Tumgik
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ninguém pagou por essa cova
11 de julho de 2025, 18:21
com toda a sinceridade do mundo, eu não quero ouvir nem mais uma palavra vindo dela. eu não quero nem mais um som de respiração próximo ao meu, não quero mais a imagem do que um dia foi. vocês dois estão mortos pra mim e ela foi enterrada em uma cova que não me interessa saber o endereço. como qualquer pessoa que morre e que você não conhecia.
não é um exagero porque vocês dois não sabem como eu me sinto. nenhuma atitude que eu tenha tomado foi o suficiente pra desgraça que vocês dois mereciam. eu não sei como tive coragem de permitir que vocês dois construíssem essa história na minha vida.
com flores ou não, passo pelo seu caixão. certifico que você ainda esteja morto. lembro de todas as vezes que te permiti renascer.
uma das coisas mais cruéis de crescer é perceber que pessoas que você achava que seriam as pessoas da sua vida, devem ser emocionalmente mortas pra que você consiga viver.
a partir do momento que te conheci, nunca imaginei minha vida sem você nela. desde que eu a conheci, quis que os caminhos da vida nos separassem sem dor.
eu sabia o que ia dar. continuei com a esperança de que eu estivesse errada.
uma das coisas mais cruéis de crescer é perceber que você não se deu ouvidos. que o sofrimento poderia ter sido poupado. que você não se deu o valor que merecia. que você permitiu ao seu redor quem você sabia que ajudaria a te destruir porque destrói tudo o que toca.
uma das coisas mais cruéis de crescer é ter que limpar a própria bagunça. expulsar pessoas da própria casa. lidar com alguém que você nem queria ocupando uma cova que você mesma teve o trabalho de cavar.
podia ser de qualquer outro. podia nem ter cova.
mas fui eu que te deixei entrar e deixei ela também.
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summer rain
10 de julho de 2024, 19:56
às vezes eu queria que você sentisse o que eu sinto. que pudesse ver o quanto dói — e assim, me machucaria menos. teria pena do quanto me toca, do quanto sufoca e arde. me deixaria em paz mais vezes.
eu só quis ser amada por você por tanto tempo.
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10 de julho de 2024, 19:19
eu te perdi uma vez e te permiti voltar pra te perder de novo
sua covardia te trouxe pra perto, me fez lembrar o seu toque e seu sexo. pegou o que pôde e me abandonou mais uma vez.
o seu egoísmo veio disfarçado de amor, me lembrou do seu afeto. deitou com a gente de noite, fez forma pro nosso calor.
eu superei a sua perda, você me relembrou da sua presença, e eu tive que sentir mais uma despedida.
eu espero que você nunca sinta a decepção de não terminar ao lado de quem você ama. espero que nunca sinta o desgosto de perder depois do último suspiro de esperança.
espero que ninguém te faça sentir de novo a dor de se despedir de uma das pessoas mais importantes da sua vida.
espero que um dia você entenda o tamanho da dor que você me causa. que entenda que não é exagero. que sinta arrependimento por continuar me machucando. que me admire por eu ter conseguido ir embora. que saiba que eu não fui a sua escolha, mesmo estando repetidamente aqui por você.
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u’re my angel of coffee
2 de julho de 2024, 20:10
minha companhia de exploração. meu cérebro preferido. meu carinho. o início da segurança com o meu corpo. o desenvolvimento da minha escrita. minha vontade de viver. minha vontade de ver o mundo ao seu lado e explorar tudo o que ele tem a oferecer.
meu desespero. minha humilhação. meu arrependimento. minha dor. meia migalha. minha maior traição. meu choro. meu desalento. meu abandono. meu coração disparado sem ar.
você não quer explorar o mundo comigo.
você não me quer.
você não tem capacidade pra me ter.
minha nostalgia. minha antiga esperança. minha linda história de amor. minha pior história de amor.
minha voz aconchegante, meus dedos preferidos nas costas, meu início e meu fim mais dolorido. minha cura, minha cicatriz. meu amor e ódio, tentativa e mágoa.
minhas palavras mais doces, minhas palavras mais cruéis. meu abraço mais seguro, meu chão mais movediço. minha mordida e meu assopro.
você me humilhou. eu acabei com você dentro de mim. eu te implorei. eu te quis com a esperança de reviver a primeira vez, quando você me dava amor.
nós antes. nós agora.
meu nada.
minha história.
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vidas atuais
20 de março de 2024, 03:20
eu sou a sua pessoa que fica. a que fica durante todas as circunstâncias, quaisquer que sejam. eu sou a que fica sempre e até me questiono se é porque já tô aqui (porque eu não posso ir embora de onde eu moro).
mas se um dia eu for, espero voltar. vou querer voltar a menos que você tenha me machucado imperdoavelmente.
pros outros, sou a que vai. me entendo ali. mas por você, eu só iria quando tivesse que escolher entre o amor e o meu trabalho, se esse trabalho fosse o meu sonho.
vou te confessar uma coisa que provavelmente já confessei muitas outras vezes mais.
desde que te conheci, tive esse pensamento: se existem vidas passadas, a gente se conheceu em várias delas. desde que eu vi seus olhos olhando pra mim, eles olharam diferente. eu não consegui parar mais de olhar. eu te dei a importância que não dou pra quase ninguém.
te amei como o céu, como o mar, como a terra, como as nuvens, como o ar. te amei em todas as formas que eu já fui capaz de amar alguém, uma por uma. quitei todas até agora. bingo.
depois de um turbilhão e meio, ainda não consigo desviar o olhar quando te olho pela primeira vez ao dia. quando você passa, quando você existe, eu te percebo. não tô nem aí se você não gosta de ser dado tanta relevância, pra mim você é uma das pedras mais preciosas que coexistem comigo e eu aceito: amo assim. não vou diminuir o meu sentimento. sinto muito e por isso te blombstim muito.
eu nunca consegui te amar pouco, a partir do momento que comecei a te amar. eu nunca consegui sentir pouco, a partir do momento em que comecei a sentir. foi tudo muito para todos os lados: o maior amor e a maior raiva que eu já experienciei.
meu mundo vai do universo ao inferno com você, e eu fico porque nossa exploração pelo universo, além das nuvens, sempre foi muito maior, mais grandioso e em maior quantidade do que qualquer inferno que já tenhamos experienciados juntos.
sei que muito fui embora no começo. sei que de vez em quando, quando tá muito difícil, eu ainda tento. mas eu sou a sua pessoa que fica desde que fiquei pela primeira vez, e eu não quero ir embora de você nunca.
quero que a gente se tenha pra sempre.
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dis week
27 de fevereiro de 2024, 21:46
você quer o problema, o confronto por vc não querer o consenso por vc querer vingança eu espero que um dia vc consiga perceber o sofrimento que vc tá causando vc vai dizer que eu fiz o mesmo. e sim, eu cansei sofrimento em vc continua querendo mais o conflito do que qualquer consenso vc tá envenenando a água que vc mesma quer beber jogando-a fora ao perceber envenenada e culpando sua sede em outra pessoa eu não vou procurar água limpa pra vc pra sempre.
te enveneno porque vc me mata aos poucos e eu não vou ser a única a morrer pouco a pouco, há anos tendo a vida tirada. pouco a pouco sendo machucada, machucada e machucada te mato porque também morro arranho quando chega perto porque queimava quando era eu se eu for, não vou sozinha porque já fui deixada de lado muitas vezes em abandonos mudos não sou peça única de resolução cansei de cair sozinha a mesma água limpa que você me traz é o copo que te dou quando busco pra mim é a comida que eu peço pra você também é o arroz que você diz que podemos dividir nosso problema é que a gente não se deixa morrer é que eu te trago um presente da viagem e pensei em trazer mais seis são as conchas que eu peguei pensando em você é que eu guardo doce de leite no rolê pra você poder provar também se eu pudesse te arrancar a dente do meu coração, ainda não arrancava problema é que é você, eu, a gente, aqui problema é que é ela ambos com veneno nas mãos do lado das nossas nascentes a diferença é que eu viro o balde na sua frente e você joga de pouquinho em pouquinho trupica e derruba quando não tem ninguém olhando não quero vingança, quero justiça é muito tempo sentada em trono de espinhos
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frustração
12 de fevereiro de 2024, 22:49
pois é, tive que lidar com inúmeras frustrações durante esse ano todo. dói quando as coisas não são como a gente quer, né? quando o outro não deixa de fazer por você. dói quando o outro faz o que ele pediu que você fizesse e você fica preso na mesma imagem que você acha que tem hoje - o que tá dentro da nossa cabeça e faz sentido como teoria, nem sempre funciona na prática; e é isso que acontece.
eu não confio em você pra me contar coisas. não confio que você vá agir diferente do que agiu até agora.
teve melhoras, mas não o suficientes pra uma mudança efetiva. deu na mesma, no fim das contas, porque os problemas principais não foram resolvidos.
você insiste que me contou antecipadamente, mas foi no momento que eu tava alocando os teatros nos sábados e domingos. teve um contexto muito específico pra me contar. e aí é tipo: eu tenho que ficar criando contexto pra que ele possa dizer? eu tenho que ficar perguntando o que é o quarto de airbnb que você tá vendo de um rolê que você já marcou?
não houve melhora no sentido de que, se voltássemos agora ao mesmo que era, aconteceria tudo de novo. óbvio que há melhoras no modo como lidar com isso (vc passou a ser consciente da sua presença e dos seus atos de demonstração de afeto nisso tudo).
você não se preocupa em se aperfeiçoar como indivíduo, relação e indivíduo que se relaciona — você parece só se importar se vai voltar a se relacionar com ela e qual o tempo mais rápido pra isso acontecer. qual o caminho mais curto pra chegar até o seu objetivo.
a resposta é porque foi você que errou e eu cansei de fingir que nada aconteceu pra você ficar no seu lugar confortável.
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enjoo
10 de fevereiro de 2024, 7:02
meus olhos mal conseguem abrir. quando eu sinto, sinto tudo. não me distraio como você. me enrolo nos cobertores porque me dão a sensação de um abraço. durmo como se tivesse paz nos meus próprios sonhos.
aparece em todos os cantos.
nos meus pensamentos tentando achar lógica, nos devaneios, nos sonhos, após segundos que meu cérebro descansa.
era pra hoje ser um dia lindo.
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9 de fevereiro de 2024, 19:56
não nasci pra ser a segunda. não nasci pra ser só alguém. não sou “só” em nada.
entre ser “só” e não ser, não sou.
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painite
9 de fevereiro de 2024, 19:45
quero quem queira se casar comigo e nunca se case. quem me diga o quanto sou importante, o quanto pensa em mim, o quanto quer viver coisas ao meu lado.
quero quem me diga que eu sou a mulher mais bonita do mundo, mesmo tendo outras mais bonitas. que diga que me ama, e o quanto me ama, quando lembra de mim. quero ser o amor da vida de alguém, mesmo que haja outros amores.
quero ser reconhecida pelo tempo e pelo relacionamento que tive com a pessoa. quero ser importante. quero ser especial. quero que ninguém me substitua, e quero que repitam: você é única pra mim. você é uma pessoa única. de você, só tem você. e ainda que eu queira estar com outros, os outros são diferentes de você. não digo que nem melhor e nem pior, mas são diferentes. mesmo que haja eles, não te quero menos.
quero quem tenha o cuidado que eu sempre tive.
quero quem me assuma.
não sou mulher de se ter por debaixo dos panos. não sou só uma amiga que não dividiu a vida com você por 7 anos, que não passou por dificuldades financeiras e emocionais junto com você.
não sou uma amiga que você fode quando quer.
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entendeu tudo errado
9 de fevereiro de 2024, 19:39
diz que sou importante — como os outros. diz que gosta de mim — como gosta dos outros. diz que me quer — como os outros. nunca eu sozinha em uma frase.
nunca “quero você”. nunca individual. nunca sem um porém. nunca eu, apesar de sempre você, quando você.
sou só.
só alguém, só complemento, só o que o outro também é. só amiga, nada mais. não importa se dividimos o mesmo teto. não importa se vivemos como dois que dividem casa, contas, responsabilidades, comida, sentimento, momentos e literalmente uma vida — essa nunca foi a imagem que eu quis te passar. somos só amigos. te quero como quero o outro. igualzinho. o mesmo tanto. o mesmo nível. as mesmas coisas. vezes mais ele que você, mas nunca assumo (pra você). deixo o outro sentir. você, não, porque você é só alguém que todo dia tá aqui pra mim e amanhã vai estar de novo.
não sou eu. não sou vista. não sou sentida. não sou querida. não sou só eu. você não me quer. não existe uma vida ao seu lado no futuro.
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if you
9 de fevereiro de 2024, 19:26
se você não quer uma vida comigo, se não quer construir coisas comigo; se eu não sou pra você o que você é pra mim, eu não quero continuar.
se eu sou só mais uma.
se eu sou só alguém que de vez em quando você quer, não ocupo meu tempo te querendo.
se eu não sou seu relacionamento; se você é só meu amigo. se você é só meu amigo, não perco tempo em montanhas russas emocionais e românticas pra te entender.
se o tempo não quer te dizer nada, se tudo não quer te dizer como importo e por que eu deveria ficar, não tem motivo pra eu ficar.
não sou só diferente de outros porque todos são diferentes entre si. vivi coisas com você que ninguém viveu, e vivi por muito tempo. fiz coisas por você que outros não fizeram. fiz presença na sua vida como outros não fizeram. dividi uma vida com você, dia após dia.
aprendi a conviver com você. aprendi a te ouvir mesmo quando não podia. aprendi a te ter repetidamente, e que curioso: mesmo te tendo, nunca parei de te desejar.
eu fui, e por ter ido, mereço o lugar de quem agiu. não tô na mesma categoria dos que não funcionaram, dos que não eram tão bons. não tô na categoria dos que você não sente desejo, nem nos que você sente só desejo.
se não sou reconhecida pelo meu encaixe, não fico. se pra você eu não ocupo o lugar que você ocupa na minha vida, eu não te deixo ocupando — porque esse lugar me leva tempo, me leva esforço, me leva dedicação.
se sou só mais uma, então é isso que eu vou ser. de longe, como os outros.
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sóbria não me faço sentido
9 de fevereiro de 2023, 18:39
não consigo responder as próprias perguntas que eu coloco pra jogo em desespero. me desentendo comigo, mais do que com você.
firo muito mais a mim do que a qualquer outro, por muito mais tempo, com muito mais força. me despedaço e, no final das contas, ainda não entendo.
nunca achei que o desespero fosse me levar às piores beiradas da ética. mal entendo os motivos de ele aparecerem tão horripilantes em mim, como a ânsia por ganhar um jogo que há dois dias me causava indiferença.
acho que a resposta é que não é sobre você ou sobre o nosso relacionamento, mas sobre meu valor como pessoa com feridas ainda abertas.
hoje eu disse que provavelmente teríamos um bom equilíbrio, nós três. um bom complemento, sabe? cada um suprindo necessidades que o outro não consegue suprir em um terceiro, e vice-versa (sem essa coisa de números).
também disse que tenho medo do que eu vou sentir, de como gatilhos vão se acionar, de como meu corpo vai reagir. tenho um medo gritante de estar no mesmo lugar que ontem — tanto que me assusta a ponto de eu pensar se deveria viver o hoje.
o hoje vai me levar ao mesmo que já foi ontem?
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olho de longe
9 de fevereiro de 2024, 15:12
os dias parecem ter um abismo entre eles, cê percebe?
eu volto aqui, leio todos os tudos mais recentes e penso rápido: “não faz nem uma semana entre sentir nada e sentir tudo por você”.
não é como se eu estivesse surpresa e “ah, meu deus! isso é tão intenso e só percebi agora”. foi intenso desde que eu te vi e cê me viu. insuportável e suportavelmente intenso.
“essa é a última vez” — digo isso desde os primeiros meses, e agora já fazem 7 anos.
quanto eu teria perdido se tivesse sido? quanto eu teria ganhado se tivesse sido?
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merthiolate
3 de fevereiro de 2024, 16:03
como o exato momento em que não dá mais pra fingir que nada aconteceu e a ferida precisa ser desinfetada:
você me ama do modo como eu quero ser amada?
eu te amo do modo como você quer ser amado?
será que essas tentativas de recuperação não são nada além de nós dois tentando moldar o modo como amamos pra que continuemos podendo amar um ao outro?
abrindo mão das nossas necessidades, dos nossos quereres?
será que a gente tenta se adaptar um ao outro porque existimos (e caçar um novo amor demora), temos carinho pela nossa história e não queremos nos separar?
pra que são nossos esforços?
não consigo me responder.
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eu te escolheria? você me escolheria?
3 de fevereiro de 2024, 09:39
“pesquise CASAL e a quarta música é a de vocês.”
Pra você eu me desmonto… Eu quero que minha voz cante no teu ouvido. Você me lembra que não há nenhum perigo. A gente se escolhe todo dia, e eu te escolheria em mais milhões de vida.
já quis; já me desmontei. você já me fez sentir segura. já senti, com você, que não havia nenhum perigo. senti que tinha cuidado — hoje, tem cuidado da minha parte? antes, teve cuidado da sua?
eu ainda penso em como você vai se sentir, mas não me calo em nada que eu tenha pra dizer. cansei de pensar em formas de dizer, então só reduzo danos. de que vale o meu esforço pra não te machucar se você sempre me machuca? qual papel eu presto em pensar sobre os seus sentimentos?
Porque uma [vida] só é pouco com você, amor. Eu quero tudo o que eu puder viver.
eu tive tanto esse sentimento, por tanto tempo… de ânsia por ver o mundo com você, sabe? de saber sua perspectiva, de poder ver a mesma coisa que os seus olhos e conversar sobre o mundo.
eu quis conhecer tudo com você. cada pedaço de são paulo, cada centímetro daquelas praias, cada espaço de onde já foi seu lar por tanto tempo. fui de coração arregaçado em cada viagem. todos os anos, conhecia mais um pedaço da sua cidade natal. ouvia histórias que eu não tinha vivido. me preocupei com sentimentos que não eram meus — e nem seus, mas dela, e que você também não fez nada sobre isso.
eu quis fazer algo sobre isso. eu sabia como é doer. faria tudo pra que não tivesse doído, pra ninguém sentisse o que eu já senti (ainda que em outra história e outro contexto).
isso de sentir o sentimento do outro e fazer o que se pode pra proteger eles é algo que tem me pegado muito. me questiono os motivos de você não se sentir assim também, sabe? seus sentimentos não são fortes o suficiente? você só não se importa?
a ignorância é uma dádiva pra gente. pra mim, quando relevo o que é entretenimento nocivo pra você. pra você, quando não antecipa sentimentos alheios pra que não machuque as pessoas.
eu te escolheria em mais milhões de vidas?
você me escolheria em mais milhões de vidas?
tento lembrar com carinho o que era tão bom, quando não tinha mágoa e tanto machucado. quando só tinha a gente querendo se engolir e engolir ao mundo ao nosso redor pra aproveitar tudo.
busco na minha memória as perspectivas suas que eu amava. como você me explodia o cérebro e eu queria saber a sua opinião pra (quase) tudo. consigo pontuar o momento em que acabou: quando tudo virou crítica e o mundo passou a ser menos bonito de ser visto e explorado.
quando a crítica era a mim, às coisas que eu gostava, ao modo como eu pensava, a como eu fazia qualquer mínima coisa. como eu vou explorar o mundo se sou pequena desse jeito? insuficiente desse jeito?
quero quem me dê vontade de viver. quem me exalte como eu exalto as pessoas que eu amo. quem esteja presente e cuide do meu coração como eu cuido do dos outros.
eu não consigo dar nenhuma resposta. eu não sei o que eu sinto, eu não sei o que eu quero, eu nem sei qual é o futuro que eu espero. quanto mais o tempo passa, mais nebulosas ficam essas perguntas.
temo um dia não achar resposta e me perder num limbo; boiando em águas carregadas sem fazer nenhuma ação.
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desleal
1 de fevereiro de 2024, 22:02
queria que você compreendesse todo o meu desespero. todo o estado em que eu estava. todo o caco, toda a dependência, toda a baixa estima, toda a miséria.
toda a perda constante.
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