thomaswtwt
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25, THANATOS, (EX)R(I)EAPER
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thomaswtwt · 8 months ago
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Thomas refletiu por alguns instantes se deveria acertar Cecile com um soco, porque era o que ele parecia querer receber com toda aquela postura austera e pateticamente suprimida, distante de qualquer estapafúrdia que pudesse rotulá-lo como alguém tão consumido pelos sentimentos quanto o Wentworth era. E, se o filho de Tânatos parasse para pensar, era exatamente isso que o tirava do sério; ver o filho de Hades agindo com tanta tranquilidade e arrogância quando ele próprio era um furacão sem previsão de contenção ou minimização dos desastres por onde passasse. Sendo assim, seu desprezo por Cecile não era exatamente particular, mas por algum motivo, era o mais forte dentre todos os que sentia por outras pessoas. Thoamas só tentava não pensar muito nisso, porque admitir tal coisa seria colocar Cecile em um lugar de importância e relevância muito grande em sua vida.
— Eu com certeza vou fazer muito bom uso de toda a pena que sente de mim, princesa do Submundo. Pode deixar. — Lançou-lhe uma piscadela pouco antes de perceber que, aparentemente, havia atingido um limite de Cecile. Internamente, Thomas estava satisfeito e se sentindo divertido com a situação. Em contrapartida, se ele havia começado a falar, ele terminaria. Por isso, quase imediatamente, o Wentworth agarrou um dos braços dele, forçando o aperto contra a carne de Cecile por baixo daqueles tecidos. Segurava-o de maneira firme, os olhos castanhos ainda mais fixados nele ao que puxava o mais novo num solavanco, para mais perto. Perigosamente perto, mas ainda assim... Não estava mais brincando e nem sendo sarcástico. Estava falando sério agora. — Não. Você fica aqui até me explicar sobre o que estava falando. No que quer me enfiar? Não que eu confie em você, mas agora me deixou curioso. — Então puxou-o mais um pouco, agora sentindo seu próprio peito contra a lateral do ombro de Cecile por conta do puxão, olhando-o de poucos centímetros acima. — Queria minha atenção, agora tem. Vai em frente. Sou todo ouvidos se me disser algo que vale à pena.
As palavras de Cecile arrancaram um sorriso perigosamente divertido de Thomas; um que vinha do mesmo lugar de quando, em sua função como Ceifador, acabava encontrando almas que resistiam à morte ou tentavam fugir de alguma forma, forçando-o a soar mais como um caçador do que alguém apenas executando sua função, simplesmente porque Tânatos era o deus da morte pacífica; ele, não. Sangue tendia a atraí-lo mais do que qualquer coisa, então se poderia descontar sua raiva e frustração em algo que estivesse se debatendo... Por que não? E Cecile soava, agora, como uma dessas almas que tentava se dispersar, atônita, negando e refutando o incontestável. No caso, o fato de que estava sozinho, entregue à própria sorte como semideus e não valia mais muita coisa no tempo atual ap��s tanto tempo no Lótus. — Eu acho que você tenta bancar essa pose toda justamente porque já passou da fase que é mais frágil do que eu, Cecile: você já tá quebrado. Sem uma família, sem ninguém que te ame ou te ature a não ser por interesse, porque temos vários lambe-botas dos Três Grandes por aqui. — Negou com a cabeça, sustentando o sorrisinho ladino; os sentimentos nunca seriam algo do qual Thomas se envergonharia, então apesar de meio reflexivo por alguns instantes, não se deixou abater; na verdade, aproximou-se em mais alguns passos de Cecile. Um pouco mais perto, perto demais, só para aproximar mais seus rostos e olhá-lo diretamente nos olhos. — A pena das pessoas não é o que me interessa, prefiro a arrogância de gente como você. Cuspindo veneno só porque não aguenta ter ele lá dentro, te corroendo, te fazendo pensar demais, né? Pelo jeito você é o mais patético entre nós, boneca. E meus aliados me são úteis, mas não dependo deles pra ser alguma coisa mínima na vida como você, simplesmente esquecido naquele cassino e precisando de alguma relevância agora pra não ser esquecido de novo. Por que foi que você saiu mesmo, afinal? — Os olhos se estreitaram antes da pergunta que veio no fim. Thomas era naturalmente curioso, então acabou por endireitar a postura, afastando-se um pouco do rosto de Cecile. — Essa eu quero ver. O que alguém que não tem nada na vida, como vossa senhoria, teria a me oferecer? Tenho que te adiantar que não vai me comprar se ajoelhando ou dando pra mim.
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thomaswtwt · 9 months ago
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thomaswtwt · 9 months ago
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As palavras de Cecile arrancaram um sorriso perigosamente divertido de Thomas; um que vinha do mesmo lugar de quando, em sua função como Ceifador, acabava encontrando almas que resistiam à morte ou tentavam fugir de alguma forma, forçando-o a soar mais como um caçador do que alguém apenas executando sua função, simplesmente porque Tânatos era o deus da morte pacífica; ele, não. Sangue tendia a atraí-lo mais do que qualquer coisa, então se poderia descontar sua raiva e frustração em algo que estivesse se debatendo... Por que não? E Cecile soava, agora, como uma dessas almas que tentava se dispersar, atônita, negando e refutando o incontestável. No caso, o fato de que estava sozinho, entregue à própria sorte como semideus e não valia mais muita coisa no tempo atual após tanto tempo no Lótus. — Eu acho que você tenta bancar essa pose toda justamente porque já passou da fase que é mais frágil do que eu, Cecile: você já tá quebrado. Sem uma família, sem ninguém que te ame ou te ature a não ser por interesse, porque temos vários lambe-botas dos Três Grandes por aqui. — Negou com a cabeça, sustentando o sorrisinho ladino; os sentimentos nunca seriam algo do qual Thomas se envergonharia, então apesar de meio reflexivo por alguns instantes, não se deixou abater; na verdade, aproximou-se em mais alguns passos de Cecile. Um pouco mais perto, perto demais, só para aproximar mais seus rostos e olhá-lo diretamente nos olhos. — A pena das pessoas não é o que me interessa, prefiro a arrogância de gente como você. Cuspindo veneno só porque não aguenta ter ele lá dentro, te corroendo, te fazendo pensar demais, né? Pelo jeito você é o mais patético entre nós, boneca. E meus aliados me são úteis, mas não dependo deles pra ser alguma coisa mínima na vida como você, simplesmente esquecido naquele cassino e precisando de alguma relevância agora pra não ser esquecido de novo. Por que foi que você saiu mesmo, afinal? — Os olhos se estreitaram antes da pergunta que veio no fim. Thomas era naturalmente curioso, então acabou por endireitar a postura, afastando-se um pouco do rosto de Cecile. — Essa eu quero ver. O que alguém que não tem nada na vida, como vossa senhoria, teria a me oferecer? Tenho que te adiantar que não vai me comprar se ajoelhando ou dando pra mim.
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﹡ㅤㅤflashback ㅤ⸻ㅤ antes da desgraça acontecer.
Cecile não pôde evitar encará-lo torto, reagindo como se Wentworth tivesse acabado de dizer a maior estupidez que ele já ouviu na vida. Nunca o tinha visto daquele jeito, tão manso e desmunido de esperanças. Não combinava nada com ele. Era como ver uma fogueira apagada. “Onde você quer chegar com isso?” Quando Thomas se aproximou, o Grimm-Pitch cruzou os braços na frente do corpo, já impaciente em vê-lo dar tantas voltas desnecessárias para ocultar as verdadeiras intenções por trás daquela conversinha mole. Não era ingênuo a ponto de pensar que o filho de Tânatos estava genuinamente preocupado com ele, é claro. Cecile odiava perder tempo com joguinhos. Preferia quando Wentworth usava sua face de demônio de uma vez, pois ao menos era uma parte verdadeira. Por isso, quando as coisas começaram a fazer sentido e o véu daquela mansidão esquisita que Thomas se deu ao trabalho de fingir caiu, um sorrisinho cínico se ergueu no canto dos lábios do filho de Hades, que soltou um ar de escárnio pelo nariz, levando as palavras ásperas como uma pequena conquista particular. Cecile não se surpreendia por Thomas parecer um cão assustado, indeciso quanto a se devia baixar a cabeça ou mostrar os dentes. Homens dessa geração vinham com esse problema ⸺ precisavam de alguém para guiá-los pela coleira. Era uma pena. “Wentworth, entenda uma coisa: eu não sou frágil como você. Francamente, você acha que sair por aí lambendo as botas de todo mundo é alguma vantagem? Não minta para si mesmo imaginando que isso tem alguma razão além de sua extrema carência.” Ele deu um passo à frente, encurtando novamente a distância que Wentworth não havia sustentado por muito tempo. “Você pensa que só porque não perco tempo brincando de casinha como você faz, não tenho aliados? Tenho mais aliados do que amigos, pois são mais úteis para mim. Posso contar com pessoas que eu sequer gosto, mas e quanto a você? O que tem além disso?”, questionou, erguendo uma das sobrancelhas. Ele ignorou o cheiro do cigarro, os olhos escuros passando a encará-lo com uma frieza feroz, sustentando o olhar crítico para a figura detestável à sua frente. Era muita petulância da parte de Thomas julgá-lo estando numa posição tão decadente. “Está fazendo alguma coisa além de perder tempo trocando saliva e chorando no ombro alheio por aí? Vou te dizer uma coisa: conquistar a pena das pessoas não é o bastante. Não é só meu pai que está desaparecido aqui.” Provavelmente não deveria estar denunciando que reparava na forma que o filho de Tânatos perdia seu tempo com o enredo patético de sua vidinha medíocre por aí, mas Thomas havia cutucado um pouco mais que o ego: ele trouxe à tona o incômodo e a incerteza que tanto perturbavam Cecile ultimamente. Não precisava de mais uma dose disso. “Quer fazer alguma coisa além de ficar perdendo tempo? Dou uma utilidade a você, se estiver disposto.”
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thomaswtwt · 9 months ago
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Thomas não pôde evitar uma gargalhada. Leve e sem muito filtro como costumava acontecer quando estava na presença de amigos como Niamh; a cabeça tombando pra trás, o queixo se projetando pra frente e os cachos que ela havia citado, balançando no movimento. Após o momento de divertimento explícito, voltou a olhá-la, ainda com a mão sobre a região em que apertava anteriormente, mas só por mais alguns instantes antes de recuar de vez com o toque. Ele também odiava cócegas, então não continuaria com aquilo mesmo que fosse apenas para atormentar a filha de Baco. — Ok, eu acho que pagaria pra ver isso. Você dando ordens e sendo a Niamh do mal. E sim, precisa me xingar e tudo. Pelos deuses, Niamh, ser filha de Baco não te deu criatividade pra essas coisas? Eu que sou de Tânatos, mais passado, tenho um arsenal considerável. Esperava mais de você. — Brincou, o tom divertido ainda nítido e os olhos voltando a brilhar. O pensamento na ex-namorada deixando de incomodá-lo, finalmente. — Se você não deduziu isso antes, então ou eu estou me comportando muito perto de você ou você só nunca esperou esse tipo de coisa de mim mesmo. E não te culpo. Esse rostinho aqui já conseguiu convencer muita gente a fazer muita coisa. — Gabou-se um pouquinho, apontando então para o próprio queixo. No fim das contas, Thomas nem se achava tão bonito assim, só estava reproduzindo aquilo para implicar mesmo. — E eu poderia te dar umas lições sobre como atiçar alguém, principalmente porque a senhorita está de saia, mas eu acho que prefiro te chamar pra ver o pessoal tomando um tombo lá da parede de escalada. — Suspirou, finalmente colocando-se em pé, recuperando a taça vazia que havia deixado de lado. — Vem comigo?
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⋆。𖦹°⭒˚。⋆ as mãos pararam com as carícias que faziam e ela encarou ele por alguns segundos. tipo o exército, pensou, mas não falou. niamh conhecia thomas, sabia que isso era importante pra caralho para ele, então não ia soltar nenhuma piada engraçadinha ou alguma frase irritante para arrancar um sorrisos. mas ficou um pouco triste por antecipação, algo muito pequeno e muito rápido. uma chateação, talvez fosse uma forma melhor de descrever o que sentiu. mas o sorriso tirou completamente essa pequena chateação, não duvidava que fosse verdade, mas também duvidava muito que ele tinha dito isso por termos de curiosidade, então estreitou os olhos um pouco, aquela expressão de quem brincava que iria o matá-lo por isso. — então é desse tipo de coisa que 'cê curte? eu vou ter que reunir aqui um pouco de niamh do mal para fazer isso, mas só com a certeza de um juramento. cinco tapas selam? ou tem que xingar também? cara, sou horrível com essas coisas, meus xingamentos são completamente naturais, eles surgem do fundo do meu peito. — colocou a palma no próprio peitoril, a região onde ficava o coração, mas riu logo em seguida. não só porque era engraçado, mas porque sentia o incomodar sutil das cócegas que explodia em riso e fazia ela de forma instantânea tentar tirar a mão dele dali. — porra, vey, eu sinto cosca, eu vou te beliscar. — apontou para ele, arriscando uma expressão séria, mas rindo logo em seguida. mesmo que fosse uma brincadeira, ela beliscou de leve na região das costelas dele, como quem dizia que mantinha sua palavra. — mas capaz de você gostar, né? nossa, cara, eu devia ter adivinhado que você é desses, 'tava na minha cara. eu não sou de fazer isso um inferno pessoal, você sabe, mas vai ficar um pouco difícil para mim te atiçar agora porque sou naturalmente um amor de pessoa e irresistível, né. — sorriu para ele. ela gostava muito mais desse ar leve, sem tristeza e ver um sorriso genuíno no rosto dele. combinava.
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thomaswtwt · 9 months ago
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FLASHBACK
Thomas aceitou o convite direto, mantendo a atenção voltada para Elsa. Sequer conseguia conceber a ideia de possuir um cargo tão alto como o de pretor, então, com frequência, pensava na situação da Arkins e em como deveria ser para ela lidar com aquela loucura toda do Júpiter. Nada que ele fosse capaz de explicitar em voz alta, já que conhecia o temperamento da outra e não desejava pagar para receber alguma resposta mais atravessada sem maiores avisos. Não naquela noite, pelo menos. — Era só uma metáfora, mas tudo bem. Sorte a minha que não sou o cara mais rico do mundo, então. — Nem daquele Acampamento era, na verdade, já que mesmo que os Wentworth tivessem lá alguma influência, dinheiro não era o principal atributo deles, nem de longe, por mais que a corrupção vez ou outra batesse à porta de alguns de seus tios. — Depende do sonho. — Respondeu de pronto enquanto dava de ombros, pensando em onde aquele pensamento iria desembocar. Até que fez sinal para Elsa, apontando com o polegar por cima do próprio ombro. — Estão indo melhores do que eu previa. Meu pai apareceu pra mim, então acho que estou menos preocupado em relação ao submundo agora. — Respondeu antes de efetivamente explicar para o que estava apontando. — Seja como for... Eu passei aqui só pra saber se você quer se juntar a mim na pista de dança. Eu tava de passagem, seria bom ter uma companhia, mas não quero te atrapalhar.
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o cigarro aceso entre os dedos deixava óbvio não estava se importando muito com a atmosfera ao redor. Depois de atirar em algumas coisas em alguma barraca próxima, o tédio veio a seguir e a fez ir para um lugar quieto em que pelo menos podia ficar em paz. Foi aí que ela se encontrou perto da fogueira e sentada perto enquanto olhava para frente sem se importar com thomas se aproximando. Que porra aquele garoto queria agora? A nicotina era um vício que estava tentando largar desde quando se lembrava de gente, mas de nada ajudou toda a situação em que se encontra. Não prestou muita atenção no elogio de thomas e apenas acenou para que ele se sentar ao lado dela na fogueira. "Senta aí." Piscou e então apenas quando apagou o cigarro na madeira ela focou sua verdadeira atenção em thomas. "Apenas a sua companhia é o bastante... Eu não posso ser comprada, thomas. Mesmo que você seja o homem mais rico do mundo." seu tom era sarcástico e quase medíocre. Mas moveu os ombros como quem não se importava muito com a resposta que ele iria dar. "Você acredita que sonhos tem significado?" questionou à thomas, olhando para ele. "Mensagens do inconsciente ou aviso ou algo assim." engoliu sua própria saliva e desviou o olhar. "Tenho tido uns sonhos esquisitos, me fizeram lembrar dessa teoria." olhou pro seu próprio colo e suspirou. Quem ela estava querendo enganar? Faz tanto tempo que ela não sentia nada ou sentiu alguma coisa e agora estava desabafando um sonho estúpido que ela teve ontem a noite. "Desculpa. Nem deveria ter falado isso, eu nem sei o motivo do qual eu estou deixando você ficar aqui em primeiro lugar." ela riu pra si mesma, quase como se tivesse rindo da situação em que estava. Ela olhou por um momento para thomas. "Como está indo as coisas? Alguma novidade?" tentou puxar assunto e deixar isso pra lá.
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thomaswtwt · 9 months ago
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Ele poderia ter dito que assinaria o trato envolvendo o chocolate belga ou que um jantar na Tiffany's não era algo que ele considerasse caro, mas no momento seguinte estava recuperando-se da leve confusão por conta do álcool e voltando a olhar para Niamh porque a jupiteriana havia puxado sua atenção de volta para ela, literalmente. Quando isso aconteceu, uma parte de Thomas recebeu as palavras da amiga com atenção e genuína diversão, mas uma parte de si também o alertava sobre maiores riscos: estava voltando para o lugar perigoso de se deixar envolver pelos sentimentos de impulsividade e repentes intensamente catastróficos quando estava apaixonado. O beijo súbito na filha de Baco havia sido um indicador disso. E se ele retornasse para aquele lugar tão difícil de manter e controlar, distanciaria-se outra vez de sua função como Ceifador ou um semideus minimamente competente. E era isso que tanto o atormentava, mas também não era assunto para uma festa. — Você sabe que faz parte do ritual de ingresso dos Ceifadores, raspar o cabelo, não sabe? Então quando eu voltar à equipe, não poderei manter essa promessa. Eu sinto muito, Niamh. — Atormentou enquanto abria um sorriso de lado, apenas pelo prazer de perturbá-la mais um pouquinho. Até que sentiu os lábios dela nos seus outra vez, o que lhe gerou um arrepio breve agora por ter sido a contraparte dela a tomar a iniciativa. Na verdade, os toques de Niamh, em geral, agitavam demais Thomas e ele sabia que o efeito poderia ser pior se não fosse por sua essência atrelada ao deus da morte. — Se você disser isso com um tom um pouco mais firme e ameaçar me dar uns tapas, eu posso pensar em levantar juramento. — Brincou enquanto o toque na coxa dela subia só um pouquinho, mas para deixar um apertão daqueles que usa pra testar as cócegas de alguém naquela altura das pernas.
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⋆。𖦹°⭒˚。⋆ o ambiente leve, confortável e toda a energia que vem das festividades contagia niamh de uma forma quase extraordinária. é difícil de explicar, mas é doce no seu paladar. — um pouco mais que isso? saiba que eu posso incrementar mais meu elogio, só me dar um shot de licor de laranja. — cutucou o braço dele com o cotovelo, um sorriso se formando nos lábios com as carícias e caramba ela é uma pessoa completamente aberta a toques, qualquer tipo de toque carinhoso fisga sua atenção completa e cria uma intimidade surreal quando se trata de niamh. riu com aquilo, mas tem que admitir, só se eles viajassem para o outro acampamento e pedissem. e, mesmo que amasse seus amigos do meio sangue, ela odeia viagens longas e 48h não é pra ela mesmo. odeia até de ônibus, imagina no meio do mato sem repelente de monstro? — uma barra de chocolate belga... uma meio amargo pra eu fazer chocolate quente quando o frio chegar, pode ser? se apertar minha mão é um trato de vida, hein? — a palma da mão estava perto de seu corpo para insinuar o aperto. mesmo que brincasse, não é como se fosse cobrar dele pro resto da vida. ou sim... — se a princesa fosse você eu toparia a missão. mas terraço de uma tiffany's? qual é, isso parece caro. me leva pra um panda express, eu mataria por um frango teriyaki com arroz frito. — ela gesticulava o tanto que insinuava isso. de volta a sua vida humana ela não se enjoava de uma vida confortável, sutilmente luxuosa, mas não era pra ela ainda, o gosto de pérola nunca foi bom na boca de quem quebra quartzo de pedra. os ombros caem um pouco quando o ar parece mudar, mesmo que ela se sinta confortada pelo carinho no joelho, não consegue deixar de virar o rosto para thomas após ele falar, ambas as mãos nas laterais do seu rosto e puxando um pouco a sua visão. — ei, não precisa pedir desculpas. você não me usou nem nada do tipo, bobo. para de pensar nisso, em coisas pra baixo. você é meu amigo e com toda certeza me beijar do nada fica longe de ultrapassar meus limites. escutou? relaxa, eu te conheço. — ela dizia enquanto olhava para ele e sempre com aquele olhar calmo e compassivo. não podia deixar de ter, aproximando o rosto para beijar a testa dele mas ainda não tirando as mãos porque ela estava acariciando seu cabelo. — não deixa ninguém alisar teu cabelo, thomas, ele é lindo. e também não corta. se alisar eu vou te matar, eu vou mesmo. isso sim é passar dos limites, bobo. — brincou e, mesmo que não achasse que precisasse, ela ainda sentiu esse ímpeto de selar os lábios novamente, mesmo que rápido, apenas porque quis.
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thomaswtwt · 9 months ago
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Thomas havia acabado de finalizar sua refeição junto dos irmãos, também discutindo alguns assuntos pertinentes ao chalé, por isso estava quase deixando o pavilhão como os outros membros do mausoléu de Tânatos haviam feito, quando escutou as palavras confusas, dúbias, sendo dirigidas a ele. Nada que fosse capaz de surpreendê-lo, entretanto: o Wentworth era submetido, com frequência, a relatos inconclusivos sobre sua pessoa quando lidava com a questão sentimental de algumas mulheres do Meio-Sangue, da mesma forma que tinha de ouvir pareceres confusos e até mentirosos de outros semideuses simplesmente porque não iam com a cara dele. E chegou a pensar que poderia ser este o caso, se não fosse pela silhueta feminina que lhe dirigia aqueles absurdos todos.
— Bom dia para você também, Kesha em 2010. Como vai a madame? — Felizmente, Thomas sabia agir com naturalidade diante daquele tipo de coisa. Sobretudo porque sua mãe, antes de ser compulsoriamente submetida à clínica psiquiátrica, tinha quase o mesmo comportamento errante. E seu plano era ignorar a cria de Zeus, principalmente quando ouviu sobre ser a vadia de alguém; o termo era tão subjetivo para o Wentworth, que mesmo achando graça disso, continuou evitando contato visual, mas pensava com seus botões em como Ofélia lhe rendia algum divertimento àquela altura.
Até escutar os absurdos seguintes.
— Os céus não me são úteis, senhorita, mesmo que as criaturas que o Anjo da Morte me deu também possam voar. Lá é lugar pra gente indecente e sem caráter. Mais ou menos igual ao seu pai. E também com a mente aérea e meio vazia, como parece ser seu caso. — Só aí é que Thomas ergueu o olhar na direção de Ofélia. Um que normalmente não dava, já que apesar do comportamento meio impulsivo e instável na maioria das vezes, era difícil que Thomas se sentisse realmente irritado com alguém em específico. A filha de Zeus havia tirado a sorte grande. Ou não. E seu olhar sinalizava isso. Uma advertência silente que precedia uma erupção de sarcasmo e comentários igualmente afiados. — Com exceção do seu amigo de época, de mente fechada e competência duvidosa, Cecile, o chalé de Hades me é mais conveniente justamente porque pertencemos ao mesmo domínio e vimos como o submundo pode ser muito mais interessante do que ondas poluídas pelos seres humanos ou céus manchados pela arrogância do seu pai. — Meneou a cabeça enquanto falava, uma das facas ali dispostas, sendo empunhada e usada para apontar de volta para Ofélia antes de servir para descascar a maçã verde que Thomas tinha em mãos. — Dean e eu somos amigos, não abro as pernas pra ninguém. Mas você pode abrir as suas pra mim qualquer dia desses, eu prometo que te faço aprender tudo o que alguém do nosso século precisa saber. Contanto que esteja com a boca fechada, madame, é claro. — Garantiu com uma seriedade digna de quem estava levando aquela conversa a sério. — E se minha reputação me precede, também deveria saber que deveria ter mais cuidado com o que diz. Você já virou comida de corvos uma vez, não foi? — A indagação era retórica ao que Tom finalmente abria um sorrisinho na direção da Ofélia. — Deveria tomar cuidado para não acabar assim de novo.
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com: @thomaswtwt
onde: pavilhão meio-sangue.
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tw: linguagem inapropriada.
O temperamento de Ofélia é tão afiado quanto a lâmina de uma daga. Seus olhos cor-de-mel estão totalmente despidos da vergonha quando lambem a figura masculina de Thomas Wensworth. O desprezo que carrega é nítido. Mas, então, ela despreza tudo o que respira — e nada a encanta mais que ser desrespeitosa. Com exceção, talvez, por saborear um copo cheio de vinho.
⸻ Você, ⸻ a voz soou grave na atmosfera do pavilhão. Alguns observadores menos discretos sabiam da encrenca que acompanha o timbre, olhando com atenção a jovem dama tomar a cadeira à frente da de Thomas. Uma mesa modesta os separava. ⸻ Eu conheço você. ⸻ não conhecia, não. Ao menos, não do jeito que os amigos do dia a dia se conhecem. ⸻ É a vadia de alguém importante. ⸻ cuspiu, estreitando as pálpebras. ⸻ Bom. Sei que não é a minha. Talvez eu possa arriscar um chute. Sou ótima nessa arte. ⸻ nobres da época de Lady Ofélia educaram a jovem a se comportar de maneira apropriada diante de um homem. Muitas das lições sugeriam que sorrisse. Ela, portanto, sorriu: uma coisinha afiada e obscura, que prometia ao garoto a pior das noites de pesadelo.
Os Três Grandes são o pecado da soberba em forma física. Os filhos, é claro; não seriam muito diferentes da norma. A maçã deve cair perto da árvore, e o veneno ácido de Ofélia tinha a quem puxar ao final do dia. ⸻ O céu lhe detesta, eu garanto. A praia está longe de fazer o seu estilo. Então, suponho, que só resta uma carta... ⸻ apontou, mirando a unha para o centro do peito dele ⸻ Hades. O submundo. Dois filhos. ⸻ constatou, em outras palavras... ⸻ Oh, Pelos Sete Ventos. Dois príncipes aos quais você deve abrir as pernas! Quanto vigor, huh, Wensworth. De fato, sua reputação o precede.
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thomaswtwt · 9 months ago
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QUINTA NOITE
Podia ser um manipulador e controlador de marca maior, mas Thomas também era uma pessoa responsável com seus compromissos e do tipo que zelava pela execução deles. Por isso, mesmo sentindo as dores causadas pela lança e pelos outros ataques de Clarisse, o filho de Tânatos se dirigiu ao posto de encontro que havia combinado com @tremblaycami logo após a agitação na arena. Havia se enrolado em alguns minutos por ter ido trocar de roupa e colocar novamente as que estava usando naquela noite antes da luta, mas agora estava ali, finalizando sua dose de ambrosia gentilmente cedida pela irmã e dando o seu máximo para cumprir com sua palavra. Principalmente porque a garota era do Júpiter e muito provavelmente Thomas não a veria tão cedo assim; então era melhor que aproveitassem aquele lance de cinco noites a todo custo, mesmo que agora o Wentworth tivesse voltado a sangrar. O fluido, aliás, começando a atingir suas vestes pretas também enquanto se aproximava da loira. — Cinco minutos de atraso, perdão. Eu estava meio ocupado, mas... Aqui estou eu. E, se me permite dizer, não estou nem um pouco arrependido de ter vindo até aqui, mesmo que cada parte do meu corpo esteja doendo feito o inferno agora. — Brincou, parando diante de Camille. — Você está maravilhosa. Como em todas as outras noites... E eu só não te chamo pra dançar agora, porque eu sei que estragaria seu vestido. Fico te devendo essa.
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thomaswtwt · 9 months ago
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Moral da história: não beba até cair na noite anterior à sua função como patrulheiro.
Em geral, Thomas era bastante responsável e se esforçava para cumprir com suas obrigações. Entretanto, naquela manhã, quando foi convocado aos berros e um chacoalhão intenso para despertar, ele se arrependeu amargamente de ter dado o nome para a patrulha no início daquela semana. Como poderia ser uma boa ideia patrulhar se estava naquelas condições, vítima das bebidas preparadas por Niamh, as que havia tomado sozinho ou na presença de outros amigos e os músculos levemente fadigados por toda a dança e a coisa envolvendo as ondas de Percy Jackson?
De qualquer forma, ele precisou acatar ao chamado, enfiando-se nas primeiras roupas que encontrou após cumprir sua rotina matinal usual, engolindo a comida e finalmente chegando para cumprir sua parte da patrulha. Sentia-se extremamente letárgico, próximo de se arrastar para assumir seu posto enquanto pensava com seus botões em como era bom ter ido sozinho: um pouco de paz e silêncio em meio à floresta, a calmaria depois de noites agitadas e a mente vagando por aí pelos motivos errados.
Até que aconteceu.
A tranquilidade subitamente sendo entrecortada pela agitação e a violência daquele animal imenso que saiu do nada e foi até lugar nenhum, quase acertando Thomas se não fosse pela forma como o filho de Tânatos se esquivou e conseguiu alguma proteção rápida e básica apenas pelo instante de habilitar suas foices, sem ter tempo nem mesmo para alcançar sua própria mochila e tirar de lá a capa da invisibilidade dada por seu pai. Normalmente, teria recebido a oportunidade com curiosidade e genuína vontade de testar suas habilidades em combate, mas naquela ocasião em específico, Thomas sentiu-se um pouquinho hesitante.
Aquilo era medo?
Fazia sentido se fosse, já que desde que haviam perdido os poderes e as habilidades, toda e qualquer menção a treinamentos deixava o filho de Tânatos bastante ansioso. E se ele não fosse o suficiente? E se voltasse a falhar? Antigamente podia contar com semideuses mais velhos que o haviam instruído, mas agora... Eles estavam mortos e Thomas teria de recuperar o potencial de suas próprias habilidades, sozinho, ao que tudo indicava.
E foi pensando nisso, somando-se à confusão por ainda estar sofrendo com o resquício de álcool no corpo, que sentiu a perfuração na altura das costelas e o pulso, até metade do braço, sendo quebrado, quase triturado pelas patas do javali de Erimanto. A dor lancinante finalmente fazendo-o cair, quase ao mesmo tempo que escutou os outros patrulheiros se aproximando.
@demigodscurse-av
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thomaswtwt · 9 months ago
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ROMANTIC INCLINATIONS. [ BOLD WHAT APPLIES, ITALICIZE IF THERE'S POTENTIAL/IT DEPENDS. CROSS-OUT WHAT NEVER APPLIES. ]
holding hands (in public) · buying flowers · cooking · cuddles · writing a poem / song · holding door open · tying shoe laces · sharing a milkshake with two straws · offering their jacket when it's cold · kissing in the rain · publicly confessing love · long walks at the beach · doing the titanic pose on a boat · taking cute pictures in a photobooth · sharing a taxi / uber · kissing the back of their hand · slow dancing · getting tickets of their favourite artist / sports team / other · introducing them to their parents · lighting candles · flower petals on bed · love letters · star gazing · brushing / doing their hair · picnics · teaching them to play an instrument / sport while gently guiding their hands · compliments · late night drives · taking selfies together · drawing them · self-made gifts · massages · proposing with a family heirloom ring · lending them their favourite book to read · paying for dinner / coffee · mixtapes / playlists · surprise birthday parties · feeding them · handing them keys to their apartment · making space in drawer for their clothes when they stay over · sharing a blanket · couple costumes · tucking a hair strand behind their ear · running after them at the airport / keeping them from leaving · moving cities to be together · blowing a kiss · breakfast in bed · defending them in a fight (verbally / physically) · joint bubble baths · dropping the L-bomb ("i love you") · dedicating a song at the karaoke bar to them · wearing their clothes · yawning before putting an arm around them while watching a movie · grant them the last bite (from meal)
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thomaswtwt · 9 months ago
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Assim que escutou as palavras dela, Thomas abriu um novo sorriso, ainda meio abatido, mas um pouco mais animado do que estava até então. De fato, não era um grande apreciador do pai de Chloe, nem de Zeus e nem de Hades, mas era grato por ter encontrado alguém como ela em meio a toda aquela loucura do Meio-Sangue, independentemente do sangue que carregasse nas veias. Principalmente porque ela era uma das únicas pessoas na vida do Wentworth, atualmente, que não parecia tão focada em julgá-lo ou esperar sempre o pior dele como tendia a acontecer naquele lugar. Então, num gesto de agradecimento, ele deixou um aperto gentil em um dos ombros da amiga, seguido de um beijo rápido em uma das têmporas dela, a que estava do seu lado. — Cuidado é relativo no meu mundo, Chloe. Meu pai me ensinou que a morte deve vir primeiro que a desonra, mas que a vida também tem que ser aproveitada. Então... É. Pode ser. — Sorriu um pouquinho mais na direção dela. — Acho que vamos aproveitar melhor se formos jantar do que ficar aqui esperando que eles reparem que a gente existe. Vem comigo? Posso te levar nas costas, se quiser.
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Flashback ---
— Bem, o ponto positivo, talvez, seja que você já o tinha visto antes. O que ajudou, como você disse. Você conversou com ele? Vi algumas sombras, além das comuns, aonde ele está descansando e apenas. — Às vezes, ela ficava imaginando no que poderia estar acontecendo, visto que aquela parte do acampamento ela não frequentava. Então, a conversa entrou sobre o estado e ela piscou um pouco surpresa com a resposta do outro. — Você está falando sério? Eu sinto muito, e você não precisa exatamente me responder. Só... sabe, no seu tempo mesmo. — Chloe comentou com um olhar confortante em direção ao rapaz. Ela conseguia entender no quesito de não saber o que responder; às vezes, aquela pergunta não possuía uma resposta fácil. Então, esperaria o tempo necessário por Thomas, enquanto admirava o horizonte a sua frente... Quando o escutou sobre como se sentia, Chloe suspirou um pouco, sentindo como se um peso estivesse sendo colocado em suas costas. Sentia levemente contente por ter tido essa confiança para esse desabafo, mas também preocupada com o bem-estar do amigo. — Não queria que você pensasse dessa forma, porque é tão doloroso. Queria que houvesse um pingo de esperança, só que acho que isso não é possível no momento. Falarei por mim e por outros seus amigos, iremos nos cuidar e você não precisará levar nenhum de nós. Assim como eu quero que você tenha cuidado, pois não quero de jeito nenhum ter que enterrar o seu corpo e precisar lidar com a sua ausência. Então, promete que terá cuidado? — Imaginar aquela possibilidade era doloroso demais. Chloe já tinha perdido tanto, e não desejava ter que passar de novo por isso, principalmente com Thomas, alguém que ela via como um irmão mais novo. — Eu espero que... estejam fazendo algo, mas também não consigo ter esperanças com eles. A quantidade de decepções que tivemos durante os anos afeta nessa nossa escolha. Não sei... —
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thomaswtwt · 9 months ago
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— Não é sobre ser negativo ou positivo, Cecile. É sobre ser realista. — Bufou levemente. Àquela altura, Thomas já teria dado as costas ao outro ou o importunado até tirá-lo dos eixos, mas realmente não estava no humor para isso. A preocupação envolvendo seu pai havia conseguido tirar as forças de Thomas, então nem mesmo o desprezo que sentia pelo filho de Hades parecia conseguir falar muito mais alto. Quer dizer, não por enquanto. — Não espero nenhuma dessas coisas em relação à mim, mas você vai precisar disso em alguma hora, Cecile. Algum amigo. Alguém que goste de você. Como vai viver aqui sendo odiado por todos? Sem ninguém que queira sair em missões em grupo com você? — Agora seu lado político estava genuinamente ativado, enquanto estreitava os olhos na direção do rapaz e se aproximava dele em alguns passos. — Você se acha o suficiente, mas não é. Os tempos mudaram e nós semideuses não temos tanta força sozinhos. Sem ninguém por perto, você vai ser comido vivo e voltar ao reino do seu pai pelos motivos errados. E fracassando, você expõe mais o acampamento ao que pode dar errado. Acha que isso é justo? — Indagou em tom retórico. Não seria ele a andar em um trio com Cecile, definitivamente, mas Thomas se preocupava com o fato de um dos filhos dos Três Grandes não fazer jus ao legado que tinha. Simplesmente porque significava que todos estariam fodidos e, no caso de Cecile, simplesmente não podiam confiar nele. Por que mantê-lo no Acampamento, então? — Tá vendo só? Você não consegue mostrar apreço nem por uma criatura, imagine por outro semideus? Quem ia gostar de sair em missão com você ou se esforçaria pra te ajudar quando você precisasse? — Balançou a cabeça em negação, antes de recuar um passo novamente. Cecile parecia mais medíocre ainda em sua concepção; e a visão de um Thomas entristecido era bem difícil de se deixar corromper. — A título de curiosidade, não, meu nome do meio é Belial. Mefisto foi o nome que ele usou comigo quando apareceu pela primeira vez. — Respondeu enfim, remexendo nos bolsos atrás de algum cigarro, imediatamente posicionando o filtro contra os lábios e isqueirando a ponta até acender e dispersar a fumaça na direção oposta. Normalmente, jogaria na cara de Cecile sem maiores problemas. — Você acha que seu humor fodido e seu desprezo pelo resto de nós vai te manter seguro por mais quanto tempo? Principalmente agora que todos nossos poderes foram pro caralho?
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❝ Não? ❞ ele perguntou, erguendo uma sobrancelha com um ar imenso de ceticismo só para provocá-lo um pouquinho. Não achava a ideia tão impossível quanto Thomas fazia parecer. As coisas eram tão simples assim e, é claro, Cecile não era ingênuo a ponto de pensar que Thomas não queria algo dele. Todos sempre querem algo, mesmo que às vezes sequer saibam exatamente o quê. ❝ Jesus, Wentworth… Sua positividade é reconfortante. ❞ disse, o sarcasmo tão pesado no tom das palavras quanto o sotaque britânico. O aborrecido escapou num suspiro. Pelos deuses… Não satisfeito em ser miserável sozinho, o filho de Tânatos estava disposto a afundá-lo junto? ❝ Sei. E você espera o quê com isso? Que sejamos confidentes um do outro? Que eu chore no seu ombro? Isso não vai acontecer. ❞ Esclareceu com frieza, as palavras redesenhando a linha que devia haver entre os dois, definindo os limites do que era aceitável ou não entre os nêmesis. Detestava ser visto além dos muros, no campo dos sentimentos, como se fosse um livro aberto que até Wentworth podia facilmente ler que tudo aquilo o afligia, apesar de seus esforços para não demonstrar. ❝ É isso que está querendo? Que eu alivie seus medos e preocupações? Se eu descobrir algo, contarei a você. Não precisa continuar sendo tão esquisito pro meu lado. ❞ A possibilidade de nunca mais ver Hades e do reinado no submundo nunca ser devidamente recuperado o assustava, mas a mudança abrupta do comportamento de Thomas conseguia ser ainda mais aterrorizante. Era como se os pais dos dois já estivessem condenados a um fim terrível. Quase um luto precoce. Interrompendo-os, a ave de plumagem escura parou do lado de Thomas ⸺ tão intrometida quanto o dono, aparentemente. ❝ Mefistófeles. Hm… ❞ Ele olhou para o corvo, as íris brilhando com uma repentina curiosidade. Gostava de animais e, é claro, achava os corvos muito interessantes. Seria ótimo se pudesse atrair bichos assim, em vez de ter que vender a alma pelos seus. ❝ Nome adequado. É em sua homenagem? ❞
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thomaswtwt · 9 months ago
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A situação, para Thomas, ia um pouco pelo mesmo caminho de não ser exatamente algo cheio de significado, nada que ultrapassasse muito a barreira de amizade. Simplesmente porque para o Wentworth, toques como aqueles eram bem mais comuns do que poderia presumir, sendo incapaz de enxergar até mesmo no sexo ou derivados, algo de muito mais importância se ele não estivesse completamente apaixonado pela pessoa. Sendo assim, Tom retribuiu o carinho do gesto, também alcançando uma das mãos dela para afagar o dorso, mas na essência amigável da coisa toda. Era naturalmente afetuoso, por mais que não soubesse expressar muito disso com novas amizades, então ficava feliz de ter alguém com quem se sentisse confortável fazendo aquele tipo de coisa (fosse beijando ou não). — Meu ego se anima com um pouco mais do que isso, mas agradeço, Niamh. Sorte a minha que é seu caso também. — O tom divertido permaneceu ali antes de roçar a pontinha do nariz na bochecha dela e deixar um último selar contra os lábios femininos, ajeitando-se, em seguida, voltando o corpo para frente. O gosto da bebida na boca dela ainda misturava-se ao dele e provavelmente era algo que sentiria pelo resto da noite se não bebesse mais nada tão forte. — Bom, eu posso te pagar uma barra de chocolate belga da próxima. Eu diria que te convidaria pra um jantar em uma missão de exploração, mas dificilmente faríamos isso em acampamentos diferentes. Uma pena, porque eu tenho certeza que você consegue salvar qualquer princesa de uma torre e, de quebra, seria uma ótima companhia pra jantar no terraço de alguma Tiffany's. — A brincadeira continuou, recebendo bem os outros toques amigáveis. De sua parte, Thomas desceu o próprio toque para um dos braços dela, em seguida alçando-lhe a altura da coxa do mesmo lado, mas não sendo este seu foco: sua atenção estava concentrada na carícia que deixou em um dos joelhos da amiga. — Não é o que eu quero fazer toda vez, só quis agora porque você 'tá linda hoje, mas tem razão. Não é legal te usar pra isso, desculpe. — Suspirou agora com bem mais pesar, os olhos castanhos voltando-se para as próprias coxas. Thomas era do tipo que tomava atitudes muito impulsivas porque era facilmente consumido por pensamentos ruins e traumas profundos, mas tinha plena consciência de que deveria se policiar quanto a isso na presença de seus amigos, se quisesse mantê-los por perto. — Não vai acontecer de novo. Eu juro.
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⋆。𖦹°⭒˚。⋆ talvez niamh não estivesse surpresa como maior parte das pessoas estariam. talvez, porque, para ela, certos contatos físicos eram completamente normais e na maior parte das vezes ela não se opunha a eles, muito pelo contrário, ela adorava. não era completamente não familiar a isso e, no entendimento confuso e descomplexado dela, beijos eram comuns. fossem eles por pura paixão, puro momento ou puro querer. fossem de desconhecidos ou conhecidos, ela não via mal, ou melhor, não via porquê se surpreender de fato. talvez por isso ela retribuiu pelos poucos segundos, mas não era algo passional, de fato. ela sabia. ela entendia. mas também percebia que não tinha a mesma aura da vez em que estavam na festa, então por alguns segundos, pensando entre os lábios colados, niamh pensou em como reagir. ela levou a mão até a semelhante dele, em um carinho, mas ainda é algo amigável. — cara... se você queria que eu animasse teu ego falando que você beija bem era só me falar. — brincou, um sorriso no rosto. talvez os trejeitos de niamh, esses que levam tudo para um lado mais leve do que deveria ser, não fossem os melhores em um momento como aqueles. — e se for continuar fazendo isso, vai ter que me pagar uma bebida na próxima. é assim que o romantismo funciona. — a mão que acariciou a dele agora fazia o mesmo em seu queixo, um ato carinhoso e sutil. era comum dela, era o seu jeito entre todas as brincadeiras. mas não é totalmente alheia ao que acontece, muito porque sua mente se concentra mais nas notas de vinho na boca dele, por conta de bebida, do que realmente trazer significado a tudo. era normal, amigos fazia isso mesmo, era confortável para ela. — mas se toda vez que você tiver borocoxó sentir vontade de beijar alguém a gente vai ter que conversar isso no psicólogo, cara. mesmo que eles vão dizer algo tipo freud explica, eu não sei nada de freud. além daquele série da netflix que ele caça monstros e transa muito.
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thomaswtwt · 9 months ago
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— Entre apanhar de um brutamontes sem noção e uma mulher linda, eu prefiro a segunda opção, 'cê sabe. — Respondeu com bom humor, aceitando imediatamente a peça de gelo que havia sido conseguida e passando a forçá-la contra a região arroxeada. Thomas era orgulhoso, mas também não era do tipo que era incapaz de admitir que seus pontos fracos haviam ressurgido com toda aquela história de Mnemosine, então não havia do que se envergonhar quando pensava em como tinha de continuar treinando e voltando a estudar sobre a amplitude de seus poderes se quisesse retornar ao local de prestígio onde estava antes daquela loucura toda. — Não curto a ideia de bater e correr, Kit. Não me importo de sangrar um pouco se puder revidar os socos e as ofensas. Acho que é melhor do que pedir arrego. — Na última palavra da frase, Thomas acabou rosnando por sentir a pontada na testa. Droga. Com isso, acabou bebendo mais um pouco do que tinha à disposição, sorvendo uma parte generosa da bebida de uma só vez; desde a perda dos poderes, seus vícios mais superficiais, como álcool e cigarros estavam dando as caras de forma perigosa e sobressaindo-se à compulsão por jogatinas e até mesmo mulheres, se o Wentworth reparasse bem. Na verdade, a situação de Thomas quando falava de sentir dor era um pouco mais complexa do que parecia: havia sido tão explorado pelos testes da mãe e passou a se afetar pouco com o incômodo da pele, que agora que ele estava retornando, sentia-se profundamente bem, tanto pela sensação da dopamina respondendo à adrenalina, quanto pela forma como parecia estar voltando ao normal após tantos anos de abuso físico. — E não vou mentir pra você. A dor anda sendo a única coisa que me faz sentir algo de verdade, nos últimos dias. Nem os maços de cigarro, nem os treinos até a exaustão andam dando conta. Então... Se eu for de base, já sabe. Deixo pra você minha coleção de revistas relíquia da Playboy.
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Na maioria das vezes, Kit era o responsável por causar problemas, não por solucioná-los. Não que lhe faltasse habilidade — embora, em certas ocasiões, a habilidade também faltasse — mas era porque ele parecia ter um talento natural para isso. Um ímã, diziam. Um imã que, de algum modo, interferia no campo magnético de qualquer coisa remotamente estável, distorcendo a paz e harmonia ao seu redor e deixando um rastro de caos aonde quer que fosse.
E talvez fosse exatamente essa a cola responsável por manter ele e Thomas unidos. 
Agora, enquanto observava seu amigo com um roxo recém-adquirido — cortesia do chalé de Ares — Kit tentava conter o riso. Um arsenal de piadas prontas fervilhava atrás de seus lábios, e o brilho malicioso em seus olhos traía qualquer tentativa de parecer genuinamente preocupado. Era inútil. Ele até tentou parecer sério, mas a vontade de provocar era mais forte.
“Se aquele mané já te deixou essa lembrancinha, mal posso esperar para ver o estado em que vai ficar depois que Clarisse te encontrar.”
Kit soltou uma risada baixa, ainda que um pouco de simpatia finalmente começasse aparecesse em seu olhar. De um balde de bebidas próximo, roubou algumas pedras de gelo e as embrulhou em um guardanapo. Apanhou uma garrafa para si, destampando-a com notável facilidade. Entregando o gelo improvisado a Thomas, Kit se inclinou para avaliar melhor os estragos, franzindo o rosto ao ver a extensão dos hematomas. Fazia uma careta quando passou a bebida ao amigo.
“Você vai precisar disso mais do que eu, Don Juan” comentou, balançando a cabeça enquanto o sorriso malicioso se recusava a desaparecer dos seus lábios. Estalou os dedos, como se acometido por uma brilhante ideia. “Precisamos melhorar suas habilidades de fuga. Sério, nem sempre você tem que ficar e apanhar. Até parece que você gosta.”
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thomaswtwt · 9 months ago
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QUINTA NOITE
Thomas não era do tipo que colocava limites no nível de ousadia que aplicava em seu dia a dia, o que explicava muito de seu comportamento errático na maior parte do tempo, principalmente naquele festival; dando em cima sutilmente de Annabeth Chase, andando nu sem maiores problemas pela extensão da praia depois do desafio de Percy Jackson, a cara de pau no Jeopardy de Hermes e a peça de teatro com Niamh para serem comidos vivos pelo olhar julgador de Dionísio. Então, para encerrar o Equinócio com chave de ouro, o Wentworth havia tomado sua decisão final: enfrentar Clarisse. Entretanto, antes de ir atrás da La Rue, o filho de Tânatos rondou aquele acampamento todo atrás da ex-namorada, propositalmente parando ao lado do brutamontes com quem ela conversava. Cheirava a alguém de Hécate, mas Thomas não se aprofundaria muito nisso. — Não querendo atrapalhar, mas já atrapalhando... — E sua presença inconveniente bastou para que ficasse a sós com Thea. Metade da fama de Thomas era de um desequilibrado que bastava ser ignorado e a outra metade era de um desequilibrado encrenqueiro e com foices sanguinárias. — Só vim te avisar que estou indo atrás da Clarisse, ver se consigo dar algum nome ao Meio-Sangue. Então... Tô me despedindo. Sabe como é, no caso de eu acabar não voltando. Não tenho muita coisa pra te deixar de herança, já que você acabou com todos os meus sonhos e expectativas. Uma pena.
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@lovingthea
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thomaswtwt · 9 months ago
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thomaswtwt · 9 months ago
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— Eu acho muito poética a forma como espera que eu deseje algo vindo de você. Isso não aconteceria tão facilmente, te garanto. — Tornou a rir baixo, o tom ainda ameno, apesar de um pouco mais defensivo. Nunca poderia baixar a guarda com Cecile? Bom, paciência. Thomas estava tão preocupado e com a cabeça vagando por tantas direções preocupantes, que a presença do filho de Hades era seu mais insignificante pormenor, já que, olhando uma segunda vez, Cecile não parecia tão detestável assim. De boca fechada, pelo menos. — Não acho que esteja bem. Não estamos tendo notícias dos nossos pais e a tendência é que fiquemos cada vez mais afastados de qualquer boa notícia. — Suspirou com a própria constatação, baixando o olhar para os próprios pés por alguns instantes, também fitando o cinto de correntes, contando alguns nós delas naqueles breves segundos. Pelo lado positivo, as auras fúnebres e submundanas deles não se afetavam, então era pelo menos uma preocupação excetuada quando estava na presença do outro. — Até mesmo alguém como você deve ter preocupações e medos, Cecile. E esconder cada um deles não vai fazê-los sumir, mesmo que eu saiba que não faz sentido falar disso com uma pessoa que seus sentidos detestam tanto. — Não era seu intuito fazê-lo falar, todavia. A bem da verdade, não queria iniciar uma discussão, então se pudesse ser poupado das falas atravessadas do outro, já era de grande ajuda. De qualquer forma, sua atenção acabou se voltando para a ave mediana que pousou ao seu lado, a penugem enegrecida posicionando-se ao lado do mestre. Mefisto era imponente, com aqueles pares de olhos e as garras imensas, mas ainda era um animal e encarava Cecile com curiosidade. — Mefistófeles, Cecile. — Apresentou rapidamente sem olhar outra vez pro filho de Hades. — Ele me disse que conhece seus cachorros.
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“Sabia.” Encarando-o meio torto, a testa ligeiramente franzida de Cecile quase estampou uma interrogação gigante para a alucinação absurda bem diante de seus olhos: Thomas Wentworth quase sendo amigável com ele. Ele viu os lábios se curvando na estranha forma de sorriso brando; uma coisa que normalmente se usa para suavizar o clima, em vez de para colocar mais gasolina no fogo, como os dois costumavam fazer. Havia algo de profundamente errado nisso. Realmente, Wentworth podia ser uma criatura bastante ardilosa. “Estou ótimo.” A mentira saiu fácil entre os lábios, um reflexo do escudo que se acostumou a manter ⸺ e que ocasionalmente usava para bater em Thomas com as palavras. Não tinha intenção alguma de demonstrar a mínima fraqueza para uma criatura tão baixa; alguém que há pouco tempo esteve desdenhando do fato que, com a queda de Hades e a tomada do submundo, Cecile não tinha mais nada além de um mundo que não devia fazer parte. Ousando tentar afetá-lo usando a grande possibilidade de Hades estar morto como arma. O bastardo podia usar a cara que quisesse, mas ainda era o mesmo infeliz espinhento, hábil em trazer a tona justamente o que o Grimm-Pitch queria evitar pensar. Wentworth sempre parecia saber muito bem quais eram os melhores pontos para se enfiar a faca. Ele sentiu o ressentimento voltar a ferver, a aspereza retornando a ponta da língua. “Não vou dar o chapéu a você, se é o que está querendo.”
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