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Um estudo Sobre os Hormônios, A Sexualidade e O Envelhecimento Masculino
Objetivo por norma geral do presente estudo consiste em caracterizar o modo como é definido tratado o declínio hormonal masculino relacionado ao envelhecimento, em websites de laboratórios farmacêuticos associações dr.-científicas, analisando o processo de medicalização da luxúria envelhecimento masculinos. Para isso, utilizamos, como material de estudo, imagens encontradas nesses websites.
O noção de medicalização apresentado por Conrad1 descreve um processo multíplice, a gretar do que obstáculos não médicos passam a ser definidos tratados como obstáculos médicos, usualmente, em termos de distúrbios desordens. Segundo o responsável, tal processo, que contaria com a participação de numerosos agentes – como a indústria farmacêutica de equipamentos médicos, a nível médica, a mídia o público leigo –, seria caracterizado por relações de consumo ‘transformando’ percepções ideologia sobre saúde/doença.
Neste contexto, observamos, presentemente, que o declínio hormonal masculino relacionado ao envelhecimento possui ocupado espaço significativo no oração dr.-científico. Tal exposição, esse declínio é apresentado como entrave dr., com sintomas característicos que necessita de um tratamento inerente (reposição hormonal com testosterona).
Na literatura médica, o declínio hormonal masculino relacionado ao envelhecimento é caracterizado pela baixa dos níveis do hormônio testosterona, no sangue, em homens, a lascar da meia-idade (à volta dos quarenta anos), escoltado por sintomas característicos como: fadiga, depressão, perda da libido, disfunção erétil, subtracção do pano muscular, entre outros2.
A escolha da frase, derivada da biomedicina, ‘declínio hormonal masculino relacionado ao envelhecimento’ na construção deste trabalho, ocorreu porque a consideramos, do meio de outras existentes, a mas descritiva neutra provável para a finalidade proposto. Sabemos, entretanto, que seu uso é problemático porque longe de ser unicamente a descrição de um estado, já estaria apontando para uma definição médica (por se referir a ‘declínio hormonal’), muito talvez, usar a definição de Conrad1, estaríamos em frente à ‘tradução médica’ de um impecilho não dr., isto é, de um processo de medicalização. De modo ainda tentativa, vamos poder pressupor que se trata, cá, da medicalização da própria vetustez masculina, ou, melhor dizendo, do declínio físico mental que fatalmente acompanha o processo de envelhecimento.
Utilizamos a net como torrão de busca porque, de forma homogêneo à Vargas3, consideramos esse veículo de notícia um essencial dispositivo de produção vulgarização de princípios, dignidade informações na extensão de saúde, um recurso a serviço da comunicação científica, da promover da saúde de suas implicações para a existência individual coletiva.
Apesar disso, determinadas peculiaridades da net – a rapidez na transmissão das informações a variedade de formas pelas quais as mensagens podem ser transmitidas (textos, imagens, vídeos) facilmente selecionadas percorridas pelo mouse – certamente, contribuem para seu significativo ser capaz mercadológico, tanto em relação à venda de produtos serviços quanto à promover comunicação de informações.
Nossa pretensão é contribuir com intenção de o tema declínio hormonal masculino relacionado ao envelhecimento, inserido no argumentação atual sobre assuntos referentes à saúde masculina, tenha como ser tratado de forma sátira, quando a perspectiva da medicalização seja considerada nos processos de desenvolvimento de novas categorias nosológicas ou de novas abordagens das já existentes.
Tais processos seriam marcados pelo incentivo ao consumo de medicamentos de outras tecnologias de saúde, além de descrever com a participação da indústria farmacêutica, profissionais de saúde, mídia, entre muitos outros, como atores que constroem alimentam esses processos, colaborando com o contexto quando qualquer vez mas definições dr.-patológicas têm sido relacionadas a questões desvantagens até logo não médicos.
Medicalização, hormônios envelhecimento masculino: uma breve reflexão Conrad1, ao descrever o processo de medicalização, atenção para o aumento crescente, nos últimos anos, do número de desvantagens definidos como médicos, de antemão não abordados nessa esfera. Processos naturais da vida (promanação, envelhecimento, morte), aspectos fisiológicos (mênstruo, , rafa), peculiaridades ensaios do indivíduo (humor, emoções) comportamentos de antemão considerados desviantes são, presentemente, medicalizados.
Vamos poder perceber que nos discursos médicos, referentes ao declínio hormonal masculino relacionado ao envelhecimento, são abordados assuntos gerais que envolvem a saúde masculina, isto é, tal declínio é relacionado de forma direta a questões como: muito-estar, qualidade para toda a vida, autocuidado, procura de auxílio dr. informações sobre saúde por secção dos homens, entre muitas outras.
Parecem despontar, logo, novas representações a respeito de da saúde masculina. Desta forma, temas como luxúria envelhecimento masculinos passam a ser abordados sob novas perspectivas, produzindo normas convicções que impulsionam a construção de necessidades formas de consumo. Os autos de notícia de tamanho, como televisão, jornais net, funcionam como agentes divulgadores dessas novas representações.
Rohden4 aponta mudanças nas concepções envolvendo o envelhecimento a libertinagem na atualidade, quando, na relação entre envelhecimento lascívia, ressalta-se a promover de comportamentos centrados na valorização do corpo jovem, saudável sexualmente ativo.
A autora argumenta que tais concepções estariam em contraste com as que admitiam que, com o discurso dos anos, as consequentes alterações corporais, tenderia a acontecer uma suposta subtracção do interesse atividade sexual. Agora, o que se procura é, teoricamente, prolongar a juventude ao maximo desenvolver a melhor performance sexual provável mediante hábitos disciplinares /ou consumo de tecnologias disponíveis4.
No caso da terapia de reposição hormonal masculina, relacionada ao envelhecimento, que vem ocupando papel de proeminência tanto nos carros de notícia de tamanho quanto nas publicações científicas, a testosterona é apresentada como ‘o hormônio masculino’, relacionado não só ao prolongamento da juventude ao bom desempenho sexual (também visto como um gênero de de ‘manadeira da juventude’ requisito para uma vida saudável), porém, também, como encarregado pela restauração da produtividade, da ‘qualidade’ para toda a vida, do muito-estar da felicidade ‘perdidos’ pelo varão.
Desta forma, a terapia de reposição hormonal com testosterona é promovida, varias vezes, como secção da ‘manutenção’ regular do corpo masculino1 como um meio para ‘ter’ ou ‘restabelecer’ uma vida saudável, produtiva feliz.
Diferentes categorias/terminologias diagnósticas são empregadas, no meio dr., para caracterizar o declínio hormonal masculino relacionado ao envelhecimento como uma perturbação, uma alteração ou uma deficiência, desta forma, alguma coisa a ser reparado: andropausa, climatério masculino, menopausa masculina, LOH (late-onset hypogonadism) ou hipogonadismo masculino tardio, ADAM ou DAEM (androgen deficiency of aging male ou deficiência androgênica do envelhecimento masculino), PADAM (partial androgen deficiency of aging male) , mas há pouco, TDS ou SDT (testosterone deficiency syndrome ou síndrome da deficiência de testosterona)5.
Notamos que, ainda que as diferentes terminologias diagnósticas existentes apresentarem diversos pontos em geral, como a igualdade na descrição da maior parte dos sintomas referentes a tal baixa hormonal, há diferenças no processo de construção da categoria declínio hormonal masculino relacionado ao envelhecimento2,4-13. De,, acreditamos não ser adequado considerá-las sinônimos, ou melhor, que elas se diferenciem unicamente por suas nomenclaturas.
A utilização de siglas (ADAM ou DAEM, PADAM, SDT ou TDS) possui alterado os termos mas antigos: menopausa masculina, climatério masculino, andropausa. Tal utilização parecido integrar de um movimento que visa alongar a acepção negativa daqueles, além de ampliar o espectro de diagnóstico, com consequente expansão do mercado consumidor, em um processo parente ao da reposição da terminologia ‘insuficiência sexual’ pela terminologia ‘disfunção erétil’14,15.
Desse ótica, é essencial notar que um termo como ‘andropausa’ está mas longe das ideologia de ‘deficiência’ ou ‘desordem’, podendo remeter para um processo considerado ‘organico’, como a sua correspondência feminina menopausa, sendo, nesse sentido, menos ‘medicalizável’ do que as siglas ADAM ou DAEM, PADAM, SDT ou TDSd.
Vários autores, como Angel16,17; Healy18; Fishman19; Oldani20,21, têm assinalado o modo como, qualquer vez mas, as categorias diagnósticas os medicamentos são gerados, promovidos divulgados ao mesmo tempo. Nesse sentido, Applbaum22 sugere que as técnicas de marketing utilizadas pela indústria farmacêutica, a término de promover medicamentos, colaboraram para a ‘treinamento’ de um gênero de de consumidor: o ‘medical consumer’. Tais técnicas incluiriam a chamada ‘disease mongering’, isto é, a ‘mercantilização’ de doenças, com a ‘geração’ de novas doenças ou redefinição de condições já existentes23, de forma que o consumo de alguma medicação seja promovido.
Deste modo, no momento em que uma medicação trata uma doença característica, ‘invenção’ pela ciência, esse tratamento passa a ser considerado o único tratamento eficiente para tal doença. Isso impulsiona a comercialização de produtos farmacêuticos, dado que os medicamentos são promovidos através de afirmações científicas sobre sua eficiência mercê dr., aparentemente, ‘revelados’ por pesquisas clínicas ‘objetivas’19.
A indústria farmacêutica, além de vender seus produtos, ‘vende’ informações sobre eles, de uma forma qualquer vez mas significativa crescente24 Os mas variados riqueza são utilizados, pela indústria, a termo de atingir tais objetivos, tanto em relação à esfera médica quanto à população leiga. Os mídia de tamanho, como televisão, jornais, atualidades net, são autos utilizados tendo em vista atrair o maximo de compradores para seus produtos.
Nesse sentido, Barros24 atenção para a crescente utilização da net como veículo disseminador de propagandas para os usuários, onde elas, varias vezes, são apresentadas como instrumentos educativos ou de informação para a ‘promover’ da saúde.
Vamos poder observar, também, a utilização da net pela indústria farmacêutica como meio de fornecer informações para a nível médica outros profissionais da saúde. Isso ocorre, por ex, em websites de associações dr.-científicas websites de laboratórios farmacêuticos, onde existem áreas de chegada restritas a esses profissionais. Em tais áreas, há informações sobre saúde/doença medicamentos, oriundas dos laboratórios farmacêuticos.
É nesta perspectiva que o presente estudo pretende examinar imagens, encontradas em websites de laboratórios farmacêuticos associações dr.-científicas, que estejam conectadas a questões referentes à categoria ‘declínio hormonal masculino relacionado ao envelhecimento’.
Metodologia Buscamos examinar as imagens encontradas nos websites pesquisados por meio da formulação de um roteiro de imagens. Nosso alvo foi estabelecer relações entre princípios elementos vinculados às imagens analisadas o processo de medicalização presente na definição, promover comunicação do declínio hormonal masculino relacionado ao envelhecimento, no contexto da medicalização da lascívia do envelhecimento masculinos.
O procedimento metodológico desenvolveu-se em três etapas. Na primeira, foi conformado um levantamento dos websites a serem analisados. Na segunda, efetuou-se a coleta dos dados encontrados nos websites selecionados para estudo. Na terceira, as imagens encontradas nos websites foram submetidas a um procedimento de estudo de teor para identificação dos primordiais núcleos temáticos referentes ao declínio hormonal masculino relacionado ao envelhecimento, associando-os ao processo de medicalização da libertinagem envelhecimento masculinos, no contexto de promover vulgarização de categorias/terminologias diagnósticas ligadas a tal declínio.
Foram considerados, para estudo, os websites de laboratórios farmacêuticos que comercializam medicamentos para a saúde sexual masculina. Delimitamos a procura relativo à saúde sexual masculina em 2 ‘complicações de saúde’ seus tratamentos mas utilizados no meio dr.:
- Disfunção erétil: medicamentos inibidores da fosfodiesterase Choça (PDE5), como o Viagra® (sildenafila);
- Declínio hormonal masculino relacionado ao envelhecimento (andropausa, climatério masculino, menopausa masculina, hipogonadismo masculino tardio ou de início tardio, ADAM ou DAEM, PADAM, TDS ou SDT): medicamentos à suporte de testosterona, nas suas diversos formas farmacêuticas de apresentação, como o Nebido® (injeção intramuscular de testosterona).
Consideramos relevante farejar os websites de laboratórios que comercializam medicamentos para disfunção erétil, porque tal ‘impecilho de saúde’, concernente à esfera sexual masculina, é um dos sintomas do declínio hormonal masculino relacionado ao envelhecimento mas enfatizados nos discursos dr.-científicos, presentemente.
Para a procura dos websitescom as peculiaridades citadas, utilizamos conhecimento prévio de poucos, que foram analisados durante o temporada de julho a outubro de 2011, além de uma busca no sítio Google (http://web.google.com.br), no temporada de setembro a outubro de 2011, utilizando os próximos termos-chave:
Inibidores da fosfodiesterase 5/Phosphodiesterase-5 inhibitors
Testosterona injetável/Testosterone injectable
Testosterona comprimido/Testosterone pill
Testosterona gel/Testosterone gel
Testosterona implante/Testosterone pellet
Testosterona aglutinante/Testosterone patch
A lascar do nome dos medicamentos de referênciae encontrados, buscamos os nomes dos laboratórios que os comercializam, por meio do Google. Encontramos 14 websites de laboratórios em inglês, lusitano hispano. Os quatro websites em língua inglesa encontrados foram dos laboratórios: Auxilium, Prostrakam, Watson Pharmaceuticals Endo Pharmaceuticals. Na língua da espanha, foi o da empresa farmacêutica Laboratórios Beta S.A. Os nove websites em língua portuguesa foram dos laboratórios: Eli Lilly, Bayer Shering Pharma, Conjunto EMS, Pfizer, Cristália, Medley, Eurofarma, Abott Pierre Fabre Laboratórios. Para a estudo dos websites de associações dr.-científicas, foram utilizadas referências de associações dr.-científicas encontradas em pesquisas anteriores25. O página da Internet de busca Google foi utilizado como utensílio de auxílio para a procura dos websites referentes a tais associações. A busca foi realizada durante o temporada de julho a setembro de 2011.
Foram pesquisados os websites das seguintes associações dr.-científicas:
SBU (Sociedade Brasileira de Urologia)
SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia Metabologia)
ABEIS (Associação Brasileira para o Estudo de Inadequação Sexual)
ISSM (International Society for Sexual Medicine)
SLAMS (Sociedade Latinoamericana de Medicina Sexual)
WAS (World Association for Sexual Medicine)
SBRASH (Sociedade Brasileira de Estudos em Lascívia Humana)
A coleta de dados foi feita por meio da procura de material relacionado ao tema examinado, nas seguintes seções dos websites de laboratórios farmacêuticos associações dr.-científicas:
Saúde masculina
Saúde do varão
Saúde sexual
Saúde sexual masculina
Urologia/Saúde urológica
Endocrinologia
Andrologia
Resultados discussão Dos 14 websites de laboratórios encontradosf, 2 apresentaram imagens relacionadas ao tema investigado (declínio hormonal masculino relacionado ao envelhecimento): Bayer Shering Pharma Auxilium. No meio de as quatro imagens encontradas no conjunto de páginas da Internet do laboratório farmacêutico Bayer Shering Pharma, resolvemos soltar uma, devido ao seu pequeno tamanho. O mesmo ocorreu em relação à exclusivamente imagem encontrada no sítio do laboratório farmacêutico Auxilium. De forma, de entre as cinco imagens encontradas nos websites de laboratórios farmacêuticos, três foram separadas para estudo, todas pertencentes ao conjunto de páginas da Internet da Bayer Shering Pharma.
Dos sete websites de associações dr.-científicas analisados, 2 apresentaram imagens relacionadas ao tema investigado: os websites da SBU da ISSM. No sítio da SBU, foram encontradas quatro imagens. Do meio de elas, resolvemos separar uma para estudo, porque se tratava de uma imagem bastante significativa ilustrativa para o estudo. Apesar disso, tinha uma dimensão maior em relação às outras três, que eram bastante pequenas. O página da Internet da ISSM continha somente uma imagem relacionada ao tema de busca, porém, por conta de seu pequeno tamanho, resolvemos descartá-la. Assim sendo, de entre as cinco imagens encontradas nos websites de associações dr.-científicas, foi separada uma para estudo, respeitante ao sítio da SBU. Ao analisarmos as imagens encontradas, observamos peculiaridades comuns existentes entre elas:
Presença unicamente de pessoas brancas (homens com cabelos grisalhos mulheres com cabelos castanho lógico na maior parte das imagens);
Todo par apresentado é constituído por varão senhora;
As pessoas aparentam ser de nível média subida → pessoas vestidas com vestes de boa qualidade, sóbrias elegantes (o que sugere certa respeitabilidade);
Fita etária preponderante: cinquenta a sessenta anos (há somente duas imagens que apresentam casais mas jovens, entre 35 45 anos);
Aspecto de ‘saúde’, ‘venustidade’ ‘felicidade’ → pessoas em boa forma física (toda gente magros, tonificados), a maior parte sorrindo (com dentes impecáveis), pele muito fraude (há somente um varão barbado, porém, sua barba é rala), , em número reduzido de casos, também bronzeada. Não há nenhum varão calvo.
A término de averiguar o modo pelo que as imagens se articulam ao consumo de certa identidade, utilizamos o trabalho de França26.
A autora aborda o consumo de uma perspectiva artístico, discutindo as relações existentes entre consumo ‘construção de identidades’ na esfera de mercado direcionada aos homossexuais. Segundo afirma, o processo de ‘construção identitária’, no contexto do movimento LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis Transexuais) de São Paulo, vincula-se à expansão de um mercado inerente para tal público, o que ocorre, paralelamente, à certeza identitária promovida pelos movimentos sociais.
Seu trabalho é bem na disciplina ‘antropologia do consumo’, que possui como um de seus primordiais pontos: “[...] mostrar quando medida os objetos constituem-se peças-chave para a construção de identidade social, isso ocorre em todas e cada uma das épocas sociedades. Eles demarcam fronteiras, gostos, classes, fita etária, estilos para toda a vida”27 (p. 7).
Tais objetos assumem montante significado vários, dependendo do contexto sociocultural quando estão inseridos. Essa visão afasta o enfoque que considera as identidades como ‘essenciais’ ‘estáveis’.
Fazendo um paralelo com o trabalho de França26, vamos poder observar que as imagens encontradas nos websites possuem correto padrão de apresentação, parecendo se guiar a um público essencial (nível média subida, branca, heterossexual, entre cinquenta sessenta anos).
Deste modo, convicções concepções sobre saúde/doença, atreladas ao consumo de economias serviços de saúde, transmitidas em tais imagens, estariam demarcando nível, filete etária, orientação sexual raça para as quais seriam dirigidas. Isso asemelhava a participar do processo de construção de um mercado segmentado, que ‘incluiria’ ‘excluiria’ pessoas desde diferenças sociais/raciais comportamentais, impulsionando a demarcação de um público consumidor, caracterizado pelo montante que determinados hábitos princípios relacionados à saúde assumiriam nesse conjunto.
Apesar disso, é preciso considerar que essa é uma via de mão , ou melhor, as mensagens transmitidas estariam, de certa forma, indo ao encontro de desejos, princípios, percepções ‘necessidades’ que ‘transitam’ no imaginário desse conjunto, concomitantemente quando contribuem para configurar reformular tal imaginário. De modo, as imagens parecem vender, em níveis diferentes, três commodities, a descobrir: uma deficiência ou transtorno ligado seja à luxúria masculina, seja ao processo de envelhecimento; um remédio capaz de olhar a deficiência ou o transtorno; um modo de ser saudável feliz (o que se sobrepõe por meio da noção de ‘muito-estar’) que envolve certa constituição corporal estética , também, correto nível de consumo (explicitado nas vestes, no incisão de cabelo, no tom da pele).
A ‘venda’ do ideal corporal/agradável/de nível é inseparável da venda do ‘transtorno’ seu ‘remédio’. Isto é, o varão que vê esse pregão é levado a associar a posse de um ‘transtorno’ à intervalo do ideal. mutuamente: permanecer bom do provável ‘transtorno’, tomando o fármaco apontado, significa permanecer também próximo do ideal (ou melhor, permanecer também magro, com os musculos torneados, com o cabelo muito desagregado, vestindo vestes sóbrias elegantes, com um sorriso impecável, pele branca, porém bronzeada no tom correto , sobretudo, com uma bela senhora nos braços).
Vale ressaltar que, apesar das imagens estarem inseridas em um contexto onde questões sobre a saúde masculina são abordadas, no meio de elas o declínio hormonal masculino relacionado ao envelhecimento, a figura feminina está, varias vezes, presente. Isso sugere a promover de correto ‘solidariedade’ entre o varão a senhora no que concerne a questões de saúde. Apesar disso, deve pensar a teoria de que o varão, por si mesma, não cuida de sua saúde, necessitando do base incentivo de uma senhora para isso; de que, ao se olhar, ao cuidar de sua saúde, o varão estaria ‘satisfazendo’ sua parceira.
A Figura 1, que mostra um par correndo na praia, com a senhora posicionada adiantado do varão, deve ser considerada uma ilustração de tal teoria.
Thumbnail Figura 1 . Na mensagem textual que acompanha a imagem, vamos poder notar a ênfase na extensão do relacionamento conjugal, devido ao uso repetido da termo ‘relacionamento’. A frase ‘qualidade para toda a vida’, juntamente com a imagem de uma corrida na praia, remete a questões sobre saúde muito-estar. É essencial primar o uso das palavras função disfunção, relacionadas, cá, à disfunção erétil (ao clicarmos na imagem, apareceu um artigo concernente a esse objecto), considerada, no meio dr., um dos primordiais sintomas do declínio hormonal masculino relacionado ao envelhecimento.
Penn28 argumenta que o sentido de uma imagem visual deve ser fundeado pela mensagem textual que a acompanha, porque tal artigo ajuda na ‘extração’ ‘nomeação’ de significados contidos nas imagens. Desta forma, como na imagem , por ex, as palavras/expressões contidas na mensagem textual que a acompanha acabam enriquecendo as haveres de versão de significados encontrados.
Em relação à presença feminina nas imagens, devemos notar, também, que as questões enfatizadas nessas áreas dos websites (saúde masculina, saúde do varão, saúde sexual masculina, entre muitas outras) – como o declínio hormonal masculino relacionado ao envelhecimento, a disfunção erétil, os obstáculos da próstata a ejaculação extemporâneo –, são da esfera sexual, , então, envolvem a parceria sexual feminina, visto que o público a ser obtido, neste caso, é o heterossexual. De forma, é apresentada a teoria, subliminarmente, de que ser varão é ser heterossexual.
As pessoas aparecem constantemente sorrindo, o que asemelhava a promover a teoria de que o tratamento dr. é capaz de ‘restituir’ a felicidade o muito-estar, não só ao varão, porém à sua companheira também. A Figura 2 é muito ilustrativa, porque mostra 2 momentos na vida de um varão: de antemão depois da procura por tratamento dr.. Nela vamos poder observar que, de antemão de procurar ajuda médica, este está cabisbaixo sozinho. Depois, aparece feliz, com sua companheira.
Thumbnail Figura 2 . A felicidade das pessoas, tanto dos homens quanto dos casais, as atividades ao espaço de forma livre, mostradas nas imagens, podem ter como objetivo estimular a procura de uma ‘melhor qualidade para toda a vida’ por secção dos homens, que irá proporcionar-lhes ‘mas alegria’, ‘mas felicidade’, levando-os à procura dos ouro propostos para atingir tais objetivos, no meio de eles: o tratamento de reposição hormonal com testosterona para o declínio hormonal masculino relacionado ao envelhecimento.
A Figura 3, por ex, mostra um varão maduro, ao espaço de forma livre feliz, aparentemente fazendo qualquer manobra físico, juntamente quando atenção para a questão hormonal, com a pergunta ‘Menopausa masculina existe?’.
Thumbnail Figura 3 . Goffman29 discute, de forma ilustrativa, como os homens as mulheres são retratados nos anúncios promocionais, onde suas relações sociais estariam representadas. O responsável apresenta a teoria de ‘ritual’, referindo-se a comportamentos, ações ou gestos atribuídos tanto aos homens quanto às mulheres, que podem ser observados nesses anúncios.
Tais condutas ‘ritualizadas’ expressariam o que é considerado adequado para qualquer gênero, no contexto social. Desta forma, no momento em que uma determinada conduta não se enquadra nos padrões estabelecidos, deve, por ex, colocar incerteza sobre a masculinidade dos homens ou a feminilidade das mulheres. Esses ‘rituais de interação’ seriam jeitos codificadas de conduta, onde as condutas não portariam sentido em si mesmas, porém nos códigos culturais que nelas imprimem significado29.
O responsável utiliza a noção de ‘displays de gênero’, que funcionariam como ‘marcadores rituais’, ‘marcas’ de pertencimento a grupos de gênero, ‘ensinados’ ‘assumidos’ tacitamente, exercendo o papel de ‘controladores sociais de perfomance’29.
Nas imagens publicitárias, ações comportamentos expressos seriam ‘hiper-ritualizados’, quer dizer, ensaiados, criados, repetidos até o momento que exprimam com a máxima eficiência, a finalidade publicitário29. Desta forma, como diga Penn28 (p. 325): “[...] os signos da publicidade são intencionais serão, desse modo, claramente definidos, ou ‘compreendidos’. Sabemos também que a pretensão será promover a notabilidade as vendas do ”.
Isso nos leva a meditar que tanto os homens quanto as mulheres, em tais anúncios, são retratados de uma forma idealizada, estereotipada. Apesar disso, práticas, princípios ideias existentes em relação às diferenças entre homens mulheres, expressas no contexto social, são, varias vezes, reforçadas, mantidas ou reformuladas por canal desse meio de propaganda.
Vamos poder notar, nas imagens analisadas, várias dimensões levantadas por Goffman29, no que refere-se à forma pela que os homens as mulheres são apresentados em anúncios promocionais:
- Tamanho relativo → tendência de os homens serem mas altos ou aparecerem numa posição sideral mas alta do que as mulheres;
- Toque feminino → tendência de as mulheres, mas do que os homens, aparecerem tocando objetos (traçando delicadamente seus contornos ou superfícies) ou elas mesmas.
É interessante observar que, na imagem mostrando 2 momentos na vida de um varão, também já comentada, aparece a mão de uma senhora tocando a mão de um varão. Nesta imagem, o varão também está tocando o rosto da senhora, porém há uma diferença evidente entre os 2 modos de tocar. No caso do toque masculino este parecido, nitidamente, agarrar o rosto de sua companheira, assim, este parecido ter tomado a projeto da aproximação. Quer dizer, comparando as duas formas de tocar das mãos, da senhora do varão, este último asemelhava a estar realizando uma ação, o toque feminino parecido mas reativo.
. Ritualização de subordinação → tendência de as mulheres serem apresentadas em ‘poses’ de subordinação em relação aos homens (estarem deitadas ou sentadas os homens estão em pé, por ex). Essa dimensão também abarca a apresentação das mulheres numa requisito infantilizada (com gestos posições infantis) em relação aos homens. A Figura 4 deve ser considerada uma ilustração dessa tendência.
Thumbnail Figura 4 . Nesta imagem, vamos poder observar que aparece um dos pés de uma senhora erguido para cima, uma posição bastante descontraída geral entre as pequenos. Apesar disso, a senhora aparece sorrindo, o varão, além de estar de perfil, asemelhava a somente esboçar um sorriso, o que deve sugerir uma maior seriedade em relação à sua companheira.
- Função de classificação → tendência de as mulheres aparecerem em posições de base numa atividade cooperativa.
Ao voltarmos à imagem que mostra um parelha correndo na praia (Figura 1), vamos poder observar um varão uma senhora representados de uma forma dissemelhante dessa tendência. Contrariamente surgir em uma posição de base, a senhora ocupa a frente, assumindo o comando da corrida. Apesar disso, vamos poder meditar, analisando tal imagem, no fato de o varão estar ‘perseguindo’ a senhora, no sentido de querê-la, ao decorrer detrás dela.
Reflexões finais Neste estudo, apontamos a existência de uma copromoção de doenças medicamentos, quer dizer, simultaneamente quando é divulgada promovida uma doença, tanto no meio dr.-científico quanto no meio leigo, há a promover de um tratamento farmacológico para resolver tal ‘entrave dr.’.
Vamos poder notar que, qualquer vez mas, temas como felicidade, muito-estar qualidade para toda a vida estão atrelados a mensagens que visam ‘vender’ uma determinada doença /ou tratamento para sua tratamento. Logo, trata-se não somente da ‘mercantilização’ de doenças, porém, também, da ‘mercantilização’ da própria saúde.
A ‘mercantilização’ da saúde deve ser compreendida a gretar da perspectiva de se considerar a saúde como um projeto de vida30, quando as pessoas seriam, logo, qualquer vez mas cobradas, ou melhor, elas devem estar continuamente saudáveis também tomar todas e cada uma das precauções com a objetivo de evitar uma provável doença31. Aliada à teoria de saúde como projeto, estaria a concepção de que os patrimônio para realizá-lo envolveriam o consumo de tecnologias de saúde, como os medicamentos, por ex.
Nas imagens analisadas, além da idéia de saúde felicidade nelas expressadas (pessoas sorrindo, ao espaço de forma livre, fazendo exercícios físicos), vamos poder perceber, também, a questão da responsabilidade do varão de procurar ajuda para conseguir não só a tratamento do entrave de saúde, porém, ainda, de resgatar essa felicidade meretriz.
Vale ressaltar que essa responsabilidade do varão deve ser estendida, de certa forma, à felicidade ao muito-estar de sua companheira, ou melhor, estaca subentendido que, caso o varão seja negligente com sua saúde, não é só a sua felicidade muito-estar que estarão comprometidos, os de sua parceira também. A presença de casais mensagens textuais onde a própria termo relacionamento é enfocada deve ser considerada desta teoria.
Notamos, logo, que a mercantilização da saúde está relacionada à mercantilização de doenças, a lascar do instante quando a aumento de complicações riscos de saúde estimula, qualquer vez mas, a procura por tratamentos ou ouro preventivos por meio do consumo de tecnologias de saúde.
No caso inerente do declínio hormonal masculino relacionado ao envelhecimento, há uma questão essencial a ser ressaltada. Rohden32 discute o papel dos hormônios na atualidade, que, segundo ela, está de forma direta ligado à definição de peculiaridades comportamentos individuais, sobretudo os referentes à esfera da diferenciação sexual da luxúria. Aliás, há uma crescente relevância em relação aos hormônios no que refere-se ao muito-estar à qualidade para toda a vida das pessoas.
A testosterona, por ex, é caracterizada como ‘o hormônio do varão’, tanto nos discursos médicos quanto nos leigos, mesmo que já ser sabido que ela também é encontrada no corpo feminino. Apresentada como tratamento eficiente para a ‘doença’ (o ‘entrave’ de saúde declínio hormonal masculino relacionado ao envelhecimento), por meio da TRH (terapia de reposição hormonal), atrela-se a diversos aspectos da masculinidade das relações de gênero.
Notamos isso nas imagens analisadas, onde é promovida a teoria de que o varão deve ser potente, viril potente sexualmente, deixando subentendido que existe a finalidade de ‘satisfazer a companheira’, fazê-la feliz , de forma, ser feliz também. A imagem vendida é a de que ser varão é ser heterossexual, se esse varão não for capaz de satisfazer sua senhora, este está doente infeliz, fazendo sua companheira infeliz também, necessitando, deste modo, no caso do declínio hormonal masculino relacionado ao envelhecimento, do tratamento de reposição hormonal com testosterona para virar tal situação.
Neste contexto, insere-se, ainda, a propriedade levantada por Loe33 ao indicar determinadas drogas que acabaram se tornando ‘lifestyle drugs’, ou melhor, drogas com o papel de ‘gerir’ comportamentos, sendo, também, ferramentas de aprimoramento (enhancement). Acreditamos que a testosterona vem assumindo o papel de uma ‘droga de estilo para toda a vida’, dado que é apresentada como um meio para se conseguir ‘qualidade para toda a vida’ desempenho ‘melhores’, não só na esfera sexual, a mas focada nos websites pesquisados, porém, também, em outras áreas, incluindo a profissional, a mental a emocional.
De,, os homens são ‘bombardeados’ com a exigência de uma urgência de vigilância corporal jacente, a termo de manterem seus corpos saudáveis (evitando doenças futuras) funcionando da melhor forma provável. Apesar disso, devem ser felizes, produtivos, jovens, com uma vida sexual ativa, em boa forma física, sendo as tecnologias disponíveis apresentadas como ferramentas para conseguir tais objetivos.
As relações de consumo, o progressão tecnológico, a rapidez com que as informações são transmitidas constituem aspectos que devem ser levados em conta ao analisarmos o processo de medicalização no instante quando vivemos. Convicções concepções sobre saúde atreladas ao consumo de tecnologias são construídas alimentadas em um contexto de convívio entre fatores históricos socioeconômicos.
Tal contexto é caracterizado pela negociação jacente de interesses entre numerosos atores (indústria, profissionais de saúde, mídia, público leigo, entre muitos outros). Estudos que levem em consideração essas questões são relevantes, porque podem contribuir para a estudo concernente ao modo pelo que concepções sobre saúde vêm influenciando as práticas profissionais, como para propor caminhos que visem uma utilização mas racional das tecnologias disponíveis.
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A Cultura na Constituição da Feminilidade
A concepção da existência de uma núcleo feminina voltada para a maternidade, para a passividade ao libido masculino para a docilidade passou a vigorar na Europa a gretar dos séculos XVIII XIX, com o apresentação de novos discursos que tinham por objetivo \"promover uma maravilhosa adequação entre as mulheres o conjunto de atributos, funções, predicados restrições nominado feminilidade\" (Kehl, 2008, p. 47). A feminilidade aparece cá como o conjunto de atributos próprios a todas e cada uma das mulheres, em função das particularidades de seus corpos de sua capacidade procriadora; a lascar daí atribui-se às mulheres um pendor definido para encher um único lugar social - a família o espaço doméstico -, a arrebentar do que se descreve um único fado para todas: a maternidade (Kehl, 2008, p. 48).
Autores como Kehl (2008), Nunes (2000), Badinter (1985) Laqueur (2001) consideram Rousseau como o principal teórico dessa perspectiva. Nas palavras de Kehl (2008, p. 58), \"de todos e cada um dos escritores que se manifestaram em prol de uma girata das mulheres ao seu verdadeiro estado, isto é, o \'estado de natureza\', o mas grande foi Rousseau\". Foi em seu livro Quinto da obra \"Emílio ou da Ensino\", de 1762, que Rousseau (1762∕1973) escreveu a personagem Sofia, esposa de Emílio, a que, segundo Kehl (2008, p. 59), \"é o estalão do ideal de feminilidade fundamentado na dedicação, na mel, na submissão\".
Esses discursos estavam ancorados em justificativas que tomavam o corpo da senhora para explicar o seu lugar na sociedade. De forma, seria por conta de sua anatomia sexual que a senhora teria em sua origem certas funções, como a maternidade outros atributos que constituiriam a feminilidade, conforme vamos poder checar nas palavras da psicanalista Maria Rita Kehl (2008):
Deste modo, Kehl (2008) considera em sua tese que a feminilidade seria de uma construção discursiva produzida a arrebentar da posição masculina, à que se espera que as mulheres correspondam. Por conseguinte, em qualquer era haveria um modo feminino de ser, como o que era estabelecido pelos pensadores da era. Um desses homens que contribuiu para a constituição da feminilidade voltada para a maternidade para o zelo com o lar foi Jean-Jacques Rousseau.
O padrão de senhora gerado por Rousseau (1762∕1973) foi tão fundamental para a constituição de um novo ideal de feminilidade que ainda está presente na subjetividade de mulheres contemporâneas. Sobre a presença desse padrão de senhora ideal na modernidade, Kehl (2008) diz que:
O padrão de Rousseau é tão perfeitamente articulado, que escutamos até atualmente suas ressonâncias. No século XIX, este dominou, com uma série de variações por alto científicas /ou pedagógicas (aquele foi o século da medicina da pedagogia), toda a produção de saberes sobre as mulheres (Kehl, 2008, p. 62).
Contrapondo-se a essa perspectiva que afirma a existência de uma núcleo feminina a lascar do seu sexo anatômico, a psicanálise, essencial subsídio teórico gerado por Freud, considera a existência de uma constituição da feminilidade da masculinidade. Por conseguinte, em psicanálise, aborda-se um tornar-se senhora não se considera a existência de uma natureza feminina.
Sobre a constituição da feminilidade masculinidade, Kehl (2008) defende que seriam compostas tanto pelas identificações que estruturam o eu como pela privado estratégia que qualquer sujeito oncretiza em comparação com trinômio falo∕falta∕libido (Kehl, 2008). Nesse sentido, Kehl (2008, p. 9-10) afirma:
(...) simultaneamente que nossa quesito de seres de linguagem nos inscreve obrigatoriamente em um ou outro conjunto marcado por várias (mínimas) peculiaridades comuns, a psicanálise não pensa esta pertinência como garantia de uma identidade. A mesma travessia que fabrica nossa identificação ao gênero cria também a diferença irreduzível de qualquer sujeito. Na perspectiva de Rousseau (1762∕1973), seria por conta do seu corpo, mas exclusivamente do seu sexo anatômico, que as mulheres teriam em sua núcleo a passividade, a submissão ao libido do varão; que seriam dóceis capazes de suportar sofrimento. Aliás, devem abjurar dos seus próprios desejos, com intenção de, de forma, pudessem se destinar unicamente à maternidade, ao marido ao lar. Desta forma, com Rousseau (1762∕1973), surge uma novidade forma de meditar a feminilidade, modelo que passa a participar da cultura da subjetividade de mulheres como um ideal.
Logo, seria a gretar da travessia edípica que os sujeitos se identificam a certos convicções relativos aos gêneros; porém, é a arrebentar dessa mesma travessia que há também a possibilidade da constituição um de qualquer subjetividade, que independe de padrões próprios ao gênero.
Aliás, é essencial considerar que, dissemelhante de certos discursos que pretendiam descrever o que é uma senhora, Freud considera a relevância de examinar como uma senhora se forma. É em seu post \"Feminilidade\", presente nas \"Novas conferências introdutórias sobre psicanálise\", que Freud (1933-1932∕1996) destaca a relevância do tornar-se senhora:
Conforme sua natureza peculiar, a psicanálise não tenta descrever o que é a senhora - seria esta uma tarefa difícil de satisfazer - porém se empenha em indagar como a senhora se forma, como a senhora se desenvolve, a partir de a menino dotada de propensão bissexual\" (Freud, 1933-1932∕1996, p. 125).
O concepção de pulsão sexual, elaborado por Freud, foi fundamental com intenção de este rompesse com as abordagens que tomam o sexo anatômico para justificar o lugar do varão o da senhora na sociedade. Foi com esse concepção que este deslocou a libertinagem do domínio da biologia para o da representação psíquica, aliás, possibilitou abordar a luxúria humana como polimorfa, ou melhor, como assumindo diferentes formas. Nesse contexto, Nunes (2000) considera que:
Isso colocava Freud em frente à possibilidade de viver no sujeito humano potencial para uma variedade de formas femininas masculinas de ser, relativamente independentes do sexo biológico. Se a luxúria humana se desenrola no registro das fantasias, das representações psíquicas, do que pertença à luxúria seria predeterminado (Nunes, 2000, p. 176).
É essencial considerarmos, mas, que, não obstante Freud ser revolucionário - porque deixou pensarmos em um tornar-se senhora a gretar do seu noção de pulsão sexual outros princípios fundamentais -, ao regularizar sobre a lascívia feminina a feminilidade, este acabou reforçando a perspectiva de senhora tão presente no século XIX. Seus ideias foram essenciais, porém, com intenção de os pós-freudianos aprofundassem as suas teses sobre o tornar-se senhora trouxessem novas concepções teóricas sobre esse processo de constituição da feminilidade. Desta forma, número reduzido de dignidade criados a arrebentar do fundador da psicanálise serão fundamentais para a construção da teoria freudiana sobre o tornar-se senhora, como o multíplice de Édipo, os processos identificatórios, a androginia psíquica, a trajetória pulsional de qualquer sujeito, o que implica o encolhimento da psicanálise de uma perspectiva naturalizadora da senhora.
A gretar dessa perspectiva que aborda o tornar-se senhora, analisamos neste trabalho a relevância dos convicções culturais no processo de constituição da feminilidade na construção de um padrão de normalidade para as mulheres, apesar disso, abordamos a conflituosa relação entre a pulsão sexual a moral sexual artístico o consequente aparição de neuroses, como a histerismo, cujos sintomas estiveram bastante presentes em mulheres no século XIX. Primeiramente analisamos, sem embargo, o ideal de feminilidade que apareceu a lascar da perspectiva de Rousseau sobre a senhora, o que toma a anatomia sexual do corpo feminino como satisfação para considerar a existência de uma origem passiva submissa em relação aos homens.
Um novo ideal de feminilidade
Jean-Jacques Rousseau, considerado por extensa secção dos estudiosos de teoria literária como o pai do Emocionalismo, construiu um sistema filosófico que influenciou receita de sobreviver meditar do Oeste (Toledo, 2002). Deste modo, foi gerente de pela construção de uma proposta filosófica, moral política para a sociedade burguesa em subida (Lejarraga, 2002). A gretar dessa perspectiva de uma desigualdade ancorada em uma heterogeneidade morfológica sexual, Rousseau \"inaugurou todo um oração sobre a diferença entre os sexos suas consequências morais sociais, acoplando diferença sexual diferença de gênero\" (Nunes, 2000, p. 38). Nesse sentido, a senhora não seria nem subordinado nem imperfeita, porém excelente em sua peculiaridade. A gretar desse viés, Nunes (2000) considera que Rousseau conseguiu se justificar em frente à moral libertária emergente, porque a exigência feminina seria um intenção da natureza não uma imposição social.
Em sua teorema, homens mulheres se diferenciariam assumiriam diferentes deveres direitos, tanto em relação à vida pública, quanto à vida privada do casório, como afirma o responsável: \"em tudo que refere-se ao sexo, a senhora o varão têm em tudo relações em tudo diferenças\" (Rousseau, 1762∕1973, p. 414). Com isso, para Rousseau (1762∕1973), seria uma futilidade discutir sobre a paridade entre os sexos, porque este e aquele seriam perfeitos atenderiam, qualquer um na sua peculiaridade, aos fins da natureza. Textualmente, escreve o responsável:
Tais relações tais diferenças devem infundir no moral; esta consequência é sensível, conforme a experiência, mostra a futilidade das discussões sobre da preferência ou da paridade dos sexos: tal e como se qualquer um deles, atendendo aos fins da natureza segundo sua destinação pessoal, não fosse mas perfeito nessa situação do que se assemelhando mas ao outro! No que têm de geral, são iguais; no que possui de dissemelhante, não são comparáveis. Uma senhora maravilhosa um varão perfeito não devem assemelhar-se nem de deus nem de fisionomia, perfeitamente não é suscetível nem de mas nem de menos (Rousseau, 1762∕1973, p. 415).
Relativamente da conduta assumida pela senhora, Nunes (2000, p. 43) certifica que esse pensador apontou muitos aspectos inerentes à feminilidade, por exemplo \"fragilidade, timidez, mel, sedução afetividade (...) para este, feminilidade rima com passividade\". Tal padrão de feminilidade de Rousseau fez local de ensino, o século XVIII viu nascer o estampa de um perfil feminino. Nesse sentido, ela seria educada para conformar às necessidades aos desejos masculinos, assumindo a passividade como alguma coisa que faria secção da sua conduta. As mulheres também devem ser úteis constantemente procurar deleitar aos homens, tal e como se deve ler em Rousseau (1762∕1973, p. 415):
É essencial primar que, ainda que Rousseau (1762∕1973) asseverar que a origem feminina está voltada naturalmente para a passividade, para a subordinação para uma maior capacidade de paixão doação, este elabora um projeto instrutivo que, conforme Nunes (2000), seria um amestração da senhora com intenção de ela pudesse suportar o lugar de submissão.
(...) Um deve ser ativo potente, o outro passivo fraco: é necessário que um queira tenha como, basta que o outro resista pouco. Estabelecido este princípio, segue-se que a senhora é feita principalmente para deleitar ao varão. Se o varão deve aprazer-lhe por sua vez, é premência menos direta: seu valor está na sua força; agrada, já pela fácil razão de ser possante (Rousseau, 1762∕1973, p. 415).
Segundo Sampaio (2010), nessa lógica de governo masculina presente na concepção rousseauniana, o sexo feminino estaca em uma posição de nítida resignação ao libido masculino. Isto posto, a visão preponderante é a de que a senhora é feita para deleitar ao sexo masculino; a senhora deveria preocupar-se em satisfazê-lo. Este, por sua vez, só se satisfaria sujeitando-a ao seu libido. Desse modo, bastaria ao varão dominar a senhora, pensada como impreterivelmente subordinada ao libido dele.
Com o propósito de isso acontecesse, isto é, com finalidade de as mulheres submetessem suas fantasias seus desejos à vontade dos homens, elas devem a partir de cedo suportar o que Rousseau denominou de constrangimentos contínuos. Nas palavras do responsável:
(...) As jovens devem ser vigilantes laboriosas; não é tudo: elas devem ser contrariadas a partir de cedo. Esta desgraça, se é que é uma, inseparável de seu sexo; dela nunca elas se libertam senão para suportar outras muito mas hediondos. Estarão a vida inteira escravizadas a constrangimentos contínuos severos, os de decoro das conveniências. É preciso exercitá-las a partir de logo a tais constrangimentos, a término de que não lhes pesem; a dominarem suas fantasias para submetê-las às vontades dos outros (Rousseau, 1762∕1973, p. 429).
De forma, como resultado desse contínuo constrangimento, surgiria na conduta da senhora a docilidade, a passividade, a submissão. A mel seria essencial qualidade de uma senhora, porque ela teria como responsabilidade suportar os falhas que o marido cometesse, sem questioná-los. Sobre essa questão, Nunes (2000) considera que um essencial vista presente no projeto educativo de Rousseau é pressupor que, além de a moça se sujeitar calada, ela deveria fazer isso de bom grado, extraindo daí satisfação.
Desta maneira, tal e como se verifica nesse resumo por toda a proposta rousseauniana, há, no pensamento de Rousseau (1762∕1973), afirmativas misóginas sexistas como essas quando se sustenta a senhora submetida aos constrangimentos julgamentos feitos pelo marido na relação afetiva, suportando as injustiças cometidas por este, sem conseguir questionar sua posição de submissão.
Tal situação deixa concordar com Nunes (2000), a respeito de da teoria de que \"o processo educativo preconizado por Rousseau se assemelha a uma autêntica tortura, onde a urgência de subjugação contínua da vontade das meninas é o termo principal\" (Nunes, 2000, p. 45).
Apesar disso, Rousseau (1762∕1973) também aborda a relevância de uma função complementar entre o par. Deste modo, o responsabilidade do varão seria trabalhar na esfera pública o da senhora, ser a encarregado pelo zelo do lar, dos filhos do marido. Sampaio (2010, p. 29), ao comentar essa perspectiva, constata que \"com Rousseau (1762∕1973) se desenha, logo, um potente retrato literário da família moderna logo nascente, onde o varão é o provedor a senhora ocupa o posto de rainha do lar\". O varão, por sua vez, nessa relação, não poderia ser um marido quebrável, porque poderia tornar a senhora importuno. Sobre a relevância da docilidade feminina, o responsável assevera que:
Fruto desse constrangimento habitual uma docilidade de que as mulheres necessitam durante a vida toda, porque não deixam nunca de se descobrir submetidas ou a um varão ou ao julgamento dos homens, que não lhes é permitido colocarem-se de tais juízos. A primeira a mas essencial qualidade de uma senhora é a mel: feita para obedecer a um ser tão imperfeito quanto um varão, repetidamente pleno de vícios, constantemente referto de defeitos, ela deve aprender a partir de cedo a suportar até injustiças a suportar os falhas do marido sem se queixar; não é por este, é por ela mesma que deve ser guloseima (Rousseau, 1762∕1973, p. 430).
Por conseguinte, seria por conta da particularidade do seu corpo que a senhora estaria destinada a um único lugar social - o lar - a maternidade seria a exclusivamente função que poderia responsabilizar, não podendo exercitar outras funções sociais. Diante dessa perspectiva rousseauniana, Nunes (2000) considera que é interessante notar como a maternidade exigiria das mulheres sacrificar seus anseios, seus projetos, seus direitos pessoais, civis, em nome dos filhos do marido, desse modo \"a teoria de que o ideal de feminilidade supõe que a senhora sacrifique libido em nome do marido dos filhos passa logo a lucrar qualquer vez mas força\" (Nunes, 2000, p. 77).
Desta maneira, haveria, nessa novidade descrição da feminilidade, a concepção de que a senhora deveria ser capaz de suportar sofrimentos, injustiças, subjugação achar prazer naquilo a que estava destinada. Para Nunes (2000), até aquele instante nunca se insistira tanto na premência de sacrifício materno:
Para Kehl (2008, p. 58), Rousseau foi o \"extensa divulgador das virtudes do paixão materno com a publicação do seu Emílio, em 1762\". Como já afirmamos neste trabalho, foi no livro Quinto dessa obra que Rousseau descreveu a esposa apropriada para Emílio, a que serviu de protótipo para a novidade família burguesa.
Desta maneira, desde Rousseau, criou-se um ideal de feminilidade, o que ainda serve como referencial identificatório para mulheres na contemporaneidade, como a asseveração de número reduzido de autores, como Kehl (2008) Nunes (2000). Desta maneira, deve-se declarar que ainda está presente no imaginário social a concepção de que seria por conta do sexo anatômico da senhora que ela estaria destinada a determinadas funções, como a maternidade o desvelo com o lar, , também, destinada a determinadas condutas, como a docilidade, o recato a submissão ao libido masculino. Toda mãe possui de sacrificar sua vontade seu prazer para o muito da família. Os discursos médicos exaltavam a capacidade feminina para o sacrifício. Faz-se um gabo daquelas que morrem para salvar a vida dos filhos do marido. Aprofunda-se a teoria de que senhora que se sacrifica retira desse sofrimento um essencial quantum de prazer. Na glória de tornar-se vítima, a mãe sofrem goza (Nunes, 2000, p. 80).
O descobrir psicanalítico, por sua vez, vem contrapor-se a essas concepções essencialistas naturalizantes, ao propor averiguar os processos de constituição subjetiva, diferenciando-se da concepção de uma feminilidade pré-estabelecida a lascar da anatomia sexual. Próximo, abordamos as contribuições da psicanálise para analisarmos o tornar-se senhora , deste modo, construirmos uma apoio para escutar como o pensamento psicanalítico opõe-se à perspectiva de uma feminilidade já naturalmente real no sexo feminino.
Feminilidade na perspectiva freudiana.
Como abordamos anteriormente, nos séculos XVIII XIX, houve a produção de discursos repressores que buscavam adequar a conduta de mulheres à novidade família burguesa. Segundo Kehl (2008), os homens foram os produtores desses discursos, , à era, não foi provável às mulheres tomarem consciência de que aquela era a verdade do libido de poucos homens médicos filósofos responsáveis pelas formações ideológicas modernas. É nesse contexto social que surge, no século XIX, a histerismo como forma do problema-estar feminino (Kehl, 2008).
Foi a gretar da escuta das histéricas que Freud, em seu consultório, pôde pesquisar o sexual na neurose o infantil na luxúria (Kehl, 2008). A arrebentar dessa escuta, também publicou o seu controverso post \"Três ensaios da teoria da luxúria\", quando rompia, segundo Nunes (2000), com o dispositivo \"perversão-degenerescência-hereditariedade\", o que norteava as formulações psiquiátricas do século XIX. Com isso, além de criticar a concepção verdadeiro sobre o sexual, este afastou essa concepção da perspectiva biológica hereditária.
Aliás, ao possibilitar que as histéricas falassem em seu consultório, Freud admitiu que o sofrimento feminino pudesse ser expresso por meio da fala não unicamente por meio do corpo, como ocorria com os sintomas de conversão que se expressavam nos corpos das mulheres como resultados do conflito espiritual gerador de bastante sofrimento. Segundo Kehl (2008), a conversão histérica era a superior forma de sentença da experiência das mulheres perante ideologia tradicionais de feminilidade. Vale ressaltar que, no ideal de feminilidade de Rousseau, as mulheres eram submetidas ao libido dos homens não podiam falar dos seus desejos sofrimentos, unicamente concordar caladas o que era imposto a elas.
A lascar do contato com esse feminino em sua clínica, Freud buscou, em sua teoria sobre a luxúria feminina, mas do que descrever o que seria uma senhora, buscou questionar como ela se transforma em uma, mediante um processo dependente da trajetória pulsional de qualquer senhora das inter-relações subjetivas não de uma origem feminina predeterminada. Sobre essa questão, Nunes (2000) considera que:
De antemão mesmo de Simone de Beauvoir, Freud demonstrou que a senhora não nasce pronta; tornar-se senhora seria, longe disso, uma possibilidade dependente das inter-relações subjetivas da consequente trajetória que as pulsões sexuais tomariam. argumenta que a psicanálise só deve se perguntar como um bebê se torna senhora, este coloca o exposição psicanalítico como contraditório ao exposição psiquiátrico sexológico do século XIX que pretendeu expressar o que é a senhora (Nunes, 2000, p. 192).
Ao longo da obra freudiana, podem-se primar 2 momentos quando este aborda o processo de constituição da luxúria feminina. O primeiro se alude ao temporada de 1905 até o início dos anos de 1920. O segundo instante ocorre depois 1920 vai até 1933, com o seu escrito \"Feminilidade\", presente no capítulo \"Novas conferências introdutórias sobre psicanálise\".
No primeiro instante, Freud apresenta duas proposições que serão fundamentais para uma compreensão da lascívia feminina na primeira tópica. A primeira teorema é a existência de uma libido masculina que estaria presente tanto em meninos quanto em meninas. A segunda é a fantasia infantil da existência de unicamente um único sexo, o masculino. Essas proposições fizeram com que pequeno número de autoras, como Chasseguet-Smirgel (1988), Nunes (2000) Neri (2005), denominassem de monismo sexual esse primeiro instante da teoria freudiana.
A gretar dessa perspectiva monista da lascívia, quando haveria uma libido masculina unicamente uma zona erógena idêntica em homens mulheres: a masculina, número reduzido de autores, como McDougall (2001), Nunes (2000), Birman (2001) Sigal (2009), afiançam que Freud analisa a luxúria da senhora a lascar do protótipo da luxúria masculina. Sobre essa questão, Birman (2001, p. 181), em seu livro \"Gramática do erotismo: a feminilidade as suas formas de subjetivação em psicanálise\", declara que \"O ser da senhora poderia ser revelado, na sua fé negatividade, por uma especulação com relação ao varão. Seria por confrontação até mesmo por subtração que o ser da senhora poderia ser esclarecido a lascar da quesito masculina\" (Birman, 2001, p. 181).
É apenas no segundo instante, depois 1920, que Freud passa a atribuir uma modalidade à lascívia feminina, ao formular uma novidade concepção da diferença entre os sexos propor um novo padrão de desenvolvimento libidinal para as mulheres (Nunes, 2000).
Freud, nesse segundo instante, ao desenvolver sua tese sobre a lascívia feminina, considera que a senhora não apresentaria um superego poderoso, seria possuidora de uma inveja do pênis por ser castrada, apresentaria uma menor capacidade de sublimar se regressaria para a maternidade com a finalidade de possuir o tão desejado pênis.
É em seu artigo \"Várias consequências psíquicas da diferença anatômica entre os sexos\" que Freud (1925∕1996) concebe o superego da senhora como dissemelhante do presente no varão, visto que, no protótipo masculino, é o temor da castração que deixa o termo do multíplice de Édipo a treinamento do superego. Nas meninas, como não há um motivo para o término do multíplice de Édipo, visto que ela se encontra castrada, não havendo o que temer, o seu superego não seria poderoso , por consequência, apresentaria uma moral pouco desenvolvida.
Sobre a inveja do pênis, este considera que isso ocorre porque elas notam que os meninos possuem um pênis de grandes proporções \" imediata o identificam com o correspondente superior de seu próprio órgão pequeno imperceptível; dessa ocasião em diante caem vítimas da inveja do pênis\" (Freud, 1925∕1996, p. 285).
Relativamente da purificação nas mulheres, Freud, em 1933, diz que elas possuiriam menor capacidade de sublimar, acrescenta também que elas teriam pouco siso de justiça, por conta da inveja do pênis, seriam mas débeis em seus interesses sociais.
Ao metodizar sobre a maternidade, este considera que a senhora se regressaria para a maternidade com objetivo de possuir o tão desejado pênis. Apesar disso, alicerça a maternidade como o único caminho com finalidade de a moça alcance a feminilidade. Em suas palavras: \"a situação feminina só se estabelece se o libido do pênis for sucedido pelo libido de um bebê, desta forma, se um bebê assume o lugar de pênis\" (Freud, 1933∕1996, p. 136).
Segundo Birman (2001), Freud, ao regularizar sobre o sexo feminino como aquele que procura o tão desejado pênis∕falo, para o que a maternidade representa a possibilidade de realização desse libido, acabou se apossando do estalão da diferença sexual construído no século XIX para realizar uma obra libidinal dos destinos do feminino. De forma, este considera que \"a tradução freudiana dos destinos da senhora se fundíbulo nos valores instituídos no século XIX, desta forma, estes pré-princípios é que estão na suporte dos princípios propostos por Freud\" (Birman, 2001, p. 203).
É essencial ressaltar que, ainda que Freud ter sido herdeiro dessas matrizes, este submeteu-as a uma reinterpretação psicanalítica. Desse modo, construiu certos ideias a gretar dessas matrizes, porém também as reconfigurou com originalidade elas adquiriram outra consistência novos horizontes (Birman, 2001).
Diante dessas opiniões freudianas sobre a senhora, é interessante notar que Freud (1933-1932∕1996, p. 143) assevera que sua teoria da libertinagem feminina \"certamente está incompleta fragmentada, nem continuamente parecido aprazível\" sugere que quem queira saber mas sobre a feminilidade que consulte os poetas ou espere pelos avanços da ciência, com finalidade de ela \"tenha como entregar-lhes informações mas profundas mas coerentes\" (Freud, 1933-1932∕1996, p. 143).
Freud (1933-1932∕1996) encerra o post comentando suas dificuldades para olhar da lascívia feminina, visto que, para este, esse seria um mistério. Sobre o oração freudiano relativamente da senhora, Birman (2001) diz que Freud constantemente evocou o esfinge da feminilidade. Por conseguinte, a feminilidade seria alguma coisa da ordem do místico do quase indizível. Para esse responsável, \"isto almeja expor, assim sendo, que a figura da senhora estava sendo concebida por Freud como inconsistente obscura\" (Birman, 2001 p. 182).
É essencial considerar, todavia, que, ainda que Freud caucionar várias concepções presentes no século XIX sobre as mulheres, este também trouxe significativa taxa para se filosofar na constituição da feminilidade, ao questionar como a senhora se transforma em uma. Apesar disso, suas contribuições relativamente da pulsão sexual, do multíplice de Édipo, da androginia psíquica, dos processos identificatórios, da constituição subjetiva outros dignidade inovadores foram essenciais para se meditar no processo de subjetivação como uma experiência de antemão de tudo uno. Desta maneira, o tornar-se senhora seria da ordem de uma construção não de uma núcleo feminina predeterminada.
Assim sendo, numerosos dignidade criados pelo fundador da psicanálise foram fundamentais com finalidade de pós-freudianos pudessem metodizar sobre a feminilidade. Acompanhar, abordamos as contribuições de psicanalistas sobre a constituição da feminilidade a arrebentar dos princípios culturais, que serão fundamentais para o modo de subjetivação das mulheres.
A constituição da feminilidade ideologia culturais.
Neste instante, abordamos como a cultura é essencial no processo de constituição da feminilidade. Segundo Birman (1997), o sujeito se ergue na cultura, deste modo, sem ela não se deve filosofar na constituição do sujeito:
Em psicanálise, enunciar teorema teórica sátira sobre a questão do sujeito na cultura implica sublinhar, logo de início, que é impensável para o exposição psicanalítico tematização sobre o sujeito na exterioridade do campina da cultura. Desse jeito, a cultura é o outro do sujeito, sem a que é improvável filosofar nas condições de possibilidade para a constituição do sujeito (Birman, 1997, p. 9).
Por conseguinte, a cultura, os ideologia culturais que são construídos em qualquer estação lugar, serão fundamentais para se filosofar na constituição do sujeito, da mesma maneira que na constituição da feminilidade. Naturalmente que outros processos psíquicos também são essenciais, todavia, neste post, abordamos a geração de discursos responsáveis por delimitar o que é da feminilidade o que é da masculinidade, sendo que esses discursos contribuem para o apresentação de ideologia que servirão de haveres identificatórias às pulsões.
Desta forma, McDougall (1999), em seu post \"Teoria sexual psicanálise\", considera como essenciais para o desenvolvimento da feminilidade os discursos culturais, ou melhor, o perfil de feminilidade de uma idade do que os pais são uma emanação que incide decisivamente sobre o modo de subjetivação das mulheres.
Nesse sentido, Ceccarelli (2010b) diz que é no começo por canal dos pais do conjunto primordial que a garoto adquire os códigos responsáveis por delimitar o que é ser menino moça em nossa cultura, aos quais a garoto está submetida. Desta forma, \"o que se espera de uma garoto está intimamente sujeito a convenções sociais a menarquia de conduta oriundas de um sistema simbólico em que ela se locomove\" (Ceccarelli, 2010b, p. 275).
Ceccarelli (2010b) também assevera que Freud, ao trabalhar com as perspectivas de masculino feminino, é revolucionário, porque recusa a definição que se baseia em uma verdade anatômica. De forma, para Freud, masculinidade feminilidade são pontos de chegada não de partida. Nesses termos, é essencial considerar que o quesito de chegada é único, porque está relacionado com a particularidade dos processos identificatórios de qualquer sujeito.
Nesse contexto, os processos identificatórios são essenciais na constituição da feminilidade, dado que seria por meio das identificações que a menino poderia comprar os atributos do gênero (Ceccarelli, 2010b). A identificação, segundo Ceccarelli (2010b), é um processo inconsciente que cobija uma ativa própria é essencial na constituição do Eu, visto que este é formado desde uma série de identificações.
Freud, em seu post \"O eu o id\" (1923∕2011, p. 60), ao abordar sobre a relevância da identificação na constituição do Eu, elabora esta consideração: \"deste modo, afirmamos repetidamente que o Eu se constitui, em uma boa parte, de identificações que tomam o lugar de investimentos abandonados pelo Id\".
Sobre o processo de constituição do Eu, Freud (1923∕2011) considera que, ocorre a perda do objeto, como na melancolia, o investimento objetal é sucedido pela identificação do sujeito com o objeto, ocorrendo uma modificação no Eu. Deste modo, a libido do objeto transforma-se em libido narcísica. Este também diz que esse processo é bastante usual nas fases primitivas de desenvolvimento mas uma vez reitera a sua relevância na constituição do Eu: \"(...) o caráter do Eu é um precipitado dos investimentos objetais abandonados, de que contém a história dessas escolhas de objeto\" (Freud, 1923∕2011, p. 36).
Desta forma, a identificação na obra freudiana assume um montante medial que faria dela \"mas do que um mecanismo da alma entre muitos outros, porém uma operação pela que o sujeito humano se constitui\" (Laplanche & Pontalis, 2001, p. 227).
Como os processos identificatórios são tributários do simbólico, da cultura da que fazem secção, é por esse processo que a cultura \"humaniza\", mostrando sua multiplicidade. A gretar dessa perspectiva, deve-se meditar não na existência de uma natureza intrínseca no homem, em uma origem, porém em ideologia culturais responsáveis por padronizar, por regular, por definir o que é ser masculino feminino em nossa sociedade, visto que \"por falta de identidade somos condenados à identificação\" (Ceccarelli, 2010b, p. 281).
É essencial considerar que é na relação edípica que ocorre a identificação aos padrões ideologia de feminilidade masculinidade, tal e como se deve checar na asseveração de Kehl (2008):
É a gretar da travessia edípica que nos tornamos sexuados, marcados pela identificação aos padrões convicções próprios aos gêneros, que nos garantirão a pertinência imaginária a um extensa subgrupo humano - dos homens ou das mulheres; obra que não se dá sem o sacrifício de várias haveres de satisfação da pulsão - entre muitas outras, as haveres bissexuais, primárias no indivíduo (Kehl, 2008, p. 9).
Deste modo, em nossa cultura, encontramos convicções que definem o que é ser feminina, que, no processo de constituição subjetiva, incidirão sobre o modo de subjetivação das mulheres, sendo a relação edípica fundamental com finalidade de ocorra a identificação aos padrões convicções de feminilidade.
Desta maneira, os convicções possibilitam o apresentação de padrões de normalidade, como foi o caso do ideal de feminilidade de Rousseau, encarregado por estandardizar a conduta de varias mulheres no século XIX ainda atualmente no século XXI, como considera Kehl (2008, p. 60): \"o artigo de Rousseau, atual por sua enorme habilidade argumentativa, descreve com nitidez os fundamentos do protótipo de feminilidade que dominou a Europa, sobretudo nos países católicos, durante o século seguinte\".
É essencial considerar que, como afirma Ceccarelli (2010a), as normas de conduta as paquete sociais que servem para qualificar, etiquetar, para definir como os sujeitos devem proceder em sociedade seriam criadas desde discursos que acabam gerando uma ordem repressiva. Neste trabalho, consideramos o oração de Rousseau como gerente de por gerar uma ordem repressiva para as mulheres, dado que suas condutas são normatizadas a arrebentar desse oração.
Essas restrições determinadas pela cultura acabam causando o apresentação de neuroses, como teoriza Freud a partir de 1908. Deste modo, em frente à identificação de mulheres com certos ideologia de feminilidade, como o de Rousseau, que impunha a elas certas restrições em sua conduta, em sua luxúria, estabelecendo como devem agir no espaço privado no espaço público, ocorreu no século XIX uma extensa quantidade de mulheres com graves sintomas histéricos. Acompanhar, aprofundamos essa perspectiva, abordando como certos convicções culturais contribuem para o aparição de neuroses a gretar da repressão da pulsão sexual.
Princípios culturais repressão da pulsão sexual: uma normatividade no libido.
O oração sexista, machista misógino, encarregado por regular os costumes a luxúria, continuamente foi privilégio das elites dominantes, da religião do Estado. Desta forma, não haveria nenhuma sociedade que não tivesse estabelecido limites para o uso da libido.
Não percebemos, todavia, que as normas que controlam nossa inserção social são construções, visto que as consideramos como verdades imutáveis (Ceccarelli, 2010a).
Sobre o limite ao uso da libido imposto pela cultura, Freud, a partir de seu escrito \"Moral sexual civilizada doenças nervosas modernas\", de 1908, aborda essa questão a aprofunda em 1930, em seu escrito \"Problema-estar na cultura\". Este considera que a cultura, em 1908, repousa sobre a supressão das pulsões, deste modo, qualquer sujeito renuncia uma uma parte do seu sentimento de onipotência ou da sua agressividade, o que resultado no ror educacional de meios materiais convicções. Em consequência disso, o processo civilizatório levaria à repressão das pulsões sexuais.
Sobre a relevância dos convicções nesse processo, Ceccarelli (2000), em seu escrito \"Libertinagem preconceito\", defende a concepção de que as renúncias pulsionais impostas pela cultura não bastariam com intenção de houvesse o retorno do sexual concentrado. Desta maneira, os ideologia seriam essenciais para facilitar nesse processo. O responsável afirma também que haveria 2 movimentos simultâneos: o primeiro, presente na origem da história da espécie humana, que está relacionado com as grandes modificações psíquicas, com o propósito de houvesse o recalcamento das moções pulsionais; o segundo movimento, que reforçaria o recalcamento a arrebentar dos ideologia, visto que há pequena eficiência no primeiro movimento. Nas palavras do responsável:
Temos, logo, 2 movimentos simultâneos: o primeiro, presente na origem mesmo da história da espécie humana, refere-se à repúdio do gozo narcísico em dano dos valores culturalizados, o que levou a grandes modificações psíquicas com o propósito de as moções pulsionais fossem recalcadas; o segundo movimento, devido à magra eficiência deste primeiro expediente, venábulo mão dos ideologia para substanciar o recalcamento (Ceccarelli, 2000, p. 31).
Essa repúdio à pulsão transformou-se problemática, porque a pulsão não possui objeto fixo está submetida à dimensão do libido, de forma, ela escapa das formas de controle, como afirma Ceccarelli (2000). Desse modo, os convicções, que são construções que dependem das formas culturais do qual emergem, serão criados para padronizar, monitorar, enquadrar direcionar as pulsões. O sexual infantil completa retornando, mas, por meio dos sonhos, dos atos falhos, dos sintomas, das fantasias dos desejos (Ceccarelli, 2000).
Freud (1908∕1996), ao abordar essa relação conflituosa entre as exigências sociais as pulsões sexuais, assevera que, com a supressão da pulsão, há o início de fenômenos substitutivos, as doenças nervosas. Desta forma, mesmo que as pulsões pervertidas serem suprimidas, essa supressão seria frustrada, visto que elas continuam se expressando de outras formas, como vamos poder ler neste trecho:
Os instintos sexuais inibidos não são mas, é verdade, expressos como tais - nisto consiste o vitória do processo -, porém conseguem expressar-se de outras formas também prejudiciais para o sujeito, que o tornam tão inútil para a sociedade quanto o teria inutilizado a satisfação de seus instintos suprimidos. Aí reside o malogro do processo, malogro que um cômputo final mas do que contrabalança a sua parcela de sucesso. Os fenômenos substitutivos surgidos em consequência da supressão do instinto constituem o que chamamos de doenças nervosas ou, mas pontualmente, de psiconeuroses (Freud, 1908∕1996, p. 176).
Assim sendo, a repressão das pulsões sexuais desde uma moral sexual é encarregado pelo apresentação de neuroses. Para Freud (1908∕1996), uma das grandes injustiças sociais seria a exigência pelos padrões de cultura de uma idêntica conduta sexual, visto que ela impõe pesados sacrifícios para aqueles que não se adequam a tais padrões. Mas, essa desrespeito é sanada com a insubordinação às junções morais.
É também nesse post de 1908 que Freud aborda a existência de uma moral sexual. Ela se daria a arrebentar da existência de uma maior liberdade sexual para os homens, as mulheres manteriam sua conduta conforme a moral vigente, sucumbindo a graves neuroses. Nas palavras de Freud:
A experiência mostra que, com muita regularidade, eles recorrem - embora com teimosia em sigilo - à parcela de liberdade sexual que lhes é concedida até mesmo pelo código sexual mas severo. Essa moral sexual \'\' que é válida em nossa sociedade para os homens é a melhor confissão de que a própria sociedade não acredita que seus preceitos possam ser obedecidos (Freud, 1908∕1996, p. 179-180).
Tomando por apoio essa concepção freudiana sobre a relação entre supressão da pulsão sexual neurose, Kehl (2008) considera que, com o início do novo padrão de feminilidade burguesa, houve uma expressiva revelação de sintomas histéricos; desse modo, a histerismo transformou-se o modo dominante de sentença de sofrimento do espírito no século XIX. Para a autora:
A histerismo é a \"salvação das mulheres\" justamente porque é a sentença (provável) da experiência das mulheres, em um temporada quando os convicções tradicionais de feminilidade (ideologia gerados a lascar das necessidades da novidade ordem familiar burguesa) entraram em profundo desacordo com as recentes aspirações de pequeno número de dessas mulheres sujeitos (Kehl, 2008, p. 182).
Por conseguinte, na frente dos princípios tradicionais de feminilidade do aparição de novos convicções que possibilitavam que as mulheres se posicionassem como sujeitos, há a urgência de sintomas histéricos de modo expressiva, no século XIX.
Em frente ao exposto, compreende-se que certos convicções de feminilidade contribuem para a repressão das pulsões sexuais para as mulheres, o que ocasiona o apresentação de neuroses como a histerismo. Neste trabalho abordamos o ideal de feminilidade gerado desde Rousseau, o que contribuiu ainda contribui com o propósito de mulheres se tornem passivas, submissas, capazes de suportar sofrimento sacrifício em nome do marido dos filhos.
Desta forma, a cultura, por meio dos seus convicções, procura fabricar normas de conduta que não autorizam que as mulheres se tornem quem gostariam de ser a lascar do seu libido. Vale ressaltar que as menorreia do uso da libido, estabelecidas pelos discursos construídos ao longo da história, atreladas ao conseguir à ordem política, ditam o \"normal\" o \"anormal\" em termos de desejos. Nesse sentido, ao confinar o sexual a uma exclusivamente ordem discursiva, acabam fixando a pulsão em uma exclusivamente forma de satisfação (Ceccarelli, 2012). Com isso, sem considerar o trajectória pulsional de qualquer subjetividade, resta ao sujeito a neurose, como a histerismo que atingiu tantas mulheres no século XIX.
Considerandos finais.
Em muitos momentos da história, as mulheres estiveram silenciadas, porque não podiam narrar suas concepções sobre o lugar que ocupavam na sociedade. Apesar disso, eram impedidas de resolver, a lascar dos seus desejos, que mulheres gostariam de ser, como não podiam fabricar saberes sobre o feminino na cultura ocidental. Os homens eram os grandes teóricos sobre o corpo da senhora, a luxúria feminina a feminilidade. Dessa maneira, elas estavam condenadas a se identificarem com discursos misóginos que as mantinham submetidas aos desejos masculinos.
Um desses homens foi Jean-Jacques Rousseau, cuja teoria sobre a existência de uma núcleo feminina dominou a Europa dos séculos XVIII XIX. Considerado o pai do ideal de paixão romântico, foi encarregado por erigir um projeto amoroso que também é uma proposta filosófica, moral política para a sociedade burguesa em subida (Lejarraga, 2002). Nesse projeto, este conjuga sexo, paixão consórcio, apesar disso, estabelece uma relação de complementaridade entre homens mulheres, que se baseava na anatomia, isto é, qualquer um apresentaria uma função na sociedade, a gretar do seu sexo biológico.
Desta forma, seria por conta da anatomia sexual das mulheres que elas devem declinar dos seus próprios desejos se submeterem ao libido dos homens, com o propósito de, com isso, se dedicassem unicamente a cuidar deles, dos filhos do lar.
A maternidade passa, logo, a ter um papel fundamental nessa novidade proposta de feminilidade, como o único orientação provável para a senhora. Neste caso, ela deveria renunciar a seus desejos, \"aprender a partir de cedo a suportar até injustiças a suportar os falhas do marido sem se queixar\" (Rousseau 1762∕1973, p. 430), com o propósito de desta forma se tornasse mãe esposa dedicada. Nesse sentido, desde Rousseau, criou-se um novo ideal de feminilidade encarregado por estandardizar, monitorar, regular definir o que é ser feminina em nossa cultura.
O descobrir psicanalítico contrapõe-se a essa perspectiva no instante quando Freud teoriza sobre o tornar-se senhora ao propor novos ideias fundamentais, como o de inconsciente, identificação, pulsão sexual, entre muitos outros, o que admitiu que escutássemos qualquer sujeito, qualquer senhora a lascar do seu libido não desde uma norma empregada pela cultura. Dessa maneira, uma moral que estabelece uma superior possibilidade para toda gente não leva em consideração a história pulsional de qualquer subjetividade finaliza produzindo neuroses, como foi o caso da histerismo, problema-estar feminino presente no século XIX. A histérica tinha como cosmos simbólico a maternidade, a passividade a submissão ao varão, que compunham um contexto científico que não possibilitava que ela escolhesse que senhora estimaria de ser a lascar da sua singularidade pulsional.
Freud deparou-se com esse feminino em seu consultório possibilitou que as mulheres falassem de seus sofrimentos, gerados por uma cultura repressora misógina. Foi a lascar da escuta dessas mulheres que este pôde analisar o sexual na neurose o infantil na luxúria (Kehl, 2008). Aliás, ao se embatucar em frente a uma senhora, Emmy Von R., Freud descobriu a regra fundamental da psicanálise, associação-de forma livre, sem a que a psicanálise não poderia subsistir. Desta maneira, Freud esteve avante do seu tempo, porque consentiu que o sofrimento espiritual de mulheres fosse escutado em seu consultório, visto que em diversos outros lugares as mulheres não poderiam falar.
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GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA
A mocidade corresponde à temporada da vida entre os 10 e os 20 anos, como a Organização Internacional de Saúde (OMS). Apontada como uma prenhez de elevado risco decorrente das preocupações que traz à mãe ao agora mesmo-nascido, a embaraço neste filete etário deve acarretar obstáculos sociais biológicos, temporada onde ocorrem profundas mudanças, caracterizadas particularmente por incremento rápido, início das peculiaridades sexuais secundárias, percepção da libertinagem, estruturação da personalidade, adaptação ambiental integração social.
Sob o termo prenhez na juventude abriga-se um filete etária que, por bastante tempo, foi considerada a ideal para a senhora ter filhos. Ocorre que esse mesmo acontecimento seja atualmente qualificado como adiantado. No Brasil, nas gerações mais recentes, ocorreu um aumento na proporção de mulheres que dão à iluminação de antemão dos 20 anos; esse incremento, porém, não é significativo por si mesma para justificar o caráter fluente de obstáculo social.
A mobilização social à volta de um entrave não impreterivelmente coincide com um incremento na sua magnitude: transformações processadas no contexto onde este se insere são, várias vezes, mas relevantes para elucidar a preocupação social que suscita.

Logo, é tão essencial examinar o que faz aumentar o número de gravidezes entre adolescentes no Brasil, quanto discriminar os fatores instigantes da maior visibilidade do fenômeno.
O país apresenta elevados índices de adolescentes grávidas. A maior parte das adolescentes que engravida abandona os estudos para cuidar do rebento, o que aumenta os riscos de desemprego submissão econômica dos familiares. Esses fatores contribuem para a perpetuação da pobreza, grave nível de escolaridade, ataque violência familiar, tanto à mãe como à garoto.
Apesar disso, a ocorrência de mortes na puerícia é subida em filhos nascidos de mães adolescentes. A situação socioeconômica, as faltas de base de séquito da gravidez contribuem com intenção de as adolescentes não recebam informações adequadas em relação à alimento materno apropriado, à relevância da lactação sobre a vacinação do garoto.
Também é extensa o número de adolescentes que se submetem a abortos inseguros, usar substâncias remédios para abortar ou em clínicas clandestinas. Isso possui grandes riscos para a saúde da jovem até mesmo risco para toda a vida, sendo uma das primordiais causas de morte materna.
Essas ações acarretam prejuízos às gurias, gerando um impacto na saúde pública, além da limitação no desenvolvimento pessoal, social profissional da gestante.
A estudo do perfil de morbidade desta tira da população possui revelado a presença de doenças crônicas, transtornos psico-sociais, medicamento-submissão, doenças sexualmente transmissíveis desvantagens relacionadas à prenhez, parto puerpério.
A embaraço neste conjunto populacional vem sendo considerada, em pequeno número de países, empecilho de saúde pública, uma vez que deve acarretar complicações obstétricas, com repercussões para a mãe o recentemente-nascido, também complicações psicossociais econômicas.
Quanto à evolução da gravidez, existem referências a maior incidência de anemia materna, doença hipertensiva especial do embaraço, enormidade céfalo-pélvica, infecção urinária, prematuridade, últimas prévias, grave peso ao nascer, sofrimento fetal agudo intra-parto, complicações no parto (lesões no conduto de parto hemorragias) puerpério (endometrite, infecções, deiscência de incisões, complexidade para amamentar, entre muitos outros).
Conquanto, poucos autores sustentam a ideia de que, a gestação deve ser muito tolerada pelas adolescentes, a partir de que elas recebam assistência pré-natal apropriada, quer dizer, precocemente de modo regular, durante a temporada gestacional6, o que nem constantemente acontece, em consequência de numerosos fatores, que vão a partir de a de reconhecimento confirmação da gravidez pela jovem até a complexidade para o agendamento da consulta inicial do pré-natal.
Esses dados são preocupantes devido às possíveis repercussões psicossociais acarretadas pela gravidez adiantado. Argumentou-se que, a prenhez na juvenil idade deve resultar no desabrigo escolar que, o retorno aos estudos se dá em menores proporções, se transforma em difícil a profissionalização o ingresso no conjunto de população economicamente ativa, com agravamento das condições para toda a vida de pessoas já em conjuntura econômica desfavorável.
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HOMENS ADOLESCENTES E VIDA SEXUAL MOTIVAÇÕES QUE CERCAM A INICIAÇÃO DA SEXUALIDADE

Escrevo este post, que não é originalmente meu, efetivamente trago de viravolta pesquisa de 2002 que tratou com maestria o tema que para mim continua bastante atual. A gretar desse preliminar, retomo o estudo original que descreve a trajetória afetivo-carinhosa as razões para o início ou diferimento da vida sexual de adolescentes do sexo masculino, estudo que se deu de modo empírica através de entrevistas de um número de considerável de homens jovens com idade de 15 a 19.
Como o mencionado estudo, o início da vida sexual ocorre, entre muitos outros, por conta da atração física, da curiosidade da libido de perder a virgindade, sugerindo um caráter mais próximo do papel social masculino. De outra forma, a maioria dos adolescentes virgens justificou sua opção por questões de ordem romântica, como não ter encontrado a persona certa ou porque adoraria de matrimoniar-se virgem, no mínimo esses eram as opções à estação.
Os resultados das entrevistas revelaram um duplo padrão social quando há a valorização do sentimento de paixão entrega à persona namorada juntamente à necessidade física instintiva para o sexo.
Poucos padrões tradicionais de traços da masculinidade, como a decomposição entre sexo paixão, parecem estar sendo transpostos no tocante à começo sexual, revelando multiplicidade nos modos de sobreviver a luxúria na juventude que, por sua vez, estão relacionados à saúde sexual reprodutiva dos homens suas parcerias.
Faz-se cá um parêntese para alongar que à idade a busca não identificou número reduzido de tabus que atualmente são evidentes latentes entre os homens dessa fita etária, que são a ejaculação precoce, a disfunção erétil o desconforto com o tamanho do órgão genital, temas que posso declarar a partir de busca atual, porque estes são temas campeões de procura no google.
Os quesitos ósculo namoro mostraram-se quase universais na população em estudo, possivelmente porque tendem a acontecer nos primeiros anos da mocidade, quer dizer, de antemão da temporada percebida entre os 15 19 anos de idade, onde os adolescentes entrevistados estão incluídos.
Esse fato assemelhava a sugerir que as primeiras manifestações afetivo-amorosas, possivelmente, as primeiros ensaios pré-sexuais, que geralmente estão presentes em relacionamentos de namoro, ocorrem preponderantemente de antemão dos 15 anos de idade.
A relevância do acontecimento “permanecer” é traduzida pela pausa de tempo entre o primeiro ósculo o primeiro namoro, revelando que é um gênero de relacionamento que não pressupõe compromisso entre as partes, porém que faz uma parte do roteiro de experimentação sexual dos adolescentes.
Nessa temporada também é que ocorrem os obstáculos com a libertinagem mencionados, sendo a ejaculação antecipado o mais evidente deles, porque secção da premissa da impaciência que é bastante propriedade dessa idade, mormente com a chegada das redes sociais, que catalisaram as relações, tomando-as, várias das vezes clandestinas, posto que a luxúria entre jovem ainda é tratantada como tabu pela sociedade.
Segundo indicado pelo estudo mencionado há uma certa convergência da idade dos homens em relação às suas primeiras parcerias no tocante aos beijos namoros, contrariamente ao que ocorre com as mulheres, quando seus associados são usualmente mais velhos.
Por sua vez a primeira relação sexual foi relatada pelos entrevistados por menos da metade dos garotos entre 15 19 anos de idade observou-se que tal acontecimento vai ganhando maior dimensão ao longo da juvenil idade, com poderoso evidencia depois os 16 anos de idade, foi observado um salto em sua proporção em confrontação aos 17 anos de idade.
No contexto de princípio sexual, as primeiras parcerias mostraram-se relativamente mais velhas (quase 1,5 ano), número reduzido de entrevistados relataram que a início sexual se deu com mulheres mais velhas, várias vezes, também já experientes sexualmente, quando no maior número das vezes ação foi da senhora não mas deles.
De outra forma, algo mais da metade dos adolescentes com experiência sexual prévia relatou que sua principal motivação para a início sexual foi a atração pela primeira parceira, ou mesmo pelo primeiro parceiro, a depender da orientação sexual. Cá faz sentido a teoria que o objeto de libido desses homens seria de ordem física, de forma, o primeiro ato sexual compreenderia uma forma de satisfação do instinto da premência de entregar vazão à atração.
Já para outros tantos entrevistados, a curiosidade foi o mote para a começo sexual tanto quanto a libido de não ser, mas virgem, revelando um caráter maior de experimentação. Pelos relatos, deve-se concluir também que há, bastante provavelmente, um código de conduta prescrevendo que, em determinado instante ou desde uma certa idade, a virgindade passa a ser um peso na vida dos adolescentes, servindo também como elemento de pressão com intenção de haja a início sexual.
Depreende-se que, número reduzido de adolescentes iniciaram a vida sexual claramente porque se sentiram pressionados pelas suas parceiras ou associados, porém outra secção considerável, mas de 68%, deve ter sido estimulada a iniciar sua vida sexual sob uma outra forma de pressão, sutil , várias vezes, inquestionável, por causa da disseminação de um protótipo de maneiras sexual ditado, entre muitos outros, pelos pares que, por sua vez, também estão sujeitos às normas sociais que modelam condutas sexuais.
A baixa proporção de adolescentes que apontou ter iniciado sua vida sexual por paixão ratifica que a paixão o sexo seriam, para esses homens, ensaios que correspondem a circuito distintos, ao invés de do que a busca identificou por intermédio de outro estudo conformado com as mulheres adolescentes, quando a paixão foi a motivação, mas referida para a início sexual.
A busca a que me baseio refere dados que relataram que 71,1% dos, mas de milénio adolescentes de um e outro os sexos entrevistados em uma comunidade de baixa renda da cidade de Recife, Pernambuco, Brasil, identificaram o envolvimento sexual como premência, mas geral ao varão do que à senhora, o que sugere ainda ter um padrão hegemônico de masculinidade, ao que os homens sofrem pressões sociais para endossar.
Cabe enfatizar ainda que uma conferência entre os argumentos dos adolescentes "com" "sem" experiência sexual faz emanar um certo contraponto entre um outro, sugerindo um duplo padrão social no contextura da primeira experiência sexual, há a valorização do sentimento de paixão entrega à persona namorada concomitantemente se advoga a pressa física instintiva outrossim que uma intencionalidade ativa ininterrupta para o sexo, respaldado também nos relatos de que pretende engajar-se sexualmente "para provável".
Os resultados dessa procura confirmaram que os homens necessitam ser vistos em sua singularidade multiplicidade, porém também na contextura de suas relações com o outro, seja a parceria afetivo-sexual, seja seu conjunto de iguais, outrossim que com sua rede de inserção sócio científico, em atenção a sofrem pressões sociais para ratificar modelos de uma certa masculinidade dominante.
Ainda, padrões tradicionais de masculinidade, como a rescisão entre sexo paixão, parecem estar sendo transpostos no tocante à princípio sexual, momento os homens adolescentes buscam viver modelos de meretrício segundo variados outros referenciais além do tradicionalmente convicto à masculinidade, contemplando, numerosas vezes, as questões da paixão, romance compromisso nos primeiros relacionamentos sexuais.
Para concluir, os profissionais de saúde devem estar preparados, porque, para a diversidade dos modos de subsistir a juventude de viver a luxúria na juventude, também o impacto que tais resoluções podem ocasionar na saúde sexual reprodutiva dos homens adolescentes suas primeiras parcerias sexuais.
Ainda assim, deve-se ter em vista que a compreensão dos aspectos que cercam a conduta sexual de homens adolescentes possibilita também uma maior compreensão da sua consequência para as mulheres, para a vida em parceria para atingir uma maior justiça de gênero.
Para mais informações sobre o tema no link abaixo:
https://www.scielosp.org/article/csp/2007.v23n1/225-234/pt/
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MULHERES VIOLENTADAS SEXUALMENTE E A SEXUALIDADE REPRIMIDA

Me dispus a escrever esse artigo, para trazer à baila um tema tabu na sociedade, tema esse que está no campo da sexualidade, que mantém uma relação inerente com o gênero feminino, cujo desenvolvimento social está intimamente relacionado com os movimentos sociais, principalmente do final do século passado.
De início, cumpre entender que o indivíduo moderno constitui-se em duas facetas, uma referente à sua constituição como sujeito político, portador de direitos de cidadania e uma outra com relação à sua solidariedade subjetiva, por inúmeros dispositivos disciplinares que transformam as experiências do gênero e da sexualidade centrais para a constituição das identidades de gênero. Essa concepção de sujeito tem origem em determinada percepção cultural, temporal e histórica, que se distribui nas diferentes sociedades de modo também desigual.
Por conseguinte, a questão de gênero funciona como precursora no modo como a experiência sexual é vivenciada pelos sujeitos, na medida em que as trajetórias masculinas e femininas são drasticamente distintas. Não precisamente pelas diferenças visíveis em seus respectivos corpos, mas principalmente em função da forma como as expectativas e as ideações com relação à experimentação sexual são marcadas pelo gênero, incluindo processos da cultura que muitas vezes se mostram de maneira sutil, relacionado à concepção de como se comportar com relação aos seus corpos.
Nesse contexto, evidenciando que a sexualidade e o papel da mulher estão intimamente ligados, pois não só com relação aos direitos e vida social existia desigualdade entre os gêneros, mas assim como na relação sexual, o homem também era considerado superior. O poder da igreja, da medicina e do homem por um longo período da história foram exaltados, ditando as regras da sociedade.
A igreja desempenhou forte influência na sexualidade, em especial nas mulheres que deviam se submeter a papéis estereotipados, impedidas de experienciar o prazer sexual. Uma vez que qualquer forma de prazer que não tivesse como objetivo a procriação era julgado como pecado.
O uso do termo patriarcado enquanto um sistema de dominação dos homens sobre as mulheres possibilita visualizar que a dominação não está presente apenas na esfera familiar, trabalhista, na política ou na mídia, mas sim como composição da dinâmica social como um todo, estando inclusive, no inconsciente de homens e mulheres individualmente e no coletivo, enquanto categorias sociais.
Essas questões influenciam em como a mulher vê o sexo hoje, uma visão construída cultural e socialmente, movida por crenças que passaram de gerações para gerações, determinando como deve comportar-se, através de um papel idealizado e submisso que pouco a permite viver de forma saudável e prazerosa esse aspecto da vida.
A violência sexual faz parte de uma grande margem da violência contra a mulher e ocorre em populações de diferentes níveis de desenvolvimento econômico e social, em espaços públicos e privados, e em qualquer etapa da vida da mulher.
É caracterizada como a ação que obriga uma pessoa a manter contato sexual, físico ou verbal, ou participar de outras relações sexuais com uso da força, intimidação, coerção, chantagem, suborno, manipulação, ameaça ou qualquer outro mecanismo que anule o limite da vontade pessoal.
Em alguns casos, a violência sexual pode levar inclusive à morte, tanto por homicídio como por suicídio. Pesquisas apontam que nesses casos, a vivência de violência, é um dos motivos precipitantes deste ato, ressaltando que as perdas interpessoais, as dificuldades de relacionamento e as histórias de violência física, verbal e sexual constituem as principais causas de tentativas de suicídio.
A situação na qual nos encontramos, hoje, com relação à violência sexual contra a mulher, está relacionada com a forma em que foi construído o papel feminino e a sexualidade na sociedade ao longo da história. A mulher era vista como maternal, submissa, dependente, frágil e sem autonomia. Suas tarefas eram cuidar da casa e dos filhos, afastando-se cada vez mais das funções sociais.
Consideradas poses de pais e maridos que tinham total controle sobre elas. Toda essa trajetória de dominação reflete atualmente, tanto da violência sexual contra a mulher, quanto na própria vivência da sexualidade delas.
Danos sociais também são enfrentados pelas vítimas de violência sexual, uma vez que muitas mulheres acabam sofrendo preconceito e discriminação pela sociedade. A humilhação e o constrangimento são bem frequentes, visto que elas, muitas vezes, são colocadas na posição de culpadas e rotuladas como provocadoras ou passivas. Por conta disso acabam evitando os atendimentos, para não serem julgadas ou mesmo por acreditar que de fato são culpadas.
Sendo assim, faz-se oportuno recomendar novas produções científicas, em especial na área da psicologia, referente ao tema, pois, a maior parte das pesquisas realizadas sobre a violência sexual contra a mulher está na área da medicina ou enfermagem. Nesse sentido, vale dizer que há diversos estudos que focam a violência com crianças e adolescentes, e não contra esta parcela especifica da população.
Como conclusão, com relação ao método de pesquisa, o sociodrama mostrou-se muito adequado, proporcionando às participantes, encontrarem a solução que convém ao momento presente, a verem um início de um caminho a ser seguido para superar o trauma da violência e as dificuldades que apareceram junto com ela.
Assim, a possibilidade de escolher e reencenar completou o processo espontâneo e criativo grupal, permitindo olhar de outra maneira, uma ressignificação, visto que o sociodrama tem como princípio central exteriorizar o que se oculta nas relações e faz o adoecer social, buscando respostas mais saudáveis.
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A feminilidade ativa
Vamos abordar essa temática a partir de um olhar cinematográfico, melhor dizendo, a partir do filme MAD MAX, no qual a questão das representações de gênero não são apenas inovação nos estudios de cinema. A exemplo disso a sátira cinematográfica feminista britânica, Laura Mulvey, trouxe questionamentos essenciais nessa paisagem em sua tentativa pioneira Prazer visual cinema narrativo, como passaremos a discutir doravente.

Por essa linha, utilizando-se dos estudos da psicanálise semiótica, a citada autora focou suas pesquisas nas composições da escopofilia, do voyeurismo do que ela veio a invocar de male gaze, quer dizer, o olhar masculino como dominante nas instâncias de prazer por meio do reparo discreto da testemunha na sala escura.
A relevância feminina está no que ela provoca representa, o que ela justificação no herói é o que rege a ação da narrativa, isto é, homens agem mulheres são constantemente coadjuvantes. Vede enorme diferença da representação do feminino do masculino no cinema clássico.
Desse modo, conforme Mulvey, a testemunha masculina projeta suas fantasias na tela, reproduzindo relacionando continuamente sua masculinidade à ação ao domínio (do feminino da narrativa), as mulheres estão relacionadas à passividade, à fatuidade à espetacularização de seus corpos.
Entretanto, não é provável definir o cinema como um sistema homogêneo, tanto de produção quanto na chave do simbólico. A trilogia Mad Max (1979-1985) seu prolongamento Passeio da fúria (2015), de George Miller, trazem questionamentos instigantes relativamente desse enaltecimento do masculino no cinema.
O filme Mad Max ganhou notabilidade como um lírico à masculinidade suasório, lançou Mel Gibson ao olimpo cinematográfico hollywoodiano transformou-se um clássico inesperado, cultuado por gerações de homens que projetavam no Max, de Gibson, seus anseios masculinos por devastação a mascote por carros, jaquetas de pele armas.
Por conseguinte, ao penetrar na chave narrativa de Mad Max, o hibridismo entre o gênero Road movei o pós-apocalíptico traz uma particularidade importante: a procura por liberdade desacorrentamento dos grilhões sociais, típicos dos Road moveis, não se exibe na relação que Max estabelece com a caminho, porém com a totalidade escassez dela.
Nessa esteira, a devastação do planeta das estruturas da sociedade como conhecemos ampliam os horizontes onde, no cosmos desértico de Wasteland, tudo é passeio é caminho.
Por seu turno, como explica a novelista mestra da Universidade de Técnica de Sidney, Délia Falconer, em experiência sobre o filme, publicado em 1997, a não-passeio de Mad Max juntamente quando, num terreno sem lei, deve desencadear um processo grotesco de violência vexame, também deve apresentar uma possibilidade libertadora as normas hegemônicas, alterando a ordem simbólica das relações de controlar estabelecendo, desta forma, novas relações entre os seres.
Em Mad Max, a masculinidade está situada no interno das fantasias de violência, liberdade libertação - que também abraça a situação dos jovens \"garotos de guerra\" presentes em Caminho da fúria - fantasias que são realizadas em oposição à família, ao recita ao controle.
A obra pós-apocalíptica de Miller, simultaneamente que se desfaz das relações de conseguir, a erótica. A presença do homo erotismo é metódico, sobretudo em A caçada continua (1981).
Assim sendo, a estética que mistura o ciber. Punk com a bondade, inspirada no BDSM (sionismo para a sentença "bondade, disciplina, domínio, submissão, sadismo masoquismo), presente em todos e cada um dos filmes da franquia pela mascote com as vestes de epiderme, traz novas representações do masculino que destoam se distanciam da constituição masculino alpha/dominante senhora/submissa.
Desse modo, embora além da superfície de emasculação de Mad Max, encontram-se reflexões sobre a masculinidade que descontroem a notória relação virilidade/heterossexualidade, tão difundida pelo tino geral. Em Rastelando, a lascívia masculina é um jogo sexual político, o BDSM é a erotização das relações de conseguir sem exercê-las na verdade, diferindo-se do ser capaz social.
Na linha de Michel Foucault, em sua obra História da lascívia, "(...) o jogo do S/M é bastante interessante porque, relação estratégica, é continuamente fluida. (...) é uma fita de estruturas do conseguir em um jogo estratégico, capaz de procurar um prazer sexual ou físico".
Por seu turno, se já haviam sutis distorções de dominância nos três primeiros filmes, Passeio da fúria apresenta uma alteração quase completa das representações de gênero em sua construção narrativa, tanto em relação à masculinidade, como já foi citado, quanto nas profundas implicações questionamentos sociais, estéticos, teóricos de linguagem explícitos no filme.
Por conclusão, temos que Max, como símbolo etéreo do viril, já não representa, mas a força viril da masculinidade socialmente construída, porém a decadência dela junto com o planeta que a masculinidade domina.
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A MIDIATIZAÇÃO E AS RELAÇÕES AMOROSAS
O homem é por primazia o ser que se comunica com outros humanos através de muitos canais, por exemplo, jornais, celulares ou quaisquer gadgets, etc. Marcado por expressões como “net das coisas” “pós-humano”, temos a informação como atividade eminentemente humana.

Nessa risca de raciocínio, segundo melhor literatura, “falar de notícia entre objetos é sem razão ou supõe colocar uma cruz em cima da notícia humana”. Por um ângulo materialista, um celular não é simplesmente uma “coisa”, porque este é fruto do trabalho humano. O sujeito social da informação, é, desta maneira, mediano para as teorias da notícia – continuamente envolvendo questões de controlar.
Ademais, outro traço de raciocínio levantada pela literatura hodierna diga que “Nunca os computadores as máquinas cibernéticas mais complexas (...) se desligam do varão, mesmo teoricamente parecem produzir os próprios modelos de ação”.
Pelo contexto, que desejamos expressar é que as técnicas a informação são inconcebíveis, de forma por norma geral, fora das relações de controlar humanas, de nodo que, mais do que louvar a participação dos usuários, precisamos assimilar como eles participam tal e como se dá essa “escalabilidade” na circulação dos processos comunicativos – até o momento que detalhe são reforçadas hierarquias já circulantes nos processos sociais.
Nessa toada, pensamos os processos comunicacionais como lugar de embates, como disputas falador sociais, vamos poder observar como circulam aspectos distintivos – particularmente de gênero nível, que se traduzem em desigualdades, na informação que se relacionam a uma produção social do paladar, que nunca é neutro: nas disputas de “paladar/não palato”, “sou/ não sou” vamos poder filosofar, como no escrito de métodos discursivas de qualificação desqualificação do sabor da eminência.
Dessa feita, temos a dizer que os usos dos dispositivos comunicacionais não são gratuitos ou aleatórios, porque são controlados por sujeitos sociais de notícia: não existe um “modo certo” de usá-los, porque, de alguma forma, os dispositivos seus usos não podem ser descolados dos processos sociais das relações de conseguir.
Assim, os dispositivos comunicacionais funcionam como um sistema de posicionamento global, dizendo por onde continuar por onde não acompanhar, convocando os sujeitos a serem de uma forma não de outra, chamada essa que também impacta nos corpos (é essa propensão que este – em um sentido Foucault Iana – de convocações bi políticas dos dispositivos comunicacionais).
Salienta-se que, à mercê disso é que procuramos entender que e como se dá a circulação produção de sentidos valores, com seus embates, nos processos comunicacionais. Para isso, partimos particularmente da definição de “oração circulante”, como “uma soma empírica de enunciados com visada definicional sobre o que são os seres, as ações, os eventos, suas peculiaridades, seus comportamentos os julgamentos a estes ligados”, tem funções de instituições do ser capaz/contrapoder de regulação do cotidiano social.
Ante essa temática podemos refletir que as relações amorosas o próprio sexo em contexto de midiatização envolve a compreensão das mudanças nas formas de interação nos processos comunicacionais, em busca a lascar dos “mundos midiatizados”: “ estamos apaixonados, nós nos conectamos às outras pessoas de várias formas. Várias dessas conexões envolvem mídia” – a partir de ir ao cinema juntos até tirar fotografias em geral para colocar no Instagram ou discutir o relacionamento por mensagens de escrito no celular.
Desse modo, vamos poder meditar no “cibersexo” ou “sexo midiatizado”, que para não é bastante dissemelhante do “ato praticado com um parceiro de mesocarpo espinha”, porque para este, mesmo então, “o corpo ‘real’ do outro serve somente de base para nossas projeções fantasmáticas”. Já esse “sexo midiatizado” significa converter o sexo em um jogo de videogame com suas imagens avatares: “o cibersexo apresenta uma série de ilusões: corpos perfeitos, encontros sexuais planejada intimidade banal”.
Portanto, partimos da constatação de que o Grindr é uma das metrópoles midiatizadas atuais, tomadas como circuito de “solidões interativas”, “solidões conectadas” ou de “amores líquidos”. Nesse sentido, esse aplicativo deve ser considerado um locus para consumo midiatizado de um sentido de cidade de imagens, que se relacionam a uma produção social do palato. Quais imagens circulam com que sentidos?
Cumpre ressaltar que, algumas indagações pertinentes a saber, Quais versões do “Outro” – no sentido de alteridade – que aparecem em nossas telas? Ou reforçamos somente os contatos com o semelhante em comparação com próprio Grindr?
A partir dessas premissas, vamos poder meditar, por um lado, o Grindr aplicativos semelhantes a lascar da metáfora da “lista humano” – quando as imagens os corpos são valorizados, por outro, como ocorrem mudanças na urbanidade com o objetivo de relacionamentos a lascar dos dispositivos comunicacionais, por vezes, auxiliando nessa relação.
Temos em conta que o dispositivo Grindr é utilizado prevalecentemente por homens gays (ou bissexuais) à procura de qualquer gênero de relacionamento. Não é nossa pretensão cá discutir longamente sobre a questão LGBT ou teorias ligadas a gênero lascívia, porque já há uma vasta bibliografia sobre o ponto, porém unicamente faremos poucos apontamentos de modo a meditar o contexto onde se insere o aplicativo em questão.
Pelo exposto acima, podemos concluir que os discursos presentes no aplicativo, de alguma forma, nos fazem meditar hierarquias desigualdades no sentido de uma “normalização discursiva” – reproduzidas em um lugar (aplicativo) frequentado por homens gays. Mostra como a lascívia foi silenciada, contida reprimida ao longo dos tempos.
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