Tumgik
#penelope segher
viola-woolf-blog · 11 years
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Kindness and empathy || Venelope
A garota realmente tentava gostar dos comerciantes da cidade, mas era isso era impossível já que eles eram ignorantes e machistas. Ela havia acabado de sair de mais uma frustada reunião, antigamente eles eram toleráveis e tentavam ajudá-la, porém agora eles acham que ela irá virar órfã e não precisa mais da compaixão deles, e devido ao fato de que se seu pai morrer a fazenda provavelmente irá para o governo, então eles sairiam no prejuízo se fizessem negócios com os Woolf. É claro que ainda existiam alguns amigos de seu pai que compravam as mercadorias que ela oferecia, portanto eles acreditavam que o velho Sr. Woolf não iria durar por muito tempo.
Seus passos eram firmes e fortes sobre o pavimento da viela, seu olhar era duro e desafiador e a barra de seu vestido estava imunda e arrastava pelo chão, mas ela não se importava, homens estavam sempre imundos, porque diabos ela não poderia ficar imunda pelo menos uma vez na vida? Por que a barra de seu vestido importava? Ela provavelmente teria que virar uma prostituta em pouco tempo, então por que qualquer coisa importava naquele momento? Perdida em seus pensamentos um pouco revolucionários e rebeldes a Woolf mais nova viu uma cena que acalmou seu olhar e seu passo.
Viola passava por uma minuscula taverna quando viu uma mulher um pouco mais velha do que ela tropeçando em seus próprios pés e quase caindo, obviamente ela estava bêbada, mas a real pergunta era: quem diabos ficava bêbado em plena tarde? Ela não quis saber, mas queria pelo menos ajudar a pobre mulher. Colocou sua trança para trás e arregaçou as mangas do vestido e se aproximou lentamente da mulher segurando-a levemente em um de seus braços, tentando não assustá-la. - Com licença, eu apenas estou tentando te ajudar, não se assuste. - ela reconhecera a mulher, bem ela não reconheceu a mulher, mas já havia a visto antes pela ilha, deduzindo pelo seu estado era provavelmente uma pirata ou uma prostituta, mas mesmo assim as duas opções ainda pareciam algo impossível para a garota já que era algo raro um ver um pirata ou uma prostituta naquela parte de Isla Blanca. Ela quis ajudar a mulher porque ela sentiu compaixão, ela mesma estava em apuros e ninguém se atrevia ajudá-la, então ela deduziu que mais ninguém ajudaria aquela mulher e resolveu fazer essa caridade.
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youri-zeggers · 11 years
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turn the bottle and let the drink burn @Seggers
O navio estava atracado, mas Youri não sentia a mínima vontade de abandoná-lo, estava na companhia do ópio, ouvindo alguns resquícios de ondas quebrarem no casco da embarcação, não havia no mundo sensação melhor que aquela, para tornar-se ainda melhor, só a companhia de um corpo inerte que ele mesmo tivesse tirado a vida ao seu lado, provando-o do poder que tem em suas mãos. O pequeno espaço em que passava as noites era cada vez mais tomado pela fumaça do ópio queimado, as pálpebras do rapaz se tornavam aos poucos, mais pesadas. A garganta seca de tanta fumaça inalada pedia por uma lubrificação, e ao tatear o móvel ao seu lado, Zeggers encontrou apenas uma garrafa vazia de rum e um copo que tinha pouco mais de um dedo d'água. Insatisfeito com o que encontrara, resolveu que deixaria o que tinha restado do ópio para um outro momento, nem mesmo o som que o contato da água do mar provocava ao tocar na madeira o faria ficar ali por mais tempo. Decidiu, por fim, que faria companhia a outros tripulantes do lado de fora, numa taverna.
Caminhando pelo convés vazio, perguntou-se como resistiu por tanto tempo dentro do pequeno cômodo, pensando melhor, poderia ter poupado o ópio que fizera uso para uma viagem mais longa. Tolices a parte, torcia para que muitos dos piratas já estivessem bêbados e prestes a retornar à embarcação, apesar de gostar de alguns deles, não estava num momento para conversa. Antes de deixar o navio, olhou para a imensidão azul que já ganhara um tom extra de preto, imaginando quanto tempo teria até que o navio voltasse a atracar, abandonou a saliva acumulada na boca que até então a manteve umedecida, cuspindo no chão, em seguida passou o solado de sua bota sobre ela para só então, deixar por definitivo o navio. Era como uma despedida, nada poderia assegurar-lhe de que voltaria vivo para despedir-se de tudo isto.
Não se fez necessária muita procura para achar a taverna onde os demais tripulantes do Vervloekte Lot estavam. Os tons de vozes exacerbados dos piratas podiam ser ouvidos de longe, o cheiro de bebida chegava as narinas de qualquer cidadão que estivesse próximo dali, fazendo-os desejarem uma caneca cheia de bebida. Era exatamente assim que ele se sentia agora, cheio de desejo provocado pelo cheiro do álcool. Apertou o passo, de modo a chegar mais rápido no local.
Se do lado de fora o barulho era grande, já se pode imaginar o estado em que a taverna estava em seu interior. Muitos ali já tinham se entregue aos efeitos do álcool, caídos no canto, com peças de roupa faltando, cada um à sua maneira. Caminhou esquivando-se um pouco até o balcão e pediu uma caneca cheia até a beira de cerveja. Ao sentar-se próximo de onde havia pedido a bebida, viu de relance uma das moças da tripulação, uma das poucas que eram dignas de sua atenção. Ouvira boatos de que ele era viciada em bebida, assim como ele era com o ópio. Pensou onde poderia chegar numa conversa com ela, cogitando a possibilidade de ela fazer-lhe companhia à mesa, mas no fim, acabou achando melhor ficar só. Pouco depois, percebera que apesar do disfarce, ela notou que ele a observava, e agora, caminhava ao seu encontro. Deu então o primeiro gole na bebida, um grande e generoso gole, preparando-se para o que viria a seguir.
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