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A segunda carta enviada.
TIBET, 15 de Julho de 2023
Querido Rowoon,
Imagine a minha surpresa ao receber as suas cartas pelas mãos do dr. Yoon! Ele veio logo pela manhã ao meu quarto, entregá-las. Pelo que me contou, chegaram ontem à noite, enquanto todos estavam dormindo.
Seus textos parecem páginas arrancadas de livros de histórias delicadas.
Confesso que cheguei a ler algumas frases em voz alta, pois acredito que desta forma, a emoção que cada palavra transmite parece se intesificar e, por alguns segundos, me senti ao seu lado.
O amor é algo mutável.
Como pode uma palavra tão pequena carregar tanto peso?
Me perguntou se já o senti, e bom, já cheguei a amar e ainda estou apaixonado, se assim posso dizer.
Me lembro do meu primeiro amor, uma menina linda de olhos marcantes e cabelos escuros como a noite, seu nome é Surya. Surya gostava de dançar e cantar, adorava flores de manga e foi ela quem me apresentou o chai, o qual viria a ser uma das minhas bebidas rotineiras durante esse meu tempo no Himalaya. Você gosta de chai, querido Rowoon? Meu segundo amor foi minha ex-esposa, Aurora. Aurora tinha a risada mais marcante que possa imaginar, era contagiante. Adorava admirá-la pintar os quadros em nossa varanda da nossa antiga casa, ela pintava ao menos um à cada semana. Compartilhávamos de uma grande paixão, o mar… e exatamente por isso escolhemos morar em um lugar onde pudéssemos ouvir as ondas batendo na praia todas as manhãs, desde a janela de nosso quarto.
Me perguntou se tenho filhos e sim, tenho lindas crianças. Querido Rowoon, tenho certeza que se apaixonaria por cada uma delas... são encantadoras! Principalmente o meu menino mais velho, Vincent: gentileza e tranquilidade seriam as melhores palavras para descrevê-lo. Quando criança, ele adorava seguir-me pela casa esperando pelo nosso tempo juntos, uma graça que só! Até hoje me lembro bem como eram seus passos, leves e rápidos, sob o assoalho de madeira. Com toda a certeza, esta é uma das minhas memórias auditivas mais preciosas. Hoje ele é um homem formado, seus passos não são mais leves, mas firmes e seguros, se tornou uma pessoa decidida e um excelente líder.
Eu tenho muito orgulho de Vincent.
As minhas outras crianças são meus pupilos, jovens brilhantes que conheci durante a minha vida e que aprendi a amar, que cuido como posso. São excepcionais aos meus olhos, todos, e os amo como se fossem meus próprios filhos. Se os listasse, se surpreenderia com o tamanho que esta carta ficaria... Como tenho saudades das minhas crianças, querido Rowoon. Tenho saudades de compartilhar uma refeição com eles, de ouvi-los contar sobre o seu dia, de estar presente. O meu tempo recluso foi decidido por uma urgência necessária, e a recuperação tem sido devagar, como um andar de tartaruga mas que progride à cada dia que passa, felizmente. Uma mente sã fortalece não só a alma, mas sim o corpo, por mais atlético que ele seja... mas, bom, confesso que os meus pensamentos pregam-me peças ousadas, às vezes me impossibilitam de sair da cama, e me vejo em minha única fuga, observando o céu azul e sem nuvens deste verão himalayo. Coryne tinha razão. Escrever a alguém cujo rosto desconheço é tão mais fácil, você também se sente assim? Não sei dizer, mas compartilhar um pouco da minha vida à você, desta forma tão íntima, o torna o meu confidente, alguém que estou dividindo um lugar à mesa, enquanto tomamos chai ou lemos trechos de livros.
É curioso.
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A primeira carta enviada.
TIBET, 13 de Julho de 2023
Querido Rowoon,
Talvez o possa chamá-lo assim? Mesmo nunca tendo o encontrado? Perdão, há muito tempo não escrevo cartas. Coryne me falou muito sobre você. Disse que poderíamos ser amigos, mesmo estando há tantos e milhares de quilômetros de distância. Disse que gosta de livros tanto quanto eu, e que provavelmente teríamos o mesmo gosto por artes, e que compartilhamos da mesma solidão.
Ela me disse que você é muito gentil.
Foi durante nossas sessões semanais que ouvi o seu nome pela primeira vez e fiquei curioso. Gostei da sonoridade, as palavras parecem dançar na boca ao pronunciá-lo. Coryne o repetiu mais algumas vezes antes de sugerir esta troca de cartas, que embora cheguem à você escaneadas, estão sendo escritas à mão, sob uma mesa de madeira maciça de frente à uma janela, cujas laterais possuem detalhes tão simétricos. Me conte, qual é a primeira coisa que vê pela janela? Ora pois, acredito fielmente que esteja em um lugar que tenha janelas, grandes ou pequenas, e que as mesmas sejam o seu lugar de fuga por pelo menos uma vez ao dia. Todos nós precisamos de fugas, daquelas onde podemos olhar para o céu e admirá-lo em silêncio, nos perdendo na imensidão de um azul único. De minha fuga, desde o meu quarto, vejo primeiro uma bancada de especiarias. Acredite, os himalayos adoram especiarias, cheiros fortes e gostos tão marcantes, como cordeiros, por exemplo. Vejo também, pela manhã e a noite, no mesmo horário, a mesma menina que brinca com sua boneca... acho que são boas amigas. Lassa é incrível nesta época do ano. As temperaturas não são tão baixas e, mesmo que tenha que vestir ao menos um casaco, minhas mãos ainda permanecem quentes enquanto caminho pelas vielas da cidade. O verão himalaio é convidativo, pois mesmo entre o branco de suas construções, temos paisagens mescladas de um verde escuro, que ornam perfeitamente com as cores das pinturas e bandeiras espalhadas pela capital. O cheiro de incenso é algo o qual nunca esquecerei, são tantos perfumes que não consigo identificá-los, mas aprendi a gostar e apreciá-los da melhor maneira. A beleza daqui aumenta ainda mais com os detalhes. É um bom lugar para me reencontrar, mas confesso... sinto falta da minha família, das minhas crianças tão amadas. Gostaria de mostrar à elas tudo que meus olhos captam a cada dia que passa. Hoje foi um bom dia. Ao menos chorei apenas duas vezes. Chorar faz bem. Espero que o seu verão esteja ameno.
Do seu mais novo correspondente,
Maxmillien Hattori
PS: Peço perdão pela letra desajustada. Prometo melhorar na próxima escrita.
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Notas do diário de reabilitação
TIBET, 20 de Julho de 2023
Hoje o clima está mais favorável do que ontem. Ao abrir a janela do quarto, senti uma brisa fresca passar por entre as cortinas e um cheiro de chuva invadiu o ambiente. O céu não tem sol, as nuvens acumulam-se por cima das casas de teto simples, está um ótimo tempo para sair e andar pela vila. Lassa está viva. As pessoas vão e vem, os comerciantes anunciam seus produtos animados, ouço músicas vindo das casas e risadas altas de crianças. Khan disse que viria me ver mais tarde, me convidou para tomar chai enquanto compartilhamos trechos do livro que estamos lendo juntos, Tantra no Tibet de Dalai Lama. Sinto saudades de casa. Sinto saudades ainda mais das minhas crianças, saudades tão grandes que deixam o meu peito apertado e dolorido.
É um processo.
Um processo longo e doloroso, mas infelizmente processos longos e dolorosos também fazem parte do constante crescimento. Quero voltar mais forte para eles, por eles. Hoje vejo com clareza a situação que se passou, vejo os erros, os acertos, as decisões tomadas... refleti muito sobre tudo.
Reconhecer os erros é o primeiro passo para uma melhora contínua. É um processo.
É isso que Coryne me diz durante as sessões. Não vejo a hora do processo passar, da dor cessar e respirar profundamente sem sentir que não há mais ar para respirar. As vezes as crises vêm, e me sinto tão incapaz… mesmo que meu corpo esteja sadio, minha mente enfraquecida me trás tantos pensamentos inoportunos, é difícil. Me rendo a eles, é o mais fácil a se fazer.
É um processo.
Vai ficar tudo bem.
Até la, muitas xícaras de chai ainda serão compartilhadas durante as leituras de mantras contínuos. Ao menos, as palavras que antes não faziam sentido à mim, me fazem voltar ao presente, ficando os pés de minha alma e corpo à este lugar tão distante mas tão necessário.
É um processo.
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Sun God
Seu primeiro amor foi uma colega de escola, Surya, era seu nome.
Surya tinha cabelos negros e compridos, “bonitos como a noite” se fosse os caracterizá-los poeticamente, olhos tão profundos como o oceano e um sorriso, ah, um sorriso que o derretia por dentro. Ele descobriu o que era sândalo ao ouvi-la conversar com as amigas, que era esse o nome do cheiro que sentia quando ela passava.
Surya era a filha mais nova de um importante comerciante indiano que havia se mudado para Miami há pouco tempo.
A conheceu um pouco antes de se encontrarem na escola, quando seu pai reuniu novos clientes em um luxuoso jantar em sua casa, onde os mesmos poderiam levar suas famílias. A família Hattori esteve em festa aquela noite, a prosperidade e fartura eram as principais características destes encontros e Yoshihiro, o patriarca, fazia questão de ostentar o que fosse para agradar seus convidados.
Maxmillien lembrava-se com detalhes de Surya aquela noite, ela estava usando um sari tão bonito e carregava muitos adornos em um vermelho vibrante. Ao serem apresentados ele sorriu à ela impressionado, e qual foi o tamanho da sua alegria quando a jovem o correspondeu da mesma forma. Seu coração chegou a palpitar como um passarinho.
Durante o jantar havia se sentado à frente dela e, discretamente, a via comer em pequenas garfadas os pratos servidos. Os trejeitos eram delicados, sutis, até mesmo a forma em que levava à taça de cristal aos lábios poderia ser descrito lindamente. Quando o encontrou terminou, a viu andar pelos corredores da casa, admirando os quadros expostos nas paredes, talvez ela gostasse de artes tanto quanto sua mãe. Ali encontrou um ótimo momento para abordá-la.
ー É um Monet verdadeiro... qual erao nome mesmo? Ah! Bassin aux nymphéas, les rosiers [Lago com Nenúfares, Rosas], a obra é de 1913. Mamãe o adquiriu recentemente em um leilão. ー suas mãos estavam cruzadas por trás do corpo esguio, mantendo os dedos entrelaçados. ー É muito bonito. Gosto de jardins. ー comentou ainda admirando a arte. Sua voz era carregada do sotaque hindu, ele havia achado uma graça. ー Você pinta também? ー Oh, não, não... apenas aprecio bons quadros. Em relação à artes, prefiro cantar e dançar.
Surya lhe contou que as músicas tradicionais hindus eram as que mais gostava, e como a vocalização era algo difícil, até mesmo para alguns profissionais. Contou como as famílias se reuniam para apreciar boas músicas, compartilhar boa comida e contarem histórias. Max ficou encantado, era um mundo completamente diferente do seu. ー E qual a sua música preferida? ー perguntou curioso enquanto caminhavam em direção à varanda. ー Se eu contar... provavelmente não conhecerá... ー Ora, vamos, estou curioso mesmo assim. ー o sorriso transformou-se em uma risada aberta e simpática. ー Okay... bom, é Daiya Daiya Daiya Re da Dil ka Rishta, é de um filme muito famoso de Bollywood! ー respondeu ela tímida, mordendo os lábios. ー Parece... bem animada, acredito? ー a risada continuou. ー Sim, é bem animada! Sei dançar direitinho, pois sou uma ótima bailarina! ー gracejou. ー E acerto todas notas, sou uma excelente cantora também! Of course. ー Muito convencida a senhorita, não acha? ー os ombros apoiaram-se na beirada do muro, enquanto os olhos ainda estavam conectados aos dela. ー E posso ouví-la cantar? ー Vai adorar me ouvir, sr. Hattori. Ficará boquiaberto! ー brincou ela. ー Preste atenção! ー e então Surya começou a entoar o ritmo alegremente, movendo seu corpo ao acompanhar o compasso. Aquela noite havia se tornado mais agradável do que nunca.




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1 de Setembro
"Flores de Inverno"
A Columbine girava entre os seus dedos, brincava com o caule comprido, observando cada detalhe das pétalas da flor. Havia comprado um grande bouquet quando a encontrou, e naquele momento concentrava-se para lembrar de cada detalhe, como se ao revivê-lo em sua memória, os sentimentos viessem mais uma vez à tona. Ele resistia em pensar que havia encontrado um ponto de paz nela, afinal, nunca fora de se encantar assim por alguém. Cético, não acreditava em destinos ou encontros mágicos, mas refletiu que deveria dar uma chance à aquela surpresa agradável.
Havia alguma coisa na moça que o deixava sem palavras, ela parecia pertencer a um mundo muito diferente do que estava acostumado, o lembrava de algo que há muito tempo havia se perdido, mas não conseguia se lembrar exatamente do quê.
Aquela seria a primeira vez que ele sairia em público após a reclusão, e estaria enganando a si mesmo ao dizer que não haviam borboletas que corriam pelo seu corpo, chegando a deixá-las escapar pela boca, ao passarem pela sua garganta. A saída em público por muito tempo ainda o assustava devido às situações passadas, contudo queria progredir no seu retorno, mesmo que pouco a pouco. Era uma ótima oportunidade para esquecer os problemas passados, colocar em prática o que havia aprendido e conhecer aquela moça que permaneceu em sua mente por dias seguidos. Enquanto terminava de arrumar-se, lembrou-se de uma breve conversa que teve com um amigo:
“A vida te surpreenderá com alegrias tão grandes quanto as mais lindas flores que nascem no inverno”.
ー Uma flor que nasce no inverno…
Repetiu baixo para si mesmo, ainda admirando a Columbine de cores marcantes que estavam sob a mesa.


Hana e Tomohisa trocaram gostos literários, e a cada livro mencionado, discutiam sobre as obras expondo suas opiniões e comentários. Ela era tão inteligente, tinha uma percepção profunda sobre a sociedade e minorias e isso o deixava encantado, ali tinha a real certeza de que não se importaria em passar horas falando sobre a perspectiva de mundo. Seu sorriso era o mais largo possível, e os olhos meia lua o acompanhavam alegremente, há muito tempo não se divertia daquela forma.
Se pudesse listar o que mais adorava nela começaria pelo sorriso, era contagiante como ele a correspondia igualmente quando a via sorrir; depois seriam os olhos que mais pareciam uvas, pequenas e redondas, tão vivos; e por fim a voz… se pudesse descrever a voz em uma palavra, diria que era igual mel. Melodiosa, doce e clara, era única.
ー Adoro laranjas. ー confessou ele ao bebericar mais uma vez a bebida. ー Adoro laranjas pela manhã, fazem parte da minha alimentação há muitos anos. ー ele mostrou à ela as palmas das mãos. ー De manhã sempre terei o cheiro ácido nos dedos, posso dizer que é o perfume que mais gosto de sentir ao acordar. Já o hortelã… bom, acho que irá adorar saber que tenho um arbusto grande em casa. É agradável, não? Dizem que o hortelã representa a vivacidade, é um chá que renova as energias. É um dos meus preferidos também.
A ouviu contar sobre Hui Mang, e ficou um tanto pensativo, aquele nome não lhe era incomum, talvez já o tivesse encontrado em algum momento antes do Tibet. Não sabia ao certo, Tomohisa havia conhecido tantas pessoas…
ー Fico feliz que tenha alguém tão importante como Hui em sua vida. É bom ter sempre alguém para com quem contar, para se apoiar… e cuidar. ー Ele cruzou as pernas para o outro lado, ajeitando-se no estofado. ー Eu tenho uma irmã mais nova, entendo o sentimento que Hui tem por você. Zora e eu somos muito próximos e, acredite se quiser, nunca brigamos. Hoje moramos longe um do outro, mas nada que mensagens diárias não nos faça matar as saudades.
Por um momento, ao repousar a bebida sob a mesa, suas mãos se encontraram, sentindo o calor que vinha da pele dela. Ele, que sempre tinha as mãos frias, ficou brevemente tentado a tocá-la novamente. (...)
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29 de Agosto
“Seu nome é Hana”
ーHana? ーrepetiu o homem mais velho, divertindo-se.
Uma flor que cuida de outras flores… o que poderia ser mais poético que isso?
Galanteador, não havia perdido o jeito com as palavras. Quando avistou o buquê de Columbines, aproximou-se, colhendo um dos ramos e o levou até o rosto. Os adorava por lembrar sua mãe, principalmente as aroxeadas. ー Acho que agora deixamos de ser estranhos… e podemos nos cumprimentar devidamente quando nos encontrarmos novamente pela rua, não acha? ー Perguntou em tom provocativo, embora imaginasse que ela não o tivesse notado em momento algum.



Os encontros ocorriam ocasionalmente.
Havia alguns dias que havia voltado e, devido à reclusão, não escondia a ansiedade em sair de casa; mesmo que fosse apenas de carro, ou uma caminhada matinal, onde não encontraria ninguém pelas ruas.
A primeira vez que a viu, foi em um cruzamento próximo à Omotesando, não era muito cedo, talvez um pouco antes do meio dia.
Enquanto Jiro dirigia, no banco de trás, Hattori assistia o movimento das ruas, sentia-se saudoso pela sua cidade. Ao abrir um pouco a fresta da janela, queria sentir um pouco daquele calor de fim de verão, avistou a figura feminina que destacava-se pela enorme quantidade de flores em seus braços, muito mais do que podia carregar. Ele achou curioso, acabando por rir sozinho do que acabara vendo.
O segundo encontro veio após uns dias, um encontro rápido durante uma corrida matinal (o qual teimou bastante para que pudesse realizá-la sozinho). As orbes castanhas foram de encontro direto à jovem de rosto delicado e olhos pequenos, recordou-se da primeira vez que a viu, embora desta vez ela não carrega-se flores ou qualquer coisa nos braços, provavelmente estivesse apenas de passagem. Ele não era muito mais alto que ela, ficou mais visível a pouca diferença de altura principalmente quando ficaram lado a lado. Ficaram tão próximos, ao ponto de conseguir sentir o perfume floral memorável: “Jasmim?" pensou imediatamente. Quando o semáforo abriu, ela foi a primeira a dar o primeiro passo, então a viu se afastar, achando graça na situação mais uma vez.
A terceira e última vez foi próximo à estação de Shibuya, quando saía de uma reunião. Naquela altura muitos pensamentos já invadiam sua mente, o deixando ainda mais intrigado, afinal três encontros em menos de uma semana eram coincidências demai. ー A observou de longe, e mesmo com a multidão comum da região, arriscou-se em segui-la por entre as ruas estreitas o levante até uma charmosa floricultura, onde a mesma entrou cumprimentando as pessoas que estavam lá dentro. O local explicava por si só a razão pela qual ela carregava tantas flores na primeira vez em que se encontraram.
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