Tumgik
#quadrinhos literatura abl
electric-ladylandd · 1 year
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Quero ser imortal
Recentemente, eu, como um assíduo leitor de histórias em quadrinhos, deparei-me com uma notícia que me causou indignação. A polêmica girava em torno do nosso célebre quadrinista Maurício de Souza, criador da Turma da Mônica, que concorria a uma vaga na Academia Brasileira de Letras. Seu concorrente, James Akel, cujo maior trabalho foi um livro sobre marketing do setor hoteleiro, atacou com uma declaração que virou assunto na internet: “Gibi não é literatura”.
Logo, um tema que tanto me atinge e me rouba atenção estaria bombando nas redes, fato que me animou. O ponto aqui não é se eu desejo ardentemente a vitória de Maurício de Souza, e sim a arrogância de muitos defronte aos quadrinhos, uma modalidade da arte e da comunicação. De fato, quadrinhos não são o mesmo que literatura, mas o sujeito precisava falar dessa forma? O uso do termo “gibi” foi feito com humildade? Você pode até achar que não, mas a sequência da entrevista me leva a crer que sim. Segundo James Akel, o rei do marketing do setor hoteleiro:
- Na Justiça, a toga do juiz é parte da liturgia do cargo. Ninguém tira. Da mesma forma, a letra no papel é a liturgia da literatura. Histórias em quadrinhos estão no campo do entretenimento, não da educação, como ele defende.
Ok, deixem-me respirar. Não quero focar na arrogância e na ambição do sujeito em ser um imortal. O problema é que ele consegue piorar a situação. Perguntado se ele já lera um gibi da Turma da Mônica, ele responde:
- Claro que sim, mas depois de já ter aprendido a ler e a escrever, com o uso dos livros de verdade. Fico assustado quando dizem que os brasileiros se alfabetizam com a Turma da Mônica. Defender isso é uma incongruência.
Eu sou um dos que se alfabetizou com quadrinhos e posso garantir que meu Português evoluiu drasticamente com eles. E estou certo de que, na era dos videogames e smartphones, é muito mais fácil uma criança iniciar no caminho da literatura através das HQs do que com livros. Está aí o seu potencial educativo. Já li quadrinhos adultos que me assustaram, que me entristeceram, que me fizeram rir. Já li reportagens em quadrinhos e já soube de quadrinhos pornô (por esses eu não tive curiosidade).
Eu inclusive sonho com uma revolução educacional através dos quadrinhos, mas isso é papo para outro dia…
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escritordecontos · 1 year
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ALGUÉM mandou uma DM dizendo que "adora as imagens da minha 'escrita'" -- certamente quis dizer que adora as imagens dos meus posts. Obrigado! E eu respondi que as imagens das minhas postagens dizem das minhas obsessões. Quem escreve, escreve de si, diz de suas obsessões, perversões, enfim, se despe ao leitor, desnuda a alma. O mesmo o faz quem publica, o editor ou "curador", que como o colecionador mostra o que deseja, aprecia e quer que todos saibam, assim como dizia Paulo Francis, gosto de escrever para que saibam o que acho e penso das coisas.
ESCREVER é uma paixão que eu descobri em 2001 e que nunca mais me abandonou, em certas fases da minha vida foi muito importante, me deu força para seguir adiante; em outras, como agora, em razão do excesso de trabalho, ficou um pouquinho de lado, mas não esquecida, não relegada a segundo plano, até que porque a escrita tem me dado o ganho pão, não como eu esperava que fosse, escrevendo para ser lido, de outra forma, mas igualmente importante. E escrever em 2004 contos eróticos criou o Escritor de Contos, que ano passado chegou a maioridade e no próximo completará duas décadas de existência. LER é tão importante quanto escrever, talvez até mais, para escrever é preciso antes de encher de livros, de leitura, continuo lendo o máximo que posso, não tanto quanto gostaria, mas lendo sempre, já li quando não sabia ler, minha mãe lia para mim, primeiro livros infantis e depois gibis, histórias em quadrinho, e quando comecei a ler sozinho foi incrível, primeiro veio a Coleção Vagalume e depois quando estava na sétima ou oitava série comecei a colecionar e ler toda a obra da Agatha Christie, que eu amei muito ler, me envolvia naqueles mistérios e na vida tão interessante daquelas pessoas. Depois fui "sócio" do Clube do Livro e fui conhecendo outros autores muito instigantes do o brasileiro Jorge Amado, da biblioteca do colégio, na época do segundo grau, li tudo Sidney Sheldon e Harold Robinson escreveu, depois Dominick Dunne, tantos outros vieram, os clássicos da nossa literatura como O Cortiço, Memórias Póstumas de Brás Cubas, li tanto que só por ser um ótimo leitor merecia um título de membro honorário da ABL.
NUNCA fui bom nas atividades físicas, porque era bom leitor, então era meio desajeitado nas aulas de educação física, jogando vôlei e basquete era muito cobrado por ser alto, já aos 16 anos media minha altura atual, 1,86 de altura. Em 2000 comecei correr, correr foi interessante, descobri que gostava de impor limites para supera-los e também de sentir meus limites físicos e de suar e cansar. Só muito recente, agora com 50 anos descobri o real gosto pelos treinos na academia, até então ia à academia diariamente, cinco vezes por semana, e fazia o básico do básico. O resultado de janeiro de 2022 para cá me deixou especialmente feliz, lamento não ter começado antes, há duas décadas atrás, três... Teria sido muito mais interessante fisicamente. Por outro lado estou especialmente grato pelas conquistas físicas e pelo tempo que passo diariamente na academia treinando, duas horas e meia, de segunda à sexta, sem faltar. Hoje fiz agachamento, que é muito legal pelo esforço desprendido e pelo resultado nas pernas e bunda! Claro, os resultados são consequência de treino e alimentação, alimentação super saudável, mas me permito uns prazeres como um uisquinho, um vinho de vez em quando, um doce especialmente gostoso, mas no dia a dia a alimentação é bem saudável e saborosa, afinal, na vida tudo precisa ser bom, porque a vida é rápida. E cuidar de si, do corpo, da saúde, da estética faz parte do estar de bem com a vida e consigo mesmo, faz bem olhar no espelho e se gostar, mais do que isso, sentir-se desejável, sentir orgulho de si. Claro, aproveitei essa fase de auto-estima para cuidar de mim no todo, das caríssimas facetas dentarias à depilação a laser quase no corpo todo (frente e verso, nuca, antebraços, nariz, "virilha" e quase o ânus), aplicação de estimulante de colágeno na cara, Ultra Former (para tirar a papada) e uso diária de um skin care caríssimo com trocentos creminhos e olhos e loções e tudo mais e que parece que ajuda um pouco, afinal a natureza é implacável para quem já viveu mais da metade da vida.
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