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joaolopezs-blog · 8 years ago
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O aldrabão
Navegador das estranhas águas estruturais. É um pirata conhecido pela sua suposta alienação, possui o diário de bordo mais cobiçado por nós, seres do mar. É um aldrabão na vista dos escravos da aceitação, escreve um diário incompreendido pelos deuses leves de espírito. Despe a sociedade palavra por palavra, destrói concepções com tinta da China. Um guia sem direcção como uma bússola sem magnetização.
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joaolopezs-blog · 8 years ago
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O INDIOCTUAL
O icónico Índio transversal. Indioctual, o ser perdido em mundos dentro de mundos, a euforia do tudo a conduzir uma agonia do vazio. O índio que vivia pela palavra viu o mundo arder através de um ramo de rosas.
A historia sobre este homem é algo idêntico a um tímido nevoeiro, uma brisa terrestre que derrete o olhar de quem com ele se depara e tal como um arrepio deixa cada qual caído sobre si, perdendo o equilíbrio que nos sustenta como seres absolutos. Nós seres avançados vamos sempre viver demasiado rápido, com uma leveza paradoxal à intensidade na procura de êxitos. Lutamos para manter a vitrina limpa com todas as nossas medalhas bem expostas ao olhar do mundo. Cabral foi a primeira mente universal a incendiar a alma de um ser verde, um ser sem voz. Seguindo a lenda, o Capitão cruzou-se com o Indioctual por volta do ano 1500. O contacto aconteceu no primeiro momento em que Cabral pisou a areia de Vera Cruz. Foi cuspido para uma outra dimensão, obscena, cheia de tesouros mais valiosos que as meias da sua avó. Apenas frente a um homem, quando tudo apontava para que tivesse de lutar para afirmar a sua força e não ser derrotado por um ser nu, viu o seu corpo a flutuar tal como num sonho em que se foge de um animal terrível mas por mais movimentos e gestos que possa fazer acabamos sempre por não sair do mesmo lugar. Num monologo sem voz, o Capitão foi projectado para o futuro, viveu o que se iria viver e sentiu o que se iria sentir. Perdeu a respiração 8 vezes e numa espécie de explosão colossal foi novamente projectado por um lapso tridimensional, para dentro do seu navio.
O Indioctual, é a linha ténue que separa a fantasia da realidade.
Um ser demasiado grande para viver resumido ao som, a vida é acção, os minutos são as frases de uma historia maior do que um livro. A sua voz projecta um nível de decibéis nulo, imperceptível para um ser letrado, a sua clareza é vivida num olhar. Atingia mais notas sem mexer uma palha do que toda uma inteira família de Strauss a compor uma obra em equipa.
Quando a historia se alonga para lá do nosso campo de visão perdemos a capacidade de filtrar e pensar sobre...
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joaolopezs-blog · 8 years ago
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Pedro Álvares Cabral
O singular Capitão que morreu esquecido pelo seu febril mau humor e acordou imortal passadas 6 gerações.
Responsável por uma esquadra de 13 navios e cerca de 1500 homens, na época a maior em Portugal apenas ultrapassada pelo poderio de um isolado senhor dono da coroa. O Capitão foi enviado para a índia, nessa longa jornada aproveitou um furo para alongar e comer uma feijoada à brasileira nas terras que apelidou por Terra de Vera Cruz. A lenda conta que fugiu da terra que agora se chama Brasil, devido a um tenebroso momento em que foi hipnotizado pelo olhar de um nativo, o Indioctual e com isso viajou ate ao futuro onde observou imóvel o seu povo a regurgitar ganância e inveja vizinha. A fuga de Vera Cruz foi tempestiva e pelo caminho ficaram esquecidos no fundo do oceano metade da armada Portuguesa, estava decidido, não voltar a Vera Cruz e dar espaço aos pensadores nativos. Nada fazia parar o Capitão que se encontrava mais obcecado que nunca a alcançar a Índia e a levar a riqueza mais cobiçada do Mundo para Salvar o esplendor de Portugal. Voltou a 31 de Julho de 1501 para a esplanada à beira mar com um tesouro eufórico e fugas, recebido como um herói momentâneo, acabou abafado pelo brilho do Rei. O seu nome só voltou a ser prenunciado cerca de 300 anos após a sua morte física. Conta também a lenda que Álvares de Cabral ainda se encontra vivo a comer tremoços como antidepressivos e a empurrar com cerveja, isto porque o seu tesouro não foi suficiente para satisfazer os seus conterrâneos. Foi também um dos criadores da maior maldição do povo português, viver de "mas".
Tanto eterno, tanto peça chave do futuro que vivenciou nos olhos do indioctual!
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