wlhelm
wlhelm
underdog
17 posts
︶⠀⠀if⠀ the⠀ heavens⠀ ever⠀ did⠀ speak⠀⠀⏝
Don't wanna be here? Send us removal request.
wlhelm · 6 days ago
Text
em algum canto prostado com @gaiasatanica durante hearthunt.
Seus trajes pouco ajudavam. Estava sujo, suado e levemente cansado. De certo, havia deixado de lado a mais simples habilidade de perseguição, perdendo todos aqueles que considerava como protetores de seus medalhões de vista. Perdido, sim. Isso. Deslocado. Wilhelm agora se encontrava sentado contra uma árvore, espectando de longe a correria de outros que ainda corriam contra o relógio em busca do que era considerado como prêmio. Ele, por outro lado, já havia desistido das investidas. Voltaria para os aposentos, tomaria um banho, ignoraria os demais, e se não fosse pelo amontoados de telas de pintura e inacabadas espalhadas pelo lugar, jogaria-se contro o colcão, e então, dormiria pelo resto do dia. Não era um plano muito ruim, concordava consigo mesmo em mente. Mas o farfalhar de folhas o trouxe de volta a realidade, interrompendo qualquer banal planejamento para aquele dia. Virando-se minimamente para reconhecer a figura que "atrapalhava" o seu breve descanso, o imperador se deparou com outra majestade. Seus cabelos ruivos, de cor tão viva, não passavam por despercebido, e descartando qualquer forma polida, dada a circunstância informal que estavam, sorriu brevemente e gentil, antes que pudesse se direcionar propriamente com palavras. — Gayane. — Optou pelo nome e não o apelido. — Também cansou? É caçadora? Ou têm um medalhão guardado por aí? Confesso que a segunda possibilidade seria útil e agradável. Me pouparia tempo e fôlego que pareço não ter mais. — Era jovem em idade. Físicamente, assustava-se com a própria resitência em baixa. Estava envelhecendo tão rápido assim? Questões para uma outra hora, quando fosse entrar em guerra com a própria auto-estima. — Como pode perceber, estou um... trapo. — Foi permissivo e gentil consigo mesmo, pois o adjetivo que usaria para a própria aparência era outro. Mas, contevesse. Depreciação era sobremesa para o jantar e mais tarde. — Por favor, sente-se e não se importe com a companhia ao seu lado. Tudo bem?
Tumblr media
1 note · View note
wlhelm · 6 days ago
Text
— Por sua sorte, não. — Na verdade, não havia visto quem de fato havia o derrubado. Porém, o italiano estava na cena, e antes que começasse com qualquer encenação, não apontaria dedos tão diretamente. Também não era uma ameaça, é claro. Porém a voz saiu ainda mais assustadora do que previamente havia desejado. Soltando o ar que segurava nos pulmões, Wilhelm deixou que olhos rolassem, típico sinal que acontecia quando estava enfiando-se -e concordava que por conta própria- em uma situação que não haveria fim ou qualquer sentido. Esticando-se minimamente para o lado, trouxe novamente para perto a garrafa que antes havia distanciado de outrem. Suas ações, para inicio, também não haviam feito muito sentido. — Mas... — Levantou a voz, juntamente com o dedo indicador da mão esquerda. — Preciso que saiba que não estava familiarizado com todas as informações do evento. Acho, que por conta própria, eu não estaria envolvido. As premissas do jogo pouco... são do meu interesse. — Expirando o ar com certa força, Wilhelm deixou que os ombros relaxassem, caindo para frente como sinal disso. Aos poucos, desmanchava a carranca, assumindo o típico ar neutro em suas expressões. — Você também precisa prestar atenção. As cores não condizem, mas a calça é sim para atividades externas. Só não para essa. Agora, o que você entende sobre a respeito? E minha reclamação não foi pela peça... pelo menos não agora.
Tumblr media
Achava quase cômico fazer um azul se explicar quanto a sua escolha de roupas, ao ponto de que a conversa passava a lhe divertir. ❝Ainda assim, deveria estar mais preparado, especialmente quando é avisado de ser roupas confortáveis e do ambiente externo.❞ Na verdade, acreditava que os azuis nem havia sido informados sobre trajes confortáveis, mas sim esportivos e escolher algo branco parecia fora de ordem. Digno de uma pessoa com a cabeça cheia ou fora de órbita. ❝Então por que reclamar da sujeira na calça branca tão especificamente?❞ Devolveu arqueando uma sobrancelha, afinal, aquele detalhe havia sido frisado anteriormente. Deu de ombros diante a parte da rasteira, não considerava um grande feito se fosse sincero. ❝Se não se machucou, então, certamente foi amigável... Vi pessoas mancando por aí, acredito que esses sim possam reclamar. Por acaso lhe deixei manco ou roxo, majestade?❞
11 notes · View notes
wlhelm · 6 days ago
Text
Os olhos de Wilhelm rolavam repetidas vezes. Ele havia entendido daquela maneira, ou então, os pensamentos não haviam chegado a própria mente de maneira correta? Ainda olhando para direção contrária, o imperador teve tempo de esconder as expressões que fazia, alternando-as entre irritação, surpresa e indignação. Pensou também antes de falar. Se haviam câmeras, era provável que houvesse a existência também de aparelhos de áudio, e um corte bem feito de uma conversa entre os dois, era algo que julgava desnecessário. Ao sentir que o casaco havia sido retirado da mão, o homem voltou-se para o outro, cruzando os braços em frente ao peito, analisando-o com o mais puro julgamento. Seria difícil não reagir de outra maneira, ainda que também considerasse a situação um tanto cômica. — Como percebeu, estiquei o meu braço para ajudá-lo com um peça de roupa e não para... — Apontou para onde a peça de roupa repousava no corpo de outrem. — ...não para o que, não sei, tenha imaginado. Isso, seja o que for, jamais passou pelos os meus pensamentos, Hakon. — A voz era dura, impassível, mesmo que a situação não demandasse tal postura. Talvez, ser pego de surpresa o tenha feito reagir daquela maneira. A nudez masculina, de certo, não era um problema. Seus anos consecutivos no exército também haviam apaziguado qualquer vergonha que tivesse sobre o assunto. Wilhelm já havia perdido todas as contas em que presenciou outros colegas de pelotão, mesmo como imperador, em banhos coletivos e rápidos em linhas diretas de batalha, quando sua presença na linha de frente era necessária. — Entendo que suas habilidades o tenha colocado em tal situação inesperada. Já vi e ouvi falar sobre os transmorfos, como você. No entanto, não sei, mas não seria apropriado ter algumas peças de roupas guardadas em algum local seguro e vísivel para o uso quando fosse voltar a forma humana? E antes que diga que tinha isso em mente, não me pareceu, dada as circunstâncias de aparecer pelado pelas sombras, pedindo ajuda. — O devaneio, ainda que quisesse manter superioridade, ecoou de forma engraçada pela mente. Wilhelm, com certeza, pagaria um sufoco como aquele se estivesse no lugar de outrem, porém não poderia perder o porte. Poderiam estar protagonizando algo que logo estaria na boca e ouvidos de todos. — Quanto a porta da frente, olhe ao redor. Estamos mais perto dela do quê da dita "porta dos fundos". Você ficaria pelo resto da noite aqui e assim ou ousaria atravessar sorrateiramente entre os outros da forma como veio ao mundo? Perdi-me do meu objetivo pois estava seguindo uma princesa que sabia muito bem como se disfarçar entre as folhagens... Então, a dúvida atual se tornou interessante. Se não se incomodar em responder, é claro.
Tumblr media
Havia   certa   hierarquia   que   precisava   ser   respeitada   quando   as   reuniões   de   cúpula   ocorriam.   Por   conta   disso,   o   Hesse   sabia   que   entre   ele   e   o   imperador   alemão,   era   o   nome   do   outro   que   sobressaía,   agora,   ainda   mais   do   que   antes.   Mesmo   que   fosse   seu   desejo,   não   podia   se   insurgir   contra   as   ordens   de   um   rei,   não   quando   não   passava   de   um   herdeiro   destituído.   Aquele,   por   sinal,   parecia   um   tanto   excêntrico   em   comparação   aos   outros,   o   que   fazia   com   que   Hakon   chegasse   à   conclusão   de   que   a   coroa   não   podia   fazer   bem.   Ainda   assim,   se   pegava   desejando   desesperadamente   aquele   pedaço   de   metal   que   já   não   lhe   pertencia,   porque   havia   sido   moldado   para   desejá-la   com   todas   as   suas   forças.   Queria   dizer   ao   outro   que   não   tinha   um   momento,   pois   aparentemente   ele   não   estava   entendendo   a   urgência   de   sua   situação.   No   entanto,   ao   ver   que   se   tratava   de   Wilhelm,   calou-se,   bufando   baixo.    '   Não   pretendia   sair   do   lugar.   Não   assim   '        anunciou,   sem   se   dar   ao   trabalho   de   dizer   que   já   estava   cobrindo   sua   vergonha,   porque   não   havia   como   saber   onde   estavam   instaladas   as   câmeras   do   programa   –   não   que   fosse   assim   tão   necessário;   era   mais   em   razão   das   câmeras.   Tinha   passado   tanto   tempo   convivendo   com   homens   em   campo   que   cenas   como   aquela   não   eram   incomuns.   Na   verdade,   eram   irrelevantes   e   não   costumavam   causar   constrangimento.   '   Esticar   seu   braço?   '   repetiu,   escondendo   um   pouco   do   alarme   no   tom.   '   Majestade...   não   é   preciso   que   se   incomode   '   negou   com   a   cabeça,   sem   querer   que   as   mãos   daquele   homem   passassem   sequer   perto   de   sua   virilha.   '   Pensando   bem,   acho   que   posso   me   virar   sozinho   '   completou,   com   um   sorrisinho,   porém,   quando   se   aproximou,   foi   uma   peça   de   roupa   que   o   alemão   estendeu   na   sua   decisão,   a   qual   Hak   arrancou   de   sua   mão   com   brevidade,   envolvendo   a   cintura.   '   Não   sou   tão   burro   de   usar   a   porta   da   frente   '
Tumblr media
21 notes · View notes
wlhelm · 6 days ago
Text
com @devineobjection em frente aos aposentos da princesa- um pouco desesperado.
Discreto. Wilhelm passeava pelos corredores com um único propósito: encontrar-se com Devine, mesmo que ela não soubesse de tal repentino encontro. Os planos foram armados de última hora e as vestimentas que usava, trocadas ligeiramente sem qualquer consulta, seguiram a risca o casual compromisso- dos trajes feitos a mão pelo melhor alfaiete alemão, o imperador usava peças tratadas como simples, calça jeans escura, camiseta branca, botas coturno, jaqueta de couro, e na cabeça, um simples boné que completava todo o visual despojado que não era comum de ser visto com. De certo, aquela era a primeira vez que tomava uma atitude naquele quesito, agindo contra as orientações da própria corte que buscava nada mais além de perfeição. Por anos, desde sua ascenção ao trono, Wilhelm precisou à força adotar a pompa, manter-se integro e suntuoso, mesmo quando as coisas ruiam pelo resto do país. O governante jamais poderia demonstar qualquer sinal de fraquejamento. Jamais poderia demonstrar igualdade ao seu povo. Sempre superior. Tal opinião causava-lhe graça e também o mais profundo descontentamento. Em Althara, pela primeira vez, mesmo que também tenha sido coagido a se juntar ao evento, sentia certa liberdade. E as roupas, pela primeira vez em muitos anos, era um pequeno gosto de algo que ele finalmente conseguia fazer por si mesmo. Mas aquilo também fazia com que se sentisse patético. Detendor de tanto poder, Wilhelm não tinha livre arbítrio para coisas tão futeís como singulares peças de roupa. Perdido entre os repetitivos pensamentos sobre seu próprio desgosto com relação ao próprio império, logo chegou ao destino que queria, torcendo que a princesa francesa estivesse no recinto, logo atrás daquela porta. Limpou a mente que logo se ocupou com dúvidas irritantes. Como agir sem um script pré-feito? Como perguntar por algo sem que antes tivessem trocado não muito mais que algumas poucas palavras? Tentado, Wilhelm pensou em voltar, mas os pés pareciam presos ao chão, pesados demais para serem movidos sem qualquer reação a ação proposta por si mesmo. Respirando fundo -sim, fundo. Estava no ápice de um surpreendente nervorsimo- moveu-se ligeiramente para frente, batendo na porta de madeira maçiça com leves toques. Um, dois, três, quatro. Não houve resposta. Tentou novamente. Um, dois, três. Silêncio. Mesmo que tentado a recuar, o homem encostou-se na porta o suficiente para que pudesse se fazer ouvido, caso houvesse do outro lado. — Princesa? Digo, Vossa Alteza... Devine. — E depois? Como explicar que suas intenções iam além de um simples encontro para conhecimento de ambas as partes? Que desejava conversar sobre... algo que se relacionava de forma tão intríseca ao próprio ser? Claro, tudo isso sem parecer que estava maluco ou desesperado. — É o Imperador! — Esbravejou rapidamente mesmo que em sussurro. — Digo, é o Wilhelm. Temos um encontro! Digo, foi marcado um encontro. Agora. — Dito isso, afastou-se da porta com um único salto para trás. Os dedos das mãos enrolavam-se um com os outro, apreensivo. No pior dos cenários, teria conversado com a porta, e que por sorte, não mais ninguém havia protagonizado aquilo.
Tumblr media
0 notes
wlhelm · 7 days ago
Text
E ele estava certo. Wilhelm precisava concordar. Porém, tudo havia surgido de forma excepcional, pegando-o de surpresa. Não havia planos, até onde estava sabendo, de enfiar-se na floresta, de precisar caçar um medalhão, e de se sujar com a pior das roupas para uma atividade do tipo. Ainda assim, seu orgulho cantava, e por hipótese alguma, poderia sair por baixo daquela pequena discussão. Inflando o peito ao inspirar o ar com certa força, o imperador semi-cerrou os olhos, adotando a típica expressão autoritária de governante. — Eu não sabia. — As palavras escaparam, não sendo sua primeira opção como resposta. Agora precisava sustentá-las. — Tive meus contratempos, fiquei preso a papéis e... — Não achava vergonhoso, mas não admitiria tão de cara que precisava do evento para apaziguar os nervos do próprio povo. Leia-se, um casamento. — Fui informado de última hora. Porém, ainda assim, a cor é o menor dos problemas. Na Alemanha, não nos importamos com isso. Praticamos caça ao ar livre com qualquer cor de vestimenta que desejarmos. Eu só não esperava receber uma rasteira. Achei que tudo isso fosse amigável... Certo?
Tumblr media
❝Do tipo rancoroso então, majestade?❞ Indagou enquanto observava a garrafa sendo colocada na direção oposta, suspirando um tanto cansado. O imperador não lhe parecia ser do tipo de azul divertido ou do tipo que se divertia com o que os Russos tinham a oferecer. Observou o anil de cima a baixo, avaliando a roupa alheia com um olhar critico, especialmente ao chegar a calça. ❝Poderia ter feito uma escolha melhor, não é um modelo muito agradável aos olhos... E além do mais, quem veste branco pra se enfiar no meio do mato em uma caçada?❞
11 notes · View notes
wlhelm · 7 days ago
Text
Wilhelm sorriu, desviando a atenção para a sua frente. Fíguras dos santos espalhavam-se por toda a capela, lembrando-o de sua atividade sobre cada reino. Seus olhos pousaram, enfim, em Santa Elyne. Se estivesse só, tornaria a pedir respostas, explicações, ou em um ato desesperado, de duvidar de sua santidade, por tê-lo "deixado na mão" e dado-lhe algo que ele jamais havia requisitado. Porém, na presença da princesa, ele não possuía tempo para tais pensamentos. Ao menos, era positivo daquele jeito. Deixando o corpo mais relaxado pela primeira vez desde que havia chegado ali, Wilhelm encostou-se contra o banco de madeira, virando-se minimamente mais uma vez para observá-la. A mão direita foi ao rosto da mulher em um movimento carinhoso e rotineiro, algo que era repetítivel sempre que se encontravam, o leve raspar da ponta dos dedos contra a mandíbula, algo que acontecia com Kiranmayi, que pertencia apenas a ela. — Talvez isso. Talvez não. Estou me forçando, ao mesmo tempo que peço ajuda, para que me ajudem a enxergar um novo e provável futuro. Algo que… caía nos preceitos procurados por minha pessoa. — Tentou rir, mas o que deveria ser um riso, resumiu-se a um leve bufar de ar pelo nariz. Recolhendo a mão para próximo de si, ele voltou a admirar o horizonte arquitetado a sua frente.
Em outro lugar, poderia não estar se contendo tanto. De certo, viviam uma amizade peculiar. Ainda que confiança fosse algo que tivesse dificuldade de aplicar, Mayi fazia parte do grupo seleto e pequeno de amizades do imperador. Não sabia de tudo, mas sabia do suficiente. Conhecia o homem que conseguia rir, que contava histórias, que apreciava uma boa bebida, e no final de tudo isso, compartilhavam a cama e os lençóis em uma dança que só os dois podiam replicar. Aquilo já servia. Ela, como também os outros amigos, não precisavam conhecer o outro lado. O desesperado, frio, persimista e inflexível. Não. Aquele homem era subtraído quando estava em tão agradável presença. Aquele era o medroso, ou melhor, o imperador. Que para eles, apenas o Viktor bastasse, então. — Também estava orando por um bom dia. Alguns representantes de outras cortes vieram falar comigo ou deixaram cartas no lugar. Estou com pretendentes de vários títulos, desde princesas á baronesas. O título não é um problema. O real é… — Hesitou, sentindo o corpo esquentar. Ela não sabia da visão, ninguém sabia.
A imagem fabricada porém real que ecoava repetidas vezes por toda mente pertencia apenas a ele. Aquele martírio era exclusivo, e desde o primeiro dia, apenas com a excessão de algumas pessoas que precisavam saber daquilo, jamais havia contado para outra pessoa que fosse de fora do círculo da política. Pressionando os lábios um contra o outro, Wilhelm pensou em algo que pudesse contornar a situação. Mayi, como bem devia conhecê-la, questionaria, procuraria ao fundo o que ele sempre quase deixava escapar. Dessa vez não havia sido diferente, mas para manter o bom curso do dia, principalmente ao seu lado, não deixaria que nada daquilo fosse revelado. Pelo menos, não ali. Não agora. — …é a escolha. São muitas mulheres com particularidades, tanto pessoais, quanto políticas. Se acontecer, e eu disse se, preciso escolher com o cérebro e não no quesito estética ou… amor. — Era esquisito, mas não inevitável. Falar tal palavra em voz alta causava um tipo diferente de amargor na boca. Não havia nada contra o sentimento ou experiências que o haviam o tornando tão contra mas… havia a dúvida, o fardo, as questões, e além disso, a aceitação. Wilhelm, apesar da idade, tinha muitas questões consigo mesmo a serem esclarecidas. Envolver-se com alguém daquela forma, entregar-se de forma completa, até então, era impensável. Apegava-se a política. Se houvesse um casamento, haveria luxo, conforto e segurança. Aquilo? Bom, não era um requisito. Escolher a dedo alguém que tivesse os mesmos pensamentos seria vantajoso.
Em devaneio, mirou a outra mais uma vez, colocando-a em contexto am seus pensamentos. Pensou como seria estar casado com a Suryavanshi, em como poderia ser mais fácil, em como não precisaria se preocupar com mais nada além de estar feliz em uma relação que era favorável para ambos… até que tudo fosse estragado por si mesmo e seu medo. Apreensivo, o imperador balançou a cabeça em negação, pigarreando baixinho. — Como muito pouco acredite que você… — E os olhos foram dos olhos até… o busto exposto, bonito demais em sua concepção para passar por despercebido. Wilhelm voltou a pigarrear, porém, pela liberdade alimentada não desviou tão rapidamente sua atenção dali. — …deseje praticar seu lado religioso no momento, podemos ir para outro local. As pessoas estão ocupadas demais com o evento que está acontecendo. De certo, tenho tempo para aproveitar o dia até que comecem a me notar como um grande pedaço de bife pronto para ser traçado. — Levantando-se ligeiramente sem causar qualquer ruído, Wilhelm ofereceu a mão novamente. — Os jardins se parecem belíssimos particulamente hoje. O que acha de uma volta? Ou então, aceito sugestões. Mas a priori, evitemos lugares fechados. Meus assistentes acreditam piamente que preciso ser visto.
Tumblr media Tumblr media
chega   um   momento   que   até   as   festas   mais   animadas   se   tornam   entediantes    –—    e,   convenhamos,   que   este   brunch   nunca   chegou   a   ser   exatamente   divertido   para   mayi.  interessante?   claro.   e   também   uma   opção   infinitamente   melhor   do   que   se   perder   por   trilhas   vivas   e   árvores   fofoqueiras.   mas   mesmo   assim,   ainda   há   um   erro   fatal   ali:   as   bebidas   oferecidas   são   fracas   demais   para   tornar   tode   aquele   teatro   diplomático   sustentável.
ser   apenas   a   quarta   filha   do   marajá,   em   tese,   deveria   lhe   garantir   o   luxo   de   poder   desaparecer   entre   as   demais   participantes,   de   simplesmente   assistir   o   desenrolar   do   espetáculo   com   um   pacote   de   pipoca   e,   quem   sabe,   pequenas   contribuições   próprias   para   o   seu   caos.   e   talvez   essa   seja   a   realidade   de   alguma   outra   princesa   ali,   mas   certamente   não   é   a   de   kiranmayi.   mesmo   recém   saída   do   que   qualquer   assessor   de   imagem   chamaria   de   um   pesadelo   diplomático   anil,   sua   presença   está   longe   de   repelir   os   borburinhos   ou   os   círculos   que   se   formam   naturalmente   ao   seu   redor.   se   a   luz   atrai   insetos,   o   brilho   dos   suryavanshi   atrai   os   mais   variados   tipos   de   nobres.   e   por   mais   que   ela   quisesse   acreditar   que   isso   se   deve   a   sua   personalidade   cativante   e   ao   cabelo   impecavelmente   hidratado,   contudo,   não   é   ingenua.   sabe   que   o   outro   grande   brilho   que   enche   o   olhar   são   os   cofres   de   surakshya.   alguns   metidos   a   pretendentes   sequer   tentam   disfarçar   quando   olham   para   ela   como   se   fosse   um   cifrão   com   uma   bela   bunda.
e   como   boa   crente   hipócrita   que   é,   mayi   busca   pela   ajuda   dos   santos   quando   a   situação   aperta.   dessa   vez,   não   para   pedir   nada,   mas   para   encontrar   um   pouco   de   paz   –—   do   tipo   que   até   o   mais   desesperado   dos   participantes   precisa   respeitar   em   um   lugar   sagrado.   parecia   um   plano   infalível...   até   alcançar   a   capela   e   encontrar   o   imperador   alemão   no   meio   de   suas   próprias   preces.   e,   de   repente,   o   que   já   era   ótimo   se   torna   perfeito.
a   princesa   solar   se   aproxima   com   passos   lentos,   naquele   ritmo   de   predador   que   acaba   de   encontrar   uma   presa   para   brincar.   um   meio   sorriso   brilha   no   canto   de   seus   lábios,   e   quando   as   íris   acastanhadas   recaem   sobre   o   a   mão   que   lhe   é   estendida    –—    para   apertar!    –—    não   há   como   conter   a   risada   silenciosa   que   o   amplia   em   seu   rosto.   surpreso,   humorado,   ligeiramente   cínico.   aquela   que   diz:   você   já   passou   noites   enrolado   em   meus   lençóis   e   agora   quer   apertar   minha   mão,   como   se   fossemos   meros   conhecidos   se   encontrando   na   missa?  ainda   assim,   mayi   sendo   mayi   não   hesita   em   envolver   os   dedos   ao   redor   da   palma   larga.         ❛   sempre   tão   direto.   tão   convencido,   chellam.   ❜         um   riso   acompanha   a   provocação,   e   seus   olhos   passeiam   pela   figura   dele   sem   qualquer   traço   de   reprovação.   pelo   contrário.         ❛   normalmente,   são   traços   terriveis   em   um   homem.   mas   combinam   você.   ❜
ela   se   senta   ao   lado   dele   antes   mesmo   de   receber   o   convite.   este   não   passa   de   uma   formalidade   e   essas   sempre   soaram   terrivelmente   tediosas   para   ela.   até   porque   eles   dois   já   ultrapassaram   esse   ponto.         ❛   tsc.   não   sabia   que   também   pensava   tão   pouco   de   mim.   o   que   logo   eu   poderia   fazer   para   ofendê-los?   ❜      mayi   arqueia   as   sobrancelhas   numa   falsa   indignação   impossível   de   se   levar   a   sério.   talvez   pela   pergunta   escapar   mais   como   insinuação   –—   um   convite   para   a   imaginação   dele   –—,   talvez   pelo   fato   de   seu   casaco   estar   fechado   só   até   metade   do   caminho,   deixando   o   decote   farto   em   evidencia.   talvez   porque   o   riso   irreverente   jamais   desaparece   completamente   da   voz.         ❛   mas   então,   pelo   que   estamos   rezando,   viktor?   para   que   os   santos   o   ajudem   a   encontrar   o   seu   grande   amor   entre   as   solteiras   elegíveis   dessa   edição?   ❜         ela   arqueia   as   sobrancelhas.         ❛   se   bem   me   lembro   de   suas   opiniões,   até   são   malek   teria   dificuldade   com   um   pedido   desses.   ❜
Tumblr media Tumblr media
3 notes · View notes
wlhelm · 7 days ago
Text
Uma corrente elétrica pareceu correr por todo corpo, fazendo-o ficar em alerta. Seus objetivos para aquele dia eram simples, ainda que difíceis. Conversar, sorrir, analisar. Encontrar possíveis pontos para uma suposta e única lista. Pensar em quais delas poderiam, enfim, carregar e dividir o fardo consigo- mesmo que isto durasse por pouco tempo, ele completava, admitindo em pensamento. Porém, ali, estático, Wilhelm não pensou na possibilidade de um reencontro com aquela que poderia ter sido sua esposa. O contrato de casamento, armado três anos antes, era satisfatório politicamente descrito. Duas nações se uniriam, as rebeliões hipoteticamente diminuíriam e ele, finalmente em paz, poderia reinar. Mas ainda assim, havia o perigo e a presumível morte que demorava a chegar. Que tipo de vida daria a alguém enquanto estivesse com medo? Flashs daquele ano correram pela mente e por alguns breves instantes, ele lembrou do desespero, quando em surto, rasgou o contrato de casamento, gritando com os conselheiros e com outros nobres que apoiavam a união. Lembrou-se também do choro entalado que nunca aconteceu e das lágrimas que nunca vieram. De sentir medo em sua forma mais primitiva. Da necessidade de correr sem um destino, fugindo de um mundo que não o satisfazia. Irenne era o retrato daquele episódio, que agora, considerava vergonhoso. Para remediar a situação, algumas flores e um cartão escrito com a própria caligrafia pedindo de forma simplória desculpas foram enviados uma semana depois. Wilhelm também lembrava em como se sentiu depois. Derrota. Derrotado por ter fraquejado e não ter seguido em frente, correndo contra daquilo que poderia ajudá-lo de alguma forma, deixando que a imagem da morte que mudava o lugar, a hora e sua forma, mas nunca a finalidade, ganhasse mais uma vez. Antes que voltasse a realidade, suspirou alto, deixando que os ombros se recolhessem um pouco para frente. As íris azuis focaram-se nos castanhos dela e na tentativa de tornar aquele encontro inesperado o mais agradável possível, ele acenou com a cabeça, sentando-se onde havia sido indicado, sorrindo minímamente de canto. — Irenne. — Disse baixinho, inclinando-um pouco para frente. — É agradável vê-la novamente. — Poderia começar pedindo desculpas mais uma vez como havia acabado com algo que parecia certo. Mas, hesitou. Pela primeira vez, deixaria que ela conduzisse aquela interação. Ainda era cedo. Não buscava, ainda, inflamar os humores de ninguém. Muito menos de alguém a quem acreditar dever muito. — Também não fazia ideia que precisaria estar aqui... Mas cá estou eu. Não é algo que se consegue evitar... mesmo em uma posição com a minha. — Tentou sorrir um pouco mais, criar um arco perfeito nos lábios, mostrar o que precisava fingir, mascarar a apreensão. Porém, Wilhelm falhou miseravelmente. — As flores... — Suspirou novamente. — Espero que tenham sido de sua preferência. Eu as entregaria pessoalmente mas... — A mandíbula travou, alertando-o de que não deveria continuar. Pelo menos, não por agora. — Espero que esteja bem...
Tumblr media
this is a starter for @wlhelm !!
O salão de café da manhã da Althara era amplo e ridiculamente ornamentado, o tipo de lugar onde até o silêncio tinha eco, e os talheres pareciam julgar as conversas. Ela passava manteiga em um pão com, preguiçosamente, quando ouviu. Aquela voz. Baixa, educada, com o tipo de sotaque que não estava familiarizada, mas reconhecia. Seu corpo reagiu antes da mente. A coluna se retesou. O pão foi esquecido no prato. E quando ela ergueu os olhos, lá estava ele. Wilhelm. Ainda loiro, ainda perfeitamente alinhado, ainda com o mesmo ar de alguém que tinha sido criado para parecer confiável. Eles não se viam desde o fim do noivado. Três encontros formais, talvez quatro, algumas cartas. E, claro, o buquê de flores que chegara uma semana depois do fim, como uma tentativa polida de mitigar o embaraço. O gesto fora bonito. Irenne pousou a faca devagar no prato e ergueu a sobrancelha com surpresa elegante. ❛ Príncipe Wilhelm. ❜ A saudação saiu tranquila, educada, como se estivessem prestes a discutir comércio entre reinos. ❛ Não fazia ideia de que estaria presente nessa edição da Althara. É uma surpresa encontrar vossa alteza aqui. ❜ Uma vez que havia rompido com ela, a Köen acreditava que, ou ele tinha um amor, ou não estava pronto para casar-se. E encontrá-lo ali ia contra suas duas teorias, restando apenas acreditar no que temera por alguns meses: não era o suficiente para ele. Isso, contudo, não chegava a incomodá-la naquele momento. Fitou aqueles olhos azuis — que um dia ela tentara imaginar como os de seu marido, a pedido de seu pai. E finalmente gesticulou para que se sentasse. ❛ Recebi suas flores, na época. ❜ Não falava com ironia, mas sim com um toque de gratidão.
1 note · View note
wlhelm · 9 days ago
Text
com @amayitaon na capela. amém, irmã!
Com as mãos unidas, espalmadas uma na outra e de olhos fechados, Wilhelm fingia um costume que não era hábito. Seu lado mais religioso nunca fora algo praticável, inexistente. Sua crença era depositada nos homens, em suas ações e reações, ou como egoistamente classificava, em si mesmo. Porém, ali, o silêncio o convidada ao tempo de paz que só era atingida nos aposentos confortáveis em seu palácio em Berlim. E, pelos Santos, como sentia falta daqueles dias. Quando as preocupações eram resolvidas ou deixadas para depois, quando o conforto do seu quarto era o único remédio para sanar as "feridas" causadas durante todo um dia, onde podia ser ele mesmo- não Wilhelm, mas Viktor. Suspirando com pesar, curvou-se um pouco mais para frente, apoiando mãos e cabeça sobre o encosto do banco mais a frente. Era tarde demais para rogar uma prece? Santa Elyne poderia ouví-lo finalmente ou o ignoraria como em todas as outras vezes, quando clamou o seu nome, pedindo respostas para perguntas que não pareciam ter uma resolução. Ficaria um pouco mais, lutaria com os próprios demônios, seria fiel por mais puro desespero... até o cheiro adocicado e familiar tomar suas narinas, fazendo com que o corpo reagisse ao ímpeto de se mover, olhando rapidamente de relance para trás. Encontrar Kiranmayi em locais como aquele era novidade. Pelo menos para ele. Também estava ali pelas mesmas razões ou algo semelhante? Discretamente, virou-se para observá-la de forma apropriada, oferecendo um pequeno sorriso gentil, antes de estender a mão para cumprimentá-la- algo que também poderia ser considerado como algo novo, dada a natureza da amizade entre os dois. — Você. Por aqui. — Fingiu surpresa, quase em um múrmurio. — Veio pedir ajuda aos Santos ou está me perseguindo? Cogito em acreditar na segunda opção. — O sorriso nos lábios tornou-se maior, demonstrando uma leveza que antes não fazia parte da expressão em seu rosto. Mayi, de certo, era uma das poucas pessoas que conseguia provocar algo de diferente, longe da carranca habitual, no imperador. — Vamos, junte-se a mim em uma prece. Já estava quase terminando, a não ser que tenha algo melhor em mente. Claro, nada que vá insultar os Santos em sua sagrada casa.
Tumblr media
3 notes · View notes
wlhelm · 9 days ago
Text
Tumblr media Tumblr media
BRANDON SKLENAR 1923 ‧ Created by Taylor Sheridan
2K notes · View notes
wlhelm · 9 days ago
Text
com @sergeiyusupov entre as várias estantes da biblioteca.
O livro pendia de uma mão a outra, aberto em uma página qualquer sobre uma guerra qualquer. Antes, calmo e distraído, Wilhelm passeava pelos assuntos, focado em palavras, redescobrindo o que já sabia, apenas alimentando pensamentos e desviando-se de outros. Desde que havia chegado na ilha, a biblioteca era palco de paz, ou melhor, seu esconderijo mais infalível. Poucos pareciam se interessar pelos livros, e no silêncio absoluto, conseguia fugir dos objetivos principais que contra a sua própria vontade o mantinha preso ali. Entretanto, entre as várias estantes, acabou por encontrando alguém que possuía o dom de tirar-lhe do sério... de um jeito cômico. O príncipe russo destoava-se entre os irmãos. Era dócil, mais simpático. Mas possuía o ímpeto de enfrentá-lo em conversas também acaloradas, que na maioria das vezes, Wilhelm não levava a sério. Althara tinha suas excessões, e Sergei era uma dessas. — Você não vai mesmo me dar uma aula sobre algo que eu sei de có, não é mesmo? — Desviando a atenção novamente para as folhas, Wilhelm apontou para o título muito bem destacado na página, no entanto, preocupando-se apenas em prestar atenção nas palavras que mais chamavam sua atenção naquele quesito; "decadência", "Alemanha" e "império em declínio". Se o conhecia bem, o mais jovem citaria algo que ele já sabia e que já estava cansado de relembrar. Porém, algo em sua dicção era plausível de lhe arrancar a atenção. Não tinha nada melhor para aquele dia, então, porquê não participar de uma boa discussão? — Por favor, sentemos primeiro em algum local apropriado. Ainda é cinco centímetros mais alto, kind. Não posso ouví-lo falar apaixonadamente sobre política enquanto meu pescoço dói pelo esforço em observá-lo. Vamos, primeiro um canto confortável, e então, o seu sermão vem depois.
Tumblr media
0 notes
wlhelm · 9 days ago
Text
com @mikhailosbutia em seus aposentos.
— Por favor, dentre todas as pessoas neste maldito lugar, recuso que você inicie algo do tipo em minha presença. — A ríspidez na voz não era proposital, apesar de dar o efeito necessário ao pensamento que tinha sobre aquele particular assunto: casamentos. Sair de seu conforto, das obrigações habituais, para realizar algo considerado como fútil, causava estranheza em Wilhelm. Além do fato das visões que lhe proporcionavam terrores mesmo acordado, precisar lidar com a ansiedade unida aquele assunto lhe causava nada mais que estresse. Não poderia simplesmente fazer o mesmo que o tio, que apesar de viver uma circunstância diferente que a sua, obrigou a outro, lê-se a si mesmo, ao pesado fardo da coroa? Sugerir a sucessão a outra pessoa, agora mais velho, não era de todo mal uma péssima ideia. — Sei que as condições em seu país não são favoráveis relacionado a esse assunto, e acho, que podemos propor um acordo. Pelo menos, eu posso e que convém muito bem ao seu desespero, que é contrário ao meu. — Deixando que o exaspero se esvaísse de suas palavras, o tom cômico foi adotado, e por alguns poucos segundos, o imperador alemão se permitiu a um sorriso quase infantil. — Que tal, se, mas somente se, eu repasse as pretendentes que sempre tenho em minha porta para você? Veja bem, não quero ser presunçoso, mas acho que uma delas teria mais sorte contigo do quê comigo. Você é um ex-presidiário, — Riu, quase forçado em certo tom de deboche. — Mas possuí um país em ordem e em pura prosperidade. Agora vejamos eu. Alemanha está um caos, sou um imperador de merda e provavelmente, se não em breve, estarei morto, de alguma forma. De um jeito ou de outro. — As últimas palavras escaparam tão facilmente como se fossem triviais. Talvez, por muito talvez, o conhaque que bebia acompanhado do familiar cigarro de tabaco estivesse começando a causar efeito. Ou então, havia conforto demais na presença do futuro rei ucraniano. Wilhelm precisava lembrar-se mais em como era tão fraco para bebidas àlcoolicas. — Temos um acordo? São moças respeitáveis, talentosas e muito bonitas. Dignas ao título de rainha. Na sua posição... eu não negaria.
Tumblr media
0 notes
wlhelm · 9 days ago
Text
com @arsenicohumano nos jardins internos.
Wilhelm observava a própria silhueta na água límpida em estado de contemplação. Perguntas acumulavam-se na mente, buscando o caminho de saída, porém uma única dúvida escalonava-se dentre todas as outras dando-lhe quase o combustível necessário de proferir as palavras que acreditava serem as certas: quando morreria, se estava certo quanto as próprias visões, ou, se por ventura do destino, conseguiria impedir o fatídico momento que lhe arrancaria um último suspiro. Ainda assim, alimentado por toda aquela curiosidade, mantinha-se em silêncio. Ainda não tinha o necessário para matar aquilo que o tanto perturbava, também achava. Ainda não era o momento. Retornando aos poucos para a realidade que o rodeava, o alemão percebeu passos, e manteve-se imóvel até ter certeza, e reconhecer mínimamente, quem poderia sera a sua nova e recém chegada companhia. Um leve suspiro escapou por entre os lábios, ao notar de solaio, que a nova presença pouco lhe satisfazia. Arsen era definitivamente detestável, todavia, o imperador não proferia aquilo tão diretamente, escolhendo rodeios, enchendo-se de pomposos floreios para destilar o que sentia sobre outrem em suas breves mas acaloradas interações. Movendo-se minimamente para observá-lo por alguns poucos segundos, Wilhelm voltou a suspirar, mas desta vez, um pouco mais alto, exasperado, pronto para qualquer coisa que fosse dita pelo homem que em nada o agradava. — Boa tarde. — Tentou soar educado. Com o grão-duque, aquele simplório compartamento parecia ser ainda mais difícil de ser praticado. — Talvez seja uma ótima hora para que eu volte aos meus aposentos. Há papéis para serem assinados... Preciso responder... meus correspondentes. — Talvez, ela ainda estivesse um pouco abalado com os pensamentos prévios antes da repentina aparição do homem. Estranhamente, agia de forma desarmada, pouco atípica quando tratava-se de estar em situações semelhantes como aquela.
Tumblr media
0 notes
wlhelm · 9 days ago
Text
Distraída, ou pelo menos, parecia estar. Wilhelm aproximou-se despreocupado, tentando não demonstrar suas reais intenções, sem precisar revelar a função designada a si, tão abruptamente. Não seria difícil fingir as aparências, ele concordava. Fazia isso todos os dias, a qualquer momento- era uma das grandes maravilhas que fazia tão perfeitamente bem como imperador. — Você deveria tentar novamente. Foi o que eu falei. — Um blefe? Talvez. Ainda precisava indentificá-la antes de precisar agir novamente. — Sabia que os arburstos não se parecem assim normalmente, não sabe? Parece que algo, ou melhor, alguém esteve se enfiando entre eles, tornando-os humanamente modificados demais para o gosto de qualquer um. — Talvez, mais uma vez, estivesse certo. A aparência ao redor lhe passava a ligeira impressão de que algo havia sido implantado, como um medalhão, por exemplo. Sua expressão tornou-se suave, e forçando-se parecer convidativo e mais gentil, deixou que um pequeno sorriso de canto crescesse em ambos os lados da boca. Precisava de uma pequena vitória, algo para preencher o orgulho e a mente. — Há folhas nos seus sapatos e um pequeno galho preso aos cabelos. Se eu fosse um caçador, entenderia o recado. — Devagar, transparecendo toda a calma que pudesse para aquele momento, Wilhelm se aproximou, erguendo uma mão, direcionando-a até os cabelos da mulher, por fim, puxando delicadamente o pequeno galhinho que havia indicado e que pendia entre alguns poucos fios de cabelo. — Liebling... você fez um péssimo trabalho.
Tumblr media
this is a starter for everyone !! - brunch
Tumblr media
O medalhão havia sido camuflado muito porcamente entre alguns arbustos baixos, e Bahar utilizou o tempo restante auxiliando algumas outras pessoas, que igualmente haviam sorteado coração, a esconder os seus. Mentalmente, fazia uma lista de onde os pares mais vantajosos para Sarp escondiam, bolando alguma forma de dar instruções para ele. Depois do tempo para esconder os medalhões acabar, Bahar retornou para o local indicado. A inversão de papéis a desconcertava mais do que gostaria de admitir. Ela, que sempre estivera no controle da busca — pelas alianças certas, pelos acordos velados, pelas palavras exatas — agora era o prêmio. O alvo. O objeto da procura. Incomodava. Não por vaidade — essa ela sabia esconder com perfeição — mas por instinto. Estar no centro de uma caçada, mesmo simbólica, fazia seu corpo manter uma tensão sutil nos ombros, como se o traje de academia — composto por uma calça legging e uma camiseta mais longa — fosse uma armadura fina demais para protegê-la. Estava tão absorta nesses pensamentos que não percebeu a aproximação da figura até ouvir a voz ao seu lado. ❛ Me perdoe. ❜ Ela virou-se com um pequeno sobressalto, erguendo os olhos. ❛ Eu… me distraí. Pode repetir, por favor? ❜ O sorriso que ofereceu depois era educado, sereno. Mas o olhar — sempre tão atento — permanecia ligeiramente em alerta. Afinal, o jogo havia começado, e ela, por uma vez, era o prêmio. E em uma corte como aquela, não sabia o quão bem aquilo era visto.
Tumblr media Tumblr media
9 notes · View notes
wlhelm · 9 days ago
Text
Não era ríspidez mas "extrema sinceridade". Wilhelm revirou os olhos, apontando as íris azuis até o rapaz ao lado, buscando no eco dos pensamentos, as palavras certas a serem ditas... até perceber que o mesmo, horas antes, havia surgido em seu caminho, e atrapalho boa parte do seu pequeno trabalho naquele dia ao desempenhar a função de caçador. — Eu poderia fazer isso muito bem com você, já que dificultou um pouco a minha vida. E posso. — As mãos alcançaram a garrafa de vidro com o mesmo líquido disposto no copo de outrem, trazendo-o para a direção contrária, colocando-se no caminho em seguida, caso o vermelho desejasse mais um pouco. Também não era uma birra. Orgulho ferido, talvez. — Cansou do que fazia antes? Ou resolveu parar quando me derrubou no chão e me fez sujar a minha maldita calça branca com lama?
Tumblr media
Já havia atrapalhado uma boa parcela dos caçadores, então, tinha dado sua missão como cumprida. Por isso, resolveu ir discretamente até o jardim, andando pelos cantos para tentar roubar alguma coisa pra comer despercebido ou algo para beber ao menos, por que estava com a garganta seca. Contudo, foi quando colocou as mãos em uma taça que acabou sendo abordado por muse, automaticamente ergueu a mão livre como sinal de rendição. ❝Por favor, até onde eu sei não se nega água a ninguém, não concorda?❞
Tumblr media
11 notes · View notes
wlhelm · 9 days ago
Text
Os pés giraram em direção a outra, colocando-se em movimento depois de tanto tempo escondido em uma sombra, longe dos ruídos, das pessoas, da atenção. Wilhelm aproximou-se lentamente, com o próprio isqueiro em mãos, enquanto nos lábios, deixava que o cigarro preparado por si mesmo com tabaco, pendesse dos lábios. — Não. — Disse despreocupadamente, forçando-se a uma breve risada logo depois. — Não uso nada que não tenha sido feito ou preparado por minhas próprias mãos, senhorita. — De cenho franzido, Wilhelm analisava a mulher, buscando reconhecê-la. Porém, sem sucesso. Um suspiro escapou pelos lábios, junto com a fumaça esbranquiçada que também deixava escapar após mais uma tragada. — Mas o que faz aqui sozinha e a essa hora? Não vejo ninguém ao seu redor, pelo menos, não próximos o suficiente para sufocá-la como poderiam estar fazendo comigo. — Os olhos rolaram, e em sinal de relaxamento, deixou que os ombros também caíssem. Quanto tempo mais para notarem, se já não haviam percebido, que não estava em destaque pronto para ser notado? — Me deixe adivinhar, então. — Semi-cerrando os olhos, Wilhelm fingiu interesse- como se a bela mulher a sua frente estivesse atraindo sua atenção. O que de um todo, não era mentira. — Não é herdeira. Segundo, terceiro, talvez quarto lugar na linha de sucessão? Ou se não, de alguma família menor, apesar do alto título de realeza. Está aqui para o quê? Casamentos? Bom, sabemos que é por isso. A elite é patriarcal e seu pai provavelmente almeja conexões e um bom status. Acertei?
Tumblr media
Havia algum tempo que não tocava num cigarro; nunca fora grande adepta, afinal. Contudo, o dia a dia em Althara a forçava a buscar por meios de aliviar a a tensão — e por isso a princesa de Andorra não se lembrava do ultimo dia que não havia recorrido ao álcool, ou a nicotina. Os dedos trabalhavam em tentar fazer o isqueiro acender, o cigarro já aos lábios, quando percebeu que não estava sozinha no recinto — nunca estava. Sorriu sem humor para o outro, soltando a fumaça com um sopro delicado, e oferecendo um para x mais novx companheirx. “ Aceita?”
Tumblr media
11 notes · View notes
wlhelm · 9 days ago
Text
De certo, não imaginaria presenciar algo do tipo. Pelo menos, não tão cedo. Wilhelm correu os olhos pelo local duas vezes, antes que pudesse deixar com que as palavras ganhassem som. Pigarreou, revirou os olhos, chutou algumas pedras que poderiam atrapalhar o seu caminho, caso desejasse seguir em frente. Mas, permaneceu quieto, quase estático, a face esbanjando limitado exaspero e um leve toque de chateação. Não, ele não gostaria de estar ali. Talvez, no quarto com os livros. Ou com alguma pretendente que sua corte julgasse própria ao título de futura imperatriz. Ali, a segunda opção não parecia uma má ideia. — Um momento. — Disse levantando um único dedo em direção ao homem, que aos poucos, o reconhecia graças aos poucos feixes de luz que permeavam a pernumbra do local onde estavam. Em outra situação, se não precisasse participar de algo do tipo, viraria as costas e deixaria que aquilo fosse resolvido por alguém que fosse se surpreender com a imagem. Não era novo, porém incomum. E de uma forma tão esquisita, ele se irritava com isso. — Primeiro, se não for muito incômodo, continue parado onde está. E use as mãos para cobrir... a frente. Continue assim. — Era desconfortável reconhecer a falta de roupas. No entanto, era ainda mais incômodo, e que provavelmente se arrependeria mais tarde, em deixá-lo daquela maneira. Aos poucos, Wilhelm retirou o casaco simplório de lã que havia desejado usar naquele dia, peça que destoava-se do padrão elite de todo o resto azul. — Vou me aproximar e esticar meu braço até você. Use-o para cobrir a cintura, e se for inteligente, Hakon, volte até seus aposentos mas não use a porta da frente. Ou faça isso, — A passos lentos, esticou-se minimamente até o homem, balançando a peça de roupa em sua direção. — Definitivamente, eu não me importo.
Tumblr media Tumblr media
Como bom apoiador das tradições azuis, desde que se entendia por gente que Hakon acompanhava a Althara e, por conseguinte, a Caçada. Com o tempo, tinha chegado à conclusão que a forma lupina seria a melhor quando se tratava de encontrar objetos perdidos, considerando os sentidos aguçados próprios do lobo gigante. Podia ser considerado golpe baixo, mas assim o príncipe poderia identificar mais facilmente a quem pertenciam os medalhões. Acabava de se embrenhar por uma trilha para seguir um rastro quando ouviu um ruído às suas costas e, antes que deixasse os sentidos assumirem e atacasse alguém, voltou rápida e imprudentemente para a forma humana, praguejando ao constatar que estava bem distante de sua pilha de roupas.  ' Eu meio que vou precisar de um favor... '
Tumblr media
21 notes · View notes
wlhelm · 10 days ago
Text
Tumblr media Tumblr media
para conhecer WILHELM, clique aqui
Já era esperado que wilhelm viktor ludwig nikolaus von vessel viesse para a Ilha de Treatan, afinal, ele é imperador vindo do império alemão na alemanha. Não que seja elegante perguntar, mas sei que ele já conta com seus trinta e três anos, e não esconde a fama de inflexível, mas é sabido que seu lado meticuloso compensa. Se não tivesse sangue azul, eu diria que é um descendente direto de brandon sklenar, porque não poderiam ser mais idênticos!
sumário, ⠀⠀pin board ⠀/⠀wcs (em breve) ⠀.⠀
2 notes · View notes