Tumgik
theworldofarcadia · 5 years
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Morte e Vida
Tirando toda a caracterização e fantasia, chego num ponto onde não tem mais como fugir. A muito me utilizo da figura de linguagem para estabelecer um conto e uma narrativa poética que possa servir de eufemismo para a realidade. É como se, nessa quebra da quarta parede, eu estivesse traindo minha própria narrativa. Eu fui uma tola e escrava da minha própria criação - em todos os amplos sentidos que esta palavra possa vir a oferecer.
Diante do alívio cômico da minha própria personalidade e dentro de toda minha arrogância, existe eu - e esse Eu, poucos conhecem. Portanto, não me pego desprevinida quando todos, assim como eu, achar tudo isso uma narrativa fadada ao fracasso. Entretanto, não me importo com tais convicções. Na realidade, sempre me usufruí e fui bastante confortável com isso. Esses relatos não é por medo da recepção, tampouco por infortunío. É uma questão em, o então já citado Eu, necessita de observação constante, pelo próprio Eu. Então chegamos onde eu quero pontuar: esse fascínio pelo próprio fardo e empirismo evidente. Tudo caminhou para que eu me tornasse alguém assim. E quando digo alguém, também falo em todos os sentidos que a palavra possa vir a oferecer. Aquém do esperado, com palavras tortas, vírgulas mal colocadas e uma súbita tendência a depreciação, me conformo.
Tudo é vaidade, e o arcano sem nome deve, algum dia, cumprir seu papel. E eu estou pronta para cumprir com o meu. Digo isso, porque sei, eu sempre o vi pelo canto dos meus olhos e em vários momentos quis cumprimenta-lo, mas, por algum motivo, me fora digo e sinalizado que não era a hora. E eu anseio por esta hora, porque saberei para que vim e por que vim. E meu veredito é este, nada pode ser mudado. Não mais. Foram primaveras completadas e preciso de conhecimento, por isso é necessário.
Nessa ofegante corrida, em todo o significado desta canção, digo que estou cansada - e que por favor,  me deixem descansar. Não me importo se o ceifador vier. Eu sei voar, mas estou fascinada em cair.
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theworldofarcadia · 5 years
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theworldofarcadia · 5 years
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theworldofarcadia · 5 years
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sinfonia em azul
no tocar dessa sinfonia, escuto sons que, unidos doam dor, amor, alegrias, mil e um outros sentimentos. tem dias que encontro-me sem falas, nem escritas, uma amadora.
da minha percepção, não sou boa em transmitir meus 'argumentos'. então pouco falo, tento trasmitir de algum modo - mas quase sempre falho.
quando tudo fica silencioso, e as vozes ressoam, eu escrevo. em palavras desejo expressar meu afeto, um pouco do meu pensamento caótico que às vezes deixo afetar quem dentro de mim habita.
em versos quebrados falo de sentires que não entendo, mas que grito e ecoam em toques bruscos e outrora leves, vezes dramáticos, mas sempre com um bom sentimento - e ainda que eu não tenha aprendido a me censurar, sequer quero tentar. toda noite é uma batalha que preciso ganhar.
talvez seja prepotência ou uma bossal tentando se poetizar, mas sei que desse azul farei uma orquestra, de tal sinfonia diversos significados ei de criar - um dia, quem sabe... por hora, eu quero apenas chorar e é nessa singular sinfonia que estou a morar.. - Lily Diamantis
Symphony in Blue: A faixa, junto do poema que acompanha, faz uma referência a uma sinfonia em azu que, retirando da metáfora, fala em poucos versos sobre o sentimento de solidão e tristeza, acompanhado de uma clara barreira sobre como extravasar esses sentimentos. Sem uma perspectiva muito positiva acerca do assunto, a canção fala sobre apreciar o momento que a autora do poema está vivenciando. A ‘mensagem’ principal é de que a dor precisa ser sentida. Como dito no primeiro texto, só podemos escrever com primor sobre aquilo que vivenciamos. 
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theworldofarcadia · 5 years
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The Garden Of Death
‘Eu sempre fui uma covarde, mas estou disposta a ir para casa’.
Lembro-me de como todo esse conto começou: eu era apenas uma mulher, tentando desbravar o mundo que me foi dado, e por tamanha audácia, vi também findar a utopia que outrora acreditava – digo, ao menos eu fingia. E fazia isso tão fielmente que me assustei quando me foi retirado o véu. Para ser sincera, acredito que com o passar dos anos, pude compreender o que de fato acontecera comigo. É, eu sei, parti de um novo começo, mas se fomos analisar, sempre fora premeditado o mesmo fim. Eu não fui a primeira, não serei a última e, também posso afirmar que, este sempre será um ciclo sem fim. Arcadia desde o princípio foi um espaço para poetas. Dito isso, só conseguimos escrever com primor aquilo que vivenciamos, do contrário são apenas palavras jogadas ao vento. E acredite, cada palavra dita um dia terá de ser explicada. Hoje, percebo como fui tola em me colocar numa posição de inclemência em tudo que vivi e vi.
Vejo-me agora, numa situação de eterna dúvida, penso: que línguas poderiam existir e qual a complexidade dentro de um espaço em que todos vivem de uma forma diversa a minha? Acredito que, quando caímos em desgraça, também possamos cair em graça. A morte do ego também é uma clara referência da desintegração de nossa própria figura – mas essa desintegração de nossa figura, combinada com a morte do ego, é necessária para que possamos entender do que estamos a falar verdadeiramente. Ora, do que estava eu a desbravar se minha visão era tão limitada? O fato é que, vi minha imagem se desintegrar, e me transformei em tudo – e ao mesmo tempo em nada. Foi libertador poder me enxergar depois que desliguei a lanterna da culpa. Me fui jogada na sorte, e a carta que me escolheu foi o arcano da morte, tecendo os fios da vida sem medo da partida. A vaidade da vida faz de nós cegos para a beleza da morte, sequer notamos que estamos num ciclo, de morte e vida, uma dualidade intrigante que tem como obrigação manter o equilíbrio num turbilhão de caos diário.
Essa história nunca será contada por bardos – digo, talvez, um dia. Mas será uma farsa. Este não é um conto heroico, e apesar de tais palavras, é muito simplório. E ainda que eu queira não posso mudar nada do que já se passou. Minha expectativa do futuro é apenas uma fantasia, que só poderei perceber se esta virou realidade ou não quando fizer reflexões como essa, visitando o meu passado. Meu presente é um embaralhado de ideias e fadas no meu inconsciente, fazendo-me acreditar que tenho poder sobre minha mente. Você sabe que minhas palavras são universais, então abrace-a e faça dela sua. Eu sempre fui uma covarde, mas estou disposta a ir para casa. Minha mente é meu santuário. Arcadia sempre será um lugar para poetas, de todos os tipos. Mas, antes: de quem realmente estamos a falar?
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theworldofarcadia · 5 years
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