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O homem das ruas e das drogas

Todos os dias passamos pelas praças e ruas de nossa cidade, normalmente estamos com pressa. Pressa para ir trabalhar ou para estudar na maioria das vezes nunca paramos para observar aquele que mora na rua, aquele que mora nas praças de nossa cidade. Quando o notamos certamente nem nos importamos, ou ainda, só reclamamos e exclamamos: “só para sujar a praça mesmo! ” Ou ��que vagabundo, por que não vai trabalhar! ”
Julgamos e vivemos para estereotipar as pessoas! Mas, o que será que pensa um morador das ruas? O que acontece nas ruas? Essas perguntas, essas pessoas esquecidas pela sociedade que nos intrigaram a buscar respostas! Então fomos em busca de um homem morador de Rua em nossa cidade para conhecer sua vida, sua rotina, vícios, medos e sonhos!
Por isso sempre conversei com minhas filhas sobre isso e hoje vejo que elas tem boa empatia e consciência para entender a situação e as consequências de vidas dessas pessoas.
Infância que na verdade não teve! Influências negativas e drogas precoce marcaram o início da vida de nosso objeto de estudo que ao invés de estudar tinha que vender drogas na escola para seus tios que eram traficantes! Assim, além de vender, acabou se tornando um usuário, e consequentemente um viciado!
Foi embora de sua cidade com a promessa de um futuro melhor, que nunca chegara, foi enganado, vindo parar em Rondonópolis que sem emprego, sem auxílio, encontrou abrigo na praça, tornando-se um morador de rua! Hoje, trabalha como flanelinha e utiliza parte do dinheiro que ganhar para comprar em drogas.
Nosso sujeito se sente um lixo para a sociedade, algo imprestável, vagabundo e aquele que não tem mais jeito. Sua fala expressa seus sentimentos ao relatar: “Muitas vezes você está quieto no canto não chega um para te oferecer comida ou até mesmo para te oferecer um conselho, mas droga…. No meu ponto de vista falam, vamos meter droga nele e depois ele se vira. É muita humilhação” … “Muitas vezes as pessoas maltratam a gente” …. Você é muitas vezes humilhado, maltratado, muitas vezes o povo xinga. ” … “Da sociedade eu sou praticamente quase um lixo. A gente não é bem vista. ”
Dentro dessas falas, vemos aí a construção social da identidade de um indivíduo que vive nas ruas, viciado em drogas, excluído de uma sociedade capitalista que corre todos os dias por dinheiro, mais dinheiro para ostentar seus caprichos, enquanto muitos outros meninos como esses gritam internamente por socorro, não tem forças para reagir, não tem coragem de largar o vício e estão a cada dia que passa se acabando nas ruas, nas praças……
Enfim, o indivíduo nesta situação se sente vítima da sociedade, alega que a mesma não lhe dá oportunidades para mostrar quem é realmente, vive por trás daquele personagem estigmatizado como marginal, drogado, alcoólatra, morador de rua, mas não enxerga um ser humano com sentimentos, emoções, corpo e mente que precisa ser visto.
Ao mesmo tempo em que eles reconhecem que precisam de ajuda acreditam também que não conseguirão sair e recomeçar uma nova vida longe das drogas e do submundo de crimes e violência ou ainda se serão compreendidos e aceitos pela sociedade e se adequar a ela cumprindo suas normas e leis.
Esta é a realidade em que vive nosso sujeito, completamente entregue ao vício das drogas e cigarro não consegue dar um passo para frente, se sente o lixo da sociedade, excluído e um drogado que não consegue largar o vício.
Sendo assim podemos concluir que se um morador de rua, não é uma mera opção e sim fruto de uma construção social, situações e experiências vividas que levam por esses caminhos, em muitas situações sem volta, principalmente se a sociedade não reconhecer que esse indivíduo é fruto do meio social em que vive e que precisa se sentir gente, e que o país necessita de mais políticas públicas e ações reais que faça valer seus direitos, proporcionado oportunidades de inclusão social em todos os sentidos principalmente no tratamento de saúde e dependência química.
Portanto, fica aqui o nosso apelo a você, caro leitor! Pare, escute, pare de agir como um mero expectador e amplie seu campo de visão, faça alguma coisa que está ao seu alcance para ajudar pessoas que precisam de você, ou pelo menos pare de julgar, sem ao menos conhecer as pessoas, histórias de vida, enfim, devemos concordar que o mundo de hoje precisa de mais AÇÃO e menos PRECONCEITOS. Quem sabe assim, construiremos algo melhor!
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O Luto

Quero chamar a atenção nesse momento para um assunto delicado e muito difícil de tratar, contudo sua importância é imensurável, o luto. A dificuldade de encarar o fim como parte da existência é o que faz do luto uma experiência tão assustadora
Desde crianças somos treinados para ter, para acumular e não para perder. Sendo que perder é essencial para entender que nada é permanente. Não ensinamos nossos filhos a lidarem com a frustração e quando achamos que estamos proporcionando o melhor no desenvolvimento deles estamos adiando um sofrimento que pode ser terrível quando ele acontecer de fato, acarretando diversos outros problemas emocionais para o ser humano.
É possível preparar para enfrentar a morte de forma menos traumática, e isso começa desde a infância, pois as perdas devem ser tratadas como parte da vida. Para a criança, por exemplo, deve se explicar sobre a morte e não contar histórias fantasiosas.
Os sintomas do luto são divididos em fases: choque, negação, raiva, depressão e aceitação.
A pessoa apresenta desinteresse pela vida, baixa autoestima, culpa, angústia, revolta. A intensidade do luto vai depender das experiências da pessoa e da sua proximidade com quem morreu.
Para superar o luto é preciso sentir a dor e não sublimar, agir como se nada tivesse acontecido. O velório é importante e ajuda no processo de aceitação, a família se reúne para chorar e falar sobre o assunto.
O tempo é um aliado nesse sentido, porém é importante levar em consideração os hábitos após a perda. É necessário encarar que a morte da pessoa e que não fará mais parte da rotina. Em casa o luto pode durar cerca de 02 meses, momento de muita dor, é importante desfazer de objetos e roupas da pessoa que morreu e mudar hábitos a fim de aceitar que as coisas mudaram e determinada pessoa não voltará mais. Muita gente muda de casa ou se engaja em causas.
De maneira geral, leva-se de um a dois anos para “elaborar a perda”, no jargão dos especialistas. Nesse período vão ocorrer pela primeira vez as datas importantes: aniversário, Natal… Se os sintomas de luto persistem, é provável que a pessoa não esteja vivendo as etapas necessárias à superação. Freud, no texto “Luto e Melancolia”, compara essas duas condições que encerram “o mesmo estado de espírito penoso, a mesma perda de interesse pelo mundo externo”. Só que, no luto, diz Freud, “é o mundo que se torna pobre e vazio; na melancolia, é o próprio ego”. Nos dois casos, existe uma oposição à realidade. Mas, no luto, “normalmente prevalece o respeito pela realidade”, ou seja: uma hora termina e a alegria se torna, ao menos, possível.
O processo considerado “anormal” pelos especialistas tem duas reações opostas: ou a pessoa não sai do luto (é a mãe que arruma o quarto do filho, cultuando o morto todos os dias) ou nem sequer entra nele (a pessoa fica indiferente, não chora, age como se não tivesse acontecido). Nesse luto “adiado”, a dor fica guardada em algum lugar “e que é pior um dia vem à tona”
O luto normal que é aquele abordado aqui, tem-se a necessidade de dar sentido, o que justifica a mudança de hábitos, então sob a visão de um outro autor descrevemos a seguir as fases do luto e que elas significam:
Entorpecimento - Choque, torpor, descrença e negação da perda. Pode levar horas ou até dias para curar. Também há a reação de defesa, em que se faz a tentativa de continuar a viver como se nada tivesse acontecido.
Anseio e busca - Tentativa de recuperação da pessoa ou da situação perdida. A pessoa fica inquieta, com raiva, descrente e protesta diante da irreversibilidade. Momento em que se chama pela pessoa ou da situação perdida. Pode durar de meses a anos.
Desorganização e desespero - Reconhecimento de que a perda é imutável. Pode ocorrer desmotivação, apatia, depressão e isolamento social. Sente vontade de estar com a pessoa ou situação perdida ou de se afastar de lembranças dolorosas.
Recuperação e restituição - Quando a tristeza ou a dor se mesclam com sentimentos mais positivos. Há uma maior tolerância e adaptação às mudanças, com possibilidade de reinvestir as energias em outras situações ou pessoas. Ocorre uma redefinição de si mesmo, novos papéis, novos comportamentos. A pessoa se pergunta o que fazer para melhorar a autoestima. Começa a viver novamente e não apenas a existir.
Enfim, não há como descrever o sofrimento que advém da perda de alguém que nos é querido, pois nenhuma palavra consegue diminuir a dor que sente. Contudo, esse processo é inevitável e todas as pessoas devem se adaptar, por isso buscar ajuda é de fundamental importância para vencer essa etapa tão difícil da vida, existem terapias que são altamente eficazes e podem ajudar muito, como as terapias cognitivo comportamental e a TIP (Terapia Interpessoal), e dessa forma que destacar aqui a necessidade de um acompanhamento psicológico logo após a perda de um ente querido.
Fontes: Diário de Santa Maria, caderno MIX 2008
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Pilates na Gestação - Funciona?
Encontrei o Pilates na minha quarta e última gestação. Posso dizer por experiência própria que senti uma enorme diferença tanto durante a gestação, quanto no parto que foi natural. Senti que fazer pilates na gestação funciona porque mantemos a musculatura ativa e a circulação do sangue “em forma”, com a troca de oxigênio constante.
A musculatura dos braços e das pernas ficam ativadas, sem necessidade de puxar pesos, o que não é recomendado para as gestantes, por isso acho que é uma das melhores formas de manter o corpo em forma mas principalmente saudável.
Outro benefício é o controle da dor na lombar, com o cuidado na postura, as dores ficaram muito menores do que nas outras gestações. Os exercícios para gestantes são específicos e uma coisa que eles priorizam é o cuidado com a região lombar.
Como as articulações ficam amolecidas durante a gestação, é importante fazer exercícios que não as force e mantenha um cuidado com a postura. As respirações, durante os exercícios, melhoram a liberação de hormônios como os estrogênios que causam sensação de relaxamento e bem-estar.
A concentração exigida também é outro ponto interessante, sentimos os pensamentos acalmarem e saímos mais leves, menos tagarelas mentalmente. A concentração é tão importante que sem perceber estamos fazendo uma faxina mental e espiritual.
O Pilates na Gestação Funciona!
O pilates na gestação funciona como todo, além de todos os pontos que coloquei acima, de um modo geral, aumenta a consciência do corpo. A percepção corporal faz com que tenhamos mais intimidade com os processos de mudança que estão acontecendo.
Não há dúvidas que o pilates na gestação traz inúmeros benefícios, é possível sentir a diferença logo nas primeiras aulas. Você vai sentir mais equilíbrio tanto físico quanto mental, com o corpo mais energizado e preparado para se movimentar em qualquer situação como abaixar, levantar, andar com destreza e fazer as tarefas do dia a dia. Além da melhora na qualidade do sono.
Aqui vão algumas dicas que aprendi no Pilates que são simples mas que podem te ajudar:
Manter boa postura quando sentada Escolha uma cadeira com encosto, sempre que possível, e coloque uma pequena almofada na parte inferior. Pode ser também um feito um pequeno volume com algum tecido da sua preferência. Sempre deixei os pés bem apoiados no chão, é importante para fazer um contraponto e manter o alinhamento das pernas com o quadril. Para não prender a circulação das pernas é bom manter um espaço afastado de traz dos joelhos com a base da cadeira. Manter os braços paralelos e relaxados sobre as coxas também ajudam a manter boa postura. Relaxe os ombros e mantenha a cabeça ereta, com os olhos na linha horizonte, sempre prestando atenção à posição do pescoço que deve estar naturalmente alinhado.
Para se levantar de forma correta Coloque um dos pés na frente do outro, pode ser o lado que você sente mais confiança, mas também é bom alternar. Use o peso do corpo para frente para se levantar, sentindo que os músculos das pernas estão sendo ativados. Não use as costas para fazer esse movimento.
Como se levantar da cama sem machucar a coluna e as articulações Fique de lado e apoie o peso do tronco em um dos cotovelos. Coloque as pernas com calma para fora da cama enquanto continua a empurrar o tronco para cima com a ajuda do braço, até ficar com a coluna reta. O importante sentir os movimentos de forma natural, sem mecanizar, sabendo que você está cuidando da sua coluna, aliviando a pressão do peso da barriga. Depois de sentada, coloque o peso do tronco para frente apoiando com cuidado os dois pés no chão.
Escolha um bom livro sobre Pilates para Gestantes para ler enquanto pratica.
Hoje existem cursos online para as mamães praticarem em casa, você sabia?
Sou apaixonada por essas inovações e quando posso, sempre recomendo para minhas colegas, amigas e conhecidas. Foi o que aconteceu com o curso da Dra. Patricia Valeriano. Se quiser saber mais, CLIQUE AQUI.
Descobri que ela tem um curso completo e online para os professores de pilates se especializares em pilates para gestantes. Legal, né? Foi ela quem me inspirou a escrever esse post.
Fonte: Pilates Para Gravidas, escrito por Jan Endacott.
Boas energias sempre !!
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Bullying – Eu não sabia que minhas filhas sofriam

Eu soube que minhas filhas sofriam bullying muitos e muitos anos mais tarde. Já adulta, quando o tema surgiu em uma mesa de jantar em minha casa, minha filha contou ter sofrido bullying na rua onde morávamos.
Na época, na década de 80, morávamos numa rua tranquila e sem saída e todas as crianças brincavam livremente por horas e horas. Eram todos vizinhos, de diferentes idades, e frequentavam a casa um do outro.
Até aí, tudo bem, conhecíamos os pais e sabíamos que estavam em segurança, mas,
Será que sabíamos de toda a verdade?
Criamos nossas filhas de uma maneira muito livre e natural, não costumávamos exigir penteados femininos com lacinhos e nem colocávamos roupas bonitas para elas brincarem na rua, né? Elas andavam de bicicleta, pulavam corda e amarelinha, brincavam no jardim, usavam massinhas, tintas e tudo o que vocês podem imaginar, achamos que sabíamos de toda a verdade.
Nosso bairro era de classe média e uma grande parte dos vizinhos estavam muito bem estabelecidos na vida, com sua casa própria, carro e roupas caras. Nós éramos uns dos poucos que pagavam aluguel e todo mundo sabia.
Até aí tudo bem também, nunca achamos isso um problema. Só mais tarde é que fui entender a somatória de fatores que fariam com que minhas filhas se tornassem vítimas de bullying por anos à fio!!
Sintomas de bullying?
Nós nunca notamos nada que apontasse o problema, nenhum comportamento estranho ou recusa de sair na rua ou de ir às festinhas do bairro. Nunca ouvimos choro por causa disso, mas elas disseram que sofreram muito. Eu perguntei: “Porque nunca contaram?!” E elas não souberam me responder.
O fato é que os meninos mais velhos da turma começaram a chamá-las de maloqueiras, pela maneira como se vestiam para brincar. Nós também não incentivamos roupas e tênis de marcas e isso também foi motivo para as zoações deles.
Cada uma possuía um “apelido”, uma era chamada de monstrinho e a outra de casa dos horrores. Vejam só, não é porque são minhas filhas, mas elas são mesmo muito bonitas, desde pequenas.
Observação: eu não coloco foto aqui porque quero preservar a identidade e segurança da nossa família.
O que elas contam é que eles riam dos seus cabelos mais ou menos desarrumados, falavam que nós éramos pobres, que éramos “comunistas”!! Crianças e adolescentes de 14 anos falando essas coisas, e nós nem sabíamos.
Disseram que todos os dias ouviam eles gritando do outro lado da rua e rindo alto, falavam: “olha as maloqueiras passando”. Até as amiguinhas delas, da mesma idade começaram a entrar no jogo. Chegaram a puxar os cabelos delas e até rasgar a camiseta. Quando chegava em casa elas continuavam normais, brincando uma com as outras, dia a dia comum e eu nunca percebi nada diferente. Mas me perguntei muito:
Onde foi que eu errei?

Acredito que faltou diálogo nessa parte, faltou perguntar mais especificamente sobre seus amigos, o que elas achavam deles, o que eles falavam e do que brincavam. Acho que uma boa conversa do tipo “dá o verde pra colher maduro” poderia ter ajudado a identificar alguma coisa que estivesse errada.
Acho que eu e meu marido também erramos ao não motivar a autoestima delas. Tínhamos medo de que elas acreditassem ser algo que não são, ou que sofressem decepções com as outras pessoas, veja que ironia. Achávamos que se elas fossem muito “mimadas”, sempre sendo elogiadas em casa, elas sofreriam com a crueldade das outras pessoas. Então nós incentivamos quando elas faziam algo bem feito, mas nunca glorificamos nada, mantivemos sempre aquela ponta de “pode ser melhor”. E eu acho que isso foi um erro.
O que entendi depois é que elas não tinham força pra lutar contra aquele bullying, não tinham autoestima suficiente para revidar de frente e nos contar o que estava acontecendo.
A sorte é que nada mais grave aconteceu, mas uma delas contou que um dos meninos mais velhos, na época com 15 anos e ela com 7, falou pra ela que pararia de “zoar” se ela fizesse sexo com ele!! Ela saiu correndo, em pânico, e se manteve longe dele pra sempre. Mas eu não sabia nada disso. Depois ela contou que a irmã dele, colega dela apenas um ano mais velha, não acreditou nela, ainda contou para a rua inteira e os meninos pioraram os xingamentos. Se eu soubesse na época, nossa senhora.
Uma delas teve problemas para arrumar namoradinhos. Ela foi namorar pela primeira vez aos 18 anos. Não sei se teve haver com o bullying sofrido na infância, mas até hoje ela não é muito ligada em se arrumar, passar batom e essas coisas. Ela resolveu ser autêntica e o mais natural possível. Acredito que tenha tido forças para dizer: gostem de mim como sou.
Bom, é isso pessoal, gostaria de trocar mais ideias com outras pessoas, outras mães que passaram por isso.
O que eu aconselho é sempre perguntar sobre todos os colegas e ficar sempre de olhos BEM ABERTOS.
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Contato com a Natureza - Necessário!

Olá pessoal, sou a Carla, mãe de quatro mulheres, antes meninas que viviam na cidade, mas uma mudança de Estado nos fez uma experiência única e inesquecível que mudou nossas vidas.
Como a Natureza influenciou nossa vida.
Meu marido foi convidado para trabalhar em uma cidade planejada, que fica no Pará, e chama Porto Trombetas.
Saímos de São Paulo para um lugar completamente diferente. A cidade ficava no meio da Amazônia e era muito bonita e organizada, com toda estrutura necessária para uma perfeita vida em família.
Escrevo sobre essa experiência porque ela mudou nossa visão sobre a importância do contato com a natureza. Nós sentimos uma mudança imensa na disposição, na consciência e na alegria.
Como lá era muito calor, nós saíamos muito para nadar em igarapés gelados de água cristalina, cercados por árvores, mesinhas para piqueniques, pássaros e outras surpresas.
Nossos desenhos em família (como contei no outro post), ficaram mais brilhantes e criativos. E nossa rotina era recheada de passeios, comida saudável e reuniões com amigos. Era evidente que o contato com a natureza estava nos influenciando positivamente.
A cidade em si era toda rodeada por árvores e flores e as chuvas sempre vinham no final da tarde, momento de sair à rua e brincar na chuva com outras crianças.
Minhas filhas pareciam em êxtase, estavam felizes com a nova escola, os novos amigos e tantas novidades. Elas eram livres para brincar na rua, para andar de bicicleta e participar das atividades organizadas na cidade como bailes, concursos de natação e dança, desfiles e eventos de conscientização de preservação da natureza.

As viagens de barco que fizemos muitas vezes eram inesquecíveis, as crianças pulavam no rio, andavam de canoa, subiam em árvores, comiam frutas e brincavam o dia todo.
Posso dizer que foi o período mais saudável e feliz que tivemos, nunca pensei que o contato íntimo com a natureza fosse tão importante. Notei uma melhora latente nas meninas no que diz respeito à naturalidade e expressão, assim como na energia que se mantinha em todos os períodos do dia e o sono à noite era tranquilo.
Quando voltamos para São Paulo sentimos muita diferença e muita falta também. Aos poucos fomos voltando às rotinas da cidade mas sempre nos sentávamos para lembrar daqueles momentos mágicos que passamos juntos.
Por isso eu recomendo fortemente que passem mais tempo na natureza com seus filhos!!
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Como o ballet ajuda no desenvolvimento?

Olá! É a Carla aqui novamente. Venho falar para vocês como o ballet ajudou no desenvolvimento das minhas filhas.
Sempre fiz questão que elas fizessem alguma atividade física e o ballet sempre me pareceu uma boa opção, principalmente porque é uma atividade que envolve a cultura musical, a coordenação motora e a disciplina.
Eu jamais obriguei que fizessem qualquer coisa, e com o ballet não foi diferente. Mas as quatro praticaram durante muitos anos por vontade própria. Foram pegando o jeito e o gosto e seguiram em frente.
Uma delas acabou abrindo uma escola de dança e hoje é sua principal fonte de renda. Posso dizer que ela está muito satisfeita.
Na época que elas eram pequenas não tinha ballet na escola e eu fui conhecer algumas academia de dança especializadas. Descobri ali outro universo, com mães e crianças por todos os lados.
Eu costumava assistir às aulas quando podia, como eu era professora de inglês, costumava alternar meus horários de forma que me desse tempo de assisti-las.
Eu notava que dia a dia minhas meninas estavam mais soltas e relaxadas, como se aquela concentração e esforço exigidos nas aulas pudesse compensar a energia sobrando.
Mas o ballet ajuda no desenvolvimento?

Além da coordenação motora, o ballet trabalha com a flexibilidade, a musicalidade e a memória, tanto física quanto mental.
Coordenar as pernas esquerda e direita, alternando com movimentos lentos e rápidos as ajudavam a melhorar nos outros esportes que praticavam na escola. Aos poucos podia enxergar a melhora considerável na agilidade delas e na habilidade de usar as duas mãos nos afazeres cotidianos.
O corpo quando trabalhado desde cedo, torna o desenvolvimento mais saudável e o ballet usa a combinação da flexibilidade com o esforço muscular, o que é o mais indicado para o trabalho muscular e manutenção da estrutura óssea.
Sempre regada de música, a aula era dinâmica no uso dos alegros e adágios, músicas clássicas que influenciam diretamente no raciocínio. A musicalidade vai ganhando força ativando partes do cérebro e do corpo. O gosto musical também é influenciado, conhecer grandes clássicos fez com que elas fossem mais seletivas em seus gostos musicais, inclusive na adolescência.
Na parte da memória, elas tinham que aprender uma sequência a cada novo exercício e sempre que iam dançar uma nova coreografia. Era um modo de usar e ativar a memória de forma ativa e participante, envolvendo o corpo todo.
Não há dúvidas de que o ballet é uma arte que merece atenção, ainda acho que sentar em frente a um computador em troca de uma boa aula não é o melhor negócio.
Além disso, a socialização dentro de uma academia é muito prazerosa entre as crianças e os jovens. Os espetáculos de final de ano e os festivais alimentavam a imaginação e a sensação de fazer parte de algo maior, de contribuir e praticar a performance com desenvoltura e brilhantismo.
As roupas eram lindas e os temas eram sempre construtivos. Eram momentos de verdadeiro orgulho, confraternização e alegria.
Fica minha dica caso esteja pensando em colocar ou não seus filhos no ballet. Isso vale também para os meninos, viu?
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Como inspirar seus filhos para o autoconhecimento.

Olá, meu nome é Carla, tenho 65 anos, quatro filhas adultas e muita história pra contar, mas que vou começar hoje é sobre como inspirar seus filhos para o autoconhecimento.
Inspirar a Conhecer-se
Sempre fui preocupada com originalidade e autonomia, com a autodescoberta, com a espontaneidade e o prazer de conhecer-se.
Eu achava que ia conversar com minhas filhas e que, mantendo um diálogo aberto, eu iria conseguir com que entendessem a importância de se conhecer, de prestar atenção aos sentimentos e emoções e principalmente, aos pensamentos.
Passei muitos anos nesse diálogo com elas, mas não notava um interesse genuíno no assunto, elas diziam: “tá bom, mãe” e não pronunciavam mais nada.
Eu lia livros bons sobre o despertar da consciência e sempre aproveitava a leitura para comentar algo com elas.
Eu também era praticante de Yoga e meditação, e em casa eu as deixava livre para praticarem comigo mas suas mentes estavam pipocando de um lado pra outro, querendo isso, querendo aquilo. Não conseguia fazê-las focar nos exercícios e vivia frustrada.
Eu me perguntava o tempo todo, como inspirar os filhos para o autoconhecimento? Como fazer com que as crianças comecem cedo a se sentirem, a se respeitarem?
Eu achava que meu próprio exemplo seria uma forma de inspirar a conhecer-se, a indagar o porque de certos comportamentos, da timidez à extroversão, dos acessos de raiva e ciúmes, do significado das coisas ao redor e como a cultura do nosso ambiente nos molda continuamente.
Era muito importante que elas tivessem autonomia para não serem influenciadas o tempo todo pelos colegas, pelos professores, pelos vizinhos. Eu queria que elas pudessem filtrar o que fossem absorvendo pelo caminho, sempre podendo escolher o que seria melhor para elas. Isso é autonomia, é poder de escolha e decisão.
Mas o fato é que apenas com as palavras eu não estava conseguindo atingir o mais profundo delas e também não conseguia fazê-las entrar em um exercício funcional que desse mais calma e sabedoria.
Encontrei a solução?

Quando a mais nova fez cinco anos, eu comprei para ela um caderno novo de pintura, lápis de cor, canetinhas e alguns jogos de réguas com desenhos diversos e tals.
Começamos a fazer desenhos aleatórios e as mais velhas também aproveitaram a brincadeira. Então eu comprei cadernos pra todo mundo e aos poucos fomos montando uma espécie de ateliê de desenho e pintura.
Eram momentos em que passávamos em harmonia, trocando ideias, cores, imagens e sons. Estava perfeito mas faltava alguma coisa. Eu precisava aproveitar aquele momento para direcionar as meninas para o que eu queria e eu precisava de uma solução.
Fui pesquisar sobre desenhos para o autoconhecimento e me deparei com símbolos muito antigos em forma de círculos que eram usados para a transcendência e a transformação de padrões de pensamento.
Continuei pesquisando muito até chegar nas MANDALAS.
Descobri que as mandalas tem uma história milenar por trás delas, além de todos os símbolos que representam a busca do ser humano ao centro do seu ser no contato com a sabedoria do universo.
As mandalas tem um poder vibratório e energético que eu não sabia até então, todas as cores que são usadas e os formatos que aparecem nelas são importantes.
Descobri ainda que é muito usada em templos, por psicólogos, por terapeutas em geral em diversos tratamentos, ou mesmo, uma simples forma de conhecer a pessoa, o que se passa com ela nesse momento e o que poderá acontecer.
A mandala se apresenta quase como que um oráculo das nossas emoções, reflete os pensamentos mais profundo e padrões de comportamento arraigados. Mostra também o que está em desequilíbrio.
Comprei quatro compassos (para não haver briga), e elas começaram a criar suas próprias mandalas. Uma mais linda que a outra! Vi que elas entraram de cabeça e sem esforço na atividade. Às vezes acordavam com uma ideia na cabeça dizendo: “mamãe, hoje vou fazer uma mandala laranja e vermelha com uma mão dentro dela.”
Encontrei a solução! Pensei comigo. Porém, percebi que mesmo estudando sozinha o poder das mandalas e já orientando as meninas a criarem as suas, eu sentia falta de experiência para lidar com as cores, com os formatos e como eu poderia orientá-las da melhor forma possível.
Resolvi investir em uma profissional que nos orientou e fez toda diferença!! Na época não foi nada barato mas foi a forma que eu encontrei para aproveitar o momento.
Hoje em dia você vê que é muito mais fácil ter acesso aos profissionais e especialistas e por isso eu costumo indicar quando encontro alguém de confiança.
Uma amiga jovem da academia ouviu toda minha história e por aqueles acasos da vida, ela fazia um curso de mandalas online!! Fiquei super feliz de saber e já fiz minha inscrição.
O curso é a Oficina de Mandalas, com suporte incrível da Maya (a professora).
A Maya é uma moça totalmente voltada para o despertar da consciência, busca equilíbrio emocional e harmonia, hoje vejo que se eu tivesse contato com essa oficina e a Maya, seus ensinamentos teriam feito toda diferença.
CLIQUE AQUI para conhecer o curso por dentro na página oficial.
O mais engraçado que é já três das minhas filhas compraram o curso e uma delas está praticando com seu filho de sete anos, meu querido neto.
Comentamos juntas como aquela época dos desenhos foi especial e como precisamos de incentivos corretos para aproveitar de maneira completa uma atividade que poderia ser vazia e sem significado.
Minhas filhas são mulheres independentes, com muita personalidade, mas o que mais gosto é que são benevolentes, têm compaixão pelas outras pessoas e pelo planeta como um todo e nunca deixaram de cultivar a humildade.
Ninguém é perfeito, mas acho que essa pequena sementinha que plantei ajudou minhas filhas a prestarem atenção em si mesmas e ao seu redor.
Fica aqui então a dica do curso!! E vamos desenhar!!
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Bem Vindo ao Tempo Voa!
Eu sou a Carla, mãe de quatro filhas já adultas e aqui nesse blog vou falar um pouco sobre como é ser mãe de quatro e não ver o tempo voar.
Vou falar também sobre contratempos e situações que podem ajudar as mamães, assim como dicas de criação que podem fazer seus filhos mais amados, livres e autênticos.
O importante é aproveitar ao máximo seu tempo com eles porque o tempo voa mesmo.
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