Tumgik
westate · 11 years
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O estado de Wesley estava completamente assustador para qualquer um daqueles que o conheciam superficialmente e bem, todas as pessoas encaixavam-se nessa categoria. Só tinha uma vontade naquele momento, não poderia ser visto assim e esse desejo já tinha sido arruinado no momento em que Conrad aparecera ali. Por que diabos tinha de ser ele? Não poderia ser Olivia, ou até mesmo Riley? Ainda que a relação dos dois estivesse um tanto confusa desde que ela tinha ido morar com o pai enquanto ele escolhera ficar com sua mãe. Filho de uma puta. Isso que ele era. Além de estar enfurnado em sua casa, tinha que segui-lo onde quer que fosse, era isso que ele queria? Estava começando a ter suas dúvidas sobre o garoto dos olhos azuis e cabelos cacheados assustadoramente parecido com os anjos que a maioria dos desenhos costumam formar.
Os olhos semicerrados, tentando aliviar a assustadora dor de cabeça que estava se formando no meio de seus neurônios que já nem sabia mais se existiam muitos. Bufou, num ato de completa involuntariedade. Realmente não tinha condições de recusar ajuda, estava zonzo, fora de si, bêbado e drogado. Muitos escolhem cocaína, heroína, maconha, mas Wesley não queria se drogar como aqueles esquisitos que viviam debaixo da arquibancada, ele nem sequer acreditava que os remédios que entornava eram drogas e, por mais que estivessem acabando consigo, conseguia ver certa diferença em seu físico. Mais forte, mais resistente, mais rápido. Menos inteligente, menos consequente, menos responsável e incontrolavelmente mais agressivo. Sua mudança de comportamento não o incomodava, nem se quer percebia-a quando era muito melhor admitir ser agora um melhor atleta a ficar deitado numa cama depois do seu acidente na temporada anterior.
— Harris. — Dizia num tom completamente decepcionado ao pensar que poderia ser qualquer um, definitivamente qualquer um... menos ele, enquanto colocava suas mãos pesadas nas costas do jovem para colocar-se de pé. Era um movimento necessário, por mais que não quisesse, por mais que odiasse ter de ser ajudado. — Eu to bem, eu to ótimo, não aconteceu nada, é só um porre. Não fala nada pra minha mãe ou eu te mato e eu to falando sério. — Comentava sério, sua cara ainda fechada, num abre e fecha de olhos numa tentativa falha de permanecer tentando aliviar a dor de cabeça. — E o que você tá fazendo aqui? Comportadinhos deviam ficar em casa essa hora. — Seu sádico humor não poderia ficar enrustido nem quando seu corpo inteiro recusava-se a ficar em funcionamento.
Don't look into my eyes || Conrad x Wesley
A natureza de Conrad não fazia dele uma pessoa cujas crenças estavam escritas em pedra. Ele acreditava em muitas coisas, e não era raro que deixasse de levar a sério algo que antes lhe parecesse uma verdade absoluta. Era flexível, maleável de acordo com o seu humor e o assunto em pauta no momento. Ainda assim, mesmo dotado de uma natureza tão adaptável, não lhe demorou muito tempo para perceber que odiaria viver com os Tate. Não que o homem que era de fato dono da casa fosse ruim - ou ao menos ele não tinha parecido ser, até então. O problema era Wesley. Desde a primeira vez em que pisou sobre o piso caro da casa do outro garoto, percebeu que ele estava decidido a lhe detestar por qualquer motivo que fosse. E diferente de si mesmo, Wesley Tate não se parecia muito com o tipo de pessoa que mudava uma opinião que já tivesse formada, fosse para o bem ou para o mal.
Evitava-o. Assim como o Diabo foge da cruz, o adolescente fugia do outro garoto. Não que o temesse: Conrad havia passado todos os seus anos escolares aprendendo a se defender de pessoas como Wesley, valentões que tinham a certeza de que o intimidavam só por possuírem alguns músculos a mais. No passado, não era raro que Harris terminasse voltando para casa com hematomas causados pelos punhos de outros garotos que eram nada além de versões daquele que lhe hospedava agora. Via tudo como uma espécia de piada cósmica, como se toda a sua vida tivesse sido preparado para lidar com Tate.
Sua tática era passar o mínimo de tempo possível dentro da casa. Aproveitava o fato de não se sentir bem vindo lá para se obrigar a sair e conhecer as ruas de East Metrópole, já que teria que viver ali ao menos por um ano, até terminar o colegial e poder sair daquele lugar. O que não esperava, no entanto, era que uma virada não calculada para uma ruela fosse lhe colocar de frente para a única pessoa que não desejava ver. O que lhe espantou, no entanto, não foi tanto a presença de Wesley quanto o estado no qual ele se encontrava. Deplorável era a única definição adequada que podia encontrar. Eles não eram amigos, talvez fossem o oposto disso, mas ao ver o outro caído o loiro não pensou duas vezes em se aproximar e abaixar-se próximo a ele. - Tate? O que aconteceu com você? - A pergunta lhe pareceu sem sentido no instante que percebeu o cheiro forte de álcool que vinha do outro garoto. Conrad torceu o nariz levemente, mas manteve-se próximo e moveu uma mão na frente dos olhos alheios para ganhar sua atenção. - Segura em mim, vou te ajudar a levantar. - Não era um pedido, e Wesley não estava em condições de recusar ajuda.
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westate · 11 years
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Don't look into my eyes || Conrad x Wesley
Wes não tinha uma ideologia e muitos sábios dizem que a falta de ideologia é o mal da mais nova geração. Tate sabia disso? Não tinha ideia. Se tivesse prestado mais atenção nas aulas de Sociologia, as coisas poderiam ser diferentes. A inconsequência do menino não poderia leva-lo para outro lugar. Não era à toa que odiava seu pai, ou então, era isso que acreditava. O homem era o verdadeiro culpado de tudo de ruim que aconteceu ou poderia acontecer em sua vida. Ainda assim, sentia falta de uma certa segurança que ele poderia lhe proporcionar. A segurança que nunca teve o prazer de experimentar — ou então nunca quis. Era um mecanismo de desastres, onde todas as engrenagens eram podres ou falsas, num movimento contínuo em busca da pausa.
As ruas da cidade conturbada como era aquela parecia-lhe um péssimo refúgio, mas era onde estava. Um lugar onde qualquer um poderia aparecer, pedindo qualquer favor ou esperariam que fosse de um jeito que tinha certeza não ser. Não seria livre ou sozinho para demonstrar o seu eu para o nada, para as paredes, para os seus comprimidos. Mas afinal, quem era ele? O capitão do time de futebol e o cara mais popular da escola. Não o que era ele, quem era ele? Essa dúvida o matava, pois definitivamente não sabia a resposta e estava longe de desvendá-la.
A cidade desmoronada para alguém que já estava quase em pedaços e sua única vontade era desaparecer. Não sabia como sobreviveria dali pra frente sem a ajuda de suas pílulas e sentia muita necessidade disso, uma necessidade que a física talvez não explicaria. Enfiou-se num beco chulo do meio da cidade. O único trocado que tinha foi o suficiente para comprar um frasco do seu herói e algumas garrafas de uma bebida barata. Entupiu-se de álcool até a ultima veia e logo depois colocando alguns medicamentos para dentro. Sim, já ouvira falar que aquilo não seria uma boa ideia, mas qual era a diferença entre água e álcool? Na sua cabeça era uma só: o prazer da ingestão. Sua vontade de desaparecer ali era tão grande que seu corpo cedeu ao cansaço, ao peso que era-lhe pressionado. Uma garrafa vazia nas mãos e a vontade de não estar mais ali. Por um momento, sentiu que os deuses poderiam não estar mais furiosos com ele, logo que uma ponta de esperança na forma de um adolescente apareceu para ajuda-lo. Conhecia bem sua feição. Era Conrad, mas o que aquele maldito estava fazendo ali? Por sorte seu frasco estava longe dos olhos do garoto, o que facilitava qualquer tipo de explicação que realmente não daria, mas talvez fosse requisitada.
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westate · 11 years
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Babacas não são compreensivos?
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Eu não estou tentando te ofender. Só acho que você deveria ser mais… compreensivo.
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westate · 11 years
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O QUE TE FAZ SENTIR MELHOR QUANDO BATE O MAU HUMOR?
Ask e submit ativados.
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westate · 11 years
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Nem me conhece direito, mora na minha casa e me chama de paranoico. Você realmente não está cumprindo bem a sua missão de ficar na sua.
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Tate.
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Você poderia talvez deixar de ser tão paranóico, não é como se eu fosse um agente infiltrado com a missão de destruir a sua vida. Ou sei lá que diabos você está pensando. E depois dizem que a minha imaginação é fértil.
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westate · 11 years
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Primeiro você tenta me convencer que o babaca que mora aqui em casa é legal, depois você vem dizendo que eu sou egoísta. Wow.
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Eu já ouvi o suficiente e aquilo simplesmente bastou.
Quando falavam que as pessoas desse lado eram egoístas eu tentava falar que não, mas conhecendo vocês cada vez mais posso notar que defender vocês não estava certo.
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Como você espera que ele mude ou pare de falar se nem da uma chance para ouvir o que ele tem a dizer?
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westate · 11 years
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Você tá vendo uma placa de secretário na minha testa? Pensa melhor antes de me mandar "anotar" qualquer coisa.
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Bom saber disso. Pelo menos eu tentei, mas quer saber, no fim as coisas vão mudar. Anota essa.
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westate · 11 years
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Babaca? Esse é o melhor que consegue?
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Você é babaca. A experiência faz total sentido.
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westate · 11 years
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Eu vou tentar, mas saiba que é por você, Liv. Confesso que não vai ser fácil e olha que você sabe muito bem que tudo é fácil para Wesley Tate.
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Um pouco de esperança não faz mal a ninguém. E, por favor, tente não explodir, não acho que conseguiria sobreviver ao ano letivo sem Wesley Tate ao meu lado.
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westate · 11 years
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Harris.
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Eu espero mesmo que você sobreviva, porque eu sempre saio por cima e é muito bom você ficar na sua para evitarmos qualquer tipo de desentendimento.
Não é muito melhor do que ser o estranho indesejado na casa de alguém. Mas acho que vamos sobreviver.
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westate · 11 years
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Sinto muita pena de você, se quiser saber.
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É melhor ele ficar sim na dele ou então vai ter que se ver comigo cedo ou tarde. E aliás, não estou com muita vontade de ficar sabendo das ideias malucas dele.
Conheço ele desde que era pequena, e sim eu já ouvi os monólogos dele.
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E não, ele não vai ficar na dele. É assim que funciona com ele, ele acha que as pessoas estão interessadas. E algumas vezes é até legal, as ideias dele não são ruins.
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westate · 11 years
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Eu acho que as coisas continuam as mesmas. Péssimas por sinal.
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Nós não estaríamos aqui se não fossemos obrigados, se isso facilita as coisas. Ou não.
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westate · 11 years
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Uma experiência absurdamente babaca, vamos combinar.
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… Porque eu estaria, Wes? É o objetivo de toda essa experiência.
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westate · 11 years
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Bom, então você tem uma sorte maior que imagina.
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Sinto muito por você, Wesley.
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Felizmente, minha nova hospede não gasta seu tempo fazendo coisas estranhas, não que eu saiba.
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westate · 11 years
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Eu não acredito muito nisso, mas eu espero que aconteça. E logo, ou então vou explodir.
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É pior do que você imagina, pode acreditar.
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Mas pelo menos sabemos que isso é uma coisa temporária, em um piscar de olhos vai ser tudo como era antes. Pelo menos é isso que meu pai diz.
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westate · 11 years
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Sim, esse mesmo.
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O problema é que você nunca ficou muito tempo na mesma casa que ele e isso me irrita mais que deveria. Até que não ligaria muito se ele ficasse na dele.
Você quis dizer Conhad? Ele pode falar bastante, mas é uma ótima pessoa.
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Estudei com ele desde a creche, você vai gostar dele se der uma chance para o cara. Afinal não estamos todos aqui para isso? Acabar com essas rixas? Não pensem que foram só vocês que foram incomodados, nós não queríamos estar aqui. Mas já que estamos, por que não ser agradável? 
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westate · 11 years
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Você só pode estar brincando comigo, Ems.
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… Oh. Sierra é simpática, não vejo ela como uma estranha. Você deveria tentar conhecer eles, pelo menos.
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