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Algumas das coisas que nos fazem respirar, refletir e escrever. - Por Alessa e Denis
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orespirar · 1 year ago
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Cristãos devem celebrar o Dia de São Patrício?
Stephen Nichols
Quando se trata de Saint Patrick (ou São Patrício), a história verdadeira é ainda mais emocionante do que a lenda e o mito. Os fatos são muito melhores do que as fábulas. Neste dia de São Patrício, tornou-se comum falar sobre duendes, trevos, potes de ouro e o verde: verde em todos os lugares. Notoriamente, no rio da cidade de Chicago é despejado cerca de 20 litros de um corante [esverdeado] secreto. Uma faixa de corrida verde atravessa a cidade.
Mas muito antes de haver o mito de São Patrício, havia o Patrício da história. Quem foi ele?
Patrício nasceu em 385, na Grã-Bretanha romana, conhecida hoje como Dumbarton, na Escócia. Patrício começa sua Confissão autobiográfica com esses primeiros versos:
Meu nome é Patrício. Sou um pecador, uma pessoa simples e o menor de todos os crentes. Sou menosprezado por muitos. Meu pai se chamava Calpornius. Ele foi diácono. Seu pai era Potitus, um padre que morava em Bannavem Taburniae. Ele morava ali perto, e foi dali que me levaram cativo. Eu tinha cerca de dezesseis anos, na época.
Patrício não menciona boa parte de seus primeiros dezesseis anos. Mas quem pode culpá-lo? Ser capturado por piratas irlandeses bárbaros aos dezesseis anos é uma situação bastante emocionante para se começar uma história. Quando os piratas desembarcaram na costa irlandesa, eles levaram Patrício cerca de 300 quilômetros para o interior, onde ele trabalhou como pastor de ovelhas e agricultor. Seis anos depois, Patrício teve um sonho vívido (ou uma visão) na qual lhe foi mostrada uma rota de fuga. Encorajado, ele fugiu de seus raptores, viajando de volta os 300 quilômetros até a costa. Quando ele se aproximou das docas, havia um navio britânico esperando. As velas se desenrolaram e logo Patrício estava em casa. Mas ele não ficou muito tempo por lá.
Antes de ser prisioneiro, a fé cristã de Patrício significava pouco para ele. Porém, durante seu cativeiro, isso mudou. Sua fé, anteriormente dúbia, confusa, intensificou-se, e serviu para guardá-lo naqueles dias longos e sombrios [na Irlanda]. De volta à sua terra natal, ele se comprometeu seriamente com sua fé. Tornou-se padre, e logo sentiu uma tremenda responsabilidade em relação às pessoas que o haviam sequestrado. Então ele voltou para a Irlanda com uma missão.
O maior objetivo de Patrício era ver a Irlanda pagã convertida. Esses esforços não foram bem aceitos por Loegaire (ou Leoghaire*), o rei pagão da Irlanda pagã. Patrício enfrentou perigos e muitas ameaças em sua vida. Teve até que andar com uma adaga. No entanto, apesar desses contratempos, Patrício persistiu. Eventualmente, o rei se converteu e foi batizado por Patrício, e grande parte do povo da Irlanda seguiu seu exemplo. Uma lenda posterior diz que Patrício livrou toda a Irlanda de cobras. As cobras não eram nativas da Irlanda na época. Ao contrário disto, porém, Patrício livrou a Irlanda de condutas criminosas e de uma barbárie cultural e civil, trazendo não apenas o cristianismo para a Irlanda, mas também uma ética totalmente nova. Não faz muito tempo que o livro mais vendido do New York Times argumentou que São Patrício e sua Irlanda salvaram a civilização.
Patrício seria conhecido como o “Apóstolo da Irlanda”. Ele plantou igrejas, sendo a primeira, provavelmente, em um lugar chamado Saul, na Irlanda do Norte, mais para o interior da costa, e logo abaixo de Belfast. Ele foi plantando mais igrejas enquanto cruzava o país. O desafio em relação a Patrício é examinar as lendas a seu respeito. Vejamos o trevo, por exemplo. Alguns biógrafos afirmam definitivamente que Patrício usou o trevo como uma lição prática para ensinar aos pagãos sobre a Trindade, ou seja, que Deus é um em essência e três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo. Não há evidências, entretanto, para tal afirmação.
Curiosamente, como boa parte de sua lenda, São Patrício nem sequer é um santo. Ele nunca foi canonizado pela Igreja Católica Romana. O próprio Patrício nos disse que era um pecador, não um santo.
Diz ainda a lenda, que Patrício morreu em 17 de março de 461. Ele provavelmente morreu em Saul, onde plantou sua primeira igreja. Há, no topo de uma colina com vista para a cidade, um monumento significativo em sua homenagem. Painéis representando cenas da vida de Patrício circundam a base do monumento. 
No entanto, o que lança uma sombra muito maior do que o monumento, é o Dia de São Patrício. E aquele dia, em meados de março, levanta uma questão significativa: os cristãos deveriam celebrar o Dia de São Patrício? Bem, se o fizer, você pode considerar usar laranja. Laranja? Eis o porquê. Depois de 1798, a cor verde passou a ser intimamente associada ao catolicismo romano, e a laranja, ao protestantismo, em homenagem a Guilherme de Orange, o rei protestante. O feriado certamente não deve ser utilizado para festas e celebrações excessivas. Mas vestir laranja e tentar contar às pessoas quem realmente foi São Patrício pode ser uma boa maneira de comemorar.
Portanto, Patrício é melhor lembrado não pelas lendas e fábulas, e também não pela forma como seu feriado tende a ser celebrado. Talvez nos lembremos melhor dele refletindo sobre “O Peitoral de São Patrício”, que tradicionalmente tem sido atribuído a ele. A palavra "peitoral" é uma tradução da palavra latina lorica, uma oração, especialmente para proteção. Essas orações eram escritas e, às vezes, colocadas nos escudos dos soldados e cavaleiros quando eles saíam para a batalha. A Lorica de São Patrício aponta para além de si mesmo e de sua vida de aventuras. Ela aponta para Cristo, Aquele a quem ele proclamou ao povo que o levou cativo:
Cristo comigo,
Cristo diante de mim,
Cristo atrás de mim,
Cristo em mim,
Cristo abaixo de mim,
Cristo acima de mim,
Cristo à minha direita,
Cristo à minha esquerda,
Cristo quando me deito,
Cristo, quando me assento,
Cristo quando me levanto,
Cristo no coração de cada homem que pensa em mim,
Cristo na boca de todos que falam de mim,
Cristo em cada olho que me vê,
Cristo em cada ouvido que me ouve.
Nota do Editor: Este artigo foi originalmente publicado em 17 de março de 2021.
*Nota da tradutora: pronuncia-se “Leeree”, como no inglês.
Texto original: https://www.ligonier.org/learn/articles/who-was-saint-patrick-and-should-christians-celebrate-st-patricks-day
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orespirar · 2 years ago
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O sentido da vida e da morte
Terminei, esses dias, de ler o livro "A Morte de Ivan Ilitch", de Leon Tolstoi. Essa é uma história curta, porém, triste. Muito triste. O personagem que dá nome à obra vive uma vida focada no que não é importante e, quando se vê diante da morte, ele começa a questionar se viveu como deveria, qual o sentido da vida (e, portanto, da morte) e por que ele está passando por tudo aquilo.
Essa história me fez pensar muito sobre estas mesmas questões. Mas diferente de Ilitch (um personagem fictício, mas que refletia as inquietações do autor do livro), quando paro para refletir nestas mesmas indagações, encontro respostas diferentes das do personagem.
Há dois anos, muitos de nós tem acompanhado a luta de nossa irmã Arielle Pedrosa contra o câncer. Quando ela descobriu a doença, já estava em metástase, e quando li seu relato, na véspera do natal de 2021, custei a crer no que lia. Tive que ler e reler umas 3 vezes para entender que ela não se referia a outra pessoa, mas a ela mesma. Como assim? Uma moça tão jovem, esposa, e mãe de 4 filhos, tão dedicada a compartilhar com outros aquilo que ela mesma estava aprendendo…
Hoje, dois anos depois, acompanhamos, entristecidos, a partida de nossa irmã amada, a dor de seus familiares e amigos mais próximos, a dor da Igreja que sofre quando um membro do Corpo sofre, e muitas vezes, nos fazemos perguntas que, graças ao Senhor da Vida, temos as respostas. Não as que queríamos, muitas vezes, mas aquelas que precisamos saber. Nosso coração dolorido pela realidade da morte recebe consolo dAquele que sabe o que é sofrer. O Espírito Santo nos traz à memória o que nos pode dar esperança. E o Pai nos acolhe em Seus bondosos e amorosos braços, enquanto as lágrimas nos caem dos olhos. Diante dessa realidade que não entendemos, e que muitas vezes não aceitamos, temos este amor tão grande, que sequer podemos compreender, mas onde podemos descansar, ainda aqui, deste lado da Eternidade, sabendo que "[Ele] lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram." Ap 21:4. Há sentido na vida e há, também, sentido na morte. Ela não tem a palavra final, pois Cristo já é vitorioso sobre ela.
O testemunho desta fiel irmã ficará por gerações, não apenas com seus filhos, mas com todos os que, como eu, puderam aprender mais de Cristo, seu (e nosso) amado Salvador através de sua produção, sua fé, seus talentos e dons. Louvado seja Deus pela vida de Arielle.
‭‭"Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. Quer, pois, vivamos ou morramos, somos do Senhor." Romanos‬ ‭14:8‬
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orespirar · 3 years ago
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A Esperança do Porvir
Como um dos nossos pastores na City Church Dublin pregou hoje, nos lembrando do que é realmente importante, falemos sobre esperança. Ele citou um trecho do livro de John Piper, chamado Não Jogue Sua Vida Fora (Don't Waste Your Life) que me fez enxergar a dura realidade que enfrentaremos em breve no Brasil, mas de uma perspectiva correta. - A situação no Brasil já está complicada faz tempo, eu sei, mas tende a piorar.
O trecho é: "Por que as pessoas não nos perguntam sobre a nossa esperança? A resposta é que, provavelmente, parecemos esperar as mesmas coisas que elas. Nossas vidas não parecem seguir o caminho da cruz, privadas de certas coisas por amor sacrificial, servindo aos outros com a doce certeza de que não precisamos ser recompensados ​​nesta vida." - Livre tradução.
Daí, pesquisando, encontrei outra frase que complementa a ideia (já que é do mesmo livro, claro). Mas, atenção! São duras palavras:
"Sou programado, por natureza, a amar os mesmos brinquedos que o mundo ama. Começo a me adaptar; começo a amar o que os outros amam; começo a chamar esta terra de "lar". Antes que se perceba, estou chamando luxos de "necessidades", e usando meu dinheiro do jeito que os incrédulos fazem. Começo a esquecer a guerra. Não penso muito nas pessoas que estão perecendo. Começo a perder de vista as missões e as pessoas não alcançadas. Paro de sonhar com os triunfos da graça. Mergulho em uma mentalidade secular que olha primeiro para o que o homem pode fazer, e não para o que Deus pode fazer. Isto é uma doença terrível. E agradeço a Deus por aqueles que me forçaram repetidas vezes a ter uma mentalidade de guerra." - Livre tradução.
É isso. Estamos em uma guerra. Tem-se falado muito, ultimamente, que estamos em uma guerra espiritual. E é verdade! Mas isso não começou agora. A Bíblia fala sobre isso em Efésios 6:10-20. Devemos vestir nossa armadura porque a guerra está aí, porém, "a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes." (Efésios 6:12). Há, sim, agentes do mal por toda parte. Mas nosso papel nessa guerra é de conquista, não de destruição do inimigo. A prova? "Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando nós sofismas e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo..." (2Coríntios 10:4‭,5)
Em outra passagem, a Palavra nos orienta: "Sabemos que somos de Deus e que o mundo inteiro jaz no Maligno." (1João 5:19) A pergunta é: sabemos mesmo? Se o mundo INTEIRO jaz no Maligno, por que teimamos em esperar dele paz, prosperidade, alegria, vida? Não faz sentido, se sabemos o que a Bíblia nos diz. Essas coisas teremos, certamente, em Novos Céus e Nova Terra. Mas aqui, nesta terra, a realidade é esta: "o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus." (2Coríntios 4:4). O mind-set dessa era é do Maligno.
Mas vamos lá. O texto era sobre esperança, não é? Aqui, a luta (verdadeira, legítima) continua e continuará até nosso Senhor Jesus Cristo retornar para fechar essa história e começar outra perfeita, infinita e maravilhosa a Seu lado. Essa tem de ser a nossa esperança, uma viva esperança! Deus, o Pai, em sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos! (1Pedro 1:3).
Um dia, nosso Rei Vitorioso disse estas palavras: "Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo." (João 16:33)
Jesus já venceu o mal, a morte. Acabou. É só uma questão de tempo até que Ele venha. Hoje, é tempo de se arrepender, deixar os pecados para trás, e viver nova vida em Jesus, o qual é a nossa verdadeira e viva esperança.
Maranata!
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orespirar · 4 years ago
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Ainda que a minha carne e o meu coração desfaleçam, Deus é a fortaleza do meu coração e a minha herança para sempre.
Salmos 73:26 ARA
https://bible.com/bible/1608/psa.73.26.ARA
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orespirar · 4 years ago
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O Deus majestoso e trino não se molda de acordo com as nossas famílias, mas em vez disso, moldou o conceito de família terrena baseada em si mesmo.
Joel Beeke - Adoração no lar
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orespirar · 6 years ago
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A esperança não é aquilo que nos agarramos quando nada funciona. A esperança é aquilo que permite que algo funcione.
Thiago Cavaco - Seis sermões contra preguiça
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orespirar · 6 years ago
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(...) sermão que é sermão tem de confrontar.
Thiago Cavaco - Seis sermões contra preguiça
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orespirar · 6 years ago
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O Cristão que não deseja ser mais santo do que já é no presente demonstra Alzheimer espiritual - esqueceu-se do tanto que Deus lhe tem perdoado. Não querer pecar menos é revelar uma memória miserável dos erros que cometemos.
Thiago Cavaco - Seis sermões contra a preguiça
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orespirar · 8 years ago
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Meu Deus, estou com saudade de olhar para o céu e ver novamente o Cruzeiro do Sul e as Três Marias. Que saudade de casa...
Alessa.
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orespirar · 8 years ago
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A Politização do Cabelo Cacheado
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Alessa Mesquita do Couto
Ao me mudar para a Irlanda, deixei de ter à mão recursos profissionais que me ajudavam a cuidar do meu cabelo enrolado. Foi bem complicado no início, quando meu cabelo começou a crescer sem forma, a ficar desnutrido e a sofrer os efeitos do clima daqui. Diferente do Brasil, aqui não há uma enorme gama de produtos especializados para cabelos cacheados, enrolados, crespos, embora haja alguma coisa. Me restou, então, buscar na internet algum tipo de ajuda. Bem, os vídeos tutoriais de cremes faça-você-mesmo (DIY), de cortes nos próprios cabelos, de dicas e mais dicas, foram um achado e tanto para mim. Fiquei realmente feliz com a quantidade de pessoas que está falando sobre isso e ajudando um bocado de gente por aí.   
Porém, ao assistir esses vídeos, comecei a perceber algo: Assim como muita coisa que nos cerca e que tem certa relevância cultural hoje, o tema “cabelo cacheado, enrolado, ondulado, crespo” passou a ser uma militância política. Sem brincadeira. Ao mesmo tempo em que comemorei o fato de ter pessoas se dispondo a servir outras com suas experiências e dicas, também lamentei ver o discurso auto-destrutivo e mentiroso da auto-aceitação, auto-libertação, “empoderamento” e o desprezo à ideia de padrões e regras pré-estabelecidos[1] (como algo negativo) embutidos nas falas das meninas.   
É impossível falar de algo como o cabelo, que está exposto em todos nós, logo no alto da nossa cabeça, sendo totalmente visível a qualquer um, e não pensarmos logo na questão da identidade. Todas essas moças, inclusive algumas que se dizem cristãs, foram cooptadas pelo discurso corrosivo e perigoso da cultura, de que você é definida(o) pelo seu cabelo! É claro que não dá para desconsiderar a mudança radical que big chops[2] vão trazer, porque realmente nos transformamos quando alisamos nosso cabelo. A fase de transição[3] costuma ser um meio de caminho difícil para muitas, pois mexe no cerne da beleza feminina: sua aparência. É aí que elas buscam auto-afirmação, afirmação externa (pessoas do seu convívio social) e “força” em si mesmas para continuarem até o fim, quando terão seu cabelo cacheado natural. 
De fato, assumir aquilo que somos (esteticamente) é também assumir, de certa forma, uma identidade. Mas há que se ter muito cuidado aqui, pois nossa identidade não é inteiramente forjada por nossa aparência. Não somos o que vestimos, o que comemos ou o que usamos. Isso é apenas parte de nós, portanto, não podemos ser definidas(os) por um recorte da realidade. Somos mais do que isso. Somos seres humanos inteiros, feitos de corpo e alma, e mesmo que alguns não acreditem nisso, somos todos, sem exceção, feitos à imagem e semelhança de Deus. E é isso o que deve nos definir.
Movimentos Enganadores
Ao invés de oferecer uma ajuda prática de como cuidar do cabelo cacheado, enrolado, crespo, as pessoas envolvidas nesse “movimento” tornaram a coisa numa discussão politizada e chata! Eventos são criados, palavras de ordem são gritadas[4], produtos são vendidos com todo esse discurso impresso em suas embalagens, 
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pessoas são cooptadas e enganadas a achar que são "livres para ser e fazer o que quiserem", sem se importar com os outros, e assim, o cabelo deixa de ser parte do que somos, para ser o todo.
Outro dia, descobri um rapaz que faz um trabalho muito bom em cabelos cacheados aqui na Irlanda. Ele é brasileiro e tem muito talento. Ele se define como um “artista do cabelo cacheado”, o que também ajuda a tornar seu serviço um pouco caro por aqui. Pessoalmente, tentei passar com ele, conhecê-lo e seu trabalho mais de perto, fiquei realmente empolgada com seu estilo, já que, antes de vir para cá, em 2014, conheci outro profissional, ainda em São Paulo, que já utilizava a mesma técnica que ele. A questão é que bem na época em que o procurei, seu website teve um problema sério e minhas mensagens acabaram não sendo entregues. Como ele nunca me respondeu por conta disso, então acabei desistindo. Ainda o busquei por email, no Facebook, fui até o salão onde ele trabalha, e nada! Foi nessa época, precisamente, que busquei ajuda em tutoriais de internet e desisti de passar com ele. 
Enquanto buscava informações sobre seu trabalho, acabei encontrando uma página no Facebook sobre esse assunto. Lá ele participa ativamente, não apenas dando dicas sobre como cuidar dos cabelos, ou promovendo seu trabalho (a menor parte), mas conclamando mulheres brasileiras que estão morando aqui a participar de movimentos políticos, relativos ao cabelo cacheado! São palestras, performances teatrais, poesias, discussões, painéis, não sobre o cabelo cacheado e técnicas para cuidar dele, simplesmente, mas sobre auto-aceitação, auto-confiança, auto-estima, “empoderamento”, e especialmente, a “força” da mulher negra. Ou seja, além de abordar pelo menos 2 assuntos da agenda esquerdista, o feminismo e o vitimismo racial, eles incluíram também o cabelo enrolado.   
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Muitas pessoas envolvidas com isso são jovens e simples, pessoas que não estão atentas a esse viés politizado que foi dado ao cabelo cacheado e pessoas que, como todos nós, estão em busca dessa liberdade que o coração, sem Deus, tanto anseia. É triste ver o empenho, a devoção, o auto-engano e a entrega total dessas pessoas a algo que não pode, de fato, defini-las. Essa ideia vendida como auto-libertadora é mentirosa e transforma a beleza da mulher cacheada, enrolada, crespa, ondulada, em um ídolo[5]. Elas ficam tão obcecadas com isso, que não fazem outra coisa a não ser se auto-promoverem e promoverem às desavisadas uma busca por si mesmas. Isso é tão complicado! Não há nada de belo em nós mesmos, essa “viagem interior” só nos mostra uma coisa: escuridão, solidão e a realidade de que não somos capazes de dar conta de nada. O pastor Guilherme de Carvalho, pregando em João 8:21–59, expõe bem nossa condição sem Deus: 
"[Seres humanos] constroem sistemas, enganados por satanás, para não sentir a sua alienação de Deus. O mundo está alienado e em revolta contra Deus, mas isso é insuportável. Então nós criamos um sistema para ocultar essa alienação. [...] Esses sistemas expressam tanto a necessidade que o homem tem de Deus e do céu, quanto a recusa do homem contra Deus. […] Eu [digo]: ‘Não quero a realidade sobre Deus, nem sobre mim. Na verdade, eu não suporto isso' (sou incapaz de ouvir - João 8:43). [...] Então construo uma rede de mentiras para conviver com essa contradição. O problema de identificar o que é a realidade não está em saber ou conhecer provas de que Jesus é o Filho de Deus (o problema não está em Jesus), o problema é eu me enxergar, porque a origem da minha confusão (sobre o que ou Quem é a verdade) não é objetiva, ela é interna, é a mentira e a inautenticidade que está dentro de mim. Gênesis 1:26,27 diz que o homem foi feito à imagem de Deus, mas quando ele se esquece de Deus, ele esquece de si mesmo. E quando ele encontra a Deus, ele encontra a si mesmo."
O Caminho de Volta
No meio de tudo isso, mais do que nunca, é necessário convergir. E conversão significa volta. Quando estamos andando por um caminho e decidimos não mais seguir por ele, e então pegamos a estrada de volta, isso é conversão. No caso do cristianismo, a conversão seria uma volta a quê? O cristianismo é voltar a ter uma relação pessoal com o Deus Criador. Perdemos esse laço com Ele quando resolvemos que não mais queríamos ser Sua imagem, mas sim, iguais a Ele. Um dia, num jardim, a ideia perversa e distorcida de “autonomia” nos pegou de tal forma que aquele fruto nunca pareceu tão suculento e tão conveniente. A partir daí, perdemos a conexão direta com Deus e nosso coração ficou com um buraco enorme (usando um conceito agostiniano), do tamanho que só Deus poderia preenchê-lo. Daí nossa tendência religiosa a querer preencher esse vazio com qualquer coisa que não seja Deus, tornando qualquer coisa (geralmente boa e legítima) num ídolo.   
O pastor Guilherme diz, ainda naquela pregação em João 8:21–59: 
"Depois que você vê a Deus, constata: ah, eu sou assim! Porque você foi feito à imagem de Deus. O conhecimento de Deus e de si mesmo são co-relativos. [...] O problema de aceitar a palavra de Jesus é que eu vou ter que me ver. E eu não quero isso. Aceitar que Jesus é o EU SOU é ver que eu sou do diabo. Aceitar que a palavra de Jesus é a verdade e é libertadora é ter de admitir que eu sou escravo (mas eu achava que era livre, eu estava me enganando). Então terei que aceitar que sou um mentiroso, que sou inautêntico, que fujo da realidade de que fui feito para ser imagem de Deus mas eu me tornei imagem de outra coisa. Eu não quero enxergar essa realidade de queu fui feito para espelhar o Infinito, mas eu estou aqui, arruinado por causa dos meus pecados. Eu não quero admitir que tenho parte e responsabilidade nisso. [...] Por trás da investigação da identidade de Jesus está escondida a minha fuga de mim mesmo. De quem eu realmente sou e onde estou, em relação a Deus. […] A gente se engana para ficar anestesiado da nossa inautenticidade, da nossa alienação de Deus e de nós mesmos.” Essa volta aos braços de Deus, no entanto, não se dá por via autônoma. É necessário que Ele mesmo, em Jesus, que é o Bom Pastor, nos busque (João 10:1–18). Então, se ouvirmos a Sua voz nos chamando, nós respondemos. 
Conclusão
Portanto, somente Deus, em Cristo Jesus, pode nos dar identidade e liberdade. Só nELe podemos descobrir quem realmente somos, para o que fomos feitas, e que sim, a forma como fomos feitas por Deus é única e bela. Deus nos fez únicos e belos, com propósito, mas só podemos ver e entender isso à luz da Sua verdade, expressa na Bíblia. Só na Bíblia entendemos que aceitação é algo que devemos buscar de Deus, e não das pessoas (1 Coríntios 4:3–5). Libertação não se refere apenas a cabelo quimicamente tratado, embora isso represente, de certa forma, um “eu” inautêntico, e livrar-se disso, pode nos trazer alívio. A libertação de que necessitamos, contudo, é do pecado.  A autenticidade que buscamos não está em nós mesmos; está, ao contrário, em Jesus. E a gente não compreende Jesus a partir dos nossos esquemas, da nossa vida; temos que interpretar nossa vida a partir de Jesus[6], do que Ele é, de como Ele se revela na Palavra e de como Ele revela o Pai a nós.   
Fica evidente, então, que a vida não é sobre nós, mas sobre Jesus. Nosso cabelo, nossa aparência, nosso ‘eu' existem, são reais, mas não são o fim de tudo. "Abandona o egoísmo, ninguém é o fim de si mesmo”[7]. Continue a cuidar de seu cabelo (cacheado ou não). Faça isso com moderação (Filipenses 4:5), sobriedade (1 Pedro 5:8) e critério (Tito 2:6). Não pense de si mesma além do que convém (Romanos 12:3). E não se deixe mais enganar pelas artimanhas do diabo. Aceite quem você é porque Deus te fez assim, e Ele sabe o que é melhor para você, Ele te acha bonita assim, e só a opinião dEle é que importa. ;)
1- Padrões e regras não são algo ruim. Já no Antigo Testamento, Deus estabeleceu padrões e regras para Seu povo, para que ele fizesse diferença por onde fosse, para que ele mostrasse aos povos em redor quem é Deus (Deuteronômio 4:6,7). Hoje, Deus se revela em Jesus (Hebreus 1:1,2), mas Seu povo continua espalhando Sua glória ao viver uma vida coerente com os padrões bíblicos (Tiago 3:13; 1 Pedro 2:11,12). Portanto, padrões e regras são, sim, necessários, mas é preciso saber expor essas coisas para que não haja confusão.
2- Big chop é a expressão inglesa para o “grande corte”, quando corta-se o cabelo danificado pela química do alisamento ou relaxamento, em seu comprimento e deixa-se apenas o cabelo saudável, natural, que já cresceu.   
3- A transição é outro termo do mundo cacheado atual, que diz respeito à fase onde a mulher deixa de tratar o cabelo quimicamente. Ele passa a crescer com a raiz natural, ficando somente as pontas com aquele resto de química.   
4- Atente para as palavras usadas neste texto: "Manifesto da Resistência Armada (Onde os Fracos Não Tem Vez): Pelotão, esta é a comunidade para aflorarmos o orgulho de nossas raízes, da herança deixada por nossos antepassados, da mistura das mais variadas culturas, nacionalidades, raças, credos, da lambança deliciosa que nos torna o que somos, da nossa brasilidade. Aqui, gostamos da curva, do caos, do incerto, do diferente, do coletivo. Compartilharmos aqui o prazer de enfraquecer nossos opressores, que nos querem machistas, simples, desenroladas. Que desejam nos desconstruir com pranchas metálicas para nos domar o corpo e a alma. Aqui, gritamos NÃO às falsas aparências, à ditadura da beleza imposta de fora para dentro. Em nós, somos nós que mandamos. Cacheadas de todos os países, uni-vos! (Do original em alemão Curly aller Länder, vereinigt euch!)" – Esta declaração é parte da divulgação de um salão de cabeleireiro especializado em cabelo cacheado, em São Paulo.
5- "Ídolo é qualquer coisa que seja mais importante que Deus para você, qualquer coisa que absorva seu coração e imaginação mais que Deus, qualquer coisa que só Deus pode dar. Um falso deus é qualquer coisa que seja tão central e essencial em sua vida que, caso você a perca, achará difícil continuar vivendo. Um ídolo tem uma posição de controle tão grande em seu coração que você é capaz de gastar com ele a maior parte de sua paixão e energia, seus recursos financeiros e emocionais, sem pensar duas vezes. […] Pode ser um relacionamento amoroso, aprovação dos colegas, competência e habilidade, circunstâncias seguras e confortáveis, beleza ou inteligência, uma grande causa política ou social[…]. Um ídolo é qualquer coisa que você olhe e diga: 'Se eu tiver isto, sentirei que minha vida tem um sentido, e então saberei que tenho valor, estarei seguro e em posição de importância.'” – Timothy Keller, Deuses Falsos (Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2010), p.15,16. 
6- Pastor Guilherme de Carvalho: https://goo.gl/krRsGj 
7- Stênio Marcius - Confissões de uma Figueira: https://goo.gl/0jClRz
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orespirar · 8 years ago
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Sobre a Ambição
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Alessa Mesquita do Couto 
Introdução
A ambição é algo intrinsecamente humano e, portanto, negativo. E os cristãos não devem buscá-la. Por quê? Simplesmente porque a ambição está ligada a tudo o que diz respeito a nós mesmos. Ou seja, quando você tem ambição por algo – uma casa melhor, um sonho, ganhar mais dinheiro, etc – você está almejando algo diretamente ligado a você, às suas paixões (Tiago 4:1–3). 
Vale ressaltar, como esclarecimento, que querer essas coisas não é errado em si mesmo. Mas tudo deve estar no seu devido lugar, e para isso precisamos de sabedoria (Tiago 3:13–17). Adiante veremos mais sobre isso. Quando cremos em Cristo e entregamos nossa vida a Ele somos regenerados pelo Espírito de Deus. Mas o que acontece a partir daí? “Se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas” (2Co 5:17). Passamos a viver para Cristo. E Cristo exige de nós que neguemos a nós mesmos e o mundo (nossos desejos, sonhos e vontades), peguemos nossa cruz e O sigamos (Mt 16:24–26). Paulo enfatiza isso ao dizer: “Digo, porém: andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne. Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer. Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais sob a lei. … E os que são de Cristo crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências. Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito”. (Gálatas 5:16–18; 24,25).   
Vida nova, novos projetos, novos “sonhos”. E definir a nova vida com uma palavra “velha”, uma palavra da “velha ordem”, como diria o pastor Guilherme de Carvalho, não faz sentido, porque mesmo vivendo aqui, ainda, já somos parte dos “novos céus e nova terra”. Vivemos o “já, mas ainda não”.   
Explicando Duas Naturezas Distintas 
Daí, você pode perguntar: Mas e se quisermos usar essa palavra para expressar algo relativo ao cristianismo ou ao Reino de Deus, por exemplo? Seria errado? Bom, quando dizemos que almejamos ou desejamos espalhar o evangelho, a mensagem da cruz, o Reino de Deus, isso não é algo intrinsecamente da natureza humana, mas da natureza divina que habita em nós. A natureza divina passa a habitar em nós a partir do momento em que entregamos nossa vida a Cristo e cremos em Sua obra redentora na cruz. E essa natureza se chama Espírito de Deus, ou Espírito Santo, como já falei ali em cima. São duas naturezas convivendo dentro de nós. "O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus" (Rm 8:16). 
Até para irmos à igreja precisamos que o Espírito Santo nos conduza; é Ele quem nos leva até lá. E o mesmo acontece ao lermos a Bíblia. É Ele quem nos explica a verdade de Deus (1Co 2:14; 12:3). Ou seja, não sentimos “ambição” de ir à igreja, ou de ler a Bíblia. Isso quer dizer que, por causa da nossa natureza pecaminosa, nós simplesmente não queremos saber nada das coisas de Deus. Simplesmente não ambicionamos o crescimento da igreja, não ambicionamos o evangelho pregado em todas as nações. Ao contrário, ambicionamos as coisas com as quais diretamente nos identificamos.   
Por outro lado, usar palavras diferentes como desejamos, almejamos, queremos, por exemplo, podem expressar melhor o que queremos dizer a respeito das coisas de Deus; e ainda assim, fazemos isto apenas movidos pelo Espírito Santo. 
Por isso, simplesmente almejar que o Reino de Deus se estabeleça na terra, ou ir à igreja, e até mesmo orar, são coisas que estão fora de nós, vem do próprio Deus. 
Aprofundando as Coisas
Quando a gente procura um pouco mais sobre o significado dessa palavra, os sinônimos ligados a ela, para a designar são: Desejo desmedido, cobiça, obstinação, vontade, pretensão. Tudo isso descreve bem a nossa natureza, de acordo com a Bíblia, não? 
Também considerando o que se diz sobre a ambição ser um tipo de “motor propulsor”, que nos impulsiona a sair da zona de conforto, novamente insisto que melhor seria se usássemos outras palavras para definir isso. Aquele versículo sobre evitarmos (abster-nos de) toda a forma de mal (1Ts 5:22), se encaixa perfeitamente aqui. Se essa palavra nos associa (ou está intrinsicamente associada) a algo ruim, então devemos abster-nos de usá-la. Nós temos uma fonte tão rica de palavras que podemos (e devemos) usar, palavras escolhidas “a dedo” por Deus, para escrever Sua Bíblia; para quê, então, nos conformarmos com algo tão pobre, tão esvaziado de Deus, como o mal uso das palavras, ou o uso delas em algo que não edifica? 
E só a título de curiosidade, vamos dar uma olhada na etimologia da palavra "ambicioso": 
Ambicioso - do latim ambitiosus, cobiçoso, ávido, desejoso, sedento. Ambicioso é do mesmo étimo de ambulare, caminhar, e ambire, andar em volta, rodear, com o fim de arrebatar bens que deseja, designando também o candidato que na Roma antiga assediava o eleitor em busca de votos. Antigamente, a palavra ambição era associada com orgulho e vanglória, e às vezes significava pouco mais do que "arrogância". Os sentidos neutros ou positivos são modernos. O significado "objeto de forte desejo" é de cerca de 1600 [1].   
Conclusão
Acho que isso nos esclarece um pouco mais as ideias sobre o peso que as palavras tem. Todo cuidado é pouco, porque Jesus disse: "Digo-vos que de toda palavra frívola que proferirem os homens, dela darão conta no Dia do Juízo; porque, pelas tuas palavras, serás justificado e, pelas tuas palavras, serás condenado" (Mt 12:36,37). E Ele também nos adverte que toda vigilância é necessária (Mt 26:41). 
Para nos ajudar, se puder, sugiro algumas idéias de palavras que funcionam "melhor" do que ambição para expressar o que queremos dizer: se esforçar, desejar, almejar, querer, aspirar. 
E a coisa mais importante que você deve se perguntar: Qual é a motivação e o conceito das coisas que fazemos e falamos? Da vida, como um todo? Se Jesus não for o fim (e o começo) de tudo o que fazemos (ou queremos fazer) então é vão nosso esforço e todo nosso conhecimento.
1- Fonte: http://www.dicionarioetimologico.com.br/ambicioso/ e http://www.etymonline.com/index.php?term=ambition [em inglês].
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orespirar · 8 years ago
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About Ambition
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Alessa Mesquita do Couto
Introduction
Ambition is something intrinsically human and therefore negative. And Christians should not seek it. Why? Simply because ambition is linked to everything that concerns ourselves. That is, when you have ambition for something – a better home, a dream, making more money, etc – you are aiming for something directly connected to you, to your passions (James 4:1–3). 
Worth stressing, as an elucidation, that wanting those things is not wrong in itself. But everything must be at their proper place, and for that we need wisdom (James 3:13–17). We'll see more about it further on. When we believe in Christ and surrender our lives to Him we are regenerated by the Spirit of God. But what happens from there? “If anyone is in Christ, he is a new creation. The old has passed away; behold, the new has come” (2 Cor. 5:17). We now live for Christ. And Christ demands that we deny ourselves and the world (our will, dreams and desires), take up our cross and follow Him (Matt. 16:24–26). Paul emphasizes this by saying, "Walk by the Spirit, and you will not gratify the desires of the flesh. For the desires of the flesh are against the Spirit, and the desires of the Spirit are against the flesh, for these are opposed to each other, to keep you from doing the things you want to do. But if you are led by the Spirit, you are not under the law. [...] And those who belong to Christ Jesus have crucified the flesh with its passions and desires. If we live by the Spirit, let us also keep in step with the Spirit" (Gal. 5:16–18; 24–25). 
This means new life, new projects, new "dreams". Describing the new life then, with an "old" word – with a word of the "old order", as a Brazilian pastor (Guilherme de Carvalho) would say – does not make sense, because even though we live here, we are already part of the "new Heavens and new earth". We live the "already, but not yet”.
Explaining Two Distinct Natures
Then, you may ask: But, for example, what if I want to use this word to express something about Christianity or the Kingdom of God? Would that be wrong? Well, when we say that we long or wish to spread the gospel, the message of the cross, or the Kingdom of God, this is not something intrinsically human nature, but the divine nature who dwells us. The divine nature begins to dwell in us from the moment we surrender our lives to Christ and believe His redemptive work on the cross. This nature, as said above, is the Spirit of God or the Holy Spirit. There are, therefore, two natures coexisting within us: "The Spirit himself bears witness with our spirit that we are children of God” (Rom. 8:16).
Even going to church is something that comes from the Holy Spirit; He is the one who leads us to there. The same happens by reading the Bible. He is the one who explains the truth of God to us (1Cor. 2:14; 12:3). In other words, we do not feel "ambition" to go to church or to read the Bible. And this means that because of our sinful nature we simply do not want to know anything about God's things. We simply do not ambition for the growth of the church, nor do we ambition for the gospel to be preached in all nations. Instead, we ambition things directly related to us.
In contrast, using different words like to desire, to crave, or to want, for example, can best express what we mean about the things related to God; and yet, this is something that we do only moved by the Holy Spirit. 
Therefore, simply wanting for the Kingdom of God to establish itself on the earth, or going to church, or even to pray, are things that are outside of us, they come from God himself.
Going Deeper
When we look for a little more information about the meaning of this word, the synonyms connected to it to designate it are: Excessive desire, greed, obstinacy, will, pretense. All this describes our human nature very well, according to the Bible, don't they?
Also considering what is said about ambition being a kind of "motive force" that drives us out of the comfort zone, again I'd insist that we'd be better off just using other words to define it. That verse about avoiding – abstaining from – every form of evil (1Thess. 5:22) fits here perfectly. If this word connects us (or is intricately associated with) something bad, then we must refrain from using it. We have such a rich source of words that we can – and should – use, words "hand-picked" by God Himself to write His Bible. Why then do we have to conform ourselves to something so poor, so emptied of God, as the misuse of words, or the use of them in something that does not build us up? And just out of curiosity, let's have a look at the etymology of the word “ambition": 
Ambition (n.): mid-14c., "eager or inordinate desire for honor or preferment", from Old French ambicion (13c.), or directly from Latin ambitionem (nominative ambitio) "a going around," especially to solicit votes, hence "a striving for favor, courting, flattery; a desire for honor, thirst for popularity”, noun of action from past participle stem of ambire "to go around, go about", from amb- "around" (ambi-) + ire "go" (ion). Rarely used in English or Latin the literal sense. In early use in English always pejorative, of inordinate or overreaching desire; ambition was grouped with pride and vainglory, and sometimes meant little more than "arrogance." Neutral or positive senses are modern. Meaning "object of strong desire" is from c. 1600 [1].   
Conclusion
I guess this gives us a little more clarifying idea about the weight of the words. We must be very careful, because Jesus said: "I tell you, on the day of judgment people will give account for every careless word they speak, for by your words you will be justified, and by your words you will be condemned” (Matt. 12:36–37). And He also warns us that all surveillance is necessary (Matt. 26:41).
To help us, if I may, I suggest some ideas of words that work "better" than ambition, to express what we mean: To strive, to desire, to aim, to want, to aspire. 
And the most important thing you should ask yourself: What is the motivation and the concept of the things we do and talk about? Of life, as a whole? If Jesus is not the ending (and the beginning) of everything we do – or want to do – then our effort and all our knowledge will be a wasting.
1- Source: http://www.etymonline.com/index.php?term=ambition
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orespirar · 8 years ago
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The Christian Mind
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Alessa Mesquita do Couto 
Thinking is a magnificent thing that only human beings can enjoy. But for the Christian who has the mind of Christ (1 Cor 2:16), to use his/her brain not only to discern the things of his/her time and those of God, but also to deepen them, is a must. I have been thinking a lot about these things lately and would like to develop a little more about it without, of course, exhausting the subject. Whenever we read or say anything, we have to keep in mind that things are never just what you see. To make it clearer, I suggest that we start from the following (real) assumption: God is the Creator of the universe. God is a rational, relational, and therefore, personal Being. God is the owner of all wisdom. God made us, human beings, in His image and likeness. Therefore, as beings made in the image of God (though fallen, imperfect and sinful), we must reflect this divine attribution (thinking) in our daily living. Of course we do it, even "without thinking". My point here, however, is that we may see that reducing reality, thinking, talking, everything around us to mere superficiality – for being too lazy to think – is a sin.
That's why I love philosophy so much. Although I am not a deeper student of the subject, I appreciate and admire those people who use their brains to try to transcend reality, to try to find the truth, to seek to understand themselves and the others, to discuss matters of great importance or not, to explain something, deal with existential issues... In other words, people exercising what God made them to be. In the end, and perhaps in the beginning, the process of thinking leads us to God. There are thinkers who, in the process, could not find God, and died in craziness. Others remained skeptical from beginning to end. But there are those who have found Him, and for these, not only is there an objective explanation for all things, but also an answer – the answer that fills the emptiness we have in our heart where God alone fits. When we give up thinking or reflecting more deeply on things, we gradually withdraw from God. Part of this truth, for example, is failure in reading the Bible. And when we deliberately choose not to think, we stop criticizing the culture (or this century), and come to accept everything – often subtly, but always attractive – suggested to us as being true. In doing so, we are walking away from God. Although He reveals Himself in creation and in our hearts (Rom. 1:19–21), God essentially reveals Himself in the Bible. Therefore, by not reading the Bible anymore we won't be able to develop a critical mind that deepens the questions pertaining to our living, according to the will of God (Rom. 12:2). Worldview
Our tendency to think cartoons are harmless and cute is a good example. We need, more than ever, to learn how to improve something that is in us, which is part of us, but that in many of us is still not clear: worldview. Worldview is nothing more than our "view of the world", our perspective on what is part of our life. That includes our opinions, passions, interests, actions and intentions. Our worldview will guide everything, absolutely everything we do, think, want, etc[1]. So, using the cartoon example, and applying the concept of worldview, we must (once and for all) understand that behind those stories, music, captivating characters, there is a worldview that is not biblical. Everything there is built and created to entangle the most unwary. Even though there might be biblical elements here and there, the message one wants to pass through these animations – as well as movies, series or novels – is other than the Word of God. But to know exactly what the culture is talking about, we need to stick to what the Bible says about who we are (our identity), about sin (our mistakes and distance from God), about politics (which bias approaches Bible principles and which doesn't), about God (who He is, His will, His plan), about redemption (the ultimate and complete salvation for man), about Jesus (the Savior and King), etc. From that point on, we will be prepared to deal with these issues in a way that pleases God. Having the mind of Christ implies questioning all that is offered to us by the world. Jesus himself said that though Christians are in the world they are not part of it (John 17:14-16). The Bible goes on to say that "whoever wishes to be a friend of the world makes himself an enemy of God" (James 4:4b). There can be no fellowship between light and darkness (2 Cor. 6:14). Even in the Old Testament, God already makes it clear that the people of Israel were a people separated by Him to be different, holy and perfect as He Himself (Ex. 19:5-6; Dt. 7:6; 14:2). Today the idea remains the same: The Church of Christ is "a chosen race, a royal priesthood, a holy nation, a people for his own possession”, with the purpose of "proclaim[ing] the excellencies of him who called [us] out of darkness into his marvelous light" (1 Peter 2:9). In other words, we were chosen and called to live a different life, to show the world who God is, who is the Lord of our lives, and to show also that those who are in the world, although there are sprinkles of the grace of God there, they do not live or do things for God's glory. 
With this in mind, it is necessary to apply the knowledge that we've been having of God to the discern things we consume, see, use, places we go, etc. We are indivisible beings, namely, made up of flesh and spirit (body and soul). There can be no dichotomy, therefore, between what we are on Sundays (in the church) and throughout the week (in our other activities). There can be no separation! Our attitude is always to be the same, because we serve and worship one who is an integral and coherent God. Two ways
The fear of the Lord is the beginning of wisdom, and the knowledge of the Holy One is insight. Proverbs 9:10. 
Another important thing to consider is knowing from what offspring we are part of, whether the serpent or the woman (Gen. 3:15). Ever since Genesis, God has made one thing clear: There are only two paths to follow, God's or the devil's[2]. The Lord continues to develop this premise throughout the Scripture; for example when He mentions fundamentally opposing parallels to illustrate His point: light and darkness (2 Cor 6:14), good and evil (Dt. 30:15), sheep and goats (Matt. 25:32-33), weeds and wheat (Matt. 13:24–30), those of the day and of the night (1 Thess. 5:5), sons of God and sons of Belial[3] (1 Sam. 2:12), life and death (Dt. 30:15–20;  John 11:25), etc. God requires us to be consistent in our living, meaning that if we say that we are Christians, but we do not live as such, we do not keep the commandments of Christ (John 14:15,21), we'll be incoherent, and the world will not be able to see Christ in us. The Christian should not be so alike to the people in the world, to the point of being mixed up, nor so different, to the point of being isolated. To find the balance we so badly need to be consistent, we first need to find Jesus. And it is very complicated when Jesus begins to work in our lives because until we find Him, we are walking upside down, in tune with the world, believing everything we see. But from the moment Jesus gives us new life, we begin to see reality on the right side, and then the whole world gets upside down[4]. Yeah, it's a tad confusing. 
Many within the church get quite astonished at our change and our consistency begins to bother them. For those who (still) cultivate a cynical heart, there is no way to perceive the works of the Spirit or to believe in what He is doing in the lives of others who, until yesterday, were dissolute, but who today try to seek a straight life before God. Take care, brethren, says the author of Hebrews, "lest there be in any of you an evil, unbelieving heart, leading you to fall away from the living God". But what can we do to avoid it? "...Exhort one another every day, as long as it is called “today,” that none of you may be hardened by the deceitfulness of sin". Ok, but why? "For we have come to share in Christ, if indeed we hold our original confidence firm to the end" (Heb 3:12–14). What are the implications of this in our lives? Coherence, mercy, compassion = having the mind of Christ! Conclusion
So, thinking is something good, necessary and a duty for all that is said to be Christian. Judging culture, thoughts, behaviors and bringing them captive to Christ, is biblical: "For the weapons of our warfare are not of the flesh but have divine power to destroy strongholds. We destroy arguments and every lofty opinion raised against the knowledge of God, and take every thought captive to obey Christ" (2 Cor 10:4–5). Our mind is brought into captivity to some lord. There's no way. No human being is free as one thinks. But in Christ, we are freed from sin to be "willing slaves" of the Lord. Instead of continuing to live as a manipulated mass (whether political or otherwise) – letting others tell you what to do, letting others thinking for you, letting the world says what is right or wrong, letting others decide for you which dreams to dream – may we seek first God, His Kingdom and His righteousness (Matt. 6:33). May we seek the things that are above, where Christ is (Col. 3:1). May we be watchful and praying, as Jesus commanded (Mark 14:38). Without a sense of surveillance we become complacent, and willing to fall into temptation – the temptation to follow the world's speech and not what the Bible says. May we remember that the will of God is, was and always will be "good and acceptable and perfect" (Rom. 12:2). 
When Jesus says that in order to follow Him we must deny ourselves, He does not command us to leave our brains on the altar. But "the Lord gives wisdom; from his mouth come knowledge and understanding" (Prov. 2:6). May we grow and flourish, acting as people who were born again, showing we really have the mind of Christ! 
1- For a more accurate explanation on this subject, have a look at this text: http://www.reasons.org/articles/what-in-the-world-is-a-worldview. 
2- One of the ways the devil is called in the New Testament is the 'god of this world', for he influences the system and the current culture (2 Cor. 4:4). So when Jesus speaks of the gates (narrow and wide, Matt. 7:13–14), He is saying that by choosing to enter through the narrow gate, which is to believe in Him, we leave behind a life dictated by what the culture and the current system say, influenced by their "god". The point is that we should be countercultural and not to adapt to what the world does and likes. We are to be the voice "crying out in the wilderness", preaching repentance and salvation in Christ Jesus to an unbelieving generation who hates God. 3- Belial (also known as Beliar) is a term occurring in the Hebrew Bible which later became personified as the devil in Jewish and Christian texts. The term belial (בְלִיַּעַל bĕli-yaal) is a Hebrew adjective meaning "worthless." The etymology of the word is traditionally understood as "lacking worth", from two common words: beli- (בְּלִי "without-") and ya'al ( יָעַל "value”). Some scholars translate it from Hebrew as "worthless" (Beli yo'il), while others translate it as "yokeless" (Beli ol), "may have no rising" (Belial) or "never to rise" (Beli ya'al). Source: https://goo.gl/wO9wlI.
4- I was talking to my husband the other day when he brought up the idea that after Christ saves us, we begin to walk due right into a world that is upside down. And not the other way around.
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orespirar · 8 years ago
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A Mente Cristã
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Alessa Mesquita do Couto
Pensar é uma coisa magnífica que apenas seres humanos podem usufruir. Mas para o cristão, que tem a mente de Cristo (1 Co 2:16), usar seu cérebro não apenas para discernir as coisas do seu tempo e as de Deus, como também para aprofundá-las, é uma obrigação. Tenho pensado muito nessas coisas ultimamente e gostaria de desenvolver um pouco mais sobre isso, sem, é claro, esgotar o assunto. 
Sempre que lemos ou falamos alguma coisa, temos que ter em mente que aquilo nunca é apenas o que está ali. Para que fique mais claro, sugiro que partamos do seguinte pressuposto (real): Deus é o Criador do universo. Deus é um Ser racional, relacional e, portanto, pessoal. Deus é o dono de toda a sabedoria. Deus nos fez, seres humanos, à Sua imagem e semelhança. Portanto, como seres feitos à imagem de Deus (ainda que caídos, imperfeitos e pecaminosos), devemos refletir essa atribuição divina (o pensar) no nosso viver diário. É claro que nós o fazemos, até “sem pensar”. Minha ideia aqui, entretanto, é que a gente consiga ver que reduzir a realidade, o pensamento, as conversas, tudo ao nosso redor à mera superficialidade, por preguiça de pensar, é pecado.   
É por isso que amo tanto a filosofia. Embora não seja uma estudiosa mais profunda do assunto, aprecio e admiro aquelas pessoas que usam seu cérebro para tentar transcender a realidade, para tentar encontrar a verdade, para buscar entender-se e aos outros, para discutir assuntos de importância grandiosa ou não, para explicar alguma coisa, tratar de assuntos existenciais... Ou seja, pessoas exercendo aquilo que Deus as fez para ser. No fim, e talvez no princípio, o processo de pensar nos leva até Deus. Pensadores há que, no processo, não encontraram a Deus, e morreram loucos. Outros, permaneceram céticos, do início ao fim. Mas há os que O encontraram, e para esses, não apenas há uma explicação objetiva para todas as coisas, como também uma resposta, a resposta que preenche aquele vazio que temos no coração onde só Deus cabe. 
Quando desistimos de pensar ou de refletir mais profundamente sobre alguma coisa, nos afastamos, gradativamente, de Deus. Deixar de ler a Bíblia, por exemplo, faz parte dessa verdade. E quando optamos deliberadamente por não pensar, deixamos de criticar a cultura (ou este século), e passamos a aceitar tudo o que nos é sugerido (muitas vezes de maneira sutil, e sempre atrativa) como sendo verdade. Fazendo isso, estamos caminhando para longe de Deus. Não obstante Ele se revele na criação e no nosso coração (Rm 1:19–21), Deus, essencialmente, se revela na Bíblia. Portanto, ao não lermos mais a Bíblia, não podemos desenvolver uma mente crítica, que aprofunda as questões pertinentes ao nosso viver, conforme a vontade de Deus (Rm 12:2). Cosmovisão
Nossa tendência em achar que desenhos animados são inofensivos e fofinhos é um bom exemplo. Precisamos, mais do que nunca, aprender a aprimorar uma coisa que está em nós, que faz parte de nós, mas que em muitos de nós ainda não é clara, que é a cosmovisão. Cosmovisão nada mais é do que a nossa “visão de mundo”, nossa perspectiva sobre aquilo que é parte da nossa vida, e isso inclui nossas opiniões, paixões, interesses, ações e intenções. Nossa cosmovisão irá nortear tudo, absolutamente tudo, o que fazemos, pensamos, queremos, etc[1].   
Então, usando o exemplo dos desenhos animados, e aplicando o conceito de cosmovisão, devemos, de uma vez por todas, entender que por trás daquelas histórias, da música, dos personagens cativantes, há uma cosmovisão que não é bíblica. Tudo lá é construído e criado para enredar os mais desavisados. Embora haja elementos bíblicos aqui e ali, a mensagem que se quer passar através dessas animações, bem como de filmes, seriados ou novelas, é outra da Palavra de Deus. Mas para sabermos exatamente do que a cultura está falando, precisamos nos ater ao que a Bíblia diz sobre quem somos (nossa identidade), sobre o pecado (nossos erros e distância de Deus), sobre política (qual viés mais se aproxima dos princípios bíblicos e qual não), sobre Deus (quem Ele é, Sua vontade, Seu plano), sobre redenção (a salvação última e completa para o ser humano), sobre Jesus (o Salvador e Rei), etc. Partindo desse ponto, estaremos preparados para lidar com essas questões de uma maneira que agrada a Deus. Ter a mente de Cristo pressupõe questionar tudo o que nos é oferecido pelo mundo.   
Jesus mesmo disse que apesar de os cristãos estarem no mundo eles não são parte dele (Jo 17:14–16). A Bíblia continua e diz que "aquele que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus" (Tg 4:4b), pois não pode haver comunhão entre a luz e as trevas (2 Co 6:14). Mesmo no Antigo Testamento, Deus já deixava claro que o povo de Israel era um povo separado por Ele para ser diferente, santo e perfeito como o próprio Deus (Ex 19:5,6; Dt 7:6; 14:2). Hoje a ideia é a mesma: A Igreja de Cristo é "raça eleita, sacerdócio real, povo de propriedade exclusiva de Deus”, com o propósito de proclamar "as virtudes daquele que [a] chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1Pe 2:9). Ou seja, fomos escolhidos e chamados para viver uma vida diferente, para mostrar ao mundo quem é Deus, quem é o Senhor das nossas vidas, e para mostrar também que os que estão no mundo, embora haja respingos da graça de Deus ali, não vivem e não fazem as coisas para a glória de Deus. 
Com isso em mente, é necessário aplicar o conhecimento que temos tido de Deus às coisas que consumimos, vemos, usamos, frequentamos, etc. Não há dissociação entre o ser e o fazer. Somos seres indivisíveis, ou seja, constituídos de carne e espírito (corpo e alma); não pode haver dicotomia, portanto, entre o que somos no domingo (na igreja) e durante a semana (nas demais atividades). Não pode haver separação! A atitude deve ser sempre a mesma, porque nós servimos e adoramos a um Deus íntegro e coerente.   
Dois Caminhos
O temor do Senhor é o princípio da sabedoria, e o conhecimento do Santo é prudência. Provérbios 9:10.
Outra coisa importante a se considerar é sabermos de que descendência somos parte, se da serpente ou da mulher (Gn 3:15). Desde o Gênesis, Deus já deixa uma coisa clara: Só há dois caminhos a seguirmos, o de Deus ou o do diabo[2]. O Senhor continua desenvolvendo essa premissa ao longo das Escrituras, quando, por exemplo, menciona paralelos fundamentalmente opostos para ilustrar Seu ponto: luz e trevas (2 Co 6:14), o bem e o mal (Dt 30:15), ovelhas e cabritos (Mt 25:32,33), joio e trigo (Mt 13:24-30), os do dia e os da noite (1 Ts 5:5), filhos de Deus e filhos de Belial (1 Sm 2:12), vida e morte (Dt 30:15–20; Jo 11:25), etc. Deus exige que sejamos coerentes no nosso viver. Ou seja, se dissermos que somos cristãos, mas não vivemos como tais, não guardamos os mandamentos de Cristo (Jo 14:15,21), somos incoerentes, e o mundo não poderá ver Cristo em nós.   
O cristão não deve ser tão igual às pessoas no mundo, a ponto de ser confundido, nem tão diferente, a ponto de ser isolado. Para encontrarmos o equilíbrio de que tanto precisamos para sermos consistentes, é necessário encontrar Jesus. E é muito complicado quando Jesus começa a trabalhar em nossas vidas porque, até O encontrarmos, andávamos de ponta-cabeça, acreditando em tudo o que víamos, em sintonia com o mundo; mas a partir do momento em que Jesus nos dá nova vida, passamos a ver a realidade do lado certo, e todo o mundo fica de cabeça para baixo[3]. 
É um pouco confuso mesmo. Muitos dentro da igreja estranham consideravelmente nossa mudança, e nossa consistência passa a incomodar. Para as pessoas que (ainda) cultivam um coração cínico, não há como ver as obras do Espírito nem crer naquilo que Ele está fazendo na vida de outros que, até ontem, eram dissolutos, mas que hoje, procuram ter uma vida reta diante de Deus. Cuidado irmãos, diz o autor de Hebreus, "jamais aconteça haver em qualquer de vós perverso coração de incredulidade que vos afaste do Deus vivo”. E o que fazer para evitar isso? “…Exortai-vos mutuamente cada dia, durante o tempo que se chama Hoje, a fim de que nenhum de vós seja endurecido pelo engano do pecado”. Mas por quê? "Porque nos temos tornado participantes de Cristo, se, de fato, guardarmos firme, até ao fim, a confiança que, desde o princípio, tivemos” (Hb 3:12–14). Quais as implicações disso na nossa vida? Coerência, misericórdia, compaixão = ter a mente de Cristo! 
Conclusão
Então, pensar é algo bom, necessário e um dever de todo aquele que se diz cristão. Julgar a cultura, os pensamentos, os comportamentos e trazê-los cativos a Cristo, é bíblico: "Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando nós sofismas e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo" (2 Co 10:4,5). Nossa mente é cativa de algum senhor. Nenhum ser humano é livre, como se pensa. Mas em Cristo, somos libertos do pecado para sermos "escravos voluntários" do Senhor.   
Ao invés de continuarmos a viver como massa de manobra (seja política ou de qualquer outra natureza), deixando que outros nos digam o que fazer, deixando que outros pensem por nós, deixando que o mundo diga o que é certo ou errado, deixando que outros determinem a você que sonhos sonhar; que busquemos a Deus, Seu Reino e Sua justiça em primeiro lugar (Mt 6:33); que busquemos as coisas que são lá do alto, onde Cristo vive (Cl 3:1); que estejamos vigilantes e em oração, como ordenou Jesus (Mc 14:38). Sem senso de vigilância nós baixamos a guarda, e caímos em tentação, na tentação de seguir o discurso do mundo e não o que a Bíblia orienta. Que lembremos que a vontade de Deus é, foi e sempre será boa, agradável e perfeita (Rm 12:2). 
Quando Jesus diz que para O seguirmos devemos negar a nós mesmos, Ele não manda que deixemos nossos cérebros no altar. Mas, “o Senhor dá a sabedoria, e da sua boca vem a inteligência e o entendimento" (Pv 2:6). Que possamos crescer e desenvolver, e agir como pessoas que, nascidas de novo, demonstram realmente ter a mente de Cristo!
1- Para quem quiser aprender mais sobre cosmovisão, veja duas séries de excelentes palestras sobre o assunto, uma com o pastor Jonas Madureira (https://goo.gl/zdApSP) e outra com o pastor Héber Campos Jr (https://goo.gl/uii9d1). 
2- Uma das formas como o diabo é citado no NT é ‘deus deste século’, pois ele influencia o sistema, a cultura vigente (2 Co 4:4). Assim, quando Jesus fala sobre as portas (a estreita e a larga, em Mt 7:13,14), Ele está dizendo que escolhendo entrar pela porta estreita, que é o crer nEle, deixamos para trás uma vida ditada pelo que a cultura e o sistema vigente dizem, influenciados pelo seu “deus". A questão é que sejamos contraculturais, e não nos adaptemos ao que o mundo faz e gosta. Devemos ser a voz “que clama no deserto”, pregando arrependimento e salvação em Cristo Jesus, para uma geração incrédula e que odeia a Deus. 
3- Outro dia, conversando com meu marido, ele trouxe essa ideia de que depois que somos salvos por Cristo, passamos a andar certo num mundo de cabeça para baixo. E não o contrário. 
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orespirar · 9 years ago
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Como Jovens Aprendem o Individualismo Expressivo
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Jaquelle Crowe Hoje as crianças estão crescendo num mundo compulsivamente conectado. A informação é incessante, os smartphones são onipresentes e com um clique ou um toque os jovens têm acesso a conversas digitais sem fim, 24 horas por dia, 7 dias por semana.
Naturalmente, tal conectividade tem um custo. Muitas dessas informações são bombardeadas por uma mídia enviesada e programada com uma mensagem própria, uma mensagem que soa boa, agradável mesmo, mas que é profundamente venenosa. Isso está ficando barulhento, intenso e constante. E os jovens estão engolindo isso. Esta é a mensagem do individualismo expressivo: A crença, segundo Tim Keller, de que "a identidade vem através da auto-expressão, através da descoberta de seus desejos mais autênticos e do ser livre para ser o próprio eu autêntico".
Este é o evangelho 'Disney- Hallmark1-MTV’, do 'siga seu coração', 'acredite em si mesmo', 'persiga seus sonhos'. É o catecismo de nossa cultura. É o que nossos jovens estão aprendendo. Você é o criador da sua identidade. Você é livre (até mesmo obrigado) a ser alguém ou qualquer coisa que faça você se sentir bem, não importa o que os outros digam.
Catecismo Cultural vs. Catecismo Bíblico
O individualismo expressivo está se tornando cada vez mais penetrante. Ele sangra por todos os lados: Nos filmes, nas músicas, nos livros, nas notícias, nas conversas particulares. Pense em Hollywood, como o exemplo mais óbvio. Moana, o último filme animado da Disney, tem recebido comentários extasiados por seus gráficos impressionantes e trilha sonora maravilhosa. Mas os cristãos também notaram sua ideologia subjacente menos louvável. Russell Moore recentemente tuitou, depois de assistir ao filme com seus filhos: Moana pode ser o filme mais bonito da Disney (visualmente falando), com a trilha sonora mais atraente, em talvez 20 anos. Advertência: Se você assistir com seus filhos, esteja preparado para desconstruir panteísmo, misturado com politeísmo e individualismo expressivo.
O filme (muito em sintonia com o seu antecessor, Frozen) ensina às crianças que elas devem olhar para dentro de si mesmas para encontrar sua verdadeira identidade e propósito, mesmo se as pessoas lhes disserem que não, mesmo que elas estejam "quebrando as regras", como a Elsa (de Frozen) tão orgulhosamente declara. Este tema faz seu caminho muito mais através da mídia moderna para crianças e jovens adultos: Seus seriados e desenhos animados, seus romances e quadrinhos e, claro, seus filmes.
Mas essa narrativa de auto-realização infiltra-se nos corações dos jovens de forma mais silenciosa e mais implícita, também. Em 2013, o filho de Will Smith, Jaden Smith, solicitou na justiça uma decisão de emancipação, no seu aniversário de 15 anos. Ele queria ficar livre das raias de autoridade de seus pais. Nossa cultura pinta a independência como algo espetacularmente sedutor para os jovens, fazendo-nos ansiar a viver por conta própria e a não ter de respeitar regras ou lidar com pais opressivos. Isso não é um incentivo saudável, enquanto amadurecemos, para se ganhar independência; é uma doutrina anti-comunidade e anti-autoridade. E quando o mundo faz isso parecer tão libertador e tão divertido, fica fácil de vender. Outra idéia cultural impulsionada pelo individualismo expressivo é o movimento de auto-estima, normalmente dirigido a adolescentes. Este movimento ensina algumas coisas verdadeiras e belas, que os cristãos afirmariam, como nosso valor inerente que flui por sermos imagem de Deus. Mas em boa parte dessa mentalidade "garota, você é demais”, existe um desejo mais profundo de auto-realização. Não importa o que os "recalcados" digam. Você tem de aparecer com orgulho, e não apenas se ame, irmã; adore a si mesma. Seja quem você quiser ser, e encontre sua felicidade nesta identidade auto-realizada. Abrace seu verdadeiro eu, e azar de quem não o fizer. No entanto, tudo isso paira de modo bastante descarado contra o ensinamento das Escrituras.
Ao invés de seguir nossos corações, Deus nos chama a seguir Sua vontade e a guardar os Seus mandamentos (Pv 3.5,6).
Ao invés de enfrentar as autoridades e infringir as regras, Deus nos chama a honrar nossos pais e respeitar as autoridades (Ef 6.1–3).
Ao invés de olhar para dentro, para encontrar nossa identidade, Deus nos chama a olhar somente para Cristo (Cl 3.1–3).
Ao invés de idolatrar nossos corpos, Deus nos chama a cuidar deles para Sua glória (1Co 6.15).
Ao invés de seguir nosso próprio caminho, Deus nos chama a tomar nossa cruz diariamente e seguir a Jesus (Lc 9.23).
Ao invés de individualismo, Deus nos chama a obedecer e adorar ao Rei (Ef 4.15,16).
A narrativa da auto-realização é inimiga do evangelho. Meu Chamado aos Pais
Pais, vocês têm uma clara responsabilidade neste momento cultural: Ensinar a seus filhos a verdade. Ao longo dos anos, meus pais lapidaram três práticas vitais que me deram base para pensar criticamente, e também me envolver biblicamente com a ideologia de nossa cultura. Eu os encorajo a seguir seu exemplo.
1. Ensine a Bíblia regularmente e persistentemente a seus filhos.
Equipe-os com tanta verdade que eles sejam capazes de detectar mentira a um quilômetro de distância. Ensine-lhes fé e prática cristã. Faça perguntas a eles, responda às suas perguntas e demonstre como defender o evangelho contra acusações [apologética]. Deus é digno de nossa confiança e digno de nossas vidas. Mostre isso para seus filhos. 2. Incentive o engajamento sábio com a mídia.
Quando você e seus filhos forem ver o próximo filme, não perca a oportunidade de ensinar cosmovisão. Faça perguntas a eles. Compartilhe seus próprios pensamentos. Seja exemplo de como usar a mídia com discernimento.
3. Inicie conversas sobre eventos atuais.
Da eleição presidencial a um vídeo viral, ou o sermão pregado em sua igreja no domingo passado, convide seus filhos ao diálogo. Aprendi muito sobre engajamento cultural e pensamento bíblico através de inúmeras conversas com meus pais. Essas discussões sobre o que está acontecendo em nosso mundo, tornaram mais fácil, para mim, identificar a falsa ideologia quando a encontro, e a combatê-la com a verdade.
Seus filhos estão tentando descobrir quem são. Eles estão tentando navegar num mundo complexo e em mudança, e entender seu lugar nele. Eles estão tentando ancorar sua identidade. E, de modo geral, nossa cultura tem uma mensagem para eles: Olhe para dentro de si, siga seu coração e encontre sua identidade nos seus desejos. A Palavra de Deus tem uma mensagem diferente para eles: Olhe para Deus, receba um novo coração e encontre sua identidade somente em Cristo.
Pais, ensinem que a vida de seus filhos, na verdade, não é sobre eles, mas sobre Jesus. Pois somente quando entenderem esse ponto eles se tornarão quem realmente foram criados para ser.
Jaquelle Crowe é editora-chefe de The Rebelution e escritora, do leste do Canadá. Ela é autora de This Changes Everything: How the Gospel Transforms the Teen Years [Isso Muda Tudo: Como o Evangelho Transforma Nossa Adolescência] (Crossway, 2017, EUA).
Texto original: https://goo.gl/CXGj95 Tradução: Alessa Mesquita do Couto
1 - Hallmark é uma famosa marca americana de cartões.
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orespirar · 9 years ago
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"Sem senso de proximidade não há vigilância constante."
Pr Heber Campos Jr. - Os últimos tempos
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orespirar · 9 years ago
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Muitos que se dizem "cristãos" acreditam ser melhor ofender a Deus do que ofender as pessoas e a cultura vigente, dizendo a verdade sobre Deus.
Josemar Bessa
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