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#relatosdeumamulherpreta
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Antes de ser verdadeira com o outro seja consigo mesma
Me deu vontade de voltar a escrever coisas sobre mim. O isolamento social, os trabalhos em homeoffice, os amores e desamores, e outras questões, foram os gatilhos pra essa vontade, talvez. Tenho vivido momentos de muita reflexão, o que não deve estar sendo diferente para várias pessoas que estão vivendo no Planeta Terra neste momento. Antes que continue a leitura, só pra alertar: este texto não tem a pretensão de ser um texto acadêmico, ou de referência para algo, ou de debate fundamentado em algo. É só a minha necessidade de organizar minhas reflexões, minhas impressões e desabafos sobre situações que enfrento sendo eu, vivendo nesta pele, neste corpo que vos escreve. A escrita, muitas vezes me ajuda, a me reorganizar e a expor de forma mais adequada o que realmente sinto. Mas vamos lá!
Desde os primeiros dias desta Pandemia tenho estado bem, mesmo. Não é “caô”, não... kkkk!! Aproveitei, lá no comecinho da quarentena, pra tirar as minhas férias do trabalho, pra descansar, pra ficar um dia inteiro sem fazer nada, pra assistir qualquer besteira na televisão sem ter hora pra dormir porque no dia seguinte não tinha hora pra levantar. Aproveitei também pra voltar a ouvir música. Gente, nossa, tenho descoberto cada música legal. Como me disseram outro dia: minha playlist só tá aumentando e ainda com música de qualidade. E uma das coisas que aproveitei pra fazer também foi me rever enquanto mulher, preta, gorda, religiosa de matriz africana umbandista, independente. É muito bom ser tudo isso, e minhas amigas e amigos sabem de verdade o quanto ralei pra chegá neste processo, pois a dor e a delícia só sabe quem vive e quem é o que é. E hoje com 36 anos, a beira dos 37, cheguei a conclusão que: (pode até parecer ser clichê o que eu vou dizer agora, mas é real) quero estar com alguém, quero ter a companhia de uma pessoa, quero dividir alegrias e frustrações, vitórias e desafios. 
Não busco o chamado “par ideal”, mas busco alguém que seja maravilhoso, mas também que tenha defeitos, e que eu também saiba lidar com todos eles, afinal somos todos seres humanos e a perfeição não nos cabe. É demais querer isso? E é justamente por causa desta pergunta que quis escrever este texto. Não é um desabafo (ou é, vai, rsrs), mas é uma reflexão sobre mim e o que a sociedade vê em mim, e tudo o que eu to sentindo neste dia de hoje, e tudo que eu possa vir a sentir amanhã. Porque tem uma grande diferença entre o lugar dos meus sentimentos e o lugar da sociedade que me olha. 
Falando dela, a sociedade, como será que ela enxerga mulheres como eu e o que será que questiona? Estou aqui elucubrando neste momento e chego a uma imensidão de indagações. Mas na real, eu to é pouco me lixando pra essa sociedade racista, machista, sexista, e tudo o que de excludente há nela. Aaah e só um detalhe: quando falo de sociedade, falo de mim, de você, de todo mundo que a constrói a cada dia, viu?! O fato é que não é fácil fazer as escolhas que faço todos os dias e neste final de semana que passou, tive que fazer mais uma escolha dificílima e que está me doendo até agora, e provavelmente vai me doer por vários dias, senão meses. 
Um caminho que tracei e que passeio por ele todos os dias na minha vida é a de não ser a “Recatada e Do Lar”, mas, por um outro lado, almejo construir uma família, e penso que tenho direito disso. Tenho o desejo de gerar, de ser mãe, pois tenho também uma outra urgência de transformar o mundo e acredito que uma das formas para isso é gerarmos mais pessoinhas que tenham uma convivência mais humana. Acredito que esta é uma super possibilidade de termos uma geração que poderá fazer tudo muito diferente, de forma mais humana. Por isso preciso encontrar alguém que esteja com esta mesma disponibilidade para que as possibilidades de sucesso sejam maiores. E é em nome deste desejo que a escolha que fiz no último domingo que me fez chorar praticamente o dia todo, foi e está sendo doída (de verdade mesmo). Chorei, briguei comigo mesma, rezei muito sozinha na minha casa, porque é duro fazer escolhas na vida. Minha mãe de Santo sempre diz: “a cada escolha, uma renúncia”. Não é possível ter tudo ao mesmo tempo. Agora se temos foco no que queremos, o sofrimento é de fato algo que parece uma surra na alma, mas se ela está de acordo com o foco no que busca na vida, parece que as coisas ficam mais assentadas no decorrer dos dias. O que não quer dizer que não haja sofrimento. 
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A escolha entre o que te contempla momentaneamente, o que te satisfaz em alguns pequenos momentos e o que de fato deseja construir pra ter lá na frente (no meu caso construir uma família), não é uma escolha fácil, principalmente quando se está diante de uma sociedade que te olha sob os óculos dos preconceitos e ainda te coloca numa caixa, como se não pudesse fazer diferente do previsto (pela sociedade, é claro). Ou me pareço com uma super mulher que as pessoas tem medo de estar perto ou sou a “Mulher preta e gorda boa de cama, mas que não passa disso.” E daí parte das pessoas te olham como uma boa amiga, como amiga íntima, ou uma infinidade de substantivos, os quais muitas de vocês já ouviram. Mas não como uma companheira de vida, uma companheira “pro que der e vier.” Desculpem, mas é justamente esta sensação que tenho quando vivencio uma relação muito legal, mas que não dá pra mantê-la porque a outra parte te enxerga como uma amiga. E já vivenciei 04 anos e meio numa outra relação em que o status era de “Amizade Colorida”. E claro, chegou neste tempo porque fui permitindo, em nome dos pequeniníssimos prazeres momentâneos, que aquela situação me oferecia. Eu fui também, em certa medida, responsável por isso, e tenho total lucidez sobre isso. Era mais fácil ter aqueles pequenos prazeres em momentos esporádicos, do que olhar e focar na minha caminhada em busca de algo mais. Na verdade, acho que tive medo de perder as migalhas que tive naquele período pensando, bem lá no meu íntimo, que se eu abrisse mão disso, não teria nada. Olha o perigo disso, gente!!! Esse sentimento é muito perigoso, pois o que leva a ele é justamente o fato de achar que não vai encontrar algo melhor, ou que precisa do outro para ser feliz, ou que não vai encontrar alguém tão bom quanto a pessoa que está te compartilhando 1% ou 0 da sua existência com você. 
Aaah só uma pausinha sobre o “ser feliz”: eu estou bem com a vida que tenho, estou bem sozinha, aprendi nestes últimos anos a estar comigo mesma, então sei que a Felicidade é algo até que podemos dialogar em outro texto, mas a questão é que tenho consciência de que não preciso do outro para estar bem comigo mesma, aliás eu até penso que só estarei bem com o outro, se primeiro estou bem comigo mesma. Mas voltando ao final de semana....
A escolha dolorida no final de semana foi necessária porque, apesar dos momentos terem sido intensos e o compartilhamento tenha sido muito mais que 1%, durante os poucos dias que estivemos juntos, ainda, pra mim, não foi o suficiente. Não foi o suficiente, porque fui colocada numa caixa, a qual não quero mais estar. Foram dias de imenso cuidado comigo, foram dias de muita luz, foram dias que me fizeram me sentir que não estava sozinha, e por mais distante que estivéssemos em alguns momentos, eu sentia a deliciosidade da sua existência. Foram dias de muito riso e gargalhada, vinhos e pão quentinho, de intensidades calorosas, de muito aconchego e conchinha na madrugada, de dizer Bom Dia, e quando não dizia, o dia era péssimo, assim como foi hoje. Cara meu dia, hoje, não foi um dos melhores, só porque não o ouvi, porque não troquei meia dúzia de palavras pelo aplicativo só pra dizer “Bom Dia, bom trabalho” e para ouvir “Bom dia, bom trabalho, se cuida, fique bem minha flor do dia”. É muito duro ter que abrir mão desses momentos tão deliciosos, porque o outro não está preparado para lhe ver como sua companheira, mesmo sabendo que você está a espera dele. Imagina?! Não, quero ficar mais 04 anos e meio numa relação que não compartilha comigo o suficiente para estarmos juntos de fato.
Isso foi exatamente ontem. Hoje ainda choro ao lembrar e reler as palavras finais que trocamos, mas por um outro lado como eu disse à pessoa em questão: sei que to sendo verdadeira, honesta e sincera primeiramente comigo, pois foi isso que aprendi a duras penas. Primeiro tenho que ser verdadeira comigo e se algo está fora do lugar e me incomoda, então eu mesma que tenho que recolocá-la de forma que se torne confortável. 
Não sei como serão os próximos dias. Não sei se amanhã, ao acordar, eu vou me conter e não vou escrever pelo menos um bom dia, esperando uma resposta com o mesmo desejo. Não sei se vou passar esta semana e depois voltar atrás, ou se vou manter firme a minha decisão. Penso que quando se trata de relações de pessoas que se gostam também tem disso, vai e volta, estica e puxa, porque sinto no meu coração que o sentimento é recíproco e verdadeiro. Mas to respirando e tentando viver cada dia, em seu dia.
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Tudo isso pra dizer que temos o direito de sermos amadas de verdade, respeitadas, cuidadas. Temos o direito, não importa a cor que temos, o corpo, a visão de mundo, de querermos o que quisermos, de escolhermos e termos o que desejamos de fato para nossas vidas. Não é mais fácil e tranquilo tomar decisões como esta, mas a gente pode e deve tomá-las, principalmente quando o amor não está mais sendo servido. O amor por si e também pelo outro. 
Eu acredito muito nas voltas que o mundo dá, e eu sei que de alguma forma encontrarei alguém que compartilhará o suficiente para que a nossa (a minha e a do outro) caminhada fique mais suave. Ainda não sei o quanto é o suficiente, mas sei o que pra mim, não é. E acredito que isso seja um bom caminho andado!!!
Até mais vê...
Vanessa Dias
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vanessacultura · 6 years
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Michael Kiwanuka - Home Again
Agora inteira...
<3
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Sobre a Emoção, a Luta, a ReExistência....
Salve Salve Povo Querido!!!Termino o dia de hoje muito emocionada!!! (pra mim ainda é 20 de Junho, ainda não consegui dormir, pois a mente não deu conta de parar, e só é outro dia depois que eu acordo, kkkkkkkkkkkk)
Neste momento o choro está sendo livre, pois o dia foi intenso, maravilhoso, UBUNTU. Contribuir com a organização e execução do I Sarau de Enfrentamento ao Racismo, se me permite Francine Romero, parafraseá-la, “foi de longe uma das melhores experiências que vivenciei neste momento de distanciamento social”. O fizemos a distância, na coletividade, a várias mãos e acredito que este tenha sido um dos motivos por ter acontecido de forma tão especial. Se nos voltarmos para a cosmovisão africana, este um dos pontos, sob a qual a sociedade eurocentrada NÃO está calcada: não há uma pessoa especial, mas sim um COLETIVO, uma COMUNIDADE, composta por pessoas que contribuem cada uma com a sua sabedoria para a construção de uma “roda”, e tendo toda a sua importância, independente da sua responsabilidade na CONSTRUÇÃO. Sempre na composição de um TODO, de uma roda, de uma corrente, de uma ciranda. 
E esta Juventude?! A cada dia que passa eu me reafirmo neste trabalho. Tenho a sensação de que quero ficar pra sempre pensando, estudando, trabalhando, articulando, politicando com vocês!!!! Quanta coisa linda, quanta imagem linda, desenhos, poesias, músicas, rimas, fotos. Quanta vontade de transformação vocês têm, misturado com muita coragem e malandragem. E digo malandragem, pois só nós, pretas e pretos, sabemos o quanto temos que ser, todos os dias, malandras e malandros diante de um enquadro da polícia a cada esquina, diante de empregos extremamente subalternizados, diante dos números de genocídio e feminicídio preto que só aumentam, diante da uma política de Estado estruturalmente Racista, diante de uma sociedade inteira estruturada pelo Racismo. Porque, de verdade, o que nos restou depois da “abolição” foi a malandragem para a nossa sobrevivência. E é por meio dela que conseguimos cumprir o combinado de não morrermos, apesar de muitos terem querido, e ainda hoje, quererem o nosso Genocídio. Estamos hoje um pouco mais na política (ainda nem tanto), um pouco mais nas universidades (ainda nem tanto), um pouco mais em espaços de tomada de decisões (ainda nem tanto), porém já podemos vislumbrar um caminho com mais igualdade, visto que isto nos foi roubado e negado desde a constituição deste país.
“Marielles” não estão mais com a gente. “Floyds” não estão mais com a gente. “Miguéis” não estão mais com a gente. “Joões Pedros” não estão mais com a gente. “Ágathas” não estão mais com a gente. “Claudias” não estão mais com a gente. Jordys não estão mais com a gente. Mas NÓS estamos!!! São 500 anos de Racismo. São 500 anos de APAGAMENTO de culturas ancestrais dos Povos Originários e Diaspóricos. Mas NÓS estamos aqui, acordando todos os dias e renovando nossas esperanças, pois como nossos Antepassados fizeram, NÓS continuamos o seu legado de Humanidade, de Luta, de ReExistência. Um Salve a todas as pessoas que contribuíram com seus trabalhos e movimentos:
#periferiascontraocovid #nóispornóis#nãoésóemnovembro #reajucontraoracismo  #naoconsigorespirar #reaju #movimentodasminas #saraudasjuventudes #mandingadefavela #minhacampinas #casadeculturafazendaroseira #comunidadejongoditoribeiro #quilomboomg #fulukeeamáfiaafrikana #Maloka #emefozielalvespereira #margemcultural
#vidasnegrasimportam #JustiçaparaJordy 
Para acompanhar este texto reposto uma das imagens que mais amei nas postagens do Sarau. A imagem denominada: energia vital - nos remete as energias geradas pelo pensamento e as emoções de uma mulher e rainha Preta. de autoria: Aisha Asad. 
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Para finalizar deixo a letra de uma música que, nós da Cultura de Matriz Africana de Campinas, cantamos em muitos momentos que estamos juntos em luta ou em confraternização, e hoje, a cada live, a cada postagem das artes do Sarau eu cantava bem alto:
“Aprendi com a Matamba 
Jogar Capoeira e viver Candomblé 
Ser original, tocar Berimbau
E dançar Afoxé
Meu corpo não nasceu para Senzala
Sou filho de Alafin Oyó Xangô
A liberdade é o meu axé de fala
Kaô Cabecilê Kaô
Kaô Cabecilê Kaô
Kaô Cabecilê Kaô
”(Música Alafin Oyó – de Fabiano Santos)
Salve, Saravá, Axé!!
Por Vanessa Dias, 
Mulher Preta, Umbandista, Jongueira da Comunidade Jongo Dito Ribeiro, Articuladora da Rede Articula Juventudes (REAJU), Educadora Social, Pedagoga e Mestranda Cotista em Educação na UNICAMP
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Gilsons - Várias Queixas (Clipe Oficial)
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francisco, el hombre - Triste, Louca ou Má (OFICIAL)
Triste louca ou má Será qualificada Ela quem recusar Seguir receita tal
A receita cultural Do marido, da família Cuida, cuida da rotina
Só mesmo rejeita Bem conhecida receita Quem não sem dores Aceita que tudo deve mudar
Que um homem não te define Sua casa não te define Sua carne não te define Você é seu próprio lar
Um homem não te define Sua casa não te define Sua carne não te define
Ela desatinou Desatou nós Vai viver só
Ela desatinou Desatou nós Vai viver só
Eu não me vejo na palavra Fêmea: Alvo de caça Conformada vítima
Prefiro queimar o mapa Traçar de novo a estrada Ver cores nas cinzas E a vida reinventar
E um homem não me define Minha casa não me define Minha carne não me define Eu sou meu próprio lar
Ela desatinou Desatou nós Vai viver só
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Retirado da fanpage Sociedade sem Prisões.
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Pisa na Tradição e Pós-graduação em Matriz Africana na Casa de Cultura Fazenda Roseira no último final de semana!! Final de semana de muito aprendizado, alegria, ancestralidade!!! Aaah o vídeo é da Dulce Helena, companheira de Pós!!! #cepima #univida #aquarela #pósmatrizafricanacampinas
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Retomando a conversa e compartilhando saberes
Salve Salve Todo Mundo..
Voltei… para poder escrever sobre mim. To com essa necessidade de escrever sobre o que venho fazendo, o que penso, o que sinto… enfim.
Continuo no Jongo Dito Ribeiro, na articulação de Juventude para incidir em Políticas Públicas, estou também trabalhando numa ONG e voltei a estudar. Sim!!! Estou fazendo uma Pós-graduação em Matriz Africana, uma parceria entre o Centro de Estudos e Pesquisa em Matriz Africana (CEPIMA), UNIVIDA e Casa de Cultura Aquarela. No último final de semana foi o Módulo I e será uma caminhada de 18 meses. Foi um final de semana muito especial, pois todo processo de aprendizado e construção de conhecimento, me deixa extremamente sensível e “mexida“ internamente.
Este módulo que ocorreu neste último final de semana foi conduzido por duas professoras negras: Alessandra Ribeiro e Claudia Baltazar. A primeira é Doutora em Urbanismo, a segunda e Mestra em Planejamento e Gestão de Território. A primeira elaborou um conceito de Matriz Africana, a segunda contribui com a Sustentabilidade de Povos Tradicionais em vários territórios do país. Ambas construindo seus próprios caminhos, já que o Racismo Institucional instaurado nas Universidades, não as permitem AINDA, adentrar estes espaços como qualquer outra pessoa de pele branca.
Que orgulho ver duas “pretas“ lindas, dialogando academicamente sobre questões tão delicadas para o nosso Povo Preto. Com certeza a ANCESTRALIDADE vibrou por estarmos todas e todos lá, peles preta e não preta, dialogando e construindo conhecimento que contribuirá para as nossas futuras gerações.
Muito sangue derramado, muito açoite no lombo, muita resistência vivida pelos nossos ancestrais, para chegarmos aqui. E com certeza toda essa luta não foi e não será em vão…
Tempos de (RE)EXISTÊNCIA, estudando e jongando, pois “é na roda de jongo que o mundo gira“.
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Foto: Dulce Helena
Por Vanessa Dias
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"Terra, Planeta Água"
Hoje as crianças quiseram que eu também desenhasse depois de pularmos corda. Pois é, hoje até pulei corda... kkkkk... e foi divertido.
Conversamos sobre várias coisas enquanto desenhávamos.... falamos de problemas da vida, falamos de voltar a estudar, falamos sobre alimentação saudável, falamos sobre perder o amor pela vida, e muitas outras coisas.
Fiquei pensando que o que as crianças querem e precisam é de ATENÇÃO e CUIDADO, pois o mundo parece que, com tanta violência, desrespeito ao diferente, intolerância e tantos outros lances, vem perdendo a capacidade de CUIDAR e AMAR esta e as gerações futuras.
E quando digo que é o mundo... é o mundo mesmo!!! As mães e pais tem a responsabilidade de criá-los e educá-los, mas o MUNDO, deveria contribuir. Aliás, as pessoas que moram nele, deveriam contribuir também. Mas como num mundo em que as pessoas só estão preocupadas em "se dar bem" independente do caminho trilhado? Como, num mundo em que há discriminação? Como, num mundo em que há Racismo, e agora de forma bem declarada? Como, num mundo em que homens tiram vida de mulheres pelo simples fato delas discordarem? Como, num mundo em que ainda há escravização negra e infantil?
Cuidemos mais de nós, cuidemos mais de nossas próximas gerações!!!
#relatosdeumamulherpreta
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APRENDIZADOS DE 2018
2018 foi um ano complexo no que se refere às questões políticas, sociais, humanas e em vários outros pontos, mas o termino com tranquilidade. Foi um ano de reconhecimentos, conquistas, superações, apesar das intempéries políticas e sociais. Termino este ano cansada, mas tranquila, pois entro no próximo com algumas preciosas reflexões:
- Quando o trabalho é concreto, quando você de fato trabalha no sentido de movimentar-se em prol de algo, os frutos são inevitáveis;
- Só é possível realizar o que deseja se você realmente está preparada para isso e por mais que outras pessoas falem ou tentem estimular, só você é que vai poder realizar aquilo que deseja;
- Por um outro lado, apesar dos desafios, o caminho é repleto de encontros e reencontros que faz a gente sempre refletir sobre a caminhada, e faz a gente evoluir;
- Uma saúde física bem cuidada, fortalece a emocional, mental e espiritual. Afinal o nosso corpo físico precisa estar bem para suportar os momentos de conflitos;
- Quando se é Verdadeira nas relações, mais dia menos dia, as máscaras caem, mas você continuará seguindo com tranquilidade, pois cada um escolhe o que lhe convém e cada um só dá aquilo que tem;
- Algumas relações de fato são momentâneas, e não é porque você não quer relações permanentes, mas porque o tempo do outro não é o seu, o sentimento do outro não é mesmo que o seu, e só cabe a você respeitá-los;
- Quando, por algum motivo, diante dos problemas coletivos, você se cala e "acha" que o outro está entendendo o mesmo que você, você também é responsável pelos erros que acontecerão a partir deste silêncio;
- É fundamental também falar NÃO, porque é você que tem que dizer qual o seu limite e não o outro;
- Se você tem dúvida de algo, vai lá e faça o teste, mas tenha consciência de que o resultado dele pode ser ruim, mas pode ser bom também, rsrs. E se for ruim, dá sempre pra superar;
- Dedicação, Disciplina, Honestidade, Humildade, Foco, Fé e Amor são elementos fundamentais para as realizações concretas, e não só. São elementos fundamentais para entender o outro, para conviver com o diferente, mesmo que lhe pareça um absurdo o outro ter determinado pensamento.
Bom, Gratidão é o sentimento, com o qual termino este ano. Gratidão pelos reconhecimentos. Gratidão pelos desafios superados. Gratidão por ter amigas e amigos, por ter irmãs e irmãos, por ter família sanguínea e espiritual. Gratidão pela vida!!
Desejo a todas e a todos um 2019 com muitos aprendizados, transformações e realizações concretas!!
Um brinde!!
AXÉ.
Vanessa Dias
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Luedji Luna - Um Corpo no Mundo
Atravessei o mar Um sol da América do Sul me guia Trago uma mala de mão Dentro uma oração Um adeus
Eu sou um corpo Um ser Um corpo só Tem cor, tem corte E a história do meu lugar Eu sou a minha própria embarcação Sou minha própria sorte
E Je suis ici, ainda que não queiram não Je suis ici, ainda que eu não queria mais Je suis ici agora
Cada rua dessa cidade cinza sou eu Olhares brancos me fitam Há perigo nas esquinas E eu falo mais de três línguas
E palavra amor, cadê? Je suis ici, ainda que não queiram não Je suis ici ,ainda que eu não queira mais Je suis ici, agora Je suis ici E a palavra amor cadê?
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