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fase 3
LEITURA DE OBRAS E A ARTE DA PERFORMANCE
Ao estudarmos os conceitos de beleza relacionados à estética percebemos que qualquer tipo de obra estabelece uma relação com o espetador, uma troca de sentido e significado, um testemunho histórico, social, cultural e religioso. Dessa forma, ao apreciar uma obra de arte é importante saber analisar os elementos presentes nela para que ocorra essa troca da melhor maneira possível e o espectador compreenda, então, o que o artista quis transmitir. 
Como analisar obras de Arte: Ao estudarmos os conceitos de beleza relacionados à estética percebemos que qualquer tipo de obra estabelece uma relação com o espetador, uma troca de sentido e significado, um testemunho histórico, social, cultural e religioso. Dessa forma, ao apreciar uma obra de arte é importante saber analisar os elementos presentes nela para que ocorra essa troca da melhor maneira possível e o espectador compreenda, então, o que o artista quis transmitir. 
 Por que é importante? A leitura de uma obra é uma atividade tão importante quanto a produção artística, pois possibilita a interpretação das imagens, compreensão e apreensão de informações.
 Então, como analisar uma obra de Arte? 
 Pra falar a verdade o título da postagem não está correto! Vimos em Estética e Arte que uma mesma obra pode despertar diferentes sensações em cada pessoa. Então não existe uma receita de como ler uma obra de arte. Mas é possível levar em consideração a época, a técnica, o tema e os recursos usados pelo artista para melhor compreender sua função. Eu gosto de seguir alguns passos básicos ao analisar uma obra:
 PRIMEIRO: leia as informações do rodapé da obra (os créditos): título, autor, época, dimensão e técnica. O título quase sempre já é uma indicação do tema da obra, mas muitas obras simplesmente não têm título (lê-se Sem Título), justamente pra não influenciar sua interpretação, e aí é preciso pesquisar um pouco mais.
 SEGUNDO: analise o objetivo da execução da obra (sua função). Para isso, busque informações sobre o artista, sua época e características do seu trabalho. Em algumas obras é preciso decifrar códigos e significados de símbolos apresentados, e isso só é possível por meio de pesquisa.
Função artística: através da organização dos elementos que compõem a sintaxe artística, cria composições que atraem a atenção do espectador.
Função pragmática: apresenta um caráter educacional. visa transmitir conhecimentos de todas as ordens: científicos, espirituais, políticos e culturais através da produção artística.
Função religiosa: objetiva divulgar preceitos, dogmas e eventos de uma determinada religião, para referenciar os fiéis da mesma.
Função ambiental: visa exaltar e/ou denunciar aspectos relacionados com o meio ambiente: sua beleza, preservação e, também, sua exploração.
Função individual: através da produção artística, o compositor, motivado pelos acontecimentos que o rodeiam, expressa seus sentimentos.
Função histórica: registra e retrata fatos relacionados com uma determinada época relevantes para uma civilização.
Função política: tem objetivo social ao representar eventos da ação política de uma comunidade, um povo ou nação.
Observação: além dessas funções existem outras, e todas podem coexistir em uma só obra ou projeto artístico.
 TERCEIRO: perceba os elementos que a compõem (as cores, linhas, texturas, etc.) e examine o direcionamento da luz. Já falei sobre os elementos básicos da composição visual aqui. Sabemos que esses elementos são capazes de comunicar sentimentos, e isso ajuda na interpretação da obra.
 Tipos de análise de obra (ou leitura, interpretação, apreciação):
 OBJETIVA (ou visual): descreva o que todo mundo vê, sem especulações.
SUBJETIVA (ou simbólica): descreva o que você sente ao visualizá-la.
FORMAL (ou estética): analise a composição visual – a sintaxe visual -, seu contexto histórico, seu tema, sua organização.
 A ARTE DA PERFOMANCE
 A performance é uma modalidade artística híbrida, isto é, que pode mesclar diversas linguagens como teatro, música e artes visuais. A performance seria quando o artista apresenta uma cena em que normalmente utiliza seu corpo como suporte enquanto os espectadores observam; já no happening o público costuma participar também da ação. Etimologicamente, a palavra performance deriva do francês antigo performance, e significa "dar forma", "fazer".
Características da arte performática
·     Linguagem híbrida: mistura elementos do teatro, artes visuais, instalação, música, entre outros;
·     Não tem lugar "apropriado" para acontecer: pode ocorrer tanto em museus, galerias e instituições, quanto em ambiente urbano e/ou público;
·     Registros da ação podem ocorrer por meio de fotografias e vídeos, mas o caráter da obra é efêmero, passageiro;
·     Corpo como instrumento de ação artística.
 Origem da performance na arte
No universo das artes, esse tipo de fazer artístico surge a partir da segunda metade do século XX, em decorrência de desdobramentos da pop art e da arte conceitual nos anos 60 e 70. Contudo, pode-se dizer que a performance tem relações com movimentos modernistas mais antigos, como o dadaísmo e a Escola de Bauhaus.
Artistas na Performance
Na década de 60, surge na Alemanha o movimento Fluxus, que inicia proposições performáticas inovadoras. Muitos artistas importantes de diversas partes do mundo fizeram parte do movimento, alguns deles são:
·     Joseph Beuys (1921-1986) - alemão
·     Wolf Vostell (1932-1998) - alemão
·     Nam June Paik (1932-2006) - sul-coreano
·     Yoko Ono (1933) – japonesa
·      
Outros artistas que se destacam na arte da performance são:
·     Marina Abramović (1946) - sérvia
·     Chris Burden (1946-2015) - americano
·     Ana Mendieta (1948-1985) - cubana
·     Valie Export (1940) – austríaca
Performance artística no Brasil
No Brasil, já na década de 50 a arte da performance dava sinais. Isso por conta de Flávio de Carvalho (1899-1973), precursor do movimento e integrante do modernismo brasileiro. Mais tarde, com o Grupo Rex (1966-1967), os artistas Wesley Duke Lee (1931-2010), Geraldo de Barros (1923-1998) e Nelson Leirner (1932) realizam diversas ações artísticas, dentre elas, performances. Há ainda outros nomes no Brasil, como Carlos Fajardo (1941), José Resende (1945), Frederico Nasser (1945), além de Hélio Oiticica (1937-1980).
Na arte, chamamos de instalação um tipo de obra que utiliza o espaço como elemento fundamental. É uma linguagem relacionada à arte contemporânea e, na maior parte das vezes é montada em espaços de arte, como museus e galerias. Entretanto, pode também ser realizada ao ar livre.
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fire meet gasoline,
obra (não finalizada) de josé eduardo cardoso.
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fase 2
Literatura é uma palavra com origem no termo em latim littera, que significa letra. A literatura remete para um conjunto de habilidades de ler e escrever de forma correta. Existem diversas definições e tipos de literatura, pode ser uma arte, uma profissão, um conjunto de produções, e etc.
Literatura é a arte de criar e compor textos, e existem diversos tipos de produções literárias, como poesia, prosa, literatura de ficção, literatura de romance, literatura médica, literatura técnica, literatura portuguesa, literatura popular, literatura de cordel e etc. A literatura também pode ser um conjunto de textos escritos, sejam eles de um país, de uma personalidade, de uma época, e etc.
O conceito de literatura tem sido alterado com o passar dos tempos, havendo alterações semânticas bastante relevantes. Para alguns povos latinos, a literatura tinha um teor subjetivo, representando o conhecimento dos letrados. Neste caso, a literatura não era contemplada como objeto do conhecimento, que pode ser estudado. Os povos de língua românica, inglesa e alemã não lhe alteraram o sentido, alteração que só aconteceu na segunda metade do século XVIII, quando o termo passou a designar o objeto de estudo, a produção literária, a condição dos profissionais, etc.
Um texto literário é uma construção textual de acordo com as normas da literatura, com objetivos e características próprias, como linguagem elaborada de forma a causar emoções no leitor. De acordo com a classificação de textos, existe a divisão entre duas categorias: textos literários e textos não literários.
Alguns exemplos de textos literários são: peças teatrais, romances, crônicas, contos fábulas, poemas, etc. Uma das características distintivas dos textos literários é a sua função poética, onde é possível constatar ritmo e musicalidade, organização específica das palavras e um elevado nível de criatividade.
Convidei então, Murilo Zelinski, chefe de cozinha do Hotel Planalto em Canoinhas, para escrever sobre sua paixão em cozinhar. Também convidei Nicole Bernardi, uma amiga muito querida, de muitos anos, que no ano passado lançou seu primeiro livro de poesias chamado “Textos sobre mim” para falar do seu amor e sua paixão em escrever poesia.
A seguir os textos dos autores e algumas opiniões dos alunos sobre eles.
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A arte de cozinhar
A água começa a borbulhar na panela, mergulho os aspargos frescos que encontrei na feira logo pela manhã, tão lindos e tão caros, mas como não é algo que eu venha a comer todos os dias, me dou ao direito. Dois minutos, um pouco mais e retiro aqueles aspargos mais verdes que nunca e afundo de uma vez na tigela de água gelada com gelo. Uma técnica básica que qualquer cozinheiro de restaurante a quilo de um bairro suburbano sabe executar. Branquear alimentos pode ser algo tão simples - para nós cozinheiros, e tão inédito para quem escolhe deixar o estresse do cotidiano de lado e preparar uma comidinha para si ou alguém especial.
           Na saltese que deixei aquecendo até quase esfumaçar no fogo, coloco uma colherada de manteiga, um fio de azeite de oliva e uma porção de cogumelos perfeitamente brancos e arredondados que poderia expor na vitrine de uma padaria de tão lindos. Alguém come cogumelo doce, pensei comigo? Rio sozinho, algo normal quando me faço perguntas aleatórias em que as respostas são automáticas: não, ninguém come!
           Um tanto de molho de soja, pitada de sal e pimenta – um comentário extra aqui: nós cozinheiros usamos sal e pimenta em absolutamente tudo. Sale e pepe famigerado que nos traz identidade aos pratos, tão simples, tão natural, e tão forte. Bem, junto aos cogumelos eu misturo aqueles aspargos, mais umas azeitonas pretas e uma meia dúzia de tomates cerejas do quintal da minha tia, doces e ácidos como eu amo.
           Minha taça esvaziou, ele me serve de mais um pouco e enquanto trocamos beijos sabor molho de soja e vinho malbec o timer do forno apita e nos traz para a minha cozinha perfumada do jantar simples e com um toque madeirado do perfume dele.
           Quando sirvo o peixe com aqueles legumes maravilhosos esqueço do dia um tanto puxado que tive, e esqueço inclusive da salada de folhas e palmito na geladeira. Não tem problema, a noite estava fria.
           Enquanto termino meu vinho e penso o quão satisfatório é cozinhar para quem a gente ama, a louça está sendo lavada. Nada mais justo sempre comentamos em casa, quem cozinha não lava a louça, no trabalho não é bem assim. Muitas vezes já lavei louça e corte os dedos amolando facas.
           Quando criança queria tocar piano, achava linda a arte de Chopin a Elton John. O tempo passou e eu fui perceber que minha arte era outra bem longe de pianos e violões, e era a arte de cozinhar e satisfazer paladares e transformar o dia de pessoas nem que por um momento à mesa. Todos temos uma arte dentro de nós, seja para trabalhar ou para identificar algo genuíno em nossa personalidade. Sem arte não passamos de meros animais que não param de falar e discutir a previsão do tempo ou se algum dia saberemos o sentido real das coisas.
Murilo Zelinski Barbosa Maio de 2021.
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A arte de amar
Às vezes o peito da gente fica cheio de coisas que a gente não entende. Isso é difícil, pra mim sempre foi. Eu gosto de entender as coisas, saber o que fazer. Tem vezes que a gente tenta conversar com os outros pra ter uma luz, mas se nem a gente sabe identificar o que tem por dentro, como qualquer outra pessoa pode? Eu comecei a me entender depois de começar a escrever. Sempre gostei de ler, mergulhar em histórias é um fascínio para mim desde bem nova, um dos meus maiores hobbies. Eu amo os romances, principalmente. Os amores proibidos, os impossíveis, os difíceis, aqueles ‘pra-sempre-até-que-a-morte-nos-separe-e-talvez-nem-mesmo-assim’. Acho que isso foi enraizando em mim aos poucos. O amor pelas palavras. O amor pelo amor. As histórias, que já eram uma paixão pra mim, foram a porta de entrada para a droga mais pesada, que me viciaria pelo resto da vida: a poesia. Começou discretamente na escola, nas aulas de literatura. Um pouco de Castro Alves, uma pitada de Cecília Meireles e algumas estrelas do Olavo Bilac foram o suficiente pra despertar a curiosidade. E então veio a dose mais pesada da minha droga preferida, os sonetos de Vinicius de Moraes. “Meu Deus, quem me dera um dia escrever algo assim” - eu pensei. A partir daí, só cresceu. Eu conheci Drummond, Quintana, Caio Fernando Abreu, Leminski. Era tarde demais pra mim. Sem a menor pretensão de ser poetisa nem nada parecido com os intelectuais que eu passei a admirar tanto, comecei a colocar minhas ideias no papel e isso mostrou a direção pra entrar no meu próprio coração. Deu o click. Eu entendi porque eles escreviam: pra se entender. Eu também queria me entender. A poesia virou algo natural na minha vida. Quando eu amo, quando sofro, quando me perco de mim, quando questiono o mundo… eu escrevo. É o caminho de volta, não importa onde eu esteja. Qualquer coisa hoje pode virar poesia. A sensação ao ver um bebê sorrir, a inspiração a partir de uma frase pichada em um muro, as cores de um pôr-do-sol de outono, as lágrimas de alguém no ônibus, a dor de alguém que perdeu um amor. Até meus medos já viraram poesia. Quando a gente coloca no papel, eles perdem a força. Se me perguntarem porque eu escrevo, a resposta é amor. Eu amo escrever. Mas muito tempo atrás, em uma das infinitas vezes que eu tentava me entender, uma poesia nasceu e ela diz tudo.
Escrevo porque sinto, porque vejo, ouço e experimento.
Não ligo para métrica, rima ou sentido.
Escrevo porque palavra proferida não tem volta;
mas palavra escrita perdura.
  Nicole Bernardi, Maio de 2021.
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releitura do oitavo e nono ano: MARINA ABRAMOVIC, A AVÓ DA INSTALAÇÃO
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fachada do vv,
por stephany vitoria da silva jaros, 901 bloco b.
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a reforma da cabana em 2021,
obra de rafael zinn, 701 bloco A.
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