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Não sinto tua falta
Não sinto falta do teu cheiro
De perfume importado
Que exportou de mim
Não sinto falta do teu R puxado
Nem do teu beijo, gosto de dente
Que morde coração envenenado
Não sinto tua falta, não sinto
Nem lembro de você
Nem da tua respiração ofegante
Eu não sinto falta, eu sinto ânsia
Distância
Do teu signo-preto
Do teu silêncio-grito
Sinto ânsia e a provoco
Enfio os meus dez dedos na garganta
Pra ver se vomito teu ser
Da minha alma
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Mas a porta semiaberta não é por você.
É por mim.
Não gosto de viver presa.
Vênus em gêmeos bla bla bla.
Gosto do ir e vir.
Nessas idas, fui dar uma volta no corredor.
Reparei que algumas portas também estavam abertas.
Umas encostadas, iguais a minha.
Outras completamente escancaradas.
Me animei. Bati, toquei a campanhia.
Fui recepcionada. Café bem passado.
Mas logo depois a porta se fecha.
Algumas até se trancam.
Não dá para sair entrando em qualquer porta só porque ela está aberta.
Fico pensando no que você iria me dizer sobre tudo isso. la com certeza zombar do meu ciclo opositório.
Abrir, abrir, abir. Fechar, trancar, fechar.
Ar preso. Ar circulando.
O meio termo ficou para a próxima encarnação.
Mas eu acho que viver é meio isso.
Lados opostos.
Lados complementares.
Pelo menos eu tenho a coragem de abrir as portas quando é preciso.
E tenho também a coragem de fechá-las.
Talvez você não volte porque te falta coragem.
E eu? Talvez eu não volte porque me sobra coragem.
Coragem de não querer viver tudo isso de novo.
Marcela Scheid
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eu ainda consigo escutar o seu “eu te amo” quando fecho os olhos
suas promessas que hoje em dia parecem piadas
seus conselhos que sempre tomei como razão
seus olhos que sempre me passavam sensação de polipsio
sua presença que me deixava quente
se eu pedisse para que não me deixasse, será que faria diferença?
fui tão fútil de pensar que seria diferente dos outros
não culpo você por me deixar, me culpo por ser ingênua o suficiente por acreditar em suas palavras.
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Polisipo - que também é um lugar -
em grego significa pausa da dor.
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in another universe, you held me in your arms as it rained and we were just happy while alone.
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mas se eu nunca falar eu me perderei, e por me perder eu te perderia.
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Mesmo que você fuja de mim
Por labirintos e alçapões
Saiba que os poetas como os cegos
Podem ver na escuridão
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maybe when i’m able to breath i’ll finable be able to talk
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“É certo que as dores não passam. Elas dão uma pausa momentânea e às vezes voltam antes que a gente pense em apertar o botão de play. A dor age sozinha. Detesta que alguém a comande. O máximo que podemos é adiar por algum tempo que ela nos importune, daí quando você menos espera, ela explode, aparece e permanece. Dizem que o tempo é um remédio para a dor. Eu não acredito muito nisso.Acredito que com o tempo, a gente acumula mais dores, mais preocupações e mais alegrias também, e isso faz com que nossas antigas dores fiquem um pouco esquecidas, mas logo elas retornam, te dizem olá, entram sem permissão, antes mesmo que você possa dizer bem-vinda.”
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