Text
Certeza?

Vivenciamos em nosso cotidiano situações do tipo "certeza absoluta". Temos certeza absoluta que jamais agiríamos daquela maneira ou, muito pelo contrário, concordamos absolutamente que a bunda da Paolla é perfeita. Se repassamos alguma informação a outros, principalmente mas não exclusivamente por meio das redes sociais, a reação mais uma vez virá carregada de "de-jeito-nenhum-!" ou "ai-qui-linduuuu!!!<3". Ou seja, o ser humano jamais será imparcial, concordam? Todos sempre teremos pontos de vista absolutos a respeito de qualquer assunto e as divergências sempre virão por esse caminho.
O preconceito também é uma forma de absolutismo da opinião. Por exemplo o dia que estava batendo papo em meu Café e disse a um roqueiro que não admito que funk carioca seja chamado de música. Ele, por outro lado, diz que devemos encarar o funk como um fenômeno social, a voz de quem não tem voz, com o rock foi a mesma coisa (mentira) e todo aquele papo de quem nunca pisou em uma favela. Por esse lado (o sociológico) posso até concordar, mas o não gostar de funk não quer dizer que eu seja "funkfóbico" (sim, ele disse que sou), da mesma maneira que não ter tesão por mulher gorda seja gordofobia ou não querer transar com um cara me faça homofóbico. Nesse ponto entra o povo politicamente correto, que taxa qualquer atitude que seja contrária ao que eles pensam como uma certeza absoluta, como uma "fobia". Me poupem, camaradas, mas para quem viveu os anos 80 como eu, pode ter certeza de que bem pouca coisa neste mundo - além das pessoas que nele vivem - é errado...
Para vocês terem uma ideia de quanto a certeza absoluta é um caso de despreparo intelectual, até mesmo os casos de corrupção na Petrobrás, aquela empresa que já foi imensa e hoje está a beira de voltar ao fundo do quintal -, é motivo de palpites absolutamente absolutos sem dúvida nenhuma. Não? Pois siga o raciocínio, improvável leitor:
A multidão foi às ruas ano passado e o mote "Vinte Centavos" descambou para o "Não é pelos R$ 0,20", lembram? Ok, o MPL começou o negócio que fugiu de seu controle, o que fez com que se manifestassem contrários ao movimento de passeatas que só aumentava dia a dia. Eles, do MPL, queriam/querem/quererão sempre a mesma coisa e sua posição é absoluta: desejam passei-livre que seria bancado por nós, contribuintes, algo que sou absolutamente contra :) . Como disse minha esposa na ocasião, passe-livre é coisa para Centro Espírita... Pois bem, muita gente nas ruas das maiores cidades brasileiras, o gigante acordou, espreguiçou, virou de ladinho e tornou aos braços de Morfeu. Hoje vejo muita gente indignada com isso, porque agora, com tantos bilhões desviados pela corrupção, todos deveríamos estar nas ruas.
Bilhões é a palavra chave. Ninguém sabe de onde é, como se procria e nem o Globo Repórter fez um especial explicando sobre ele. Quem é esse bilhão, que falam tanto na TV mas que ninguém conhece? Eu nunca vi um bilhão na minha frente e se esbarrasse com ele na calçada, provavelmente não o reconheceria. Agora, se fossem R$ 0,20 qualquer trabalhador se abaixaria para pegar as moedinhas na sarjeta, porque essas moedas fazem parte de nossa realidade e da realidade de nosso bolso. Não adianta ter certeza absoluta de que o povo brasileiro é acomodado e sim pensar que ele é deseducado (propositalmente, talvez) por gente que tem um projeto de perpetuaç��o de poder.
Deveríamos estar todos nas ruas? Eu acredito que sim, mas com foco, algo que faltou ano passado. Deveríamos todos marchar sobre Brasília e destituir esses escrotos que acreditam que temos que bancar suas vidinhas nababescas. Deveríamos revolucionar sim, mas aí te pergunto: Você tem certeza absoluta de que um povo que há anos sofre a lavagem cerebral, a ilusão de que político é um semi-deus e não um funcionário público, saberia focar na reconstrução do Brasil? Ia virar baderna e a reconstrução só sairia mesmo daqui uns 40 anos, no mínimo.
Alguma coisa tem que mudar e isso passa pelo hábito de conversar (conquistar, militar, praticar voodoo, não importa o nome que se dê) com todos que estiverem ao alcance sobre teus pontos de vista, tuas certezas absolutas sobre novos rumos. Fazer entender que um bilhão é formado de cinco bilhões de R$ 0,20 e que, com absoluta certeza, nós mais uma vez pagaremos a conta dessa gente sem um pingo de vergonha na cara que, não esqueça, receberam votos para estarem lá e que nas próximas eleições deveriam sair dali dos postos que ocupam diretamente para a cadeia.
1 note
·
View note
Text
O medo manda

Barbárie. Atraso. Loucura. Medieval.
As palavras acima são algumas que tenho lido com frequência nas redes sociais desde o ato terrorista contra a Charlie, lá na Cidade Luz. Somando ainda aos acontecimentos na Nigéria, a execução do traficante na Indonésia e hoje a morte do procurador que acusa La Kichner de corrupção, os ânimos que já não eram lá muito dóceis acabam por aquecer ainda mais, pois não sei se você improvável leitor sabe, mas existe quem defenda terroristas disfarçados de fundamentalistas e outros tipos desumanos que habitam esta nossa podre sociedade.
Pensei primeiro que fossem casos isolados de histeria, depois acreditei até que fosse ideologia mas, em meio a tantas "ias", o que sobra mesmo é que as pessoas tem sofrido do mais puro e cruel medo.
O medo move montanhas e é, desde o primórdio de nossa civilização, a chave para grandes feitos. É por causa do medo que aclamamos heróis pessoas que sejam imunes a ele. É pelo medo que psiquiatras e psicólogos tem a agenda cheia...
Quando você olha as coisas pelo prisma do medo, entende os fatos recentes de uma maneira bem diferente. Vi alguns socialistas-morenos dizendo que "A Europa está sendo atacada por conta de sua xenofobia, a opressão aos povos desde a Idade Média". Ora, menino utópico, essa é umas das coisas mais descabidas que se pode dizer, porque a Europa se fecha pelo medo de ver sua população nativa como alvo de terroristas (que gentes como esse vermelhinho chamam de radicais religiosos). A Europa, por fazer parte da aliança encabeçada pelos Estados Unidos e que não quer o terrorismo islâmico como modo de vida, teme ataques. Vi também o uso da Igreja Católica como referência à violência, porque cristãos são assim também, mas aí é outro tipo de medo, o pavor em usar o cérebro causa esse tipo de ideia que tem fundo nas cartilhas comunistas do séc. XIX..
Thomas More escreveu, em sua "Utopia":
"...a pobreza do povo é a defesa da Monarquia(...). A indigência e a miséria eliminam toda coragem, embrutecem as almas, acomodando-as ao sofrimento e à escravidão e as oprimem a ponto de tirar-lhes toda a energia para sacudir o jugo".
Em 1510, Symphorien Champier, médico e humanista, aos fidalgos:
"O senhor deve tirar prazer e delícia das coisas em que seus homens dispendem sofrimento e trabalho. Seu papel é o de manter a terra, pois pelo pavor que os homens do povo tem dos cavaleiros eles trabalham e cultivam as terras por pavor e medo de serem destruídos".
A mola mestra, o ponto chave é o medo. Aliadas a outras ferramentas de controle social, como a religião e o paternalismo, o povo mantêm-se de cabeça baixa e não guerreira, porque não sabe fazê-lo. Vivemos situação aqui em nosso país. O medo de perder benefícios sociais, o medo de mudança, o medo de enfrentar o poder constituído por temer um futuro incerto (como se fosse tão difícil de imaginar) é o que tem mantido o partido atual no poder.
Você pode chamar o medo de fobia, cagaço, pânico, histeria, temor (mesmo que nem todas palavras sejam sinônimas), mas não pode se deixar dominar, nem que seja a base de Prozac. Vivemos com medo de perder o emprego, de broxar, perder quem gostamos, que nosso desafeto vença, que amanhã não exista. Pode parecer estranho, mas desde que me entendo por gente acredito que herói mesmo é quem mostre que é capaz, mesmo quando ninguém acredita. É quem erra sem medo, pensa sem restrição, educa-se para conquistar.
Ou você é daqueles que acredita que o traficante executado era mais um herói, só porque a sua presidente da república pediu clemência por sua vida?
Políticos tem pavor de perder suas benesses, o povo tem medo de perder migalhas enquanto alguns poucos cães ladram até ficarem roucos. Mesmo que a caravana tenha passado, presente e futuro definidos, ainda é melhor ter pouca voz que nenhuma.
1 note
·
View note
Text
O Brasil é mitologia pura, xará

Se vocês já leram algo de Mitologia, perceberão que várias situações narradas pelos antigos tem um lado educativo na porrada. Ofendeu algum deus? Fica cego. Enganou outra divindade? Recebe punição eterna no Hades, o Inferno. Uma deusa te curtiu? Sexo, sexo, sexo e danação vingativa pós-coito. Ou seja, ninguém fica impune tanto às benesses quanto a punição divina. Existia aquele lance ação/reação.
Os deuses do Panteão grego-romano tinham sentimentos tão humanos quanto das gentes normais que caminharam sob o sol de Atenas. Eram carinhosos com uns, procriavam com outros, se vingavam, raptavam e tinham rompantes de emoções que os faziam parecer político brasileiro em época eleitoral.
Veja por exemplo o caso de Ártemis, a deusa da caça: a irmã de Apolo recebeu um oráculo dizendo que se um dia se entregasse a um homem, acabou o sossego, minha filha. A beleza foi para o mato, não casou e deve ser a primeira representante do mundo feminista e/ou GLS de que se tem notícia.
Era costume que cidades fossem erguidas em honra a algum deus. Atenas de hoje é originaria de Pallas Atenae, a deusa guerreira que nasceu da cabeça de Zeus. Atenas, não tanto quanto Esparta mas também guerreira, segue em frente tentando vencer suas dificuldades atemporais.
Depois de anos de estudo deste instituto de pesquisa de um homem só,acredito que o Brasil possa ser representado por uma personagem mitológica que não é deus, mas continua fazendo seus trabalhinhos, se formos aceitar que a eternidade é, oras, eterna!
O Brasil é Sísifo. Metido a feliz e cheio de ginga, esse camarada enganou a Morte, Hades (o deus do Inferno) e até mesmo Marte, que jogava xadrez com as batalhas humanas. Era o tipo sacana que acreditava piamente ser mais esperto que todos, sempre dando um jeitinho tortuoso para garantir vantagem. De tanto que aprontou, foi condenado a rolar uma gigantesca pedra morro acima que, ao chegar perto do topo, por forças invisíveis rola ladeira abaixo, dando início a uma nova sequência de empurra-rola-estraga a unha-�� meu saco!
O Brasil sempre quer dar jeitinhos, interna e externamente. Para nós, que vivemos sob a "proteção" desgraçada de Sísifo, é um eterno começar e recomeçar o mesmo trabalho sem chegar a lugar algum. Tivemos picos de orgulho nacional, como quando o Brasil foi um dos líderes do reconhecimento de Israel como Estado. Ou quando nossos pracinhas se mandaram para Monte Castelo. Ou quando... O que mais mesmo? No decorrer de nossa luta empurrando a pedra morro acima, somos hoje considerados anões diplomáticos, onde as posições levadas adiante são motivo de vergonha a quem tem um mínimo de bom-senso. Nos alinhamos a Perséfone, tentando fugir de Hades e depois, não tendo jeito, abraçamos o capeta do socialismo-moreno-bocó. Acreditamos que a semântica salva, transformando assassinos em líderes exemplares, terroristas em fundamentalistas, traficantes em heróis.
Eu pessoalmente ando meio de saco cheio de ser piada mal contada por palhaços que não escolhi. Se eu pudesse, faria Baco rei do Brasil e instituiria as orgias como modus operandi de fato, já que o que tem acontecido na real é que você sempre leva uma fungada no cangote dos nossos "representantes do povo", mas como naquela piada antiga, "ainda não comi ninguém".
Vou lá rolar minha pedrinha-tragicômica e se algum raio me atingir depois da publicação deste texto, a culpa é do FHC.
1 note
·
View note
Photo






Mystery book sculptor answers questions
[via bbc.com]
An anonymous artist has been leaving delicate paper sculptures made from old books at locations in Edinburgh and around Scotland for more than three years.
The identity of the woman has remained secret despite the international attention that the book sculptures have received.
BBC Scotland’s arts correspondent Pauline McLean conducted an interview with her - via email to maintain her anonymity.
Read the full article.
18 notes
·
View notes
Text
Um dia exquizito

Sei não, mas o dia de hoje tem sido meio estranho, sabe como é? Um algo assim como pizza de gorgonzola com chocolate, ou senador com a cueca sobre as calças, imitando o super-homem... Realmente não sei dizer. Mas que este dia não está normal, isso é que não está! Uma sensação Matrix.
Moramos em um país onde se plantando dá, como já dizia o Pero, aquele Caminha que veio navegando a bordo das naus do Pedro. Uma terra abençoada por Deus, conforme o filósofo Jorge Ben. Um país que provoca o riso por não ser sério, como constatou Charles De Gaulle. E mesmo assim, parece que as voltas que a vida dá sempre terminam no mesmo poço sem fundo da má vontade política ou da hipocrisia ideológica.
Claro que nada mais deveria nos espantar. Temos um serviço de inteligência que não acha nem ficha de estuprador, mas que noticia que está "monitorando" terroristas em solo nacional. Um Ministro que diz que Museu não tem nada a ver com educação, tanto que o Museu Nacional fechará as portas por falta de verba. Temos também uma presidente que manda bem no slogan "Pátria Educadora" e corta verbas da Educação - se bem que pela qualidade dos alunos que conseguiram zerar no ENEM deste ano, tanto faz o tamanho da fatia do bolo, porque provou-se que o ensino anda inspirado naquele fenômeno que acredita que leitura é maçante. "Eu sou vocês amanhã!" - dirá ele aos semi-alfabetizados alunos, complementando com aquele auto-elogio maçante: "Presidente, rico, reconhecido?". Não, não amigo... não é bem por aí, desculpa.
A Educação vai mal e forma pior. A leitura de um jornal por exemplo, atem-se à manchete e ao último parágrafo. Depois basta ir para as redes sociais reclamar ou elogiar o artigo, que outros leitores de talvez um parágrafo a mais ou a menos se unirão ao coro do "que lindo" / "que fascista".
E não pensem que esse tipo de coisa afeta somente a colunistas da Globo, como ocorreu com o texto da Silvia Pilz (texto divertido por sinal), mas até mesmo com o Papa Chico! Ele acredita que a liberdade é um direito: "Temos a obrigação de falar abertamente, de ter esta liberdade, mas sem ofender". Foi o coitado do Hermano dizer essa frase também foi tachado de hipócrita, duas caras, etc. Típico comentário de rede social de quem leu somente os reclames e que diz que É Charlie, mas não É Sílvia nem Francisco. O famoso politicamente correto seletivo com o tico e o teco em curto.
Talvez eu esteja errado em achar que haja algo de podre no reino da Dinamarca nesta data nada festiva. Daqui a pouco vou tomar banho e acabo notando que a cueca estava vestida ao avesso e era ISSO que estava me incomodando. Ou eu acordo deste pesadelo, pois na realidade acabei cochilando na aula de Educação Moral e Cívica e a dona Dinah está mais uma vez distribuindo reguadas na cabeça, nos fazendo - a nós, pobres e humilhados alunos! - repetir coisas abstratas como civismo, moral, direito e respeito. Desculpa, eu sei que muitos de vocês nunca ouviram falar nisso, mas basta googlar que algo você deve encontrar, mesmo que não faça lá muito sentido
0 notes
Text
Paz para quem?
Este é um daqueles textos que eu jamais deveria escrever, porque não sou de dar pitaco em assunto que seja fora de meu pequeno rol de conhecimento, tipo aborto, ejaculação precoce e outros que tais.
Porém, de vez em quando baixa um santo aqui e, ou escrevo, ou piro. Então será algo ao estilo "perguntei porque não sei, responda se puder", certo?
Desde uns tempos para cá, existe uma onda crescente de medo com relação ao Islã. Aqui no Brasil nem tanto, porquê se nós não respeitamos nem a nós mesmos, imagina aos outros. Nossas brincadeiras e desentendidos acabam caindo no vazio da babaquice, e até o Islão meio que não presta atenção no que a gente diz. Por outro lado, no resto do mundo a coisa está feia. Mas há motivo para isso? (1ª pergunta)
O Islã é, dentre todas as grandes religiões atuais, que trata o povo como nós e eles. Eles, os abençoados de Allah contra nós, os infiéis que tem a pachorra de achar que Buda, Yaveh, Jesus Cristo, Confúncio, Gandhi, Madre Teresa ou mesmo o Tio Patinhas tenham mais importância que Allah ou Maomé. E olha que nós temos até até marchinha de carnaval sobre... E porque (2ª pergunta) tenho eu que deixar de levar a vida que eu levo porque um aiatolá doidão acha que esse é o certo? É a única religião que quer que seu modo de vida seja padrão universal, acreditando que nós, infiéis não sabemos tomar conta de nós mesmos. É a única religião onde mulher é propriedade, mesmo que mascarada por trás da burca de outros adjetivos. Porque tenho que mudar, se meus conceitos de certo e errado são completamente diferentes?(3ª pergunta)
É muito fácil, após cada novo ataque dos tais "fundamentalistas" (eufemismo para terrorista) ir para as redes de TV dizer que a religião é de paz e que os culpados por mais esse ato de vandalismo não representam a docilidade do islamismo. Pois é, mas então porque será (4ª pergunta) que NUNCA se viu uma passeata pacifista em território islâmico?
Desta vez, com o ataque à Charlie Hebdo (uma péssima revista, por sinal) até o Hezbollah e o Hamas foram para rádios e TV´s dizer que nao tinham nada a ver com isso e que reprovavam tal ato, praticado por QUATRO "fundamentalistas", em represália à charges da porcaria de revista. Muito chororô, tantas pessoas mortas, mas alguém ajudou a procurar de onde vieram, entender como planejaram, apontaram de onde receberam armamento? (5ª pergunta).
No dia seguinte, 2000 mortos na Nigéria e o mundo não se comoveu. Nem nós, infiéis, nem eles, os ungidos. Estão usando crianças bomba por lá!!! Não seria caso da ONU, por exemplo, ir até lá e arrebentar com tudo de uma vez? Não era o caso dos líderes islâmicos, tão pacifistas, darem um ponto final naquela situação ISLÂMICA e caótica? (6ª e 7ª perguntas).
Não sou dos iludidos que acreditem na infinita bondade humana, mas acredito que ter um Deus é importante para balizar as ações negativas do bicho homem. O que parece estar acontecendo é que a religião, lá pelos lados do Oriente (e como historicamente ocorreu várias vezes no Ocidente), tem-se tornado aquela ferramenta óbvia para a manutenção de poder. Enquanto levam vidas nababescas nos altos cargos, a militância idiotizada mas com fé mata, explode, ataca com balas as mais simples palavras.
Está difícil ser coerente e manter o bom-senso. Digam, por favor, que estou errado.
Fico imaginando se o caldo azeda para o nosso lado também. Já temos nas costas a marca fantástica de 60.000 mortes violentas ao ano, sem que o poder público dê conta de solucionar nem mesmo 1% dos casos. Morte no Brasil virou uma quase mesmice, uma repetição diária da desgraça humana. Nem dá mais manchete...
Se a Fé (e todo fardo social que é imposta pela "religião completa" ) tiver que ser provada por estas bandas de Bananarama, o caos se instalará? (8ª pergunta). Porque terrorismo até onde a gente sabe ainda não temos, mas já somos campeões em ignorar a violência e as necessidades dos mais fracos.
Se algo nesse sentido ocorrer, não teremos nem para quem gritar.
4 notes
·
View notes
Text
A bem da mentira

Mentir é algo inerente a nossa condição de filhos de Adão e Eva. Pode ser bebida como vinho forte e encorpado ou vomitado como leite azedo, mas jamais deixará de ter lugar sob este céu azul que vejo da janela, enquanto escrevo este textinho.
Segundo os cálculos dos expertos sobre esses assunto, todos nós - sem diferenciar sexo, idade, religião ou time de futebol - mentimos ao menos 5 vezes por dia. Outros pesquisadores já admitem algo pior: mentimos a cada 10 minutos de conversa. Ainda não se descobriu quais pesquisadores mentem sobre suas pesquisas.
Vai daí que dizer "Eu nunca minto" já é uma mentira em si, mas das inocentes. "Furou o pneu", "fui levar minha avó na musculação", "acabou a energia e fiquei trancado no elevador" são outros casos da mentirinha verde, daquelas que não formam cacho nem fruto. Ninguém acredita realmente nelas, mas todos fazemos de conta que, pois usar esse tipo de argumento equivale a dizer "fiz besteira, me desculpa, mas tenho vergonha de dizer a verdade verdadeira".
Existem mentiras complexas e que continuam sendo inocentes e que usamos para mascarar uma falta mais grave ou uma vidinha sem graça. Como quando conto para todo mundo que cheguei ao pé do Everest de carona, mas o tempo me proibiu de colocar a bandeira brasileira lá no topo. Na verdade naquele dia eu estava me banhando no Ganges em meio de milhares de outros peregrinos (além dos coliformes fecais), mas não espalha porque fico constrangido.
E as mentiras que você não quer acreditar? Do tipo um vizinho que ganhou na megasena e que você sempre tratou como escroto? De repente ele some, a turma do condomínio espalha o boato e você SABE que na realidade ele é traficante e esse dinheiro todo vem das drogas. O sumiço? Deve ter sido preso. Essa já é mentira que floresce, vira fruta madura na beira da estrada, cai podre, espalha sementes e prolifera a espécie. Um conto, um ponto.
Aí chegamos ao desastre: a mentira que se perpetua como "inverdade", "verdade oculta", "mal necessário". Do tipo que se pratica de maneira contumaz durante as eleições e que levam milhares de pessoas ao desespero puro, pois mesmos quando questionados, mitômanos autômatos repetem a mesma versão delineada em bastidores políticos e em diretórios partidários. Espalhadas ao vento como verdades inquestionáveis, você chega ao ridículo de concordar com pessoas que até pouco tempo você considerava honestas. E nessa hora vem aquela sensação única do corno consciente da traição, mas sem forças para tomar uma atitude.
Por essas e outras, caros amigos, que prefiro ficar deitado nestas areias brancas do Taiti, tomando meu coquetel com guarda-chuvinha colorido e sendo massageado por minha esposa que, por sinal, está mentindo na outra rede social que estamos na Suíça, esquiando.
0 notes
Text
Cadê o "É proibido proibir"?

Sei lá...
Pode parecer implicância minha, mas de alguns anos para cá parece que os governos estejam com um certo desvio de função. Aqueles que antes eram votados a fim de representar, com o poder de seu voto, suas vontades e necessidades tanto no Congresso Nacional quanto no Palácio do Planalto, hoje parecem-se mais com monitores de alguma escola maternal, impedindo que você tome a maioria das atitudes de sua própria vida.
Um exemplo claro disso é que o tal "É proibido proibir" está esquecido, sendo substituído paulatinamente pela coerção de suas liberdades e escolhas. Claro que estou me referindo a coisas básicas, como fumar, beber, comer (o 'que' ou 'quem' quer que seja). Ainda é fresco em minha memória os fantásticos carros da escuderia Lotus na F1, com seus carros pretos e logomarca "John Player Special" estampada em dourado... Hoje não pode, porquê foi decidido que cigarro é prejudicial à saúde e não deve ser associado a esporte. Não estou questionando os estudiosos que provam esse malefício, mas sim a atitude governamental de proibir a divulgação, enquanto coleta baldes de dinheiro oriundos de impostos pagos com o fumo. Aqui em Santa Cruz do Sul, RS, se hoje fosse proibido o plantio, a cidade poderia simplesmente fechar as portas, porque sobrevivemos essencialmente da indústria fumageira.
Agora indústrias de vinho e cerveja também não podem mais propagandear livremente seus produtos, inclusive sendo terminantemente proibido associar bebida e esporte. Que ótimo! Ao menos é coerente, uma vez que o álcool mata em média 3 vezes mais que o fumo, não é?
(Pausa: eu sei que a OMS diz que o cigarro mata mais, bla bla bla. O que acontece é eles consideram morte diretamente causada por seu vício - cirrose e câncer, por ex. - e não as besteiras que você faz em consequência dele. Não são contabilizadas brigas de boteco, acidentes de trânsito, marias da penha e outros que tais que acontecem quando o sujeito fica bravinho e alcoolizado. Fim da pausa.)
Perguntei a um amigo corredor o que ele achava dessas questões acima e ele me respondeu dizendo que era óbvio, água e óleo, mesclar produtos prejudiciais à saúde e esporte. E a questão da perda de patrocínio? Bom, pois é, essa parte tá difícil...
Para quem não sabe, a indústria fumageira é uma das maiores patrocinadoras "não-visíveis" da educação, arte e cultura, ao menos aqui da região. Eu mesmo já montei uma exposição de fotografia às custas do fumo, a quem agradeço o incentivo mesmo não podendo divulgar quem ou quanto gastaram nesse projeto.
Em 2013, a indústria fumageira pagou aos cofres da União 5.2 bi de reais em impostos e a do álcool bebível, quase o dobro disso. No mesmo período, o governo Dilma investiu 9,2 bi de reais em Saúde. Ou seja, só os males da humanidade sozinhos bancaram filas do SUS pelo Brasil todo, com sobra. Daí você é obrigado a ler coisas assim:
1) Aumento de impostos combate o alcoolismo: Mentira. O que combate o alcoolismo é estrutura familiar, políticas de saúde pública, perspectiva de vida digna, segurança, trabalho, etc.
2) Aumento de impostos combate o tabagismo: Mentira. Promove o contrabando de cigarros de péssima qualidade, sem condições de higiene, vindos de nossos hermanos circunvizinhos. Eu pelo menos continuo a fumar meu LM Azul. Box, por favor.
3) Aumento de impostos aumenta o caixa do governo. ÓBVIO! Imaginem vocês que só as cervejarias recolheram em 2010 a quantia nada modesta de 2.7 bi de dinheiros aos cofres públicos. Em 2013, esse valor já bateu os 5,7 bi. por quê? Porque aumentou a carga tributária em 30 %. Afinal, você idiota bebe, não é?
Faltou falar da proibição sugerida por um tonto do governo: deixe de comer carne e coma ovo. porque a gente sabe que logo será proibido comer e, lá no futuro, existe a possibilidade de colocar um medidor em suas calças para medir o dano que você provoca ao ambiente toda vez que solta um punzinho inocente. E proibido.
0 notes
Text
Relembrar é viver: PETROBRÁS
Quem caiu no conto do vigário-socialista-moreno anda tendo dor de cabeça. Hoje as ações da Petrobrás caíram abaixo de R$ 9,00 e você, trabalhador honesto que usou seu FGTS para comprar ações deve estar se perguntando se não seria melhor trocar essas ações por gibi da Mônica. É bom notar que não está havendo distribuição de lucros, por exemplo, que poderia afetar a cotação.
Então vamos lembrar de alguns momentos que o PeTê usou para enrolar você:
1) Paulo Henrique Amorin, o Senil (não sou eu quem diz, é o juiz):
http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2010/07/01/trabalhador-aplica-o-fgts-na-petrobras-e-o-globo-e-contra/

2) Lula manda bem na lei que libera FGTS para investimento na Petrobrás:
3) Making-of do programa que desapareceu das redes: "Oferta Pública de Ações da Petrobrás":
4) Pregão de abertura da venda de ações da Petrobrás, com direito a discurso do eterno (chato) Lula da Silva:
Eu poderia colocar mais inúmeros vídeos, comerciais, reportagens sobre o tema, mas só esses aí acima já são suficientes para que você, eleitor do PT, reveja seus conceitos de bom e ruim.
Abraços!
1 note
·
View note
Link
O PT tinha dois grandes parceiros políticos que sustentavam a base de governo: PMDB e PSB - o PMDB que é governo de quase todos os governos e o PSB que sempre esteve ao lado do PT. Quando o PSB anunciou que sairia de base de governo da Dilma e lançaria candidato próprio, eles mudaram um pouco a...
3 notes
·
View notes