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Faz de conta

Metade da minha vida eu sonhava pelo dia em que teria um príncipe, alguém que me tratasse como única, que me mostrasse a definição de amor e que me fizesse entender que eu era digna de ser uma princesa. Na outra metade da minha vida eu entendi que não fazemos parte de um conto de fadas, as coisas não são tão belas e que príncipes em seus cavalos brancos não são tão reais.

E dentre as temporadas da minha vida, nessa encontrei você. Alguém que me mostrou que existe um meio termo mais belo que todas as fábulas de infância. Alguém que me fez crê que existe um príncipe e que nessa história eu sou a princesa. Que os castelo podem ser uma simples cama onde vivenciamos os mais genuínos sorrisos e abraços e como cada momento é importante para essa história. Você me fez perceber que nem tudo precisa ser escrito por mim e que todo início é maravilho. Dentre as coisas mágicas, acreditáveis ou não, a nossa nova fase se inicia no dia 13, Data que simboliza recomeços, e recomeço é tudo o que você me trouxe. Você me presenteou com a chance de recomeçar a acreditar na beleza de viver uma história de amor melhor do que as das princesas.

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Olha eu preciso ser sincera sobre a *minha* visão sobre nós.

Eu vivi a minha vida para me adaptar e para ser merecedora do mínimo. Eu lidei com coisas que me magoavam e criavam visões distorcidas. Eu me anulei para que você pudesse ser o centro. Eu construir uma personagem mas não via o quanto isso me causava inseguranças. Eu passei a depender de vc porque, na minha cabeça, só vc poderia me oferecer algo mesmo que esse algo seja pouco. Pense se fosse sua amiga passando por isso, o que pensaria? Você não tem culpa disso porque a culpa foi minha. Você não é o vilão mas foi o corresponsável por marcos ruins em minha vida. É fácil pensar que você não era suficiente, que foi só uma dor e eu decidi ir embora. E suas próprias falas entregam que você foi algo ruim pra mim e aceitar isso não é um bicho de sete cabeças. Talvez eu tenha sido para você também, talvez eu fui para outras pessoas que passaram na minha vida e tá tudo bem. Aceitar é libertador e não nos define, mas sinceridade deve vir primeiramente pra nós e, a posterior, para aquele que dizemos amar.

Você teve dúvida sobre mim por meses. Você me oferecia o mínimo pois eu me contentava com isso. Você me iludiu várias vezes. Construiu inseguranças dentro do relacionamento que marcaram muito a forma que me relaciono com as pessoas no geral. E você sabe disso. E concorda. Assim como concorda quando eu disse que eu não fui a pessoa que te fez desejar ser uma versão melhor e virar o mundo por ela. E doeu saber que após 5 anos a conclusão foi essa: eu não fui digna de fazer você me oferecer mais que o mínimo.

Existia pesos e complicações porque eu sempre estava à frente no querer, na evolução, no amar, no ceder… eu sei que vc fazia coisas tb mas é indiscutível que havia uma discordância e uma complementaridade rígida ali. Eu fui embora porque temos o amor que acreditamos merecer e eu não merecia o que você me dava. Eu merecia mais.

Foi amor, tínhamos 15 anos e uma visão distorcida da realidade. Foi amor pela intensidade. Foi amor pelo histórico de persistência e falha. Mas amor não acaba, ele morre e morre por muitos motivos. Nosso amor morreu pela falta. A única coisa possível de fazer a gente permanecer juntos era a felicidade e você não me fazia feliz. E eu sei que eu também não te fazia porque é impossível haver felicidade em um algo que vc almeja que acabe, que a dor acabe, que a briga passe, que as coisa mudem, que a esperança volte.

Eu não tô aqui pra apontar dedos para ti, eu to aqui pra te mostrar depois de 5 meses separados o quanto as coisas são diferentes vistas de cima. O quanto o passado é diferente visto do presente. E que essa é a minha visão e se não for a sua, ok. Pela primeira vez eu quis ser direta nos meus termos, rancores e conclusões ao invés de postar no tumblr.

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As vezes me pego pensando em que momento se fez correto a minha vida se encontrar na sua. É irônico pensar que por pouco, não seria. Por pouco eu não ia na festa da carol. Por pouco eu não iria conversar com um estranho. Por pouco eu não conheceria você. Mas conheci. Conheci uma das pessoas mais maravilhosas que eu poderia. Uma pessoa que me tirou do lugar ruim que eu me encontrava e me fez querer andar novamente. Você me fez querer amar alguém novamente e não desistir de mim, dos meus defeitos e principalmente das minhas qualidades. Você ressignificou meus significados, meus desejos, minha vida. Depois de tempos, eu tive vontade de sonhar em casar e ter uma família novamente. Depois de tempos, me vi sendo a melhor versão de mim mesma e a mais verdadeira.

Boa parte do que está aqui, você sabe. Não é novidade. Mas tudo isso e mais, me faz querer que a data de hoje seja devidamente comemorada. Não existiria esse processo em mim se não existisse a sua vida na minha. Se não fosse o primeiro sopro de Deus no dia 27 de Outubro de 2002, tudo seria diferente na vida da Taluzinha que recebeu seu sopro 9 dias depois. Amar a sua vida é tão fácil quanto amar você. Fácil porque é leve e porque é recheado de sentimento e sentidos. Poder comemorar isso com você hoje é poder comemorar a vida que Deus nos deu e comemorar que nela, nos encontramos. Então sim, eu vou gritar a 4 cantos que eu amo a sua vida e amo o seu aniversário da mesma forma e granditude que eu amo você. Hoje não é uma data que diz sobre envelhecimento ou menos tempo, mas sim de gratidão. Eu sou completamente grata por existir você e tudo que engloba sua existência. Sim, eu sempre vou arrumar formas e jeitos de deixar claro tudo que passa dentro de mim. O quanto sou feliz, que farei isso dar certo e que a minha alma provavelmente dança feliz com a sua por serem iguais e não precisarem serem traduzidas uma para a outra.

Meu bem, meu príncipe e meu grande amor, que Deus possa te presentear com todas as coisas que eu não posso e que ele me use sempre para agir da melhor forma para com sua vida. Que o mundo seja pouco para tudo que você vai ter e que cada dia de sua vida seja repleta de felicidade, conquistas, sonhos e perspectivas. Você é muito abençoado, por isso fui abençoada.

Que esse seja o primeiro ano de todos os outros que vamos comemorar juntos (eu sei que vai).

Da sua, de corpo e alma, mulher (e pandinha nas horas vagas).

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Uma vez te disse que não consigo escrever muito sobre você e você me falou que era porque eu ainda não te conhecia. Meses depois eu ainda não sei escrever sobre você, e eu te conheço. Parece muito distintas as ideias mas, para mim, nunca fez tanto sentido.

Eu escrevo para me curar, para me convencer a encarar os dias. Escrevo para me enganar, para idealizar algo que eu queria. E nada desses pontos se encaixam no dançar que é a nossa história.

Eu não tenho o que me enganar ou me curar. Simples. Você em minha vida é simples. É o sentimento de paz e de mente vazia. Meu coração se enche de inúmeros sentimentos bons e minha cabeça se desliga pois só tem espaço para o nosso amor e a ação do meu peito sobre ti. Eu passo tempos te olhando e pensando o quanto eu simplesmente não aprendi as palavras certas para descrever tudo aquilo que você é. E passo tempos tentando aprenderá

Eu sorrio ao invés de escrever. Eu me emociono ao invés de escrever. Eu sinto ao invés de escrever. E esse sentimento também é desconhecido para mim. Por isso ainda não sei escrever sobre ti, pois estou aprendendo a sentir e talvez isso seja o mais importante de tudo.

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estar em um relacionamento é estar em um mundo de vulnerabilidades.

Você me faz ser alguém melhor, me aproxima de quem eu verdadeiramente sou e quero me tornar. Você é gentil e respeitoso, me fez ver o mundo de uma forma diferente e esse diferente se torna cada dia mais bonito. Você me fez querer viver todos os meus dias assim, é isso abrange não só como mas com quem, com você.

Eu sempre coloquei certezas em minha vida, e por mais que o tempo as mude, não há dia sem certezas e elas constroem o nosso futuro. Você é minha certeza como muitas coisas nessa vida não foram.

E talvez isso me doa, me dói estar vulnerável a esse ponto porque me dói saber que não sei de fato se esse ponto é específico.

Aí você disse, “não tenho certeza de nada do dia de amanhã.” E por mais que seja muito sobre você e sua construção de vida, eu estou fazendo parte dela é isso afeta a minha construção.

Por isso choro, por medo. Medo de entrar mais em uma que me machuque. Medo de ter dado certeza a pessoa errada. Medo de me ver na estaca zero. Medo das partes ruins. Medo de querer tanto que seja você e não ser, como não foram.

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24/25 de agosto, estarei em São Paulo vivendo um sonho dentro da psicologia

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Não me importo mais.

Deixei de perceber meu número de seguidores, quantas curtidas eu recebo e qual a próxima foto do feed. Não me importo com a centenas de contas alcançadas. Deixei de ir aos bares na sexta, sair com uma galera, ser popular e divertida. Não me importo se você gosta ou não de mim. Por isso, deixei de me super vangloriar, não preciso reafirmar que sou gata e gostosa nem me maquiar da melhor e mais completa forma pra chamar atenção. Não uso as roupas da moda mas aquilo que gosto.

Eu não me importo mais.

Tenho poucos amigos, uma rotina corrida e o foco em mim. Tenho meu melhor amigo de namorado e ele me traz tranquilidade e confiança. Me sinto bem com o “pouco” que se fez infinito. Os dias são leves, as metas são reais, e a disciplina me trouxe a ponte das realizações. Vivo em paz, evoluindo e crescendo. Sei onde quero chegar e sei quem me levará a esse resultado.

Não me importo mais, isso é realizador.

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É fogo que me tens.

a sensação de calor que corre por cada centímetro do meu corpo

que se envolve em uma curva da cintura e finaliza entre meus seios.

É o fogo que ali se encontra.

queima todo meu sentir, atrapalha minha respiração e desidratada o pouco que de mim resta.

É o calor dos olhos, o arder das lágrimas.

em poucos estantes meus olhos pretos se encontram em claro, com seus vasos mais vermelhos, em cor de fogo.

Fogo que não se acaba com o balançar das águas.

partes em chamas mas outras, frígidas.

Mãos tremem, se enrugam.

Tanto calor para algumas partes que se afogam em falta.

o estômago se revira com a intensidade das estações do sentir.

matam todas as borboletas, expulsa qualquer coisa existente para habitar em gelo, em peso.

as pernas não se sustentam sozinha, há temperatura demais para qualquer coisa funcionar com desígnio.

Choque. Complexidade e intensidade.

Falta.

Não há pouco o que lhe resta. Cabeça se faz de névoa, e o ser de fogo e gelo.

Personificação de malévolo, pra todos, pra si.

um mostro. Uma fragilidade.

Ansiedade.

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Estou aqui para te ver pela última vez. Aqui há um campo, a brisa é fria e fresca e o céu está lindamente azul. Há borboletas dançando e flores perdidas pelo verde. Seria um lugar que você gostaria de ver, que acharia belo. Sua energia ia misturar com o simples da vida como um só, e você se tornaria luz como sol, aquecendo e marcando almas por aí. Você iluminava qualquer mundo a sua volta e fazia tudo se tornar inesquecível. Você é inesquecível. Eu lamento muito que você tenha que ir tão cedo e lamento mais ainda não poder ter a oportunidade de te abraçar de novo. Uma parte de mim está esperando você atender a ligação do dia 7 ou responder após dias a mensagem do WhatsApp. Meu lembrete ainda tem “ligar para ana” e não sei se tenho coragem de colocar como feito. Eu te liguei e você não atendeu porque você não podia mais atender.

Nesse momento você estaria rindo e espalhando gentileza e amor por aí, que as pessoas possam aprender a ser assim, como você. Vá bem e fique bem. Até a eternidade.

09/03/22 - 10:57

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Eu sempre chorava por amor, muitas vezes por dor.

Até eu cansar.

Eu prometi que não choraria mais por dor e que o amor seria ressignificado.

Eu queria ver diferente.

Eu chorei algumas vezes te vendo dormir, era um sinônimo de tranquilidade. Era um amor leve e tranquilo. Um choro que valia a pena.

Chorei outras vezes: chorei porque você foi passar as férias na sua cidade; chorei enquanto escrevia seu texto de aniversário e o texto de ano novo; chorei por ver um mundo em seus olhos e amar esse mundo.

Ressignifiquei o chorar como ressignifiquei a ação de amar.

Mas não me ressignifiquei.

Não deixei de ser eu, de dizer, de amar, de agir, de gritar. Mesmo que você não fazia o mesmo.

Até você chorar de gratidão por mim.

Foi aí que eu passei a te amar mais, a saber que eu estava certa, que toda expressão de sentimento valia a pena porque você vale.

Através das suas lágrimas eu vi mais beleza. Eu vi alguém que me ama como eu o amo.

Eu vi amor.

Amor no ato de chorar.

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Talvez eu deva desistir

Eu venho aguentando as pontas, venho tentando fazer dar certo, eu venho fazendo tudo que posso e simplesmente isso não basta. Não basta porque sempre há algo ruim para superar, sempre há. E eu cansei de ser forte e superar as coisas, cansei de ter que esperar o tempo fazer o milagre, cansei de sentir que preciso dar tempo e em todo esse tempo eu sofrer. Talvez eu deva desistir. Talvez assim valha todo esse tempo e sacrifício. Talvez assim resolva. Talvez assim eu descanse. Talvez assim eu fique bem.

Eu venho aguentando as pontas mas nada que eu faço melhora.

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Gostaria de sentir nada, mas ainda sinto raiva.

Porque?

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Vai dar certo e eu vou realizar tudo que quero!

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Uma vez te disse que não consigo escrever muito sobre você e você me falou que era porque eu ainda não te conhecia. Meses depois eu ainda não sei escrever sobre você, e eu te conheço. Parece muito distintas as ideias mas, para mim, nunca fez tanto sentido. Eu escrevo para me curar, para me convencer a encarar os dias. Escrevo para me enganar, para idealizar algo que eu queria. E nada desses pontos se encaixam no dançar que é a nossa história. Eu não tenho o que me enganar ou me curar. Simples. Você em minha vida é simples. É o sentimento de paz e de mente vazia. Meu coração se enche de inúmeros sentimentos bons e minha cabeça se desliga pois só tem espaço para o nosso amor e a ação do meu peito sobre ti. Eu passo tempos te olhando e pensando o quanto eu simplesmente não aprendi as palavras certas para descrever tudo aquilo que você é. E passo tempos tentando aprender. Eu sorrio ao invés de escrever. Eu me emociono ao invés de escrever. Eu sinto ao invés de escrever. E esse sentimento também é desconhecido para mim. Por isso ainda não sei escrever sobre ti, pois estou aprendendo a sentir e talvez isso seja o mais importante de tudo.