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Oi, saudade…

Pensei. Não disse. Quis dizer. Mas não disse.

Ainda procuro explicações que tenho certeza que jamais encontrarei. Na verdade, não procuro. A dúvida visita meus pensamentos e me enche de questões que eu não sei a resposta. Pensei em dizer que gostaria de saber, mas nem sei se quero. Coragem eu até tenho, só que o que os olhos não veem e os ouvidos não escutam, o coração não sente. Prefiro assim… Não sinto nada, exceto quando sinto tudo. Não falo de você, nem sobre você e piorou com você.

Constantemente tenho tido quedas drásticas de dopamina.

E encontro a tradução que você é como as quedas de dopamina que tenho: quando comigo e/ou conversamos, ela tá em alta. Quando longe e/ou não conversamos, ela tá em baixa.

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Raul Seixas cantaria “O dia em que a terra parou” se me visse naquela quinta-feira, dia 6 de janeiro, logo quando pela manhã você me mandou mensagem dizendo que estava em São Paulo.

Eu sinceramente não prestei pra mais nada nesse dia.

Chego a me questionar: Como que eu iria prestar pro que quer que seja sabendo que você tava por perto? Eu até achei que fosse possível. Mas… não. Não foi.

Os dias se arrastaram como quem se arrasta pela casa em busca de água gelada durante uma ressaca horrível. Devagar. Quase parando.

Muitas coisas acontecendo, você na bad e eu torcendo para que tudo se ajeitasse e você pudesse se divertir e curtir o máximo que pudesse. Não vou entrar em detalhes do dia 9 ao dia 13, porque já te contei todos eles. E na quarta-feira, um dia antes de te ver, você já tinha sacado.

Pensei que talvez não seria, de novo, dessa vez que iríamos nos encontrar.

Quis desistir de tudo. Não nego.

“Não precisa ser de novo assim, tudo igual”

Você me faz sentir coisas que eu nem sei…

Da mais linda alegria a mais pura raiva (que não dura muito, porque eu não consigo e pra ser bem sincera, nem gosto de sentir.)

“Entre o retorno de saturno e o seu

Busco uma resposta que acalme o meu coração

Do amanhã não sei o que posso esperar”

Chegou o dia 13! Hoje ou hoje. Não teria como ser outro dia.

Dúvidas, medos, incertezas.

Mas, só se vive uma vez, né?

Você teve um voo conturbado.

Eu te disse que ri, mas nos últimos minutos fiquei tensa porque o radar tinha parado e por alguns segundos tive medo.

Que bom que foi apenas “delay” e o avião já havia pousado.

“Cheguei”

Alívio. Desespero. Alívio. Desespero. Alívio.

Você novamente em solos paulistanos.

Não tinha como ser diferente.

Depois de muito pensar, de querer desistir, de incentivo amigo, de pensar de novo e querer desistir outra. Eu pensando: “Não existe outra opção a não ser encontrá-la”.

Saio de casa e tcharam, chuva! Das pesadas. Até pedra caiu do céu. Não é possível!!!!!!

Esperei, cansei e fui com chuva mesmo. Atravessei a avenida e quase que me atropelaram. Aí é foda. Logo em seguida quase que me dão banho de água barrenta de chuva. Demorou mais um tempo até enfim conseguir chegar no metrô e depois disso foi super rápido.

Eu não sou de me perder. Me guio pelo Sol e a geografia tá muito bem desenhada na minha mente, mas o que aconteceu? Eu me perdi, mesmo sem me perder, foi apenas uma rua a mais. Cheguei!!!!

O nervoso passou. Claro! Por cima de mim.

Fiquei te esperando e sei lá o que passava na minha cabeça, talvez um filme de tudo que vivemos até aqui. Uma mistura de sentimentos que não podem nem ser descritos, porque não há palavras.

Você chegou e eu nem soube como reagir.

Jurei que estava sonhando. Não tava acreditando que você ali comigo era real.

Sei que te vi toda verão, com o cabelo molhado e usando um vestido. Maluca!

Não me surpreendi. Você é exatamente como eu imaginei que fosse.

Você é um dia de Sol em frente o mar. Sabe a sensação, né? É sobre isso.

É a fusão da maré baixa com tsunami. 8 e 80. Calma e caos.

Você é linda, devo agora citar Caetano Veloso, desculpa. Inevitável.

“Linda

Mais que demais

Você é linda sim

Onda do mar, do amor

Que bateu em mim”

Não vou ser exata no tempo. Quase 4 anos. 3 anos e alguns meses esperando viver um dia como esse.

Me dei conta mais uma vez de como o tempo é relativo. Demorou tanto pra acontecer e quando aconteceu foi rápido.

Intenso. Mas rápido.

Eu nem vi as horas passarem, pra falar a verdade, eu não quis ver.

Acredito que foi muito melhor do que eu poderia ter imaginado ser. Porque eu não tinha ideia de como seria. Fui livre de qualquer expectativa e foi tudo muito além do que eu pensava.

Foi como viver num universo onde tudo era perfeito, inclusive, sem pandemia. E de fato, era!

Gratidão por esse dia tão lindo na sua companhia. Momentos como esse, ficam pra sempre. E no fim, você para e pensa: é isso que faz a vida ser linda de viver!

Eu sei que eu já te disse tanto pessoalmente, mas você me conhece, eu sou assim. Eu precisava escrever. Porque mesmo dizendo tanto, na minha cabeça parece ter sido pouco.

“Viver com a urgência de que houvesse uma só vida
E a paciência leve de que a vida é infinita
Ninguém sabe a verdade, mas nunca será tarde”

Te amo. Falei mil vezes. Talvez mais que mil. Falo de novo. Te amo. Te amo muito.

Te amo por tudo. Por tanto.

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A madrugada pode facilmente parecer uma noite um bar. O sono é também como se está quando tá bebado, você não raciocina direito e a ardência dos olhos é a mesma. Pensar em você e ter impulsos é a mesma coisa. Te amo!

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Eu descobri que odeio escrever.

A minha mente é uma verdadeira máquina de pensamentos. Muito se passa, pouco se escreve. Não que eu seja egoista com os meus pensamentos, mas é que eu odeio escrever mesmo. Odeio abrir o bloco de notas e dissipar tudo o que se passa, justamente, por não ser fácil. Por doer tanto, mas tanto, que não há outra alternativa a não ser escrever. Li uma vez que escrever é um ato de coragem e é mesmo. Escrever é uma fratura exposta.

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Eu tive que ir embora, mesmo querendo ficar... Tentei. Contra a minha própria vontade. Tentei de todos os jeitos. Não deu. Passou. Como você mesmo diz: Já passou! E passou mesmo. Passou há muito tempo. Eu vi. Mas fiz que não. Não quero ser quem você procura quando não encontra mais nada.

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Acreditar e viver o amor

É ir contra todo e qualquer padrão

É só o amor

Nada mais importa

É só amando que se enxerga beleza onde os olhos não alcançam

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Não vou ter preguiça.

Não dessa vez. Eu nem sei o que tô escrevendo, como começar a escrveer. Não sei. Tá errado? Tá!!!!! Mas eu tô louca. Queria muito estar louca por você mas esse tempo já passou. Gosto de você mas a loucura já foi. Não me arrisco. Entendi que não vale a pena o risco. Mas ainda assim, não desmereço. É grande. É forte. É intenso. É você, né? Como ser diferente. Não tem como. Te amo. Queria te dizer… não disse. Não vou dizer. Você me diz “vocês que lutem” e é aí que mora o problema. Eu não quero lutar. Eu quero o leve. O simples. O fácil. Tem? Bem. Não tem? Amém. A vida é assim. Segue bem daí, e eu sigo bem daqui. O amor é como o Sol sabe como renascer.