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é tão bonito
(ao cozinhar bananas cortadas em rodelas)
que se abram em flor
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Nuvens melódicas preenchiam o ritmo do fim de tarde
Como claves nossos corpos andando no asfalto
Claves que são a espinha dorsal da estrutura
Ritmica
Do fim de tarde
Te contei sobre começar tudo de novo, e da humildade inerente que esse estado causa
Você, empurrando a bicicleta, e seus pés vermelhos do fut-volêi
Fut-volêi
Foi próximo da quadra que ouvi meu nome, logo depois de ter esticado meus ossos e músculos levando para bem longe a distância que as vezes me separa de mim mesma
Meu nome na sua boca, depois de jogar fut-volêi
Na esquina, você ia pra outro canto, tomar banho e tirar a areia do corpo
Beijei teu pescoço e identifiquei minhas pernas felizes
Moles
Você reconheceu meu cheiro de sabonete e suor e disse que era bom
Beijei sua boca
E andando em direção a minha casa senti o craquelar dos grãos nos meus dentes deixados por você
Grãos de fut-volêi
Próximo a esquina da doze eu vi, sua mesa de pingue-pongue, que você nunca usou, mas sempre que passo penso na sua sunga que tem a mesma cor do pé da mesa
Além da sua história de ter sido jogador de pingue-pongue
Mas isso foi antes.


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a tragédia começa no primeiro brilho, não só no fim assim como no começo
ouvir a voz rouca em contínuo, desde o início
escrevo no meu caderno, na praia vermelha, com uma caneta azul
simular menos importância até a importância esvanecer.
chorar pela minha insignificância, chamar o caboclo
aquecer o peito
um coração brilhante antigo
galopa até o meu
sopra
estava aqui, ponha-se a rememorar
são muitos os ciclos ao seu lado, nossos espíritos dançam
são paulo aparece
reflexo molhado na janela do ônibus
meus olhos do tamanho de contas
preenchem o espaço destinado
na china as embarcações são maiores, muito maiores, e nem por isso colonizaram os continentes
repito isso até dormir.
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luzes que parecem cerejas azuis
essas coisas simples, que parecem não significar muito. mas quando você deixou a nala ( era essa o nome da cachorra filhote?)te derrubar no chão, achei tão bonito
sua preocupação com o sofá, o buraco, eu estar bem.
“é interessante, você falou antes que sua característica principal é a fluidez, no sentido de seguir
e os minerais são tão estáveis, né?”
o cheiro que senti, bem perto da sua nuca, com seu cabelo cortado rente. era algo como, estável, firme, mas difícil de compreender.sangrar por dias, contar o meu silêncio sobre o seu, esquecer um pouco quem somos, seguir continuamente a melodia do cotidiano.
pés petrificados , ou quentes. depende do dia na cidade que muda de humor como eu, como uma grande esponja de climas.o lábio de vinho, ou de açaí, meu cachorro enrolado no cobertor azul.
louise me disse esses tempos, quando minha boca ficou roxa, que “a vida se equilibra entre segredo, intimidade e pública”. não exatamente assim, mas a memória que guarda formulou dessa maneira. e enquanto escrevo penso se já não está tudo aqui mesmo, tudo que equilibra.o corpo gira, as mãos conectam a terra, a cabeça no céu.
o público nos olhos, o íntimo na surpresa e o segredo na revelação de quem lê e já é um pouco como eu.
como você
olhando pra dentro de mim, fluida, que fala de pedras.
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os anúncios, como manchetes
é claro que naquele dia não tinha como dizer, “ah sim, aqui está, eles estão caminhando para direções opostas.”
Olhando em retrocesso consigo ver, que no modo que seu amigo me ouviu já sabia, algo ai não vai seguir.
A sala toda na verdade, todas as pessoas, todos os objetos, o vinil, os sussurros do vento na cortina branca, as bolhas do vinho, tudo apontava a nossa separação.
Existem certas escolhas incompreensíveis, elas remanescem na penumbra, o corpo em anunciação. estivemos separados a noite toda.
Mas sem que a escolha fosse nitidamente nossa.
Talvez tenha sido aquela conversa anterior. Mas como determinar o porque das coisas, do fim da proximidade.
Sinto ultimamente que tenho tido últimos respiros, do que pode ser, ou não, e principalmente a dor que sinto ao fazer sexo.
Já não posso mais sentir dor, não suporto mais sentir dor.
Meu primeiro namorado, não havia uma única vez que não sentia dor. Mas ele já foi, a muito tempo, já foi.
Então as relações agora precisam ser luminosas, e molhadas.
A umidade.
Se eu pudesse definir um pequeno planeta das minhas entranhas e desejos ele seria úmido, com plantas verdes, arejado, aberto, com sementes vermelhas pelo chão. O sol indireto, nesgas quentes de luz. árvores robustas, raizes profundas que se comunicam.
Nesse pequeno planeta, tudo que entra violentamente na terra perde de vista o planeta inteiro. ele se esconde. a bruma o cerca, a areia sobe, ficamos cegos.
Portanto, a de se ter dedos gentis, pisadas firmes, peito tranquilo.
Dentro da terra, o corte feito em partes.
Isso mesmo que chamo de feitiço.
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tudo se misturou, tempo e espaço
meses que não sonhava de lembrar depois
estava parada, músculos inchados como que vestindo roupas falsas de um corpo diferente do seu
tirava fotos seguidas tuas, para compreender o movimento do corpo
você vestia preto
não tinha golpe, nem rasteiro
era uma cena, vista de longe, com um corpo falso
um rosto que reconhecia
os cabelos iguais, como uma armadura
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Após o choro, vem ao seu rosto um tipo de placidez
No espelho eu olhava essa imagem. Passei o dia relembrando daquilo que não poderia viver de novo.
Até mesmo os papéis de bala me faziam pensar.
Não tinha fogão na minha casa, somente um fogareiro elétrico que demora vinte minutos para ovos mexidos e uma hora para ferver o leite.
É muito difícil se desgarrar daquilo que já se sabe.
Se acorda as sete da manhã para limpar o terreno, tomar café e assistir uma aula de fotografia. Esquecer daquilo que já não desejo.
Enquanto chorava as árvores balançavam devagar, com a falta de vento e o excesso de sol. Parecia ser férias, mas aquela rede, aqueles pássaros, o chão de terra eram a minha casa.
Você prefere espelho ou quadro?
Ecos
Seria bom não se ver, só se perceber.
Acabou então?
Eu te amo mais só vamos nos ver cada vez menos. por tempo indeterminado.
Até eu resolver certas coisas, talvez mais, não sou de fazer previsões.
Escritos de idas palavras, vindos receios.
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Kidoairaku


Hoje não é meu aniversário,
Nem nenhuma data comemorativa importante.
Mas resolvi mesmo assim ir ao meu restaurante favorito no bairro da liberdade.
O local se chama Kidoairaku.
Tirei o dia de folga, fui andando, permiti depois de dois meses sem nem lembrar o que era um final de semana.
Pensei em ir ao cinema, mas com um cachorro em casa, filhote, melhor não ficar indisponível por tanto tempo.
Achei que o restaurante estaria fechado. Já tinha tentado e lá estava escrito “close” na plaquinha de madeira.
Dessa vez fui me aproximando e senti que algo florescia no meio do meu peito. Estava escrito “open”.
Ao abrir a porta a senhora que costumava ficar na entrada vendo novelas em japonês não estava mas ali, em seu lugar um amontoado de coisas de estoque, uma emoção forte me tomou, e logo compreendi que ela havia falecido.
Não achei mesa disponível, então enquanto engolia as intuições primeiras me dirigi ao balcão. Lá estava uma outra senhora que já tinha visto antes, mais jovem do que a que costumava sentar perto da porta. Essa era bastante séria, bonita. Cabelo curto, uma mecha loira e os olhos pintados com lápis preto.
Ela estava conversando com uma cliente sobre seus parentes que moravam no Japão e praticavam algum tipo de dança que eu nunca tinha ouvido falar, ela descreveu como: “não aquela da boca torta, e sobrancelhas como chifres, outra”.
Eu sorri olhando para frente e ela percebeu que estava ali. Me ofereceu o prato do dia e eu aceitei.
Comi devagar, minha mão tremia um pouco por diversos motivos, às vezes isso fazia o arroz cair, mas parecia que ninguém estava preocupado em me observar. Todos ali pertenciam ao mesmo lugar que eu, o conforto de estar em Kidoairaku.
A comida era perfeita, para mim, em termos de memória e sabor, era disso que precisava. A minha parte favorita era o fato que na bandeja tinham mais do que cinco pratos pequenos. Era um pouco de cada felicidade, um pouco de cada fim.
O chá que acompanhava a comida era um tanto amargo, parecia formar uma cama na minha língua para prontifica-la a receber alimentos. Com arroz torrado, harmonizando perfeitamente com os legumes em conserva e a carne forte temperada no shoyu e gergelim.
Ao meu lado um senhor japonês comia lentamente um prato igual ao meu, a mulher atrás do balcão servia a sobremesa de gelatina preta para os clientes satisfeitos.
Quando terminei eu comi também essa sobremesa, que tinha gosto de café, e combinava sua textura escorregadia com o viscoso leite condensado que caia nos meus lábios.
As garrafas a minha frente com os nomes de seus donos. A prateleira totalmente torta de tanto peso, as xícaras, os copos, o ventilador que amenizava o cheiro delicioso vindo da cozinha. Os tecidos azuis desenhados em branco, o burburinho das pessoas sentadas a mesa.
De olhos semi abertos observava tudo com uma paz curiosa, que não compreendia muito bem. O senhor ao meu lado terminou de comer, bebeu o último gole de chá e esfregou as mãos. Pagou enquanto eu olhava no meu celular se deveria ir ao cinema, ver alguma coisa antiga numa sessão barata... mas não achei nada que exatamente me interessou. Lembrei novamente do cachorro em casa.
Então levantei, com a sensação que tinha comido um grande banquete, mesmo que sozinha, parecia acompanhada.
Quase saindo do restaurante, depois de pagar, tive um impulso: olhei para ela, a moça do balcão com a mecha loira e disse: “Que dia que abre aqui geralmente?”
Ela me falou o horário de funcionamento de modo simples, sem alterar nenhuma nota, mesmo que talvez pudesse, manteve simples a informação até mesmo no gesto.
Eu continuei, com a voz embargada, cheia de vergonha por que as lágrimas estavam a prestes a pular sem controle: “Sabe, eu tentei voltar aqui. Esse é um lugar de muita memória para mim. Passei pela fachada de vocês - pausei e olhei para o lado, procurando algo para me acalmar, mesmo que aquele momento fosse tão pacífico meu coração pulsava- e nunca encontrei aberto. Hoje me deu uma felicidade tão grande quando entrei - nesse momento já chorava, e fiquei mais nervosa ainda ao ver os olhos dela ficando úmidos- Não sei porque, mas esse restaurante é meu favorito, talvez um dos meu lugares favoritos no mundo. Aqui eu me sinto em casa, obrigada”.

Acho que quando você abre um restaurante, ou segue a herança de cuidar de um da sua família, talvez não imagine que isso signifique tanto na vida de alguém.
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O mês de maio, odor de cedro
como nasci? ao meu lado sempre esteve essa faísca-brilho prestes a explodir
meu irmão, companheiro de manhã o pão com abacate e ovo
a noite o filme
todos os dias
assim por diante na casa um odor característico salgado, as mudas no quintal móveis mudam mensalmente, assim como sua disposição. brigamos, depois nos desculpamos pelo excesso
aprendemos enfim uma porção de coisas conforme o tempo segue não há disputas, não há território, não há estado nação na nossa casa,
o peito aberto
o carnaval passa, as pessoas passam
protegemos a porta com sal grosso, cheiro de ervas, guias os olhos parecem não abandonar nunca brilho na retina
choramos juntos, cada um ao seu tempo
ele de noite, eu de dia, ou ao contrário
expurgamos mágoas somos amigos, somos irmãos
assim por diante o sangue corre por dentro, circula, partícula rara, cada um, um universo, aqui em casa não tem tempo ruim, mas os copos quebram
mas fissuras são aparentes
cuidamos com odor e paciência
nada nos escapa, mas não há prisão o mês de maio é o mês de Deni, amor de minha vida, primeiro bebê que aprendi a cuidar, primeiro adulto que aprendi a conviver
e assim por diante. pintura: Deni Pisciotta Lantzman
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suspiros cotidianos, ou lagoas estáveis
gosto de: pendurar lençoís recém lavados
massagear os cabelos com óleo espesso
colher tomate ou folhas
cheiro de lavanda que vem dos óleos em cima da minha cômoda.
não gosto de : pendurar calcinhas e meias recém lavadas
lavar talheres
meus dedos secos, nos quais ficam trilhas da minha ansiedade
solidão sem aproveitamento
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preciosos raios
uma relação feita de tijolos e plantas
não há objetivos em mãos, terra de monte, composta e preta
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profecia como porta de entrada, onde não é questão fundamental se você não crê.
sussurro no pé do ouvido, algo antigo estoura, como uma bolha no verão
procuramos nos esconder dos dizeres, simulando pequenos, imagina que de alguma maneira procura evitar as palavras antes ditas.
o que não se percebe é que aquilo que projeta em frente na verdade já está ocorrendo.
um imã, muito forte, em volta diversos objetos metálicos. ele atrai aos poucos primeiro os menores, há um sutil movimento, quase não se nota. mas então passado um tempo os grande objetos correm e todos se juntam num bolo metálico cheio de pontas.
assim se comporta a profecia, nos faz observar aquilo que parecia insignificante, abre a nossa frente tudo que há de minúsculo, como pequenas flores do cacau.
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não salte no elevador, Vic proferiu, que ele vai cair. talvez tenha sido a flor branca, ou o abraço que me deixou, ali. mas no elevador chorei, mesmo com o risco de desabar.
pensava que ser dramática de nada adiantaria, tudo estava indo bem. o que me apertava era pensar que Vic ia crescer rápido, e eu ia perder aquilo.
me senti egoísta de pensar isso, alguma vezes, mas era a verdade, eu queria ver ela crescer na minha frente, ser sua amiga, contar histórias.
o tempo interno foi pulsando, relembrando o que mantém um elevador de pé, ou até mesmo uma casa toda.
fiquei imaginando o apartamento, aquele longe, para chegar com duas malas de brinquedos e roupas pequenas, livros escolhidos e panos vermelhos. era um lugar cheio, plantado, uma floresta de convivências.
imaginei uma senhora caminhando por lá, abençoando cada canto, a erva forte no ar.
no fundo um violão trovado, tocando em ritmo forte.
imaginei Carola tomando seu café, olhando pela janela imaginando sua próxima aula, imaginei Vic pulando pela casa, contando que tinha aprendido a falar todas aquelas coisas naquela língua misteriosa.
Eram peixes que viviam na casa, cobertos de água, era um ambiente sincrônico, e lá estava eu também, de longe, pois pulsava em luz um cordão dourado daqui até lá.
Não há despedida, apenas espectro que segue em conjunto.
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monocular celular entre zero e um
prestativo subconsciente adentra na sala, batendo a porta
olá, prazer
e dá as costas a parede obscura velada da natureza das coisas.
digo, olá. ele não responde.
não digo nada, ele se mantém como nós, entrameado. respira, já que compreende que existe, eu digo
olá.
ele diz, buraco. seu buraco é fundo.
respondo que sim com gesto, cabeça e ombros. ele responde.
há de adentrar nele, quedar, talvez procurar mil cavalos que seguem em direção à sí.
fecho os olhos e depois abro em uníssono natural, já que reconheço que existo.
a parede obscura pulsa naturalmente eu penso e pulso junto com ela meu corpo corresponde ao seu ritmo dando passos inimaginados mas mesmo assim como reais são impuros com seus trovões e ventos externos mas internos de pulsar aquilo que já se tem mas se mata por precisar seguir em frente já que o caminho até a parede obscura de fato reserva mais de mil cavalos e peixes alados sob tudo isso uma fogueira imensa de verticais fogos densos.
ao canto ossada dentro de um saco passado atirado na fogueira. ao se resfriar vive apenas o pó.
auto retrato setembro doismiledezoito após o que se diz entrada irreparável da maturidade.
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das poças que se acumulam no centro do peito, chegando perto da marca da idade adulta, ou consciente. diz que estou, remo um pequeno barco, sonho todas as noites. sob o oceano negro, batem ondas que confundo, se o que aparece de baixo é uma nesga de luz ou uma ilusão passageira.
pratos se quebram conforme eu me locomovo e os colo, desejando serem lembrados como parte de mim. lembro das compotas na janela, a feira de antiguidades, um sol marciano, uma piscina pública.
o lastro ancestral é uma construção contínua, que se revela numa cidade inesperada em um dia de chuva.
foto 1: Jéssica Mangaba em Uldenaya, São Petesburgo foto 2: caminho Helsinki-Tallin
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um conteúdo grosseiro, desde já aviso.
hoje o topismo pela luz me deu uma rasteira. isso é um texto de rememoração. o topismo pela luz me trouxe até aqui, cega ou clarividente, como assim preferir quem lê.
cheguei na imagem ou no texto pelo mesmo motivo.
os anjos de rilke, as imagens distorcidas de uma fantasia que trazem essa abundante chama me visitaram hoje. seguraram minhas mãos.
meu candeeiro da noite,meu tão sereno confidente.
tatuei em minha lomba isso mas mesmo não foi a toa.é a chama que não se apaga, pois o desejo se esvai, mais a minha voz de poeta não,até que eu decida, não
e grite, até a próxima.
mas a luz não me escapa, pois para uma rasteira, um colo para deitar
um rio de lágrimas para fluir.
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Arroz
nós viemos do mar, sangue salgado.
grão curto, ranhuras no caule.
no alto da panela se vê um líquido cremoso, separa esse e dê as crianças.
esta construção imaginária se estabeleceu no espírito consciente como queda. aquilo que fende no espaço, gera sussuros ou murmúrios, ascende como líquido do arroz, a isso chamamos de vivência.
numa sala separe os secos, até esvaziar o nomeado, que não se mantém eterno pois não há forças para subir. recolhe então esses pequenos grãos, cozinhe na panela, para o verão deixe solto, para o inverno tenro em conjunto.
ao fechar os olhos visualize o campo molhado, tomado de todos os grãos encapsulados que sua mão toca.
acrescente o sal e estenda a língua até o conjunto quente, vaporizado.
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