Tumgik
#lésbicas merecem direito de fala
laliglossy · 2 years
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certeza que eu e zoe vamos queimar no inferno
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lgbt-que · 3 years
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Conheça a nossa equipe!
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E aí, meu Vale?
Agora que já apresentamos o projeto, chegou a hora de conhecer a nossa equipe!
Vamos lá?
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Line:
Olá! Tudo bem?
Eu sou Aline Freitas, uma potiguar bacharel em Direito, com sol em Áries, ascendente em Sagitário e lua em Virgem, com quase trinta anos de vida e alguns fios de cabelos brancos na cabeça. Gosto de ler, estudar Direito Penal, brincar com cachorros, imaginar possibilidades e aprender a viver a vida, afinal, pra mim, a vida é paixão.
Já sabia que eu era diferente desde a infância, quando odiava vestidos, preferia brincar com bonecos e carrinhos, e me sentia um menininho. Na adolescência, a minha disforia amenizou-se com a chegada da menstruação, porém, sempre guardei uma dúvida acerca do meu gênero. Aos 20, finalmente aceitei que nunca senti atração por homens e entendi que nasci para me apaixonar por mulheres, e aos 29, compreendi minha infância quando me entendi como uma pessoa não binária (gênero fluído).
Acredito que a página possa ser um ponto de apoio para a minha comunidade. Quero descobrir e contar as diferentes histórias que existem por aí, pois o ser humano é diverso, em inúmeros sentidos, e tenho muito orgulho de ter nascido LGBT+!
Carol:
Oi, gostoses! Quem sou eu?
Uma paraibana bem arretada e muito orgulhosa da identidade cultural que carrega, Aquariana (pra quem é de signo), pragmática e bem-humorada (pra quem não é tão ligada a astrologia assim). Tenho 27 anos de idade e me entendi uma moradora do vale muito cedo, porém, daí até fazer minha entrada triunfal na avenida das assumidas foi um caminho longo e tortuoso. Me identifico com a letra P da sigla (poderia ser P de pãozinho, mas é de pansexual mesmo).
Se você me perguntar do que eu gosto, com toda certeza, pelo menos o top 5 coisas mais amadas por Carolline Querino (que por sinal, é meu nome) vai envolver ativismo, ações humanitárias, política ou animais. Desse jeito que acabei me formando em Relações Internacionais e me tornei pesquisadora na área de gênero e feminismos (com tudo que tem direito! Interseccionalidade, teorias LGBTQIAP +, decolonialidade e metodologias de análise política). Fora isso, o que mais posso dizer? Eu tenho o gato preto mais charmoso do universo, um gosto musical mais eclético do que um elenco de RuPals' Drag Race Tailandês e sou muito apegada a minha família e amigues.
Aaaah, antes que eu me esqueça! Minha característica mais marcante (segundo todo mundo que me conhece) é ser a criatura mais esquecida que habita a terra. É real esse bilhete! Então, se eu esqueci de falar algo aqui, podem mandar DM aqui na nossa página, pois é pra isso mesmo que ela foi feita! Pra conectar e informar o vale sobre as nossas questões.
Xêro na bunda!
Malu:
Olá, xuxuzinhos! Tudo bem com vocês?
Eu sou Maria Luiza Andrade (vulgo, Malu) e tenho 23 anos. Sou potiguar, acadêmica em Psicologia, bibliófila, Ariana, apaixonada por arte e, por último, mas não menos importante, sou uma mulher lésbica.
A primeira vez que cogitei a possibilidade de amar uma garota, eu ainda não sabia que era um problema para o mundo. Sempre me atrai, fisicamente e afetivamente, por mulheres. Mas, como isso era algo impensável para o mundo rodeado pelos ideias cristãos, eu achei que precisava me concentrar em ser incrível em outras áreas da minha vida, para que o fato de eu desejar mulheres se tornasse uma coisa irrelevante para minha família e amigos.
A faculdade me abriu as portas para um mundo completamente diferente do que eu conhecia. Foi a primeira vez que tive contato com pessoas LGBT’s e, a primeira vez, que pude sentir reciprocidade em amar uma garota, sem sentir medo. Nunca me senti tão Eu, como quando me permiti arriscar e me deixei levar pela emoção.  Depois disso, passei a pesquisar cada vez mais sobre a nossa comunidade e, a cada passo que dou, me sinto mais forte e segura, assumindo e amando das identidades que fazem parte de mim. 
Eu amo quem sou, amo ter a consciência do caráter fluido da sexualidade, e fico orgulhosa em ver o meu "grito" se tornar cada vez mais livre, conforme vou me permitindo assumir um espaço de fala enquanto pessoa LGBTQIAP+.
Mari:
Hello, babies! Como estão?
Sou tão Ariana que pra escrever meu nome só precisa acrescentar o "M" antes. Assim como tal nome também sugere, tem muito a(mar) dentro desta Ana. Gosto de amor e de mar. Prazer, sou Mariana Borges! E como vocês podem perceber, adoro escrever umas coisas bem bregas, mas me perdoa e não desiste de mim, por favor! hahaha
Tenho 25 anos, sou maranhense e estudo Audiovisual, pois filmes e séries sempre foram minha grande paixão. A maior contradição da minha vida é que adoro a língua e o pop russo, porém, tenho bastante orgulho de ser LGBTQ+! Queria muito poder conhecer a Rússia sem precisar esconder quem eu realmente sou pra não ser presa por isso, mas infelizmente não se pode ter tudo na vida, não é meixmo!?
Antes de descobrir que a bissexualidade existe e que tá tudo bem gostar de todos os gêneros, a "eu" adolescente sofria muito por achar que, por (também) sentir atração por mulheres, era obrigatoriamente lésbica e por isso deveria deixar de gostar de todo o "resto", o que me confundia e me deixava angustiada. Me descobrir bissexual foi um alívio, como se naquele momento eu tivesse sido finalmente validada como pessoa, como se tivesse sido autorizada a existir por completo. Ali também foi o início de uma luta pra me aceitar, me assumir e me orgulhar de mim mesma e é isso que quero com a página, que todes saibam que tá tudo bem ser quem você é!
Ray:
Oiii! Eu me chamo Rayca de Oliveira, tenho 25 anos, sou potiguar e formada em Psicologia. Tenho sol em Peixes, ascendente em Virgem e Lua em Libra. Já fui blogueira literária, amo músicas "tristes" e romance policial.
Sou uma mulher cis bissexual que demorou um pouco para entender os próprios sentimentos (e tá tudo bem, cada um no seu tempo). Descubro todos os dias coisas novas sobre mim e sobre o meu gostar. Pra mim a sexualidade é fluida, amanhã posso ser outra coisa, posso ter outros gostos e vontades. Tudo é cíclico e mutável! Meu desafio diário é lidar e respeitar o meu próprio tempo.
Tenho orgulho de ser o B da sigla e acredito que esse portal vai trazer a visibilidade que todas as letras merecem e precisam, então fiquem ligados!
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Beijos de glitter✨ ,
Equipe LGBTQuê? 🌈
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tesaonews · 6 years
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Roger Waters em Curitiba: resista! Permaneça humano!
Vamos  começar uma resenha de show diferente. Falando de assuntos não tão aletórios quanto parecem. Vamos começar falando da passagem de Roger Waters por Curitiba em 27 de outubro de 2018, depois de ter rodado pelo país demonstrando um senso crítico político difícil de engolir para muitos. Afinal, poucos escutaram Pink Floyd como deveriam. Eu inclusive. Peço que abra sua mente e viaje comigo por um fluxo de pensamento.
A palavra fascismo vem do italiano fascio, que significa feixe. Guardas-costas que detinham o poder na Roma Antiga geralmente carregavam um machado revestido por varas de madeira e podiam utilizá-lo para punição corporal, sendo que o objeto também era um símbolo de autoridade e união.
Aí chegamos ao século 20. Mussolini se apoderou desse símbolo para fundar um novo partido. Devido à situação delicada da Itália, era prometida a volta dos tempos de glória. A velha história de resolução de problemas complicados com resoluções aparentemente simples.
Surgiu, então, o Manifesto Fascista, que propunha um conjunto de medidas para resolver a crise da época. Nas décadas seguintes, o termo “fascismo” passou a ser usado para designar as políticas adotadas por Mussolini e seus seguidores.
Resumindo, trata-se de um “manual” para um governo totalitário que privilegiou conceitos de nação e raça sobre os valores individuais. Enfim, Benjamin Franklin disse: “Aqueles que abrem mão da liberdade essencial por um pouco de segurança temporária não merecem nem liberdade nem segurança”. Discordo. Não é questão de merecimento. É momento de instrução. Então, vamos conversar.
Roger Waters: stay human! | Créditos: Fernando Favero / Curitiba Cult
Tá, mas o que é o fascismo?
Não existe, infelizmente, um consenso sobre a definição desse movimento. George Orwell, no seu ensaio “O que é Fascismo?”, afirma que as definições populares do termo vão de “democracia pura” a “demonismo puro”. Uma confusão só. Então, vamos nos ater no que converge o termo contemporaneamente, nos dias de hoje.
Não existem regras definidas para o termo, mas, o que podemos afirmar, é que se trata de algo unilateral. Interesses do governante sobre a maioria, enforcando a minoria. Cada pessoa vai utilizar a palavra conforme lhe convier, o que é normal na linguagem, na comunicação. Falemos de como é utilizada hoje no Brasil. O que representa. Veja, sou só um leigo divagando. Pense comigo, reflita.
Quando direitos que nem deveriam ser discutidos depois de tantos séculos de sabedoria são ameaçados por ortodoxia unilateral de um governante, o fascismo está presente. Quando vozes são caladas por divergências quaisquer, apenas por discordarem de algo pautado, o fascismo está presente.
Quando, em pleno século 21, superada a era da escravidão, aparentemente, já que, segundo a ONU, afeta 40 milhões de pessoas no mundo, e o trabalho infantil atinge 152 milhões, alguém ironiza a dívida social com essa parcela significante da sociedade, dizendo que foi num quilombo, local de refúgio dos africanos e afrodescendentes escravizados em todo o continente americano, e que o afrodescendente mais leve lá pesava sete arrobas. Que essas pessoas não fazem nada, que acha que nem para procriadores servem mais, o fascismo está presente. Pelo menos no contexto brasileiro e, aparentemente, mais extenso. Roger Waters o citou. Um músico, cantor e compositor inglês. Um dos fundadores da banda de rock progressivo/rock psicodélico Pink Floyd, na qual atuou como baixista e vocalista.
A que ponto quero chegar? Pense no seu vizinho, de quem você pode nem gostar muito, mas que de forma alguma ofenderia. Pense no seu colega de trabalho. Pense em uma pessoa, com sentimentos, com sofrimentos, com histórias, só pense nela. O filme Vidas Cruzadas aborda justamente isso. O quanto somos preconceituosos em nossa concepção e o que podemos fazer para mudar injustiças. O quanto estamos dispostos a enfrentar inúmeras pessoas doutrinadas para fazê-las pensar por um viés diferente. Fazê-las perceber que uma “piada” pode ser ofensiva quando utilizada de modo pejorativo. No sentido de diminuir alguém por uma característica que lhe é inerente ao nascimento. Cor de pele. Orientação sexual. Local de nascimento. Qualquer coisa que esteja fora do controle social, que aconteça. Que, simplesmente, aconteça.
Pense em um ser humano como você, só que rebaixado, rechaçado, fora de um contexto no qual apenas selecionados estão presentes, espancado por ser o que é, repudiado por existir. Coloque-se no lugar de um preto, nesse primeiro momento, que é visto como segurança, servindo a alguém, ou como infrator potencial. Que é marginalizado. Não tenho fala nisso, já que sou homem, cis, branco, homossexual. Só que percebo o que ocorre. Perceba também a política de tornar características afrodescendentes decadentes, de condenar suas religiões, de seguir cada indivíduo em um shopping como perigo potencial, de excluí-lo do que deveria ser acessível a todos numa sociedade utopicamente ideal, sem preconceitos, sem demonizações, deixando, que seja, que o cabelo crescer como ele é. Sem chapinha. Livre.
Roger Waters: prisma | Créditos: Fernando Favero / Curitiba Cult
Fugimos do assunto? Não! Ele é extenso mesmo
Se você for um homem branco, heterossexual, em uma relação monogâmica, lutando por seu dia a dia, esse recado é para você. Não desconsidero seu esforço, suas lutas. As admiro. O quanto você foi capaz de construir com poucos recursos. É louvável.
Entretanto, mesmo com todas as suas dificuldades, não havia obstáculos a mais a serem superados. Desafios adicionais. A necessidade de se provar útil em uma sociedade capitalista que prioriza os provedores de família, a base da economia religiosamente estruturada, uma religião específica. Falemos do cristianismo. Das doutrinas que regem milhões de pessoas (ocidentais) em nome de algo definido como ideal.
A bíblia, é, essencialmente, uma literatura fascinante para guiar, com metáforas, humanos sedentos de um significado para sua existência. Só que, o que muitos não sabem, é que sua própria concepção foi, essencialmente, política. Tomemos como exemplo o Concílio de Trento, realizado de 1545 a 1563, convocado pelo Papa Paulo III, para assegurar a unidade da fé e a disciplina eclesiástica.
Interesses. Apenas interesses de governantes sobre governados. Apenas a atenção que um pastor dedica às suas ovelhas: úteis, porém, descartáveis, facilmente substituídas. Só que estamos falando de humanos. Um ser humano como você, que poderia ser condenado ao inferno por não seguir doutrinas estruturadas por alguém que sangra tanto quanto você. E, sabemos, o inferno é bem ruim. Bem ruim.
O fascismo segue a mesma premissa: estabelecer uma conduta considerada ideal por uma minoria abastada que não leva em conta variações existenciais, as infinitudes de cada um em seus pensamentos. Que quer colocar, em uma cama de Procusto, todo e qualquer ser divergente. Não somos iguais. Nunca seremos. E essa é a beleza de existir. E o fascismo quer ceifar justamente isso: as diferenças que nos tornam únicos em um pedaço de rocha vagando num universo desconhecido.
Enfim, você, um homem branco, heterossexual, em uma relação monogâmica, lutando por seu dia a dia, pense que tem gente penando bem mais que você por muito menos. Que não há “coitadismo” de negro, gay, mulher e nordestino. Que você é, e sempre foi, o dono do pedaço, por menor que seja. E que o resto é, bem, o resto.
Defendendo a manutenção desse sistema, você pode estar subjugando seu filho. Sua filha. Sua mulher. Pode estar pensando que todos devem seguir um trilho definido por você, por sua criação, como se não fossem seres de histórias próprias. Como se nunca fossem protagonistas de suas vidas. Pense que você os condena a uma história escrita por você, influenciado por inúmeros fatores, que você os condena a uma projeção do que você gostaria. Não pensa no que eles gostariam. Não se importa, ou não se importava, se você estiver me acompanhando e, bem, olhando as coisas por outro ângulo.
Veja, em momento algum eu disse que você é rico, que não tem preocupações. Todos temos. Entretanto, alguns sofrem coisas que você não sofre. Você já recebeu olhares condenadores por andar de mãos dadas com sua namorada? Já teve medo de apanhar por demonstrar o afeto que sente por ela? Já foi seguido por seguranças em um shopping? Já teve crise de pânico por pensar no que pode significar você sair de casa e não mais voltar porque escolheu uma roupa diferente?
Eu já. Amigos meus já. Colegas meus já. Provavelmente alguém próximo de você também. Você só não parou para pensar que, fora do seu (relativo) conforto, pode haver estradas difíceis, mais difíceis que a sua. Com curvas perigosas. Com perigos na esquina. Para cada mulher que estiver sozinha. Para cada gay, lésbica, transexual, bissexual, negro. Para cada, bem, minoria.
Roger Waters em apresentação em Curitiba | Créditos: Fernando Favero / Curitiba Cult
Eles venceram e o sinal está fechado para nós, que somos jovens
Eleições finalizadas no momento de publicação desse texto. País dividido. Aí chega alguém de fora (muitos de fora) e alerta sobre o perigo do discurso sedutor de promessas vazias que solucionariam problemas profundos. A reação? Ele não! Censurado! Nem fodendo! Mito! Vaias!
Desconsiderando toda uma trajetória política, acusam Roger Waters de desconhecimento. Justo ele que, em 2012, trouxe ao Brasil a turnê “The Wall”, que é um álbum celebrado e mal interpretado. Veja, trata-se, sobretudo, de uma analogia à cegueira depositada no sistema em que estamos inseridos e cada vez mais diminuídos, destituídos de personalidade. Que, em Pink Floyd, trouxe a metáfora animal para comportamentos humanos. Que nos mostrou que somos tão vulneráveis quanto cães de rua. Que estamos perdidos.
E estamos!
Mas não podemos, de forma alguma, desconsiderar a análise de um cara que teve seu pai morto na 2ª Guerra Mundial e que sempre analisou, criticamente, os perigos da solução fácil apresentada pelo fascismo. Que sempre dedicou sua obra ao combate à subserviência. Que disse, claramente, para você sair do sistema se quiser envelhecer.
Mas quem consegue? Somos todos ovelhas.
Seja adepto de um candidato ou de outro, seja isento, todos sofreremos as consequências dessa eleição. Estamos presos a ela. Estamos na estrada. Rumo ao matadouro e defendendo quem nos conduz a ele. Seja um ou seja outro. Creio, como Waters, ser mais rápida a morte quando um deles ascender. E ele ascendeu.
E não vamos todos morrer? Tudo questão de quando. Se resistirmos, talvez mais tarde. Talvez sucumbamos mais cedo do que imaginamos. Agora, meu recado é para as minorias: resistamos! Em menor número estamos, mas, ainda assim, temos força para continuar lutando. E vamos lutar. Como sempre fizemos para que, talvez, sempre ele, o talvez, um dia, nossas futuras gerações não precisem penar tanto. Digo “tanto” porque penar sempre vamos. Uns menos que os outros, mas as batalhas são constantes. O sistema nos obriga a isso. Estamos condicionados e condicionaremos. Espero que para algo melhor, mas a própria História não se mostra como um progresso constante. É, antes, um passo à frente e dois atrás.
Que possamos ser o passo à frente se estivermos dois atrás.
O porquê de toda essa prosa
Em sua passagem pelo Brasil, Waters já gerou polêmica em seu primeiro show mostrando um candidato à presidência do Brasil, eleito, que tem inúmeros exemplos de comportamentos machistas, homofóbicos e preconceituosos, como um perigo. Muitos se identificam com ele. Ou não. Ele só fala fácil. Fala o que todos entendem. Sem rodeios. É só opinião, é da boca pra fora. Entretanto, como validar o discurso de alguém que diz que vai acabar com criminalidade, com corrupção, quando, em 30 anos de carreira política, não fez absolutamente nada em relação a isso no que lhe competia?
Enfim, rolou uma comoção. Waters foi vaiado, foi aplaudido. Rolou confusão. Em seu segundo show, o que a mídia classificou como suavização foi, na verdade, mais pesado que duas aparições de “Ele não!”. Foi um final com “Nem fodendo!”.  Ainda assim, ele ficou preocupado com aqueles que realmente lhe escutavam, sem diminuir, entrentanto, sua crítica política. Homenageou Mestre Moa e Marielle Franco, já mortos por uma sociedade que sempre camuflou seus desejos sanguinolentos pela manutenção de um sistema e que agora se escancara.
Créditos: Fernando Favero / Curitiba Cult
“Este é, sobretudo, um show sobre amor”, diz Roger Waters
Roger Waters mandou o seguinte recado para o estádio lotado: “São 9:58. Nos disseram que não podemos falar sobre a eleição depois das 10 da noite. É lei. Temos 30 segundos. É a nossa última chance de resistir ao fascismo antes de Domingo. Ele não! São 10:00. Obedeçam a lei.”
E as reações foram bem diversas, mas não no nível assustador que temos lido por aí. Ninguém foi censurado por nada e todos berravam suas convicções. Estavam todos afinal, em um momento histórico. Estavam todos no mundo de Waters, que é cinematográfico, performático, sonoro, político, potente.
No clássico “Another brick in the wall”, vários “prisioneiros” entraram no palco, encapuzados. Dado momento da música, retiraram seus capuzes: eram crianças. Os reféns de nossa geração na grande máquina de supressão de ideias. Retiraram seus uniformes e em suas camisetas havia a mensagem: “Resista”. E resistiremos.
No set, clássicos do Pink Floyd levaram todos à insanidade. O grau de imersão do espetáculo beira o absurdo. Na tela, a velha lista de políticos considerados neofascistas com uma diferença: o último nome estava coberto com uma faixa negra. Seria essa a primeira perda? Não sei. Não sabemos ainda, mas sabemos bem quem estava lá.
Críticas ferrenhas ao Trump foram extremamente pesadas, mas o que me incomodou um pouco foi a utilização de caricaturas com características consideradas femininas inseridas sobre imagens do presidente dos EUA. Desde quando isso deveria ser considerado ofensa? Ao que parece, faltou respeito às mulheres e a tudo o que representam, o que mostra que todos ainda temos muito o que aprender.
Porco gigante sobrevoando o estado. “Permaneça humano”. “Fuck the pigs”, como dizia a placa que levantou. Fodam-se os governantes. Lutemos, juntos, por um futuro melhor. Não deixemos que o medo nos enclausure ainda mais.
Canhões de lasers pintavam o céu sobre a pista com cores e formaram um prisma. Uma luz aparentemente tátil.  Ah, mesmo no intervalo, ninguém saiu de seus lugares. A tela mostrava mensagens assertivas, cuja reação da plateia era pautada pela proximidade com o contexto nacional, enquanto outras eram quase ignoradas.
Roger Waters cantando para um estádio lotado | Créditos: Fernando Favero / Curitiba Cult
Acorde!
Depois de algumas horas de show, as luzes se acenderam e a banda se despediu. Ovacionada. Todos entraram em transe durante tudo o que acontecia em termos visuais, em termos musicais, em termos políticos. E voltariam, daqui a pouco, cada um para seu cotidiano. Digerindo tudo.
Presidente eleito. No discurso oficial, uma oração cristã, dizendo que esta é a mão de Deus arrancando os tentáculos da esquerda. Um Brasil para todos, mas todos quem? Porque, certamente, qualquer outra religião que não essa já foi excluída. E a esquerda existe. Seria este o início de uma nova cruzada? Ainda que seu discurso tenha suavizado quando comparado ao anterior, fica o medo.
Nós, que sempre lutamos, continuaremos; alguns com medo, outros com confiança, cada um a seu modo. Seríamos oposição em qualquer resultado, então, mantenhamos a cabeça erguida e resistamos ao fascismo. Não somos iguais. Nunca seremos. E essa, meus amigos, é a beleza de existir.
Fuck the pigs. All in all it was all just bricks in the wall. Stay human. Resist!
Resistamos.
Leia também: David Gilmour
O post Roger Waters em Curitiba: resista! Permaneça humano! apareceu primeiro em Curitiba Cult.
Veja matéria original
O post Roger Waters em Curitiba: resista! Permaneça humano! apareceu primeiro em Tesão News.
source https://tesaonews.com.br/curitiba/roger-waters-em-curitiba-resista-permaneca-humano/
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prosaespontanea · 7 years
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Mais um filme para a campanha #52filmsbywomen: "Primavera das Mulheres" é um documentário de Antonia Pellegrino e Isabel Nascimento Silva que procura fazer uma "historiografia das manifestações nas ruas e redes que impulsionaram os novos feminismos". O recorte é o ano de 2016 e o foco está nessa nova onda de feminismo que ganhou força com a internet. Estão lá as feministas negras, as transfeministas, as feministas radicais, as prostitutas, as meninas que ocuparam escolas e muitas outras mulheres contando suas histórias, falando de sua relação com o feminismo, seus movimentos, seus pontos de vista e militância. As entrevistas são entrecortadas por vídeos de youtubers, mostrando como cada vez mais mulheres jovens e meninas estão se engajando no debate pelos direitos das mulheres. O doc é importante por um lado: mostra uma pluralidade de vozes, tirando dos nichos muitas mulheres cujas vozes merecem ser ouvidas. Um dos destaquea são as falas da transativista Amara Moira explicando os turnos de fala e as diferenças de socialização entre homens e mulheres e como foi difícil para ela desconstruir isso durante sua transição e, ainda, o debate das mulheres trans reivindicando o direito a um corpo trans, que não seria simplesmente uma reprodução de imagem de estereótipos femininos. Destaque também para a questão da solidão da mulher negra e periférica, um momento tocante do longa. Outra dinâmica acertada foi colocarem a Monique Prada falando sobre o direito das prostitutas a participarem do feminismo, bem ao lado da advogada Eloisa Samy, feminista radical contra a prostituição. O problema é que o debate entre elas não acontece: o doc opta por mostrar falas distintas de ambas, quando poderia ter se aprofundado em uma questão controversa. Exibido pelo GNT, o ponto fraco é ser muito introdutório, apontando grandes questões mas ficando apenas na superfície. Senti falta de ainda mais diversidade: lésbicas e bis são invisibilizadas, não se fala do ativismo de mulheres gordas, da maternidade solo, mulheres na história e na ciência, mulheres com deficiência, e tudo isso vem sendo pauta nos últimos anos. Então só posso esperar que tenha uma continuação.
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Leia essa critica que achei na internet muito boa link : http://sindicatonerd.com.br/por-que-o-batman-passou-a-matar/ Senti na necessidade de fazer esta matéria porque venho vendo pessoas reclamando do mais novo filme Batman v Superman: Dawn of justice, porque o Batman acaba por matar suas vitimas no filme. Muitos dizem que isso é um erro de adaptação, já que o Homem morcego nunca matou nos quadrinhos. Outros dizem que simplesmente… Não faz sentido. Antes de começar a expor meus argumentos, quero dizer que muitas coisas que escreverei são apenas minha opinião. Mas meu proposito principal é causar uma discussão, e fazer todos pensarem. A questão é que o assunto deve ser discutido em algum momento, e ele é mais preciso do que pensam. Porque acho que o que foi colocado em questão, é algo que é muito debatido na sociedade atual. E é exatamente da Sociedade atual que falaremos agora… Logo avisando que se você veio aqui em busca de respostas, veio a matéria errada. Aqui vamos achar perguntas que nos levarão a pensar. A partir de agora você entra em uma zona de Spoilers! Leia por sua conta e risco! Enquanto ao Batman clássico? Muita gente sabe, mas vale lembrar, inicialmente o Homem morcego não havia preceito moral algum. Nosso herói era como o Justiceiro, apesar do batman-2que o Justiceiro tem sua ideologia. Inicialmente, o Batman era só um jovem que se achava muito bom em atletismo, e decidiu que iria combater o crime. Então pôs-se a colocar sua luvinha roxa e bater em bandidos, ele era um maluco. Sem falar é claro, na época de um esforço pró guerra, onde todos os super heróis estavam em suas revistas lutando contra os inimigos da América. Batman_Earth-Two_0002 (1) Mas devemos admitir que ele não deixa de ser um maluco agora. Entendam que o Batman é um psicopata. Mas ele conseguiu focar isso. Mais tarde, óbvio, que foi pedido para que alterassem os preceitos morais do Batman, porque ele estava muito escuro para uma época onde histórias em quadrinhos eram apenas para crianças. Logo Batman parou de usar armas, e adotou nosso querido Robin como parceiro. E continuou sendo o Terror dos criminosos. Não seja por isso. O Super-homem também matava, e era muito mais agressivo do que ele é hoje. Inicialmente ele saía batendo em criminosos porque sim. Hoje temos nosso super-escoteiro. Sem falar em seus ideais pró comunistas. A autoridade do código dos quadrinhos Há muito tempo atrás, um psicólogo chamado Frederic Wertham, baseado em seu estudo sobre histórias em quadrinhos, escreveu um livro conhecidoGreen_lantern_85 0como “Sedução dos inocentes” no Brasil. O livro, falava coisas como Batman e Robin são dois homossexuais, Mulher Maravilha é uma lésbica, entre outras coisas das quais ele decidiu, lendo as histórias da época. O que acontece é… Honestamente eu não tiro a culpa dele. Nessa época as histórias estavam tomando uma proporção grande, e cada vez mais capas idiotas vinham surgindo. Mas por que quero falar sobre isso? Nessa época também, a maioria dos heróis ganharam preceitos morais. Estou falando de muitos deles. Batman então assumiu que realmente não matava, e isso fez a personalidade do Superman que conhecemos hoje. Nada podia ser muito escuro, ou muito sexy. Tudo nos quadrinhos era controlado pelo selo. Até é claro, nosso querido Stan Lee chegar e acabar de vez com isso. A DC não ficou de fora, e lançou o seu. O que quero dizer é, que isso é coisa histórica. Os eventos do passado levaram a moralidade do Batman a onde está hoje A importância verdadeira dos personagens para a cultura pop Uma coisa podemos admitir, Batman e Superman já estão marcados na cultura pop como um todo. E a cultura pop tende a acompanhar a humanidade em seus períodos. Sei que Superman era para passar um ideal de esperança, e ele pode continuar passando. Só que como personagens assim, eles deveriam retratar a sociedade como ela é… Não como nós quiséssemos que seja. Acredite ou não são tempos de violência. Não estou dizendo que porque são tempos de violência, todos deveriam agir violentamente. Pelo contrário. Acho que personagens como Batman e Superman deveriam mostrar como é importante manter a cabeça em momentos como esse… Manter os ideais. Todos seres humanos deveriam ter direito a vida, nem que sejam bandidos. Uma coisa que muito me atraí no filme “Batman Begins” Do Nolan, é que o Batman já viveu como um criminoso. Ele sabe como é ser reprimido pela sociedade, e não ter direito a nada. Consequentemente ver pessoas achando que bandidos deveriam ser mortos. Em muitos casos, a resposta é: Não. Não merecem. Em outros pode ser que você ache que sim. O que quero dizer é que Snyder trouxe um ponto importante na mesa. Criminosos merecem morrer? Você pode chamar de vitimismo “Oprimidos pela sociedade”. Porém em muitos casos, é exatamente isso que acontece. A vida é um direito de todos. E assim é desde o iluminismo na França. Batman deveria acreditar nisso ou não? Analisando o background do personagem, se trata de um garoto que teve um trauma. Viu seus pais sendo mortos bem na frente dele. Naquele momento… Naquele dia ruim… Ele pirou. Vocês acham que um garoto, com ódio tamanho de criminosos iria ligar para a vida deles? Ou será que ele iria ver o lado dos criminosos? É isso que Snyder sempre quis dizer. Já no caso do Superman, muitas pessoas já passaram por um processo de deslocação. Já se mudaram, ou mudaram de escola, e se sentiram perdidos. Assim ocorre com o Superman. Ele vive em um mundo de papelão. As pessoas não sabem como ele se sente. Muitos tem algo próximo a isso, mas ninguém realmente deve saber como é ver através da carne das pessoas. Os dois tem seus motivos pessoais. Mas eles não eram para supostamente pensar em outras pessoas além deles mesmos? No final não importa sua cor, sua altura, ou nada disso. O Superman vai sempre te salvar. O Batman sempre irá te resgatar de um prédio em chamas, ou de um criminoso prestes a dar um tiro em você, colocado nesse filme como não importando o jeito que ele fizer isso. Acho que o que o Snyder quis dizer é que estamos em um universo alternativo ali. Um universo em que o Batman não se coloca no lugar dos Superman_Flag_03Henry_Cavill_Batman_v_Superman_article_story_largecriminosos. Ele deve pensar “Por que eu devo me colocar no lugar deles? Eles não se colocaram no lugar de meus pais.” Batman está mais para um homem raivoso neste filme. E Superman está sem esperança. Ao contrário do que ele deveria representar. Ele ajudou tantas pessoas… Havia salvado tantas vidas. E mesmo assim poucos admiravam o que ele fez. Poucos olhavam e diziam que ele era só um cara tentando fazer a coisa certa. Viam ele como uma ameaça. É o caso de Bruce. Que além de perder os pais, viu várias pessoas sendo mortas em sua frente, devido a um confronto que matou mais pessoas do que as ajudou. Poderia ter sido pior? Claro… O que podemos afirmar depois de pensar em tudo isso, é que Snyder está nos fazendo discutir. Pensar. Não é puramente um filme de ação e aventura. Ele e seus roteiristas realmente querem trazer algo a frente. Algo que poucos filmes de super heróis querem. Por isso Batman v Superman acaba sendo tão bom. Isso nos remete a Cavaleiro das trevas. Onde Frank Miller não só havia renovado o Batman, como ele trazia toda uma discussão politica de corrupção, medo e crimes para a pauta. Snyder fez sim uma boa adaptação. O melhor disso no filme é que realmente todas as referências e coisas trazidas de HQs tem sentido ali. Não são coisas jogadas para dizer “Ah, olha, fizemos uma referência! HAHA!” Esse pode ser o ultimo filme que trará uma discussão assim no universo DC no cinema, ou não. Mas prefiro acreditar que não. Você pode estar dizendo que estou fazendo uma crítica do filme, sendo que já foi feita. Mas não exatamente… Só acho que foi necessário trazer isso a pauta. Uma interpretação diferente Batman (4)A um certo momento do filme, Bruce nota que o nome da mãe de Kal-El também era Martha. O que podemos tirar dali? Será que naquele momento, é possível ver nosso Batman dos quadrinhos voltando a vida Batman-v-Superman-Trailer-Affleck-Batsuitnas telonas? Ou… É pura e simplesmente uma outra interpretação? Vamos discutir. Assim que ele ouve que o nome da mãe de Kal-El era Martha, Bruce nota que ele havia errado. Que estava sendo egoísta. Pensando em si mesmo. Havia notado, erroneamente, porém notou, que ele já havia deixado uma Martha morrer. Por que deixar duas? A culpa seria dele novamente. Bruce erraria de novo. Também notou o quão homem Superman era… O quão parecidos eles podiam ser. Que ele estava sendo apenas um morcego raivoso batendo em pessoas. Então Batman para e decide ajudar. Ali vemos nosso Batman voltando? Pensando na vida… Ajudando pessoas? Ou será que o simples fato dele enfiar uma faca no ombro de um homem, o torna não fiel? Explodir o KGbesta foi certo? Batman começa a pensar em alguém além dele ali. Ele mostra que não são só ele e seus pais que importam, nem só nele e sua lança de Kryptonita. Ali Batman vê que faz parte de algo a mais. E estava completamente errado em tentar matar alguém que precisava dele. Alguém que só queria ajudar… Quando ele fala “Eu sou amigo de seu filho”, devo admitir que é uma cena emocionante. Mostra como Batman havia notado a droga que ele fez. Quando na verdade ele deveria ser aquilo… Amigo do filho dela, o tempo todo. Ainda há muita coisa a ser discutida. Muita a coisa a ser falada… Mas que tal se você pensar em tudo que falei aqui sozinho? Que tal se você… Capturar o que Snyder quis dizer? O filme é bom sim. E mostra como filmes de heróis podem trazer pensamentos novos. Discussões, e te fazer pensar. Depois de tudo isso deve estar achando que odeio o fato do Batman não matar não é? Pelo contrário. Eu sou fã do Batman. Do Superman mais do que ele. Mas eu amo o Homem morcego. Tenho carinho pelo personagem. E é uma alegria minha vendo ele ser usado para trazer uma discussão. Lembre-se que personagens precisam evoluir. Imagina só se o Superman continuasse na mesma que ele era 70 anos atrás? Lembre-se que boa parte das coisas aqui citadas são opiniões minhas. Não precisa concordar. Inclusive se discordar, só dizer. E aí caro leitor! O que achou da matéria? Tem opiniões diferentes? Pensou em uma interpretação diferente? Discorda de mim? Escreve aí em baixo, mas não se esqueça de ser educado. Não precisamos ser agressivos só porque o mundo é. Temos que mostrar ao contrário. Por isso que os super heróis são importantes. Eles são nossa inspiração. Mostram o que devemos alcançar. Mostram discussões sociais, politicas, e simulam elas. Muitos consideram coisa de criança… Futuros inalcançáveis. Mas eu digo que são coisas de pessoas. Espero que tenha feito você pensar! Abraço! “Se você procura um monumento… Olhe ao seu redor.” lInk da fonte : http://sindicatonerd.com.br/por-que-o-batman-passou-a-matar/
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