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#pra combinar com canivete
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⠀ ㅅ›⠀⠀SEJA BEM-VINDO, ℰ𝓈𝓉𝒾𝓁𝑒𝓉𝑒!
Este é um puffball roxo e azul que pode mudar sua voz para reproduzir os mesmos sons que escuta, tal qual um papagaio, mas não sabe a língua humana e para se comunicar precisa fazer gestos. Esse puffball é companheiro de fadas sombrias, é um mini-pet fiel ao seu dono e que quando atinge maturidade pode se transformar em uma versão três vezes maior e assustadora, com dentes e garras afiadas e olhos demoníacos. Sua aparência é justamente para confundir as pessoas, mas não se pode deixar enganar!
Estilete, como foi batizado, é um puffball recém-criado e ainda tem alguns longos meses até que atinja maioridade. De toda forma, é um dos da raça que veio com "defeitos", tendo em vista que é uma bolinha de pelos fofa e inofensiva, que fala demais, come demais e dorme demais. É também muito eufórico e elétrico quase que além do excesso para Anders, mas ambos se dão muito bem e tem sido engraçado tê-lo por perto, pois não parece ser um pet de monstro... Apenas as fadas conseguem entender o que os puffballs dizem, mas esses bichinhos são mal vistos pelas fadas de Neverland por justa causa  (por serem, em sua maioria, pets malvados de uma raça renegada dentre os seus). Sorte que a fama dos Hook lhes precede, uma vez que a antipatia das fadas para com os legados de James mantém-se até os dias de hoje  - ou pelo menos com Anders.
Para mais fotos especiais do Estilete com o Canivete, veja abaixo!
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tob-rpg-contos · 3 years
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Primeiro dia e já quase morro.
Semideus. Eu tive que repetir essa palavra algumas vezes enquanto observava os créditos finais do vídeo de orientação sobre o acampamento. Eu pensava que seria algo bem mais assustador, mas fazia muito sentido. Quero dizer, monstros reais, deuses imortais cujo hobbie é fazer bebês pareceu bastante lógico pra mim. Até os sinais de ser metade deus e metade humano eram bem claros na minha cabeça:
Hiperatividade, ok (adeus remédios para controle de hiperatividade, vou jogar tudo na privada)
Transtorno déficit de atenção (Isso explica por que eu sempre uso fonte 72 pra ler no kindle)
Físico sobre-humano (caramba, eu pedalei pelo país todo, isso realmente não é coisa de gente normal)
Atrair monstros (será que eles colocam um rastreador na gente quando nascemos?)
- Então... semideus, né? Qual metade minha é divina? A direita? A esquerda? Ou é distribuído na horizontal?
- Não criança. Não é tão literal assim. Semideus é um estágio entre ser mortal e ser divino, você é parte dos dois mundos. - Quíron, o homem cavalo que era também diretor de atividades se mostrou muito paciente com minhas perguntas idiotas. E olha que eu fiz umas perguntas bastante idiotas, tipo se eu era a prova de balas (spoiler: não), se eu podia voar (definitivamente não), se eu preciso me esconder do governo (também não, isso é coisa de seriados) ou se tinha visão de laser (ia ser legal derreter pneus de carros superpoluentes e explodir petroleiras muahahahahahaha).
Após minha sessão de perguntas vergonhosas, fui direcionado pro chalé de numero 11, o chalé de Hermes. Sinceramente, os boatos e o panfleto não faziam muita jus ao local, que na minha opinião era mil vezes melhor do que os albergues que eu estava acostumado a passar a noite. Tendo camas e um banheiro sem ratos, pra mim tá perfeito. E o fato de ter varias pessoas que vivem por ali só torna a experiência mais emocionante.
Meu primeiro grande desafio: achar uma cama. Tendo a maioria ocupada, as opções tendem a parecer meio limitadas. Particularmente minha preferência pela cama de baixo se mostrou uma vantagem. A maioria das pessoas não sabe aproveitar bem a cama de baixo dos beliches, mas com alguns ajustes, dá pra tornar o espaço da cama de baixo muito mais privativo e incrível que a cama de cima. E sempre importante seguir a regra dos albergues: mantenha suas coisas por perto e não se meta na vida alheia.
A primeira noite foi tranquila. O colchão muito melhor que de albergue, ninguém roncando que eu tenha notado e quando acordei, minhas coisas ainda estavam onde deixei. Como ainda era bem cedinho, tinha a maior galera dormindo. Fui na ponta dos pés até o banheiro para lavar o rosto e eis que me acontece a pior coisa que eu poderia imaginar: uma espinha na testa.
Mas não aquelas espinhas normais, essa era praticamente um chifre de unicórnio. Era colossal, a maior espinha que eu já vi na vida, de aspecto amarelado, saliente e bem dolorida de cutucar. Bem. No. Meio. Da. Testa.
Dica do Aether: se quer ser zoado pra vida toda, arrume uma espinha dessas. Sério, vão apelidar de unicórnio com certeza. Minha cabeça estava pensando todas as zoeiras que eu iria sofrer com aquilo. Inaceitável. Eu precisava arrancar esse chifre da cara e tinha que ser agora. Mexi na minha necessaire, pegando o meu fiel canivete. Ia ser facinho, que nem tirar carrapato. Só fazer um furinho e aí espremer. Qualquer um consegue.
Cutuquei bem devagarinho com a ponta da lâmina, que entrou como cortar manteiga (pensar nisso fez meu estômago roncar, eu ainda precisava de café da manhã). Furo feito, um pouquinho de pus saindo (que nojooooooooo), agora vinha a parte cruel: espremer.
Só de tocar perto daquela coisa na minha testa, já doía. Respirei fundo, contando até dez e apertei com toda a força. Erro número 1: eu devia ter ido na enfermaria. Foi tipo um vulcão em erupção, pus amarelado e sangue espirrou no espelho, com uma cachoeira de sangue escorrendo da minha testa. Deus (algum deus, agora sei que tem um monte) deve ter sido o que me impediu de gritar de dor. Coloquei a mão na testa, fazendo uma pressão pra tentar segurar o sangramento um pouquinho que fosse. A pia e o espelho estavam cheios de pus e sangue, e para completar com chave de ouro, tinha um cheiro fedido demais. Com a mão livre, abri a torneira e comecei a jogar água onde havia sujado. Isso não foi exatamente sensato, afinal eu estava com um sangramento feito na cabeça (acho que me perfurei bem mais com o canivete do que devia). Engraçado que até eu terminar e secar minha mão na toalha de rosto, minhas pernas estavam bem estranhas. Meio como uma coceira misturada com dormência.
Usei a toalha de rosto para conter melhor o sangramento e saí correndo do banheiro. Nem guardei minha necessaire, só joguei na cama mesmo.
O ar fora do chalé estava fresquinho, com o sol nascendo e pincelando o céu com seus tons de laranja, vermelho e rosa. Clima perfeito pra uma pedalada matinal, mas eu tava desesperado demais pra pensar nisso, já que eu estava a um passo de ser o primeiro semideus a morrer de hemorragia causada por uma espinha. Se era humilhante a espinha, a morte por causa dela parecia pior. Me imaginei nos portões do submundo (na minha cabeça tem portões) com um guardinha gargalhando por causa dessa morte besta e eu ser punido para sempre tendo que contar pra todo mundo como eu morri.
Felizmente não morri. Eu cheguei na enfermaria, que tinha aquele cheirinho agradável de álcool e desinfetante, com uma moça vestida em branco muito, mas muito (eu já falei que é muito) bonita sentada numa maca lendo uma revista. Pelo menos eu acho que era uma revista, sei lá, as coisas nem sempre são o que parecem. Me aproximei com toda a calma do mundo para explicar meu problema.
- Espinha! Sangue! Vou morrer! Socorro!!!!
A enfermeira me olhou, erguendo uma sobrancelha, mas acho que ela estava acostumada com novatos acidentados em desespero, pois só levantou da maca e mandou eu deitar. Um filetinho de sangue estava escorrendo por baixo da toalha, contornando o lado direito do meu nariz. Excelente hora pra eu lembrar de ter ouvido certa vez num pronto-socorro (intoxicação alimentar, longa história) que a testa está cheia de vasos sanguíneos e por isso qualquer corte parece um desastre. Observei o teto branco, enquanto a enfermeira removia a toalha da minha testa.
- Por Zeus! 
- O que foi? Eu vou morrer?
- Não.  - Ela riu, aquilo claramente era pra descontrair. Pegou uma garrafinha e um algodão, que embebedou no líquido da garrafa e começou a limpar meu rosto. Seu toque era bem gentil, bem médico mesmo, super profissional, 5 estrelas. Será que tem caixa de elogios na enfermaria? Eu não sabia.
- Tá muito ruim?
- Nem, foi só um cortezinho, é que na testa sangra mesmo. Mas o que aconteceu exatamente?
A enfermeira começou a jogar líquido de uma outra garrafa na minha testa. Tinha um cheiro adocicado, tipo suco de abacaxi com hortelã. Não queria contar o ocorrido, mas ela é medica, sei que não ia espalhar pra todo mundo. Respirei fundo e contei. Ela não esboçou nenhuma reação, era profissional demais.
- Costuma ter problema com espinhas? Sua pele parece bem saudável pra mim.
- Não, raramente aparece uma aqui, outra ali. É que essa foi bem feia mesmo.
Ela batucou os dedos no queixo e se afastou, indo num armário e voltando com um tubo de algum tipo de creme e uma caixinha de sabonetes.
- Esse aqui. - Ela me entregou a caixa. - Você vai usar todos os dias para lavar o rosto, pode ser quando acordar. E esse aqui - Ela entregou o creme. - Você vai passar SE alguma espinha aparecer mesmo com o uso do sabonete. Nada de usar canivetes na cara, nem espremer. Fui claro?
- Sim, doutora.
Ela sorriu, me entregando um espelho de bolso. Olhei meu reflexo, notando meu rosto impecável como sempre. Não tinha nem mesmo uma marquinha indicando a espinha monstruosa.
- Como é sua alimentação? Ingere muita carne, muito chocolate?
- Er... Normal, eu acho. Eu sou vegano, então não como nada de origem animal.
- Certo. Quanto tempo faz que é vegano?
- Uns três anos, eu acho, quase quatro.
- Entendi, pratica alguma atividade física?
- Ciclismo e natação.
- Fuma, bebe, toma algum remédio?
- Não... - Olhei pra ela com mais atenção. A garota me fez mais um monte de perguntas, até pegou uma prancheta pra fazer anotações. Aquilo estava indo um pouco além do que eu esperava. Tive meus olhos analisados, garganta, nariz, ouvido, batimentos cardíacos, medição de pressão, um check-up completo. Quando ela terminou de fazer as anotações, me mandou esperar e foi até uma salinha privativa. Ela não demorou, voltando com uma pasta dessas tipo fichário, laranja com a logo do acampamento e meu nome colado em uma etiqueta ao lado de uma palavra em outro idioma que eu reconheci como dizendo “Paciente”. Ela abriu e me entregou algumas folhas, tudo escrito no mesmo idioma estranho, que eu conseguia ler bem. Agora que eu parava pra pensar nisso, o panfleto do Quíron era escrito com os mesmos símbolos.
- Que é isso?
- Sua dieta. Tomei a liberdade de preparar seu planejamento alimentar, para evitar problemas da falta de proteína animal. Você pode combinar os alimentos como quiser, só precisa respeitar os grupos nutricionais e vai ficar bem. Isso deve ajudar com as espinhas também.
- Obrigado - Eu corei. Tratamento gentil demais dessa garota. Eu estava até meio envergonhado, mas normal essa timidez quando conheço uma pessoa nova, especialmente uma garota bonita que agora sabe tudo do seu estado de saúde.
- Só mais uma pergunta. Que língua é essa?
-  Grego. Nosso cérebro entende automaticamente por causa dos nossos pais, então não rola dislexia.
- Uh, legal. Obrigado doutora. Posso ir agora?
- Claro. É sério, nada de estourar espinhas. Use o que te dei. Se tiver dúvidas sobre a dieta, me procure. Se tiver alguma coisa que você não goste de comer, pode me falar para orientar as substituições.
Eu sorri e sai carregando os medicamentos e a lista da dieta. Acho que só por respeitarem minha opção de ser vegano, esse lugar já estava se mostrando incrível. Agora é torcer pra essa ser a última vez que eu precise visitar a enfermaria, apesar que não parece ruim se for pra ser atendido por aquela garota.
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