Tumgik
woodyswords · 2 years
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A ditadura da utilidade
Já faz um tempo que não escrevo aqui, ando tão ocupada. A vida não para um segundo, mesmo assim, parece não passar.
Consegui um tempo para fazer um curso, de que? Não é relevante no momento, a questão é que é um curso totalmente fora da minha área de formação. Comentei que ia começar o tal curso semana que vem. “Pra que esse curso?”, me perguntaram, “pra aprender”, eu respondi.
“Sim, mas pra que? Vai usar isso onde?”. Aparentemente, aprender não é uma finalidade aceitável. Mas não deveria ser? É tão difícil entender que eu quero estudar simples e puramente pelo prazer de aprender uma coisa nova?
Estava lendo um texto de Leminski, que leva o mesmo título deste texto, em que ele diz “A burguesia criou um universo onde todo gesto tem que ser útil”. 
Quando eu começo a ficar boa em algum hobby, logo me sugerem que transforme aquilo em negócio e tudo se torna maçante e tedioso. Não existe mais sentido em fazer algo só pelo prazer de fazer, tudo tem que ter uma finalidade, e uma finalidade produtiva, melhor ainda se for lucrativa também. 
Nos perguntam o que queremos ser quando crescer. O que e não quem. Se esquecem que já somos -- desde do momento que nascemos e até o fim das nossas vidas -- alguém. 
E nascemos para viver. Talvez uma óbvia constatação, mas que precisa ser reafirmada. Os animais vivem, bebem água quando sentem sede, comem quando sentem fome. Por que desviamos tanto desse caminho? Não estou dizendo para vivermos guiados pelos instintos e fazer o que der na telha, não, afinal somos “racionais”. Mas para onde essa racionalidade tem nos levado? 
Por que eu preciso me justificar por comer o que eu quero? Por fazer as coisas que me aproximam da minha humanidade? Por aprender uma coisa nova só pelo prazer de aprender? 
“Porque o capitalismo definiu que seria assim”, você pode me responder e eu vou concordar. 
Não quero perder de vista o sentido da vida, ainda que ela não faça muito sentido na maior parte do tempo. É tão fácil deixar nossas paixões se apagarem com as tantas demandas que nos impõem. Por isso não quero deixar de fazer as coisas que me fazem sentir viva, mesmo que elas não me acrescentem nada materialmente.
Viver é a finalidade da vida.
(07/04/2022)
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woodyswords · 4 years
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E eu continuo esperando você voltar, mesmo sabendo que isso é impossível já que você nunca esteve aqui
A
09/05/2020
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woodyswords · 4 years
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Ela dizia que não se arrependia dos erros, porque tinha aprendido com eles. Não tinha vergonha deles, na verdade, parecia que sentia tanto orgulho de seus erros que, sempre que podia, cometia eles de novo. 23/12/2019
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woodyswords · 5 years
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Não sou boa
Eu não sou uma boa pessoa. Quanto mais eu tento ser boa, mais eu percebo o quanto eu sou má. É muito fácil sentar no meu troninho, sem mexer uma palha, sem estar em contato com ninguém, e pensar “eu sou boa, não mato, não roubo, não traio”. 
Mas eu mato. Mato as pessoas dentro de mim, ignorando e sendo indiferente ao que o outro vive. Pode ser uma morte metafórica, mas na minha cabeça, já matei algumas pessoas de modo literal. Eu me mato um pouco todo dia, fazendo coisas que não são boas pra mim e que eu sei que não deveria fazer.
Eu roubo o tempo dos outros, colocando minhas necessidades à frente. Eu minto, eu traio, minto pra mim e para os outros, traio a confiança dos meus amigos quando machuco a parte que eles deixaram vulneráveis a mim. 
E eu nem comecei a falar das coisas que me levaram a começar a escrever. Eu julgo os outros, eu sou arrogante, me coloco acima sempre. Eu caio no mesmo erro, eu sou fraca, eu sou covarde, eu não tenho forças para pedir ajuda ou para admitir os meus erros. Estou presa nesse ciclo de erros e escolhas ruins, minha vida está uma zona e eu ainda me acho melhor do que os outros. 
Há tanto tempo eu digo que quero ser uma pessoa melhor, mas eu sou um saco de lixo. Não é nem questão de ser boa o suficiente, eu não sou boa. Eu estou tão ferida por dentro, que eu quero ferir outros também. Como ser melhor? Como ser bom? Como viver em paz? 
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woodyswords · 5 years
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"What's the point in them being happy now if they're going to be sad later? The answer is, of course, because they are going to be sad later."
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woodyswords · 5 years
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Mr Darcy, after helping Bingley propose to Jane: “I return to town tomorrow.”
Lizzie: “So soon?”
Mr Darcy:
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woodyswords · 5 years
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Favourite Characters ✦ Jason Mendoza (The Good Place) “The point is, you’re cool, dope, fresh, and smart-brained. I’ve never seen you dance, but I bet you’re good, ‘cause you’re good at everything. You’re awesome! Be nicer to yourself.”
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woodyswords · 5 years
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I could more easily forgive his vanity had he not wounded mine.
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woodyswords · 5 years
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fim
Ouvi essa música e me fez lembrar de você. Fazia tanto tempo que eu não me sentia assim. Meu coração está tão apertado que dói. O que aconteceu? Por que eu fico voltando naquele momento? Revisitando várias e várias vezes essa memória. 
Estou alimentando um sentimento que não é real. Eu sinto a sua falta, mas eu nem sequer te conheço. Apaixonada pela ilusão que criei de você. Me desculpa por criar tantas expectativas, mas é que o jeito que você me olhou... O jeito que você me enxergou... 
Andar na rua, durante o inverno, me faz lembrar você. Não por causa do frio afugentador, mas por causa daqueles raios de sol que aparecem pelo caminho e nos aquecem só um pouco. Foi isso que o seu olhar fez comigo. 
Deixa eu te amar? Em segredo, nos meus sonhos, eu já te amo. 
27/08/2019
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woodyswords · 5 years
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Just wanted to share all of these cuties together too!
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woodyswords · 5 years
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Vale a pena se apegar para depois sofrer com a despedida?
E foi então que apareceu a raposa. __ Bom dia - disse a raposa. __ Bom dia - respondeu educadamente o pequeno príncipe, que , olhando a sua volta, nada viu. __ Eu estou aqui - disse a voz, debaixo da macieira... __ Quem és tu? - perguntou o principezinho. __ Tu es bem bonita... __ Sou uma raposa - disse a raposa. __ Vem brincar comigo - propôs ele. __ Estou tão triste... __ Eu não posso brincar contigo - disse a raposa. __ Não me cativaram ainda. __ Ah! desculpa - disse o principezinho. Mas após refletir, acrescentou: __ O que quer dizer "cativar"? __ Tu não és daqui - disse a raposa. __ Que procuras? __ Procuro homens - disse o pequeno príncipe. __ Que quer dizer "cativar"? __ Os homens - disse a raposa - têm fuzis e caçam. É assustador! Criam galinhas também. É a única coisa que fazem de interessante. Tu procuras galinhas? __ Não - disse o príncipe. __ Eu procuro amigos. __ Que quer dizer "cativar"? __ É algo quase sempre esquecido - disse a raposa. __ Significa "criar laços"... __ Criar laços? __ Exatamente - disse a raposa. __ Tu não és nada para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E Não tenho necessidade de ti. E tu também não tem necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. Eu serei para ti única no mundo... __ Começo a compreender - disse o pequeno príncipe. __ Existe uma flor... eu creio que ela me cativou... __ É possível - disse a raposa. __ Vê-se tanta coisa na Terra... __ Oh! não foi na Terra - disse o principezinho. A raposa pareceu intrigada: __ Num outro planeta? __ Sim. __ Há caçadores nesse outro planeta? __ Não. __ Que bom! E galinhas? __ Também não __ Nada é perfeito - suspirou a raposa. Mas a raposa retornou a seu raciocínio. __ Minha vida é monótona. Eu caço as galinhas e os homens me caçam. Todas as galinhas se parecem e todos os homens também. E isso me incomoda um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra. Os teus me chamarão para fora da toca, como se fosse música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim não vale nada. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos dourados. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará com que eu me lembre de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo... A raposa calou-se e observou por muito tempo o príncipe: __ Por favor... cativa-me! -disse ela. __ Eu até gostaria -disse o principezinho -, mas não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer. __ A gente só conhece bem as coisas que cativou -disse a raposa. __ Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo já pronto nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me! __ O que é preciso fazer? -perguntou o pequeno príncipe. __ É preciso ser paciente -respondeu a raposa. __ Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. E te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, cada dia, te sentarás um pouco mais perto... No dia seguinte o príncipe voltou. __ Teria sido melhor se voltasses à mesma hora -disse a raposa. __ Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz! Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar meu coração... É preciso que haja um ritual. __ Que é um "ritual"? -perguntou o principezinho. __ É uma coisa muito esquecida também -disse a raposa. __ É o que faz com que um dia seja diferente dos outros dias; uma hora, das outras horas. Os meus caçadores, por exemplo, adoram um ritual. Dançam na quinta-feira com as moças da aldeia. A quinta-feira é então o dia maravilhoso! Vou passear até à vinha. Se os caçadores dançassem em qualquer dia, os dias seriam todos iguais, e eu nunca teria férias! Assim o pequeno príncipe cativou a raposa. Mas, quando chegou a hora da partida, a raposa disse: __ Ah! Eu vou chorar. __ A culpa é tua -disse o principezinho. __ Eu não queria te fazer mal; mas tu quiseste que eu te cativasse... __ Quis -disse a raposa. __ Mas tu vais chorar! -disse ele. __ Vou - disse a raposa. __ Então não terás ganho nada! __ Terei, sim - disse a raposa __ por causa da cor do trigo. Depois ela acrescentou: __ Vai rever as rosas. Assim, compreenderá que a tua é a única no mundo. Tu voltarás para me dizer adeus, e eu te presentearei com um segredo. 
 O pequeno príncipe foi rever as rosas: (...)
E voltou, então, à raposa: __ Adeus... -disse ele. __ Adeus -disse a raposa. __ Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos. __ O essencial é invisível aos olhos -repetiu o principezinho, para não esquecer. __ Foi o tempo que perdeste com tua rosa que a fez tão importante. __ Foi o tempo que eu perdi com a minha rosa... -repetiu ele, para não esquecer. __ Os homens esqueceram essa verdade -disse ainda a raposa. __ Mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Tu és responsável pela tua rosa... __ Eu sou responsável pela minha rosa... -repetiu o principezinho, para não esquecer.
03/08/2019
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woodyswords · 5 years
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Mais uma noite chega
Sentia falta de ser tocada. De ter alguém passando os dedos pelo meu cabelo, me dizendo o quanto eu estou bonita. Mas eu não estou apaixonada, nem obcecada, nem carente (bem, talvez um pouco carente). Eu queria que ele não fosse embora, que ficasse um pouco mais, porque eu não me sentia mais sozinha quando ele estava por perto. Não me sentia com medo do mundo. E nesses poucos instantes, eu me sentia feliz. Ele me faz feliz.
Eu sempre achei que a gente não deveria procurar a felicidade em outra pessoa, que a gente deveria ser suficiente. Esses dias com ele me fizeram pensar que, na verdade, a solidão pode te trazer a maturidade e a independência, mas isso não é felicidade.
As lágrimas nos olhos dele, quando a gente se despedia, eram de alegria pelo laço que nós criamos.
“As pessoas vão embora”, é o que sempre digo a mim mesma, na tentativa de me convencer a não me apegar a ninguém, a não baixar a guarda. As pessoas vão embora, ele foi embora, e agora estou triste.
O quarto está vazio, e não tem ninguém na cadeira em que ele costumava sentar. Estou sozinha de novo, e o som das risadas se tornaram silêncio.
Eu entendi a pergunta fundamental da vida: Sim, as pessoas vão embora, mas a tristeza da partida é maior do que a felicidade do momento que foi vivido?
Só consigo pensar que quanto maior a felicidade, maior será a tristeza. Isso vale a pena?
27/07/2019
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woodyswords · 5 years
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FIRST KISS: We asked twenty strangers to kiss for the first time…
“What’s your name again?”
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woodyswords · 5 years
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Me leva pra casa
Eu acordo e sinto meu corpo flutuando pelo teto do quarto. Vejo a mim mesma, deitada na cama com um elefante sentado em cima de mim. Não literalmente, é óbvio! Mas a inércia que me prende nessa cama é tão grande que bem que poderia ser mesmo um elefante em cima de mim. “Não quero sair da cama”.
Lutar contra mim mesma e vencer é incrível! Levantar, arrumar a cama, lavar o cabelo. Pequenas vitórias diárias. Mas estou tão anestesiada que não consigo sentir o sabor delas.
Eu vejo minhas pernas se movendo, mas não consigo sentir. Parece que estou no piloto automático e sigo andando pra lugar nenhum. A vida não tem sabor. É uma melancolia que não passa. Não quero ficar sozinha, não quero morrer, mas nada aqui me satisfaz. Eu quero ir pra casa.
02/07/2019
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woodyswords · 5 years
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Conhece-te a ti mesmo
Me olhei no espelho e me perguntei “do que você tem medo?”. As respostas foram mais assustadoras do que eu pensava.
Eu tenho medo de ser violentada. E, cada dia que saio de casa, tenho que enfrentar esse medo. A cada cantada que algum idiota me passa na rua, a cada olhada nojenta que recebo, meu sangue ferve mas meu espírito congela, sinto vontade de lutar, sinto vontade de me esconder. Mas pra onde eu fugiria? Eu não posso me isolar em casa por causa disso. 
Eu tenho medo de perder as pessoas que eu amo. Talvez, esse seja o principal motivo para eu não me apegar a nada e ninguém. Tenho tantas barreiras dentro de mim que me impedem de amar por medo de perder. Claro que tenho aqueles que venceram a barreira, mas não consigo deixar mais ninguém chegar perto. 
Tenho medo do escuro. Um escuro absoluto, como quando eu fiquei sem enxergar, sem nenhum feixe de luz. Isso me apavora. Aquele escuro que quando você abre os olhos e parece que eles ainda estão fechados. 
Ultimamente, tenho tido medo da vida. Medo de viver. Eu fico pensando que a vida é como um jogo, a cada nível a dificuldade aumenta. Eu queria não pensar assim, porque aí não teria medo do futuro. As vezes, esse medo me consome, e eu não tenho coragem de levantar da cama. Eu preciso entender que eu não posso controlar tudo, que as coisas acontecem como elas têm que acontecer. Eu sinto que eu amadureci depois do sofrimento que eu passei, mas todos os meus medos só aumentaram. Eu olho pra vida, e ela não faz sentido. 
Essa semana eu estava assistindo Castelo Ra Tim Bum, e a Morgana disse que a gente sente medo do que não entende. Ela tinha medo de ficar sozinha, medo dos raios, medo do escuro. Mas agora ela entende que ela pode chamar alguém quando se sentir sozinha, entende que a chuva é importante para a vida e entende que o escuro é importante para gente dormir.
Por que eu falei isso? Porque a jornada para o autoconhecimento é o que faz a gente entender nossos medos. Por que eles existem? Pra que ele servem? Conhecer a si mesmo é conhecer os seus medos, saber quais são suas armas pra vencê-los e saber os seus limites.
Talvez a gente precise lutar com eles diariamente, talvez a gente só precise aprender a conviver com eles. Mas nós não podemos nos render. 
30/05/2019
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woodyswords · 5 years
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Eu tentando convencer meus amigos a ouvirem kpop
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woodyswords · 5 years
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