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Ainda não me decidi. Só consigo permanecer no "e se".
Tem um barreira que me protege de ser melhor.
Eu tenho medo de ser melhor?
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Queria muito voltar a escrever. Queria escrever poemas, textos, contos e músicas.
Queria cantar algo que eu escrevi e gravar aquilo.
Queria sentir prazer em tocar novamente. Eu parei de tocar, não sei quanto tempo faz, não consigo mais.
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Eu nunca sei se estou mentindo pra mim mesma. Depois de um tempo ficou difícil de diferenciar.
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Em plena quarentena decidi me maquiar todinha, deu um puta de um trabalho, mas pelo menos me senti bonita por alguns minutos.
Cancelei minha psicóloga essa semana porque eu pensei "não tenho nada de novo pra contar". Será mesmo que não ou eu só não quero conversar e enfrentar as coisas?
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Minha revolta passou.
Finalmente me sinto melhor e já posso dizer que meu tempo de luto passou.
Não tenho nada de muito novo ou filosófico pra falar. Só dizer mesmo que é muito louca essa coisa de crescer e perceber que seus pais sempre tiveram razão.
✨
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Finalmente criei coragem pra vir falar dessa semana insuportável.
Essa última semana foi, provavelmente, a pior desse ano.
Perdi minha gata, meu amor, meu xodó, meu anjinho (sempre chamei ela de anjo porque sempre achei que fosse um, quer dizer, ela é um, e agora está lá no céu.)
Pra piorar, passei mal vários dias- e ainda estou passando mal. Ainda não tenho certeza se é dengue ou não. Só sei que estou muita cansada e nunca passei tão mal quanto agora.
Mas, o que eu vim realmente escrever aqui, além de registrar os acontecimentos dessa semana, é dizer sobre quanto as coisas são passageiras.
Tive uma sensação de que minha gata iria embora, eu juro que tive.
Minha mãe me pediu pra rezar porque tive essa sensação com minha vó. Creio que isso seja na verdade meu medo gigantesco de perder minha vó falando mais alto.
Eu tenho muita dificuldade em superar perdas. Em superar perdas amorosas, românticas, afetivas, mas, também, de todas as outras áreas.
Eu simplesmente não sei lidar com perda e rejeição.
E, com isso, voltamos a um ponto crucial, sou completamente imatura.
Não aceito que as pessoas vão embora, não aceito que meus bichos possam morrer e nunca mais me ver. Eu não aceito não ter eles.
Eu não consigo aceitar a morte.
(é só isso por hoje, ainda estou de luta, espero pode falar da minha superação em breve).
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Hoje eu experimentei um dos melhores sentimentos, quero dizer, da melhor sensação que eu poderia ter.
Chorei ao sentir tanto amor e gratidão.
Parece papo de good vibes, mas não é. Depois de coisas que passei- e ainda passo - aprendi o quão importante minha família é pra mim e, depois de conversar durante 3 horas com meu pai sobre meu futuro e ele dizer que sou ele mas numa versão melhorada porque sou a inteligência e razão dele com humor, entendi que não preciso de mais ninguém no mundo além deles. Na verdade, de mim mesma. Do que sou - que é por causa e culpa deles. Meus pais são totalmente culpados pelo que sou.
Não se preocupem pais, não odeio vocês por ter herdado uma genética pra ansiedade.
...
Minha quarentena deve estar sendo, provavelmente, como a da maioria. Saio para ir ao mercado, a farmácia, vou na casa dos meus pais, nos meus avós, mas só.
E nesses dias eu percebi algo que, no fundo, eu sabia, mas não tinha tanta certeza.
EU ODEIO NÃO TER PESSOAS.
E com isso eu quero dizer:
Eu odeio não ter meus amigos, não distrair minha cabeça, não ter uma rotina estressante, não ter que me preocupar com o horário e não ter mais o que reclamar...
Tenho casa, tenho comida, minha nova gatinha Cléo que adotei recentemente, e tudo o que preciso, ou achava que precisava.
Eu não aguento mais me sentir sozinha.
EU AMO FICAR SOZINHA, mas com você é melhor (como já dizia a música do Dia Ferrero que não lembro o nome).
Eu sou totalmente dependente de contato humano.
Eu não conseguiria ir pro espaço sozinha nunca.
Eu nunca poderia ser uma astronauta.
Meus sonhos de infância foram por água a baixo e foi daí que eu entendi porque as crianças tem tanta fixação por viagens espaciais e coisa e tal.
...
Pra fechar essa bagunça, segue o trecho de uma música que demore muito a entender e hoje faz 100% sentido.
"Minha dor é perceber
Que apesar de termos
Feito tudo o que fizemos
Ainda somos os mesmos
E vivemos
Ainda somos os mesmos
E vivemos
Como os nossos pais".
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Oi. Meu nome é Fernanda e tenho 20 anos. Pelo menos foi o que me disseram e o que tá escrito na minha identidade.
Como uma boa jovem que completou suas duas míseras e ínfimas duas décadas de vida, começo a me questionar sobre os porquês da vida, e, por consequência, sobre as emoções, intenções e desejos do homem- e da mulher também, é claro.
Se você acessou meu perfil, entrou no link e chegou aqui ou você é um amigo meu e quer saber o que estou aprontando ou é só mais um aleatório que tá xeretando minha vida. *me sentindo especial*
Não acho que o mundo dê a mínima pros meus pensamentos, ou melhor, quem sou eu pro mundo saber da minha existência e ainda se importar minimamente comigo????
Viajei...
Só queria dizer que isso aqui vai ser tipo um diário, mas não vai ser diário porque provavelmente vou me esquecer da existência dele e lembrar só quando tiver uma crise de ansiedade doida e precisar mesmo.
A verdade é que eu só criei pra tentar dar um significado especial às palavras que eu não postaria diretamente no Instagram ou Facebook (talvez no twitter sim). E, além do mais, pra postar as fotografias que eu gosto, sem ter que pensar se vai combinar com a estética do meu perfil.
Se você acessar e encontrar alguma fotografia sua, sinta-se especial.
Se você encontrou e não gostou da foto, por favor não me xingue e tente entender o lado artístico da coisa (que eu inventei porque o conceito é meu e na verdade eu que tenho que entender rs). Se odiar de todo o jeito, eu apago pois sigo as normas do Código Civil e Penal e não quero ser processada (mesmo sabendo que você não teria dinheiro e tempo pra isso).
Enfim, espero conseguir explicar o que cada foto significa pra mim.
Senão nada disso fará sentido.
Não que eu me importe.
Tá, na verdade eu me importo sim.
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