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Se eu tivesse tirado uma foto do Largo dos Guimarães, em Santa Teresa, e utilizasse um efeito preto e branco, certamente não saberiam que a foto é recente. Ou por algum detalhe ou outro soubessem, mas num todo, Santa Teresa se mantém linda com seu aspecto antigo.

Até então, foi a minha melhor experiência no Rio de Janeiro. 

Questões profissionais me levaram até lá, onde eu pude reafirmar todos os motivos pelos quais eu deixei minha cidade, no ultimo dia 28. Uma vista fascinante onde eu olhava como se eu estivesse frente a frente com tudo aquilo que eu sempre quis.

Tudo aquilo que eu sentia falta eu vi ali em Santa Teresa. Cada frio na barriga que eu tinha ao subir aquelas ladeiras do bairro com moto-taxi se misturavam com uma sensação de liberdade que eu não sentia desde quando eu sentava na janela do carro da Dayene para sentir o vento no rosto.

Uma boa conversa de vida, que agregam valores profissionais e pessoais. Pessoas tomando cerveja pelas ruas estreitas onde qualquer informação que você peça a resposta será: Siga os trilhos. A simplicidade das pessoas (ok, não tanto por ter visto inúmeras coisas caríssimas para gringo comprar rs), a companhia da Thaiza e diversos outros fatos me fizeram matar um pouquinho a saudade de casa. 

Ver um cachorro solto pelo quintal derrubando tudo que tinha pela frente me fez ter saudade da minha Lassie que está lá em casa e certamente fará um escândalo quando eu for pra casa na semana que vem. Chacal é um cachorro adorável, queria um pra mim também. Companheiro de verdade.

Sobretudo, levo algumas boas lembranças de Santa Teresa: A simpatia das pessoas ao me guiarem pelas ruas (siga o trilho), as paredes grafitadas gritando "amor" para todos os lados, a vontade de reunir todos os meus amigos ali para bebermos cerveja nas ruazinhas, o gosto do melhor pão de queijo que já comi e, claro, a vontade de voltar para matar a saudade de casa. 

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Chuva rápida, congestionamento demorado.

    Finalmente eu tive o imenso prazer (pra não dizer ao contrário) de presenciar o Rio de Janeiro com chuva! E olha que não era daqueles que duram horas não. Era chuva passageira, dessas pancadas de verão mesmo... Mas foi o suficiente pra criar um caos temporário, na mesma proporção da chuva.

Eu e meus amigos questionamos o taxista:

- Complicada essa situação, né? As pessoas vêem que está armando um temporal e resolvem sair de casa ao invés de ficarem quietas assistindo televisão e comendo pipoca.

- Pois é, mas vocês sabem, carioca não tem o costume de ficar dentro de casa. Sentem a necessidade de sair por aí, com ou sem chuva.

      É, realmente. Coisa para fazer aqui é o que não falta... Bares cheios, ruas cheias, quiosques cheios, shoppings cheios (imagina com chuva?) e por aí vai. Mas convenhamos: Não há estrutura que aguente tanta gente na rua e um temporal caindo. Complicado ainda mais quando tudo alaga e você não tem pra onde fugir a não ser o queridíssimo shopping.

    E não sei exatamente qual a função dos guardas municipais pela região central da Tijuca. Com roupas apropriadas para a chuva, todos eles ao invés de estarem desviando o trânsito, ajudando ou sei lá, QUALQUER coisa que facilite, estavam embaixo das marquises  conversando e o trânsito caótico lá. Eu não sei o que era pior, se era isso ou a nossa ideia maravilhosa de sair com o tempo assim... Já posso me considerar carioca nesse ponto? Pelo menos eu não fui de carro rs.

    Taxista que não sabia o caminho, trânsito agarrado, guardas de trânsito "de boa", temporal com ruas cheias mesmo assim e vamos que vamos! De qualquer forma, caos urbano não é um problema carioca somente. Tem aqui e tem ali. Sempre acho que a solução é que a atual geração faça menos filhos! Rs

      De tudo, o mais bizarro nisso foi que eu pensei que a chuva (que amanheceu o dia) fosse refrescar o clima e estaríamos todos felizes com o Rio de Janeiro fresco, igual acontece em Barra Mansa. Mas adivinhem? Cá estou eu, morrendo de calor com um ventilador na cara contando sobre esse relato.

Rio 40º, literalmente.

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Quando deixei Barra Mansa, na última sexta-feira (28/02/14), a deixei da maneira que eu sempre gostei de ver: Cinza. O temporal me atrasou, fiquei com medo de não conseguir pegar o ônibus para me trazer para o Rio de Janeiro.

Aqui é tudo grande: os prédios, as ruas, a distância entre uma calçada e outra, os shoppings, a distância de um bairro ao outro... Literalmente tudo grande, inclusive a minha vontade em explorar cada canto desse lugar.

Me sinto o Ryan Atwood largando sua cidade cinzenta e indo pra Orange Country. Sou meio Seth, mas hoje me sinto Ryan. Sou empático, quem me conhece sabe.

O Carnaval é a festa mais bonita que tem pela cidade. Mas se engana quem me pergunta: "Você deve ter aproveitado ao máximo o carnaval, né? Folia todos os dias."  Aproveitei sim. Folia não. Eu tenho um Rio de Janeiro inteiro de oportunidades, chances, pessoas... Não preciso me acelerar para que as coisas aconteçam. As coisas vão acontecer por mais que eu não queira, mas eu quero.  Mas em meio a folia carioca, retirei alguns dias para admirar a alegria das pessoas. Mascaradas ou não, as pessoas estavam alegres.  4 dias para esquecerem dos problemas e desfilarem a vida por aí, embora aqui o Carnaval acabe durando mais.

 A saudade de certa forma já aperta um pouco. Saudade antecipada, talvez. Saudade de ser sonhador e hoje estar vivendo um sonho que ainda tem muito a me oferecer. Saudade dos meus amigos, da minha família, de mim mesmo até.

Descobri um bar aqui no Rio de Janeiro que quarta também é dia de rodada dupla de chopp rs (Ariana, Dayene e Thiago, nós ainda vamos).

 E ah! As pessoas são simpáticas e prestativas da maneira que eu esperava. Ao menos comigo estão sendo... Espero oferecer isso de volta a elas.

 Bom, sendo clichê ao máximo: O Rio de Janeiro continua lindo. (E espero que limpo depois da greve dos garis).