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#sofrendo por não conseguir descrever direito peço perdão à minha nação elysian
vivimartin · 11 months
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VIVIENNE MARTIN ' S INTERVIEW
No corredor ao lado das outras meninas, Vivienne, normalmente tão alegre e comunicativa, parecia que ia vomitar. Cruzava os braços na altura da barriga e reclinava-se levemente para a frente enquanto andava em círculos de um lado para o outro. Repassava os pontos da sua exibição de talento mil e uma vezes, praticamente obsessiva em ser perfeita (algo que nunca havia passado pela sua cabeça antes). Como era ruim ser literalmente a última a ser chamada por conta da ordem alfabética! Que pressão! A cada rosto que saía das portas, ela sorria e erguia um polegar para indicar as energias positivas que enviava para as companheiras, mas logo voltava a se preocupar consigo mesma. Será que teria escolhido algo bom o suficiente para demonstrar? Será que estava apresentável o suficiente? Será que Tony gostaria de ouvir o que tinha para dizer? Segurou o rosto entre as duas palmas das mãos, sentindo as bochechas esquentarem com tantos pensamentos que faziam sua cabeça girar. Quando enfim percebeu que o corredor estava vazio, e que não demoraria muito para ser chamada, quase entrou em parafuso. Quase. Quando seu nome finalmente foi chamado, e as portas abertas para entrar na sala repleta de luzes, fotógrafos e da família real, um ímpeto de coragem (e adrenalina) fez com que a loira inspirasse fundo uma última vez, e vestisse seu melhor sorriso, acenando para todos até para André. Deixaria para chorar e ter mil e uma dúvidas depois. Se posicionou onde lhe foi indicada, deixando a mochila de pano que trouxe por cima de uma mesa que usaria depois. Inspirou uma última vez, e dirigiu sua atenção à Sophie Boulanger, um rosto muito conhecido das telas das televisões de Paris. Estava pronta. O máximo que podia estar, pelo menos.
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SB: Qual foi a coisa que mais te surpreendeu assim que você chegou ao palácio?
VM: O tamanho das coisas, com toda certeza. O brilho…! Parece que aqui tudo é muito grande e com muito brilho. É lindo. Não tem outra palavra que seja melhor, lindo, lindo. Você escuta sobre como as coisas são majestosas, e limpas, e organizado, mas nada do que você imagina consegue ser igual a sensação de estar finalmente aqui.
SB: Você está aqui há algum tempo, nos conte o que você traria de casa para cá e levaria daqui para casa?
VM: Minha resposta seria meu irmão Louis, mas ele já veio comigo! Se alguém estiver vendo arranjos lindos de flores por aí, pode ter certeza que foi ele quem fez. Ele é o mais puro talento! Quanto a levar daqui pra lá, eu escolheria os sapatos; eu nunca vi nada tão lindo! Ah, e os vestidos. E as comidas. Tudo aqui é tãooo bem preparado... E os livros...! A biblioteca tem volumes que eu nunca vi antes. É difícil escolher.
SB: Tem alguma coisa que pareceu bizarro para você na realeza, até agora? E surpreendente?
VM: Bizarro é uma palavra bem forte… Mas não sei se é porque sou uma selecionada, mas parece que em toda conversa tem alguém te olhando em todo detalhe. Já sabia que a corte tem um jeitinho nas entrelinhas das palavras, mas sentir isso na grande maioria das conversas é bem… Diferente, no mínimo. Bizarro no máximo. (risos) O que me surpreende é que mesmo assim ainda tem pessoas muito genuínas.
SB: Acredita que irá aprender a se tornar uma futura rainha? Mesmo que não seja a escolhida.
VM: Com certeza!! Eu tô muito animada para isso, inclusive! Tem várias aulas aqui de um monte de matérias que eu nem sei por onde começar com o que estudar primeiro. É uma oportunidade incrível. Garanto que tudo o que eu estudar aqui não vai ser em vão.
SB: Está sendo difícil se adaptar às normas e pessoas novas? Como é esse convívio para você?
VM: Não! A coisa mais difícil é as entrelinhas das conversas que nem eu falei, mas eu estou acho que estou me saindo bem. Ah, tem algumas coisas com etiqueta e com pronomes de tratamento que ainda estou tendo que aprender e relembrar... Mas aprendo bem rápido, prometo!
SB: Teve tempo para conhecer alguma realeza convidada? Se sim, deseja visitá-la em algum momento?
VM: Tive o prazer de conversar com bastante dos convidados, e todos eles me trataram super bem! Eu gostaria de visitar todos eles. Alguns, como a Alteza Elê…Onora, do Brasil, já tive o prazer de conversar até antes da Seleção, quando eu ainda era guia de museus em Paris. Claro, a maioria estou conhecendo agora, mas foram todos uns amores. Se quiserem, vou visitar todos depois!
SB: Como vem sendo sua relação com as outras garotas? Acha que está deixando uma boa impressão?
VM: As garotas são incríveis! Sério. Eu espero que eu esteja deixando uma boa impressão tanto quanto elas estão deixando em mim. Tantas histórias e personalidades diferentes, de todos os cantos da França, se reunindo aqui… É uma competição muito romântica nos sentidos mais literais da palavra. Mal posso esperar pra ver depois as entrevistas das meninas para saber o que cada uma pensou para exibir como talento!
SB: Como você acha que será seus encontros com a princesa? Vocês já tiveram momentos compartilhados?
VM: Eu tenho certeza que vão ser incríveis. (sorri diretamente para Tony) Não é mistério que chegamos a dançar juntas na última festa, mas essa semana ela me escutou tocando piano… O que eu admito que não estava fazendo muuuito bem, mas isso foi ótimo porque agora eu ganhei uma professora particular. (piscou com um dos olhos para ela)
SB: E por último, qual é o seu diferencial das outras garotas que te colocaria no trono?
VM: Eu… Acho que consigo conversar e me dar bem com bastante gente. Com a maioria, pelo menos. (cruzou o olhar com André por um instante, mas logo desviou de volta para Sophie e voltou a sorrir) E diplomacia é bem importante, não? Em todas as esferas da vida. Essa coisa de conversar com pessoas de todo o canto do mundo e ser bem acolhida deve ser um bom diferencial, né? É, é sim.
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SB: Por favor, o palco é seu. Você tem cinco minutos, como especificado na carta. Boa sorte.
Depois que foi dado tempo para mostrar seu talento, Vivienne foi até a mesa ao seu lado com as coisas que trouxe. Ali tinha um tecido rosado que ela mostrou ser uma saia lisa. Depois, tirou uma tesoura de costura, uma agulha e linha de costura, já colocada da agulha. Ela ergueu a saia para poder mostrar a todos. ─ Eu fiz isso aqui mais cedo. Mas eu queria mostrar minhas habilidades de costura em customizar a saia. Fui inspirada pela Tony, porque ela me disse que é habilidosa com os dedos e sabe costurar bem. ─ sorriu, inocente e empolgada. Apoiou a mesa no centro do lugar, e começou rapidamente a fazer a customização que havia dito. Medindo no olho mesmo, foi pegando uma parte do tecido, a dobrando, e fazendo um ponto na parte de cima e passando uma mão por toda a extensão do tecido para marcá-lo por ali. Repetiu o mesmo feito em espaços de dez em dez centímetros, dando um caimento bem rodado. Por fim, fez um corte horizontal na base da saia para deixá-la com um comprimento maior atrás, e pegou o excesso para poder fazer uma barra lisa na parte de cima da saia. Chegou a espetar o dedo com a agulha no meio da velocidade que tentava fazer? Sim, duas vezes; pelo menos, não foi nada fundo para sair muito sangue, apenas um sustinho e uma mini careta de dor. A saia exibida era linda e profissionalmente feita? Nem um pouco. Mas a ideia era bonitinha, pelo menos, e dava para ver onde ela queria chegar. Nem ferrando que alguém com capacidades medianas como Vivianne conseguiria fazer algo impressionante em cinco minutos, mas ao menos ela tentou, e mostrou que podia. Tinha potencial! E foi inspirada por uma conversa com Tony! Então tinha que valer algo, né? ─ Obrigada por me receberem! ─ ela agradeceu, fazendo uma pequena reverência ao final, em respeito. Então, com a permissão dada, recolheu suas coisas e saiu apressada. A cada passo que dava para longe da sala, a ansiedade que havia feito desaparecer no começo voltou com tudo. Quando percebeu, estava correndo o quanto conseguia nos saltos, com um sinal de urgência no rosto. Precisava urgentemente encontrar Louis e chorar no ombro do irmão. Ou vomitar. O que encontrasse primeiro.
@elysianhqs
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