uma hora
a campainha vai tocar
o telefone vai chamar
o jornal vai estar lá com a noticia estampada
eu deixei o recado na geladeira ontem pela manhã
eu vi o seu nome na lista dos aprovados
vai chover no domingo
o trem vai se atrasar
você vai partir e eu vou sumir
o abraço vai virar saudade
é tudo uma questão de tempo
com exceção da morte, baby
não há um “fim”,
apenas uma reta
com infinitos recomeços.
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ainda não descobri quantos graus fazem lá fora, mas no meu peito passam dos 10 negativos. eu ouço aquela música do the xx todas as noites e me pego perguntando se você sente minha falta. quando não houve mais nada para ver, você partiu em busca de outros ares, outros lugares. as coisas realmente ficaram diferentes e as vezes eu me esqueço de quem sou. se é que ainda sou algo. trancado no quarto desabo sozinho. eu quis fumar, mas só tenho um cigarro e esse te guardo no bolso esquerdo, na esperança de te ver voltar. enquanto releio as cartas que te escrevi e faço alterações desnecessárias já que a intenção da noite é queimá-las - e quem sabe, com alguma boa sorte aumentar um pouco a temperatura do lugar - eu vejo a descrição impecável de algo que ainda luto para não lembrar. teu jeito tão sei lá, como quem não quer nada e ao mesmo tempo vai conquistar o mundo com um mero olhar. a música recomeça, as mãos tremem, e eu que jurei que não o faria hoje, começo a chorar. só queria não sentir tua falta, só queria não estragar uma música tão bonita usando-a pra te lembrar.
no fim traguei as cartas, teu cigarro continua lá e eu exclui o cd inteiro do the xx do meu celular.
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