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𝒗𝒖𝒍𝒕𝒖𝒓𝒆, 𝒗𝒖𝒍𝒕𝒖𝒓𝒆
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𝗆𝖺𝗄𝗂𝗇𝗀 𝗐𝖺𝗏𝖾𝗌 𝗂𝗇 𝗉𝗂𝗍𝖼𝗁 𝖻𝗅𝖺𝖼𝗄 𝗌𝖺𝗇𝖽.
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withelegance · 7 months ago
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closed starter for @holyharvey ! where: festival de halloween – barraca dos restos mortais.
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Odile já havia costurado mais sapatilhas na vida do que era capaz de contar – ela nunca confiou em outras mãos para confeccionar algo tão importante para a sua dança quanto elas. Por esse motivo, estava quase tendo um derrame com a forma que a maioria das outras pessoas naquela barraca estava assassinando novamente os restos mortais com costuras irregulares e tortas, criando verdadeiras aberrações. ❝ Seu monstro sequer vai conseguir se arrastar no chão desse jeito ❞ comentou para Harvey, incapaz de segurar a própria língua. Não deveria se importar tanto, já que nenhuma daquelas criaturas teria vida ao amanhecer... mas ver uma atividade que ela conhecia tão a fundo ser executada com tanta falta de cautela lhe trazia um péssimo sentimento. Hábitos difíceis de superar. ❝ Se quer um conselho... você precisa deixar um espaço maior entre o ponto de entrada e o de saída, senão o fio vai arrebentar a carne. ❞
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withelegance · 7 months ago
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closed starter for @wickedlyrefined ! where: festival de halloween – caminho das bruxas.
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Apesar de sua aversão a magia, recusar um convite de Lady Verônica Tremaine não estava nos seus interesses – a história não havia sido exatamente gentil com ela, de acordo com a versão que conhecia, mas assim como a própria Odile, Verônica havia se esforçado bastante para se reerguer. Ela era alguém que compartilhava de seus interesses e muitas vezes de seus ideais, então normalmente era uma companhia que queria por perto. Especialmente se aquilo representasse a chance de conseguir certas informações. ❝ Então é só seguir esse caminho até o final? Eu deveria ter trazido algo para beber ❞ comentou depois de alguns minutos com a sobrancelha discretamente erguida, já que até agora só tinham encontrado algumas distrações óbvias pelo caminho. Aquilo só acrescentava na suspeita da bailarina de que todo aquele desafio nada mais era que uma baboseira de Halloween e nenhum "desejo mágico" seria concedido no final, mas ela só estava ali pela companhia, de qualquer forma, então não importava muito. ❝ Enfim, milady, como vão os negócios? Aqui não é o ambiente mais agradável para conversar, mas parece que nunca estamos desocupadas, nesses tempos. Sinto falta de quando conseguíamos apreciar um chá da tarde apropriadamente. ❞
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withelegance · 8 months ago
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closed starter for @svfiawitch ! where: festival de halloween – pub the mist.
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Mesmo numa noite tão boa para coletar informações, resistir a um open bar no The Mist ainda era um desafio. Não que fosse um problema pagar por bebida ali ou em qualquer lugar, e o bar de Mushu estava longe de ser um dos mais sofisticados do reino, mas a energia do local sempre é mais palpável quando não se há limites sociais e financeiros para o consumo de álcool. Odile observava o grupo completamente heterogêneo de pessoas fantasiadas enquanto bebericava o próprio drink, sorrindo discretamente quando reconheceu o que Sofia parecia estar vestindo. Os vilões em potencial estavam entre seus perdidos preferidos, especialmente quando eram tão aparentemente ambiciosos quanto a Bourbon – eles representavam a possibilidade de uma aliança poderosa para o ocasional futuro. Estava prestes a se aproximar dela para cumprimentá-la, a mão a centímetros do ombro alheio para chamar sua atenção, quando algum outro embriagado esbarrou nas duas, derramando a bebida gelada por cima do corset de Odile. ❝ Filho da– ❞ a bailarina quase perdeu a compostura por meio segundo, algo pelo qual com certeza colocaria culpa na bebida, mas em seguida inspirou bem fundo e forçou o semblante solene a retornar às suas feições. ❝ Parece que alguém não sabe controlar a própria bebida ❞ comentou com um discreto desdém na voz, o olhar fuzilando o culpado que saía cambaleante dali sem sequer pedir desculpas. ❝ Ele sujou a sua roupa, querida? Vou ter que sair em busca de algo que salve o meu corset... não quero passar a noite inteira com cheiro de whiskey barato. ❞
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withelegance · 8 months ago
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closed starter for @aliceadormecida ! where: festival de halloween – navio fantasma.
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Conhecia bem demais a Fada Madrinha para aceitar qualquer presente misterioso vindo dela, então estava aproveitando o festival tranquilamente e da melhor maneira que podia – ouvindo histórias de quem quisesse contar. E os fantasmas daquele navio pareciam ter inúmeras. Uma fantasma aparentemente bêbada, um feito que ela havia recém descoberto sequer ser possível para os mortos, estava no meio de um monólogo dramático sobre a sua história trágica de amor quando Odile reparou na presença de outra pessoa viva ali, perambulando pelo convés. Um sorriso discreto tomou os seus lábios quando reconheceu a figura. Raramente a via fora das noites especiais da Terpsichore, mas tinha adquirido um afeto inusitado pela presença peculiar da wonderlandiana. Se afastou de sua companhia fantasmagórica discretamente, se aproximando de Alice com um sorriso no rosto. ❝ Lady Alice! Você está deslumbrante. ❞ O mundo das histórias era famoso por suas fantasias absurdamente realistas, então não seria tão surpreendente se Alice realmente tivesse se tornado um doce para o Halloween. Odile, por sua vez, havia escolhido algo meramente cenográfico para si mesma, homenageando Carmilla de Styria. Ela sempre havia sido fã dos vampiros. ❝ Está recrutando novos potenciais moradores para o Cemitério do Arco-Íris? Conversei com alguns fantasmas daqui e até agora achei todos divertidíssimos. Alguns meio baixo astral, mas sempre com uma história interessante pra contar. ❞
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withelegance · 8 months ago
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closed starter for @investigctor ! where: consultório toca do coelho.
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Odile não tinha nenhuma parceria direta com o Coelho Branco, mas isso não significava que não conseguiria mover algumas peças aqui e ali para conseguir uma hora privada numa das salas de terapia. Sua rede e influência eram extensas. Fez questão de escolher um dia ensolarado para aquele encontro, quando um xale sobre a cabeça e óculos escuros que ocultavam quase todo o seu rosto não se destacariam tanto, e entrou na clínica pelos fundos, preparando a sala reservada enquanto sua nova aliada não chegava. A única luz do ambiente vinha de um abajur no canto, provavelmente colocado ali com o intuito de tornar a sala mais agradável para os pacientes, mas configurado com um brilho muito mais baixo que o habitual no momento. As cortinas se encontravam muito bem fechadas, e a bailarina se posicionou estrategicamente no canto mais escuro do local, se aconchegando na poltrona e servindo uma xícara de chá para si.
Encontros em pessoa com integrantes de sua rede de sussurros eram quase nulos, mas a intuição de Odile raramente falhava com ela, então resolveu se arriscar – não sem suas devidas precauções, é claro. Ela detestava ter que recorrer a fins mágicos, mas suas conexões em Malvatopia lhe tornaram bastante familiar com poções modificadoras de memória. Damla vinha demonstrando mais interesse em estar por dentro da operação do que ser remunerada, e com o ótimo trabalho que ela vinha fazendo, Odile achou mais que justo lhe oferecer uma oportunidade. Pontual como sempre, ela observou, sorrindo, quando a maçaneta se virou na hora exata em que haviam marcado, o rosto de sua convidada surgindo logo em seguida. ❝ Boa tarde, Damla. Sinta-se à vontade! Se importa de trancar a porta depois que entrar, por gentileza? Não é ideal que sejamos interrompidas. ❞
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withelegance · 8 months ago
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Aquele tipo de transformação repentina não lhe era estranho de nenhuma forma, tanto pela própria convivência com Diaval quanto pela familiaridade com magias daquela natureza. Seu próprio pai gostava de se transfigurar em um abutre, às vezes, antes de seus poderes mágicos serem quase extinguidos por completo. Respondeu à nova informação com um murmúrio sutil, captando a discreta ênfase nos novos rostos. Era exatamente sobre aquilo que queria falar. Não pôde evitar de soltar um risinho com a objetividade quase áspera dele – às vezes se esquecia com quem estava falando. ❝ Ainda não se tornou um apreciador de conversas triviais, pelo visto. Sei que às vezes são trabalhosas, mas posso garantir que elas têm suas utilidades ❞ comentou de forma cordial, o rosto ainda tingido pelo bom humor. Preocupada em manter as aparências de uma conversa casual para quem quer que passasse por ali, folheou mais uma página do livro. ❝ Te chamei porque queria saber de uma opinião. A sua é uma das que mais levo em consideração, aliás ❞ o lisonjeio pontual veio naturalmente, e era sincero, apesar de não ser completamente livre de outras intenções. ❝ E é justamente sobre os novos rostos ❞ imitou a sua entonação anterior, ❝ embora eles já não possam mais ser considerados tão novos agora, não é? ❞ A chegada repentina dos novos integrantes no reino dos perdidos havia abalado bastante a confiança de Odile em relação ao controle que tinha da situação. Mais rostos significavam mais círculos para precisar se infiltrar... e agora precisava proteger suas informações de alguém que literalmente conseguia ouvir uma agulha caindo a quilômetros de distância. ❝ Queria saber se acha prudente procurar um aliado entre eles. E se teria alguém em mente para tal. A aliança que fiz com uma perdida tem se mostrado bastante frutífera, mas já tive bastante tempo para avaliar... agora já estou receosa de novo. ❞
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Diaval não demorou muito em sua forma de corvo, voltando a usar sua magia para retornar à sua forma humana. Sentiu uma pontada de dor em alguma parte de seu peito, e isso vinha lhe incomodando desde que aquela maldição começou a deixar suas transformações mais instáveis. Tudo isso após aquele evento em que Lancelot morreu. As memórias confusas daquela noite ainda lhe assombravam, mas ainda mais as consequências dela. "Está bem. Ocupada com os novos rostos no Sinister Mirage." Ele respondeu brevemente sobre Malévola, tentando esconder seu desgosto de ter Perdidos se enfiando em cada canto do Sinister Mirage. Diaval sentou-se ao lado de Odile no banco, cruzando os braços e espiando o livro que ela estava lendo, antes de erguer os olhos para observá-la. "Por que me chamou aqui?" Ele questionou, indo direto ao ponto, como sempre. "Alguma informação interessante, ou só me chamou aqui para jogar conversa fora?"
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withelegance · 8 months ago
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closed starter for @wcstcrgaard ! where: the terpsichore.
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É claro que não deveria ser fácil lidar com uma pessoa tão parecida com ela mesma quanto Hans. A ambição de ambos era quase palpável, e quando se juntavam no mesmo ambiente, sentia que havia pouca coisa que aquela determinação conjunta não era capaz de fazer, embora tivessem métodos bastante diferentes. Um sorriso de canto surgiu em seus lábios quando a figura conhecida entrou no salão, acenando discretamente na sua direção num convite silencioso para que se sentasse com ela em sua mesa privilegiada. Uma banda apresentava naquela noite em homenagem aos integrantes temporários do Halloween, com vários destes espalhados pela plateia, e um clima sombrio e aconchegante havia se instaurado na casa de shows. Bem do jeito que Odile gostava, mesmo. ❝ Ora, se não é o príncipe de Malvatopia em pessoa vindo dar o ar de sua graça! É uma honra recebê-lo ❞ seu tom de voz era provocativo, mas não condescendente – os dois tinham um histórico extenso o suficiente para fazer aquele tipo de brincadeira sem ferir necessariamente o ego alheio. ❝ Veio para assistir a apresentação? ❞ Não era incomum que viessem à Terpsichore apenas com o intuito de usar alguma sala de reunião privada, afinal.
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withelegance · 10 months ago
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Apesar de entender bem a dificuldade que Malévola estava passando, Odile tinha uma opinião um pouco mais positiva em relação aos perdidos. Só o fato de virem de um mundo sem magia ajudaria ainda mais a manter o controle do seu estabelecimento sem métodos que não entendesse, como às vezes era o caso em Malvatopia. Apesar disso, só tinha finalizado as suas próprias decisões quanto às contratações há pouco tempo, também. ❝ Passei pelo mesmo. Também acho que vários deles têm potencial, mas é difícil ter certeza quando a gente tecnicamente não sabe de nada da vida deles, não é? ❞ desabafou, pausando para dar uma colherada no sorvete. Não era o seu tipo de sobremesa, mas precisava diminuir a frequência com a qual visitava a confeitaria da Vovó. ❝ O lado bom é que eles são tantos! Se der errado na primeira tentativa, nada nos impede de tentar outra contratação. De qualquer forma, tenho certeza que o Sinister Mirage vai continuar excelente sob a sua supervisão, contratando perdidos ou não. ❞ o elogio treinado não tardou a escapar pelos seus lábios – entendia muito bem a importância de estar do lado bom de alguém como Malévola, apesar das duas serem tecnicamente rivais de negócios.
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𝐎𝐏𝐄𝐍 𝐒𝐓𝐀𝐑𝐓𝐄𝐑 !!
opção 001.
malévola foleava a pequena montanha de currículos que se formava na mesa em que ocupava na sorveteria frozen flavors. ela não gostava de sorvete, pois seu paladar simplesmente não estava acostumado com algo tão doce, mas logo aprendeu que os perdidos adoravam comer doces quando estavam estressados. e por mais incrível que isso pareça, ela só conseguiu chegar na conclusão que fazia total sentido. eu não achei que isso seria tão difícil. ela comentou baixinho, anotando os nomes das pessoas conforme as vagas. a pessoa na sua frente havia pedido para dividir a mesa e ela havia aceito, pois estava sozinha mesmo. mal poderia apostar que ela não tinha ideia onde estava se metendo. a maioria dessas pessoas, desses perdidos... eles simplesmente não parecem combinar com o sinister mirage. alguns ali tinham potencial, pois iriam se tornar vilões, mas outros não batiam. era como colocar um estranho dentro da sua casa. tudo que ela não precisava era de mais mocinhos na sua vida.
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opção 002.
sentada em um canto do sinister mirage, poucos minutos depois de abrir e quando o movimento de clientes ainda era baixo, malévola estava comendo uma torta de maça praticamente inteira. estava distraída, pensando em como aquela situação a incomodava. quando uma pessoa a tirou do seu transe para perguntar que horas o bar abria, ela respondeu automaticamente: "daqui alguns minutos, o bartender que temos é temporário e ele não é muito bom com horários." lembrou-se de que precisava demitir ele o quanto antes. a pessoa ia ir embora, mas mal percebeu que ela lançou um olhar curioso para a torta que ela comia. "ontem perguntei porque só ela não estava vendendo e um perdido me disse que não iria comer nada de maça vindo de mim. acho que estão me confundindo com outra pessoa."
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withelegance · 10 months ago
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closed starter for @minadocapuz ! where: house of devil.
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Aparências sempre foram uma prioridade na vida de Odile em todos os aspectos. Precisava se portar mais que perfeitamente, segundo seu pai, sempre provocando uma impressão positiva de quem quer que estivesse diante deles. É claro que a parte mais importante disso era a forma com que deixava transparecer suas opiniões e emoções, mas as coisas mais superficiais e imediatas como a maneira que se vestia eram, em alguns contextos, tão importantes quanto. Não tinha nenhum desses contextos em mente quando visitou a House of DeVil naquela tarde com Chapeuzinho, no entanto – só queria manter o próprio foco em alguma coisa que estivesse completamente sob o seu controle. ❝ Hmmm... olha essa aqui, Teri ❞ estendeu a saia no cabide de uma forma que sua companhia pudesse vê-la. ❝ Acho que combina com você! Quer experimentar? ❞ ofereceu, os lábios se curvando de uma forma ligeiramente sugestiva. Poucos tinham o privilégio de saber daquilo, mas desde que se estabelecera de uma maneira confortável financeiramente, presentear era uma das coisas que Odile mais gostava de fazer – provavelmente não pelos motivos mais humildes, e sim pela ligeira sensação de poder, mas isso não era algo que admitia para si mesma ou para ninguém. Se aproximou da mulher e posicionou a peça de roupa na frente de seu corpo, inclinando a cabeça para o lado como se tentasse visualizá-la vestida. ❝ Hmmm-hum. Vai combinar com aquele top preto! ❞
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withelegance · 10 months ago
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closed starter for @princesacisne ! where: em seu estúdio de dança pessoal, próximo à terpsichore.
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Independentemente de quanto tempo se passasse, dançar sempre deixaria Odile em seu estado mais vulnerável. Antes, a pressão esmagadora para permanecer no mesmo nível técnico que ela era estabelecida pelo pai, já que aquela garantia era parte essencial de seu complexo plano maligno. Hoje, era estabelecida por algo mais abstrato, completamente intangível – ou assim a bailarina se convencia quando sua mente clamava por uma explicação. Talvez ainda precisasse que tivessem aquilo em comum, talvez fizesse com que sentisse como se fossem próximas por algumas horas, embora estivessem, emocional e fisicamente, a vários quilômetros de distância uma da outra. Não havia nenhuma apresentação planejada para o futuro próximo, mas praticava incessantemente como se houvesse. Como se um único dia sem prática fosse lhe causar alguma consequência inestimável.
Aquela não era a linha de pensamento adequada para alguém que se considerava tão distante do seu próprio passado. E era exatamente por isso que era um segredo. Um segredo ainda melhor guardado que todos os outros que escondia, já que na maior parte do tempo ele se encontrava oculto até dela mesma.
Entre arabesques, jetés e piruetas variadas, Odile não sentia o tempo passar nem processava os seus arredores com muita clareza. O seu estúdio de dança era privado, e a única alma viva que tinha acesso era a moça da limpeza, uma integrante confiável da sua rede de sussurros que não trairia a sua confiança tão cedo. Quando praticava, fazia questão de trancar a porta atrás de si, já que por mais que fosse improvável, ainda havia a possibilidade de um funcionário – ou apenas um cliente xereta que com toda certeza teria seu acesso ao clube permanentemente proibido como consequência – acessar os fundos da Terpsichore enquanto estivesse lá dentro. Nas últimas semanas, no entanto, sua cabeça não estivera funcionando como deveria. Memórias novas reviviam antigas, esperanças indesejadas envenenavam o seu bom senso... tudo isso enquanto tentava administrar as novas contratações, sua casa de shows e as crescentes informações ocultas sobre todo mundo naquele reino, especialmente os recém-chegados. Confusa e ainda mais emocionalmente abalada do que o normal, cometeu o erro de não trancar a porta atrás de si, e só percebeu o que tinha feito quando reparou na segunda presença na sala, interrompendo bruscamente um grande allegro bem no meio do sissonne, quase levando uma queda no processo.
Inicialmente, quase cogitou que a presença de Odette fosse uma pegadinha cruel de seu próprio subconsciente – o que já pode ter acontecido antes ou não durante seus momentos mais imersos na dança –, mas logo percebeu que se tratava dela, mesmo, em carne e osso. A mistura perigosa de sentimentos já presente em seu peito pela coreografia agitou-se ainda mais, acrescendo-se do que parecia vergonha e autoconsciência, como se ela tivesse acabado de flagrá-la completamente despida. Odile era, no entanto, uma profissional em mascarar os próprios sentimentos e intenções, e contava com a prática de vários anos nas costas. Por isso, não foi visivelmente difícil que recuperasse a compostura, substituindo o semblante assustado por uma expressão impassível enquanto caminhava calmamente até o tocador de discos e interrompia a música. ❝ O que está fazendo aqui? ❞ gesticulou para ela em completo silêncio e sem mover os lábios, como costumara fazer em tempos passados quando estavam sozinhas. ❝ Esta é uma sala de prática privada. ❞
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withelegance · 10 months ago
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Para alguém que se autointitulava tão pé no chão e no controle das próprias emoções, Odile definitivamente não se sentia o exemplo disso naquele momento. Tudo o que ela queria era paz! Conseguir as suas coisas do seu jeito, sem o pai, sem maldição nenhuma, e bem longe de Allarch e de seus habitantes. Malvatopia tinha lhe provido com tudo aquilo a maior parte do tempo, mas o reino dos perdidos era inconvenientemente pequeno. Encontrar Odette, seu pai, suas damas de companhia e o príncipezinho agora era uma possibilidade muito maior, fazendo com que sua tão desejada paz fosse jogada pela janela com uma facilidade cômica.
Sua mente já estava perturbada o suficiente sem as memórias embaralhadas, que inevitavelmente trouxeram de volta sentimentos e lembranças esquecidos há muito tempo. Sair para beber – e, com sorte, encontrar alguma distração – vinha se tornando um hábito mais frequente com o passar do tempo, então aquele encontro já estava fadado a acontecer. Ela não tinha nada contra Derek em si, na verdade. Mais pena do que qualquer coisa, depois que entendeu que o seu papel naquela história foi praticamente o de estar no lugar errado, na hora errada. Pouco ajudava, no entanto, ele ser o lembrete vivo da maior traição que havia sofrido na vida.
Odile ergueu a sobrancelha com a resposta. Ele já devia estar bêbado, e para suportar a confusão dentro da própria cabeça com a sua presença, ela também precisava estar. Esperou que a atendente trouxesse o seu pedido – um boulevardier, porque gin não era suficiente naquele momento, precisava de alguma coisa com whisky –, tomando um gole antes de se virar para ele novamente. ❝ Essa coisa de deixar que outras pessoas determinem a minha vida por mim já não é algo que aceito de bom grado. Independente do que alguém por aí ache ❞ quase resmungou a última parte, desejando poder estrangular quem quer que fosse responsável por isso tudo com as próprias mãos. Soltou um suspiro profundo com o último comentário dele, tomando mais dois goles generosos antes de responder. ❝ Acho que já deixei bem claro o que acho sobre isso, hm? O que você achou, senhor péssimo futuro marido? ❞ sorriu de forma provocativa, como se o desafiasse a fazer qualquer pergunta sobre ela de novo. Era bom que não ousasse.
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onde: pub the mist. para: @withelegance ♡
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considerar-se resiliente seria um exagero no qual não se permitiria, tinha muitas qualidades, mas não essa. as dificuldades de sua vida estavam atreladas a pessoas que realmente sofreram, que tiveram coisas arrancadas de si, mudanças abruptas, a ausência de liberdade. o que considera ruim sequer chega perto do que passaram. como, em sã consciência, poderia reclamar de algo? cada superação era uma vitória, tinha intenções nobres, claro, mas era o certo a fazer. sem méritos ou medalhas, era o que tinha que ser feito. e ele fez. era mais sobre ser predestinado do que qualquer outra coisa, não lhe agradava os caminhos percorridos, mas eram parte do que tinha se tornado atualmente — a questão é: estava orgulhoso com quem era? faria tudo exatamente igual?
de acordo com o livro dos perdidos não, ali fazia menos do que antes, realçando características que a muito tempo tinha abandonado. bom, em partes... ainda tinha o seu querido motel, frequentava pubs mesmo em sua condição, mas quando aprendeu que um príncipe deveria abdicar de suas vontades? agora, mesmo que considerasse uma situação complicada, derek já não achava errado. algo o fazia pensar que era apenas normal. não lembrava-se dessa opinião tão fixa em sua mente. por conta dos últimos acontecimentos e a instabilidade das coisas, o príncipe não esperava mudanças abruptas. se tudo desse errado, seu futuro seria risos e brincadeiras até ter uma donzela desaparecida e uma substituta no lugar — e falando dela... quando teve noção da dita-cuja no mesmo ambiente que estava, após algumas trocas de palavras, soltou uma risada sem humor com a fala dela sobre não precisarem ser amigos, dando um gole do drink que havia comprado, sem a sobriedade necessária para a elegância usual, apesar dos trejeitos aristocratas imutáveis de sua postura.
odile. boa e velha odile. sua história com ela não era das melhores, mas deveriam ter superado isso, não? pelo menos, com cada um vivendo em seu canto, ele tinha certeza que seus assuntos estavam terminados para sempre. e, agora, conviviam sob o risco de viverem uma nova história. uma que a ouviria mais uma vez e, facilmente, aqueles olhos e lábia o enganariam. era um gosto amargo na boca, mas o álcool já não o deixava sentir nada quando finalmente respondeu. "não? ninguém disse?" tombou a cabeça para o lado, encarando-a. "acho que tem alguém escrevendo que deveríamos ser alguma coisa." levantou uma sobrancelha e balançou a cabeça, "eu até que estou curioso sobre o que você acha disso. não �� como se tivéssemos oportunidades de nos ver." por motivos óbvios e preferência pessoal.
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withelegance · 10 months ago
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closed starter for @corvodiaval ! where: rua dos malignos.
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Não era do feitio de Odile questionar suas próprias decisões acerca da maioria das coisas – a única exceção sendo bem específica e recorrente... mas não vinha ao caso! Com tantos integrantes novos naquele mundo, alguns lugares se tornavam cada vez de mais difícil acesso para a sua já estabelecida rede de sussurros, e não havia forma melhor de resolver esse problema do que expandindo. Contratar perdidos era a escolha mais sensata... conhecera bastante gente com potencial nos últimos dias. Não deixava de ser arriscado, no entanto, e outras opiniões podiam lhe ajudar a ver com clareza se estava realmente seguindo o caminho certo. Esperava o seu parceiro de negócios sentada num dos bancos da calçada, folheando um livro qualquer sem processar nenhuma de suas palavras, focando exclusivamente nos arredores. O farfalhar de asas foi facilmente reconhecido, mas não se virou na direção do corvo de início, mantendo o olhar no livro em seu colo. ❝ Boa tarde, meu caro ❞ cumprimentou, passando uma das páginas. Seria no mínimo vergonhoso se aquela ave em particular não fosse Diaval, embora as chances fossem mínimas... ❝ Como está a patroa? ❞
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withelegance · 10 months ago
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closed starter for @codenamegranny ! where: marmoreal produtos artesanais.
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❝ Elisa! Como vai? ❞ cumprimentou de forma cordial e polida, preparando logo um dos seus sorrisos calculados. Elisa Red era uma aliada improvável, mas muito útil e lucrativa, e Odile sempre tentava manter por perto esse tipo de pessoa. Queria chegar naquela idade com ao menos metade da engenhosidade dela! ❝ Meu pai estava reclamando de novo que a geleia dele acabou, aí aproveitei que estava por perto para comprar algumas. Nunca vi alguém tão apreciador de geleias na vida ❞ resmungou, como tinha o costume de fazer quando mencionava o pai. Ele estava ficando cada vez mais cheio de exigências, e a paciência da bailarina cada vez mais escassa. ❝ Como está a busca por novos funcionários? Vi que também decidiu contratar alguns perdidos para a confeitaria! ❞
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withelegance · 11 months ago
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Desperate Housewives (2004-2012)
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withelegance · 11 months ago
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Concordou com a cabeça diante da observação de @hahapunzel. ❝ De fato. Bem dependentes mesmo. Eu não acho que se desfizeram dos outros, é só que os perdidos têm tantos assuntos interessantes pra falar, não acha? ❞ a opinião não contava com um pingo de ironia sequer, eles tinham sido a coisa mais divertida a acontecer com ela em muito tempo – ponto que foi quase imediatamente comprovado com a reação de Ginny. Odile escondeu o riso de forma polida, não com o intuito de realmente ocultá-lo delas, apenas pelo costume da alta sociedade. ❝ Se tem uma coisa que eu não duvido é disso, Ginny. ❞ Observou a cena a seguir com muito interesse, erguendo uma sobrancelha na direção da princesa para estudar de perto a sua possível reação.
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“não, não, tudo bem”, abanou uma das mãos gentilmente, dando pouca importância para questão. “demorei pra conhecer outras princesas e eu gostei da maioria, mas é uma posição, sabe... não sei, dependente? às vezes. me pergunto o que aconteceu com as outras assistentes pessoais ou acompanhantes delas, né? ou será que vão ter mais que uma?” considerou com curiosidade. “eu te faria minha acompanhante, @princesaginny, se eu quisesse uma.”
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withelegance · 11 months ago
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❝ É uma carência sem tamanho a das princesas, não é? Sem ofensas, Raps ❞ se virou para @hahapunzel com um olhar apologético. Do ponto de vista de Odile, a carência dela era de um tipo mais honesto, a qual ela jamais disfarçaria por trás de uma vaga de emprego. ❝ Mas é, de fato, um emprego bem fácil. O problema vai ser a concorrência. ❞ deu um gole no seu café, analisando os arredores com cautela.
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para: @withelegance & @hahapunzel.
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um leve sorriso adornava os lábios de ginny, sendo ocultado momentos depois para que a perdida levasse a xícara de chá para a boca, sorvendo o líquido e saboreando o sabor delicado do jasmim. assim que repousou a porcelana na mesa novamente, voltou o olhar para as duas mulheres que a acompanhavam. "vocês viram o tanto de vaga pra acompanhante ou assistente pessoal de princesa?" a expectativa em seus olhos era inconfundível. "é meu momento de conquistar uma delas!"
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withelegance · 11 months ago
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+ VAGAS DE EMPREGO !
CONTRATANTE ANÔNIMO procura dois OBSERVADORES*. Salário médio: $$$
O cargo busca pessoas discretas, com habilidade de passar despercebido nos ambientes. É necessário um poder perceptivo acima da média. Bônus se o contratado compreender leitura labial.
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