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❥ Thomas Reid
idade: 22 anos ocupação: estudante de cinema fc: alex fitzalan
Nada muito extraordinário acontecia nos subúrbios de New Jersey, lugar onde Thomas cresceu e, talvez por isso, seu amor pelo cinema tenha surgido tão cedo. Os filmes lhe ofereciam algo que a vida ao redor não parecia ter: mundos novos, aventuras, histórias com começo, meio e fim. Era o mesmo encanto que ele sentia ao folhear as pilhas de histórias em quadrinhos que ocupavam suas prateleiras desde criança. O mesmo frenesi criativo, um comichão de curiosidade.
Filho caçula de uma família de classe média, Thomas sempre foi uma criança esperta e fácil de conviver, embora falasse pelos cotovelos sempre que tivesse a chance — e adorasse alugar os ouvidos da mãe ou de quem quer que estivesse por perto com sua perfeita imitação do Gollum. Sua mãe, enfermeira em um hospital municipal, era firme, gentil e fazia o possível — e o impossível — para manter tudo de pé, especialmente depois que o pai de Thomas faleceu repentinamente, quando ele tinha apenas 12 anos. A casa, antes preenchida por música e conversas animadas, tornou-se mais contida — e Thomas, já introspectivo, mergulhou ainda mais no universo de livros, filmes e histórias que podia controlar.
Durante a infância e adolescência, Thomas sempre se sentiu à margem do mundo que seu irmão mais velho, Nathan, habitava com naturalidade: enquanto Nathan era popular, atlético, extrovertido — o capitão do time de futebol americano da escola —, Thomas frequentava clubes de quadrinhos, ajudava a montar o jornal escolar e passava os fins de semana escrevendo resenhas sobre filmes clássicos para um blog que ninguém lia — exceto sua melhor amiga.
Aos 11 anos, ganhou sua primeira filmadora — usada, com uma lente riscada — e nunca mais parou de olhar o mundo por trás das lentes. Criar histórias passou a ser seu jeito de se fazer entender, mesmo quando não tinha coragem de dizer em voz alta o que sentia. E por menos que parecesse, Thomas sentia muito.
Entre os sentimentos guardados, estava a paixão ultrassecreta pela melhor amiga. Eles cresceram juntos, entre tardes de HQs e sessões de cinema no quarto, com luz baixa e pipoca queimada, mas ele nunca disse uma palavra. Não quando percebeu que a amava, nem quando ela ria de suas terríveis piadas, nem quando passava minutos ininterruptos contando sobre sua mais nova obsessão — e muito menos quando começou a namorar Nathan. A partir dali, amá-la se tornou apenas mais uma das coisas que Thomas teria que soterrar com uma camada fajuta de desinteresse. E, como não podia viver esse sentimento, escolhia o transformar em roteiros — rascunhos nunca mostrados a ninguém.
Seu currículo escolar impecável lhe garantiu uma bolsa de estudos na mesma universidade do irmão — e também de sua melhor amiga, para sua sorte (ou azar, a depender do ponto de vista). Aos 18 anos, Thomas mudou-se para longe de casa e passou a dividir seu tempo entre as aulas na faculdade, o trabalho em meio período como atendente em uma videolocadora-café vintage — um dos poucos estabelecimentos do tipo ainda em funcionamento nos Estados Unidos — e seus projetos autorais de curtas-metragens e webséries.
Trocou o alojamento estudantil por um pequeno apartamento do outro lado da cidade depois de conseguir o emprego. O lugar é apertado, antigo e barulhento, com paredes finas e canos que fazem ruído à noite — mas ele aprendeu a gostar do som. Soa como vida acontecendo ao redor.
Hoje, aos 22 anos, ele ainda conversa com a mãe todos os dias. Trocam indicações de filmes como quem troca cartas. Ainda guarda seus segredos a sete chaves, ainda ama quem não pode e ainda vê o mundo com olhos de quem está sempre imaginando outra versão — uma mais bonita, mais justa, uma na qual ele se encaixa. Um mundo como ele poderia ser, se alguém o escrevesse direito.
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❥ Theodore ‘Theo’ Withmore Hastings III
idade: 27 anos ocupação: herdeiro do grupo Hastings & Co. Financial fc: evan roderick
Nascido nos berços dourados da tradicional família Hastings — uma dinastia de banqueiros e investidores que atravessa gerações acumulando poder e patrimônio — Theodore Whitmore Hastings III carrega um nome pesado, antiquado e cuidadosamente preservado pela elite da qual faz parte. Filho único, cresceu cercado pelos luxos proporcionados por uma fortuna centenária, protocolos rigorosos e uma linhagem que o via menos como uma criança e mais como um herdeiro em formação.
Seu pai, Theodore Hastings Jr., é um financista cujo nome é uma constante nas conversas da alta sociedade. Convicto de que “amor e outras bobagens sentimentais” são fraquezas incompatíveis com o sucesso, moldou Theo desde cedo para ser seu sucessor à sua maneira. Cada escolha da educação do rapaz foi meticulosamente calculada: internatos suíços, uma variedade de idiomas no currículo, competições de esgrima, clubes seletos de golfe e treinamentos constantes em etiqueta para jantares de negócios.
Sua mãe, Evelyn Whitmore-Hastings, é a socialite perfeita em público — sempre com a joia certa, o sorriso doce e vestidos assinados por algum designer europeu. Casada com Theodore Jr. por mera conveniência, sempre entregou exatamente o que se esperava dela: o estereótipo da esposa perfeita. Famosa por suas festas acolhedoras e aparições impecáveis, Evelyn, no entanto, manteve-se distante em casa— emocional e fisicamente. Muitas vezes, estava mergulhada em analgésicos, tratamentos estéticos ou retiros luxuosos, cumprindo quase nenhum papel real na vida de Theo.
Pressionado por um pai controlador e negligenciado por uma mãe ausente, Theo encontrou refúgio na rebeldia. Ainda assim, seguiu o script familiar até certo ponto: formou-se em Economia e Ciências Políticas em Yale — mérito de sua inteligência natural e de uma certa condescendência da universidade, que gostava de ostentá-lo tanto quanto ele a ela. Reconhecido pelos professores pela facilidade em aprender e por seu raciocínio hábil, foi por suas festas extravagantes, romances levianos e uma postura que oscilava entre um charme juvenil e uma inconsequência pura que acabou atraindo os holofotes e garantindo a má fama que ostenta — com certo orgulho, diga-se de passagem — até hoje.
Com a pressão para assumir posições estratégicas nos negócios da família, a cobrança de seu pai para que Theo melhorasse sua imagem pública cresceu consideravelmente. Mas ele nunca demonstrou real interesse em assumir papel algum ou atingir qualquer expectativa. Pra falar a verdade, Theo não dava a mínima. Pelo menos, não até ser arrastado para um casamento arranjado sob o pretexto de restaurar sua reputação.
Não até conhecer sua noiva.
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oi!
Eu sou a Nina (ela/dela, 21+) e este é meu blog secundário, onde você encontra os meus personagens do 1x1.
blog principal personagens femininos personagens masculinos
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❥ Weston ‘Wes’ Callahan
idade: 29 anos ocupação: jornalista fc: david corenswet
Wes Callahan cresceu nos arredores de Hartford, Connecticut, o filho do meio de três irmãos em uma família americana típica: pai contador, mãe professora do ensino fundamental, almoços em família aos domingos e verões no lago com os primos.
Sempre gostou de escrever — colecionava cadernos desde pequeno e vivia criando diálogos na cabeça para personagens que inventava em silêncio. Mais que isso, Wes gostava de contar histórias, inventadas ou reais.
Foi no segundo ano do ensino médio que começou a namorar Olivia, sua primeira e — entre idas e vindas — mais duradoura namorada. Ela queria ser cirurgiã; ele, jornalista. Cresceram lado a lado e, apesar de terem feito faculdade em cidades diferentes, nunca se afastaram de verdade. Eram um casal estável e promissor, daqueles de quem ninguém jamais duvidou que acabariam se casando.
E de fato iam. Mudaram-se juntos para Nova Iorque, cada um em busca da própria carreira, mas construindo a vida a dois que sempre sonharam.Tinham data marcada, apartamento alugado e convites impressos.
Na época, Wes ainda buscava espaço como jornalista e, quando um editor do New York Observer pediu que ele escrevesse algo pessoal para avaliação, ele entregou um texto sobre Olivia — sobre como é crescer com alguém e ainda se apaixonar por ela todos os dias. O texto se tornou sua primeira coluna publicada; foi bem recebido, viralizou e garantiu a ele um espaço fixo em uma nova seção do jornal, dedicada a histórias reais de amor.
Até que, poucos meses antes do casamento, Wes descobriu que Olivia estava envolvida com um colega de plantão no hospital. O término foi inevitável. Ela admitiu o relacionamento, fez as malas e, em questão de dias, tudo o que haviam planejado juntos deixou de existir. Tudo que sobrou para Wes foi a convicção de que relações românticas eram, no fim das contas, uma grande farsa. Tudo o que ele escrevia para o jornal tinha ganhado um apelo amargo e fajuto.
Agora, às vésperas de completar 30 anos, a última coisa que Wes quer é continuar a escrever matérias longas e melosas sobre eventos absurdamente caros, com pessoas exageradamente arrumadas e votos de amor com prazo de validade. Especialmente desde que sua noiva o traiu com o cara que ela dizia ser apenas um amigo do trabalho. Mas, por enquanto, são as crônicas semanais sobre casamentos que ele escreve para a coluna “Vows & Views” que garantem o pagamento do seu aluguel superfaturado num apartamento mediano no Brooklyn.
Ele já tentou emplacar outros temas — perfis de artistas locais, reportagens culturais, até uma crônica amarga sobre o fim do amor moderno —, mas nada que o jornal comprasse com o mesmo entusiasmo. Ironicamente, foi escrevendo sobre flores, buffets e promessas que ele próprio não acredita mais que Wes construiu seu nome na cena jornalística de Nova Iorque.
Seu editor, no entanto, fez uma promessa: se Wes conseguir entregar uma matéria de grande sucesso — algo que chame atenção, viralize, renda elogios da crítica —, poderá finalmente mudar de seção. Cultura, sociedade, até política, se ele quiser. Só precisa de uma história perfeita.E é por isso que, quando uma desconhecida esquece uma agenda repleta de informações sobre casamentos no banco de trás de um carro de aplicativo, Wes enxerga nisso mais do que uma coincidência: ele vê sua chance de se livrar de sua estúpida coluna.
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