tcrinveil
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𝒔𝒆𝒄𝒓𝒆𝒄𝒚,
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𝒉𝒂𝒖𝒏𝒕. 𝒈𝒍𝒐𝒓𝒚. 𝒐𝒂𝒕𝒉. 𝐭𝐨𝐫𝐢𝐧 𝐬𝐚𝐥𝐚𝐳𝐚𝐫 𝐢𝐫𝐨𝐧𝐯𝐞𝐢𝐥, 𝐥𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨&𝐥𝐞𝐠𝐚𝐝𝐨.
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tcrinveil · 14 days ago
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TORIN CERTAMENTE era mais próximo a Aerith (ou qualquer outro professor), do que Alec. Não que o mais velho Ironveil desgostasse da mulher, mas sentir receio em conversar informalmente com alguém o fazia ansioso e arredio. E, também, havia o fato de que ela tinha um jeito meio mítico--- Torin era o mais intelectual para sustentar conversas daquela natureza, enquanto Alec confiava em suas piadinhas secas para interagir com seu finito círculo de amizades. "Não acha que combina comigo?" Era uma pergunta que buscava sondar as impressões de Aerith, bem como manter-se em território neutro. Mãos atrás das costas, ele virou-se com um sorriso mínimo e quase cordial, parecendo se entreter ao observar a multidão. "Então você tá no lugar certo. Não confio muito em leituras do futuro, mas não me importaria em comer alguma coisa." Ficar preso a uma roda gigante ou em um balão com a mulher era prelúdio de uma máscara caindo. Seria difícil sustentar a sua imagem--- e se ele não entendesse alguma piada interna ou não se lembrasse de algum acontecimento? Era perigoso. Alarmes soavam na cabeça. "Já cumpri a ronda. Agora estou... Aguardando." Qualquer coisa acontecer. Afinal, um evento daqueles só poderia terminar de algum modo dramático.
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@tcrinveil
ambiente dos brinquedos 📍
prompt: sonhos verdes do detonautas. "sinto uma saudade do que não me aconteceu."
Estava incerta quanto ao entretenimento variado dos brinquedos no circo, tendo em vista que se lembrava de outras atrações dispostas em anos anteriores. Não era sempre uma novidade, mas certamente era divertido o bastante para ocupar a mente de Aerith, em especial nos momentos de devaneio. Perdia-se vez e outra nas conversas alheias, memorizando fofocas com as quais pudesse se entreter posteriormente, e só quando parou de caminhar foi que notou a roda gigante bem próximo de si, tal como também o dirigente da infantaria, alguém que não era um amigo e ainda assim ela deveria considerar como tal. Afinal, ele era responsável pela defesa e proteção; era bom sentir-se minimamente segura sem depender de si mesma, às vezes, e, claro, ao lado dele em outras épocas também já havia feito bom proveito da segurança nunca tendo voltado para a base com qualquer mazela. Era de se esperar de um homem que estivesse naquela patente. "Torin Ironveil supostamente cogitando uma roda gigante ou um balão? Essa é nova." Não o conhecia o bastante para dizer sobre seus gostos, mas achava ser uma ótima maneira de aproximar-se sem ser por trabalho. "Sabe que até me bateu uma saudade dos outros anos? Principalmente do que não aconteceu ainda." Indicou com a cabeça para o lado, a fim de que ele a convidasse para alguma das atrações. "Vai querer me acompanhar ou ficar de guarda o resto da noite?"
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tcrinveil · 14 days ago
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ALEC FICOU estático por dois instantes, concordando internamente com a colocação de Cillian que lhe amargava a boca. Era o que faziam: derramar sangue próprio e de outros. Era o que ele detestava fazer. O Changeling também tinha sua cota de crendices supersticiosas para acreditar, e provavelmente dormiria mal por muito tempo aguardando que a profecia se realizasse. Ao menos teria um destino. "Bateria na pessoa à frente se fosse alguém... Hm... Como Melian Eorl?" Uma sobrancelha se ergueu, a lufada de ar escapando dos lábios em descrença à própria situação. Mesmo após todas as ameaças (por parte dela), das brigas físicas e dos hematomas, não conseguia desferir golpes contra a jovem. Preferiria encarar Torin de modo menos turvo, quando novamente se encontrassem em outra vida. Ou no Sonar. Mas, Alec tinha mais com que se preocupar: o tapa de Cillian ardendo as costas da mão. Ainda não era o suficiente para arrancar uma expressão facial que não a de neutralidade forçada, apenas para fazer o coração bater em antecipação do próximo. "Faz sentido quando você não quer me deixar ser o único azarado da noite. Tenha um pouco de compaixão." Sem aviso, a mão cortou o ar na direção alheia, estalando um tapa ligeiramente mais forte. Talvez fosse melhor acabar com aquilo rápido. "Ou tá com medo?" Blefou.
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Apesar do deboche, Cillian ficou estático com a previsão como se tivesse sido sua. Para um homem com aprendizados o suficiente para muitas vidas, ele ainda tinha um probleminha com aquele tipo de magia, ilusão… Fosse o que fosse, ele odiava. Não gostava de nenhum vidente e tampouco de deuses do futuro, sendo os seus mais criticados do mundo khajol. Poderia contar aquilo a Alec, mas preferia engolir a própria língua para não atrair mais má sorte ainda. “Acha que não dá para ser pior? Consigo pensar em mil maneiras. Seu sangue derramado e o dos outros, já não fazemos isso o tempo todo?” Tentou aliviar a situação, embora também pudesse enxergar vários maus bocados em que ele poderia se envolver por conta da previsão. Engoliu em seco, apoiando as mãos sobre a mesa sem muitas expectativas. Alec já tinha o suficiente para se preocupar agora que tinha lido as cartas na noite anterior, e por outro lado, Cillian era egoísta para não querer o mesmo para si. Que tivesse duas, então. Rapazes mais jovens tinham o direito de experimentar o que era de ruim da vida também! “Os dois sairmos com leituras ruins é pior ainda. Isso não faz o menor sentido.” Estreitou os olhos para ele, negando com a cabeça repetidas vezes antes de dar o primeiro tapa, sem muita força. “Com quem jogou ontem para ter perdido? Achei que seus reflexos e força eram melhores que o de muita gente.” Não fazia muita noção de quem fazia parte do círculo de amizades dele e esperava que ao menos tivesse passado pela humilhação perto de alguém próximo. Cillian preferia pegar fogo a ser azarado na frente de um desconhecido, e conhecido também. Preferia pegar fogo a ser azarado de qualquer jeito.
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tcrinveil · 14 days ago
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ELE HAVIA servido a casa de Joahnna por um breve período do tempo, junto a Kadaj. Detestava ter que obedecer diretamente a algum nobre, mas quando descobriu que seria algo fácil e tedioso, Alec aceitou. Não esperava que a jovem Florent fosse tão cordial, e também não poderia dizer ter se tornado seu amigo, uma vez que evitava ainda contato social com Khajols de todo tipo. Mas... Johanna não lhe tratava como um inseto, ou menosprezava sua presença. Era uma mulher decente (em seus parâmetros comparativos de decência), e não merecia ser abordada daquele jeito. Os olhos escuros seguiram o outro rapaz se distanciando na multidão, detalhes do rosto e roupas gravados na mente para que os seus guardas lhe acordassem, caso necessário. O que lhe tirou da balança emocional foi ser chamado pelo nome correto. Após passar pelo medo de ter sido reconhecido através da farsa, acalmou-se com a possibilidade impossível. Alec ajeitou a pose num pigarro grave. "Tá... Tudo bem." Assegurou meio sem jeito, indicando que não eram necessários maiores esclarecimentos. Para Ironveil, o quanto menos falassem daquele assunto, melhor. "Vou te acompanhar até sua família, ou carruagem. Não deve sair de novo sem escolta, entendido? Eventos grandes são perigosos." Cabeça de vento. O tom de voz e o jeito de conversar tinha de ser ligeiramente fabricado, como Torin fazia ao trabalhar. Alec dispensava tais formalidades com quem sabia de sua mentira, mas se não tomasse cuidado, levantaria suspeitas.
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O coração da menina estava acelerado, talvez devesse tentar sacar o pincel e fazer algo, mas estava congelada. Mesmo sendo uma feiticeira era covarde demais, a voz de seu Seon gritava em sua mente, mandando que fizesse algo, mas seu corpo travou. Engoliu em seco, sua ordem anterior sendo completamente ignorada pelo homem. Seu corpo tremeu, o frio na espinha e o estômago revvirando, talvez devesse ter inventado uma doença e aparecido apenas como Florian. A aparição de um guarda, embora esperada fez o peito de Joahnna mais leve. Ainda tremia com medo, assustada, mas podia respirar. Ergueu o olhar tentando visualizar o rosto de seu salvador e quando conseguiu veio a surpresa. "Alec..." Seus lábios se curvaram em um sorriso ao mencionar o nome antes mesmo de seu cérebro formular qualquer pensamento. Por alguns segundos se esqueceu completamente de que Alec não estava mais naquele mundo. Engoliu em seco, suas bochechas corando pela confusão, abriu o leque e tampou o próprio rosto da melhor forma que pode, desviando o olhar ainda marejado pelo medo anterior. Alec estava morto - teve que se lembrar. "Me perdoe. Senhor Torin..." Se desculpou sentindo-se mal pela indelicadeza que cometera. Alec havia sido um de seus guardas no passado, dizer que eram parecidos era uma gentileza, em verdade eram idênticos. Mesmo que por pouco tempo, Joahnna ainda se lembrava dele, era um homem gentil e nunca reclamou de estar prestando serviço para ela. A morte dele fora uma surpresa para a Khajol, quando ele saiu em serviço ela esperava que ele voltasse. Desde o acontecimento lembrava de prezar pelo bom estado do memorial dele como uma forma de gratidão, o nome dele estava em suas preses em certos momentos. "Afastado por questões médicas..." Embora não fosse a completa verdade era o que falava para quem perguntasse, ela havia o liberado para curtir o festival e para que tivesse a privacidade de mudar quando bem entendesse. Joahnna se encolheu mais uma vez, sem muita ideia de como deveria reagir. "Me desculpe, eu não queria ser um problema. Agradeço pelo serviço prestado." Cordial, como sempre, Joahnna fez uma reverência leve.
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tcrinveil · 19 days ago
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Com Cara Emenlia Erilthar, no Arremesso de Facas ( @caraclara )
ELE ERA um excelente arremessador. Tinha ganhado experiência com os anos tentando lutar de longe, mesmo usando uma arma de combate corpo a corpo. Também, quando crianças, ele e Torin faziam competições de pontaria, e Alec poderia se gabar ser tão bom quanto o irmão---apesar de não fazê-lo, faltando a arrogância que era contumaz em Torin. Por isso, aquela ali talvez fosse a atividade mais agradável em todo o festival de Kirke. No segundo dia, o homem ainda trajava o uniforme oficial de Dirigente, mas tinha um tempo livre para 'aproveitar' as atrações. Não demorou a perceber a presença de Clara entre um arremesso e outro. A cumprimentou com um aceno de cabeça simplista e cuidadoso. "Que tal uma competição saudável? Sem... Leituras azaradas ou nada de má sorte." Ofereceu. Ele sabia da amizade da Erilthar com Torin, mas não entendia as suas nuances. Para que não fizesse nada de errado ou que prejudicasse sua história, havia se distanciado dela e de outras pessoas. "Quem perder paga a bebida."
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tcrinveil · 19 days ago
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SEM QUE pudesse se conter, ele se aproximava de uma belíssima adaga cerimonial. Alec não era aficionado com instrumentos de guerra, mas não negava a beleza daquela lâmina. Queria encostar em seu cabo para cessar a curiosidade em saber qual o metal utilizado, mas fora parado prontamente com o aviso de Ethel. Rapidamente recolheu a destra e cruzou os braços, impedindo-se de tocar em qualquer outra coisa. "Partes do corpo?" As sobrancelhas se franziram numa expressão de nojo, e, ao ver os dentes de leite de Ardan, a careta piorou. "Tô te dizendo..." Abaixou o tom de voz para que apenas a mulher lhe ouvisse. "Esse povo é estranho." Alec claramente se referia aos humanos Khajols, mas logo desistiu de agir afetado e tornou a caminhar normalmente pelo local. "Tá querendo saber o que sobre o futuro, Denholm? Você acredita na Madame Madge?"
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CENÁRIO: Museu de Curiosidades
COM QUEM: @tcrinveil
Como uma grande entusiasta de história e notória colecionadora de quinquilharias, ver Ethel torcer o nariz para qualquer artefato era uma visão rara. Talvez lhe faltasse criatividade para enxergar a veia artística de alguns dos itens expostos, mas tinha dificuldade de imaginar um ângulo em que os dentes de leite de Ardan carregavam qualquer valor documental além de um preciosismo extremo. “Posso afirmar que me animo com quase qualquer tipo de exposição, mas acho que traço a linha em pagar para ver partes do corpo. Devo acreditar que os molares do fundador do império têm algo a me dizer sobre meu futuro?” Estava longe de ser cética, mas aquilo lhe parecia simples e puramente uma besteira. “Pelo menos a armadura féerica é bastante engenhosa, o que por si só já valeu a visita. Ah, Torin, tenho quase certeza que não devemos tocar nisso aí.”
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tcrinveil · 19 days ago
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"DO QUE adianta estar inteiro e falar corretamente se você é um urso engomadinho e estúpido?" Alec ergueu uma sobrancelha, querendo não entender as constatações de Khalkedon acerca de sua própria condição. Lamentava o que havia lhe acontecido, mas não o via como quebrado. Para o pedido, ele apenas riu e enfiou as mãos no bolso da calça preta, assentindo para que o mais novo guiasse o caminho até a barraquinha que lhe conviesse. "Merecido. Aposto que você tá aqui há um tempão e nem se lembrou que precisa de comida pra funcionar. Dou dez minutos pra dor de cabeça." Os dois eram comicamente familiarizados com os processos alheios. Mais do que Alec já fora com outrem, antes e depois da morte de Torin--- o que queria dizer muito, já que costumava a ser um homem fechado e elusivo. "Vivo, mas sabe-se lá por quanto tempo. O que você acha que 'derramar sangue próximo e ter o meu drenado pra chegar até meu destino final', quer dizer?" Uma sobrancelha foi erguida, o rosto inclinando-se ligeiramente na direção do amigo para que pronunciasse as palavras do jeito mais baixo o possível. Não era do tipo que escondia com humor o mais profundo dos desesperos, mas lutava para que não soasse como algo tão transparente. "Tive minha sorte---azar, tirado à força, o que me colocou pra pensar se é algo certeiro ou se posso mudar com uma leitura boa..."
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SPINOFF: 𝒵𝐸𝐿𝒜𝑅𝐼𝒜 𝒞𝒜𝑅𝒩𝐼𝒱𝒜𝐿
Uma obra única de poucos capítulos, envolvendo roupas extremamente confortáveis e o hiper foco absurdo numa certa atração.
A única experiência de Turquoise di Medici com uma varinha se resumia às 3 horas gastas naquela atração. E que visão era! Elegantemente vestido, tecidos caros e costuras patenteadas; com o cabelo molhado empurrado para trás (e aquele pequeno rabo de cavalo rebelde). Um verdadeiro lorde... Mas curvado e concentrado, acertado pato atrás de pato com a perfeição de quem conseguia fazer aquilo dormindo. Você pode se perguntar, será que vai bem ou mal? A resposta amontoando-se ao redor das pernas. Pelúcias e outros presentinhos empilhados, separados pelas categorias de sua cabeça e das pessoas que mereciam. Uma salva de palmas a Brianna pelos trocadinhos. Turquoise limpou o suor com as costas da mão depois de mais uma vitória, a coluna estalando quando espreguiçou e... Foi adiante, reconhecendo a presença com um olhar de cima abaixo. Seus lábios tremeram com o esforço, pomo de Adão subindo e descendo antes de conseguir falar alguma coisa. — Quer? — Tão abrangente quanto possível, pegando desde a competição da cadeira vazia ao lado até o presente escolhido das pilhas. Bem verdade, ele não gostava de tanta gente assim.
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TIRO AO ALVO: os patinhos nadam em sincronia e abaixam o tempo todo. Quem acertar com uma varinha mágica pelo menos três patinhos, ganha um prêmio da própria escolha dentre pelúcias, instrumentos, bijuterias e doces. Quanto mais patinhos, mais prêmios.
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tcrinveil · 20 days ago
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AS CICATRIZES do rosto e das mãos contavam uma história pela simples benesse da própria existência. Vivo e marcado pelo receio, de modo com que apenas os Changelings como ele entendiam, olhos escuros deslizaram dos arbustos para a mulher--- opacos pela desconfiança. Detiveram-se ali, na figura adornada, ponderando sobre o contraste da mão ainda úmida de saliva e o tecido refinado que lhe fazia parecer ter sido arrancada de uma pintura. Duas imagens dissonantes que angariavam mais dúvidas. O que ela estava fazendo ali, longe da multidão, sem escolta? Certamente pertencia junto à patota dos nobres e Khajols, que, entorpecidos, divertiam-se às custas do bom-senso. Alec, porém, manteve-se em silêncio taciturno e habitual. Vasculhou a memória por qualquer Sylwen que pudesse ter cruzado seu caminho (ou o de Torin) no passado e, sem conseguir realizar ligações, presumiu que a primeira fosse ali. "Myra. É o nome dela." Comedidamente, o Dirigente da Infantaria alternava o olhar entre a mulher e a montaria, mas foi ao ouvir o comentário sobre a configuração da festa de Kirke que se permitiu uma bufada--- que não chegava a se assemelhar a um riso, mas que carregava o significado prático de um. Uma coisa era debochar de nobres e sua conspícua futilidade no Baixo Império, e outra era rir deles inserido em seu território. Ele não queria perder a língua ou ganhar outra cicatriz; e a interação de Sylwen com Myra desarmava seu escárnio automático. "Ela tende a aparecer em momentos inesperados." Como quando Alec corria com o corpo de Torin entre fumaça, sangue, rugidos de dragões e o zunido cruel das flechas tilintando junto ao ouvido. Ou como em noites insones vagava o acampamento, encontrando conforto na companhia da única criatura viva que não se importava com a sua verdadeira identidade. A voz se suavizou logo em seguida, ao ter a pergunta devolvida sem rodeios. Antes de replicar, ele endireitou as costas, como o hábito de transpassar a grandiosidade do verdadeiro: "Torin." Mesmo que já fizesse mais de um ano, havia desconcerto sutil na mentira. Alec não sentia necessidade de lhe dizer o cargo ocupado ou dar mais explicações, pois duvidava que alguém como ela fosse sequer reter informação após aquela tarde. As íris escuras, porém, contrariando qualquer preconceito que pudesse ter (e certamente carregasse), habitavam certo reflexo de curiosidade envelopada pelo refreamento hierárquico... Myra, diferentemente do que poderia se presumir de um cavalo, não era fácil de ser conquistada. "Demorei seis meses para montá-la." O comentário da voz rouca, grossa e pouco expressiva veio não para preencher o silêncio ou demonstrar-se cortês. Era... quiçá, impressionado. "Outros seis para cavalgar." Os lábios se apertaram ao dar um passo para a frente, mais próximo ao animal que tentava empurrar o focinho contra Sylwen, como se se deliciasse com seu cheiro. Era um gesto típico de um cavalo tranquilo. Agora Alec encarava a mulher sem dar espaços para divagar a atenção. Um aspecto da personalidade escondida do mais velho Ironveil era a paciência e empatia com animais. Se pudesse escolher o que fazer da vida, seguiria num rumo pacífico de cuidados, cercado deles. Ele tinha o manejo correto, a excelência no trato... E ainda assim tinham sido seis meses. "Ela gostou de você. O que--- Como você fez?"
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Com Josephine Sylwen Essaex, nos Arredores da Clareira ( @josephineessaex )
SEAMUS TINHA sido nobre ao cordialmente custear toda Wülfhere para as festividades de Kirke--- ao menos perante olhos alheios. Alec, por sua vez, temia que seu objetivo com aquele falso gesto de caridade era ter soldados dispensáveis protegendo os Khajols inúteis de outra possível calamidade. Tsc. No primeiro dia de evento, Ironveil rondava (com a habitual irritação) a clareira. Tinha o uniforme de couro cor de vinho e panos escuros cobrindo o corpo; calçava botinas que, embora pesadas, não emitiam qualquer som ao pisar sobre folhas e galhos. Era sua vez de garantir a segurança do circo e, para isso, precisava de Myra para percorrer o perímetro com eficiência. O polegar e o indicador foram até a boca, dobrando o lábio inferior num assobio estridente com auxílio da língua. Ele esperou o trotar ao longe. E esperou. Outro assobio, seguido de pressentimento ruim--- Myra nunca ignorava seus chamados. A marcha que se sucedeu, ao ritmo de um coração desesperado batendo contra o esterno, levava Alec diretamente ao ponto em que deixara a égua. Aproximando-se, ouvidos aguçados captavam o respirar pesado do focinho e os cascos revezando sutilmente ao bater no chão. Alívio lhe permeou... até ouvir uma voz desconhecida. A mão já pairava sobre o cabo de Lamento, acariciando o metal gelado, enquanto ele surgia com cuidado de trás dos arbustos, sendo pego desprevenido pela cena nada ameaçadora de Myra comendo cubos de açúcar nas mãos de alguém. "Huh." Era seu modo de dizer estar intrigado. Rodeando a égua, a mão esquerda acariciava os pelos das costas até a cabeça, distribuindo um carinho no pé da orelha esquerda, indicando que havia chegado. Myra era um belo exemplar de cavalo: tinha o corpo pintado com desenhos e runas de Fae e cabelos longos e trançados. Era intimidante. Grande. E ranzinza, tal qual Alec. Olhando de cima para baixo para aquela mulher que tinha conseguido suborná-la, ele mantinha a distância respeitosa (e segura), a mão enganchando no nó lateral do cabresto para caso precisasse fugir. "Isso é novidade. Quem é você?"
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tcrinveil · 22 days ago
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DIFERENTE DE Khalkedon, Alec trajava o uniforme de Dirigente, recusando-se a se apertar dentro de um terno engomado para ser mais aprazível aos olhos dos nobres e Khajols. Quanto mais pudesse fazer os olhos se desviarem de si, melhor. Mas era claro que se tratava de uma versão mais polida da roupa utilizada diariamente (uma para dias de evento), e que, sem sombra de dúvidas, indicava a patente alta e o orgulho que não era o próprio. Ali, caminhando entre uma multidão claustrofóbica de pessoas, procurava justamente pelo mais jovem di Medici, quando o encontrou no espiral mais profundo do hiperfoco, demonstrando a graça sentida num sorriso ínfimo de canto de boca. Aproximou-se, mas aguardaria ser notado para então engajar em conversa... o que demorou. Consideravelmente. "Quer que eu perca o respeito dos meus soldados, di Medici? Uh-oh, parece ter muita gente brava aqui atrás na fila. Acho que tá na hora de procurar outro brinquedo pra zerar." As sobrancelhas se ergueram em sugestão, e Alec aproximou-se da pilha de quinquilharias, pegando para trazer próximo ao rosto aquelas que julgava serem... interessantes. "Um urso. Que fala. Quanta bobagem. Quer que eu te ajude a carregar isso pra onde?"
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SPINOFF: 𝒵𝐸𝐿𝒜𝑅𝐼𝒜 𝒞𝒜𝑅𝒩𝐼𝒱𝒜𝐿
Uma obra única de poucos capítulos, envolvendo roupas extremamente confortáveis e o hiper foco absurdo numa certa atração.
A única experiência de Turquoise di Medici com uma varinha se resumia às 3 horas gastas naquela atração. E que visão era! Elegantemente vestido, tecidos caros e costuras patenteadas; com o cabelo molhado empurrado para trás (e aquele pequeno rabo de cavalo rebelde). Um verdadeiro lorde... Mas curvado e concentrado, acertado pato atrás de pato com a perfeição de quem conseguia fazer aquilo dormindo. Você pode se perguntar, será que vai bem ou mal? A resposta amontoando-se ao redor das pernas. Pelúcias e outros presentinhos empilhados, separados pelas categorias de sua cabeça e das pessoas que mereciam. Uma salva de palmas a Brianna pelos trocadinhos. Turquoise limpou o suor com as costas da mão depois de mais uma vitória, a coluna estalando quando espreguiçou e... Foi adiante, reconhecendo a presença com um olhar de cima abaixo. Seus lábios tremeram com o esforço, pomo de Adão subindo e descendo antes de conseguir falar alguma coisa. — Quer? — Tão abrangente quanto possível, pegando desde a competição da cadeira vazia ao lado até o presente escolhido das pilhas. Bem verdade, ele não gostava de tanta gente assim.
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TIRO AO ALVO: os patinhos nadam em sincronia e abaixam o tempo todo. Quem acertar com uma varinha mágica pelo menos três patinhos, ganha um prêmio da própria escolha dentre pelúcias, instrumentos, bijuterias e doces. Quanto mais patinhos, mais prêmios.
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tcrinveil · 22 days ago
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ALEC TINHA sido aporrinhado por um de seus subordinados para jogar aquele jogo maldito. Já tinha cumprido suas rotas e feito seu trabalho fácil (até então), quando, como uma verdadeira assombração, fora surpreendido por Melian. "Nem fo---" As mãos subiram aos fios de cabelo repicados e um suspiro saiu do peito em pura descrença, vendo o Soldado se afastar como um cão de rabo entre as pernas. "Eu não vou jogar com você." Sussurrou entredentes, num aviso. Fosse por respeito a Torin ou até uma sensação de dívida para com a Eorl mais jovem, Alec sentia que seria errado escalar aquela brincadeira. A fila de pessoas com as mãos cobertas de vergões, cheias de lágrimas nos olhos e presságios horrendos perturbando-lhes o sossego claramente indicava que não era um jogo tranquilo. Há! Talvez aquele fosse o plano de Melian desde o começo. Ela certamente lhe conhecia o suficiente para entender que não era um dos mais corajosos... "Não tenho medo de você." Ainda que a encarasse nos olhos ao colocar a mão na mesa, frente à dela, compreendendo que havia caído numa emboscada, estremecia por dentro com as possibilidades. Já tinha visto de perto que Melian possuía força bruta, e, mesmo que soubesse que naquele combate sairia por cima, não seria capaz de agir. Gostaria de poder pedir perdão ao irmão tendo a honra intacta. Mas aquilo não lhe impediria de tentar coagi-la do contrário. "Vai ganhar do pior jeito, Eorl? Você não tem muita ética, mesmo."
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Starter fechado @tcrinveil
O festival de Kirke estava lotado, pessoas do instituto militar por todo lado, andando e se divertindo. Melian deveria saber, mais que ninguém, que puxar briga com alguém naquele festival era altamente não recomendável. Sabia que o Seon ao seu lado estava lhe protegendo da maioria dos problemas agora, e tinha que admitir que estava começando a gostar da companhia da bola de prata. Estar fora de confusão nunca foi um traço da loira, longe disso, e isso somado a sua impunidade era quase que um aviso de destruição eminente. Uma personalidade selvagem, junto a falta de contenção e um poder de fogo grandioso, claro que em algum momento aquilo daria errado... Aquele seria um ambiente perfeito para uma tragédia. Gente importante ao lado de um bando de descartáveis e Zés Ninguém. Apesar da desconfiança Melian tentava se divertir, uma vez que agora tinha pouco tempo para tal. Ela nunca pensou que seria do tipo que trabalharia a exaustão, mas com as aulas do instituto, as aulas de magia e o serviço com os Byearne suas olheiras estavam ainda mais fundas, se é que era possível. Já estava tão acostumada com problemas, considerando seus dois últimos feitos que chegava a ficar apática ao pensar nisso. Ela andava entre as tendas procurando qualquer coisa que lhe chamasse atenção, mas o que realmente a fez sorrir foi ver Alec na tenda do futuro. Não um sorriso de amizade, mas um quase maligno, ela andou rapidamente até o local onde ele estava empurrando o outro homem que sentava-se na frente dele para brincar de "tapa não dói" e se sentando no local. "Olá Tweedledum" Cumprimentou com um sorriso largo enquanto o outro homem parecia apenas aceitar e se levantar para sair. Ela colocou as mão frente a ele indicando que a brincadeira começaria. "O que foi? Tá com medo?"
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tcrinveil · 22 days ago
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COMETER O mesmo erro duas vezes só podia significar que, em algum nível, Alec era burro. A boca se torceu para baixo numa careta desagradável, e um grunhido de insatisfação reverberou no peito--- havia perdido a brincadeira (horrível) no dia anterior por não querer poder estapear Melian. Não queria ficar sonhando com Torin lhe repreendendo e não era do tipo que achava justo competir em força com a Eorl. Porém, hoje, lá estava ele, caminhando sem rumo e jogando conversa fora com Cillian, quando caiu na mesma cilada. "Mas que..." O Dirigente da Infantaria havia descoberto da pior maneira o quão angustiante o tal jogo Tapa Não Dói podia ser para alguém como ele: medroso. DOÍA, SIM. Era impossível não querer retirar a mão. Tinha que lutar contra todas as sirenes da cabeça piscando ao mesmo tempo, como se o corpo não conseguisse fazer a distinção entre um tapa e uma ameaça à própria vida--- ainda mais quando a outra pessoa subia o tom. "Não leve pro pessoal..." Ele imitou a voz do amigo, puxando o cós da calça para que pudesse se sentar com mais facilidade. Também não queria discutir com os palhaços mascarados... por Erianhood, como eram esquisitos. "Ontem. E eu perdi, minha leitura foi: derramarás sangue próximo para chegar ao destino final. E o teu também será tomado." Ele bufou. Mais um motivo para alimentar a paranoia crescente... pelo menos poderiam dizer qual destino final era esse. "Se bem que não dá pra ser pior do que isso." Num suspiro, Alec reganhou a concentração e colocou a mão esquerda sobre a mesa. Era a menos afetada por cicatrizes e a menos dolorida. Obviamente, usaria a direita para bater. Agora encarava Cillian diretamente. "Vamos jogar. Você começa, não tô a fim de perder hoje. A gente pode equalizar, uma leitura ruim pra mim, outra pra você."
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ONDE: Tapa Não Dói
COM: @tcrinveil
Cillian jogava conversa fora com Alec sem preocupações. Comentavam sobre as atrações principais do circo e sobre como ele quase tinha sido escolhido pelo palhaço para ir ao palco receber uma travessura. Teria se enfiado num buraco se fosse o sortudo porque odiava aquele tipo de interação. Era mais discreto e não evitava a diversão desde que entre pessoas próximas. Na frente de um público inteiro? Era melhor ser queimado vivo por um dragão. Acreditava que estavam na fila da famosa sala dos espelhos, de onde a maioria vinha saindo de olhos esbugalhados e queria ver por conta própria, mas foi surpreendido quando acabaram em outra tenda com duas cadeiras e uma mesa. "Ah, não." Resmungou quando entedeu a brincadeira antiga.
A mulher que coordenava a brincadeira fazia magia com o baralho de tarot sobre a própria cabeça e apontava para as cadeiras enquanto usava uma máscara esquisita, e Cillian não teve vontade de encará-la por muito tempo. Se voltou para Alec, suspirando pesado. "Entramos no lugar errado, mas já foi pago." Era quase um lamento. Para alguém surpersticioso, uma previsão ruim era a última coisa que precisava. "Não leve para o pessoal se acabar te estapeando além do normal para ganhar. Tenho um probleminha com sorte." A verdade era que Cillian não queria que nenhum deles tivesse uma nova azaração lida nas cartas, já achando o bastante a que tinha e os empecilhos que Alec enfrentava diariamente. "Já brincou disso antes?"
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tcrinveil · 22 days ago
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QUANDO O cheiro de sangue começou a subir no ar, Alec resolveu prontamente retirar-se da tenda. Seu serviço tinha sido completo, portanto sobravam algumas horas de puro ócio... Ele não queria estar ali, mas não tinha como fugir, era uma maldita ilha! Naquele momento, procurava por um subalterno para lhe informar qualquer coisa minimamente relevante sobre a última ronda (a fim de manter-se ocupado), quando, de relance, reconheceu a jovem Florent sendo abordada de um jeito nada agradável no meio da multidão. Sua primeira reação foi desviar os olhos. Desvencilhar-se de qualquer briga. Evitar confrontos significava evitar sacar Lamento enquanto a empunhadura se mostrava custosa--- o que, significava, portanto, manter as aparências por mais um dia. Mas... Alec havia trabalhado para Joahnna logo antes do... Incidente no Fronte com Uthdon (as moedas mais fáceis que já havia ganhado na vida). Ela sempre lhe era cortês. Talvez até demais, considerando o desprezo inerente de Alec por Khajols. E... Também, havia o fato de que após sua 'morte', Joahnna sempre enviava flores e biscoitos para o túmulo onde jazia Torin. E que Torin não ficaria parado ao notar aquilo. Merda. Engolindo a insegurança, ele marchou até a situação, abusando do uniforme de Dirigente (e do rosto congelado em expressões desagradáveis) para parecer mais crível. A mão grande e calejada, cheia de pequenas e grandes cicatrizes, foi colocada por cima do outro rapaz. Um aperto de aviso. "Some daqui, moleque. Se eu te ver de novo hoje, pode ter certeza de que quebro a sua cara." Felizmente, o aviso tinha sido claro e concreto em afastar aquele elemento. Alec suspirou em alívio interno, não demonstrando qualquer outra emoção, afinal, Torin não conhecia Joahnna tão bem. "Espero que esteja tudo certo aqui. Cadê seu guarda pessoal?" Ô mulher desatenta, queria xingar, mas manteve-se em silêncio, olhando nos arredores para qualquer outra movimentação suspeita.
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Starter para @tcrinveil perto do
Joahnna estava tanto quanto desnorteada com tanta informação ao mesmo tempo, as pessoas correndo, rindo e aproveitando ao máximo. Ela estava feliz em ter um evento alegre em momentos tão conturbados, poderia relaxar um pouco ou ao menos tentar. Era difícil relaxar com muita coisa na cabeça, em especial quando não podia falhar. Havia recebido conseguido o favor da princesa, sua segunda confirmação chegara pelo vestido esta manhã, o mesmo que trajava. Isso queria dizer que ela estava se movimentando a seu favor. Era bom, Joahnna tentava se convencer o tempo todo do quanto estava satisfeita com isso, embora sua mente vagasse sempre para outros lugares. Ela pensava como seria bom se estivesse como Florian, poderia ir nos brinquedos, competir e perder em todas as atrações. Ainda planejava aparecer como ele, mas teria que primeiro ver a princesa, não poderia deixar a oportunidade passar. Enquanto andava, seus olhos percorrendo o local em busca de alguma diversão adequada para uma dama desacompanhada, sequer prestava atenção ao seu redor. Talvez o costume em se apresentar como Florian em eventos a fez parar enquanto observava a luta de gladiadores. Joahnna sorriu vendo a encenação e talvez demorando tempo demais naquele local. Ela sentiu uma mão em seu ombro lhe puxando um pouco para trás, um homem que nunca tinha visto a puxou. O estado de choque impediu que fizesse qualquer coisa, não era normal que pessoas comuns encostassem em nobres, em especial de forma tão insistente. Seu corpo gelou ou ser arrastada. "Senhor... Poderia me soltar, por gentileza?" Conseguiu proferir, mas sem sucesso. O homem apenas riu, dizendo algo que a loira não compreendeu. Talvez ele não soubesse que ela era nobre e por isso a ousadia, tentou alcançar seu pincel, mas seu pulso foi segurado me meio a confusão. Joahnna estava em pânico, congelada no lugar, sentiu os olhos se encherem de lágrimas.
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tcrinveil · 25 days ago
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Com Josephine Sylwen Essaex, nos Arredores da Clareira ( @josephineessaex )
SEAMUS TINHA sido nobre ao cordialmente custear toda Wülfhere para as festividades de Kirke--- ao menos perante olhos alheios. Alec, por sua vez, temia que seu objetivo com aquele falso gesto de caridade era ter soldados dispensáveis protegendo os Khajols inúteis de outra possível calamidade. Tsc. No primeiro dia de evento, Ironveil rondava (com a habitual irritação) a clareira. Tinha o uniforme de couro cor de vinho e panos escuros cobrindo o corpo; calçava botinas que, embora pesadas, não emitiam qualquer som ao pisar sobre folhas e galhos. Era sua vez de garantir a segurança do circo e, para isso, precisava de Myra para percorrer o perímetro com eficiência. O polegar e o indicador foram até a boca, dobrando o lábio inferior num assobio estridente com auxílio da língua. Ele esperou o trotar ao longe. E esperou. Outro assobio, seguido de pressentimento ruim--- Myra nunca ignorava seus chamados. A marcha que se sucedeu, ao ritmo de um coração desesperado batendo contra o esterno, levava Alec diretamente ao ponto em que deixara a égua. Aproximando-se, ouvidos aguçados captavam o respirar pesado do focinho e os cascos revezando sutilmente ao bater no chão. Alívio lhe permeou... até ouvir uma voz desconhecida. A mão já pairava sobre o cabo de Lamento, acariciando o metal gelado, enquanto ele surgia com cuidado de trás dos arbustos, sendo pego desprevenido pela cena nada ameaçadora de Myra comendo cubos de açúcar nas mãos de alguém. "Huh." Era seu modo de dizer estar intrigado. Rodeando a égua, a mão esquerda acariciava os pelos das costas até a cabeça, distribuindo um carinho no pé da orelha esquerda, indicando que havia chegado. Myra era um belo exemplar de cavalo: tinha o corpo pintado com desenhos e runas de Fae e cabelos longos e trançados. Era intimidante. Grande. E ranzinza, tal qual Alec. Olhando de cima para baixo para aquela mulher que tinha conseguido suborná-la, ele mantinha a distância respeitosa (e segura), a mão enganchando no nó lateral do cabresto para caso precisasse fugir. "Isso é novidade. Quem é você?"
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tcrinveil · 28 days ago
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“Pare de responder tudo com emojis, pelo amor de Deus!” + cillian
Alec puxou o telefone do bolso ao ouvir o sininho de notificação. Sorriu maliciosamente e digitou 🤔 ❓🫵😢⁉️. Lê-se, "Por quê? Você vai chorar!?" E de volta para o almoço após aporrinhar Cillian.
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tcrinveil · 28 days ago
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Um de você versos 6 terapeutas! Quem ganha?
"Seis terapeutas com seus papeizinhos e caneta, ou eu, comendo um pacotão de doritos enquanto faço contato visual em completo silêncio? A resposta é fácil, Melian. Caramba, viu, você e a Ashla todo dia com esse papo. Credo."
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tcrinveil · 28 days ago
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"Are you going to make this a habit?"
"A sabatina é obrigatória pra quem entra na família, o Ci-Ci não te avisou?" Alec ergueu ambas as sobrancelhas ao se aproximar daquela jovem inglesa que agora namorava, ou sabe-se-lá-o-quê, com o primo Cillian. Ele tinha bastante sarcasmo na voz, recoberto de humor. Oh, ele iria horrorizar. Não era nada pessoal com Sigrid, queria apenas envergonhar Cillian sendo um completo animal. "Mas fica tranquila, luv, o Torin é o gêmeo menos demandante. Ele vai te proteger, não é, ó defensor dos oprimidos? Agora me fala aí, de onde você é, mesmo?"
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tcrinveil · 28 days ago
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❝ you’d be really good at mushroom foraging. ❞
"Só porque o treinamento de sobrevivência é obrigatório pra quem tá no exército não quer dizer que eu prestei atenção. E eu não caio mais nessa, Eorl, não vou fazer nada que o Torin desaprove." Alec tinha acabado de acordar e só queria tomar seu café em paz. Coçou os olhos, bocejando, antes de se virar para ela de novo. "Que tipo de cogumelo você tá procurando agora, ô?"
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tcrinveil · 29 days ago
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Photos taken by Greg Williams
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