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Giro turístico com sketch no centro de São Paulo

Oi Pessoal !!

Feliz Ano Novo com muita Pax et Axé prá todos!

Começando os registros do ano, queríamos, a Barbara e eu, mostrar o resultado passeio turístico que fizemos no último domingo, o Walking Tour Igrejas do Centro Histórico, tour este organizado pelo Passeios Baratos em São Paulo em associação com o grupo Giro in Sampa. Gostamos muito e pretendemos fazer outros passeios com estes grupos - o leque de opções deles é bastante amplo .

Nosso desafio foi registrar estas 3 horas de andanças através de sketches muito rápidos dos lugares visitados e algumas anotações sobre os mesmos. Não havia desenhistas no grupo e, além disso, queríamos prestar atenção nas explicações da historiadora ; mas o resultado nos agradou. Nos próximos passeios acredito que os registros poderão ser um pouco mais fáceis e melhores, pois já temos uma ideia do que dá prá fazer .

Seguem os nossos desenhos ..... até breve !!

Barbara e Marilia

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USK 10x10 - A percepção da cidade

Em comemoração aos 10 anos do movimento Urban Sketchers, foram organizadas 10 aulas coordenadas pelo Eduardo Bajzek .

Com o intuito de reforçar também o espírito original do que moveu a criação do USK, estamos em 10 aulas de formação tentando registrar a cidade para buscar aprender a fazer uma reportagem sobre São Paulo. Isso significa manter vivo o espírito de se contar uma história do cotidiano na cidade, simplesmente pelo desenho.

Cada aula serve para aquisição de conhecimento de técnicas de observação pela prática.

Já foram várias aulas e no último domingo passado (11/06/17) chegamos à sétima que foi com o Carlos Avelino, fazendo demonstração de aquarela e nos orientando num desenho de observação da Paulista , quando usou somente aguadas de tinta em camadas para registrar assim a atmosfera do local.

O desafio para mim e muitos da turma também foi desenhar com manchas coloridas em camadas – em aguadas. A linha serviu somente de apoio para a composição do desenho e nada mais.

Depois de toda a bagagem adquirida nas seis aulas anteriores a tarefa de aquarelar, que parecia assustadora pra muitos de nós, se tornou um exercício sério, divertido e instigante. Será preciso um longo caminho ainda de mais exercícios, e ontem o Avelino nos deixou  o gosto por ainda descobrir mais possibilidades com a aquarela.

Mais uma vez Eduardo nos conduziu a perceber o sentido original do Urban Sketchers que é captar o entorno da cidade através do desenho  –  e assim nada melhor do que num evento urbano como ver paulistanos caminhando na Avenida Paulista fechada num domingo de sol.

Ainda temos mais três aulas pela frente e mais informação para somar ao que já adquirimos.

Por enquanto é só. Depois a gente vem com mais histórias para contar, desenho após desenho. ;)

Irmgard

Carlos Avelino

Irmgard Schanner

Adriana Mendes de Almeida

Jacqueline Low-Beer

Lucia Simon

Marília Varella

Roseli Martello

Cassia Franco

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Xīn Nián Hǎo (新 年 好) !!!!

101º Encontro USK SP comemorando o ano novo chinês : Ano do Galo

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Xīn Nián Hǎo (新 年 好) !!!! Ontem o nosso grupo USK SP iniciou as atividades de 2017 desenhando a comemoração do Ano Novo Chinês aqui em São Paulo, no bairro da Liberdade. O bairro sedia a cada ano as comemorações da chegada do Ano Novo Chinês. A celebração, que marcou o início do Ano do Galo, trouxe muita gente, comidas e danças típicas, além de apresentação de artes marciais, música e os brilhantes desfiles do dragão. E ainda uma multidão que começa a crescer depois das 10 da manhã que era o horário marcado para nosso Encontro. Assim mesmo no meio da muvuca e com todo aperto, conseguimos desenhar. Foi uma boa oportunidade para celebrar o ano novo (lunar) do Galo e o primeiro evento nosso do ano (gregoriano) de 2017 . Foi ótimo rever amigos sketchers e ver gente nova que chegou. Assim a gente tem aqui uma amostra de alguns dos sketchers da produção do dia. Irmgard

Irmgard

Irmgard

Eliana Bianco

Marília Varella

Nelson Pozin

Renato Palmuti

Renato Palmuti

Suely Shiba

Suely Shiba

Tereza Cordido

Tereza Cordido

Tereza Cordido

Tereza Cordido

Jacqueline Low-Beer

James McCormack

Jeremias Ortiz

Masahiko Kato

Masahiko Kato

Masahiko Kato

Kei Isogai

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Registro em papel pequeno

Precisando esfriar as idéias e mergulhar a cabeça na água, fomos rumo ao litoral norte de São Paulo buscar as praias de Ilha Bela. Estava mesmo com saudades das águas limpas das praias de lá e das picadas dos insetos borrachudos. Tive que dividir meu tempo entre mergulhar na água e desenhar a paisagem das praias com aguas claras, verde-azul, antes que os borrachudos percebessem que eu estava ali.

É claro que voltei pra casa com a lembrança da tatuagem das picadas de insetos, mas consegui registrar algumas das praias que fui.

Me desafiei a desenhar tudo em espaço pequeno, o que quase sempre é difícil pra mim, mas fiz “mostrando o mundo um desenho de cada vez”(manifesto usk).

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84o Encontro USK SP no Parque da Juventude

Arquitetura incômoda: atravessando o rio.

(Texto informativo de apresentação elaborado por Tereza Cordido)

A cidade de São Paulo através de seu processo de urbanização e dos interesses do capital a seleção territorial entre áreas nobres e áreas para ser ocupadas por prestações de serviços indesejáveis para o convívio da elite. Assim com a justificativa de região pantanosa, e farta de nascente a zona norte da cidade foi ocupada por prisões, manicômios, sanatórios e ainda sítios de produção agrícola para abastecimento local.

Assim nos início do século XX, nos anos 1920 a Penitenciária com projeto do escritório de Ramos de Azevedo ocupou a outra “margem do rio Tietê” afastada do centro da cidade. Ganha corpo então o complexo penitenciário do Estado que foi ampliado com o complexo da Casa de Detenção nos anos 1950.

Com o inchaço desse sistema e o crescimento urbano e valorização das terras da outra margem, nos anos 1990 são construídos presídios pelo interior do Estado e começa então a parcial desativação do complexo.

Após várias propostas de uso, incluindo um conjunto habitacional, venceu a ideia de um parque urbano. E após a realização de um concurso para projeto, em 2003 o escritório Aflalo&Gasperini, com o paisagismo de Rosa Klias tem sua proposta aprovada.

Respeitando a ideia de memória utilizando alguns edifícios originais e aproveitando ainda uma reserva de mata atlântica natural o projeto de ocupação manteve os princípios:

Parque Esportivo

Parque Central

Parque Institucional

Área de preservação permanente

Muralha

Pode-se afirmar que existem três grandes eixos de sua organização: o saber (ETEC, Biblioteca); a contemplação (esplanada, mata atlântica ,ruínas de uma obra para hospital que foi abandonado e muralhas) e por fim, para práticas esportivas (quadras de tênis, basquete e pista de skate).

Integrando a cidade e seus ruídos, uma incômoda memória o parque ganhou corpo e vida urbana de qualidade expurgando seus males ao mesmo tempo em que preserva o seu passado com belíssimos visuais e boa arquitetura.

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O que teve no #81USkSP

1- teve convite do departamento de oficinas e programação para que um encontro do Urban Sketchers São Paulo acontecesse no Sesc Pompeia dentro da programação intitulada “Existe arte em SP”

2- teve divulgação no site e redes sociais do Sesc. 3- teve materiais artísticos disponibilizados pelo Sesc para os participantes do encontro. 4- teve contato com um sketch da arquiteta autora do projeto do Sesc Pompeia: Lina Bo Bardi.

5- teve visitantes de várias cidades do Brasil: Cláudia de Bauru, Lauro de Paraty, Caroline de Porto Velho, Cíntia de Porto Alegre, Márcia de Santo André, Marco Antônio de Presidente Prudente e, Marília e Gervásio de Mogi das Cruzes que são membros fiéis do USk São Paulo. 6- teve os membros do USk São Paulo que são de outros países e reforça como nossa cidade é cosmopolita como Florencia que é do Uruguai, Vivien que é da Alemanha, Jeremias da Bolívia, Sandra da Colômbia e o sr. Kato nascido no Japão. (nesse encontro não estava presente a nossa querida Catharine que é húngara) 7- Tivemos autorização para acessar locais que apenas associados tem acesso como o bloco esportivo.

8- teve netos Mariana, Soraya e Samuel desenhando com avó Elisa. 9- teve muitos amigos expressando que sentirão saudades dos 40 dias que ficarei fora de São Paulo sem estar presente nos encontros (estarei acompanhando tudo pela internet) 10- teve muitos participantes conhecendo o grupo pela primeira vez e esperamos que eles voltem para os próximos encontros. 11- teve sorteio dos brindes incríveis oferecidos pelos nosso grandes parceiros: livro e caderneta da Editora GGili Brasil e um sketchbook Hahnemühle da Dina Shop

12- teve 64 participantes nesse encontro que foi muito agradável, o maior público desde que comecei a coordenar o grupo desde Janeiro de 2015. Fico muito feliz e orgulhoso de ter todos vocês como parceiros e companheiros de desenho desbravando essa selva de pedra que não é tão dura e rígida como dizem. Eu amo São Paulo e amo fazer parte o Urban Sketchers.

13- sketchers que é sketcher aparece mesmo que nos 45 minutos do segundo tempo e participa!

Esperamos todos no nosso próximo encontro no Centro Cultural Banco do Brasil no dia 30 de Julho das 9h30 às 13h00 com coordenação da Irmgard Schanner e brindes da GGili Brasil e Dina Shop.

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Encontro no SESC Pompéia

Domingo, tarde de sol quente de inverno em São Paulo, 24ºC. Eram duas horas da tarde e marcamos de nos encontrar no SESC Pompeia, um centro de cultura e lazer localizado na Vila Pompéia, zona oeste da cidade de São Paulo.

O encontro contou com a participação de mais de 60 sketchers, uns já participantes de outros eventos e outros que vieram pela primeira vez para conhecer. O grupo, assim como a produção de desenhos, só vão crescendo!...

O centro cultural Sesc Pompéia funciona numa antiga fábrica, à qual foi construído e anexado um prédio com projeto inovador da arquiteta Lina Bo Bardi (que desenhou também o MASP). É algo único e instigante observar um prédio cheio de passarelas robustas que formam ângulos difíceis de se captar e representar graficamente no papel. Fiquei bom tempo tentando entender as relações entre aquelas formas azuis de céu com as linhas em concreto das passarelas que eu via de longe. Os pontinhos vermelhos das janelas formavam junto uma composição agradável de se ver. Só compreendendo estas formas como abstratas é que consegui interpretá-las no papel. Em cada canto daquele prédio de Lina Bo Bardi e da construção da fábrica é possível retirar uma composição puramente abstrata de formas.

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Caminhando pelas Geraes

Uma semana para descanso, matar saudades, reflexão e desenho nas Gerais.

Me lembrei do poeta pantaneiro Manoel de Barros: "Para entrar em estado de árvore é preciso partir de um torpor animal de lagarto às 3 horas da tarde, no mês de agosto. Em 2 anos a inércia e o mato vão crescer em nossa boca. Sofreremos alguma decomposição lírica até o mato sair na voz. Eu desenho o cheiro das árvores."

Comecei pela Vila Rica (Ouro Preto) e procurei não me restringir somente ao centro histórico da cidade, porém tentei explorar outros cantos da cidade como a Igreja de Santa Efigenia, construída por Chico Rei. É impressionante a teatralidade de figuras na arte barroca, na qual ouro e sangue se misturam. Fiz o registro de detalhe de um retábulo nessa igreja e registros de fachadas de algumas das igrejas que visitei. Da mesma maneira, a geografia da região das Alterosas favorece este clima de "decomposição lírica "  que me inspirou a desenhar o cheiro das árvores quando visitei o parque das Andorinhas.

Parti para o Jardim Botânico de Inhotim , mergulhando na diversidade de espécies e de galerias de arte contemporânea: o maior museu de arte a céu aberto que se conhece. Tantos estímulos visuais para registro gráfico num tempo desproporcional para a mão poder registrar tudo no papel.

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CONHEÇA OS CORRESPONDENTES: TEREZA CORDIDO

Onde tudo principia...

Todos, estamos matriculados na escola da vida, onde o mestre é o tempo.

Cora Coralina

Nascida em 1957, desde criança aprendi que minha comunicação com o mundo não se bastaria em palavras. O lápis e o papel foram e ainda são, meus grandes companheiros. Com eles registrei meus medos, transformações, sonhos e aquilo que nunca deixei de buscar: o aprender.

Antes mesmo de ser alfabetizada escrevia cartas em forma de história em quadrinhos e com minha mãe, professora primária, a cantar e memorizar melodias sem conhecer partituras. Minha percepção do mundo através das formas, cores, volumes, texturas, som e sabores constituíram base da minha relação com a vida.

Em 1971 o lápis e o papel meus velhos aliados sofrem um primeiro revés: ao criar coragem e participar de um evento cultural do mesmo colégio religioso, uma das organizadoras ao ver meu trabalho exclama: Credo! Você tem coragem de mostrar isso?

Encabulada, não esperei pelo resultado e para a minha surpresa um júri com professores da Escola Panamericana de Artes me premiou em primeiro lugar. Mesmo com esse “baque” em 1974 participei da exposição “Novos Talentos da Arte Plástica Brasileira”, na Galeria Prestes Maia.

Estudei no antigo colegial técnico do Liceu de Artes e Ofícios onde cursei Arquitetura de Interiores me formando em 1978. Durante esse período, aproveitei as oficinas de modelo vivo da Pinacoteca do Estado, com a supervisão dos artistas Marcelo Nitsche e Gregório Gruber.

Conclui em 1984, Arquitetura e Urbanismo em Santos, durante este momento de formação produzi intensamente desenhos e músicas, participando de uma exposição individual de desenho, 1981 no Espaço Cultural TTT. São Paulo e de diversos festivais de canção universitários, entre eles um promovido pela TV Cultura em 1982.

Meu grande amor pelo desenho, por circunstâncias da vida ficaram restritos aos técnicos. Sendo que no ano 2000 retomei o gosto da prática e criação artística quando trabalhei no Arquivo do Estado de São Paulo, com publicações e com elas, recebi a Indicação para Prêmio Jabuti nas categorias melhor capa e melhor projeto gráfico e recebemos o Prêmio HQ-MIX, promovido pela Associação dos Cartunistas da América Latina como “Melhor livro de ilustrações” para o trabalho gráfico executado no livro “Arquivo em Imagens 3 - Ilustrações”.

Mesmo com tanto incentivo profissional, (atualmente sou pós-doutoranda de Arquitetura e Urbanismo no IAU-USP), tinha abandonado o hábito de desenhar cotidianamente, registrando cenas da vida diária e da cidade. Este prazer foi retomado em 2015 com meu ingresso ao Urban Scketchers São Paulo. Para mim, com grande prazer, com essa experiência coletiva, reaprendi a utilizar os espaços urbanos (mesmo que por vezes desqualificados pela especulação imobiliária), de maneira horizontal, interagindo com a cidade e seus usuários sem fronteiras sociais, culturais, econômicas. Sob o aspecto das relações humanas, tem sido uma ótima oportunidade de conhecer outras pessoas amantes da mesma forma de expressão com suas diversidades. Tem sido um caminho para trocas e aprendizagem de ideias, visões e técnicas distintas e de muita qualidade. Além disso, desenhos produzidos em diversas partes do mundo são divulgados através de rede sociais, expandindo esse horizonte de relações e trocas.

Como “flâneur Baudelaireana” que sempre fui, participar do Urban Scketchers tem sido uma grande ocasião de registrar meus sentimentos e recepções da cidade e seus moradores em deliciosa e alegre companhia. É reativar a condição humana através da arte em oposição a sua conversão em mercadoria.

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80º Encontro USK SP: a Galeria do Rock

Kei:

Primeiramente, deixo aqui todos os créditos da ótima pesquisa sobre a história da Galeria do Rock para a Marília, e a mim ficou a tarefa mais que prazerosa de escrever sobre esta coisa de desenhar na rua e, mais especificamente, sobre o último sábado no 80° Encontro USK SP, em que realizei um sketch externo.

Bacana esta idéia da Marília em dividirmos este post, uma vez que diante de um local tão emblemático de São Paulo, acabamos por realizar desenhos um tanto distintos um do outro. Fazia um pouco de frio no sábado, e pela manhã as nuvens já estavam bastante cinzentas, acumulando líquidos e antecedendo a forte chuva que viria no início da tarde paulistana. Cheguei um pouco atrasado ao ponto de encontro junto da sketcher e companheira Priscila, e logo me ajeitei em frente da fachada da rua 24 de Maio. Escolhi este ponto e não o do lado oposto, no Largo do Paissandu, pois trabalhei no prédio em frente à galeria, e caminhava nesta rua todos os dias, existindo para mim, ali, naquele local, uma certa nostalgia de anos atrás.

A 24 de Maio é uma excelente representatividade visual / sonora do centro antigo de Sampa...exista lá uma "bagunça" típica, onde os vendedores ambulantes circulam, gritam, buscam clientes e fogem da fiscalização; onde os guardinhas que fiscalizam fingem que não vêem, e seguem com suas vidas; onde os comércios populares vendem bugigangas infinitas em infinitas cores; onde os trabalhadores sentam no balcão para almoçar um pf bem calórico e assistir ao noticiário da televisão; e no sábado especificamente, uma quantidade significativa de sketchers se juntou à diferentes tribos nesta galeria comercial tão pop, mas que é rock. Fiz meu desenho, e subimos para o terraço que foi aberto ao grupo em carácter exclusivo neste dia. Foi muito bom constatar durante a exposição dos desenhos e enquanto o Ronaldo Kurita fazia o discurso final do dia, que o grupo vem se solidificando e crescendo cada vez mais. Encontro prá lá de bom, e que venham os próximos!

Marilia:

A Galeria do Rock não significava muito prá mim até este encontro. Como é bom a gente se enganar! Já fui surpreendida bela sua bela fachada ondulada cheirando a história da arquitetura. Passei então a explorar os andares, observando a iluminação natural, o piso diferente a cada andar e a disposição das inúmeras lojas, tentando ao mesmo tempo entrar no “clima” e entender aquele lugar com jeito bem underground. Uma experiência antropológica.

Tentei registrar, no meu primeiro desenho, feito no segundo andar, o impacto que o local me transmitiu: em papel preto (black book Hahnemühle 260gsm), caneta gel branca brilhante e lápis de várias cores.  

Na Galeria do Rock fervem lojas de música, de tatuagens, de tênis, de roupas, de skates, pôsteres, vinis e muito mais, através das quais circulam pessoas de tribos diversas e são divulgados eventos culturais e artísticos. Visualmente, uma bagunça organizada, onde tudo acaba fazendo sentido. São mais de 400 estabelecimentos. Achei curioso o Rock & Burger, um bar com inúmeras cervejas diferentes e um letreiro enorme indicando pertencer ao espaço dos “roqueiros”.

Em resumo, um lugar surpreendente que adorei ter conhecido (viva os Urban Sketchers!) -  enriqueceu meu repertório.

Sobre a galeria: o prédio foi projetado pelo arquiteto Alfredo Mathias e foi inaugurado em 1963 com o nome de Shopping Center Grandes Galerias. Passou por várias fases e por períodos de abandono, com frequentadores de índole duvidosa, até ter uma nova administração e um novo projeto visual realizado pelos estudantes da FAUUSP na década de 90.  Hoje a Galeria do Rock é ponto turístico e cultural da cidade de São Paulo.

Para saber mais:

http://galeriadorock.com.br/

http://www.freetheessence.com.br/unplug/escapadas-urbanas/galeria-do-rock-sp

http://arquiteturaurbanismotodos.org.br/galeria-do-rock/

MINAMI, I.. Projeto para Estabelecimento Comercial de Entretenimento e Espaço Cultural: Galeria do Rock - espaço cultural e megastore (Larissa Silveira Cabral Vilhena). 2001. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Arquitetura e Urbanismo) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo

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Conheça os Correspondentes: KEI ISOGAI

Quando me recordo da infância, tenho visões de dinossauros e planetas explodindo em folhas de papel. Personagens inventados ou copiados que na linguagem do desenho se manifestavam em cores intensas e rabiscos. Meu nome é Kei, sou nascido e vivo em São Paulo, e muito provavelmente esta linguagem que me acompanha desde o princípio é que me levou a escolher uma formação superior em Arquitetura e Urbanismo. Estudava na região central de São Paulo, saía da faculdade para estagiar em algum local próximo, e nestas caminhadas o olhar se deparava com monumentos históricos, bares, cantos abandonados, lojas antigas, pessoas cantando, pessoas escutando, arquiteturas modernas, edificações contemporâneas, viadutos, carros, ônibus, metrô, ruas desertas, escuras, lotadas e vazias, lanches de pernil, cerveja. Enfim, São Paulo como mil folhas, infinitos estratos que se cruzam constantemente, e nestas andanças de idas e vindas fui me treinando como um observador desta cidade em que vivia mas raramente reparava. Foi nesta época que adquiri meus primeiros cadernos, sketchbooks, com foco no desenho de observação mesmo, e estes passaram a ser como companheiros dentro de minha mochila nos locais que decidia visitar.

Faz um ano mais ou menos, retomei o exercício de carregar o sketchbook na mochila a todo momento e desenhar o meio de convívio. Desenho desde as mesas na minha frente durante o almoço até uma paisagem urbana mais ampla e complexa. Vejo esta atividade como uma terapia, não como um relaxamento, mas um modo de concentração diferenciado que de certa maneira me retoma à infância. Hoje os desenhos possuem bem menos cores, mas os rabiscos continuam ali. Ao conhecer o Urban Sketchers, fiquei impressionado ao perceber a quantidade e qualidade de seus participantes, com tantas maneiras de observar e representar o mundo em que vivem. Este compartilhamento de tantas artes dentro da rede em conjunto dos constantes encontros que temos em São Paulo aos fins de semana estão me fazendo produzir mais, e com maior intensidade e alegria nestes últimos meses.

Desta maneira, fico verdadeiramente feliz e honrado com este convite para participar como correspondente deste blog. Espero que os posts sejam proveitosos e construtivos para quem os ler, uma vez que estou aprendendo muito com este grupo...grande abraço e vamos desenhar! Kei

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CONHEÇA OS CORRESPONDENTES: RONALDO KURITA

Sabia que seria arquiteto desde cedo, aproximadamente 10 anos de idade. Hoje identifico a influência das engenhocas do meu avô metalúrgico e a criatividade da avó costureira nesta decisão. Aliás, foi na casa deles que tive plena liberdade de explorar os desenhos com giz no chão da garagem ou acabar com blocos de sulfite e muita pintura a dedo. Dizia que ia à cidade ao descrever uma ida ao centro da cidade. Só conheci São Paulo de verdade explorando-a para os trabalhos universitários de urbanismo, e sempre me surpreendo até hoje por cada nova descoberta. O desenho a mão foi se perdendo aos poucos já para o final do curso de arquitetura e os estágios. Por decisão profissional de apresentar projetos feitos a mão, busquei um curso de valorização de projetos e foi quando fui aluno do Edu Bajzek, quem me apresentou a comunidade Urban Sketchers no início do ano de 2013. Desenhar locais visitados para estudos ou durante viagens era algo que eu já fazia sozinho, sem saber que existia um grupo que se reunia apenas para essa atividade. No início foi difícil acordar cedo aos finais de semana para desenhar, além de me sentir inexperiente demais para participar do grupo. E participar foi tornando-se um hábito, a cada encontro fui conhecendo os colegas sketchers, trocando dicas e aprendendo muito com cada um. Um ponto máximo foi ter participado do comitê local do 5º Simpósio de Urban Sketching sediado em Paraty. Poucos meses após o simpósio, num momento de transição me foi oferecida a possibilidade de comandar o grupo local Urban Sketchers São Paulo, o que tenho feito oficialmente desde Janeiro de 2015. Sem sido um trabalho de responsabilidade seguir o caminho que foi trilhado até então, e também muito gratificante acompanhando a resposta dos membros sobre os últimos eventos realizados.

Atualmente me divido entre arquitetura paisagística, urban sketchers e a gastronomia. Muito planos e mudanças nesse momento da minha vida, incluindo a coordenação da organização do 2º Encontro Urban Sketchers Brasil 2017 em São Paulo

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CONHEÇA OS CORRESPONDENTES: IRMGARD SCHANNER

Sou mineira, natural de Sete Lagoas, mas meu destino de coração foi um dia o Rio de Janeiro. Senti quando tive que deixá-lo para hoje viver em São Paulo. Aprendi a amar essa cidade e descobri que o espaço urbano de arranha-céus pode vir a ser bonito a partir do registro gráfico quando encontrei o movimento Urban Sketchers. Comecei a conhecer melhor a cidade ao percorrer as ruas junto com outros amigos sketchers , que me ajudaram a re-educar o olhar.

O desenho sempre fez parte da minha vida , o que me conduziu um dia a escolher minha formação em Belas Artes (UFMG). Escolhi a habilitação Desenho por sentir mais afinidade, especialmente, por me sentir atraída ou mesmo obcecada pelo desenho de observação do natural. Claro que nesses anos todos a obsessão só aumentou e encontrei a ilustração botânica. Não me contentando com o rigor naturalista que o trabalho exigia,senti que precisava voar, fazendo linhas mais soltas e ao mesmo tempo com precisão, mas não sabia pra onde só sabia que queria continuar desenhando.

Descobri pela internet o grupo Urban Sketchers em São Paulo em 2014, quando então me juntei a ele. Vi nesse espaço uma possibilidade de continuar observando a vida e, contando histórias com a ferramenta da minha vida que é o desenho.

Continuo desde então a desenvolver meu interesse pelo desenho de observação do lugar onde estou e dos lugares por onde passo quando viajo. A proposta do movimento Urban Sketchers me pareceu mais democrática e livre por abarcar várias técnicas de desenho, respeitando a autoria do desenhista, desde que o desenho seja feito in loco, seguindo a proposta do Manifesto Urban Sketchers.

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Conheça os correspondentes: Marilia C L Varella

Eu gostaria de me apresentar: Eu sou uma médica que também gosta de registrar tudo que eu acho interessante na minha vida cotidiana. Eu comecei a aprender a desenhar e pintar, amei a ideia desde que conheci o Urban Sketchers.

Iniciei seguindo o blog mas logo me juntei ao maravilhoso grupo local Urban Sketchers São Paulo.

Eu também gosto de fotografar, pintar aquarelas, desenhar baseando-se em fotografias e viajar - várias atividades de áreas diferentes as quais ocupam meu tempo livre como uma médica “semi-aposentada”.

Compartilharei com vocês meus sketches e histórias e aguardo seus comentários sobre meu trabalho.

Marilia C L Varella

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Dois dias em São Carlos, Tese do Mateus, Sketchy Hour

A razão da viagem foi assistir a defesa de tese de doutorado do querido amigo arquiteto Mateus Rosada, ocorrida numa quinta-feira, dia 25 de fevereiro de 2016, às 14h, no IAU da USP Campus de São Carlos. Mateus é  pessoa muito querida entre os Urban Sketchers,, pessoa estudiosa e que nos contagiou com o tema da tese - Igrejas Paulistas.

Na plateia estávamos nós, Catharine, Dany, eu, representando a galera urban sketcher, além de familiares e amigos do Mateus. Foram quatro horas de apresentação e de debate, ambos muito ricos. Ao final, o resultado já esperado: aprovado, com recomendação para publicação . Elogios da banca. muita alegria, orgulho coletivo. Os momentos mais tensos foram devidamente registrados por nós...

O Mateus. Por Catharine Gati 

A banca. Por Catharine Gati

 A defesa. Por Dany Hladkyi 

  O Mateus. Por Marilia de Castro Lima Varella

A banca. Por Marilia de Castro Lima Varella

Depois dos trabalhos, hora de comemorar com um Sketchy Hour ! Seguimos até quase meia-noite no Braseiro Santo Antonio bebendo, comendo, rindo, desenhando, conversando, agora em companhia também do querido arquiteto-sketcher Flavio Ricardo..

Flavio, registrado por Por Catharine Gati

Euzinha. Por Catharine Gati

O bar. Por Dany Hladkyi

Catharine, a Brahma, a capirinha e eu. Por Flavio Ricardo

Os espetinhos, bolinhos e bebidas. Por Marilia de Castro Lima Varella

No dia seguinte, saímos, Catharine, Dany e eu , em busca de novos “modelos” para desenhar e escolhemos  a Catedral de São Carlos. Que, nas minhas lembranças da infância (cresci em São Carlos) era um edifício estranho que parecia uma nave espacial.... tremenda injustiça. A Catedral está linda, conservada e hoje consigo perceber o seu valor arquitetônico. Desenhei alguns detalhes que eram aqueles onde se fixavam durante as intermináveis missas (que foram em latim até uma certa época). Detalhes que grudam em algum ponto da memória, e que vieram à superfície nessa manhã gostosa. Durante o tempo em que permanecemos desenhando assistimos a Via Sacra e a Missa de meio-dia. Ora et Labora.

Catedral de São Carlos. Por Catharine Gati

   Desenho em Ipad, por Dany Hladkyi.

    Desenho colaborativo em Ipad, por  Catharine Gati e Dany Hladkyi.

Por Dany Hladkyi.

Por Marília Varella

Foram dois dias de muita emoção e que poderiam se estender. Vamos tentar repetir a dose algumas vezes antes do Pós-doc do Mateus ...

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Lançamento do Blog USk SP

Caros amigos urban sketchers de São Paulo, após a oficialização do grupo perante ao comitê internacional, lançamos mais uma ferramenta para divulgação das nossas atividades. Esse blog é colaborativo e aos poucos iremos convidando alguns de vocês para serem membros colaboradores e abastecer nossa página com informações sobre os nossos encontros, eventos, sketches e as histórias por trás deles.