Tumgik
#sei que parece que a tony tá sendo mt agressiva mas são mts anos de pressão da anne com ela 👁
princesasapatona · 11 months
Text
𝐩𝐨𝐯. * grief is a circulair staircase.
uma resposta da princesa Antoinette ao que aconteceu com o seu irmão após o Halloween. Ela é proibida de ver André no hospital e confronta a Rainha Anne sobre isso.
menções: @andrc e @daphnedeselincourt
trigger warnings: menção de luto e mommy issues? kkkkkkk
link para o pov do andré
"Como assim eu não posso vê-lo? Ele é o meu irmão."
Antoinette atravessou as grandes portas do salão do trono em passos pesados e rápidos. Um dos guardas a seguia, mas não ousou entrar atrás da princesa, entendendo a linguagem corporal dela como um sinal para que não fosse interrompida.
Sentada no trono com uma mão massageando as têmporas, a Rainha Anne levantou os olhos para a filha e soltou um suspiro exasperado. Passaram a vida tendo discussões fervorosas uma com a outra, sempre em pé de guerra e raramente convivendo em paz. Conhecia a expressão no rosto da princesa. Sabia que ela apertava os punhos com tanta força que os anéis machucavam os dedos. E sabia que nenhuma delas sairia impune daquela batalha. "Você tem outras coisas para se preocupar agora, Antoinette. A Seleção—"
A fala da rainha foi interrompida pelo riso seco que reverberou na garganta de Tony, preenchendo o salão com o mais puro desgosto. Ela deu alguns passos na direção do trono. "A Seleção? Isso é uma piada?"
"Não é uma piada e você sabe disso. Você tem um compromisso com o nosso país. O seu país. André está bem, nós vamos cuidar dele. Não podemos permitir que se distraia num momento tão importante para a França." Anne endireitou os ombros, o semblante cansado sendo substituído pela habitual compostura impassível. Isso irritou Antoinette.
"Eu quero ver o meu irmão." Ela repetiu. "Eu sou a rainha e eu exijo ver o meu irmão."
"Você não é a rainha ainda. Eu sou. E eu estou dizendo que você não pode ver o seu irmão agora. Vá para o seu quarto e comece a preparar a sua agenda para a Seleção, caso o contrário, vamos ter problemas sérios."
"Esse trono que você está sentada, Anne?" Sorriu com deboche, amargurada. Toda aquela atitude mascarava o nó na garganta e as lágrimas que acumulavam nos olhos. "Ele é meu. Antes de eu nascer, ele já era meu. E não por sua causa, porque sejamos honestas, Anne! Você é uma rainha de merda que a Inglaterra não quis." Fez uma pausa, respirando fundo. "Você só está aí porque eu existo, porque eu sou filha do meu pai e você sabe disso. Eu quero ver o meu irmão."
Nesse momento, Anne se levantou, furiosa. "Eu sou a sua mãe, Antoinette!" O tom alto atravessou as paredes do salão, chegando até os guardas que as esperavam do lado de fora. "Se você não quer me respeitar como a sua rainha, então você vai ter de me respeitar como a sua mãe!"
"Você é uma merda de mãe também!" Tony gritou de volta, explodindo as palavras com tanta intensidade que as lágrimas escorreram junto. "Você nunca se importou comigo e sim com a coroa! E não adianta querer consertar as coisas agora porque é verdade! Você me perguntou se eu queria a Seleção antes de decidir tudo sozinha com o Conselho? Você me perguntou se eu estava pronta para receber dezenas de desconhecidos na minha casa logo depois que o meu pai morreu? Você sequer se importou com o que eu estava sentindo naquela época ou com o que estou sentindo agora?"
"Eu perdi também." A voz da rainha quebrou. Ela desviou o olhar, sabendo que choraria se continuasse fitando a filha naquele estado.
A pausa da princesa poderia ser vista como consideração para quem não a conhecesse bem. Não era o caso com Anne, que sabia que a filha escolhia as palavras que mais a machucariam como um guerreiro escolhe as lâminas mais afiadas para serem arremessadas contra o seu oponente. No fundo, ela pensava que merecia ouvir o que quer que Antoinette tivesse a dizer.
"Não parece."
"Antoinette..."
"Você me enoja, mãe."
As irises claras encontraram a figura da matriarca uma última vez, prendendo o olhar dela por alguns segundos antes de virar as costas e sair lentamente do salão. Sentia os ouvidos tinindo, o coração batendo acelerado no peito, inflando tanto que quase ocupava todo o espaço dentro dela e a impedia de respirar, e as almofadas das mãos tinham começado a sangrar com a força da pressão das pedras pontiagudas dos anéis.
Ela fechou as portas atrás de si com tanta força que um dos lustres no corredor do palácio sacolejou.
"Vossa Alteza, posso ajudá-la?" O guarda a abordou com uma pequena mesura.
"Eu preciso de um carro."
Ele franziu o cenho, confuso, mas não contestou. Anuiu com a cabeça e saiu na direção oposta para providenciar o pedido da princesa.
A princesa beberia até o amanhecer e não voltaria ao palácio até que Daphne mandasse alguém atrás dela e ela estivesse cambaleando pelos corredores e fedendo a uma mistura impossível de álcool.
NOTA OOC: eu vou ver amanhã com a central sobre os encontros com as selecionadas, mas se quiserem manter isso em mente pros primeiros encontros: de terem visto a Tony nesse estado, de terem ouvido sobre a briga... acho que seria legal!
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