estava desaparecido e apenas agora eles haviam recebido aquela informação. jagger estalou as juntas, tique nervoso que fazia sempre que estava tensa. ❝ ━━ e-eu sou amiga do polo. amiga e ex-namorada...❞ pigarreou, precisava acalmar-se e buscar ao máximo não sucumbir aquele medo que parecia tomar seu âmago. e se algo sério tivesse acontecido com polo? ❝ ━━ ex namorada?❞ indagou a delegada rossi com as sobrancelhas arqueadas e novamente venus respondeu com um aceno positivo de cabeça. ❝ ━━ sim, nós namoramos por cinco meses e fazem três meses que terminamos. nós decidimos seguir amigos, sabe, pelo pensionato e, porque nos dávamos bem.❞ embora a pequena mentira a respeito do pensionato tivesse tido dita, vee sentia-se mais confiante naquela conversa. estava contando a verdade maquiada para proteger um bem maior, polo se orgulharia disso.
a figura alta e desengonçada de marco polo fortunato apareceu no campo de visão de venus, o rapaz parecia encantando com um abajur em formato de tartaruga disponível para venda no local. ❝ ━━ marco polo!❞ vee chamou o nome do rapaz que se assustou e por pouco não atirou o abajur no chão. com os olhos arregalados, polo mirou venus que estava tão surpresa quanto ele. ❝ ━━ por merlin, vee-venus! me desculpe, eu fiquei fascinado com esse negócio e nem te vi aí!❞ marco polo parecia atrapalhar-se com as palavras, algo que venus achava um tanto quanto engraçado. ❝ ━━ tudo bem, também fico um tempão observando essas coisas. e você pode me chamar de vee, posso te chamar de polo?❞ se conheciam há pouco menos de três meses e por mais que marco polo tivesse uma personalidade peculiar, venus havia se simpatizado com o rapaz. ❝ ━━ vee. vee é um ótimo apelido, aposto que tem uma ótima numerologia! e, claro! pode me chamar de polo, marco, marc, fortunato... sei lá.❞ o rapaz respondeu fazendo com que venus desse uma risada baixa da forma característica que polo interagia. ninguém nunca havia elogiado a numerologia de seu apelido.
❝ ━━ qual foi a última vez que conversou pessoalmente com o sr. fortunato?❞ questionou rossi parecendo contente o suficiente com a resposta dada por vee anteriormente. ❝ ━━ uns dias antes das férias. encontrei ele no caffè terzi e tomamos um café da tarde juntos.❞ assim como havia sido instruída por petra, jagger optou por contar fatos fora de ordem e não prolongar muito suas falas. ela havia de fato encontrado com marco polo no caffè terzi alguns dias antes das férias, porém definitivamente não no dia do encontro do fliperama. havia filmagem de vee e polo no local partilhando de uma conversa, era um bom “álibi”. ❝ ━━ e virtualmente?❞ prosseguiu o questionário a delegada, chegando a parte em que provavelmente aquela conversa poderia ficar mais complicada — talvez tivesse de deixar de omitir e passar a mentir. ❝ ━━ no primeiro dia das férias. ele me mandou uma mensagem dizendo estar indo para o aeroporto e eu respondi.❞ respondeu a loira com total franqueza, grata por seu instinto estar errado e aquela pergunta não a complicar. ❝ ━━ nos últimos meses antes das férias, você percebeu algo de anormal no comportamento dele? ele te contou alguma coisa que possa ser relevante para encontrá-lo?❞ embora venus se considerasse uma grande defensora de polo, jamais negaria que o rapaz possuía uma personalidade peculiar. marco polo era um rapaz que causava estranheza e não sentia remorso algum por ser quem era, portanto, o que poderia ser considerado anormal a respeito dele? ❝ ━━ não. ele parecia bem normal no meu ponto de vista. passamos um mês afastados e quando voltamos a nos falar ele estava normal. a única coisa que eu sei é o que provavelmente todo mundo sabe, o curso de verão que ele foi selecionado, de resto, tudo muito normal.❞ normal para polo, completou mentalmente. prefiriu não contar sobre as semanas que o rapaz passou mergulhado na biblioteca da mansão, afinal não considerava o fato relevante ou seguro de se iluminar. ❝ ━━ ele costumava a sumir dessa forma? já desapareceu antes?❞ vee balançou a cabeça negativamente, fazia um ano que o conhecia e nunca havia lidado com um sumiço do rapaz. o papel de desaparecer por dias pertencia a angelo. ❝ ━━ não. o polo nunca sumiu dessa forma ou de forma alguma desde que eu conheci ele. faz um ano que nós nos conhecemos.❞ novamente era sincera e relembrou-se de como afirmou diversas vezes para todos os irmãos a respeito da estranheza do sumiço.
tudo estava indo bem, na medida do possível para um depoimento a respeito do desaparecimento de polo, vee acreditava que talvez havia sido um exagero ter sido treinada por petra. ❝ ━━ o sr. fortunato deixou uma lista com vinte e um nomes e o seu era um deles. tem alguma ideia de por que ele faria isso?❞ jagger teve de morder a própria língua para que não exclamasse um palavrão. puta que pariu, o quão iniciante havia sido polo ao tomar aquela decisão? eles eram uma sociedade secreta, o segredo era excencial para sua existência e criar provas contra o grupo era uma forma estúpida de consequentemente expor o enigma. a língua de venus estalou contra seu céu da boca e novamente passou a estalar os dedos. ❝ ━━ como eu já falei, somos amigos e se esses vinte e um nomes forem dos moradores do pensionato, provavelmente ele estava planejando algum evento.❞ qualquer pessoa que conhecesse polo minimamente riria alto da fala de venus, fortunato havia passado a atentar-se a aglomerações sociais apenas após se tornar presidente da adam societatis. festas não era a cara do desaparecido. delegada rossi parecia satisfeita o suficiente com a resposta, resultando em um certo relaxamento da parte de venus. ❝ ━━ sabe se o sr. fortunato teria motivos para sumir? ou se alguém gostaria que ele sumisse? ele tinha inimigos desavenças?❞ polo ás vezes se relevava um rapaz atormentado por suas paranóias, mas nunca o suficiente para sumir. ele também tinha suas inimizades - que na verdade se tratavam de pessoas que não suportavam sua personalidade excêntrica ou não aceitavam suas conquistas — mas jamais teria inimigos. polo odiava brigas. ❝ ━━ polo não tinha razões para sumir ou quem desejasse isso a ele. o polo nunca foi um cara brigão, muito pelo contrário. ele não tinha desavenças.❞ ottavio e elisabetta não suportavam marco polo, porém venus era capaz de colocar a mão no fogo por ambos e acreditava piamente que sequer podiam ser considerados inimigos de fortunato. ❝ ━━ tudo bem. bom, a partir desse momento a sra fica ciente de que marco polo fortunato está oficialmente desaparecido. por favor, se tiver algum contato com ele, não hesite em nos comunicar ou comunicar à família. está dispensada.❞ oficialmente desaparecido. marco polo fortunato, o rapaz singular por quem venus havia sido apaixonada meses atrás, estava desaparecido.
a voz de david bowie ecoava pelas caixas de som do camaro vintage de venus, estacionados no parque villa ghigi, o casal deitou-se sobre o capô do automóvel para observas as estrelas. ❝ ━━ aquela ali é a constelação venus.❞ apontou polo para um agrupamento de estrelas e venus acompanhou a direção que o namorado indicava. a loira franziu o cenho e o mirou com um pequeno sorriso nos lábios. ❝ ━━ babe, eu não sou expert em astronomia como você, mas aquela é cygnus. e venus é um planeta, não uma estrela.❞ a garota não acreditava que polo havia cometido um erro como aquele e aguardou uma resposta plaúsivel. ❝ ━━ eu sei, é que não dá para ver venus daqui e eu estava tentando ser romântico. você sempre diz que somos um casal que falha no romance.❞ uma risada constrangida escapou os lábios do rapaz e venus aproximou-se dando um cálido beijo na bochecha alheia. ❝ ━━ isso foi incrivelmente romântico! agora cygnus tem que ser legalmente ter seu nome alterado para venus. venus alessia para que não confudam...❞ ela sorriu docemente para o rapaz. ❝ ━━ e eu sei que você se esforça, é só que sinto falta das coisas básicas às vezes... por exemplo, nós não tivemos um meet cute e não temos uma música.❞ polo provavelmente não fazia ideia do que um meet cute poderia ser e provavelmente buscaria aquela resposta online. ❝ ━━ nós podemos escolher a nossa música agora.❞ ele sugeriu mirando os olhos castanhos da namorada que o encararam com uma certa surpresa. ❝ ━━ assim? do nada?❞ jagger questionou, não achando que aquela decisão fosse muito romântica. ❝ ━━ sim, eu sei que você tem toda essa parada com o destino e eu acho que o destino fez com que a gente estivesse aqui nesse momento. fala sério, a teoria do multiverso prova isso! tipo, a próxima música que tocar na rádio foi escolhida matematicamente pelo universo para ser a nossa música.❞ venus admirava o conhecimento vasto de polo por teorias que de certa forma comprovavam as crenças dela, era doce. ela acenou positivamente com a cabeça e voltou a encarar o brilho das estrelas no céu, enquanto isso, a voz de bowie se esvaia assim como os acordes finais de rebel rebel. o casal encarou-se com um sorriso apreensivo nos lábios e após alguns segundos de silêncio, as primeiras batidas de creepy de radiohead se fez perceptível. ❝ ━━ argh, essa música é a treva! muito depressiva!❞ venus balançou a cabeça negativamente rindo baixo, o universo podia ter dado a eles um opção menos melancólica. ❝ ━━ é a nossa música.❞ respondeu polo entrelaçando os dedos aos da namorada e aproximando-se para beijá-la.
mas eu sou uma aberração, eu sou um esquisito. o que diabos eu estou fazendo aqui? eu não pertenço a este lugar. teria sido isso um recado de polo ou apenas uma coincidência sádica do universo?
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𝐓𝐀𝐒𝐊 𝐔𝐍 : 𝐋'𝐈𝐍𝐓𝐄𝐑𝐑𝐎𝐆𝐀𝐓𝐎𝐑𝐈𝐎
𝐖𝐇𝐎: chiara bianchi
𝐖𝐇𝐄𝐍: 14 de setembro, 2022 @ 9 : 30 am
𝐖𝐇𝐄𝐑𝐄: delegacia de bolonha
primeiro diga seu nome completo, sua idade e o que você faz da vida.
❝ — meu nome é chiara francesca bianchi lightbourne. ❞ a ruiva começou, endireitando sua postura minimamente antes de continuar. ❝ — tenho vinte anos e atualmente sou estudante de teatro na universidade de bolonha. ❞ chiara continuou, sentindo suas bochechas esquentaram diante do olhar que o detetive lhe deu. ❝ — uh, e também sou cantora. ❞ os lábios do detetive se curvararam para cima minimamente, antes que ele conseguisse se controlar. ótimo, até ele sabia de seu chilique.
ok, obrigado senhorita bianchi. você está aqui porque estamos investigando o desaparecimento de marco polo fortunato. a família registrou um b.o de pessoa desaparecida há duas semanas. é do nosso conhecimento que você é uma das pessoas que mais tinha contato com ele no pensionato onde morava, por isso está aqui. agora me diga, qual era a natureza da sua relação com o sr. fortunato?
❝ — conheci polo quando começei a morar no pensionato. ele sempre foi gentil comigo, e nunca pareceu se importar com o que diziam sobre mim. ❞ a ruiva respondeu, um pequeno sorriso aparecendo em seus lábios antes que fosse substituído por um semblante preocupado. ❝ — nós não éramos próximos o suficiente para que eu possa chamá-lo de amigo, mas acho que poderíamos ser se ele não tivesse—y’know, desaparecido. ❞ era estranho dizer aquela palavra em voz alta, mesmo que fosse a verdade. marco polo fortunato estava desaparecido.
qual foi a última vez que conversou pessoalmente com o sr. fortunato?
❝ — há alguns meses atrás, antes de saírmos de férias. ❞ chiara respondeu de imediato, ciente de que pelo menos aquela informação podia divulgar sem receio.
e virtualmente?
diante da pergunta, chiara precisou pensar por um instante. sienna, sua assistente pessoal, havia forçado-a a ficar longe de seu celular o máximo possível para ficar longe dos comentários negativos que ainda recebia em suas publicações. ❝ — na última semana de aula, acredito. ❞
nos últimos meses antes das férias, você percebeu algo de anormal no comportamento dele? ele te contou alguma coisa que possa ser relevante para encontrá-lo?
antes mesmo que o detetive tivesse terminado de falar, chiara já estava balançando sua cabeça em negativa. ❝ — não o conhecia bem o suficiente para dizer se o comportamento dele era anormal ou não. ❞ a ruiva cruzou os braços ao redor de si e deu de ombros minimamente. ❝ — sinto muito por não ser mais útil. ❞ acrescentou, encolhendo-se em sua cadeira ao sentir o peso do olhar do detetive. obviamente, ele não acreditava totalmente nela.
ele costumava a sumir dessa forma? já desapareceu antes?
❝ — acredito que não, mas não sou a pessoa certa para responder essa pergunta. ❞ chiara tentou não deixar sua frustração aparecer em seu rosto, mas já estava ficando cansada de responder a mesma coisa over and over again.
o sr. fortunato deixou uma lista com vinte e um nomes e o seu era um deles. tem alguma ideia de por que ele faria isso?
chiara congelou momentariamente, e, julgando pela sobrancelha arqueada do detetive, ele havia percebido. para disfarçar, a garota forçou-se a relaxar e dar de ombros da maneira mais casual possível. ❝ — talvez ele estivesse planejando uma festa quando voltássemos das férias? ❞ respondeu em um tom de pergunta. ❝ — ou podia ser só uma lista dos moradores do pensionato, sabe? não acho que seja nada demais, sinceramente. ❞
sabe se o sr. fortunato teria motivos para sumir? ou se alguém gostaria que ele sumisse? ele tinha inimigos ou desavenças?
a jovem bianchi franziu o cenho, apertando os lábios enquanto pensava na melhor maneira de responder a pergunta. ❝ — é impossível fazer todo mundo gostar de você. ❞ chiara sabia daquilo melhor do que ninguém. ❝ — sempre vai ter alguém que não vai com a sua cara. tenho certeza de que era a mesma coisa com o polo, mas não acho que isso seria o suficiente para fazê-lo sumir. ❞ respondeu honestamente, colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha.
tudo bem. bom, a partir desse momento a senhorita fica ciente de que marco polo fortunato está oficialmente desaparecido. por favor, se tiver algum contato com ele, não hesite em nos comunicar ou comunicar à família. está dispensada.
chiara desviou o olhar para seu próprio colo, cutucando suas cutículas da maneira como sempre fazia quando estava nervosa. ao ser dispensada pelo detetive, a ruiva levantou a cabeça e concordou. ❝ — se eu ficar sabendo de alguma coisa, irei avisá-los. ❞ a garota respondeu imediatamente, levantando-se lentamente para dar tempo do detetive se pronunciar, caso tivesse algo mais para dizer. quando o mesmo permaneceu em silêncio, observando-a atentamente, chiara deixou a sala de interrogatório sem outra palavra. a ruiva esperou até estar do lado de fora da delegacia, com seus óculos escuros escondendo grande parte de seu rosto, para pegar seu celular e digitar uma mensagem para sienna. precisava avisá-la do acontecido antes que ela descobrisse por algum paparazzi ou pior—seus pais.
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𝟏𝟒 𝐃𝐄 𝐒𝐄𝐓𝐄𝐌𝐁𝐑𝐎 𝐃𝐄 𝟐𝟎𝟐𝟏, 𝟏𝟏𝐇𝟏𝟓
delegacia de polícia de bolonha // @gloryandgorehq
❝ meu nome é petra marcella del vecchio corsini ❞, recitou petra. gostava da sonoridade do seu nome completo... e não doía nada, pelo menos em uma situação como aquela, ressaltar seus sobrenomes importantes.
NO DIA ANTERIOR...
petra tinha participado da reunião na qual eles decidiram se proteger e esconder o que sabiam. o que ela achava de tudo aquilo? como amiga de polo, achava irresponsável. desrespeitoso. completamente fora da casinha. onde achavam que podiam chegar escondendo informações da polícia se um deles tinha sumido? então é claro que se sentiu vencida quando a maior parte das pessoas convenceu as demais que o melhor caminho era omitir sobre o último contato do fortunato.
mas ainda assim... ela era parte da adam societatis. não oficialmente, porém seria logo mais. no início, a sociedade era mais sobre estar em uma coisa meio excêntrica com seus amigos. festas e luxo sem motivo aparente. com o tempo, entretanto, ela passou a levar aquilo com seriedade. se importar com os rumos daquilo e com o que podia de fato acrescentar. era um sentimento novo, mas ela se importava com o que acontecia lá, mesmo que não fosse admitir em voz alta. e se importava com a maior parte das pessoas lá e não queria que fossem perseguidos. precisavam se proteger.
AGORA...
❝ tenho vinte anos e sou estudante de... artes visuais na università di bologna ❞, continuou. hesitou na parte do curso, mas não podia contar a mentira que conta à sua família paterna para a polícia, não é mesmo? ainda assim, ficou impressionada que com o quanto mais se conta uma mentira, mais ela fica tatuada na sua mente. ❝ a minha relação com polo... bom... ❞, hesitou novamente. pedaços de noites passadas no jardim, na varanda, até no quarto que dividia com vee, a fumaça, as risadas. sentiu-se culpada novamente. ❝ quer dizer, a gente morava junto né, doutora, é por isso que estou aqui. a gente era amigo. ele era uma das pessoas mais interessantes daquele lugar ❞, deu sua opinião sincera. polo sempre foi exatamente o que queria ser sem escrúpulos, sem ligar para as críticas. e ainda conseguia ser excepcional em todo o restante no meio do caminho.
❝ conversei com ele por último na noite antes do último dia de aula do semestre passado ❞, fingiu que estava se esforçando para lembrar direito. era essencial fazer aquele tipo de coisa, para que não parecesse ensaiada ou mentirosa. ainda bem que ela tinha experiência naquilo. ❝ a gente costumava... conversar. esse foi um desses dias. não sei, ele não parecia fora do normal, não mais do que sempre... porque sim, ele era meio peculiar ❞, disse sorrindo. foi só então que notou que em todo seu interrogatório petra usou as expressões no passado. ' a gente morava ', ' a gente era amigo ', ' ele era '... o que diabos ela pensava que tinha acontecido? um arrepio percorreu a sua espinha. ❝ e virtualmente... bom, acho que foi no mesmo dia. eu ou ele, não lembro, mandamos mensagem pra marcar a conversa. bem normal ❞, respondeu. essa era a maior mentira que precisava contar. a última mensagem de polo foi um pedido para que o encontrassem no fliperama. e petra foi. e ele não.
❝ eu sinto muito, mas... não. quer dizer, ele parecia meio avoado, mas esse era o comportamento normal dele. polo não vivia... quer dizer, polo não vive só no agora. ele tem visões de múltiplas coisas em múltiplos ângulos. sempre achei que ele viver no próprio mundo era o charme dele, o que torna ele marco polo fortunato ❞, petra deu sua opinião. ainda assim... ela lembrava de venus comentando que o ex não parecia normal e que em como ele não ter aparecido no dottor mcfly era estranho. não podia falar aquilo. não podia envolver vee e não podia falar sobre o fliperama.
❝ ele era bem presente na pensão. eu não acho... não acho que ele teria sumido assim sem avisar. as pessoas mais próximas dele não sabem onde ele tá, não acho isso normal ❞, foi a primeira coisa inteiramente verdadeira que disse. sentiu que a preocupação pela primeira vez a preocupação penetrou a sua faceta de cool girl que só queria que aquilo acabasse logo. a loira limpou a garganta e desviou o olhar para longe da delegada.
ao ouvir sobre a lista, pela terceira vez a corsini hesitou. aquilo sim era inesperado. com certeza era a listagem de todos os colegas da adam... como ele pode ter deixado algo assim dando sopa? a única resposta que ela conseguiu pensar era que... que ele não planejou isso. ❝ ahm... honestamente, não sei. lista de uma festa? lista de chamada da pensão? vai saber o que se passava na cabeça dele, doutora, mas acho que vocês estão dando muita importância pra algo que provavelmente não tem significado nenhum. minha opinião ❞, deu de ombros e tentou manter-se calma. a delegada apenas olhou-a intensamente.
❝ inimigos é uma palavra forte. todo mundo tem pessoas que não gostam de você, nem jesus agradou todo mundo, né não? claro que não é todo mundo que sabe apreciar o jeito meio peculiar dele, mas aí sumir com o garoto? não... não consigo pensar em ninguém que quisesse isso ❞, respondeu. a delegada apresentada como rossi não ficou tão cativada com sua piada como petra gostaria, mas não pareceu ter dado espaço para que ela fizesse mais perguntas além daquela.
precisou mascarar o alívio quando rossi a dispensou. achava que tinha ido bem. apenas assentiu. ❝ claro... se eu souber de alguma coisa, aviso vocês. eu também quero ele de volta ❞, comentou honestamente. e então foi embora, esperando de verdade que tivesse feito as escolhas certas. ou pelo menos o melhor que podia naquele momento.
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𝐓𝐀𝐒𝐊 𝟎𝟎𝟏 — 𝖎𝖓𝖙𝖊𝖗𝖗𝖔𝖌𝖆𝖙𝖔𝖗𝖎𝖔
@gloryandgorehq
retirou os óculos escuros que protegiam as orbes escuras do sol do meio-dia daquela quarta-feira. os dígitos enfeitados com anéis ajustaram a gola da blusa social que fazia com que isabella parecesse mais séria. depois de um longo suspiro consternado, ajustou sua postura e empurrou as portas da delegacia. dirigir-se à recepção para entregar seus documentos pessoais junto da notificação recebida na última segunda feira. não poderia encarar aquilo como algo diferente de uma inconveniência. não gostava de marco polo, não gostava que imprevistos atrapalhassem seu planejamento e, sobretudo, não gostava de estar na presença de policiais.
odiava desde a postura incisiva que assumiam só por terem autoridade ao tom acusatório que, via de regra, conduzia todos os interrogatórios dos quais já foi parte. talvez fosse a única a ter essa impressão, entretanto, fosse pelo sobrenome hostilizado pela corporação... fosse por uma questão estrutural. a única coisa que conseguia pensar é que ela mataria marco polo no primeiro segundo em que ele resolvesse dar o ar da graça só por fazê-la reviver a experiência de ser interrogada.
— primeiro, diga seu nome completo, sua idade e o que você faz da vida.
incomodada com a luz estourada da sala, ajeitou seu corpo na cadeira. intendia ser objetiva, sucinta, o que quer que fizesse com que passasse o menor tempo possível naquele ambiente. pensou em avisar que tinha outro compromisso logo em seguida, mas conteve sua língua porque sabia que sua urgência em ir embora não seria visto como algo positivo. encarou a pessoa que conduziria aquela “conversa”.
❝ meu nome é isabella romano maniati-carrara, ❞ um sobrenome que sempre causava impacto, de certo, positivo ou negativo. ali, entretanto, não conseguiu ler a expressão no rosto daquela que a interrogava. ❝ tenho vinte e um anos, curso o terceiro ano de relações internacionais na universidade de bolonha e sou estagiária no escritório de coordenação de assuntos humanitários. ❞ respondeu um tanto tímida, era claro que a policial perceberia que o cargo em um órgão tão visado quanto o ocha tinha um quê de nepotismo. mas, ao mesmo tempo, isabella acreditava que exaltar sua ocupação poderia a tirar do foco do que quer que fosse aquilo.
— ok, obrigada srta. maniati-carrara. você está aqui porque estamos investigando o desaparecimento de marco polo fortunato. a família registrou um boletim de ocorrência de pessoa desaparecida há duas semanas. é do nosso conhecimento que você é uma das pessoas que mais tinha contato com ele no pensionato onde morava, por isso está aqui. agora me diga, qual era a natureza da sua relação com o sr. fortunato?
esboçar certa surpresa foi inevitável. eles não sabiam onde marco polo havia se metido, certo. mas a família dele também não ter noção do paradeiro do presidente da adam societatis era, no mínimo, preocupante. com o cenho franzido ligeiramente, isabella se preocupava com a possibilidade do rapaz ter sofrido uma overdose e ter sido enterrado como indigente em um país exótico. meu deus, que horrível. repreendeu seu pensamento logo em seguida. preferia acreditar que ele só tinha outras prioridades no momento e nenhuma delas era estar ali para cumprir com suas responsabilidades.
certo, a pergunta. ❝ eu e fortunato morávamos na mesma casa, só isso. nunca fomos muito próximos ou expandimos nossa conversa para tópicos para além daqueles comuns à nossa convivência. ❞ deu de ombros. não podia expressar o que realmente pensava sobre marco polo, do contrário, pareceria que ela tinha algo contra ele. e não era isso que queria que a polícia pensasse. porque apesar de, sim, ter muitas coisas contra a postura dele. nada era tão extremo a ponto dela virar uma suspeita nessa investigação sobre o desaparecimento dele.
— qual foi a última vez que conversou pessoalmente com o sr. fortunato?
isabella não era capaz de responder àquela pergunta porque simplesmente não se recordava de quando foi a última vez que havia conversado com marco polo, provavelmente em uma das reuniões da adam socetatis, algo que evidentemente não poderia ser mencionado ali. ❝ devo admitir que nunca prestei muita atenção nas minhas conversas com marco polo, de tão casuais, talvez tenhamos nos cumprimentado em algum momento na última semana de aula? ❞ merda, não era pra ter soado tanto como uma pergunta.
— e virtualmente, srta. maniati-carrara?
a mensagem sobre o fliperama. a qual isabella havia prontamente ignorado, e sequer se deu o trabalho de aparecer à reunião extraoficial — ou o que quer que fosse — convocada pelo líder. outra coisa que não poderia contar, já que a sociedade havia chegado a um consenso quanto a isso. ❝ eu e marco polo não trocávamos mensagens, como eu disse, só morávamos na mesma casa. ❞ respondeu objetivamente, temendo que pudesse insistir naquela pergunta. felizmente, não aconteceu.
— nos últimos meses antes das férias, você percebeu algo de anormal no comportamento dele? ele te contou alguma coisa que possa ser relevante para encontrá-lo?
era o momento em que isabella queria dizer que sempre teve a impressão de que ele vivia chapado. mas de novo, não queria deixar a entender que ela tinha algum problema com fortunato. não era um estresse que ela precisava adicionar à sua vida. ❝ marco polo sempre se mostrou ser um tanto excêntrico. considerando o comportamento habitual dele, não notei nada de diferente. ❞ comentou, até fez um esforço para puxar algo em sua memória. e se perguntou se a informação dos dias de reclusão dele na biblioteca seriam úteis de alguma forma. ❝ não erámos próximos, eu raramente prestava muita atenção no que ele fazia, mas talvez ele tenha comentado alguma coisa com as pessoas mais próximas dele. ❞ sabia mascarar bem, mas a verdade era que já estava perdendo a paciência com aquelas perguntas. quantas vezes mais precisaria reiterar que ela e marco polo não tinham qualquer proximidade além da convivência por associação?
— ele costumava a sumir dessa forma? já desapareceu antes?
precisou se conter para não revirar os olhos, para não destilar nenhum comentário ácido sobre não ser um gps para dar conta do paradeiro de marco polo. limitou-se a correr os dígitos pelos fios de cabelo. ❝ não que eu me lembre. eu sequer sabia que ele estava desaparecido nesse momento. pensei que ele tivesse resolvido esticar as férias e ficar mais tempo no curso de verão que ele disse que ia fazer. ❞ de fato, era a única informação substancial que isabella havia guardado sobre fortunato, de que ele havia dito que sairia do país para fazer não-sei-o-quê em não-sei-aonde. será que ele não se comunicou com os pais durante as férias, porque a informação que tinha era que ele foi dado como desaparecido há duas semanas. e, bom, eles não tinham notícias de marco polo há pouco mais de três meses.
— o sr. fortunato deixou uma lista com vinte e um nomes e o seu era um deles. tem alguma ideia de por que ele faria isso?
para alguém que havia ascendido à presidência de uma sociedade secreta, para aquela lista ter ido parar dentre as evidências da polícia, marco polo se mostrava ser uma pessoa muito burra. ou pior, uma pessoa mal intencionada. o que ele ganharia entregando a existência da sociedade? isabella suspirou. ❝ talvez ele tenha pensado em presentear todos os moradores com souvenirs da viagem dele, é uma possibilidade. ❞ encolheu os ombros, não pensando em nenhuma outra desculpa plausível que justificasse a lista de nomes.
— sabe se o sr. fortunato teria motivos para sumir? ou se alguém gostaria que ele sumisse? ele tinha inimigos desavenças?
❝ se ele tinha motivos pra sumir, eu não sei, ❞ naquele exato momento, carrara pensou que poderia foder com venus em retaliação ao que aconteceu nas férias de alguma forma. pelo menos, colocar uma pulga atrás da orelha dos policiais de modo que o relacionamento dos dois ficasse em evidência. mas, por algum motivo, ela desistiu da ideia assim que passou por sua mente. ❝ e até onde eu sei, era uma pessoa querida dentro do pensionato. tinha melhores amigos, uma namorada, era admirado por muitos. nunca ouvi ninguém dizer que odiava o marco polo. ❞ se a vida de isabella fosse uma série, nesse momento exato haveria um corte na cena apenas para mostrar o compilado de uma sequência de todas as vezes que ela comentou com ottavio que odiava o marco polo. sim, a ponto de desejar que ele sumisse, mas não a ponto de efetivamente sumir com ele.
— tudo bem. bom, a partir desse momento a srta. fica ciente de que marco polo fortunato está oficialmente desaparecido. por favor, se tiver algum contato com ele, não hesite em nos comunicar ou comunicar à família. está dispensada.
limitou-se a assentir ao que se erguia da cadeira e pegava sua bolsa e os óculos escuros sobre a mesa. ❝ claro, se eu souber de qualquer coisa ficarei mais que feliz em ajudar. ❞ esboçou um sorriso, aquele que era marca registrada de maso carrara, e então deixou o recinto. mas que porra, marco polo.
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𝟏𝟓 𝐃𝐄 𝐒𝐄𝐓𝐄𝐌𝐁𝐑𝐎 𝐃𝐄 𝟐𝟎𝟐𝟏, 𝟗𝐇𝟒𝟓
delegacia de polícia de bolonha // @gloryandgorehq
ottavio não conseguia se conter. já tinha bufado pelo menos umas cinco vezes e estava ali sentado faziam apenas quinze minutos. tudo o que passava pela sua cabeça era que recebeu uma intimação policial. uma maldita intimação policial para prestar depoimento, enquanto perdia a aula de macroeconomia. tudo por causa de marco polo fortunato. ‘ quantas vezes mais esse maconheiro vai me fazer passar por essas merdas? ’, se questionou, bufando pela sexta vez. ❝ senhor ottavio adriano petrucci belmonte? ❞, chamaram-no, o que fez seu olhar levantar. ótimo, estavam anunciando seu nome para todo mundo saber que o filho do senador e herdeiro do banco generali estava ali na delegacia.
seguiu rapidamente quem imaginou que fosse a escrivã... uma delegada dificilmente chamaria-o pessoalmente. ottavio sentiu o celular vibrar enquanto seguia a mulher pelos corredores até sabe-se deus onde. “LEMBRE-SE DO QUE O ADVOGADO DISSE. NÃO FAÇA BESTEIRA”. era do seu pai. o garoto precisou conter uma risada que beiraria, provavelmente, à histeria e descontentamento. é claro que “não faça besteira” era o que seu velho tinha pra dizer naquele momento. porque era mais importante manter as aparências do que realmente o que aconteceria com o fiiho. ❝ típico ❞, soltou sem pensar. ❝ você disse alguma coisa, senhor belmonte? ❞, questionou a escrivã e ele balançou a cabeça negativamente.
enfim, a mulher os guiou para uma porta e abriu a porta. ottavio entrou na sala de audiências e confirmou sua teoria sobre a escrivã, pois a verdadeira delegada o esperava ali. ❝ sente-se, senhor belmonte ❞, pediu ela, polidamente, ordem a qual ele delicadamente seguiu. ❝ meu nome é sara rossi e eu sou a delegada encarregada desse caso. vou te fazer algumas perguntas e quero que você responda claramente, olhando para a câmera, tudo bem? ❞, questionou ela. o belmonte estava prestes a assentir quando lembrou-se das orientações. ❝ sim, senhora ❞, respondeu, olhando para a câmera.
❝ meu nome é ottavio adriano petrucci belmonte, tenho vinte e um anos e sou estudante de economia na università di bologna ❞, respondeu. ❝ ok, obrigado senhor. você está aqui porque estamos investigando o desaparecimento de marco polo fortunato. a família registrou um B.O de pessoa desaparecida há duas semanas. é do nosso conhecimento que você é uma das pessoas que mais tinha contato com ele no pensionato onde morava, por isso está aqui. agora me diga, qual era a natureza da sua relação com o sr. fortunato? ❞, iniciou rossi. ottavio demorou alguns segundos para assimilar as informações repassadas. até então gostava de pensar que marco polo estava sendo irresponsável, porém ouvir de uma oficial que ele havia desaparecido de fato era... bom, quase o fez se sentir culpado. quase. o garoto crispou os lábios antes de responder. ❝ com todo respeito, doutora, mas ter contato é relativo. sim, moramos no mesmo pensionato, mas eu dificilmente diria que existia algum tipo de relacionamento. era estritamente convivência por motivos que não posso controlar ❞, justificou. sara rossi o encarou por alguns segundos. ❝ entendo. mas o senhor mora no mesmo pensionato que ele desde que entraram na universidade, isso significa alguma coisa. morar com alguém, querendo ou não, dá uma certa proximidade ❞, lecionou a mulher e ottavio assentiu, decidindo não adicionar comentário nenhum. ‘ você não precisa falar mais do que eles te perguntaram ’, tinha orientado o advogado.
❝ tudo bem, seguindo em frente. qual foi a última vez que conversou com o sr. fortunato? ❞, continuou a delegada. ottavio precisou forçar um pouco a memória. marco polo e ele não tinham uma relação muito próxima e acreditava que a última vez que conversaram foi na última reunião da adam do ano letivo que passou. mas não podia falar aquilo, podia? ❝ como eu disse, doutora, nossa relação era limitada. não posso dizer com exatidão, mas penso que foi no penúltimo dia de aula do ano letivo passado... no jantar. ainda assim, nossa conversa foi estrita. passe o jarro de suco, os guardanapos... esse tipo de coisa. no outro dia eu saí cedo para a aula e não o vi mais ❞, respondeu. até certo ponto, aquela era a verdade. ottavio precisou escutar marco polo durante a reunião no jantar da adam societatis, mas não tinha exatamente dirigido a palavra ao presidente. rossi assentiu. ❝ e virtualmente? ❞, adicionou ela. o garoto não respondeu imediatamente, pensando na última mensagem que recebeu do fortunato. foi o pedido completamente idiota e fora da casinha de que todos o encontrassem no dottor mcfly. ottavio tinha uma final no outro dia e com certeza não ia deixar as maluquices do garoto atrapalharem seus estudos. não foi exatamente uma conversa, então não precisava mentir sobre isso. ❝ sinceramente? não lembro. não trocávamos mensagem ❞, disse e deu de ombros.
❝ nos últimos meses antes das férias, você percebeu algo de anormal no comportamento dele? ele te contou alguma coisa que possa ser relevante para encontrá-lo? ❞, questionou rossi. ottavio precisou respirar fundo. sabia que aquilo seria uma tortura infindável daquela mulher tentando lhe tirar respostas, porém aquilo ficava repetitivo. eles não tinham um relacionamento. ottavio belmonte e marco polo fortunato não eram amigos. quantas vezes ia precisar repetir aquilo? ❝ doutora, para mim, tudo em marco polo era anormal. o garoto era fora da casinha. de verdade. faltava uns parafusos nele, não vou mentir. longe de mim falar isso de um desaparecido, mas essa é minha opinião pessoal. eu raramente prestava atenção nas coisas que ele falava, porque sempre pareciam divagações sem sentido. com certeza nossa incompatibilidade nisso ajudou no fato de não sermos próximos, por isso é muito improvável que ele tenha dito alguma coisa para mim que fosse relevante para a investigação ❞, disse em um tom tranquilo. não estava mentindo, não tinha o que temer. a mulher não exibiu nenhuma expressão em particular.
❝ ele costumava a sumir dessa forma? já desapareceu antes? ❞, continuou rossi. ❝ eu não prestava muita atenção em marco polo. mas pelo jeito que ele levava a vida dele, não sei se seria muito anormal ❞, deu sua opinião. ❝ como o senhor diria que ele levava a vida dele? ❞, rossi levantou as sobrancelhas, visivelmente curiosa com a opinião dele. otto deu de ombros. ❝ ele era muito despreocupado com as coisas desse mundo. bem no canto dele. às vezes parecia que ele vivia em outro plano astral, outro planeta. eu inclusive achei que quando ele não apareceu lá em casa foi porque estava... sei lá, tinha esquecido a data de voltar, coisa parecida ❞, finalmente algo que era completamente verdade, sem disfarçar ou omitir algo. rossi apenas assentiu e fez anotações.
❝ o sr. fortunato deixou uma lista com vinte e um nomes e o seu era um deles. tem alguma ideia de por que ele faria isso? ❞ , essa pergunta foi o que realmente o pegou despreparado. na verdade, precisou se conter para não deixar a raiva transparecer. será que ele podia ser mais idiota? o presidente de uma maldita sociedade secreta deixar aquelas coisas dando sopa enquanto vai pra puta que pariu. ‘ a menos que ele tenha sumido contra a própria vontade... ’, uma voz obscura sussurrou em sua mente. ele sacudiu a cabeça para espantar aqueles pensamentos. ❝ sinceramente, não sei. como eu disse, nunca entendi direito o mundo dele. talvez fosse uma lista dos moradores da pensão. ele meio que organizava as coisas lá, não sei... não consigo pensar em outra coisa além de ser uma lista da pensão, porque só somos conectados por isso ❞, respondeu. esperava que essa última frase ficasse bem clara para a delegada rossi. afinal, ela não encontraria provas ao contrário daquilo.
❝ sabe se o sr. fortunato teria motivos para sumir? ou se alguém gostaria que ele sumisse? ele tinha inimigos desavenças? ❞, prosseguiu rossi. ottavio não pode deixar de notar que o seu olhar estava fixo nele, quase obsessivamente. se perguntou se alguma parte da delegada estava suspeitando dele. bom, ela podia pensar o que quisesse, mas achar algo que o incriminasse é que seria difícil para ela. ele não tinha culpa de nada mesmo, não gostar de alguém não era crime. ❝ não sei. ele disse que foi fazer um programa de verão e eu não tive motivos para pensar o contrário. como eu falei, não éramos muito próximos, então não sei muito das relações dele além da pensão. entre nós, que é do meu conhecimento, ninguém tinha desavença com ele, não que eu tenha percebido ❞, justificou. ‘ além de mim e da minha irmã, pelo menos ’, adicionou mentalmente. seria fiel ao colegas de sociedade, claro, mas elisabetta era sua prioridade principal.
❝ tudo bem. bom, a partir desse momento o senhor fica ciente de que marco polo fortunato está oficialmente desaparecido. por favor, se tiver algum contato com ele, não hesite em nos comunicar ou comunicar à família. está dispensado ❞, sara rossi finalizou e ottavio assentiu. ❝ estou à disposição, doutora, vocês têm o meu endereço ❞, respondeu polidamente e com um sorriso que era conhecido como seu clássico para utilizar quando queria jogar seu charme. ele era bom nisso, afinal. a delegada sorriu de volta e asssentiu. ‘ essa é minha deixa ’, pensou e se levantou. ainda assim, antes de se retirar de vez, seu impulso o fez parar no ato e adicionar: ❝ não ia querer que algo ruim acontecesse com marco polo, doutora. espero que encontrem ele. de verdade ❞, anunciou. sara rossi o encarou por um tempo e ottavio, percebendo que talvez devesse ter segurado a língua, fez menção de sair da sala o mais rápido que pode.
enquanto caminhava para o seu carro do lado de fora, o belmonte só conseguia pensar que se a polícia encontrasse o fortunato, eles teriam uma conversinha bem séria.
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❪ * ─── ⠀ 𝐓𝐀𝐒𝐊 𝟎𝟎𝟏 :⠀INTERROGATÓRIO .
* ╱ primeiro diga seu nome completo, sua idade e o que você faz da vida .
ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ angelo se remexeu , extremamente incomodado , na cadeira . . . que era péssima , por sinal . veja bem , ele possuía certa experiência com cadeiras de delegacia . ❛ me chamo angelo vincenzo de sanctis , tenho vinte anos e estudo na unibo . ❜ estudar era um termo forte , sabia . mas , quer dizer , ele realmente não fazia nada além daquilo . não para os policiais. . . não era burro ao ponto de confessar sobre seus pequenos esquemas ilegais .
* ╱ ok, obrigado sr. de sanctis. você está aqui porque estamos investigando o desaparecimento de marco polo fortunato. a família registrou um b.o de pessoa desaparecida há duas semanas. é do nosso conhecimento que você é uma das pessoas que mais tinha contato com ele no pensionato onde morava, por isso está aqui. agora me diga, qual era a natureza da sua relação com o sr. fortunato ?
ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ haha , não poderia ser a família de angelo — que nunca ligou para seus desaparecimentos . ele sempre voltava , sabiam disso. . . então , seguindo a lógica , não havia nada para se preocupar , certo? acertou a postura , apoiando os braços sobre a mesinha velha em sua frente . ❛ nós éramos amigos . quer dizer , somos amigos . ❜ disse , limpando a garganta após corrigir-se . era? parecia até que marco polo estava morto , o que não era verdade . ㅤ
* ╱ qual foi a última vez que conversou pessoalmente com o sr. fortunato ?
ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ponderou por alguns segundos , que mais pareciam horas . se esforçou para se recordar da última vez em que falara pessoalmente com polo . ❛ ah! ❜ exclamou , esquecendo que se encontrava em uma situação esquisita . alguns dias antes do fatídico episódio do fliperama , em que foram feitos de palhaços , havia se encontrado com marco polo para fumar um . quer dizer , foram mais de um . . . três , talvez . dentro do quarto do líder , compartilharam alguns bons baseados . angel recordou-se dos vários minutos em que ficou encarando a iguana de polo e achando que era uma espécie esquisita de jacaré . fitou os agentes , reformulando o encontro em sua cabeça . ❛ foi alguns dias antes das férias , não lembro exatamente quando . nós ficamos no quarto dele jogando videogame e conversando . ❜ não mentiu , não completamente . apenas optou por omitir certos detalhes . haviam conversado e jogado , mas sob a influência de algumas substâncias .
* ╱ e virtualmente ?
ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ❛ no primeiro dia de férias .❜ confessou , o fortunato não havia respondido suas mensagens . também sabia que o mesmo havia ocorrido com venus . ambos ignorados .
* ╱ nos últimos meses antes das férias, você percebeu algo de anormal no comportamento dele? ele te contou alguma coisa que possa ser relevante para encontrá-lo ?
ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ polo passara por uns períodos estranhos , era nítido que não estava bem . se sentiu um péssimo amigo , deveria ter encarado a situação com mais seriedade . contudo , polo era polo , estranho . ❛ ele ‘tava esquisito , não ‘tava muito bem . ❜ o de sanctis pediu ao céus para que um cigarro aceso se materializar-se em sua mão , percebendo um princípio de ansiedade . ❛ não me contou nada . só que tinha sido aceito em um programa de verão e não as férias em bolonha . ❜
* ╱ ele costumava a sumir dessa forma? já desapareceu antes ?
ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ❛ não . ❜ foi simplório , quem fazia aquilo era angelo .
* ╱ o sr. fortunato deixou uma lista com vinte e um nomes e o seu era um deles. tem alguma ideia de por que ele faria isso ?
ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ foi aí em que o sangue de angelo gelou . imaginou que fosse algo relacionado a sociedade , era o caminho mais óbvio . só não poderia falar isso para os policiais , é claro . provavelmente pensariam em coisas esquisitas , como sacrifícios . ❛ não faço ideia . ❜ disse até um pouco ríspido , dando de ombros . como poderia saber? não tinha bola de cristal , oras . ❛ polo não é um desses caras convencionais , sabe-se lá o motivo disso . nós morávamos com ele , vai ver polo queria apenas fazer uma pequena surpresa . ❜
* ╱ sabe se o sr. fortunato teria motivos para sumir? ou se alguém gostaria que ele sumisse? ele tinha inimigos, desavenças ?
ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ caralho , parecia até que estavam lidando com um crime monstruoso . ❛ polo era de boa .❜ se polo tinha inimigos , angelo certamente não percebera . quer dizer , nunca tinha visto o amigo tratar ninguém mal . mas , dentro da sociedade , havia escutado alguns boatos . . . sobre os gêmeos e como insatisfeitos ficaram com a presidência de polo . falaria? é claro que não , porém , ficaria de olho .
* ╱ tudo bem. bom, a partir desse momento o sr fica ciente de que marco polo fortunato está oficialmente desaparecido. por favor, se tiver algum contato com ele, não hesite em nos comunicar ou comunicar à família. está dispensado .
ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ angelo acenou com a cabeça , saído o mais rápido possível da delegacia . passou a mão pelos cabelos louros , pensativo . a coisa havia ficado séria e ele estava metido no meio , é claro . o de sanctis parecia um imã de problema . orou para que o amigo estivesse bem , embora fosse cético . em plena manhã manhã do dia dezesseis , angel já estava cansado e pensativo . . . e , cá entre nós , era raro vê-lo pensar demais . voltaria para a mansão , encheria um copo com a primeira bebida que visse e , com sorte , enfrentaria um porre fudido e esqueceria de todo aquela bagunça . no mais , tirou o celular do bolso para pedir um uber e , assim que um motorista foi acionado , o rapaz enviou mensagens para dante , nanni e pensri .
( sms 📱 ) : que merda foi essa ?? você já deu o seu depoimento ? @gloryandgorehq
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