#também fico imaginando como seria namorar um dos neos que cozinha bem pra eles te ensinarem pratos típicos

[klimtjardin]

[11:42am + Doyoung + Fluffy]

— Maaas... não ficava assim... — a ruguinha na sua testa denuncia tudo o que Doyoung não gostaria de ouvir: a receita deu errado.

Mesmo seguindo todos os passos, mesmo depois de discutirem, sujarem as mãos e toda a cozinha.

Você se adianta para reler os pedaços de papéis amarelados que jazem sobre a bancada. Tem de colocá-los bem diante dos olhos, pois a tinta da caneta borrou com o passar do tempo. Pode ser que tenha errado ao surrupiar a receita avulsa de dentro de um dos livros culinários da sua mãe. Mas, pensou que seria divertido integrar Doyoung na história da sua família com um prato que é passado de geração para geração.

Você burlou outra tradição, ainda: a receita só é passada adiante quando as moças se casam. Doyoung é apenas seu namorado, e ele se sente um tanto quanto constrangido pelo fato. E se foi isso que arruinou tudo para você?

— Talvez... Hm, quem sabe... — ele tenta remendar, mas é difícil, pois não fala sua língua, portanto, não consegue ler o que você têm em mãos. — Mas o que exatamente deu errado?

Ele parece esperançoso ao olhar para a caçarola. O cozido têm uma aparência agradável, está quentinho e cheira bem. Apesar de que, sem referência, ele não tem como saber que o prato está um completo pavor.

— Tudo! Tudo deu errado, e a gente desperdiçou ingredientes. — Você bufa, exasperada. Bate as mãos contra as coxas. — Talvez só mesmo a mamãe e as titias saibam fazer...

— Calma! 

Doyoung traz um prato. Primeiro, ele se serve do que você considera um desastre culinário. Depois ele dá uma garfada e prova. Mastiga, mastiga, e engole. 

— Não está ruim. Talvez falte um pouco de sal. Prova você.

Doyoung corta uma parte com o próprio garfo. Assopra. Leva à sua boca. E ele tem razão. Talvez você não seja um completo fracasso ou vergonha para sua família. Definitivamente não se parece com o cozido. Falta uma pitada sal, mais acidez do álcool, e talvez um tiquinho de doçura do tomate. Mas está bem satisfatório.

— Você pode ressignificar o prato! É a sua receita, afinal — diz ele.

Seu peito enche um pouquinho, e não é pelo calor do cozido. Você olha para o avental de Doyoung e o seu, respectivamente. Sujos, parece que esfregaram o chão (que não está tão melhor) com estes. Mas então, vocês decidem por a mesa com algumas louças que também fazem parte da sua família. 

Você abre um vinho, vocês brindam, e almoçam enquanto fofocam.