Tumgik
#mérope a estrela caída
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A oeste de Órion, onde a luz azulada dança entre a 13ª constelação de Touro, encontra-se uma região do céu repleta de estrelas, incluindo um aglomerado delas popularmente conhecido como Plêiades.
Mérope, a mais jovem entre suas sete irmãs, pairava silenciosamente. Seus olhos verdes brilhavam com curiosidade enquanto observava os primeiros humanos caminharem pelo jardim.
Ela, entre os numerosos seres celestiais, sentia-se inquieta diante da imensidão desconhecida dos humanos. Enquanto os outros pleiadianos se contentavam em observar de longe, Mérope era diferente. Ansiava por compreender a complexidade e a beleza dos filhos do Altíssimo.
Entre os murmúrios das folhas e o canto dos pássaros, a garota deslizava pelas sombras, seus olhos fixos nos humanos que cultivavam a Terra. Um planeta vivo, pulsante com energia e vida.
Ela testemunhava suas interações, suas emoções e suas lutas. A cada dia, seu fascínio crescia, e seu coração se enchia de uma empatia que os outros não compreendiam.
Enciumada com a valorização desproporcional de Mérope por seres considerados inferiores, uma de suas irmãs, defrontou Júpiter, revelando a ele o segredo oculto da sua irmã mais nova.
Sabe-se que certa vez ele lhes salvou da perseguição de Órion, conduzindo elas às estrelas distantes.
Por conta deste feito, as sete irmãs estavam destinadas a se casarem com deuses para manter o equilíbrio do universo, mas Mérope se recusava a casar de forma arranjada.
Isso despertou a fúria do senhor dos deuses, que ao perceber sua ingratidão e a potencial ameaça que a garota representava, agiu de forma diligente lhe condenando a uma vida humana. Com a condição de viver ciclos infindáveis sem qualquer lembrança de sua origem ou porquê desta maldição.
Sob o manto escuro do céu, uma luz desceu sobre ela, envolvendo-a lentamente, desvanecendo de sua divindade e memórias.
No crepúsculo, Mérope despertou. A luz suave do luar envolveu-a enquanto emergia de um sono profundo, encontrando-se em um mundo novo e desconhecido.
Entre campos verdejantes e vilarejos agitados, a menina encontrou maravilhas que nunca imaginara. Crianças rindo sob o sol, flores desabrochando em cores vibrantes e animais que corriam livres.
Apesar de amar a vida terrena, uma sensação persistente de desencaixe a assombrava, como se uma parte de si mesma estivesse sempre além do alcance, além do entendimento humano.
Enquanto contemplava o céu noturno, Mérope sentia-se atraída pelas estrelas distantes, como se nelas encontrasse um eco de sua própria essência perdida. Em seus olhos, brilhava uma chama de esperança, uma centelha que a impelia a explorar os mistérios do universo, na busca incansável por respostas que pudessem preencher o vazio que a consumia.
❝Uma Estrela Perdida, Coração Vazio. Nayane R. C. Vallejo
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Em um pequeno vilarejo, envolto pelas sombras da noite, residia Mérope, uma bela jovem cujo rosto era um poema esculpido em linhas suaves e delicadas. Filha de um Titã e uma Oceânide, ela era uma das estrelas mais brilhantes da constelação de Órion, mas sua alma ansiava por mais do que o brilho das constelações. Aninhada nos recantos mais sombrios da floresta, ela contemplava o mundo dos mortais com uma curiosidade proibida.
Foi em uma dessas noites silenciosas que Mérope cruzou seu caminho com o de um humano chamado Davos. Seus olhares se encontraram como feixes de luz rompendo a escuridão, e o coração de Mérope dançou em ritmo acelerado, uma sensação desconhecida para os imortais.
Eles se encontravam às escondidas, sob o manto do segredo, enquanto o tempo parecia escorrer como areia entre seus dedos. Cada momento compartilhado era um tesouro roubado dos deuses, uma heresia contra o destino predestinado.
No entanto, o amor entre uma Plêiade e um mortal não poderia passar despercebido pelos olhos atentos do Olimpo. As estrelas que observavam Mérope sussurraram ao vento os segredos proibidos de seu coração. O senhor dos deuses, vendo com desdém a união entre o céu e a terra, com um gesto de sua mão, lançou uma maldição sobre Mérope, privando-a de sua divindade e memórias.
Despojada de sua imortalidade, Mérope viu-se enredada na mortalidade de Davos. O amor que outrora era proibido tornou-se agora um fardo, pois ela testemunhou o efêmero ciclo da vida humana. O tempo, implacável, ceifou a juventude de seu amado, enquanto Mérope permanecia imutável, condenada a contemplar a solidão da eternidade.
Assim, Mérope, a estrela caída do céu, caminha agora pela terra, sua luz enfraquecida pela tristeza e saudade. Nos recantos sombrios da noite, ela busca o brilho fugaz das estrelas, relembrando o amor que ousou desafiar os limites do impossível.
❝Entre o Céu e a Terra. Nayane R. C. Vallejo
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