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tip0assim-blog · 6 years
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Existiu há um tempo um homem chamado Guy Debord, filosofo e critico cultural francês, que escreveu uma obra chamada "A Sociedade Do Espetáculo". Esta sociedade, por sua vez, se refere a uma sociedade que é constantemente mediada e regulada por imagens, chegando ao patamar que o intercambio mercantil atingiu toda a vida cotidiana. “O que aparece é bom, e o que é bom aparece.” (Debord, pág. 18).
Basicamente a critica é cercada pela noção de movimento regida pelas aparências e pelo consumo midiático e capitalista. O próprio Debord define espetáculo como “sendo a relação social entre as pessoas, regulada por imagens.” Cada vez mais o consumo constante e a aparição de imagens vêm substituindo a real essência e simbolismo de grupos, práticas e até mesmo objetos. Isso é feito, principalmente, através de meios de comunicação de massa, como por exemplo, programas de televisão e publicidades. É o momento em que a economia domina a vida social, o que leva a uma degradação do ser em ter.
A partir disso, podemos perceber que o poder está no espetáculo, poder esse que atualmente se tornou o próprio intermediador da sociedade e entre os indivíduos. Dessa forma, a sociedade se utiliza para fazer o controle dos corpos e da imagem, bem como a disseminação de estereótipos. Mas de que forma? Bom, a partir do momento em que este espetáculo torna-se uma falsa realidade, nossos desejos e conceitos são desenvolvidos com base nessas imagens e no nosso consumo delas. É importante ressaltar que Debord não especifica a Sociedade do Espetáculo apenas em um contexto capitalista, mas é de fundamental importância falarmos sobre ele. Eis que no capitalismo, tudo é transformado em mercadoria, inclusive nossos corpos
Uma vez que nossos próprios corpos tornam-se mercadorias, a eles também é atribuído um valor e a partir disso surgisse um questionamento: quais corpos “valem mais”? (E quem atribui valor a eles?). Pudemos perceber ao longo da história ocidental que os corpos e aparências desejadas e admiradas pela sociedade são aqueles com características europeias, e se tratando de corpos de mulheres, aspectos específicos foram e são valorizados, como um corpo magro, feminino, branco, com olhos claros e cabelos lisos e longos. Nessa perspectiva, a chapinha e a cultura do alisamento estiveram muito presentes, principalmente nas mulheres negras. Durante muito tempo, os negros estiveram atravessados pela cultura europeia e na tentativa de serem igualmente aceitos e tratados eram-se utilizados processos químicos nos cabelos pois o cabelo negro natural era socialmente visto como “feio”, “ruim” ou “ bagunçado”. Em 1960 um movimento cultural conhecido como “ Black is Beautiful” surgiu com o objetivo de enaltecer a cultura afro descendente, afirmando que o corpo, a pele e o cabelo negro são bonitos do jeito que são, sem a necessidade de mudanças. Tal movimento deu força a um grande processo de aceitação, identidade e empoderamento do negro.
Nessa perspectiva a mídia tem uma grande participação. Muitos corpos negros passaram a ser mais vistos e percebidos quando foram mostrados pela mídia. Além disso, os traços, a cultura negra, o cabelo e os acessórios passaram a ser comercializados, vistos e utilizados com o aparecimento do negro na sociedade. Esta conquista não foi mérito das grandes mídias e muito menos feito por ‘benevolência’ por parte dessas associações. O Movimento Negro lutou arduamente para esses avanços e ainda assim há entraves, principalmente no que diz a respeito a apropriação cultural.
Como foi discutido anteriormente, essa Sociedade do Espetáculo busca reduzir a realidade em fragmentos mercantilizáveis, de modo que muitos símbolos são esvaziados e usados pelo capital como forma de lucrar. Ou seja, se utilizam superficialmente de características expressivas de uma cultura e adaptam seus elementos culturais para o mercado. Isso é visto de diversas formas, seja na mercantilização (pelo capital) de símbolos da cultura popular negra, seja nas apropriações de diversas simbologias de etnias indígenas. Enfim, a discussão é bem mais longa do que parece e é necessário adentrarmos criticamente nesses diálogos políticos também!
Referências:
Debord, G. (2016). A sociedade do espetáculo. 2003. Contraponto: São Paulo.
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tip0assim-blog · 6 years
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QUEER: O  que é isto?
O que a teoria queer mais pretende é provocar o estranhamento nas próprias formas de pensar, questionando o próprio pensamento cientifico, e a forma de produzir teorias.
“O gênero é a estilização repetida do corpo, um conjunto de atos repetidos no interior de uma estrutura reguladora altamente rígida, a qual se cristaliza no tempo para produzir a aparência de uma substância, de uma classe natural de ser” (BUTLER, 2010, p. 59)
Tudo o que a teoria queer pretende evitar é se dissociar das realidades empíricas, pois sem esse confronto acaba-se por entrar num círculo que induz à eterna repetição (periférica) de teorias (centrais). Terminamos, por fim, observando somente aquilo que a teoria nos faz ver, e toda a possibilidade de distorcermos, transgredirmos, estranharmos – ideais eminentemente queer – fica embotada.
A invenção dos corpos pressupõe a sua reinvenção contínua. Isso é pensar queer.
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tip0assim-blog · 6 years
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Falando sobre o filme “Me chame pelo seu nome”
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tip0assim-blog · 6 years
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Permita-se
A juventude é revolucionária. Todo aquele papo de adolescente aborrescente e geração do mimimi é um jeito pejorativo de nos lembrar da força propulsora que somos e a nossa capacidade de levantar questionamentos, debates e embates em nível mundial. Somos nós que saímos das caixas e dos armários porque nos damos conta que transcendemos, somos nós que trazemos a energia de mudança e renovação porque vivemos revolução e nossas transformações são diárias. Não vai ser fácil, sabemos disso. Não que um dia tenha sido, vivemos em ameaça constante e se antes o preconceito buscava se esconder e se mascarar nas entranhas dos discursos, hoje ele se institucionaliza mais que nunca e se escancara. Tomaremos cuidado. Isso vale para todxs xs jovens, e como hoje focamos em assuntos de sexualidade e gênero, destinamos aqui um espaço de acolhimento (em suas várias formas) e compartilhamento especialmente para jovens que vivem ameaçadxs por esses fatores. Nossa pura existência já é resistir. O medo é legítimo e nesse momento reina mais que nunca, e como já dissemos, tomaremos cuidado: primeiramente viveremos. Mas deixemos que o medo nos atravesse promovendo nossa mais ‘instintiva’ coragem e que nos aproxime ainda mais de nossa dita ‘natureza revolucionária’. Continuaremos saindo dos armários normativos e mostrando que nossa existência nos permite explorar um leque de possibilidades, todas válidas. E nessa união, nos lembraremos diariamente que não estamos sós. Beijo grande e permitam-se, a revolução é nossa!
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tip0assim-blog · 6 years
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Iai galera, tudo bem? Hoje a indicação é pra quem gosta de ler! Reparem só esse vídeo do canal “Vá ler um livro” (que basicamente é um canal no Youtube sobre literatura, lá elexs indicam livros, fazem resenhas e até gravam vídeo aulas) com a convidada Rosa Luz, mulher trans, negra e periférica, indicando livros com personagens e de autoras trans e travestis. Inicialmente Rosa diferencia estes conceitos, explicando basicamente que:
‘Travesti’está ligada com travestir-se (vestir de algo que você não é). Acontece que no Brasil, nós ressiginificamos essa palavra ao ponto de conectarmos ela a uma identidade feminina e trans. Por outro lado, a transsexualidade surge de um viés mais patológico, na ciência, para nomear esses corpos que transcendem as normas cis e do binarismo de gênero.
Além dessas indicações maravilhosas que Rosa traz no vídeo (inclusive chequem o canal dela chamado ‘Barraco da Rosa’),  o canal ‘Vá ler um livro’ tem uma playslist de Literatura LGBT, a qual contém vários vídeos com convidadxs da comunidade LGBT que fazem essas indicações. Vale a pena conferir! Bejuxx
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tip0assim-blog · 6 years
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E aí, galera! Tudo bom? Espero que sim!
Hoje trouxemos aqui o clipe de uma música que gostamos muito: Indestrutível da Pabllo Vittar. Pabllo Vittar é uma cantora drag queen e homossexual que passou por muitos preconceitos e dificuldades durante toda a sua vida para chegar até onde chegou hoje, quebrando inúmeros paradigmas e tabus. Pabllo Vittar atualmente é uma figura de enorme importância para a comunidade LGBT, por tudo que elx conseguiu alcançar como pessoa e como artista, abrindo portas para várias outras pessoas LGBTs, especialmente no âmbito artístico, e principalmente quando se trata da letra “T” da sigla. Elx trouxe consigo, junto com toda a sua fama, um empoderamento muito forte e especial para essa comunidade. Nessa música e clipe, elx retrata um pouco do preconceito e violência que pessoas da comunidade LGBT (no vídeo, com foco no “T” e no “G”) sofrem ao longo da vida. É um ótimo vídeo para se refletir acerca de muitas características preconceituosamente enraizadas na nossa cultura brasileira. Espero que gostem! Bjs
Legenda: fazemos o uso do “x” em algumas palavras para evitar constrangimentos e posições preconceituosas quando não sabemos se a pessoa em questão se identifica com pronomes femininos ou masculinos, podendo até não se identificar com nenhum dos dois. 😉
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tip0assim-blog · 6 years
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Oi, gente! Como vocês estão? Para quem fez ENEM: espero que tenham ido bem ontem e nunca se esqueçam que uma nota não define absolutamente nada em vocês, ok? Hoje viemos aqui trazer um vídeo de uma pessoa do gênero não-binário esclarecendo alguns conceitos como sexo biológico, identidade de gênero, orientação sexual e expressão de gênero, mas focando na pergunta “o que é ser não-binário?”. Ser não-binário é quando a pessoa não se identifica nem como homem e nem como mulher. Vocês já ouviram falar? Conhecem? Sabem como funciona? Conhecem alguém não-binário? Então vem ouvir melhor a explicação própria de uma pessoa não binária! Tenho certeza de que vocês irão se interessar e não irão se arrepender em saber um pouquinho mais sobre esse assunto que é tão importante mas tão pouco falado, retratado e conhecido!
Como já dizia o ditado “a ignorância é amiga da intolerância”. Beijos!
Por: Clarissa Diniz e Laila Santana
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tip0assim-blog · 6 years
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 Olhem galerxs, que legal, assisti esse desenho, Steven  Universe, e resolvi compartilhar com vocês. Infelizmente, está em inglês :( mas não poderia deixar de colocar aqui o vídeo, pois é de extrema importância e um dos únicos (se não o único) desenho que vejo relacionada a diversidade e sexualidade. Se souberem de outro desenho relacionada ao tema sexualidade, deixem aqui nos comentários e vamos conversar um pouco mais sobre isso! Beijinhos do Tipo Assim e espero que gostem.
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tip0assim-blog · 6 years
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Vocês conhecem ou pelo menos já ouviram sobre o filme “Me chame pelo seu nome”? Se não conhecem, por favor, vão agora assistir, porque ele é simplesmente fantástico e vou contar aqui para vocês um pouquinho sobre este longa metragem.
Primeiro é interessante saber um pouquinho da ficha técnica, tipo, quem atuou ou quem foi o diretor etc. O filme foi dirigido por Luca Guadagnino e ele também produziu, juntamente, com Rodrigo Teixeira e James Ivory, o elenco é composto por Armie Hammer (Oliver), Timothée Chalamet (Elio), Michael Stuhlbarg (Sr. Perlman), Amira Casar (Annebella), Esther Garrel (Marzia). O longa metragem foi lançado em 2018, novíssimo, com nacionalidade francesa/italiana e classificado como um drama/romance.
A história se passa na década de 80 na Itália, onde, Elio e sua família recebem um estudante estrangeiro em sua casa, chamado Oliver, que foi trabalhar em conjunto com o pai de Elio. Acabam se aproximando muito e Elio percebe que possui sentimentos, nunca antes descobertos, mudando sua vida por completo.
O filme mostra o desenvolvimento dos sentimentos de Elio em relação a Oliver e suas descobertas em relação a sua sexualidade, pois como muitas pessoas na sociedade heteronormativa, ele acabou nunca refletindo se gostava de mulher ou homem, o que desperta um conflito interno nele. Lembrando galera que até hoje pessoas, principalmente, na adolescência passam por isso, imagine em 1983 que é o período em que se passa o filme. Assim, como na vida real, Elio se preocupava com o que os outros iriam pensar e acaba escondendo de todxs e até de seus pais que tinha uma boa relação, pois a homoafetividade era vista como algo inadequado e ele tinha medo da reação.
É engraçado perceber que ele se forçou a ser hetero, tentando ter uma relação com uma menina, mas sexualidade não é algo que se escolhe. Ele em nenhum momento conseguiu conter todos os sentimentos que possuía por Oliver e se entregou num amor, apesar de todo preconceito que tinha nessa época. No final do filme tem uma cena fantástica, em que Elio conta para o pai e o mesmo confessa que também teve vivências como a dele, aceitando o filho tranquilamente. Entretanto, na realidade, até hoje a sexualidade é um tabu e existe muita homofobia, fazendo com que membros da comunidade LGBTQ+ sofram represálias e até mesmo violência apenas por se expressarem e serem como são.
Esse filme foi tão aclamado e é tão importante exatamente por permitir grande identificação pessoal do espectador, por mostrar cenas cotidianas e naturalizar o processo de descoberta e aceitação da sexualidade e orientação sexual. Não é um filme exclusivo para homossexuais ou algo do tipo, pois além de se descobrir gay, Elio está passando pela adolescência e lida com isso como qualquer outro, fugindo do clichê de outros filmes com essa temática por não separar a experiência do adolescente gay das experiências de todos os outros.
Por: Thâmis Câmara e Thalita Felix.
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tip0assim-blog · 6 years
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Que tal uma dica de filme?  Você já se pegou pensando em sexo, amor, relações e sexualidade? Se sim, esse filme é para você!!
Nós, jovens, sempre estamos vivenciando situações de conflito sobre nossos sentimentos e sobre quem nós somos ou de quem nós gostamos, não é mesmo? Nesse filme, Alex, um jovem de mais ou menos  16 anos, se encontra várias vezes nesse grande dilema, se perguntando quem é ou de quem gosta! 
No filme Alex fala que todo adolescente é pansexual ou está na transição, mas o que seria essa tal de pansexualidade? 
Bom, essa é uma orientação sexual em que x indivíduo aprecia ou é atraído por pessoas independente do gênero. Provavelmente Alex fala isso para representar que quando estamos tentando descobrir nossa sexualidade e nossa identidade temos curiosidade em tudo, né? 
Amor e sexo, para Alex( e para nós também) é uma coisa muito complicada e cheia de possibilidades, vocês também concordam? 
Esse filme mostra de uma forma bem engraçada esses conflitos que vivemos e nos faz perceber que não estamos sozinhxs!!
Espero que curtam bastante!
Beijos 😘😘
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tip0assim-blog · 6 years
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Sobre heteronormatividade e heterossexualidade compulsória:parece difícil né, esses nomes grandes. Mas na verdade esses termos são usados para nomear aquilo que todxs nós passamos; se sentir coagidx a estar nas ‘caixinhas da normalidade’. Bom, à medida que vamos crescendo, somos expostxs a muitos modelos e referências de como ser e agir. Seja nas revistas, nos contos de fada, nos filmes e desenhos, nas propagandas... enfim, somos constantemente bombardeadxs através desses meios e a partir deles vamos construindo nossa ideia do que é comum, o que é ser ‘normal’. Se vemos pessoas que são e agem de um certo jeito sendo retratadas positivamente, naturalmente buscaremos nos comportar de maneira parecida, afinal, gostamos de nos sentir admiradxs, acolhidxs e até mesmo aprovadxs socialmente. Acontece que, durante muito tempo e até hoje em dia, um mesmo padrão de pessoas e relacionamentos foram retratados, fazendo com que outrxs modelos sejam estranhados ou mesmo considerados ‘anormais’ perante a sociedade. Por isso, como a grande maioria dos casais exibidos e contados nas nossas vidas eram heterossexuais (ou seja, casais de homens e mulheres) nós passamos a acreditar que somente essa configuração é legítima. A isso nomeamos heteronormatividade, ou seja, a heterossexualidade é tida como uma norma, a qual é esperada de todxs as pessoas. (lembra das princesas sempre tendo um final feliz com um príncipe? E daquela famosa “e os namoradinhos” que as tias sempre perguntam no natal?) Você deve estar se perguntando “e o que eu tenho a ver com isso?”. Como somos muitxs e somxs diversos, nem todxs nós somos heterossexuais, e então essa tal ‘heteronormatividade’ acaba gerando bastante sofrimento... tanto sofrimento que as vezes nos engamos a tal ponto que forçamos uma conduta hetero, justamente para buscar o acolhimento e aceitação que falamos anteriormente. A esse fenômeno damos o nome ‘heterossexualidade compulsória’, uma vez que nos sentimos obrigadxs a assumir essa orientação sexual para sermos aceitos. Percebem o quanto isso é cruel? Imagina só ter que fingir ser algo que não somos para fugir do preconceito... Por isso é extremamente importante que todas as formas de afeto sejam respeitadas, retratadas e aceitas! Somxs diversxs e isso é maravilhoso!
Por: Bruna Leão e Regina Alves
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tip0assim-blog · 6 years
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Oii, gente!! Como vocês estão?! Trouxemos o trailler desse filme, Tomboy, lançado em 2011, que aborda um assunto bem importante. Conta a história de uma criança, que seu sexo biológico é feminino, porém ela passa a não se identificar com o mesmo. Sendo assim, sua identidade de gênero, trans. Mostra também a dificuldade dos seus pais em lidar e aceitar a situação, como também as dificuldades que Michael enfrenta perante a sociedade. Huum, vocês devem ter ficado curiosos e se perguntando o que significa o termo, trans, né?! Vou explicar direitinho pra vcs!! Então, para falar sobre esse termo é importante entendermos o conceito de identidade de gênero e expressão de gênero, os quais normalmente são muito confundidos. Identidade de gênero é o reconhecimento de que o indivíduo tem de si, como sendo do gênero feminino, masculino, entre outros (não podemos esquecer as pessoas não binárias, hein?!) independente do sexo biológico. Dentro desse conceito de identidade de gênero, existem pessoas cisgêneras e transgêneras. Cisgênero é o indivíduo que se identifica com o gênero que lhe foi imposto ao nascer (reparem que, geralmente, pessoas atribuem um gênero de acordo com o sexo biológico do bebê! Se nasce com um pênis, já assumem que é um 'menininho', se nasce com uma vagina, já assumem ser uma 'menininha'... no final, isso contribui e é o próprio padrão cis heteronormativo da nossa sociedade :( ) , já transgenero é aquele que não necessariamente se identifica com o gênero que lhe foi imposto de acordo com seu sexo biológico ao nascer. A expressão de gênero é como o indivíduo se expressa para o mundo, podendo ser através de roupas, cortes de cabelo, acessórios, comportamentos, etc. A expressão de gênero não precisa necessariamente se alinhar à identidade de gênero, ou seja, você pode ser de um determinado gênero e ter uma expressão de outro gênero. Outra coisa que vale ressaltar: nossa expressão de gênero não determina nossa sexualidade e vice versa! Por exemplo, o fato de uma mulher ter a expressão como de um gênero masculino, não a impede de ser heterossexual, já que é apenas como ela está expressando o seu estilo, e seus gostos. A ideia disso estar atrelado à sexualidade é extremamente heteronormativa, não só por assumir que ser hétero, nesse caso, é estar dentro de um certo padrão de heterossexualidade imposto pela sociedade (que existe tanto para homens, como para mulheres), como também por associar qualquer expressão de gênero masculina a um suposto 'oposto e complementar' feminino... Por fim, lembrem-se de se ligar nessas diferenças de identidade de gênero X expressão de gênero X orientação sexual! Ser transgênero é identificar-se com um gênero diferente daquele que lhe foi designado ao nascer e configura uma experiência de mundo tão válida quanto qualquer outra! E caso surja aquela dúvida de como chamar alguma pessoa, a melhor maneira de lidar é perguntando a ela, de forma respeitosa, claro, como ela prefere ser identificada e chamada. É isso galera, beijão
Por: Luís Felipe, Júlia Diniz e Mariana Malaquias
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tip0assim-blog · 6 years
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Galera, olha só que massa essa imagem para ajudar vocês a entenderem melhor sobre os termos da sexualidade e saber diferenciá-los!! 😉😄
 Beijo do Tipo Assim!
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tip0assim-blog · 6 years
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Gente, olha que irado, desde 2002 existe uma peça chamada “Adolescer”. Ela surgiu no sul do país, mais especificamente no Rio Grande do Sul. Segundo o site deles a nova temporada desse ano (2018) está com novo elenco, novas cenas e novos temas totalmente adaptados para nossa realidade atual, legal, né? E tem mais, o roteiro deles traz questões da adolescência mas com complementos de Moacyr Scliar, o psiquiatra José Outeiral e os psicanalistas Rubem Alves e Cybelle Weinberg! 
O diferencial dessa peça é sua mudança constante do texto, buscando sempre se adaptar de acordo com o momento que a peça é apresentada. Ao longo desses 16 anos, a Adolescer já teve seu texto mudado 42 vezes, e atualmente possui embasamento sobre a adolescência adquirida de profissionais especializados, além de ter a participação direta de nós adolescentes também né?
Fica ai mais uma indicação para vocês de projetos massas que estamos sempre encontrando e compartilhando! 
Um beijo da galera do Tipo Assim
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tip0assim-blog · 6 years
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AOi oi, jovem galera!!! Tudo decente por ai? Nesse post apresentaremos uma breve resenha de um filme super hiper mega completo em aspectos adolescente, mais precisamente a sexualidade. O nome do filme é “Confissões de adolescente” e se você não assistiu está perdendo teeeempo. Ele estreou em 2013 advindo de uma inspiração de um livro escrito pela Maria Mariana. E para tudo com esse elenco, saca só: Sophia Abraão, Hugo Bonemer, Dida Camero, Isabella Camero, Anna Rita Cerqueira, Tammy Di Calafiori, Lucca Diniz, Olivia Torres. O filme é dirigido por Daniel Filho e conta com o apoio da Globo Filmes. A trama gira em torno da vivência de Paulo com as 4 filhas que se chamam Tina, Bianca, Alice e Karina, as quais dividem os seus ritos de passagem conosco, fazendo com que todo mundo se identifique e se apaixone pelo filme - sem culpa e ressentimentos hahaha
Mas sério agora, um dos pontos que mais chama nossa atenção é a questão da sexualidade. O filme mostra isso de uma maneira bem legal quando a personagem Alice ta planejando perder a virgindade com o namorado e varias coisas acontecemm! Primeiro não é da maneira que eles imaginavam, depois tudo dá errado, depois certo de novo e depois errado de novo, que nem nossa vida né?? Mesmo mostrando a questão da descoberta do sexo na adolescência só de um ponto de vista heteronormativo, o filme acerta ao juntar humor e emoção, escolhas e consequências, conselhos e sermões sobre sexo e esse novo mundo da sexualidade, principalmente se tratando de virgindade né? Então recomendamos esse filme para todxs vocês, ainda mais pra quem tá pensando em perder a virgindade hahaha ou para quem já perdeu, garanto que vão se identificar com algumas coisas!
Mas falando sério agora, filmes como esse que mostram o aflorar da sexualidade na adolescência são muito importantes porque como já sabemos, há muito tempo isso é considerado um tabu na nossa sociedade, algo que não pode ser dito. Mas vocês já pararam pra pensar o porquê disso? O conceito de virgindade como algo que nunca pode ser perdido, sendo relacionado à “pureza” vem desde lá de trás junto com a ideia do amor romântico desde a idade média. A crença na existência de almas gêmeas, do amor verdadeiro, onde o casamento é a maior idealização da mulher é o que faz com que a virgindade simbolize um “presente”, onde a castidade é uma prova de que você é digna de ser amada e respeitada, entregando sua pureza ao seu marido. Isso também recebe muita influência da igreja católica, já que na bíblia há um reforçamento positivo acerca do celibato de Jesus e da virgindade de Maria. 
Mas acho que já passou da hora da gente quebrar com isso né? Desde a revolução sexual no século 20, com o surgimento dos anticoncepcionais e a liberação do divórcio isso vem sendo destruído e as mulheres têm lutado cada vez mais para que sua virgindade não seja objetificada e nem categorizada por ninguém! Temos que focar em empoderar nossas mulheres para que elas usem seu corpo à seu próprio favor, e não em detrimento de olhares dos outros. Por isso, te convidamos a assistir a história de Alice e a presença do sexo na vida dela e as consequências e surpresas que isso trouxe!
Bjs do Tipo Assim!
Por: Isabela Longo e Valéria Brenneisen
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tip0assim-blog · 6 years
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KKKKK sempre rola
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tip0assim-blog · 6 years
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Quem nunca? kkkkkkk
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