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em algum canto prostado com @gaiasatanica durante hearthunt.
Seus trajes pouco ajudavam. Estava sujo, suado e levemente cansado. De certo, havia deixado de lado a mais simples habilidade de perseguição, perdendo todos aqueles que considerava como protetores de seus medalhões de vista. Perdido, sim. Isso. Deslocado. Wilhelm agora se encontrava sentado contra uma árvore, espectando de longe a correria de outros que ainda corriam contra o relógio em busca do que era considerado como prêmio. Ele, por outro lado, já havia desistido das investidas. Voltaria para os aposentos, tomaria um banho, ignoraria os demais, e se não fosse pelo amontoados de telas de pintura e inacabadas espalhadas pelo lugar, jogaria-se contro o colcão, e então, dormiria pelo resto do dia. Não era um plano muito ruim, concordava consigo mesmo em mente. Mas o farfalhar de folhas o trouxe de volta a realidade, interrompendo qualquer banal planejamento para aquele dia. Virando-se minimamente para reconhecer a figura que "atrapalhava" o seu breve descanso, o imperador se deparou com outra majestade. Seus cabelos ruivos, de cor tão viva, não passavam por despercebido, e descartando qualquer forma polida, dada a circunstância informal que estavam, sorriu brevemente e gentil, antes que pudesse se direcionar propriamente com palavras. — Gayane. — Optou pelo nome e não o apelido. — Também cansou? É caçadora? Ou têm um medalhão guardado por aí? Confesso que a segunda possibilidade seria útil e agradável. Me pouparia tempo e fôlego que pareço não ter mais. — Era jovem em idade. Físicamente, assustava-se com a própria resitência em baixa. Estava envelhecendo tão rápido assim? Questões para uma outra hora, quando fosse entrar em guerra com a própria auto-estima. — Como pode perceber, estou um... trapo. — Foi permissivo e gentil consigo mesmo, pois o adjetivo que usaria para a própria aparência era outro. Mas, contevesse. Depreciação era sobremesa para o jantar e mais tarde. — Por favor, sente-se e não se importe com a companhia ao seu lado. Tudo bem?
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— Por sua sorte, não. — Na verdade, não havia visto quem de fato havia o derrubado. Porém, o italiano estava na cena, e antes que começasse com qualquer encenação, não apontaria dedos tão diretamente. Também não era uma ameaça, é claro. Porém a voz saiu ainda mais assustadora do que previamente havia desejado. Soltando o ar que segurava nos pulmões, Wilhelm deixou que olhos rolassem, típico sinal que acontecia quando estava enfiando-se -e concordava que por conta própria- em uma situação que não haveria fim ou qualquer sentido. Esticando-se minimamente para o lado, trouxe novamente para perto a garrafa que antes havia distanciado de outrem. Suas ações, para inicio, também não haviam feito muito sentido. — Mas... — Levantou a voz, juntamente com o dedo indicador da mão esquerda. — Preciso que saiba que não estava familiarizado com todas as informações do evento. Acho, que por conta própria, eu não estaria envolvido. As premissas do jogo pouco... são do meu interesse. — Expirando o ar com certa força, Wilhelm deixou que os ombros relaxassem, caindo para frente como sinal disso. Aos poucos, desmanchava a carranca, assumindo o típico ar neutro em suas expressões. — Você também precisa prestar atenção. As cores não condizem, mas a calça é sim para atividades externas. Só não para essa. Agora, o que você entende sobre a respeito? E minha reclamação não foi pela peça... pelo menos não agora.
Achava quase cômico fazer um azul se explicar quanto a sua escolha de roupas, ao ponto de que a conversa passava a lhe divertir. ❝Ainda assim, deveria estar mais preparado, especialmente quando é avisado de ser roupas confortáveis e do ambiente externo.❞ Na verdade, acreditava que os azuis nem havia sido informados sobre trajes confortáveis, mas sim esportivos e escolher algo branco parecia fora de ordem. Digno de uma pessoa com a cabeça cheia ou fora de órbita. ❝Então por que reclamar da sujeira na calça branca tão especificamente?❞ Devolveu arqueando uma sobrancelha, afinal, aquele detalhe havia sido frisado anteriormente. Deu de ombros diante a parte da rasteira, não considerava um grande feito se fosse sincero. ❝Se não se machucou, então, certamente foi amigável... Vi pessoas mancando por aí, acredito que esses sim possam reclamar. Por acaso lhe deixei manco ou roxo, majestade?❞
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Os olhos de Wilhelm rolavam repetidas vezes. Ele havia entendido daquela maneira, ou então, os pensamentos não haviam chegado a própria mente de maneira correta? Ainda olhando para direção contrária, o imperador teve tempo de esconder as expressões que fazia, alternando-as entre irritação, surpresa e indignação. Pensou também antes de falar. Se haviam câmeras, era provável que houvesse a existência também de aparelhos de áudio, e um corte bem feito de uma conversa entre os dois, era algo que julgava desnecessário. Ao sentir que o casaco havia sido retirado da mão, o homem voltou-se para o outro, cruzando os braços em frente ao peito, analisando-o com o mais puro julgamento. Seria difícil não reagir de outra maneira, ainda que também considerasse a situação um tanto cômica. — Como percebeu, estiquei o meu braço para ajudá-lo com um peça de roupa e não para... — Apontou para onde a peça de roupa repousava no corpo de outrem. — ...não para o que, não sei, tenha imaginado. Isso, seja o que for, jamais passou pelos os meus pensamentos, Hakon. — A voz era dura, impassível, mesmo que a situação não demandasse tal postura. Talvez, ser pego de surpresa o tenha feito reagir daquela maneira. A nudez masculina, de certo, não era um problema. Seus anos consecutivos no exército também haviam apaziguado qualquer vergonha que tivesse sobre o assunto. Wilhelm já havia perdido todas as contas em que presenciou outros colegas de pelotão, mesmo como imperador, em banhos coletivos e rápidos em linhas diretas de batalha, quando sua presença na linha de frente era necessária. — Entendo que suas habilidades o tenha colocado em tal situação inesperada. Já vi e ouvi falar sobre os transmorfos, como você. No entanto, não sei, mas não seria apropriado ter algumas peças de roupas guardadas em algum local seguro e vísivel para o uso quando fosse voltar a forma humana? E antes que diga que tinha isso em mente, não me pareceu, dada as circunstâncias de aparecer pelado pelas sombras, pedindo ajuda. — O devaneio, ainda que quisesse manter superioridade, ecoou de forma engraçada pela mente. Wilhelm, com certeza, pagaria um sufoco como aquele se estivesse no lugar de outrem, porém não poderia perder o porte. Poderiam estar protagonizando algo que logo estaria na boca e ouvidos de todos. — Quanto a porta da frente, olhe ao redor. Estamos mais perto dela do quê da dita "porta dos fundos". Você ficaria pelo resto da noite aqui e assim ou ousaria atravessar sorrateiramente entre os outros da forma como veio ao mundo? Perdi-me do meu objetivo pois estava seguindo uma princesa que sabia muito bem como se disfarçar entre as folhagens... Então, a dúvida atual se tornou interessante. Se não se incomodar em responder, é claro.
Havia certa hierarquia que precisava ser respeitada quando as reuniões de cúpula ocorriam. Por conta disso, o Hesse sabia que entre ele e o imperador alemão, era o nome do outro que sobressaía, agora, ainda mais do que antes. Mesmo que fosse seu desejo, não podia se insurgir contra as ordens de um rei, não quando não passava de um herdeiro destituído. Aquele, por sinal, parecia um tanto excêntrico em comparação aos outros, o que fazia com que Hakon chegasse à conclusão de que a coroa não podia fazer bem. Ainda assim, se pegava desejando desesperadamente aquele pedaço de metal que já não lhe pertencia, porque havia sido moldado para desejá-la com todas as suas forças. Queria dizer ao outro que não tinha um momento, pois aparentemente ele não estava entendendo a urgência de sua situação. No entanto, ao ver que se tratava de Wilhelm, calou-se, bufando baixo. ' Não pretendia sair do lugar. Não assim ' anunciou, sem se dar ao trabalho de dizer que já estava cobrindo sua vergonha, porque não havia como saber onde estavam instaladas as câmeras do programa – não que fosse assim tão necessário; era mais em razão das câmeras. Tinha passado tanto tempo convivendo com homens em campo que cenas como aquela não eram incomuns. Na verdade, eram irrelevantes e não costumavam causar constrangimento. ' Esticar seu braço? ' repetiu, escondendo um pouco do alarme no tom. ' Majestade... não é preciso que se incomode ' negou com a cabeça, sem querer que as mãos daquele homem passassem sequer perto de sua virilha. ' Pensando bem, acho que posso me virar sozinho ' completou, com um sorrisinho, porém, quando se aproximou, foi uma peça de roupa que o alemão estendeu na sua decisão, a qual Hak arrancou de sua mão com brevidade, envolvendo a cintura. ' Não sou tão burro de usar a porta da frente '
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com @devineobjection em frente aos aposentos da princesa- um pouco desesperado.
Discreto. Wilhelm passeava pelos corredores com um único propósito: encontrar-se com Devine, mesmo que ela não soubesse de tal repentino encontro. Os planos foram armados de última hora e as vestimentas que usava, trocadas ligeiramente sem qualquer consulta, seguiram a risca o casual compromisso- dos trajes feitos a mão pelo melhor alfaiete alemão, o imperador usava peças tratadas como simples, calça jeans escura, camiseta branca, botas coturno, jaqueta de couro, e na cabeça, um simples boné que completava todo o visual despojado que não era comum de ser visto com. De certo, aquela era a primeira vez que tomava uma atitude naquele quesito, agindo contra as orientações da própria corte que buscava nada mais além de perfeição. Por anos, desde sua ascenção ao trono, Wilhelm precisou à força adotar a pompa, manter-se integro e suntuoso, mesmo quando as coisas ruiam pelo resto do país. O governante jamais poderia demonstar qualquer sinal de fraquejamento. Jamais poderia demonstrar igualdade ao seu povo. Sempre superior. Tal opinião causava-lhe graça e também o mais profundo descontentamento. Em Althara, pela primeira vez, mesmo que também tenha sido coagido a se juntar ao evento, sentia certa liberdade. E as roupas, pela primeira vez em muitos anos, era um pequeno gosto de algo que ele finalmente conseguia fazer por si mesmo. Mas aquilo também fazia com que se sentisse patético. Detendor de tanto poder, Wilhelm não tinha livre arbítrio para coisas tão futeís como singulares peças de roupa. Perdido entre os repetitivos pensamentos sobre seu próprio desgosto com relação ao próprio império, logo chegou ao destino que queria, torcendo que a princesa francesa estivesse no recinto, logo atrás daquela porta. Limpou a mente que logo se ocupou com dúvidas irritantes. Como agir sem um script pré-feito? Como perguntar por algo sem que antes tivessem trocado não muito mais que algumas poucas palavras? Tentado, Wilhelm pensou em voltar, mas os pés pareciam presos ao chão, pesados demais para serem movidos sem qualquer reação a ação proposta por si mesmo. Respirando fundo -sim, fundo. Estava no ápice de um surpreendente nervorsimo- moveu-se ligeiramente para frente, batendo na porta de madeira maçiça com leves toques. Um, dois, três, quatro. Não houve resposta. Tentou novamente. Um, dois, três. Silêncio. Mesmo que tentado a recuar, o homem encostou-se na porta o suficiente para que pudesse se fazer ouvido, caso houvesse do outro lado. — Princesa? Digo, Vossa Alteza... Devine. — E depois? Como explicar que suas intenções iam além de um simples encontro para conhecimento de ambas as partes? Que desejava conversar sobre... algo que se relacionava de forma tão intríseca ao próprio ser? Claro, tudo isso sem parecer que estava maluco ou desesperado. — É o Imperador! — Esbravejou rapidamente mesmo que em sussurro. — Digo, é o Wilhelm. Temos um encontro! Digo, foi marcado um encontro. Agora. — Dito isso, afastou-se da porta com um único salto para trás. Os dedos das mãos enrolavam-se um com os outro, apreensivo. No pior dos cenários, teria conversado com a porta, e que por sorte, não mais ninguém havia protagonizado aquilo.
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E ele estava certo. Wilhelm precisava concordar. Porém, tudo havia surgido de forma excepcional, pegando-o de surpresa. Não havia planos, até onde estava sabendo, de enfiar-se na floresta, de precisar caçar um medalhão, e de se sujar com a pior das roupas para uma atividade do tipo. Ainda assim, seu orgulho cantava, e por hipótese alguma, poderia sair por baixo daquela pequena discussão. Inflando o peito ao inspirar o ar com certa força, o imperador semi-cerrou os olhos, adotando a típica expressão autoritária de governante. — Eu não sabia. — As palavras escaparam, não sendo sua primeira opção como resposta. Agora precisava sustentá-las. — Tive meus contratempos, fiquei preso a papéis e... — Não achava vergonhoso, mas não admitiria tão de cara que precisava do evento para apaziguar os nervos do próprio povo. Leia-se, um casamento. — Fui informado de última hora. Porém, ainda assim, a cor é o menor dos problemas. Na Alemanha, não nos importamos com isso. Praticamos caça ao ar livre com qualquer cor de vestimenta que desejarmos. Eu só não esperava receber uma rasteira. Achei que tudo isso fosse amigável... Certo?
❝Do tipo rancoroso então, majestade?❞ Indagou enquanto observava a garrafa sendo colocada na direção oposta, suspirando um tanto cansado. O imperador não lhe parecia ser do tipo de azul divertido ou do tipo que se divertia com o que os Russos tinham a oferecer. Observou o anil de cima a baixo, avaliando a roupa alheia com um olhar critico, especialmente ao chegar a calça. ❝Poderia ter feito uma escolha melhor, não é um modelo muito agradável aos olhos... E além do mais, quem veste branco pra se enfiar no meio do mato em uma caçada?❞
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Wilhelm sorriu, desviando a atenção para a sua frente. Fíguras dos santos espalhavam-se por toda a capela, lembrando-o de sua atividade sobre cada reino. Seus olhos pousaram, enfim, em Santa Elyne. Se estivesse só, tornaria a pedir respostas, explicações, ou em um ato desesperado, de duvidar de sua santidade, por tê-lo "deixado na mão" e dado-lhe algo que ele jamais havia requisitado. Porém, na presença da princesa, ele não possuía tempo para tais pensamentos. Ao menos, era positivo daquele jeito. Deixando o corpo mais relaxado pela primeira vez desde que havia chegado ali, Wilhelm encostou-se contra o banco de madeira, virando-se minimamente mais uma vez para observá-la. A mão direita foi ao rosto da mulher em um movimento carinhoso e rotineiro, algo que era repetítivel sempre que se encontravam, o leve raspar da ponta dos dedos contra a mandíbula, algo que acontecia com Kiranmayi, que pertencia apenas a ela. — Talvez isso. Talvez não. Estou me forçando, ao mesmo tempo que peço ajuda, para que me ajudem a enxergar um novo e provável futuro. Algo que… caía nos preceitos procurados por minha pessoa. — Tentou rir, mas o que deveria ser um riso, resumiu-se a um leve bufar de ar pelo nariz. Recolhendo a mão para próximo de si, ele voltou a admirar o horizonte arquitetado a sua frente.
Em outro lugar, poderia não estar se contendo tanto. De certo, viviam uma amizade peculiar. Ainda que confiança fosse algo que tivesse dificuldade de aplicar, Mayi fazia parte do grupo seleto e pequeno de amizades do imperador. Não sabia de tudo, mas sabia do suficiente. Conhecia o homem que conseguia rir, que contava histórias, que apreciava uma boa bebida, e no final de tudo isso, compartilhavam a cama e os lençóis em uma dança que só os dois podiam replicar. Aquilo já servia. Ela, como também os outros amigos, não precisavam conhecer o outro lado. O desesperado, frio, persimista e inflexível. Não. Aquele homem era subtraído quando estava em tão agradável presença. Aquele era o medroso, ou melhor, o imperador. Que para eles, apenas o Viktor bastasse, então. — Também estava orando por um bom dia. Alguns representantes de outras cortes vieram falar comigo ou deixaram cartas no lugar. Estou com pretendentes de vários títulos, desde princesas á baronesas. O título não é um problema. O real é… — Hesitou, sentindo o corpo esquentar. Ela não sabia da visão, ninguém sabia.
A imagem fabricada porém real que ecoava repetidas vezes por toda mente pertencia apenas a ele. Aquele martírio era exclusivo, e desde o primeiro dia, apenas com a excessão de algumas pessoas que precisavam saber daquilo, jamais havia contado para outra pessoa que fosse de fora do círculo da política. Pressionando os lábios um contra o outro, Wilhelm pensou em algo que pudesse contornar a situação. Mayi, como bem devia conhecê-la, questionaria, procuraria ao fundo o que ele sempre quase deixava escapar. Dessa vez não havia sido diferente, mas para manter o bom curso do dia, principalmente ao seu lado, não deixaria que nada daquilo fosse revelado. Pelo menos, não ali. Não agora. — …é a escolha. São muitas mulheres com particularidades, tanto pessoais, quanto políticas. Se acontecer, e eu disse se, preciso escolher com o cérebro e não no quesito estética ou… amor. — Era esquisito, mas não inevitável. Falar tal palavra em voz alta causava um tipo diferente de amargor na boca. Não havia nada contra o sentimento ou experiências que o haviam o tornando tão contra mas… havia a dúvida, o fardo, as questões, e além disso, a aceitação. Wilhelm, apesar da idade, tinha muitas questões consigo mesmo a serem esclarecidas. Envolver-se com alguém daquela forma, entregar-se de forma completa, até então, era impensável. Apegava-se a política. Se houvesse um casamento, haveria luxo, conforto e segurança. Aquilo? Bom, não era um requisito. Escolher a dedo alguém que tivesse os mesmos pensamentos seria vantajoso.
Em devaneio, mirou a outra mais uma vez, colocando-a em contexto am seus pensamentos. Pensou como seria estar casado com a Suryavanshi, em como poderia ser mais fácil, em como não precisaria se preocupar com mais nada além de estar feliz em uma relação que era favorável para ambos… até que tudo fosse estragado por si mesmo e seu medo. Apreensivo, o imperador balançou a cabeça em negação, pigarreando baixinho. — Como muito pouco acredite que você… — E os olhos foram dos olhos até… o busto exposto, bonito demais em sua concepção para passar por despercebido. Wilhelm voltou a pigarrear, porém, pela liberdade alimentada não desviou tão rapidamente sua atenção dali. — …deseje praticar seu lado religioso no momento, podemos ir para outro local. As pessoas estão ocupadas demais com o evento que está acontecendo. De certo, tenho tempo para aproveitar o dia até que comecem a me notar como um grande pedaço de bife pronto para ser traçado. — Levantando-se ligeiramente sem causar qualquer ruído, Wilhelm ofereceu a mão novamente. — Os jardins se parecem belíssimos particulamente hoje. O que acha de uma volta? Ou então, aceito sugestões. Mas a priori, evitemos lugares fechados. Meus assistentes acreditam piamente que preciso ser visto.
chega um momento que até as festas mais animadas se tornam entediantes –— e, convenhamos, que este brunch nunca chegou a ser exatamente divertido para mayi. interessante? claro. e também uma opção infinitamente melhor do que se perder por trilhas vivas e árvores fofoqueiras. mas mesmo assim, ainda há um erro fatal ali: as bebidas oferecidas são fracas demais para tornar tode aquele teatro diplomático sustentável.
ser apenas a quarta filha do marajá, em tese, deveria lhe garantir o luxo de poder desaparecer entre as demais participantes, de simplesmente assistir o desenrolar do espetáculo com um pacote de pipoca e, quem sabe, pequenas contribuições próprias para o seu caos. e talvez essa seja a realidade de alguma outra princesa ali, mas certamente não é a de kiranmayi. mesmo recém saída do que qualquer assessor de imagem chamaria de um pesadelo diplomático anil, sua presença está longe de repelir os borburinhos ou os círculos que se formam naturalmente ao seu redor. se a luz atrai insetos, o brilho dos suryavanshi atrai os mais variados tipos de nobres. e por mais que ela quisesse acreditar que isso se deve a sua personalidade cativante e ao cabelo impecavelmente hidratado, contudo, não é ingenua. sabe que o outro grande brilho que enche o olhar são os cofres de surakshya. alguns metidos a pretendentes sequer tentam disfarçar quando olham para ela como se fosse um cifrão com uma bela bunda.
e como boa crente hipócrita que é, mayi busca pela ajuda dos santos quando a situação aperta. dessa vez, não para pedir nada, mas para encontrar um pouco de paz –— do tipo que até o mais desesperado dos participantes precisa respeitar em um lugar sagrado. parecia um plano infalível... até alcançar a capela e encontrar o imperador alemão no meio de suas próprias preces. e, de repente, o que já era ótimo se torna perfeito.
a princesa solar se aproxima com passos lentos, naquele ritmo de predador que acaba de encontrar uma presa para brincar. um meio sorriso brilha no canto de seus lábios, e quando as íris acastanhadas recaem sobre o a mão que lhe é estendida –— para apertar! –— não há como conter a risada silenciosa que o amplia em seu rosto. surpreso, humorado, ligeiramente cínico. aquela que diz: você já passou noites enrolado em meus lençóis e agora quer apertar minha mão, como se fossemos meros conhecidos se encontrando na missa? ainda assim, mayi sendo mayi não hesita em envolver os dedos ao redor da palma larga. ❛ sempre tão direto. tão convencido, chellam. ❜ um riso acompanha a provocação, e seus olhos passeiam pela figura dele sem qualquer traço de reprovação. pelo contrário. ❛ normalmente, são traços terriveis em um homem. mas combinam você. ❜
ela se senta ao lado dele antes mesmo de receber o convite. este não passa de uma formalidade e essas sempre soaram terrivelmente tediosas para ela. até porque eles dois já ultrapassaram esse ponto. ❛ tsc. não sabia que também pensava tão pouco de mim. o que logo eu poderia fazer para ofendê-los? ❜ mayi arqueia as sobrancelhas numa falsa indignação impossível de se levar a sério. talvez pela pergunta escapar mais como insinuação –— um convite para a imaginação dele –—, talvez pelo fato de seu casaco estar fechado só até metade do caminho, deixando o decote farto em evidencia. talvez porque o riso irreverente jamais desaparece completamente da voz. ❛ mas então, pelo que estamos rezando, viktor? para que os santos o ajudem a encontrar o seu grande amor entre as solteiras elegíveis dessa edição? ❜ ela arqueia as sobrancelhas. ❛ se bem me lembro de suas opiniões, até são malek teria dificuldade com um pedido desses. ❜
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Uma corrente elétrica pareceu correr por todo corpo, fazendo-o ficar em alerta. Seus objetivos para aquele dia eram simples, ainda que difíceis. Conversar, sorrir, analisar. Encontrar possíveis pontos para uma suposta e única lista. Pensar em quais delas poderiam, enfim, carregar e dividir o fardo consigo- mesmo que isto durasse por pouco tempo, ele completava, admitindo em pensamento. Porém, ali, estático, Wilhelm não pensou na possibilidade de um reencontro com aquela que poderia ter sido sua esposa. O contrato de casamento, armado três anos antes, era satisfatório politicamente descrito. Duas nações se uniriam, as rebeliões hipoteticamente diminuíriam e ele, finalmente em paz, poderia reinar. Mas ainda assim, havia o perigo e a presumível morte que demorava a chegar. Que tipo de vida daria a alguém enquanto estivesse com medo? Flashs daquele ano correram pela mente e por alguns breves instantes, ele lembrou do desespero, quando em surto, rasgou o contrato de casamento, gritando com os conselheiros e com outros nobres que apoiavam a união. Lembrou-se também do choro entalado que nunca aconteceu e das lágrimas que nunca vieram. De sentir medo em sua forma mais primitiva. Da necessidade de correr sem um destino, fugindo de um mundo que não o satisfazia. Irenne era o retrato daquele episódio, que agora, considerava vergonhoso. Para remediar a situação, algumas flores e um cartão escrito com a própria caligrafia pedindo de forma simplória desculpas foram enviados uma semana depois. Wilhelm também lembrava em como se sentiu depois. Derrota. Derrotado por ter fraquejado e não ter seguido em frente, correndo contra daquilo que poderia ajudá-lo de alguma forma, deixando que a imagem da morte que mudava o lugar, a hora e sua forma, mas nunca a finalidade, ganhasse mais uma vez. Antes que voltasse a realidade, suspirou alto, deixando que os ombros se recolhessem um pouco para frente. As íris azuis focaram-se nos castanhos dela e na tentativa de tornar aquele encontro inesperado o mais agradável possível, ele acenou com a cabeça, sentando-se onde havia sido indicado, sorrindo minímamente de canto. — Irenne. — Disse baixinho, inclinando-um pouco para frente. — É agradável vê-la novamente. — Poderia começar pedindo desculpas mais uma vez como havia acabado com algo que parecia certo. Mas, hesitou. Pela primeira vez, deixaria que ela conduzisse aquela interação. Ainda era cedo. Não buscava, ainda, inflamar os humores de ninguém. Muito menos de alguém a quem acreditar dever muito. — Também não fazia ideia que precisaria estar aqui... Mas cá estou eu. Não é algo que se consegue evitar... mesmo em uma posição com a minha. — Tentou sorrir um pouco mais, criar um arco perfeito nos lábios, mostrar o que precisava fingir, mascarar a apreensão. Porém, Wilhelm falhou miseravelmente. — As flores... — Suspirou novamente. — Espero que tenham sido de sua preferência. Eu as entregaria pessoalmente mas... — A mandíbula travou, alertando-o de que não deveria continuar. Pelo menos, não por agora. — Espero que esteja bem...
this is a starter for @wlhelm !!
O salão de café da manhã da Althara era amplo e ridiculamente ornamentado, o tipo de lugar onde até o silêncio tinha eco, e os talheres pareciam julgar as conversas. Ela passava manteiga em um pão com, preguiçosamente, quando ouviu. Aquela voz. Baixa, educada, com o tipo de sotaque que não estava familiarizada, mas reconhecia. Seu corpo reagiu antes da mente. A coluna se retesou. O pão foi esquecido no prato. E quando ela ergueu os olhos, lá estava ele. Wilhelm. Ainda loiro, ainda perfeitamente alinhado, ainda com o mesmo ar de alguém que tinha sido criado para parecer confiável. Eles não se viam desde o fim do noivado. Três encontros formais, talvez quatro, algumas cartas. E, claro, o buquê de flores que chegara uma semana depois do fim, como uma tentativa polida de mitigar o embaraço. O gesto fora bonito. Irenne pousou a faca devagar no prato e ergueu a sobrancelha com surpresa elegante. ❛ Príncipe Wilhelm. ❜ A saudação saiu tranquila, educada, como se estivessem prestes a discutir comércio entre reinos. ❛ Não fazia ideia de que estaria presente nessa edição da Althara. É uma surpresa encontrar vossa alteza aqui. ❜ Uma vez que havia rompido com ela, a Köen acreditava que, ou ele tinha um amor, ou não estava pronto para casar-se. E encontrá-lo ali ia contra suas duas teorias, restando apenas acreditar no que temera por alguns meses: não era o suficiente para ele. Isso, contudo, não chegava a incomodá-la naquele momento. Fitou aqueles olhos azuis — que um dia ela tentara imaginar como os de seu marido, a pedido de seu pai. E finalmente gesticulou para que se sentasse. ❛ Recebi suas flores, na época. ❜ Não falava com ironia, mas sim com um toque de gratidão.
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com @amayitaon na capela. amém, irmã!
Com as mãos unidas, espalmadas uma na outra e de olhos fechados, Wilhelm fingia um costume que não era hábito. Seu lado mais religioso nunca fora algo praticável, inexistente. Sua crença era depositada nos homens, em suas ações e reações, ou como egoistamente classificava, em si mesmo. Porém, ali, o silêncio o convidada ao tempo de paz que só era atingida nos aposentos confortáveis em seu palácio em Berlim. E, pelos Santos, como sentia falta daqueles dias. Quando as preocupações eram resolvidas ou deixadas para depois, quando o conforto do seu quarto era o único remédio para sanar as "feridas" causadas durante todo um dia, onde podia ser ele mesmo- não Wilhelm, mas Viktor. Suspirando com pesar, curvou-se um pouco mais para frente, apoiando mãos e cabeça sobre o encosto do banco mais a frente. Era tarde demais para rogar uma prece? Santa Elyne poderia ouví-lo finalmente ou o ignoraria como em todas as outras vezes, quando clamou o seu nome, pedindo respostas para perguntas que não pareciam ter uma resolução. Ficaria um pouco mais, lutaria com os próprios demônios, seria fiel por mais puro desespero... até o cheiro adocicado e familiar tomar suas narinas, fazendo com que o corpo reagisse ao ímpeto de se mover, olhando rapidamente de relance para trás. Encontrar Kiranmayi em locais como aquele era novidade. Pelo menos para ele. Também estava ali pelas mesmas razões ou algo semelhante? Discretamente, virou-se para observá-la de forma apropriada, oferecendo um pequeno sorriso gentil, antes de estender a mão para cumprimentá-la- algo que também poderia ser considerado como algo novo, dada a natureza da amizade entre os dois. — Você. Por aqui. — Fingiu surpresa, quase em um múrmurio. — Veio pedir ajuda aos Santos ou está me perseguindo? Cogito em acreditar na segunda opção. — O sorriso nos lábios tornou-se maior, demonstrando uma leveza que antes não fazia parte da expressão em seu rosto. Mayi, de certo, era uma das poucas pessoas que conseguia provocar algo de diferente, longe da carranca habitual, no imperador. — Vamos, junte-se a mim em uma prece. Já estava quase terminando, a não ser que tenha algo melhor em mente. Claro, nada que vá insultar os Santos em sua sagrada casa.
#com kiranmayin da índia.#nem ele acredita em si mesmo quando chama pra orar#e n me pergunte de onde surgiu isso da capela SÓ FOI KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
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BRANDON SKLENAR 1923 ‧ Created by Taylor Sheridan
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com @sergeiyusupov entre as várias estantes da biblioteca.
O livro pendia de uma mão a outra, aberto em uma página qualquer sobre uma guerra qualquer. Antes, calmo e distraído, Wilhelm passeava pelos assuntos, focado em palavras, redescobrindo o que já sabia, apenas alimentando pensamentos e desviando-se de outros. Desde que havia chegado na ilha, a biblioteca era palco de paz, ou melhor, seu esconderijo mais infalível. Poucos pareciam se interessar pelos livros, e no silêncio absoluto, conseguia fugir dos objetivos principais que contra a sua própria vontade o mantinha preso ali. Entretanto, entre as várias estantes, acabou por encontrando alguém que possuía o dom de tirar-lhe do sério... de um jeito cômico. O príncipe russo destoava-se entre os irmãos. Era dócil, mais simpático. Mas possuía o ímpeto de enfrentá-lo em conversas também acaloradas, que na maioria das vezes, Wilhelm não levava a sério. Althara tinha suas excessões, e Sergei era uma dessas. — Você não vai mesmo me dar uma aula sobre algo que eu sei de có, não é mesmo? — Desviando a atenção novamente para as folhas, Wilhelm apontou para o título muito bem destacado na página, no entanto, preocupando-se apenas em prestar atenção nas palavras que mais chamavam sua atenção naquele quesito; "decadência", "Alemanha" e "império em declínio". Se o conhecia bem, o mais jovem citaria algo que ele já sabia e que já estava cansado de relembrar. Porém, algo em sua dicção era plausível de lhe arrancar a atenção. Não tinha nada melhor para aquele dia, então, porquê não participar de uma boa discussão? — Por favor, sentemos primeiro em algum local apropriado. Ainda é cinco centímetros mais alto, kind. Não posso ouví-lo falar apaixonadamente sobre política enquanto meu pescoço dói pelo esforço em observá-lo. Vamos, primeiro um canto confortável, e então, o seu sermão vem depois.
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com @mikhailosbutia em seus aposentos.
— Por favor, dentre todas as pessoas neste maldito lugar, recuso que você inicie algo do tipo em minha presença. — A ríspidez na voz não era proposital, apesar de dar o efeito necessário ao pensamento que tinha sobre aquele particular assunto: casamentos. Sair de seu conforto, das obrigações habituais, para realizar algo considerado como fútil, causava estranheza em Wilhelm. Além do fato das visões que lhe proporcionavam terrores mesmo acordado, precisar lidar com a ansiedade unida aquele assunto lhe causava nada mais que estresse. Não poderia simplesmente fazer o mesmo que o tio, que apesar de viver uma circunstância diferente que a sua, obrigou a outro, lê-se a si mesmo, ao pesado fardo da coroa? Sugerir a sucessão a outra pessoa, agora mais velho, não era de todo mal uma péssima ideia. — Sei que as condições em seu país não são favoráveis relacionado a esse assunto, e acho, que podemos propor um acordo. Pelo menos, eu posso e que convém muito bem ao seu desespero, que é contrário ao meu. — Deixando que o exaspero se esvaísse de suas palavras, o tom cômico foi adotado, e por alguns poucos segundos, o imperador alemão se permitiu a um sorriso quase infantil. — Que tal, se, mas somente se, eu repasse as pretendentes que sempre tenho em minha porta para você? Veja bem, não quero ser presunçoso, mas acho que uma delas teria mais sorte contigo do quê comigo. Você é um ex-presidiário, — Riu, quase forçado em certo tom de deboche. — Mas possuí um país em ordem e em pura prosperidade. Agora vejamos eu. Alemanha está um caos, sou um imperador de merda e provavelmente, se não em breve, estarei morto, de alguma forma. De um jeito ou de outro. — As últimas palavras escaparam tão facilmente como se fossem triviais. Talvez, por muito talvez, o conhaque que bebia acompanhado do familiar cigarro de tabaco estivesse começando a causar efeito. Ou então, havia conforto demais na presença do futuro rei ucraniano. Wilhelm precisava lembrar-se mais em como era tão fraco para bebidas àlcoolicas. — Temos um acordo? São moças respeitáveis, talentosas e muito bonitas. Dignas ao título de rainha. Na sua posição... eu não negaria.
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com @arsenicohumano nos jardins internos.
Wilhelm observava a própria silhueta na água límpida em estado de contemplação. Perguntas acumulavam-se na mente, buscando o caminho de saída, porém uma única dúvida escalonava-se dentre todas as outras dando-lhe quase o combustível necessário de proferir as palavras que acreditava serem as certas: quando morreria, se estava certo quanto as próprias visões, ou, se por ventura do destino, conseguiria impedir o fatídico momento que lhe arrancaria um último suspiro. Ainda assim, alimentado por toda aquela curiosidade, mantinha-se em silêncio. Ainda não tinha o necessário para matar aquilo que o tanto perturbava, também achava. Ainda não era o momento. Retornando aos poucos para a realidade que o rodeava, o alemão percebeu passos, e manteve-se imóvel até ter certeza, e reconhecer mínimamente, quem poderia sera a sua nova e recém chegada companhia. Um leve suspiro escapou por entre os lábios, ao notar de solaio, que a nova presença pouco lhe satisfazia. Arsen era definitivamente detestável, todavia, o imperador não proferia aquilo tão diretamente, escolhendo rodeios, enchendo-se de pomposos floreios para destilar o que sentia sobre outrem em suas breves mas acaloradas interações. Movendo-se minimamente para observá-lo por alguns poucos segundos, Wilhelm voltou a suspirar, mas desta vez, um pouco mais alto, exasperado, pronto para qualquer coisa que fosse dita pelo homem que em nada o agradava. — Boa tarde. — Tentou soar educado. Com o grão-duque, aquele simplório compartamento parecia ser ainda mais difícil de ser praticado. — Talvez seja uma ótima hora para que eu volte aos meus aposentos. Há papéis para serem assinados... Preciso responder... meus correspondentes. — Talvez, ela ainda estivesse um pouco abalado com os pensamentos prévios antes da repentina aparição do homem. Estranhamente, agia de forma desarmada, pouco atípica quando tratava-se de estar em situações semelhantes como aquela.
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Distraída, ou pelo menos, parecia estar. Wilhelm aproximou-se despreocupado, tentando não demonstrar suas reais intenções, sem precisar revelar a função designada a si, tão abruptamente. Não seria difícil fingir as aparências, ele concordava. Fazia isso todos os dias, a qualquer momento- era uma das grandes maravilhas que fazia tão perfeitamente bem como imperador. — Você deveria tentar novamente. Foi o que eu falei. — Um blefe? Talvez. Ainda precisava indentificá-la antes de precisar agir novamente. — Sabia que os arburstos não se parecem assim normalmente, não sabe? Parece que algo, ou melhor, alguém esteve se enfiando entre eles, tornando-os humanamente modificados demais para o gosto de qualquer um. — Talvez, mais uma vez, estivesse certo. A aparência ao redor lhe passava a ligeira impressão de que algo havia sido implantado, como um medalhão, por exemplo. Sua expressão tornou-se suave, e forçando-se parecer convidativo e mais gentil, deixou que um pequeno sorriso de canto crescesse em ambos os lados da boca. Precisava de uma pequena vitória, algo para preencher o orgulho e a mente. — Há folhas nos seus sapatos e um pequeno galho preso aos cabelos. Se eu fosse um caçador, entenderia o recado. — Devagar, transparecendo toda a calma que pudesse para aquele momento, Wilhelm se aproximou, erguendo uma mão, direcionando-a até os cabelos da mulher, por fim, puxando delicadamente o pequeno galhinho que havia indicado e que pendia entre alguns poucos fios de cabelo. — Liebling... você fez um péssimo trabalho.
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O medalhão havia sido camuflado muito porcamente entre alguns arbustos baixos, e Bahar utilizou o tempo restante auxiliando algumas outras pessoas, que igualmente haviam sorteado coração, a esconder os seus. Mentalmente, fazia uma lista de onde os pares mais vantajosos para Sarp escondiam, bolando alguma forma de dar instruções para ele. Depois do tempo para esconder os medalhões acabar, Bahar retornou para o local indicado. A inversão de papéis a desconcertava mais do que gostaria de admitir. Ela, que sempre estivera no controle da busca — pelas alianças certas, pelos acordos velados, pelas palavras exatas — agora era o prêmio. O alvo. O objeto da procura. Incomodava. Não por vaidade — essa ela sabia esconder com perfeição — mas por instinto. Estar no centro de uma caçada, mesmo simbólica, fazia seu corpo manter uma tensão sutil nos ombros, como se o traje de academia — composto por uma calça legging e uma camiseta mais longa — fosse uma armadura fina demais para protegê-la. Estava tão absorta nesses pensamentos que não percebeu a aproximação da figura até ouvir a voz ao seu lado. ❛ Me perdoe. ❜ Ela virou-se com um pequeno sobressalto, erguendo os olhos. ❛ Eu… me distraí. Pode repetir, por favor? ❜ O sorriso que ofereceu depois era educado, sereno. Mas o olhar — sempre tão atento — permanecia ligeiramente em alerta. Afinal, o jogo havia começado, e ela, por uma vez, era o prêmio. E em uma corte como aquela, não sabia o quão bem aquilo era visto.
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Não era ríspidez mas "extrema sinceridade". Wilhelm revirou os olhos, apontando as íris azuis até o rapaz ao lado, buscando no eco dos pensamentos, as palavras certas a serem ditas... até perceber que o mesmo, horas antes, havia surgido em seu caminho, e atrapalho boa parte do seu pequeno trabalho naquele dia ao desempenhar a função de caçador. — Eu poderia fazer isso muito bem com você, já que dificultou um pouco a minha vida. E posso. — As mãos alcançaram a garrafa de vidro com o mesmo líquido disposto no copo de outrem, trazendo-o para a direção contrária, colocando-se no caminho em seguida, caso o vermelho desejasse mais um pouco. Também não era uma birra. Orgulho ferido, talvez. — Cansou do que fazia antes? Ou resolveu parar quando me derrubou no chão e me fez sujar a minha maldita calça branca com lama?
Já havia atrapalhado uma boa parcela dos caçadores, então, tinha dado sua missão como cumprida. Por isso, resolveu ir discretamente até o jardim, andando pelos cantos para tentar roubar alguma coisa pra comer despercebido ou algo para beber ao menos, por que estava com a garganta seca. Contudo, foi quando colocou as mãos em uma taça que acabou sendo abordado por muse, automaticamente ergueu a mão livre como sinal de rendição. ❝Por favor, até onde eu sei não se nega água a ninguém, não concorda?❞
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Os pés giraram em direção a outra, colocando-se em movimento depois de tanto tempo escondido em uma sombra, longe dos ruídos, das pessoas, da atenção. Wilhelm aproximou-se lentamente, com o próprio isqueiro em mãos, enquanto nos lábios, deixava que o cigarro preparado por si mesmo com tabaco, pendesse dos lábios. — Não. — Disse despreocupadamente, forçando-se a uma breve risada logo depois. — Não uso nada que não tenha sido feito ou preparado por minhas próprias mãos, senhorita. — De cenho franzido, Wilhelm analisava a mulher, buscando reconhecê-la. Porém, sem sucesso. Um suspiro escapou pelos lábios, junto com a fumaça esbranquiçada que também deixava escapar após mais uma tragada. — Mas o que faz aqui sozinha e a essa hora? Não vejo ninguém ao seu redor, pelo menos, não próximos o suficiente para sufocá-la como poderiam estar fazendo comigo. — Os olhos rolaram, e em sinal de relaxamento, deixou que os ombros também caíssem. Quanto tempo mais para notarem, se já não haviam percebido, que não estava em destaque pronto para ser notado? — Me deixe adivinhar, então. — Semi-cerrando os olhos, Wilhelm fingiu interesse- como se a bela mulher a sua frente estivesse atraindo sua atenção. O que de um todo, não era mentira. — Não é herdeira. Segundo, terceiro, talvez quarto lugar na linha de sucessão? Ou se não, de alguma família menor, apesar do alto título de realeza. Está aqui para o quê? Casamentos? Bom, sabemos que é por isso. A elite é patriarcal e seu pai provavelmente almeja conexões e um bom status. Acertei?
Havia algum tempo que não tocava num cigarro; nunca fora grande adepta, afinal. Contudo, o dia a dia em Althara a forçava a buscar por meios de aliviar a a tensão — e por isso a princesa de Andorra não se lembrava do ultimo dia que não havia recorrido ao álcool, ou a nicotina. Os dedos trabalhavam em tentar fazer o isqueiro acender, o cigarro já aos lábios, quando percebeu que não estava sozinha no recinto — nunca estava. Sorriu sem humor para o outro, soltando a fumaça com um sopro delicado, e oferecendo um para x mais novx companheirx. “ Aceita?”
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De certo, não imaginaria presenciar algo do tipo. Pelo menos, não tão cedo. Wilhelm correu os olhos pelo local duas vezes, antes que pudesse deixar com que as palavras ganhassem som. Pigarreou, revirou os olhos, chutou algumas pedras que poderiam atrapalhar o seu caminho, caso desejasse seguir em frente. Mas, permaneceu quieto, quase estático, a face esbanjando limitado exaspero e um leve toque de chateação. Não, ele não gostaria de estar ali. Talvez, no quarto com os livros. Ou com alguma pretendente que sua corte julgasse própria ao título de futura imperatriz. Ali, a segunda opção não parecia uma má ideia. — Um momento. — Disse levantando um único dedo em direção ao homem, que aos poucos, o reconhecia graças aos poucos feixes de luz que permeavam a pernumbra do local onde estavam. Em outra situação, se não precisasse participar de algo do tipo, viraria as costas e deixaria que aquilo fosse resolvido por alguém que fosse se surpreender com a imagem. Não era novo, porém incomum. E de uma forma tão esquisita, ele se irritava com isso. — Primeiro, se não for muito incômodo, continue parado onde está. E use as mãos para cobrir... a frente. Continue assim. — Era desconfortável reconhecer a falta de roupas. No entanto, era ainda mais incômodo, e que provavelmente se arrependeria mais tarde, em deixá-lo daquela maneira. Aos poucos, Wilhelm retirou o casaco simplório de lã que havia desejado usar naquele dia, peça que destoava-se do padrão elite de todo o resto azul. — Vou me aproximar e esticar meu braço até você. Use-o para cobrir a cintura, e se for inteligente, Hakon, volte até seus aposentos mas não use a porta da frente. Ou faça isso, — A passos lentos, esticou-se minimamente até o homem, balançando a peça de roupa em sua direção. — Definitivamente, eu não me importo.
Como bom apoiador das tradições azuis, desde que se entendia por gente que Hakon acompanhava a Althara e, por conseguinte, a Caçada. Com o tempo, tinha chegado à conclusão que a forma lupina seria a melhor quando se tratava de encontrar objetos perdidos, considerando os sentidos aguçados próprios do lobo gigante. Podia ser considerado golpe baixo, mas assim o príncipe poderia identificar mais facilmente a quem pertenciam os medalhões. Acabava de se embrenhar por uma trilha para seguir um rastro quando ouviu um ruído às suas costas e, antes que deixasse os sentidos assumirem e atacasse alguém, voltou rápida e imprudentemente para a forma humana, praguejando ao constatar que estava bem distante de sua pilha de roupas. ' Eu meio que vou precisar de um favor... '
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Já era esperado que wilhelm viktor ludwig nikolaus von vessel viesse para a Ilha de Treatan, afinal, ele é imperador vindo do império alemão na alemanha. Não que seja elegante perguntar, mas sei que ele já conta com seus trinta e três anos, e não esconde a fama de inflexível, mas é sabido que seu lado meticuloso compensa. Se não tivesse sangue azul, eu diria que é um descendente direto de brandon sklenar, porque não poderiam ser mais idênticos!
sumário, ⠀⠀pin board ⠀/⠀wcs (em breve) ⠀.⠀
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