livro “se a ansiedade tivesse um som, seria de uma ambulância” @editoraurutauInstagram: @temumaneurose
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Oi gente, estou com a versão online desse bebezinho! Quem tiver interesse me mande mensagem
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Fiz uma newsletter para divagar minhas neuroses e comecei com esses dois filmes incríveis.
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rezo para você ter pés para correr,
não para voltar pra mim
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Sinto que estou batendo em sua porta incessantemente e nunca me canso. E grito, do lado de fora, que não vou desistir até que você abra e eu te veja. Fico esperando você aparecer nem que seja por uma fresta da janela de tantos cadeados, um olho pela metade, um fio de cabelo exposto, posso quase prever sua roupa, se está de chinelo ou pantufas, se está cozinhando ou passando um café. Daqui tento escutar os barulhos das panelas, a música no fundo, talvez Caetano ou Gal, um episódio daquele podcast que compartilhamos, enquanto as cachorras tentam subir em suas pernas, eufóricas. Daqui de fora consigo sentir tudo. Quero te contar tanta coisa enquanto esteve fora, como quem acumula os jornais em uma sacola e revê de forma cronológica, às vezes acho que também posso voltar no tempo, é por isso que ainda não fui embora daquele dia, da última noite, da conversa pela metade, resgato cada segundo do que já foi repetidas vezes, e de tanto refazer a cena não sei mais o que é real e o que foi inventado. O tempo modifica tudo. Não sou uma narradora confiável. Você sabe. Daqui da porta estou tentando decifrar como você faz para viver seus dias como se nada tivesse acontecido. Levanta, toma seu café, se arruma para o trabalho, comprimenta as pessoas de sempre, realiza as piadas antigas para depois chegar em casa e se esvaziar do seu dia, dormir com a consciência limpinha, intacta, sem qualquer dano. Enquanto eu continuei do lado de fora, esperando a grande chance, aguardando impaciente a mesma sorte que chegou - tão cedo - pra você.
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me espanta como uma mosca perdida em sua cozinha
em busca do seu alimento
me golpeia com palavras duras e secas
cujo impacto me faz rodopiar no seu chão
que antes dançávamos no mesmo ritmo
agora só resta eu e uma coreografia solitária
não há plateia que me convença que foi por amor
me leva até a porta mais próxima
das suas memórias
isso não é um convite - é um adeus
você limpando a casa depois de mim
para que não reste nada que lembre
de nós.
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Cheguei naquele estágio deplorável que é quando as pessoas passam a sentir pena de você.
Eu conheço uma cara de pena, pois já repeti ela muitas vezes. Os lábios se contraem. A cabeça dá uma leve inclinada para o lado. Sutilmente. Os olhos ficam caídos como um desenho borrado propositalmente.
Até o entregador notou. Me entregando a sacola barulhenta de cervejas: hoje tem festa? E eu disse um não tão fúnebre que ele nem pediu cinco estrelas.
Não há nada pior que o silêncio. Ele me rasga as pontas dos dedos enquanto me arrasto pelos degraus, tranco a porta, e abro a primeira. Depois a segunda. Terceira. Só minha gata presencia a cena deprimente. Agora, diante desse texto, até eu estou com pena de mim mesma.
Acho que esse é o pior estágio.
Chegamos.
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