Fazia tanto tempo que não rezava, que achei que quem tivesse lá em cima, nem lembrava mais de mim, mas foi só eu ver teu sorriso ontem que o divino se mostrou mais presente na minha vida do que quando eu fazia catequese para agradar minha vó.
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“E se eu morresse agora? Eu não andaria mais pelas ruas da cidade, não pegaria mais aqueles ônibus e não sorriria para alguns estranhos simpáticos. Eu não atenderia os telefonemas dos meus pais, nem responderia as mensagens de texto dos meus amigos. Eu não iria mais encontrar com as pessoas com quem estudo, não tiraria mais dúvidas com os professores e não sairia para comer na loja de conveniência que fica perto do meu prédio. Ninguém jamais voltaria a ouvir uma só palavra minha, e as músicas que tocarão nas rádios causariam angustia para quem já as ouviu de mim. Ninguém voltaria a presenciar meus ataques de risos espontâneos, e o som da minha gargalhada se calaria para sempre. Nunca mais poderia eu reclamar da vida, do que me falta e do que me faz mal. Alguém de repente passaria a apreciar os meus surtos? Irá alguém dizer que preferiria mil vezes me ouvir reclamar a presenciar o barulho do meu silêncio? Depois de uma semana, quando passarem em frente a minha casa, lembrarão que foi ali que vivi? Lembrarão de mim?”
— Casebre.
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Bothersome beast, comforting friend
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tem dias que a gente fica barulhento demais e não tem pra onde correr.
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