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Depois de alguns dias, parei naquela tarde admirando o leve das árvores e as neblinas das montanhas.
Até esperava a chuva leve, só para poder usar meu casaco do inverno passado e, sem anseios, deixar a chuvinha cair no meu rosto.
Fazia dias que eu não lia meu livro preferido, que eu falava dele pra alguém, sem ter o medo de emprestar.
É que ele guarda palavras tão doces, momentos tão especiais e pequenas cartas que fizeram bem ao meu coração.
Eu nunca sei ao certo qual seria meu capítulo preferido, nem qual eu te indicaria. É que talvez eu tenha medo das palavras doces chegarem no seu coração como chegaram no meu.
E que de capítulo em capítulo, você consiga decifrar o que eu sinto agora.
-Girassol
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Isso de esquecer o ontem sempre me fez refletir...
Eu via você sempre, mas já tinha meses que não te olhava. Olhar é profundo, quando já não precisamos dizer mais nada, porque o olhar diz tudo.
Ontem molhei o Girassol que comprei na feira domingo de manhã, ele ainda estava vivo. Aquele brilho me lembrou dos dias ensolarados.
De quando recomeçar não me parecia o fim.
A gente ouve das palavras sabias, e dos meus livros clichês, que recomeços curam.
É que talvez, eu tenha medo de recomeços.
Recomeçar me entendeu, e me fez eu.
Mas não sei se meu coração está preparado para finais.
Mesmo sabendo que meus recomeços vieram pelos fins.
É que recomeçar meu deixou aquela sensação gostosa de dias livres.
Os dias livres me ensinou que os recomeços não estão somente no domingo molhando os girassóis, e lendo meus poemas de Drummond, e sim mas tentativas de dias bons.
Dias bons me trouxeram você.
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Hoje a noite me permitiu deitar no chão da varanda e olhar as estrelas, sem o peso do tempo.
É muito bom quando podemos vestir nossas roupas simples, sem pensar no que vão dizer, porque quem está perto, mora dentro, porque o simples está ali.
Talvez a gente guarde nosso lençol florido para uma ocasião especial, talvez a gente arrume a casa, sem saber que precisamos arrumar o coração.
Eu já tentei falar do que eu sentia, e tudo aconteceu no talvez. Abraços não tem palavras, e amor não tem falas, quando o que sentimos significa tudo.
Quem sabe alguém encontre palavras que explique isso do amor que permite. Do amor que reencontra. Do amor que nos recomeça.
Eu recomecei...
-Girassol
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Desejo que todo mundo tenha sua malinha em casa, daquelas que ficam empoeiradas em cima do armário.
De vez em quando arrumo a minha, e parto ao encontro daqueles que amo.
Me convido a cada amanhecer, a partir ao encontro das minhas escolhas.
Voltar das viagens prepara o coração pra algo novo. É doce quando alguém nos espera com o olhar brilhando de saudades.
Na minha viagem preferida, meu coração ansioso contava os dias para voltar.
Nos caminhos ao seu encontro, fui olhando o João de Barro naquela árvore e comecei a entender como é querer guardar um amor para sempre.
Amar é um sentimento que ninguém conseguiria explicar com palavras, assim como te amar não me deixou nenhuma explicação.
Tentamos guardar todos os dias um pouquinho do amor nas surpresas, ou em segurar na mão quando as lágrimas desejam cair.
Quando em uma segunda qualquer, vira a melhor segunda do ano. Os dias se transformam em muito.
Um simples abraço nos mostra a leveza que é ter alguém ali, partilhando suas histórias. A madrugada passa e a gente nem percebe, porque o simples nos tocou.
Que existam outras madrugadas estreladas.
-Girassol
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Réveillon sempre me lembrou possibilidades. Olhar o céu aceso me acalmou nos dias claros.
Nunca entendi muito bem as estações do ano, elas que sempre trazem algo novo. São 365 dias meus, 12 meses de sonhos.
Os dias vão passando, bem como o vento que não avisa por onde vai ao certo, deixando suas saudades. O Sol nunca refletiu igual, e minhas estrelas insistiam em brilhar.
Aquilo de primeiro tudo do ano, é como uma responsabilidade forte. É que não sabemos o dia que o verão vai embora de verdade.
As noites daquela estação me confortaram com as palavras. Entendi aquilo de primeiro tudo do ano.
Eu sabia que as folhas estavam caindo lá fora, aqui dentro parecia tudo tão leve. As noites me chamavam, e viver lá fora no seu abraço, era meu melhor casaco.
Amanheceu.
Inverno que sempre vem sem reservar muitas histórias, me reservou um frio profundo. Aquilo de primeiro tudo também nos congela. Aquele vento me trouxe saudades.
As estações nunca foram iguais, nem aquelas de um ano atrás.
-Girassol
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Esse desejo de escrever me tira de mim... É que colocar as letras no papel me deixa leve.
Andar de ônibus sempre me deixou voar, ser livre para escolher o caminho até o ponto final.
Finais sempre me deixaram perdida, porque eles doem.
Admiro palavras floridas, pessoas cheias que nos deixam mansas com palavras. Que acreditam naquilo que a gente desacredita.
Esperar. Como um som essa palavra, que machuca... Esperar pelo amor que tá chegando, esperar pelo amor que se foi. O coração sabe o quanto esperei.
Sabemos que pra segurar o novo, precisamos estar com as mãos vazias.
Vazio.
O que nos parte é quando o amor se vai sem dizer uma palavra. Quando o coração fica cheio de frases daquelas bonitas, que nos fazia sorrir.
E que sem entendermos decidiu nos partir.
Enquanto as palavras vão se perdendo, e já não sabemos mais como abraçar aquilo que decidiu ir.
O amor nos entende. É preciso deixar ir, aquele amor, não porque queremos, mas porque ele vai as vezes.
Os dias nos ensinam a recomeçar.
Um dia desses um livro me abraçou... "Finais doem, mas recomeços curam."
-Girassol
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Essa coisa de pegar aquele tênis antigo e a roupa mais simples nos ensina.
Correr na rua de trás não me parecia tranquilo.
Correr acompanha lembranças e lembranças me lembram...
Na infância, mainha arrumava um jeitinho de todo mundo trabalhar em casa, catar feijões.
Catar feijões me ensina a escolher. E talvez a gente entenda lá na frente.
Ontem o pé de amora estava recheado como no outono passado. PASSADO. Todo mundo tem um.
Escolher. Nem sempre a gente escolhe o que trazer, só trazemos. As marcas nos dão as mãos.
Os amores, uma palavra que dar a impressão de muitos. É que eles chegam...
Por mais que a gente fique na janela esperando o dia, e percebendo as estações mudando, eles chegam.
Andamos de mãos dadas, sorrimos, vimos os melhores filmes, escutamos nossas músicas. Ouvi sua voz de longe, sentir saudades. Você tocou minha música, jantamos, viajamos e ganhei flores.
Por lindos dias foi o meu bom dia! Os meus amores.
Jantamos, sorríamos e me partiram.
Não escolhemos quem nos partir, mas escolhemos se reconstruir. Os amores chegam, mesmo que alguns partam por aí, mas escolha não se partir.
-Girassol
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Acordar às seis nem doeu
naquele dia.
Você levou o pão fresquinho e lembrou daquele suco na geladeira. Tinha aquela torrada que fazia barulho no seu sorriso.
Na verdade, as manhãs com você, não eram cansativas, cansava ter que sair do seu abraço.
A gente até ria da nossa cara amassada, mas nem importava, estávamos ali.
Escovando o dente dividindo aquela pia e ansiosa pra não acabar aqueles dois minutos antes de pegar o ônibus.
VOCÊ
estava na correria do 343 das manhãs pro trabalho.
Na ansiedade pra aquela aula de didática acabar.
Na minha lista de compras, pra escolher seu prato preferido.
No jantar que eu preparava pra gente.
nas madrugadas estreladas sem pensar no despertador.
VOCÊ
estava na saudade da semana inteira.
- Girassol
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Okay.
Você me fez não querer pintar a casa toda de rosa, e misturar algumas cores.
Aquela manhã de sábado você pintando meu quarto enquanto eu colava as estrelinhas no teto ao som Jorge Vercilo. Quando percebi estava suja de tinta rosa, e não resistir em pintar seu rosto.
Nem nos preocupamos com tempo, te beijar foi intenso. Mesmo com aquela bagunça, dançamos com o rodo e o sabão na mão.
Escolhemos juntos as fotos que colamos naquela parede, e você riu, dos infinitos corações colados.
Não era tão mais meu aquele espaço, era bem nosso.
Tinha seu perfume misturado com o meu.
AQUELE dia Nubaldo, sempre existe
precisei guardar nosso infinito no meu Jeans molhado com a chuvinha que caia daquele dia nubaldo.
-Girassol
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A primavera perfurmou a estrada aqui...
Por um descuido ela trouxe o perfume daquela estação. Você.
Aquele dia no supermercado, quando a gente imaginou nosso futuro. Aquela tarde de mãos dadas andando pela avenida. Aquelas tardes de sábado e as noites longas.
Domingo era colorido, com seu sorriso, as segundas já não eram tão temidas e cansativas.
Queria mais dias com seu abraço perfumado.
Mas
na quinta você partiu, quebrando o aroma da estação.
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Não doeu tanto no sábado de manhã.
Debaixo da cama havia aquela caixa cheia de poeira, e o coração sabia das lembranças lá guardada.
Eu até quis ignorar.
Tinha umas cartas lindas com pepel de seda, e umas poesias sem igual...
Achei aquela foto nossa preferida do nosso primeiro dia, e os pensamentos me jogam nos dias 4.
Até lembrei do dia daquele temporal que ficamos dentro de uma poça d'água, sem nos preocupar com a chuva. Da nossa briga pelo edredom, e do aconchego do seu abraço.
Até um mês atrás tinha um galho bem sequinho daquela rosa que me deu, mas o vento entrou pela janela da cozinha e levou.
Achei um pedaço dela dentro da caixa.
Nunca pensei que dentro de uma caixa pudesse existir tantos sentimentos, e que uma topada com dedinho nela, fosse me fazer ler a nossa última carta, e suas últimas palavras.
"Você me ensinou a acreditar no mais simples, e me fez ler seu livro preferido, sem entender ainda, mas aquelas palavras me marcaram. Alguém em algum lugar no mundo precisa mais de você do que eu, desculpa, preciso ir..."
-Girassol
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00:00 - Faça um pedido!
De vez quando as horas estão iguais. E tento me esconder nos significados delas, mesmo sabendo que pode ser a mesma coisa de fazer um pedido as estrelas...
Ok. Pedi você!
Talvez nessa hora eu até estivesse pensando em como seria acordar e não ter você no coração. Ou como seria te esquecer.
Lembrei do seu sorriso, e do dia que fizemos pedidos naquela noite estrelada, era dia 13 ainda, e faltavam 18 dias daquele mês saudoso.
Você não parecia se importar tanto com as horas, e nem se preocupou nos significados delas.
Até te dei as mãos, mas estava ventando demais, e você se preocupou mais com as areias batendo no seu rosto do que o som do mar.
No final do mês, ainda doía, porque na verdade, a dor não diz tão bem quando vai partir.
O vento daquele dia 13, insistiu em voltar trazendo seu perfume.
O relógio apitou, como sempre na hora...
04:04 - Alguém distante pensa em você!
-Girassol
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Era até uma manhã tranquila...
Até eu perder o ônibus, e ter que correr na esperança de um lugar.
Achei meu fone rosa perdido dentro da bolsa, e deixei a playlist rolar, quando escutei as poesias do Djavan.
Os pensamentos me levaram até você.
Nas noites de outono, planejando nossa primavera, e contando os dias pra inauguração daquele barzinho novo na cidade.
Dos nossos passeios nas noites de sábado, e nas alegrias depois da missa de domingo.
Amávamos visitar a sorveteria nova da cidade, só pra nossa noite ser mais longa.
Aquele showzinho tocando nossas músicas na praça, e que sempre pedíamos nossa música, só pra gente dançar e começar nossa semana mais leve...
Ah, passei do ponto.
Ainda era quinta- feira, de um começo de inverno, nossa música tocando, me lembrou, que sonhamos com a primavera, sem pensar no frio do inverno.
Tá frio aqui sem você...
-Girassol
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As músicas que a gente gostava de ouvir, nem faziam sentido naquele dia.
Djavan sempre com as poesias mais belas.
Mas naquele dia, elas não me tocaram. O amor me quebrou...
As manhãs mais leves, seu abraço apertado, a vontade de ficar com você. Os sonhos mais profundos.
Todas as conchas que juntei, mesmo sem a pérola, mas dentro dela escrevia meus sentimentos, na intenção de guardar você. Minhas saudades.
Nem era época da minha fruta preferida. Tangerina. Ela que sempre me lembrou lar e saudade. Tão juntinha, ter que desgrudar uma por uma me lembrou de quando eu andava pelos bosque querendo colher as flores, pra guardar um pedacinho em cada carta que te escrevi.
Dói. Todas as vezes que as estradas me afastaram de você. Quando dentro de mim precisava morrer o amor tão puro. Quando o beija flor na janela voava e trazia seu perfume.
Quando a minha mão soltou, e eu disse adeus. Mesmo que fique tudo no coração, eu sei que nunca irá morrer.
Desejo que alguém um dia viva um amor assim, mesmo que seja necessário, ver muitas malas partir...
-Girassol
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Ainda era aquele último domingo de férias...
Aquela estante que prometi arrumar alguns dias atrás... Nela ainda tinha uns discos daquela época das rádios do meu pai.
Até achei uns cds antigos, que traziam belas poesias.
Achei um Cd de Dominguinhos, e me deu saudades.
Tantas lembranças enquanto arrumava aquela bagunça.
Principalmente das tardes frescas e quentes do interior. Dos momentos de sorrisos e abraços. Das horas passando devagar ao som daquele violão e o lindo Céu estrelado.
Aquelas fotos da cidade grande, onde o azul do mar nos encontrava.
Onde os sorrisos corridos faziam sentido. Aqueles anseios entre o inverno e a primavera nem doíam mais.
Dias ímpares sempre me alegraram, e na música 7 me trouxe saudades.
"É tão difícil ficar sem você
O teu amor é gostoso demais
Teu cheiro me dá prazer
Quando estou com você
Estou nos braços da paz..."
-Girassol
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Era um dia de faxina normal,
ao som de Djavan no domingo de manhã.
Aquela sapateira velha, que estou prometendo lixo um tempo... Mas lá dentro mora muitos sentimentos.
Okay.
Tenho uma caixa que guardei milhões de cartas que fiz pra você. Na verdade, elas falam da saudade que tinha diariamente.
Eu até ensaiei milhões de áudios de como era amar você, mas tem coisas que só consigo dizer escrevendo...
E isso me levou pra uma caixa cheia de sentimentos.
Até quis rasgar, ou jogar ao vento, mas nada disso me tiraria aquele tormento.
Parece que lá tem uma caixinha de som pra cada carta rosa.
A última carta rosa que te escrevi chorando naquele bosque terminou com a seguinte lembrança...
"A saudade que sinto de Ti, é um infinito mergulhando em mim, de todas as canções que eu ouvi, e de todas as cartas que eu escrevi, serão suas minhas melhores versões."
- Girassol
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Não estava tão estrelado
aqui, e ainda era verão.
Nem imaginava que alguém do outro lado
queria encontrar minha mão.
Que alguém queria sorrir comigo.
Que ainda existiam isso de olhares simples,
e de abraço aconchegante.
Mesmo que os dias de viagem sejam contados, com o amor tudo vira muito.
Você virou muito...
Ainda não entendia por que as estradas nos partiam. Por que a saudade com a gente maltratava. E por que ficar perto de você sempre me pareceu distante.
Aqueles encontros repartidos por anos sempre foram enormes, é que os dias com você eram longos, e não doiam.
Nossas mãos insistiam em se encontrar, mesmo sabendo que só queríamos transbordar.
O tempo com suas sementes partiram nosso coração. Nos quebraram, e nossas mãos insistiam ainda...
Semana passada o tempo ainda sorriu, a saudade reviveu e nosso sorriso reacendeu.
Nossas mãos insistiam em aquecer o que só o coração sabia. Você.
- Girassol
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