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SWEET NARCISSUS

Hello, Mr. Lawrence Minha vez chegou Limpe bem as mãos Deslize os dedos suavemente pelos meus lábios Pra dentro da minha boca And cut my face gently Oh, please Fura minhas linhas pontilhadas Tira tudo Corta um pedacinho do meu beijo Isso bem aí Eu gosto quando encosta em mim essa tesoura Oh, please Recorta meus dedinhos Eu não quero esses invasores aqui Eles são intrusos, Mr. Lawrence Você não tem pena de mim? Oh, luv Vai Porque não injetamos isso aqui? Aqui Hello? Oh, hello? Mr. Lawrence? Oh, please Eu não quero mais esse rosto de porca Quero o teu Grampeia tua língua na minha pele Você compreende, Mr. Lawrence? Não quero mais a minha doença Quero a de uma japonesa Me faça melhor, please Tenha piedade de mim Oh, hello? Que tal o seu bigode? O seu gosto por arte? Os seus olhos tão saudáveis? Eu nem enxergo direito com os meus No espelho e eu era uma esquisita Uma alma presa na terra, Mr. Lawrence Kill ma body Oh, mate meu corpo, Mr. Lawrence Assim eu me liberto Serei a perfeição chupada dessa carcaça Serei uma entidade divina Serei um novo século Tão bonita Que eu serei má com eles e com seus filhos Com os filhos dos seus filhos Oh, Mr. Lawrence Oh yeah Oh no Oh yeah, sim Oh, Mr. Lawrence Me morde na nuca Me arranca um pedaço.

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VOCÊ É LINDA

Orfeu criança me deu um alucinógeno Este é o jardim do cocuruto Tinha: Homem de preto Barbicha preta e menos preta Sua pele eram cascas de fazer chá  (Uma velha senhora veio me procurar) Saiba que não sou esse tipo de pessoa Nossa canção de amor é absurda Degradê Vermelha demais pro palato  Palácio de quem Era uma rainha que olhava pro lado Era um espírito que olhava pro outro (Uma velha senhora veio me procurar) Emaranhado de vida em meu pescoço Tristeza amassada nos pneus Nenhum medo da solidão Pra onde vai? Você volta? Não plantei homem nesse jardim!  Plantei bicho E verduras pro jantar Mas homem nenhum Vou pra lá, olha Uma velha senhora veio me procurar De Bergman preto e branco Uma velha senhora veio me procurar Meio ouro Meio gente Meio alien Meio gato Uma velha senhora veio me procurar O seu braço tem serpentes Mas só o esquerdo O outro tem amoras Que é pra gente comer E leite Que é pra gente se banhar E joaninhas E espera ai Esbarrei nos botões de Jesus Cristo Não sei mais ligar essa joça Vou criar nossos filhos nessa terra mesmo A gente vai viver dos nossos corpos físicos, líricos e astrais E espera mais um pouco Uma velha senhora veio me procurar Deixa eu limpar suas feridas (Deus não se machuca Não cai da caçamba) Deixa eu cuidar de você Deixa eu te chupar Puro açúcar branco e blue Deixa eu falar com você Uma velha senhora veio me procurar Eu disse

Dona do mar Que dorme na areia Beleza que faz sorrir Luz das estrelas O caso e o acaso Você é todo o espaço Musa dos meus sonhos Por toda minha vida.

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DECLARAÇÃO DO FUNDO DO POÇO

Oh boy Como migalhas, oh boy Como resto Resto de pão De bolo De borra de café Como lixo Tampa de garrafa Casca de mexerica Bebo mijo Beijo ratos Beijo gatos Chupo pirulito de bosta Oh boy Não mereço o amor Não fui feita para o amor Minhas peças não são programadas para o amor Quando fito meus olhos Quando vejo você

Esses dias eu vi o futuro

Meu coração caiu no chão, oh boy Não dá pra pegar Tá no meio do lixo Perto dos vermes Perto das seringas Perto dos cacos de vidro Tá cheirando a chorume Tá longe de você Do seu terno bonito Do seu sorriso de cigano Longe demais de você Esta frio, oh boy Durmo perto do rio Do esgoto Do barranco Longe dos seus braços Longe do seu corpo Longe demais De você

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TARDE QUENTE EM PETROLINA

Ô Dona Sônia me dá um refrigerante Bate perna Estala boca Vira saco Olha o sapo! Mata o sapo Volta aqui seu moleque Caí pra dentro Dorme não De noite era Melissa Amanhã come mamão Eu gosto de Margarida Quem não gosta é João

Ô Dona Sônia cadê meu refrigerante? Na casinha amarela Tem um monstro magricela Ele vive com coriza Mas só anda sem camisa Se eu rezo Quando rezo É que tenho medo do cão No meu sonho ele vem Tô dormindo sem ninguém Ele sabe também Vem assombrar meu coração

Ô Dona Sônia onde ta esse refrigerante? Nas noites de fevereiro Zeca pula carnaval Beija a boca das meninas Dos meninos Das banguelas Dos mocinhos Zeca é vadio Não foge de ninguém Bate até em delegado Mas nunca tem um vintém Mas é carnaval É carnaval, amor Todo dia É dia de meu bem

Parou, moleque É refrigerante de que?

De guaraná, Dona Sônia De guaraná Eu só tomo guaraná Eu só quero guaraná Quando tomo guaraná Eu sorrio guaraná

Ma vá pro caralho!

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MAR DE BITUCA

O sol Há de beijar o véu do teu rosto E fazer douradas tuas vestes Pra que disfarce teu coração

O sol Há de lamber teus pés descalços Te envolver com sete mil abraços Sem trincar tua alma apodrecida

Fui contar aos amigos que te vi tão linda Disseram que eu estava louco Fazia morada no pronto socorro Que não dá pra acreditar nessa minha filosofia

Se teu peito é de plástico Tuas veias de aço Suspiros de melancolia Só posso crer Na tua beleza Nas minhas fotografias

O sol Há de chamar teu nome de manhã Te dar de comer flores, mel e romãs Mas não vai aliviar

Teus cabelos de medusa Tuas mágoas ocultas De bituca em bituca Sol e chuva Você sonhava Que a alegria vai reinar na manhã de um novo dia Mas não vai apagar O veneno do teu perfume O cheiro da orgia.

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SINTO SUA FALTA QUANDO SAIO COM OUTROS HOMENS

Robô robô stick plum Gosto desse peixe bem cru plum Bem cru plum Bem vivo Vivo peixe peixe vivo Rebola bate bola bola Bate bola Quem é que dança? Essa dança? Eu não danço bleng Eu não danço bleng Eu tremo mexo mexo tremo Tremo e rebolo bolo Mas não danço bleng Vou na praça Praça prata Praça preta Praça com a mulher que cola Colada com a cola no meu braço Blug pat blum Estou bonito bonitinho Bonito bem bonitinho Tão bonitinho Você não quer? Tam ram ram Tomar um pouco? Tam ram ram De suco de laranja? Tam ram ram Eu odeio Tam ram ram Esse seu suco Tam!

Nossa

Que vento mais gelado sai da sua boca

Me beija Plock plock plum Diz que me ama Que sente minha falta Da carinho pra mim um pouquinho Senta o braço nesse meu corpinho Zum zum zum Eu prefiro meu cachorro

Calma ai!

Sério, menino?

Não consigo relaxar, meu amor tam tam Não consigo relaxar, meu amor tam tam Não consigo relaxar, meu amor tam tam Não consigo relaxar, meu amor tam tam Não consigo relaxar, meu amor tam tam Não consigo relaxar, meu amor tam tam Não consigo relaxar, meu amor tam tam Não consigo relaxar, meu amor tam tam Não consigo relaxar, meu amor tam tam (...)

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NÃO ESTOU AQUI

Sobre ser e sobre estar Eu escolho por um prego na palma da mão Porque ser é menos Estar é tudo Eu estou quando você está aqui E sou sempre Sou você E sou o tigre E como é difícil ser É tão difícil, que não tenho cabeça Sou um corpo que não está Decapitado Nú Então, definitivamente estou Pelo menos eu quero Venho minha vida inteira tentando E quero tanto Sou Hilário dos Santos Santana Torcedor fanático Doente dos pés E filho único E não sou nada disso Sou a traça que come o vestido velho da noiva E uma estrela sozinha no céu da boca No céu de São Paulo Sou um tudo Sou você E Deus Oh, como sinto E de repente Não estou mais Me esfarelo E o vento leva lentamente meus pedacinhos Brilhantes como um pó de cometa.

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CINCO ESTRELAS VERMELHAS

[o bloqueio] Oitenta dias depois do meu peitinho apontar pra frente Cansei de correr Já passei da linha de chegada Você poderia parar, Greta Garbo? Num filme francês Um pomposo e famoso ator se levanta Imposta seu tronco pra frente Limpa a garganta De tanta felicidade, seu bigode enrola Ele diz com os lábios estalando: [o bloqueio] É maravilhoso Vamos coroa-lo rei do homem e da mulher Rei meu em particular Ele só pode sair da minha boquinha Eu o alimento com remédios Uma dieta regrada Prescrita por um especialista desses ai Comprimido de manhã Com cházinho, a tarde E quando vou dormir no nascer do sol Eu saio um pouquinho [o bloqueio] Não consigo parar de rir Nem de me achar a ultima bolacha do pacote Não consigo nem acordar Estou derretendo Amolecendo Virando suco Por favor, menstrua Por favor, menstrua Menstrua, mano Menstrua Menstrua aqui Menstrua você comigo Menstrua um monte Na cama da [o bloqueio] irmã Vai, mano Menstrua, por favor.

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O DOMINGO E A TRISTEZA QUE ENFEITOU MEU QUARTO

Não me faça promessas de amor E não minta pra mim Quando estou tão triste assim Não pense que eu sou louca Maluca, sanguinária Demente, sem paixão Esse sorriso de gelo É só porque estou tão triste assim O meu reino Da bala de goma Está por um fio de linha La anda um assassino E vai matar a todos E eu não vou pegar Nem vou perseguir Vou me apaixonar Vou mostrar a saída da minha armadilha Porque estou tão triste assim Tomei de uma só vez Oitenta gramas de tristeza Um copo de amargura E leite Já que estou tão triste assim Cortaram minha cabeça E enterrei Que não serve nem de tira gosto É uma cabeça toda triste Toda triste assim.

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REZA PARA SAIR DO SOFÁ

Ave Maria mãe dos porcos e das cobras Dos fracos de coração Dos doentes da cabeça Vinde e leva meu amor Meu menino Que a ele dei tudo que tinha Traz morte ruim pro teu corpo Pros teus cabelos Pra tua pele Traz peste Traz raiva Manda ele rastejando pra um rio preto fundo Não deixa mais ele abraçado naquele bezerro chucro Em suas costelas Os dedos na sua carne macia Leva, por Deus Que dos seus olhos saiam sangue E da sua boca só palavras de chorar e sofrer Que eu Eu Eu Já não vivo mais, mãezinha Que inferno! Já não sinto o gosto dos gomos de laranja que eu tanto gostava Já não sei mais quem sou sem ele.

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FRUTA MAGENTA, FRUTA DE METAL

Melado vai no melão O melão vai no amarelo Amarelo melado no melão O melão mecânico Na melancia Você não sabe brincar Devolve as pedrinhas E você Você Devolve minha melancia Pode pegar Seu fominha de melancia Que você coma essa melancia e morra

Ele morrerá Escorregando no melado Caindo na melancia Santinha de metal Eu nunca mais vou pedir pela morte Vou só brincar com o melão O melão no melado O melão mecânico Na melancia Eu fiquei com as pedrinhas.

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A FRONTEIRA FINAL

Supernova Estrela de prata Diário de bordo Estou paralisado Nesse universo novo Paralisado Oi, mãe Desculpa ter fugido de casa Eu não me sentia mais parte de nós Olhava pra tudo e achava tão feio Era Tudo tão feio Tão tóxico pros humanos As vezes não sinto que sou real Quando pego a comida pressurizada nas mãos Cai no ar Flutua Não tem gosto de nada

Um surto me pega despreparado Perigo, perigo Tem fumaça por todos os lados Tudo vermelho! Meu corpo bate com força na roupa Anti-vácuo e eu só sei gritar e gritar Estou queimando queimando por Dentro por dentro da cabeça do Peito dos vasos do coração alguém Tira pra mim! Alguém tira Esse coração de mim não quero Mais me mexer!

Não vou Supernova Estrela de prata Oi, pai Não posso mais voltar Estou me desfazendo e Vou sumir Em frente a televisão.

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PARTO LUNÁTICO COM ASCENDENTE EM AQUÁRIO 

Avisa pra mamãe que ele chegou Ele chegou! O disco voador! Nele tem coelhos e roupas de banana Tem cabeça de donzela, tem lagarto e tem aranha

Olha lá, ele chegou! O disco voador Tem dois comandantes que não são daqui De onde eles vem? Do teatro, ora bolas O uniforme é prateado Eles falam francês Não tem medo do diabo Assassinos de burguês

Olha lá, ele chegou! O disco voador Nessa nave tem um espelho Um espelho chorão Tem lágrima e sagitário Tem banheira colorida E tem muito Muito Muito Muito muito Pão

Pausa  

Ficou escuro

Esse é o parágrafo do vilão 

Eu sou o homem de bigode enrolado Não tenho chifre comprido Mas tenho um rabo afiado De manhã, quando eu acordo Eu como coração De noite eu vou pras festas E mordo as donzelas E urro de emoção Tem uma mocinha nessa nave Que eu quero levar Coloquei meus olhos nela Essa boca eu vou tomar Parou! Ela tem um míssil! Parou! Um míssil cor de rosa!!! Nããããão!!!!!!

Olha lá, ele chegou! O disco voador Trazendo alegria E pílulas de Fluoxetina Pra toda menininha Com vontade de chorar Se você gosta de gato Vem Com a gente Brilhar!

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ADEUS, SUPER-HOMEM

Na juventude No branco do olho Os heróis brincam de roda Se balançam no meu quarto Bem perto da cama Era uma noite tão quentinha Não tinha medo de nada Nem de bicho, nem de homem ... De você Ele vem me salvar Se na chuva eu escorregar E na estrada cair E um caminhão desavisado vir em direção dos meus olhos Não vou chorar Que ele vem me salvar É um herói que canta Que dança Que tem medo de crianças Só pra mim Pra mim e pra minha amiga Que não fala mais comigo ... E pra você Quando amanheceu, era tudo silêncio Não tinha mais música nem dança Não vi o caminhão dessa vez Sepultei meu herói num caixão azul da memória E só resta caminhar Sem escudo Sem força Caminhar Ouço música as vezes Estou construindo uma máquina A gás e sangue Pra voar.

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JANEIRO E EXTINÇÃO DOS SAPOS

Uma mosca Mata Mosca mosca Bicho Porco Inseto Tenho medo Medo mosca Mosca mosca Em cima da ferida Sangra sangra Não estanca Sai mosca da minha ferida Eu não vejo Vejo vejo Vejo com meus olhinhos Um amor se afastar Pega ele Pega mosca Não paro de me irritar Não gosto do meu cabelo Sai mosca da minha cabeça Sai mosca da minha boca Sai mosca da minha buceta Estou louco Louco louco Quero muito me matar Mas não mato Mato a mosca Mosca Uma mosca Veio me torturar Veio me buscar Veio nadar no meu café Veio subir no meu peito Veio calar minha namorada Que mandou essas moscas? Moscas? Foi o Deus da Paranóia É tudo Paranóia Mosca.

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EU DIVINO CONTRA VIDA

Estou tão cansado A faca A faca, homem A faca arrebentando todos os peitos Num pequeno massacre Pessoal Furando Prensando os órgãos Eu queria dar uma facada em você Não Não chora Não reclama baixinho Eu sou carinhoso Sou tão carinhoso Olha a faca Tramontina na minha mão É de prata Modelo novo Uma faca mutante Direto em você, sua víbora Nos seus olhos Eu vou te matar E todo mundo vai ver Vou transmitir ao vivo Pra todo mundo ver Que eu!!! Eu!!!! Ganhei E vou ganhar de novo e de novo e de novo Quinze, vinte, cinquenta e sete facadas Gritando Urrando Ah, como eu te amo Estou tão cansado Vou beber Beber Mais um golinho Mais um Um golinho Pra dormir E acordar ano que vem Sorrindo

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O NÚMERO DO PALHAÇO RACIONAL (SEGUNDO ATO)

Essas linhas já foram escritas Mas insisto que olhe pra mim Mexendo nos meus cabelos, encontrei um espelho Espelho esse que me vi amassado Primeira canção Sou chato Chato demais Chato demais pra qualquer mocinha Sou irritado Carcomido Ranzinza Igual um avô armado Continuo fumando demais As vezes caixas Fumo entre as respirações Tenho três cigarros em cada mão Até dou nome pra eles E durmo com um maço no bolso Então eles amassam como o dramaturgo Não dá pra mudar isso Sabe o que eu lembrei? Aquele dia que você veio correndo e chorando Você lembra? Você estava coberta por redemoinhos, emoldurada em um céu cor de rosa Com estrelas suas Flores próprias Ninfa! Nem Lorca Nem Monet Ninguém mais viu aquilo Eu disse algo? Eu não disse nada na verdade Não tinha nada pra dizer Nenhuma palavra Nenhuma Vou repetir por você Me permita (Barulhos vocais de aquecimento) Nenhuma nenhuma nenhuma nenhuma (...) Hoje eu tenho Como tenho Vem escutar um dia Eu faço bolo pra gente Garanto que vai valer a pena Mas eu posso ser chato Sou bem chato Tenho chatose E está me matando Eu sinto Mas não é contagioso