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#issoecoisadepreto
pequenozumbi-blog1 · 5 years
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Crítica: Museu Afro Brasil
O Museu Afro Brasil, se encontra dentro do Parque Ibirapuera e o escolhido para a visita foi um sábado, por volta das 11h30. Além de por ser no final de semana, escolhi esse dia porque aos sábados, a entrada é GRATUITA. Lembre-se disso, ou melhor, no final eu mesmo vou te lembrar. Por ser um sábado, o parque estava consideravelmente tranquilo, mas nada vazio, muito provavelmente o horário contribuiu para isso.
Com um caminho já percorrido do parque e ja tendo seguido todas as placas que existiam, tentei achar a entrada do Museu Afro Brasil. Fui de um lado para outro e não tinha nenhuma indicação. No mesmo dia, estava tendo algo que não me importei muito sobre o exército, e perguntei para uma das moças de uniforme onde era a entrada do museu: ela não soube me indicar. Depois de dar 2 voltas em um dos prédios do Ibirapuera, vi que não era ali e resolvi ir para um próximo. Dessa vez eu acertei.
Senti muita falta de indicações que me levassem à entrada. Ainda mais por ser algo importante como um museu. Isso já estava me desanimando, mas não me surpreendeu nem um pouco.
Entrei, e de cara já vi que a visita ia valer a pena. Me vi em frente à uma grande parede apresentando a exposição: “Isso é Coisa de Preto”. “ arte - história - memória ”. E no fim da apresentação: “Assim, para rebater a perversidade desse jargão (nome da exposição) e de outros na literatura e no falar da inconsciência preconceituosa, propomos essa exposição.”
E assim começou minha jornada. Coloquei os fones de ouvido para me concentrar mais, porém eles foram tirados em vários momentos já que em alguns locais, a música e o som também faziam parte da experiência da exposição.
Começando com uma grande homenagem à artistas negros: escultores, escritores, jornalistas e porquê não jogadores de futebol também? Muitos livros também estão expostos. Mestre Valentim, Luiz Gama, Pixinguinha, Clementina de Jesus, Paulinho da Viola e Pelé são algumas das personalidades que são lembradas entre tantas logo no início. E como a própria exposição admite em uma parede ao lado de tantos ícones negros, a sua intenção é a de resgatando memórias, que se resgate também uma autoestima do povo negro. E o reconhecimento do tamanho da sua contribuição para a construção e também para o desenvolvimento deste país. Seja no meio artístico-musical, mas também no ramo engenheiro-científico, mostrando a superação desse povo negro que conseguiu fugir das amarras não só no papel, mas na vida também, que é algo que ainda no século XXI, queremos que seja uma realidade vivida pela maioria do povo negro. E vamos continuar imaginando, querendo e lutando, até ser realmente verdade.
E é assim que vamos para a segunda etapa do passeio: “Design e Tecnologia no Tempo da Escravidão”. Pronta para mostrar como aqueles escravos, africanos inovaram com técnicas, instrumentos e métodos de trabalho, como na produção de ouro, por exemplo. Que com muito conhecimento, foi passado para as gerações futuras. A exposição mostra todos os tipos de instrumentos e como, em cada cenário eles facilitam a conclusão do trabalho. O que fica para quem visita é uma noção totalmente diferente e real de que a contribuição africana também é muito forte na construção do COTIDIANO. Muitos ofícios têm raízes ou no mínimo, aprendizados africanos.
Depois, o passeio segue para a Arte. Antiga e Contemporânea. E aqui, com muita cor, muito acervo e muitas peças inclusive de vestuário, a exposição passeia e expõe a arte afrodescendente vista por muitos ângulos diferentes.
Explica um pouco de religião, expondo Oxóssi, Ogum, Oxum e Exú, este último, rodeado de polêmicas e contradições, também explicadas e desmentidas na exposição.
Conta ainda com uma parte muito interessante: “A Importância Nacional do Negro”. Em que mais uma vez, figuras negras icônicas têm um pouco da história contada e com certeza enaltecida. É importante dizer que ainda foi mencionado “UM DÉBITO COLOSSAL” que despreza explicações. Uma dica? A única palavra em caixa alta neste espaço é ESCRAVIDÃO.
As Amas-de-Leite também foram lembradas. Aquelas mulheres que eram obrigadas à amamentar os filhos de Senhores, e que tinha como consequência a falta de leite para os seus próprios filhos. Isso SE fossem trazidas pra cá juntas às suas crianças. Muitos foram separados. Muitos filhos ficaram se mãe. Sem leite. Muitas mães ficaram sem seus filhos. E tiveram seu leite retirados, para crianças brancas.
Eu não estou citando uma outra ENORME quantidade de coisas que estão presentes no Museu. Ficou curioso? Visite-o. É uma grande aula sobre a cultura afro-brasileira, suas influências e sua importância. Além de ser enorme (confesso que fui surpreendido aqui), é de encher os olhos. Não tem como não se interessar por qualquer coisa à 10 metros de distância. Muita história, muita beleza, muita dor, mas tambèm muita superação. Muita inspiração, com certeza. A história negra está muito bem representada e exposta no Museu Afro Brasil.
O passeio valeu muito a pena. Fiquei até um pouco depois das 14:00. Eu vi tudo! Mas mesmo assim, me deu vontade de ver mais. Realmente valeu muito a pena... e conseguiu alcançar em mim o seu propósito: Resgatar a auto estima de todos aqueles que têm pelo menos uma gota de sangue africano em suas veias, ou em sua melanina, seu cabelo, na família...em sua história. Afinal, Isso É Coisa de Preto. E eu disse que eu viria te lembrar de que aos sábados, um dia tranquilo para se visitar o Museu e passar o dia no parque, a entrada é GRATUITA. GRÁTIS.
Leve a família, os amigos, colegas do trabalho. Para serem enaltecidos, conscientizados ou simplesmente ensinados. :)
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brunoanastassakis · 7 years
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Quem topa fazer um buzinaço na globo? #issoecoisadepreto
Quem topa fazer um buzinaço na globo? #issoecoisadepreto
— Bruno Anastassakis (@banastassakis) November 9, 2017
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