Tumgik
vi-bo-ra · 2 years
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pelo canto do olho te vejo chegar e a tua presença me faz oscilar. em nada me chateia ser só tesão, eu sei que nosso corpo encaixa direitinho. e é quando você chega que eu desejo privacidade pra perguntar "você vem?". queria pedir pra ficar essa noite e parte da manhã também. eu e você, alguma playlist aleatória e a sua barba arranhando meu corpo. quero fumar um, conseguir ler você sem disfarçar e em seguida te dedicar aquela da Ashira, sem arrependimento cantar ao pé do ouvido:
"o que ninguém entende e só a nós dois convém te quero bem, num vai e vem e se disser que fica eu viro Louis Lane"
você vem?
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vi-bo-ra · 2 years
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lado a
me sinto ligada em modo avião, mas dessa vez mais pra Tiee que Ludmilla. tá foda segurar e vestir uma máscara blasé quando passo por você. g-o-s-t-o-s-o. não tem definição melhor. é uma delícia te olhar, observar e absorver como o seu corpo se move. o problema é que eu quero mais, agora e depois também. quantas vezes forem necessárias pra te esquecer ou não ansiar o dia que a gente vai se cruzar; quero mais e com mais tempo, com pressa, com calma, com pausa, suor, olho no olho, com nossos sambas favoritos tocando. quero assim e de todo novo jeito que a gente conseguir pensar. "foi só te conhecer, minha vida mudou". esse desejo-tesão que eu sinto me arrepia toda e fica a me assombrar. todo fim de noite que você se despede de mim falando amenidades baixinho no ouvido, de um jeito que ninguém consegue ver, quase escapa da minha boca: e aí, qual vai ser?
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vi-bo-ra · 2 years
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eu queria te ligar e dizer: vem! vem hoje, amanhã, quando quiser. me beija, dorme comigo, diz que vale a pena encarar as 14 horas de viagem.
queria ouvir sua voz baixinho falando pra mim qualquer besteira ou elogiando quando me ouve cantar. tudo isso porque eu sinto sua falta e tenho cada vez mais certeza que é com você que quero estar.
mas sou orgulhosa, não quero me declarar. sinto meu corpo retorcer, meu coração quase parar e me arrependo a cada segundo. tudo isso porque eu tento, mas não consigo esquecer e mais, não quero ser tão dependente de você.
no final, meu lado racional diz que é loucura esperar isso de alguém, mas eu ainda espero.
sempre espero.
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vi-bo-ra · 3 years
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não me reconheço e isso é o que mais me desespera.
eu sempre soube quando parar, mas perco a noção quando penso em você e tomo decisões irresponsáveis.
é verdade que não sou das mais certinhas, só que aprendi cedo a respeitar alguns limites, a virar as coisas e ir embora quando não me sinto cuidada. como, como diz nina simone, quando o amor não está mais sendo servido.
o problema é que eu nem sei se se trata de amor, parece que o seu ego é o protagonista e precisa de garantias.
sempre soube quando partir com respostas na ponta da língua e agora minhas horas e meus dias são consumidos pensando em como responder.
sempre soube ir embora e nos últimos meses eu tentei inúmeras vezes, mas você sempre volta quando eu tô satisfeita acreditando que acabou.
tô cansada disso tudo e de você, mas ao mesmo tempo sinto saudade.
esse jogo não é pra mim. não tenho força, nem coragem.
depois de você sinto que desaprendi quem sou, tudo parece farsa, mentira, estranho, sei lá.
me vejo insistindo e me desrespeitando no processo.
não quero mais você em mim, quero voltar a fazer escolhas racionais e seguras, mas enquanto falo isso hurt me so good da jazmine ecoa na minha cabeça.
tudo isso é loucura. esses dias eu te contei que não escrevia há muito tempo. foi a maior mentira que já contei e se você me conhecesse saberia reconhecer... mas não conhece. perdi a licença poética que eu tinha quando era adolescente, mas aqui parece o único lugar seguro pra falar sobre como você realmente me faz sentir. 
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vi-bo-ra · 3 years
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é foda querer você. me sinto assombrada pela sua voz, pelo seu toque, pela lembrança da sua boca na minha. eu não faço mais nada. só sei pensar em você e nas chances de te fazer minha e ser sua de novo. é bobeira, um delírio, porque todas nós sabemos que você nunca vai pertencer a ninguém. às vezes, bem no fundo, acho que nem eu quero pertencer, mas você bagunça as minhas certezas. 
do último ano pra cá confirmei algo que já passava pela minha cabeça: eu finjo muito bem. escondendo de todo mundo como você me atravessou, me enlouqueceu, me virou de cabeça pra baixo. 
da última vez você disse que pareço tão segura, certa de mim e não sei até quando essa máscara vai durar. não quero mais.
me sinto uma adulta fazendo pirraça, insistindo no erro. os búzios já me disseram pra partir, o tarô já me explicou com todas as letras suas intenções e mesmo que tenha me ferido, eu sigo aqui, pensando em você, querendo você. 
é loucura. 
tão louco que às vezes penso que queria voltar atrás, um dia antes de sentir seu toque pela primeira vez, mas ao mesmo tempo sei que não quero viver sem poder lembrar dele e do seu sorriso ao olhar pra mim. 
2022. 
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vi-bo-ra · 3 years
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don’t leave your girl for a woman like me
a voz da Kirby cantando ecoa na minha mente enquanto ela diz: 
don’t leave your girl for a woman like me 
i ain't the type to put up with all your schemes 
i got my agenda, other actions too 
i got better things to do
e eu realmente tenho mais o que fazer, não caibo nos seus esquemas, eles me destroem, mas a verdade é que venho pra cá escrever por que tenho medo de dizer em voz alta que talvez esteja apaixonada por você. só de escrever já começo a chorar... não consigo entender a volta que a vida deu, como terminei aqui, sem conseguir te responder por tentar dia a dia fugir dessa possibilidade. 
talvez seja bobo falar, mas passei tantos anos pedindo por oportunidades, pela chance de viver experiências que me foram negadas durante a adolescência e agora tô aqui, adulta e com medo das sensações que você projetou em mim. 
pensar em você me fere, me tira da realidade e me leva escolhas irresponsáveis. eu oscilo como nunca oscilei antes, ajo imprudente, tudo pela oportunidade de te olhar nos olhos de novo, de novo e de novo. tudo pra sentir seu toque enquanto liniker canta mel ao fundo ou ao som de qualquer outra música que a gente escolher. 
não faz sentido querer você, não condiz com a realidade, não vai se concretizar. 
primeiro apelei pro tarot e o jogo deixou claro as ressalvas. 
joguei búzios e já sei que meu interesse não é recíproco, mas você volta, você vem quando eu menos espero dizendo tudo o que eu-quero-mas-não-preciso-ouvir. 
você me fez voltar a escrever e, se me conheço bem, não sei até que ponto isso é bom. 
2022.
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vi-bo-ra · 3 years
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não consigo parar de pensar e isso me angustia. 
clichê demais, mas quero de novo. você. em cima de mim, sua mão no meu pescoço, seu gemido no meu ouvido. 
quero seu sorriso, sua voz me chamando baixinho ao som da liniker. 
você disse que eu não era carinhosa, mal sabe você como eu penso em outras formas de cuidado. 
queria ter ficado mais, vivido mais, aproveitado mais... a essa altura deveria saber que você iria evaporador, no dia, na semana, no mês seguinte. 
agora é meu crime sentir sua falta. 
11/2021.
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vi-bo-ra · 3 years
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escolhi o silêncio
é a vigésima vez (ou mais) que fico sorrindo pro nada enquanto paro e lembro de você. se eu fecho os olhos consigo sentir a sua mão no meu pescoço e ouço sua voz sussurrando baixinho pra mim. nessas horas me sinto boba por lembrar da música do revelação. 
logo eu que não dava nada por esse dia, por essa experiência, tô aqui, arriada esperando você falar que quer me ver de novo. 
cê me pediu diálogo, olhou nos meus olhos e disse que queria saber mais de mim. difícil. sempre opto pelo silêncio, mas acreditei em você e falei. falei e você murchou, sumiu, deixou. 
talvez eu devesse ter escolhido o silêncio, como tô fazendo agora. 
o diálogo, a sua presença, o seu toque, fazem falta. 
e agora eu preciso encarar meus desejos de querer eternizar os bons momentos e não admitir que machuca te perceber distante. 
bem que tentei manter a maré calma, não fazer alarde, mas se fecho os olhos consigo sentir você aqui. 
10/2021.
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vi-bo-ra · 3 years
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tenho medo da solidão
tô com o spotify aberto e depois de repetir how deep is your love (na voz do pj morton e alex isley, por favor!) 5x tocou the way da jill scott. arrasou meu coração.
eu não escrevo há séculos e nem acho que sei fazer isso como fazia antes, mas preciso dizer, nem que seja pro vazio que continuo tendo medo de morrer sozinha, não literalmente, mas de não ter construído uma história ao lado de alguém.
por vezes, me acho contraditória, sei que não deveria me prender a perspectiva de construída a vida com alguém, mas dói... o tempo passa e dói sem parar.
tenho muito medo de morrer sozinha, medo da minha personalidade me consumir a ponto de ficar sem amigas e sem a minha família. mas eu também sei que não posso abrir mão de mim.
é um looping do qual tenho medo de não sair.
já fiz tanta coisa errada quando escolhi não me ouvir, mas quando me esforcei pra ter uma escuta atenta sinto que errei também e em dias como esses, em que eu fico sozinha e preciso encarar a realidade tudo fica mais difícil.
me sinto sem perspectiva e em alguns momentos ingrata, por não estar tão feliz como em teoria deveria estar.
vou morrer sozinha? tenho medo de estar fazendo escolhas erradas.
agora anita baker tá cantando giving you the best that i got e eu só consigo pensar em quanto dei de mim, o quanto de negligência isso significou e o pouco que sobrou pra mim.
ontem eu falei pra minha terapeuta que não sei quem eu sou. acho que nunca soube e agora tenho medo de nunca descobrir. 2021.
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vi-bo-ra · 5 years
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todos os dias eu acordo com medo de morrer sozinha. é um medo que começa nos dedos dos pés e assombra todo o meu corpo. um medo que eu tento evitar. 
todo santo dia. 
a impressão que tenho é de que não possuo o direito de errar e justamente por não possuir esse direito também não posso ou mereço amar e ser amada. 
todo dia eu passo um tempo refletindo sobre o lugar que esse medo está prestes a me levar, sobre quem serei se deixar ele me destruir. 
o pior é saber que não sou a única que sente isso. 
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vi-bo-ra · 5 years
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devaneios para serem lidos futuramente por mim
hoje tô ouvindo emílio santiago porque lembra minha infância e minha mãe ouvindo aquele cd que tinha ele e a alcione todo fim de semana. queria muito voltar pra casa, pro colo dela, pra cozinha que tá sempre cheirando algo muito bom, com o forno ligado e onde minha criatividade não precisa ter limite. 
nos últimos dias tenho sentido que vivo um delírio, sinto que desde sexta sou uma mulher diferente, mais bonita aos meus olhos, mais perdida após passar muito tempo sozinha e em contato com a minha própria mente. mais bagunçada depois de perceber que aquela guria estava certa: ser negra implica não errar. e eu poderia completar a frase dela: e se/quando erramos não temos direito ao perdão, a segundas chances. a ligação que eu recebi essa semana foi uma confirmação daquelas. 
eu queria que não fosse verdade, mas nunca tive a chance de ser amada além da segunda página. algo acontece e todas as mulheres desaparecem. dói demais. lidar com a realidade, com a verdade, dói demais. 
quando a gabriela falou num post que tinha acordado mal por saber que algo estava derrotando ela e que era um dano psicológico tão profundo causado pelo racismo (e eu adicionaria aqui a colonialidade) eu só consegui balançar a cabeça e torcer pra que ela soubesse que mesmo a distância eu concordava. 
a existência de um sistema tão cruel e que se mantém forte até os dias de hoje, capaz de tirar o direito a felicidade dos meus e tantos outros me apavora e sinto que aos poucos me enlouquece. 
ainda hoje vi que a yasmin compartilhou um texto da camila costa, fazia muito tempo que eu não a lia e ela falou do medo, que admitiu para si mesma o medo que sente, medo do que está se tornando, do que já se tornou e eu nem consegui reblogar porque me identifiquei tanto, porque eu sinto que tem uma coisa tão obscura dentro de mim que grita pra sair e que se sair eu não sei onde vou parar, que eu me recusava a compartilhar aquilo. 
já sei que não foi a escolha certa. 
hoje me sinto quase satisfeita com a imagem que reflete no espelho, me vejo, fico satisfeita em saber que sou capaz de me enxergar, evitando o filtro turvo e que sempre fez odiar o reflexo, mas essa descoberta externa contribui todo santo dia pra que eu enxergue o que significo mentalmente pra mim, que tô perdendo o controle, minhas responsabilidades e não sei para onde serei levada. 
pamela, 2019. 
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vi-bo-ra · 5 years
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Lembrei de ti... saudades.
E quem é? 
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vi-bo-ra · 5 years
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ontem passei o dia presa numa sensação que não consegui descrever
olhei pra Vitória e contei que metade do dia tinha sido uma merda total, que uma frase e um olhar foram capazes de me fazer desmoronar e querer desistir de tudo 
disse pra ela, uma das pessoas que mais amo no mundo que me sinto sozinha. todos os dias. disse a frase composta, mas sei que tremia por dentro. medo dela achar que nossa amizade não é suficiente, que não tenho consideração por ela, que nosso laço, nossa proximidade não é suficiente. olhando nos olhos dela eu disse: me sinto tão sozinha. 
pra minha surpresa Vitória disse o mesmo: “me sinto tão sozinha, mas não queria que você se sentisse pressionada”. naquela hora tenho certeza que a gente só não chorou pra não fazer parte de uma cena triste típica de filme cult que a gente nem assiste mais. 
ainda não consigo digerir como a solidão num nível tão extremo pode estar nos afetando. 
nada nesse texto faz sentido, nada nos últimos meses tem feito sentido. 
é só medo, medo e mais medo. 
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vi-bo-ra · 6 years
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teu desespero é o meu caos.
invade minha casa, me faz perder o rumo, conta uma história sem graça e vai embora, depois reclama da angústia e da forma negativa que dou a vida. 
invade minha casa, conta os azulejos e diz que volta mais tarde. 
chega de repente, com todo esse medo de se aproximar e não deixa a paz me alcançar. 
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vi-bo-ra · 6 years
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3 anos sem escrever me levaram a falar sobre medo h o j e:
tenho medo da perda
no fim acredito que todos tenham
medo de dar um passo em falso e nunca ser perdoada por ele, medo de perder meus amigos, minha (escassa) família, medo de não valer a pena (pra ninguém)
as vezes me pego pensando se isso é reflexo de uma solidão, uma dor e um vazio que não saram e aí o medo triplica
medo de falar pra essas pessoas que eu amo como é difícil ter medo e justamente esse medo as levar pra longe de mim 
quando eu tinha medo de dizer não e insistia no sim as pessoas iam embora
agora que aprendi a dizer não pro que não quero e pro que não me faz bem elas continuam indo 
tudo vai, só vai e eu continuo com dor, aqui no vazio. 
o que continua é o medo de nada voltar. 
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vi-bo-ra · 6 years
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durante esse dias tenho acordado sobrecarregada, querendo pegar o telefone pra te ligar e dizer que tu não faz ideia do quanto cada palavra usada pode mover um mundo dentro de mim. que tô tão acostumada a receber tão pouco que vou me apegar a qualquer comentário e criar teorias na mente, esperando que tudo termine numa só possibilidade: você ao meu lado. eu quero tanto ser amada que bem no fundo sei que aceitaria qualquer coisa, qualquer pontinha de afeto, mas eu sei que não posso e não quero deixar isso acontecer. 
meu desejo mesmo é alguém que me procure, que pergunte, que tenha interesse no meu dia. que aprecie o que eu faço e tenha interesse nos meus passos, como eu tenho nos teus. 
meu desejo é que você acorde pra vida e perceba que se a gente continuar nesse impasse eu vou embora. em algum momento eu vou e m b o r a. meu coração não aguenta mais não ser prioridade de alguém. 
amo tanto tanto tanto e não posso ser tão devota sozinha. 
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vi-bo-ra · 7 years
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11/17
bate na porta da minha casa a qualquer hora da noite
me liga durante o dia dizendo que sentiu falta da minha voz
ou só diz que vem me ver quando eu pedir
me chama de volta, me põe lado a lado, me deixa a par da tua vida
já faz tanto tempo que tu foi embora e eu continuo sentindo a sua falta
do cuidado
do carinho               
do nosso mundinho cheio de amor
cadê você me pedindo pra te dar atenção e dizendo pra eu parar de ser dramática a cada hora do dia
eu quero ouvir que tu ainda me ama mesmo sabendo que você não ama mais
tu partiu, fluiu, um rio te levou e a maré não vai te trazer de volta
eu vou digerindo como posso e torcendo pra que o sentimento que me consome não chegue a te consumir também. 
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