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o punhado de notas rasgadas e moedas que recebe como troco pelo donut é enfiado de qualquer jeito no bolso traseiro da calça. guardando apenas um segundo para lamentar o futuro estado do dinheiro, eli agradece o vendedor e se afasta da fila, lambendo o açúcar que caiu na dobra entre o polegar e o indicador.
a voz familiar de elsie desloca sua atenção, então. ao invés de interrompê-la para oferecer um cumprimento, um sorriso entretido curva seus lábios enquanto assiste em silêncio a argumentação pela condenação do hot dog criminoso. "absurdo. inimaginável." assente com a cabeça, exagerando o tom de seriedade com um brilho divertido nos olhos. "o que você acha da gente sugerir chips de aipo como lanche na próxima edição do shoreside?" a provocação é bem-humorada, e a sujeira de açúcar do donut no lábio inferior prejudica um pouco a atuação.
suga o ar pelos dentes, meneando a cabeça ao considerar a pergunta dela. "não exatamente... eles são sempre mais frescos no verão, mas já ouvi falar que a torta de pêssego do azure & ivore é um patrimônio da ilha, então não precisa se preocupar."
໒ྀིㅤ⠀˛ㅤ⠀⋆ㅤ⠀୨ㅤ⠀𝐜𝐥𝐨𝐬𝐞𝐝 , @theafterhour .
o cheiro de óleo velho e açúcar queimado pairava pesado no ar , fazendo o nariz da bonavich franzir instintivamente . parou diante de uma barraca de hot dogs que ostentava um cartaz exagerado : “ O MELHOR HOT DOG DA CIDADE ! ” as palavras estavam cercadas por uma explosão de cores e fontes que quase a fizeram desviar o olhar . mas foi o que estava na vitrine que realmente a incomodou : uma salsicha de aparência duvidosa coberta de bacon crocante e um queijo alaranjado que brilhava de forma quase ... radioativa . não era frescura . claro que não . era exigência . treinamento . educação culinária . estava prestes a suspirar dramaticamente quando ouviu uma voz familiar ao seu lado . girou lentamente , já segurando um sorriso preguiçoso . ‘ queijo não deveria brilhar assim . isso é ... contra a natureza . ’ disse , apontando para o hot dog como se ele fosse culpado de algum crime . sabia que , assim que abrisse a boca , corria o risco de soar como uma esnobe elitista , algo que ela sempre se esforçava para não parecer — ou , pelo menos , não parecer demais . ainda assim , a careta estava lá , traindo qualquer tentativa de neutralidade . ‘ quero dizer , olha isso ! bacon , queijo processado , salsicha . não tem uma única coisa natural ali . ’ ela estreitou os olhos para ele , mudando rapidamente de tom . ‘ aliás , como andam seus pêssegos ? por favor , diga que ainda estão no auge da temporada , porque eu não sei o que faria sem eles . ’
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de alguma forma, elijah leva cinco segundos inteiros para se dar conta de que a garota está oferecendo o catálogo para ele. nem tinha escolhido aquela barraca conscientemente — fazia uns bons dez minutos que caminhava sem rumo, de uma ponta a outra do parque. agora, com o catálogo em mãos, a ideia parece fazer sentido, como se tivesse sido sua intenção o tempo todo.
as palavras "tribal de henna" o fazem hesitar. ele lança um olhar breve para o próprio visual: camisa, jeans velhos e um par de botas bem usadas; então, considera o cheiro de pêssego permanentemente grudado nas mãos, a curva delicada dos olhos. "não sei se consigo sustentar tribal." oferece um sorriso. "tem outra sugestão?"
Billie Jean estava trabalgando no shoreside carnival com tatuagens de henna, É um bom negócio para esse tipo de evento, foi quando muse chegou em sua pequena barraca, o suficiente para duas pessoas adultas. Foi quando Billie Jean entregou o catálgo que possuia. " Acredite, nada como um tribal de henna para animar um festival.
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assiste ela acabar com o doce em silêncio, e a sobrancelha erguida é mero teatro porque tem um sorriso pequeno e entretido dançando nos lábios. "hey, não foi uma derrota, foi um massacre. 'tá vendo aquele pirralho ali?" aponta na direção do tiro ao alvo à distância, onde um garoto alto e cabeludo mira os prêmios maiores com uma concentração assustadora. o mesmo garoto que o tinha feito de alvo na pista do carrinho bate-bate nem quinze minutos atrás. "ele é um psicopata."
meneando a cabeça um pouco, eli finge considerar o acordo por alguns segundos. soa fácil o bastante, sempre gostou de histórias. "precisa ser uma história verdadeira?" por fim, se ajeita na cadeira para tomar uma postura mais confiante. "fechado. se não gostar da história, te pago uma caixa desses muffins."
camila se limitou a encarar a perna do outro, juntando os lábios em um biquinho, que remetia a uma gargalhada muito bem contida. "coitadinho! aquelas crianças acabaram com você, vai precisar de uma massagem." comentou antes de desferir um peteleco no calcanhar alheio. "como se acidentou?" mordia a outra metade do doce, curiosa com o ocorrido mas ainda dividindo sua atenção aos dois. bendito fosse o cara que inventou a cafeína, a deixava eletrizante por dentro. "no carrinho de bate-bate? é serio? e tá mesmo pedindo piedade depois dessa derrota?" observou sua tentativa de parecer mais sofrido do que realmente estava. "vou ser legal com você e não te fazer levantar... SE me entreter com alguma história interessante essa manhã."
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elijah faz uma careta ao tomar o lugar no assento em frente a ela, puxando um pouco o jeans pelo joelho direito para acomodar melhor a coxa dolorida. "qual é, você não vai me fazer levantar daqui de verdade, vai?" esticou a perna, pousando o calcanhar no chão ao lado da cadeira para expor o machucado — um gesto simbólico, já que não havia nenhuma ferida visível. o dano estava no latejar suave que começava na parte superior da coxa e, talvez mais ainda, em seu ego, depois de ter sido totalmente obliterado por um adolescente em um brinquedo de parque. "piedade, por favor, acabei de perder toda a minha dignidade no carrinho bate-bate."
logo de manhãzinha camila se deliciava com mais um - e esse já era o quarto, ou quinto- muffin cafeinado que experimentava. poderia ser considerada adicta aos olhos dos demais, principalmente quando a embalagem indicava explicitamente para não se comer mais de dois, mas para ela não era o suficiente. implorou de mãos juntas ao pé da fila de bolinhos, esperançosa de que os atendentes não notariam a sua presença e exagerada recorrência, mas em uma cidade como aquela era difícil dizer que alguém não conhecia camila. em partes por se infiltrar em todo e qualquer subgrupo que a trouxesse um pouquinho mais de alegria pra vida, e que lhe tirasse por algumas horas da casa dos pais, mas também por ter praticamente nascido no local e se familiarizar até com as conchinhas que brotavam do chão, o que nem sempre era bem visto, mas voltando para o que importa: os muffins. com a ponta dos dedos ligeiramente lambuzadas e um sorriso brincando nos lábios ela voltou a se sentar na mesinha de madeira que acompanhava a barraquinha. sozinha, mas não por muito tempo, até notar a presença de uma figura se aproximando o que a fez retirar rapidamente as pernas do outro assento. “ops, não, não está ocupado, desculpa! não vi você se aproximando. eu tava concentrada em… caramba como isso aqui é delicioso, não é possível que seja legal. pode sentar, caso eu não possa pedir por outro você pede em meu nome.” devia ter olhado quem era antes de se dispor a falar, mas sua atenção estava voltada para o doce.
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𝑊𝐴𝑁𝑇𝐸𝐷. ╱ abaixo do corte tem uma lista (em construção) de conexões envolvendo o eli que eu gostaria de desenvolver. todas são rascunhos, a gente sempre pode ajustar pra fazer encaixar melhor, se for o caso <3
nome. elijah nao.
idade. 33 anos.
data de nascimento. 23 de setembro de 1991.
personalidade. entp / 4w3.
ocupação. fazendeiro e faz-tudo no roll & bowl.
gênero. homem cis.
sexualidade. bissexual.
01 — the world goes quiet (m/f/nb). elijah e MUSE compartilham um entendimento mudo, e é difícil precisar quando ou como iniciou. MUSE não o julga, mas está sempre observando, quase como se estivesse esperando que ele se abrisse, gentilmente e em silêncio, e ele não sabe direito como agir ao ser enxergado daquela maneira. os dois carregam seus próprios fantasmas, e tem algo em não estar sozinho com isso que é, ao mesmo tempo, inquietante e reconfortante.
02 — house of mirrors (m/f/nb). a relação desses dois é estranha. MUSE é o tipo de pessoa que se aproxima como se já tivesse todas respostas, mas há uma estranheza na maneira como observa elijah, como se estivesse tentando juntar peças de um quebra-cabeça. tem uma atração inegável entre os dois, contida por uma resistência teimosa; ambos se desafiam a ver o outro como é, mas, ao mesmo tempo, não querem confrontar o que poderiam revelar de si mesmos. em algum lugar nesse jogo de espelhos, talvez haja mais verdade do que eles estão dispostos a suportar.
03 — i think i'm in trouble (m/f/nb, pode ser lida de forma platônica ou como o prelúdio de algo mais). de algum jeito, MUSE sabe como elijah conseguiu a fazenda, e o fato de nunca ter tentado usar isso contra ele é quase pior que uma ameaça explícita. MUSE observa eli com uma calma desconcertante, como se estivesse esperando que ele se entregasse ou que desse algum indício do peso que carrega. não conseguir enxergar os motivos reais de MUSE enlouquece eli, e os mantém constantemente nesse círculo de tensão.
04 — bloodsport (m/f/nb). MUSE entende, talvez melhor do que qualquer outra pessoa, as contradições e turbulências da mesma fé em que elijah um dia tentou caber. sabe também que, por mais esforço que os dois façam, nunca vão arrancar todas as farpas das palavras que recitaram com os joelhos em um banco por tanto tempo. nenhum deles sabe como preencher o vazio, mas talvez possam ajudar um ao outro.
05 — summer sun (m/f/nb). MUSE se inseriu na rotina de elijah sem pedir permissão. mesmo sendo fora do seu caminho, insiste em ir até a fazenda ao invés de comprar os pêssegos do mercado ou na feira, como qualquer outra pessoa, e essas visitas, quase sempre, acabam se tornando tardes inteiras sob o sol ou com os pés na água. MUSE tem uma energia fresca, quase sempre tentando engatar alguma conversa idealista sobre o estado do mundo. ainda que essa amizade tenha entrado em sua vida sem bater na porta, algo na presença de MUSE ajuda a suavizar os dias de elijah.
bônus. bases de conexões que podem ser expandidas.
ouvintes do programa de rádio clandestino do eli, o after-hour afterglow — billie jean hakness.
clientes pra quem o eli faz entregas rotineiras ou esporádicas — moira rhodes.
amigos de infância (pode ter conotações boas ou ruins no contexto atual).
frenemies e/ou amizades improváveis.
algum original com um segredo podre, que o eli possa chantagear pra tentar sair do acordo dele com o figurão pra quem ele deve dinheiro.
bar buddies.
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marty scorsese cosmic guilt tuesday everyone give it up for marty scorsese cosmic guilt tuesday
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Andrea Gibson, The Madness Vase
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you know it will always just be me
lying is the most fun a girl can have without taking her clothes off // panic! at the disco
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House of Wolves // My Chemical Romance
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inside the apartment Julian and Albert shared in New York in the early 2000s.
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𝑎𝑓𝑡𝑒𝑟ℎ𝑜𝑢𝑟 𝑎𝑓𝑡𝑒𝑟𝑔𝑙𝑜𝑤. ╱ parece que vi um OUTSIDER pela orla da praia! de acordo com as pesquisas, ELIJAH NAO é FAZENDEIRO E FUNCIONÁRIO DO ROLL & BOWL de 33 ANOS e os moradores costumam o confundir com CHAI HANSEN. tem fama de ser CARISMÁTICO por seu grupo, mas as más línguas dizem que é EVASIVO. de qualquer forma, não deixe que descubram que ELI esconde que COMPROU A FAZENDA PEQUENA ONDE CULTIVA E VENDE PÊSSEGOS POR UMA PECHINCHA EM TROCA DA SUA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PARA UM TRAFICANTE LOCAL.
THE BASIC INFO.
nome. elijah nao.
idade. 33 anos.
data de nascimento. 23 de setembro de 1991.
personalidade. entp / 4w3.
ocupação. fazendeiro e faz-tudo no roll & bowl.
gênero. homem cis.
sexualidade. bissexual.
THE BACKGROUND.
nascido em uma família de pastores e devotos, eli cresceu em um ambiente de austeridade conformada, um terreno fértil para a obediência. por algum tempo, tentou entalhar seu lugar entre os rituais e as expectativas inalcan��áveis, mas a adolescência fez um corte limpo no cordão umbilical metafórico que o mantinha preso àquela fé, que desde sempre havia lhe cabido tão bem quanto o terno de segunda mão que usava aos domingos. a deserção foi acolhida exatamente como era de se prever, e até hoje a família é um tópico sensível — um buraco costurado com pontos tortos.
apesar disso, o exílio auto-infligido não é exatamente um castigo. dono de uma pequena fazenda na ilha, eli genuinamente gosta da rotina de cuidar do pomar de pêssegos, tirando uma renda modesta da venda deles nos mercados menores da região. nos finais de tarde, no quartinho que fica nos fundos da propriedade, opera como hobby uma rádio anônima que apelidou carinhosamente de after-hour afterglow, com uma seleção diária de soft rock dos anos 70 e 80 e uma pitada de folk. vez ou outra, para quem quer esteja ouvindo em algum lugar de venetta, divide uns poucos pensamentos despretensiosos que só combinam com aquela hora lânguida entre o dia e a noite.
talvez a autenticidade sem remorso seja a característica mais perceptível de eli, talvez seja o bigode. tem um forte senso de independência e uma mente muito aberta. mesmo assim, se você prestar um pouco de atenção, vai conseguir enxergar algo denso nele, uma melancolia adquirida cedo demais que ele ainda não descobriu como parar de carregar.
ainda que pareça, elijah não é um livro totalmente aberto. quando a oportunidade de comprar a fazenda por uma pechincha surgiu, pareceu bom demais para ser verdade. o sobrenome do antigo proprietário tinha peso em venetta, e eli estava desesperado o suficiente para acatar os termos do acordo; pagaria quase nada pela fazenda como entrada e, em troca, faria entregas esporádicas de drogas até que o restante do valor fosse quitado.
#venetta:intro#g’day !! essa é a TERCEIRA vez que crio uma conta pro eli porque esse site é um opressor sabotador safado#o bigodudo é o elijah#eu sou a namu <3
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Chai Hansen as Tim Ahern in The Newsreader (2021– )
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